Resultados para "1001169-53.2016.5.02.0231" – Página 124 de 130

Processo nº 0000356-25.2020.8.26.0315

ID: 320171598

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Laranjal Paulista - 1ª Vara Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 0000356-25.2020.8.26.0315

Data de Disponibilização: 10/07/2025

Polo Ativo:

AçOVIA INDUSTRIA E COMéRCIO DE ESTRUTURAS METáLICAS E PRé - MOLDADOS DE CONCRETO LTDA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

PRISCILA LIMA AGUIAR FERNANDES

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

FATIMA CRISTINA PIRES MIRANDA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

CRISTIANO VILELA DE PINHO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 0000356-25.2020.8.26.0315 (processo principal 1001169-06.2018.8.26.0315) - Cumprimento de sentença - Perdas e Danos - Açovia Industria e Comércio de Estruturas Metálicas e Pré - Moldados de … Processo 0000356-25.2020.8.26.0315 (processo principal 1001169-06.2018.8.26.0315) - Cumprimento de sentença - Perdas e Danos - Açovia Industria e Comércio de Estruturas Metálicas e Pré - Moldados de Concreto Ltda - V i s t o s, Defere-se o pedido de alienação do bem imóvel melhor descrito na cópia da matrícula nº 134.094, aportado em fls. 335/337, avaliado por R$-400.000,00, em leilão judicial eletrônico. Intime-se o leiloeiro abaixo designado, para fornecer datas de leilão, com antecedência mínima de 60 dias, para viabilizar o cumprimento de todos os atos necessários. 1 Com as datas fornecidas, deverão ser cientificados: a Executado(s), por meio de seu advogado ou, se não tiver procurador constituído nos autos, por carta registrada, mandado, edital, ou outro meio idôneo. b Cônjuges dos executados, por carta registrada, edital, ou outro meio idôneo. c Condôminos e coproprietários dos bens leiloados, por carta registrada, edital, ou outro meio idôneo. d Credor hipotecário, fiduciária e de penhoras anteriormente averbadas, por carta registrada, edital, ou outro meio idôneo. Caberá à parte exequente requerer e providenciar o necessário, inclusive, recolhimento de custas necessárias para as intimações acima. Sem prejuízo, para a garantia da higidez do negócio, fica autorizado que o próprio leiloeiro encaminhe, também, as comunicações pertinentes, juntando posteriormente aos autos, com antecedência mínima de 10 dias, antes da primeira hasta. Comprovado o recolhimento das despesas necessárias, intime-se executado, na pessoa de seu advogado, ou, na ausência, ou quando representado pela Defensoria, pessoalmente, por meio eletrônico, ou carta direcionada ao endereço de citação, ou último endereço cadastrado nos autos do processo. Registre-se que, se o executado for revel e não tiver advogado constituído, não constando dos autos seu endereço atual ou, ainda, não sendo ele encontrado no endereço constante do processo, a intimação considerar-se-á feita por meio do próprio edital de leilão. Em relação ao leilão: 1 - O leilão deverá ser realizado em dois pregões, pelo prazo mínimo de 03 dias o primeiro e, 20 dias o segundo. 2 Lances: No primeiro pregão, não serão admitidos lances inferiores ao valor de avaliação do bem. Não havendo lance superior à importância da avaliação, seguir-se-á, sem interrupção, a segunda etapa, que se estenderá por no mínimo 20 (vinte) dias e se encerrará em dia e hora previamente definidos no edital. No segundo pregão serão admitidos lances não inferiores a 60% da última avaliação atualizada, ou 80% do valor de avaliação atualizada. A atualização deverá ser pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça para os débitos judiciais comuns. 3 Pagamento dos lances: O pagamento deverá ser feito de uma única vez, em até 24 horas após ter sido declarado vencedor pelo leiloeiro. 4 Leiloeiro e procedimento do leilão e lances: Para a realização do leilão, nomeia-se leiloeiro oficial, DANIEL MELO CRUZ JUCESP 1125 (grupolance.com.br), que, conforme consta, é autorizado e credenciado pela JUCESP e habilitado perante o E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Desde logo, fixa-se a comissão do leiloeiro em 5% sobre o valor da arrematação, a ser paga pelo arrematante, não se incluindo no valor do lance, o que deverá ser informado previamente aos interessados. O leilão será presidido pelo leiloeiro oficial, em portal virtual que atenda à regulação específica, no qual serão captados lances, observados os patamares mínimos acima estabelecidos. Os interessados deverão se cadastrar previamente no portal para que participem do leilão eletrônico, fornecendo todas as informações solicitadas. Durante a alienação, os lances deverão ser oferecidos diretamente no sistema do gestor e imediatamente divulgados on-line, de modo a viabilizar a preservação do tempo real das ofertas. Somente será realizada segunda tentativa de leilão, caso o primeiro não conte com nenhum lance válido durante todo o período previsto. O procedimento do leilão deverá observar o disposto nos artigos 886 a 903, do Código de Processo Civil, assim como, o Provimento CSM nº 1625/2009 e art. 250 e seguintes das Normas de Serviço da Corregedoria Geral de Justiça do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Caberá ao leiloeiro efetuar a publicação do edital no sítio eletrônico previamente designado por este fim de acordo com as normas administrativas do Tribunal. O edital deverá conter todos os requisitos estabelecidos no art.887, do Código de Processo Civil. Deverá constar do edital, também, que: - os bens serão vendidos no estado de conservação em que se encontram, sem garantia, constituindo ônus do interessado verificar suas condições, antes das datas designadas para as alienações judiciais eletrônicas. - o arrematante arcará com os débitos pendentes que recaiam sobre o bem, exceto os decorrentes de débitos fiscais e tributários, conforme o artigo 130, parágrafo único, do Código Tributário Nacional. - O interessado em adquirir o bem penhorado em prestações, poderá apresentar: (I) até o início da primeira etapa, proposta por valor não inferior ao da avaliação; (II) até o início da segunda etapa, proposta por valor que não seja inferior a 60% do valor de avaliação atualizado, ou 80% do valor de avaliação atualizado, caso se trate de imóvel de incapaz. A publicação do edital deverá ocorrer no site designado pelo Tribunal, pelo menos 05 dias antes da data marcada para o leilão. Ficam autorizados os funcionários do leiloeiro, devidamente identificados, a providenciar o cadastro e agendamento, pela internet, dos interessados em vistoriar o bem penhorado, cabendo aos responsáveis pela guarda facultar o ingresso dos interessados, designando-se datas para as visitas. Igualmente, ficam autorizados os funcionários do leiloeiro, devidamente identificados, a obter diretamente, material fotográfico para inseri-lo no portal do Gestor, a fim de que os licitantes tenham pleno conhecimento das características do bem, que serão vendidos no estado em que se encontram. A presente decisão, assinada digitalmente, servirá como carta, mandado, ou ofício, para comunicação do executado e demais interessados, bem como, ordem judicial para que os funcionários do leiloeiro possam ingressar no local onde o bem a ser leiloado se encontrar. Intimem-se. - ADV: FATIMA CRISTINA PIRES MIRANDA (OAB 109889/SP), PRISCILA LIMA AGUIAR FERNANDES (OAB 312943/SP), CRISTIANO VILELA DE PINHO (OAB 221594/SP)

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Processo nº 1001169-86.2024.8.11.0032

ID: 326021038

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE ROSÁRIO OESTE Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1001169-86.2024.8.11.0032

Data de Disponibilização: 15/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

ROSALVA DA ROCHA SILVA

Sentença

Advogados:

CARLOS ANTONIO MENDES DA SILVA

OAB/MT XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MATO GROSSO COMARCA DE ROSÁRIO OESTE VARA ÚNICA DE ROSÁRIO OESTE _______________________________________________________________________________________________________ … PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MATO GROSSO COMARCA DE ROSÁRIO OESTE VARA ÚNICA DE ROSÁRIO OESTE _______________________________________________________________________________________________________ Processo: 1001169-86.2024.8.11.0032 AUTOR(A): MARIA DE FATIMA SILVA, EUNICE APARECIDA DA SILVA LARA REQUERIDO: ROSALVA DA ROCHA SILVA SENTENÇA Vistos. 1. Trata-se de AÇÃO DE INTERDIÇÃO C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ajuizada por MARIA DE FÁTIMA SILVA E SILVA e EUNICE APARECIDA DA SILVA LARA em favor de ROSALVA ROCHA SILVA, com pedido de tutela antecipada. Partes qualificadas no encarte processual. Alega as requerentes que são filhas da requerida, sendo que a mesma esta acometida de síndrome demência avançada, sendo que depende de outras pessoas para atividades básicas diárias. Nesse sentido, as requerentes (filhas) requer o direito de exercer a curatela em favor da curatelada. Com a inicial aportou documentos. Decisão recebeu a peça inaugural e deferiu a liminar pleiteada nomeando as autoras como curadoras provisórias de ROSALVA ROCHA SILVA (ID. 169437716). Termo de curatela devidamente assinado (ID. 170820494). Ministério Público tomou ciência da decisão, requereu estudo social na residência das curadoras provisórias (ID. 174512208). Decisão determinando curador especial, bem como realização de perícia médica e realização de estudo psicossocial (ID. 177097359). Curador especial juntou quesitos a serem respondidos pela pericia médica (ID. 183689549). Juntada de laudos psicossocial (ID. 179306303), datados de dezembro de 2024. Juntada de laudo pericial (ID. 191196172), atestando a inaptidão para os atos da vida civil de forma total e permanente, decorrente da enfermidade CID G30 (doença de alzheimer em estágio avançado), sendo de natureza mental e funcional de caráter irreversível. Defensoria Pública requer homologação dos laudos e pugna pela procedência do pedido inicial (ID. 193065370). Ministério Público manifestou favorável ao pedido inicial, a fim de ser concedida a nomeação de Maria de Fátima Silva e Eunice Aparecida da Silva Lara como curadora definitiva de ROSALVA DA ROCHA SILVA (ID. 199215004). Os autos vieram conclusos. Fundamento e Decido. 2. A interdição é um procedimento especial de jurisdição voluntária que visa determinar a incapacidade da pessoa para a prática de atos da vida civil, tendo em vista a ausência ou perda do discernimento para conduzir seus interesses. A pessoa com deficiência mental ou intelectual deixou de ser considerada absolutamente incapaz com o advento do Estatuto da Pessoa com Deficiência, conforme preconiza a Lei n. 13.146/2015. Assim, houve alteração do artigo 3º do Código Civil, que passou a prever como absolutamente incapazes para exercer os atos da vida civil apenas os menores de 16 (dezesseis) anos, revogando-se os incisos II e III da antiga redação que faziam menção as pessoas com enfermidade ou deficiência mental. Feitas estas considerações, em análise do feito, nota-se que há elementos probatórios idôneos e seguros capazes de demonstrar, em cognição exauriente, que a curatelada, em razão CID G30 (doença de alzheimer em estágio avançado), não possui plena capacidade civil. Tais elementos são: i) laudo médico emitido pelo SUS (ID. 169366114); ii) identidade pessoal das requerentes (ID.’s 169366116 e 169366119); iii) relatório psicossocial (ID. 179306303) iv) laudo da perícia médica (ID. 191196172). Pelo que se infere nos documentos pessoais e provas encartadas nos autos, resta comprovada a situação de incapacidade da curatelada, bem como a legitimidade da requerente para promover a interdição, conforme previsto no art. 747, inciso II do Código de Processo Civil, sendo-lhe, inclusive, deferido provisoriamente o ônus de curador. Com efeito, entende-se perfeitamente plausível a pretensão do requerente, uma vez que restou demonstrado que o interditando não possui capacidade para os atos da vida civil, não havendo nenhuma possibilidade de reger sua vida, negócios ou bens. Por fim, em observância ao artigo 755, §3º do Código de Processo Civil o interditando não poderá praticar qualquer ato que envolva direitos de natureza patrimonial e negocial, nos termos do artigo 85 da Lei 13.146/2015. Assim, em uma análise minuciosa tem-se que a pretensão contida na inicial merece guarida. Não obstante, deve o requerente tomar todas as medidas de cuidados com a interditanda, atinente à sua saúde física e mental, além de outros, tais como: i) ministração de medicamentos; ii) acompanhamento médico e psicológico através de consultas regulares e entidades hospitalares; iii) atenção quanto à sua higiene; iv) zelo pelo seu vestuário; v) vigilância; vi) alimentação adequada em horários preestabelecidos, entre outros direitos; Saliente-se que na hipótese de o curador não tomar as medidas necessárias visando assegurar os direitos do interditando, tais como aqueles previstos acima, poderá ser revogado a encargo de curador ora conferido, além de ser apurada eventual responsabilidade na área civil e criminal. 3. Dispositivo Ante o exposto, este Juízo JULGA PROCEDENTE a presente ação, com resolução de mérito, a teor do que dispõe o artigo 487, inciso I, do CPC, para o fim de decretar a interdição de ROSALVA DA ROCHA SILVA, declarando-a relativamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil, nomeando-lhe curadoras as suas filhas MARIA DE FATIMA SILVA e EUNICE APARECIDA DA SILVA LARA. Para tanto, este Juízo DETERMINA que seja colhido o compromisso do curador especial atinente ao mister ora conferido. Em obediência ao disposto no art. 755, §3º do CPC, inscreva-se a presente interdição no registro de pessoas naturais e imediatamente publique-se na rede mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado o Juízo e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 6 (seis) meses, na imprensa local, 1 (uma) vez, e no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, constando do edital o nome da interdita e da curadora, a causa da interdição, os limites da curatela e, não sendo total a interdição, os atos que a interdita poderá praticar autonomamente. De acordo com o disposto no artigo 1.012, §1º, VI do Código de Processo Civil, a sentença de interdição produz efeitos desde logo, dispensando-se, portanto, o prazo para o trânsito em julgado. Isento de custas ante a concessão da gratuidade judiciária. OFICIE-SE à Assistência Social do Município de Rosário Oeste/MT para que tomem conhecimento do caso e possam regularmente acompanhar a situação social da interditada. Após as formalidades legais, ARQUIVE-SE, com as anotações e baixas de estilo. INTIME-SE. CUMPRA-SE. Rosário Oeste/MT, data registrada pelo sistema. ARTHUR MOREIRA PEDREIRA DE ALBUQUERQUE Juiz de Direito

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Encontrou o que procurava? Faça login para ver mais resultados e detalhes completos.

Fazer Login para Ver Mais

José Ivan Gomes x Banco Santander (Brasil) S.A

ID: 297237869

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Rosana - Vara Única Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1002333-75.2024.8.26.0515

Data de Disponibilização: 12/06/2025

Polo Ativo:

JOSé IVAN GOMES

Polo Passivo:

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A

Intimação

Advogados:

DÊNIO MOREIRA DE CARVALHO JUNIOR

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

DANIELLI FERREIRA GOMES

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1002333-75.2024.8.26.0515 - Procedimento Comum Cível - Perdas e Danos - José Ivan Gomes - Banco Santander (Brasil) S.a - Vistos. José Ivan Gomes ajuizou ação contra Banco Santander S/A ale… Processo 1002333-75.2024.8.26.0515 - Procedimento Comum Cível - Perdas e Danos - José Ivan Gomes - Banco Santander (Brasil) S.a - Vistos. José Ivan Gomes ajuizou ação contra Banco Santander S/A alegando, em síntese, que é aposentado pela Previdência Social (NB: 132.626.780-6), mensalmente notou descontos em seu benefício no valor de aproximedamente R$ 142,24, decorrentes de empréstimo sobre RMC de um cartão que jamais contratou. Em face disso, requereu: a) seja declarada a inexigibilidade das cobranças indevidas; b) a devolução em dobro dos valores indevidamente cobrados; c) a condenação das requeridas ao pagamento de indenização por danos morais no importe de R$ 20.000,00. Pleiteou também o deferimento dos benefícios da justiça gratuita e a concessão de liminar, para suspensão dos descontos. Atribuiu à causa o valor de R$ 40.967,38. A inicial veio instruída com os documentos de fls. 18/55. Às fls. 56 a liminar foi indeferida e a justiça gratuita concedida. Citada, a parte requerida apresentou contestação (fls. 108/125), por meio da qual, em preliminar, arguiu ausência do interesse de agir por ausência de prévio requerimento administrativo, inépcia da inicial por não juntada de extrato, decadência e prescrição. No mérito, aduziu, em suma, que o negócio foi livremente firmado pelas partes, sendo o valor depositado em conta do autor, legitimando portanto os descontos em folha. Reconhecida a fraude, deve ser excluída a responsabilidade do réu, que não teve participação no evento. Pleiteou o acolhimento das preliminares, para fins de extinguir o feito sem resolução do mérito, ou, se superadas, a improcedência da demanda. Juntou os documentos de fls 126/281. Decisão de fls. 282/283 determinou ao autor a juntada de procuração com firma reconhecida a reunião de todos os pedidos relativos a todos os contratos envolvendo as mesmas partes em uma só ação, requerendo a extinção das demais. O autor se manifestou às fls. 286/289, com documento de fls. 290. Decido. Com a juntada da procuração de fl. 290, reputo cumprida a determinação do Juízo. O autor possui apenas duas ações em trâmite contra o ora réu, sendo que a de nº 1001169-75.2024.8.26.0515 já foi sentenciada, incidindo assim o disposto no artigo 55, §1º do CPC. Ainda, não há relação de prejudicialidade entre as causas, de modo que não haveria vantagem na reunião dos feitos, nem possibilidade de prosseguimento em apenas um deles. Portanto, passo ao saneamento do feito. As preliminares não merecem acolhimento. No que toca à inépcia da petição inicial, a juntada do extrato bancário não é requisito de aptidão da petição inicial, por ausência de previsão legal, notadamente porque o que se discute aqui é a validade do contrato celebrado. A inicial descreve com exatidão a existência, em tese, de violação a direito da parte autora, fazendo surgir para ela ointeressedeagir, que independe depréviorequerimentoadministrativono caso concreto. Demais, segundo a moderna Teoria da Asserção (prospettazione), a verificação das condições da ação deve dar-se em juízo hipotético, conforme afirmações da parte autora em sua petição inicial, pois seu cotejo com as provas existentes nos autos somente poderia conduzir a uma decisão de mérito. Dessa forma, o órgão judicial, ao apreciar as condições da ação, considera tal relação jurídica in status assertionis, ou seja, à vista do que se afirmou. Com efeito, levando em consideração a aplicação da mencionada teoria, num juízo hipotético de veracidade dos fatos mencionados pela parte autora em sua petição inicial, tenho que ela possui, ao menos em juízo hipotético, interesse de agir quanto à pretensão que deduz. Tratando-se de relação de consumo, aplica-se o prazo prescricional quinquenal previsto no art. 27 do Código de Defesa do Consumidor para a pretensão de reparação por danos causados por fato do produto ou serviço. Ademais, considerando que se trata de obrigação de trato sucessivo, com descontos mensais contínuos, o prazo prescricional renova-se a cada desconto realizado, razão pela qual rejeito a preliminar de prescrição. Igualmente não prospera a alegação de decadência. O prazo decadencial de quatro anos previsto no art. 178, II do Código Civil se aplica aos casos de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, contados da realização do negócio jurídico. Contudo, no presente caso, a autora alega inexistência de contratação, e não vício de consentimento. Assim sendo, rejeito as preliminares aventadas. No mais, ao contrário do certificado à fl. 291, não houve decurso do prazo da ré para requerimento de provas, pois este ainda não foi concedido. A controvérsia cinge-se à autenticidade da assinatura lançada no contrato de fls. 126/134. A parte autora alega não ter sido aposta por ela, enquanto a ré sustenta o contrário. Emerge como fato incontroverso que a relação jurídica existente entre as partes tem natureza consumerista, impondo-se, pois, a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, em consonância com a Súmula nº 297 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça (O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras). Nessa senda, a situação fática aduzida pelas partes deve ser interpretada com fundamento na vulnerabilidade ínsita às relações de consumo, por meio de raciocínio que leve em conta a situação em sua completude, a fim de verificar concorrência de fatos. Como é cediço, segundo a súmula nº 479 do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito das operações bancárias. Considerando a incidência do regramento consumerista (artigo 6º, inciso VIII, CDC) e diante da alegação da parte autora, conclui-se que o ônus da prova é da ré (art. 373, inciso II, e 429, inciso II, do CPC), até porque não tem o autor como produzir prova negativa (provar que não contratou). Para comprovação do fato controvertido, manifestem-se as partes, no prazo comum de dez (10) dias, se tem interesse na produção de outras provas, além das que já constam dos autos. Em caso de interesse na produção de provas, deverá o respectivo interessado especificá-las, bem como justificá-las em sua pertinência, necessidade, utilidade e finalidade, de forma clara e objetiva, sob pena de indeferimento. Caso pretendam a oitiva de testemunhas, deverão desde já informar as pessoas a serem ouvidas e o que se quer provar com o seu relato, a fim de que seja possível analisar a pertinência da prova e adequar a pauta de audiências de acordo com a quantidade de depoimentos a serem colhidos. Do mesmo modo, se pretenderem produzir prova pericial deverão, no mesmo ato, especificar a natureza da perícia, já apresentarem seus quesitos e indicarem assistentes técnicos, sob pena de preclusão. O silêncio ou o protesto genérico por produção de provas serão interpretados como anuência ao julgamento antecipado, indeferindo-se, ainda, os requerimentos de diligências inúteis ou meramente protelatórias. Int. - ADV: DÊNIO MOREIRA DE CARVALHO JUNIOR (OAB 269103/SP), DANIELLI FERREIRA GOMES (OAB 350400/SP)

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Adv Malhas Ltda x Doniseti Alves Dos Santos e outros

ID: 311616748

Tribunal: TJSC Órgão: 1º Juizado Especial Cível da Comarca de Joinville Classe: EXECUçãO DE TíTULO EXTRAJUDICIAL Nº Processo: 5003826-83.2023.8.24.0038

Data de Disponibilização: 30/06/2025

Polo Ativo:

ADV MALHAS LTDA

Polo Passivo:

DONISETI ALVES DOS SANTOS MARIA APARECIDA LEITE FERREIRA

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

LEANDRO CESAR DA SILVA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

ROBERTO PEDRO PRUDENCIO NETO

OAB/SC XXXXXX Desbloquear

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL Nº 5003826-83.2023.8.24.0038/SC EXEQUENTE : ADV MALHAS LTDA ADVOGADO(A) : ROBERTO PEDRO PRUDENCIO NETO (OAB SC025897) EXECUTADO : DONISETI ALVES DOS SANTOS ADVOGADO(… EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL Nº 5003826-83.2023.8.24.0038/SC EXEQUENTE : ADV MALHAS LTDA ADVOGADO(A) : ROBERTO PEDRO PRUDENCIO NETO (OAB SC025897) EXECUTADO : DONISETI ALVES DOS SANTOS ADVOGADO(A) : LEANDRO CESAR DA SILVA (OAB SP162178) EXECUTADO : MARIA APARECIDA LEITE FERREIRA ADVOGADO(A) : LEANDRO CESAR DA SILVA (OAB SP162178) DESPACHO/DECISÃO ADV Malhas Ltda. ajuizou a presente Execução de Título Extrajudicial em desfavor de Hostel Têxtil Brás Ltda. , objetivando, em síntese, o adimplemento do débito especificado na exordial. Após o julgamento do incidente de desconsideração da personalidade jurídica apenso, Doniseti Alves dos Santos e Maria Aparecida Leite Ferreira foram incluídos no polo passivo. Adiante, após o bloqueio de ativos financeiros realizado por meio do Sisbajud , a executada Maria Aparecida apresentou manifestação pugnando pelo reconhecimento da impenhorabilidade da quantia indisponibilizada, aduzindo que a ordem de bloqueio cumprida na Caixa Econômica Federal atingiu seu benefício previdenciário, depositado em conta poupança com saldo inferior a 40 salários-mínimos ( evento 76, PED IMPENH BENS1 ). Intimada, a exequente defendeu a manutenção da constrição, aduzindo que a aposentadoria não é a única fonte de renda da executada e o valor bloqueado não trará prejuízo a sua subsistência ( evento 91, PET1 ). DECIDO. Sabido que a execução corre no interesse do credor, respondendo o devedor com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações (art. 789 do Código de Processo Civil). A penhora, portanto, pode recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do débito. A execução, contudo, não deve levar o executado a uma situação degradante ou ser utilizada como instrumento para causar a ruína da parte devedora. Eis a razão para a satisfação da prestação jurisdicional ser promovida pelos meios menos gravosos ao executado (art. 805 do Código de Processo Civil) e para o legislador ter estabelecido a impenhorabilidade de certos bens (art. 833 do Código de Processo Civil). Nesse contexto, dispõe o art. 833, IV, do Código de Processo Civil, que são impenhoráveis "os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º" . Dito isso, no caso em análise, impõe-se reconhecer que inexistem dúvidas acerca do depósito do benefício previdenciário percebido pela executada na conta bancária mantida na Caixa Econômica Federal , atingida pela ordem de bloqueio, consoante se infere dos documentos anexados ao evento 76, EXTR5 , e ao evento 76, EXTR7 . Já as declarações do imposto de renda entregues à Receita Federal pela devedora demonstram que a aposentadoria paga pelo INSS é sua única fonte de renda ( evento 76, DECL8 , e evento 76, DECL9 ). Apesar da executada integrar o quadro social de outras empresas, não há provas de que atualmente recebe algum valor decorrente da participação societária. Aliás, sequer há qualquer elemento indicativo de que as empresas continuam em atividade e gerando lucros. Embora um ano atrás Maria Aparecida tenha afirmado que o Hostel Têxtil continuava em atividade, também informou na ocasião que a empresa enfrentava enormes dificuldades financeiras, situação agravada "pelo atual e caótico cenário econômico, político e pós-pandêmico" . Assim, não é possível presumir que esteja gerando lucros, ainda mais quando todas as tentativas de penhora on-line realizadas nestes autos foram infrutíferas. Também não é possível considerar o acordo firmado nos autos n. 1001169-35.2022.8.26.0260 como indicativo de capacidade financeira e ocultamento de renda, já que não houve o adimplemento de nenhuma parcela. Desse modo, comprovado o bloqueio de valor referente a aposentadoria da executada, verba impenhorável dada a ausência de provas de que possui efetivamente outras fontes de renda, a insurgência apresentada merece provimento. Enfim, ressalto que o acesso aos juizados especiais cíveis é gratuito no primeiro grau, independentemente de requerimento, não havendo cobrança de taxas ou despesas e nem condenação ao pagamento de custas e honorários advocatícios. Assim, mostra-se dispensável a análise de eventuais pedidos de gratuidade da justiça formulados pelas partes. Ante o exposto: I- Acolho a alegação de impenhorabilidade em relação ao valor de R$ 3.986,54, bloqueado na Caixa Econômica Federal . Proceda-se ao desbloqueio da referida monta. II- Deixo de analisar o pedido de gratuidade da justiça formulado pela executada, nos termos da fundamentação. III- No mais, aguarde-se o decurso dos prazos em aberto.

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Processo nº 1001169-96.2025.8.26.0238

ID: 277981991

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Ibiúna - 2ª Vara Classe: BUSCA E APREENSãO EM ALIENAçãO FIDUCIáRIA Nº Processo: 1001169-96.2025.8.26.0238

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

B. DE L. L. B. S. A.

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

JORGE LUIS ZANON

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

ADV: Jorge Luis Zanon (OAB 14705/RS) Processo 1001169-96.2025.8.26.0238 - Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária - Reqte: B. de L. L. B. S. A. - Vistos 1. Trata-se de ação de busca e apreensão com… ADV: Jorge Luis Zanon (OAB 14705/RS) Processo 1001169-96.2025.8.26.0238 - Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária - Reqte: B. de L. L. B. S. A. - Vistos 1. Trata-se de ação de busca e apreensão com pedido liminar ajuizada pelo BANCO DE LAGE LANDEN BRASIL S/A em face de PAULO CESAR DOMINGOS (fls. 01/14). 2. Quanto ao pedido liminar de busca e apreensão, a análise deve observar o disposto no art. 3º, caput, do Decreto-Lei nº 911/1969, cuja concessão exige a comprovação da mora ou inadimplemento das obrigações contratuais garantidas por alienação fiduciária. No caso em tela, verifica-se a existência da relação jurídica contratual entre as partes (fls.113/138, 142/167, 171/196, 201/226, 231/248, 251/269, 274/292, 297/315 e 321/339), bem como, a comprovação do inadimplemento e da mora do devedor, conforme notificação extrajudicial juntada aos autos (fls. 362/365, 372/373 e 374/376), nos termos do art. 2º, § 2º, do referido Decreto-Lei. Consta, ainda, que a notificação foi enviada aos endereços informados nos contratos firmados entre as partes (vide fls. 372/373 e 374/376). Sobre o tema, colaciono jurisprudência recente: Agravo de instrumento. Ação de busca e apreensão. Recurso interposto contra a r. decisão que deferiu a liminar para proceder à busca e apreensão do bem descrito e caracterizado na petição inicial. Notificação extrajudicial enviada ao endereço constante do contrato. Suficiência. Notificação devolvida com a anotação de que o devedor é "desconhecido" no local. Irrelevância. Mora comprovada. Ausência de comprovação de solicitação de alteração do endereço pelos meios oficiais. Print de conversar por meio do aplicativo WhatsApp não tem o condão de comprovar que a autora foi devidamente informada da mudança de endereço da ré. Decisão mantida. Agravo de instrumento desprovido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2164517-51.2024.8.26.0000; Relator (a):Carlos Dias Motta; Órgão Julgador: 26ª Câmara de Direito Privado; Foro de Ituverava -2ª Vara; Data do Julgamento: 19/08/2024; Data de Registro: 19/08/2024) AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. NOTIFICAÇÃO NÃO ENTREGUE. DESTINATÁRIO DESCONHECIDO. Autora que requer a busca e apreensão de veículo dado em garantia por alienação fiduciária em contrato de financiamento inadimplido. Sentença de extinção sem resolução de mérito. Apelo da autora. Necessidade de comprovação da prévia e regular constituição em mora como pressuposto de admissibilidade da ação de busca e apreensão. E. STJ que, em sede de Recurso Especial Repetitivo (art. 1.036 do CPC), firmou entendimento no sentido de que "Para a comprovação da mora nos contratos garantidos por alienação fiduciária, é suficiente o envio de notificação extrajudicial ao devedor no endereço indicado no instrumento contratual, dispensando-se a prova do recebimento, quer seja pelo próprio destinatário, quer por terceiros". No caso concreto, a notificação extrajudicial foi enviada para o endereço declarado no contrato de financiamento. Retorno da carta ao remetente, ante o desconhecimento do destinatário. Devedora que possui a obrigação de informar corretamente o seu endereço à credora, bem como manter seus dados cadastrais atualizados, sob pena de arcar com os ônus de sua desídia. Aplicação do princípio da boa-fé contratual. Precedentes. Notificação extrajudicial que preencheu sua finalidade. Regular constituição da devedora em mora comprovada, nos termos do Tema Repetitivo nº 1.132 do E. STJ. Extinção afastada. Sentença anulada. Recurso provido. (TJSP; Apelação Cível 1038481-33.2023.8.26.0576; Relator (a):Mary Grün; Órgão Julgador: 32ª Câmara de Direito Privado; Foro de São José do Rio Preto -2ª Vara Cível; Data do Julgamento: 28/02/2024; Data de Registro: 28/02/2024) BUSCA E APREENSÃO - Alienação fiduciária - Processo extinto, sem resolução do mérito, indeferida a petição inicial - Notificação enviada ao endereço informado pelo devedor no contrato, devolvida com a informação "desconhecido" - Validade, ante o julgamento do Tema nº 1132, pelo Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual " para a comprovação da mora nos contratos garantidos por alienação fiduciária, é suficiente o envio de notificação extrajudicial ao devedor no endereço indicado no instrumento contratual, dispensando-se a prova do recebimento, quer seja pelo próprio destinatário, quer por terceiros" - Sentença anulada - Apelação provida. (TJSP; Apelação Cível 1000107-83.2023.8.26.0240; Relator (a):Sá Duarte; Órgão Julgador: 33ª Câmara de Direito Privado; Foro de Iepê -Vara Única; Data do Julgamento: 17/05/2024; Data de Registro: 17/05/2024) Corroborando esse entendimento, o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Tema Repetitivo 1132, fixou a seguinte tese: Em ação de busca e apreensão fundada em contratos garantidos com alienação fiduciária (art. 2º, § 2º, do Decreto-Lei n. 911/1969), para a comprovação da mora, é suficiente o envio de notificação extrajudicial ao devedor no endereço indicado no instrumento contratual, dispensando-se a prova do recebimento, quer seja pelo próprio destinatário, quer por terceiros. Diante da comprovação da mora, DEFIRO o pedido liminar de busca e apreensão dos veículos automotores e equipamentos alienados fiduciariamente pelo réu ao autor indicados na inicial de fls.02/07 dos autos. 3. Expeça-se mandado para o cumprimento desta decisão, autorizado o disposto no art. 212, § 2º, do CPC, bem como já fica autorizado o uso de força policial e ordem de arrombamento. ADVERTÊNCIA: Caso o mandado seja devolvido pelo Sr. Oficial de Justiça por não haver sido contatato pelo interessado para cumprimento do mesmo, os autos serão enviados ao arquivo independentemente de nova intimação. 4. Do mandado para o cumprimento desta decisão deverá constar que, após executada a liminar, se o réu, em 5 (cinco) dias, não pagar a integralidade da dívida pendente (purgação da mora), segundo os valores apresentados pelo autor (fls. 76/77), hipótese na qual o bem lhe será restituído livre de ônus (art. 3º, § 2º), consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no patrimônio autor, que é o credor fiduciário (art. 3º, §1º). E, ainda, a advertência ao réu de que o autor, no caso da consolidação, poderá vender o bem a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver (art. 2º, caput). 5. No mesmo mandado, cite-se o réu para, no prazo de 15 (quinze) dias da execução da liminar, apresentar resposta (art. 3º, § 3º), ainda que tenha se utilizado da purgação da mora, caso entenda ter havido pagamento a maior e desejar restituição (art. 3º, § 4º), advertido de que, não contestada a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor (art. 344 do CPC). 6. Com a resposta ou certificada a revelia, manifeste-se o autor. 7. Após, tornem os autos conclusos para deliberações. Servirá a presente, por cópia digitada, como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da leis. Int.

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Processo nº 1001169-30.2025.8.26.0066

ID: 278678196

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Barretos - 3ª Vara Cível Classe: EXECUçãO DE TíTULO EXTRAJUDICIAL Nº Processo: 1001169-30.2025.8.26.0066

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

MILENA CRISTINA DUARTE - LTDA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

LM - LINCOLN MENEZES SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

LINCOLN DEL BIANCO DE MENEZES CARVALHO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

JOÃO PEDRO INACIO NAZARIO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

ADV: Lincoln Del Bianco de Menezes Carvalho (OAB 235857/SP), João Pedro Inacio Nazario (OAB 480518/SP), LM - Lincoln Menezes Sociedade Individual de Advocacia (OAB 55107/SP) Processo 1001169-30.2025.… ADV: Lincoln Del Bianco de Menezes Carvalho (OAB 235857/SP), João Pedro Inacio Nazario (OAB 480518/SP), LM - Lincoln Menezes Sociedade Individual de Advocacia (OAB 55107/SP) Processo 1001169-30.2025.8.26.0066 - Execução de Título Extrajudicial - Exeqte: Milena Cristina Duarte - Ltda - Vistos. 1.) Trata-se de ação de execução por quantia certa lastreada em título executivo extrajudicial, com fulcro nos arts. 824 e seguintes do CPC. CITE-SE a parte executada, por Carta AR Digital ou Mandado, para pagar a dívida, custas e despesas processuais, além de honorários advocatícios, ora fixados em 10% (dez por cento), no prazo de 3 (três) dias, a contar da citação. Em caso de pagamento integral do débito no prazo declinado, os honorários advocatícios serão reduzidos pela metade (5%). Registre-se à parte executada a possibilidade de oferecimento de embargos à execução, devidamente representada por(a) advogado(a), a serem distribuídos por dependência, por meio do sistema de Peticionamento Eletrônico do portal e-SAJ (acessar "Peticionamento Eletrônico do 1º Grau" e, após, "Petição Inicial de 1º Grau") e instruídos com cópia das peças processuais relevantes da execução (art. 914, § 1º, do CPC), no prazo de 15 (quinze) dias, contados na forma do art. 231 do CPC. Alternativamente, no lugar dos embargos, mediante o depósito de 30% (trinta por cento) do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, poderá a parte executada requerer o parcelamento do remanescente em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês (art. 916, caput, do CPC). Fica desde logo advertida a parte executada que a rejeição dos embargos ou o inadimplemento das parcelas poderá acarretar a elevação dos honorários advocatícios, multa em favor da parte, além de outras penalidades previstas em lei. 2.) Não sendo encontrados bens e/ou recolhidas as custas necessárias para a realização das diligências acima mencionadas, nem comprovada a sua solicitação tempestiva pela parte exequente, restando configurado o abandono da causa por período superior a 30 (trinta) dias, intime-se a parte exequente mediante Carta AR Digital, no último endereço válido cadastrado nos autos, para dar andamento útil ao processo em 5 (cinco) dias, sob pena de extinção sem resolução de mérito (art. 485, III, do CPC), presumindo-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, na hipótese de mudança, temporária ou definitiva, sem comunicação ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do aviso de recebimento (art. 247, parágrafo único, do CPC). 3.) Frustrada a citação pelo correio, expeça-se Mandado ou Carta Precatória (art. 249 do CPC). Se a parte executada não for localizada para citação, autorizo, desde logo, a consulta aos sistemas INFOJUD, RENAJUD e SISBAJUD para pesquisa de endereço, intimando-se a parte requerente por ato ordinatório para comprovar o recolhimento da despesa processual no valor de 3 (três) UFESP para cada CPF/CNPJ a ser pesquisado (Provimento CSM nº 2.684/2023) na guia FEDTJ, código 434-1, em 5 (cinco) dias. Realizadas as pesquisas, diligencie-se nos endereços encontrados, intimando-se a parte requerente para que comprove o recolhimento das despesas processuais pertinentes. Caso infrutíferas as pesquisas ou as diligências nos endereços obtidos, intime-se a parte requerente para que promova o recolhimento da despesa processual no montante equivalente a 4 (quatro) UFESPs por cada CPF/CNPJ a ser pesquisado, na guia FEDTJ, código 434-1, no prazo de 5 (cinco) dias. Em seguida, promova a Serventia pesquisa pelos sistemas CPFL, SCPC, SERASAJUD e SIEL para o mesmo fim, expedindo-se o necessário para citação. Frustradas as pesquisas ou diligências nos endereços obtidos, fica desde já deferida a citação por edital, com o prazo de 20 (vinte) dias, nos termos do art. 256, II e § 3º, do CPC. Nesse caso, deverá a parte requerente ser intimada via ato ordinatório para providenciar a juntada da minuta de edital por petição nos autos e enviar mensagem eletrônica, anexando cópia do arquivo em formato "DOC", que possibilite a abertura e edição através do programa Microsoft Word, para o e-mail , informando no assunto o número deste processo, no prazo de 10 (dez) dias. Apresentada a minuta do edital, providencie-se a conferência e o cálculo do valor das custas a serem recolhidas, expedindo-se ato ordinatório para que a parte requerente efetue o recolhimento em 5 (cinco) dias. Saliente-se que, além da publicação do edital no Diário de Justiça Eletrônico, a parte requerente deverá providenciar a publicação na imprensa local por 2 (duas) vezes no prazo de 15 (quinze) dias, contados do ato ordinatório publicado pela Serventia para esta finalidade, juntando aos autos cópia das referidas publicações, nos moldes do art. 257, parágrafo único, do CPC, ante a impossibilidade momentânea de cumprimento do disposto no inciso II do citado dispositivo, que se encontram em tratativas pelos órgãos competentes. Em caso de revelia, a Defensoria Pública atuará como curadora especial da parte citada por edital (art. 72, II e parágrafo único, do CPC), cadastrando-a nos autos e abrindo-se vista através do Portal Eletrônico para manifestação no prazo legal. ARTS. 782, § 3º, E 828, AMBOS DO CPC - Cópia desta decisão serve como certidão para fins de averbação no registro de imóveis, cadastros de inadimplentes ou registro de outros bens sujeitos a penhora ou arresto, cabendo à parte exequente providenciar as averbações e comunicações necessárias, comprovando posteriormente nos autos. Eventual inscrição perdurará até que haja integral pagamento ou garantia da execução, com fundamento nos arts. 782, §§ 3º e 4º, do CPC. "ARISP" (ONR) - A pesquisa de titularidade de imóveis para parte que não for beneficiária da justiça gratuita deve ser feita eletronicamente pela própria parte exequente, através do endereço eletrônico https://registradores.onr.org.br. GUARDA DA VIA ORIGINAL DO TÍTULO EXECUTIVO - A parte exequente deverá preservar intacto(s) o(s) título(s) executivo(s) extrajudicial(is) que embasa(m) a presente execução até o término do prazo para propositura de ação rescisória, nos termos do art. 11, § 3º, da Lei nº 11.419/2009 e do art. 425, § 1º, do CPC. ADVERTÊNCIAS - Este processo tramita eletronicamente. A íntegra do processo poderá ser visualizada na internet, sendo considerado vista pessoal que desobriga a anexação. Para visualização, acesse o site http://www.tjsp.jus.br, informe o número do processo (disponível no alto deste documento) e a senha, a qual segue anexa, em documento separado. Petições, procurações, defesas etc., devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico. A classificação correta das petições, de acordo com as classes e assuntos existentes no sistema SAJ, no curso do processo é essencial ao bom andamento dos trabalhos, ficando as partes cientes dos deveres mencionados no art. 6º do CPC. Servirá cópia da presente decisão, assinada digitalmente e devidamente instruída, como MANDADO, CERTIDÃO ou OFÍCIO. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. Intime-se.

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Francielio Paulino De Souza e outros x Atala Elmor Engenharia E Construcoes Eireli e outros

ID: 278862363

Tribunal: TRT2 Órgão: 11ª Vara do Trabalho de São Paulo - Zona Sul Classe: AçãO TRABALHISTA - RITO ORDINáRIO Nº Processo: 1001169-87.2024.5.02.0711

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

FRANCIELIO PAULINO DE SOUZA JEFFERSON DE SOUZA MARTINS

Polo Passivo:

ATALA ELMOR ENGENHARIA E CONSTRUCOES EIRELI ATALA REFORMAS E PROJETOS EIRELI - ME

Notificação

Advogados:

RENATA SANCHES GUILHERME

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

MARCIO RECCO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 11ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA SUL ATOrd 1001169-87.2024.5.02.0711 RECLAMANTE: FRANCIELIO PAULINO DE SOU… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 11ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA SUL ATOrd 1001169-87.2024.5.02.0711 RECLAMANTE: FRANCIELIO PAULINO DE SOUZA RECLAMADO: ATALA ELMOR ENGENHARIA E CONSTRUCOES EIRELI E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Sentença ID 9e8994a proferida nos autos, cujo dispositivo consta a seguir: Dispositivo Em razão do quanto exposto e à vista do que mais dos autos consta, restando inexigíveis judicialmente as lesões por inadimplemento de parcelas vencidas anteriormente a 25/07/2019 em virtude da prescrição quinquenal, rejeito as preliminares arguidas e, no mais, julgo PROCEDENTES EM PARTE os pedidos formulados por Francielio Paulino de Souza, para reconhecer a unicidade do contrato de trabalho do autor no período compreendido entre 05/11/2018 e 18/11/2022, bem assim condenar SOLIDARIAMENTEAtala Elmor Engenharia e Construções Eireli e Atala Reformas e Projetos Eireli – ME ao pagamento das seguintes verbas deferidas na fundamentação, que passam a fazer parte integrante deste decisum: a) integração da quantia de R$ 1.600,00 mensais paga extrafolha, com reflexos sobre aviso-prévio, férias acrescidas de 1/3, 13o salário, DSR, FGTS e multa de 40%. b) aviso-prévio indenizado proporcional (12 dias); c) férias em dobro relativas ao período aquisitivo de 2020/2021 e férias simples relativas ao período aquisitivo de 2021/2022, ambas acrescidas de 1/3; d) 13º salário proporcional (11/12); e) FGTS e multa de 40% sobre as verbas deferidas e que ensejam a incidência; f) multa de 40% sobre a totalidade dos depósitos fundiários; g) horas extras, entendendo como tais aquelas excedentes à 8ª hora diária ou 44ª hora semanal, não se computando para a apuração do módulo semanal aquelas já computadas na apuração do módulo diário, com reflexos sobre aviso-prévio, 13º salário, férias acrescidas de 1/3, DSR, FGTS e multa de 40%; h) 30 minutos suprimidos do intervalo intrajornada, de forma indenizada, conforme determina o art. 71, §4º da CLT; i) feriados laborados, como horas extras, com reflexos sobre aviso-prévio, 13º salário, férias acrescidas de 1/3, DSR, FGTS e multa de 40%. As reclamadas deverão proceder à retificação da CTPS do reclamante para fazer constar como única data de admissão 05/11/2018 e única data de dispensa 18/11/2022, no prazo de cinco dias a contar do trânsito em julgado dessa decisão, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 100,00, até o limite de R$ 2.000,00, sem prejuízo de a retificação ser feita pela Secretaria da Vara. O reclamante será intimado para apresentar sua CTPS em Juízo e, após a apresentação, as reclamadas serão intimadas para proceder à retificação. Após a intimação, caso descumprida a obrigação de fazer, haverá a incidência da multa diária fixada. As verbas deferidas serão apuradas em liquidação de sentença, sendo certo que o valor atribuído aos pedidos pela parte autora será compreendido como mera estimativa, conforme autoriza o artigo 12, §2º da Instrução Normativa nº 41 do C. TST, não limitando o valor da condenação. Na liquidação observar-se-á a incidência de juros e correção monetária na forma determinada e os descontos legais de contribuição previdenciária, sujeita a execução neste juízo, e imposto de renda. A correção monetária será aplicada de acordo com o índice de atualização dos créditos trabalhistas em geral, nos termos da súmula 381 do TST, devendo ser considerado o IPCA-E, acrescido dos juros de mora (Lei nº 8.177/1991, art. 39, caput), até a data do ajuizamento da ação. Na fase judicial, será aplicada a taxa legal, correspondente à taxa Selic, até 29/08/2024, e, a partir de 30/08/2024, o IPCA-E, conforme previsto no art. 389, parágrafo único, do Código Civil (redação atribuída pela Lei nº 14.905/2024). Os juros de mora corresponderão ao resultado da subtração Selic – IPCA (artigo 406, parágrafo único, do CC), com a possibilidade de não incidência (taxa zero), nos termos do art. 406, §3º do CC. Para evitar eventual enriquecimento sem causa por parte do autor, determino a dedução dos valores comprovadamente pagos sob os mesmos títulos, apenas quanto a verbas comprovadas nos autos durante a fase de conhecimento. A contribuição previdenciária incidirá sobre as verbas de natureza salarial (art. 832, § 3º da CLT), assim consideradas apenas as parcelas integrantes do salário-de-contribuição, conforme previsto no artigo 28 da Lei nº 8.212/91. Os descontos previdenciários incidentes são devidos mês a mês (súmula 368, III do C. TST) e ficarão a cargo do empregador – tanto em relação à sua cota, quanto em relação à cota do empregado – que está autorizado a deduzir a cota-parte do empregado dos valores a serem pagos a ele (OJ 363 da SDI-1 do C. TST). O cálculo das contribuições previdenciárias decorrentes dos créditos deferidos nesta decisão deverá observar ainda o disposto nos itens IV e V da súmula 368 do C. TST. Determinoa dedução dos descontos fiscais sobre o valor total da condenação e de acordo com o que determina a Instrução Normativa RFB 1.756 de 31/10/2017, devendo ser calculado sobre o principal tributável, corrigido monetariamente, excluídos os juros de mora (OJ 400 da SDI-1 do C. TST), as verbas indenizatórias e previdenciárias e os valores relativos ao FGTS, nos termos do § 2º do artigo 46 da Lei nº 8.541/92, do inciso V do artigo 6º da Lei nº 7.713/88 e do Provimento nº 01/96 da Corregedoria Geral do C. TST. Honorários advocatícios devidos pelas reclamadas, em favor dos advogados da parte autora, no importe de 10% sobre o valor que resultar da condenação em liquidação da sentença, nos termos da OJ 348 da SDI-1 do TST. Honorários advocatícios devidos pela parte autora, em favor dos advogados das reclamadas, no importe de 10% sobre o valor dos pedidos julgados totalmente improcedentes nesta decisão, cuja exigibilidade fica suspensa, nos termos do art. 791-A, §4º da CLT. Defiro os benefícios da justiça gratuita ao reclamante. Honorários periciais arbitrados em R$ 806,00, a cargo do reclamante, isento. Expeça-se ofício à União para pagamento. Custas pelas reclamadas no importe de R$ 1.600,00 calculadas sobre o valor arbitrado para a condenação de R$ 80.000,00. Intimem-se. Nada mais. KATIA BIZZETTO Juíza do Trabalho Titular Intimado(s) / Citado(s) - ATALA REFORMAS E PROJETOS EIRELI - ME - ATALA ELMOR ENGENHARIA E CONSTRUCOES EIRELI

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Francielio Paulino De Souza e outros x Atala Elmor Engenharia E Construcoes Eireli e outros

ID: 278862376

Tribunal: TRT2 Órgão: 11ª Vara do Trabalho de São Paulo - Zona Sul Classe: AçãO TRABALHISTA - RITO ORDINáRIO Nº Processo: 1001169-87.2024.5.02.0711

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

FRANCIELIO PAULINO DE SOUZA JEFFERSON DE SOUZA MARTINS

Polo Passivo:

ATALA ELMOR ENGENHARIA E CONSTRUCOES EIRELI ATALA REFORMAS E PROJETOS EIRELI - ME

Notificação

Advogados:

RENATA SANCHES GUILHERME

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

MARCIO RECCO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 11ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA SUL ATOrd 1001169-87.2024.5.02.0711 RECLAMANTE: FRANCIELIO PAULINO DE SOU… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 11ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO - ZONA SUL ATOrd 1001169-87.2024.5.02.0711 RECLAMANTE: FRANCIELIO PAULINO DE SOUZA RECLAMADO: ATALA ELMOR ENGENHARIA E CONSTRUCOES EIRELI E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Sentença ID 9e8994a proferida nos autos, cujo dispositivo consta a seguir: Dispositivo Em razão do quanto exposto e à vista do que mais dos autos consta, restando inexigíveis judicialmente as lesões por inadimplemento de parcelas vencidas anteriormente a 25/07/2019 em virtude da prescrição quinquenal, rejeito as preliminares arguidas e, no mais, julgo PROCEDENTES EM PARTE os pedidos formulados por Francielio Paulino de Souza, para reconhecer a unicidade do contrato de trabalho do autor no período compreendido entre 05/11/2018 e 18/11/2022, bem assim condenar SOLIDARIAMENTEAtala Elmor Engenharia e Construções Eireli e Atala Reformas e Projetos Eireli – ME ao pagamento das seguintes verbas deferidas na fundamentação, que passam a fazer parte integrante deste decisum: a) integração da quantia de R$ 1.600,00 mensais paga extrafolha, com reflexos sobre aviso-prévio, férias acrescidas de 1/3, 13o salário, DSR, FGTS e multa de 40%. b) aviso-prévio indenizado proporcional (12 dias); c) férias em dobro relativas ao período aquisitivo de 2020/2021 e férias simples relativas ao período aquisitivo de 2021/2022, ambas acrescidas de 1/3; d) 13º salário proporcional (11/12); e) FGTS e multa de 40% sobre as verbas deferidas e que ensejam a incidência; f) multa de 40% sobre a totalidade dos depósitos fundiários; g) horas extras, entendendo como tais aquelas excedentes à 8ª hora diária ou 44ª hora semanal, não se computando para a apuração do módulo semanal aquelas já computadas na apuração do módulo diário, com reflexos sobre aviso-prévio, 13º salário, férias acrescidas de 1/3, DSR, FGTS e multa de 40%; h) 30 minutos suprimidos do intervalo intrajornada, de forma indenizada, conforme determina o art. 71, §4º da CLT; i) feriados laborados, como horas extras, com reflexos sobre aviso-prévio, 13º salário, férias acrescidas de 1/3, DSR, FGTS e multa de 40%. As reclamadas deverão proceder à retificação da CTPS do reclamante para fazer constar como única data de admissão 05/11/2018 e única data de dispensa 18/11/2022, no prazo de cinco dias a contar do trânsito em julgado dessa decisão, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 100,00, até o limite de R$ 2.000,00, sem prejuízo de a retificação ser feita pela Secretaria da Vara. O reclamante será intimado para apresentar sua CTPS em Juízo e, após a apresentação, as reclamadas serão intimadas para proceder à retificação. Após a intimação, caso descumprida a obrigação de fazer, haverá a incidência da multa diária fixada. As verbas deferidas serão apuradas em liquidação de sentença, sendo certo que o valor atribuído aos pedidos pela parte autora será compreendido como mera estimativa, conforme autoriza o artigo 12, §2º da Instrução Normativa nº 41 do C. TST, não limitando o valor da condenação. Na liquidação observar-se-á a incidência de juros e correção monetária na forma determinada e os descontos legais de contribuição previdenciária, sujeita a execução neste juízo, e imposto de renda. A correção monetária será aplicada de acordo com o índice de atualização dos créditos trabalhistas em geral, nos termos da súmula 381 do TST, devendo ser considerado o IPCA-E, acrescido dos juros de mora (Lei nº 8.177/1991, art. 39, caput), até a data do ajuizamento da ação. Na fase judicial, será aplicada a taxa legal, correspondente à taxa Selic, até 29/08/2024, e, a partir de 30/08/2024, o IPCA-E, conforme previsto no art. 389, parágrafo único, do Código Civil (redação atribuída pela Lei nº 14.905/2024). Os juros de mora corresponderão ao resultado da subtração Selic – IPCA (artigo 406, parágrafo único, do CC), com a possibilidade de não incidência (taxa zero), nos termos do art. 406, §3º do CC. Para evitar eventual enriquecimento sem causa por parte do autor, determino a dedução dos valores comprovadamente pagos sob os mesmos títulos, apenas quanto a verbas comprovadas nos autos durante a fase de conhecimento. A contribuição previdenciária incidirá sobre as verbas de natureza salarial (art. 832, § 3º da CLT), assim consideradas apenas as parcelas integrantes do salário-de-contribuição, conforme previsto no artigo 28 da Lei nº 8.212/91. Os descontos previdenciários incidentes são devidos mês a mês (súmula 368, III do C. TST) e ficarão a cargo do empregador – tanto em relação à sua cota, quanto em relação à cota do empregado – que está autorizado a deduzir a cota-parte do empregado dos valores a serem pagos a ele (OJ 363 da SDI-1 do C. TST). O cálculo das contribuições previdenciárias decorrentes dos créditos deferidos nesta decisão deverá observar ainda o disposto nos itens IV e V da súmula 368 do C. TST. Determinoa dedução dos descontos fiscais sobre o valor total da condenação e de acordo com o que determina a Instrução Normativa RFB 1.756 de 31/10/2017, devendo ser calculado sobre o principal tributável, corrigido monetariamente, excluídos os juros de mora (OJ 400 da SDI-1 do C. TST), as verbas indenizatórias e previdenciárias e os valores relativos ao FGTS, nos termos do § 2º do artigo 46 da Lei nº 8.541/92, do inciso V do artigo 6º da Lei nº 7.713/88 e do Provimento nº 01/96 da Corregedoria Geral do C. TST. Honorários advocatícios devidos pelas reclamadas, em favor dos advogados da parte autora, no importe de 10% sobre o valor que resultar da condenação em liquidação da sentença, nos termos da OJ 348 da SDI-1 do TST. Honorários advocatícios devidos pela parte autora, em favor dos advogados das reclamadas, no importe de 10% sobre o valor dos pedidos julgados totalmente improcedentes nesta decisão, cuja exigibilidade fica suspensa, nos termos do art. 791-A, §4º da CLT. Defiro os benefícios da justiça gratuita ao reclamante. Honorários periciais arbitrados em R$ 806,00, a cargo do reclamante, isento. Expeça-se ofício à União para pagamento. Custas pelas reclamadas no importe de R$ 1.600,00 calculadas sobre o valor arbitrado para a condenação de R$ 80.000,00. Intimem-se. Nada mais. KATIA BIZZETTO Juíza do Trabalho Titular Intimado(s) / Citado(s) - FRANCIELIO PAULINO DE SOUZA

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Alexandre Aparecido Valente e outros x Helipark Taxi Aereo E Manutencao Aeronautica Ltda

ID: 317061228

Tribunal: TRT2 Órgão: 2ª Vara do Trabalho de Carapicuíba Classe: CUMPRIMENTO PROVISóRIO DE SENTENçA Nº Processo: 1001169-69.2024.5.02.0232

Data de Disponibilização: 07/07/2025

Polo Ativo:

ALEXANDRE APARECIDO VALENTE SERGIO CREMASCHI SAMPAIO

Polo Passivo:

HELIPARK TAXI AEREO E MANUTENCAO AERONAUTICA LTDA

Notificação

Advogados:

WILLIAM SIDNEY SULEIBE

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

DOUGLAS DE SOUZA LEMELLE

OAB/RJ XXXXXX Desbloquear

FERNANDO AUGUSTO HENRIQUES FERNANDES

OAB/RJ XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE CARAPICUÍBA CumPrSe 1001169-69.2024.5.02.0232 REQUERENTE: ALEXANDRE APARECIDO VALENTE REQU… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE CARAPICUÍBA CumPrSe 1001169-69.2024.5.02.0232 REQUERENTE: ALEXANDRE APARECIDO VALENTE REQUERIDO: HELIPARK TAXI AEREO E MANUTENCAO AERONAUTICA LTDA INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 00c0c76 proferido nos autos. VISTOS. Trata-se de Execução Provisória de Sentença prolatada nos autos da ação trabalhista 1001128-39.2023.5.02.0232, em que, uma vez reconhecido o pagamento de valores salariais “por fora”, determinou o pagamento dos reflexos destes valores nas parcelas especificadas. Em razão da enorme divergência entre os cálculos apresentados pelas partes, o juízo nomeou perito contador, que apresentou os cálculos de Id. 0cfcf8b, sobre os quais as partes apresentaram impugnações. Pois bem. O comando condenatório que ora se busca liquidar teve a seguinte redação: “condeno a reclamada a pagar ao reclamante reflexos destes valores, com base na documentação trazida pelo reclamante, proporcionalmente ao período laborado, em saldo de salário, 13º salários (integrais e proporcionais), férias + 1/3 (integrais e proporcionais), aviso prévio proporcional e depósitos de FGTS acrescidos da multa de 40%.” Estabelecer a precisa delimitação da expressão “destes valores”, acima destacada, é a primeira e mais importante tarefa para aferir o alcance da condenação, afinal, é a partir desta variável que gravitará toda a apuração. Para tanto, impõe-se recorrer à fundamentação do julgado; após tecer um breve relato das alegações das partes e analisar o essencial da prova oral produzida, a sentença prosseguiu expondo: O reclamante ainda colacionou aos autos vasta documentação comprovando que recebeu (ID. 547da5c), durante o período em que era empregado da reclamada, valores com a rubrica “AAA A A ASS S C”, oriundos da sociedade AAA, da qual supostamente era sócio, na mesma data de recebimento de seu salário junto à reclamada. O preposto da reclamada, em seu depoimento, a despeito de ter afirmado, em um primeiro momento, desconhecer referida sociedade, bem como qualquer ligação desta com os sócios da ré, reconheceu que todos os sócios da sociedade AAA eram empregados da reclamada. Reconheceu o preposto, ainda, que o proprietário da reclamada e o seu diretor financeiro constam como sócios da referida sociedade. Tais informações são facilmente comprovadas por meio do documento de ID. dbfe83e, em que os nomes listados no depoimento do preposto, reconhecidos como empregados da ré, constam como sócios da sociedade nominada AAA. Não parece crível, portanto, que o preposto da reclamada, diante de tamanha ligação entre as sociedades, desconheça, por completo, qualquer relação entre estas, mormente quando o proprietário da reclamada figura como sócio desta outra sociedade e o diretor financeiro da ré seja o seu administrador. Por esta intrínseca ligação entre as referidas sociedades, bem como a coincidência nas datas de pagamento dos valores de ambas as empresas ao reclamante, cuido que os valores recebidos pelo reclamante da sociedade AAA eram uma contraprestação pelo labor efetuado junto à reclamada, tendo a ré utilizado desta manobra para livrar-se dos encargos inerentes à remuneração do obreiro. Considerando-se, pois, que tais valores eram adimplidos como contraprestação do trabalho executado pelo reclamante em benefício da reclamada, devem integrar a remuneração do autor para todos os efeitos. As razões de decidir descritas parecem deixar claro que se reputou verba salarial recebida por fora, e cuja integração se determinou, aqueles identificados sob a rubrica “AAA A A ASS S C”, oriundos da sociedade AAA, recebidos na mesma data de recebimento dos salários. Logo, me parece que apenas os recebimentos comprovados pela documentação juntada aos autos pelo reclamante e que estejam identificados com os distintivos referidos podem ser consideradas parcelas “por fora”, e, portanto, aptas a comporem o cálculo que hora se busca. Analisando os autos principais, verifico que há uma indicação de diversos valores recebidos com estes distintivos, especialmente nos extratos bancários (a partir do Id. dbfe83e – este mencionado textualmente na sentença), havendo relativa recorrência destes valores, e com coincidência de data de recebimento com o valor identificado pela denominação da reclamada. Nesse ponto, assiste razão à impugnação ofertada pela reclamada. Os elementos constantes no título que se executa não permitem que se insira entre estes valores por fora outros que não sejam indicados pela fonte pagadora, ou que não estejam com distinção específica da rubrica mencionada “AAA A A ASS S C”. Assim, o perito deverá adequar o cálculo a fim de restringir a apuração dos montantes por fora aos valores mensais identificados nos extratos bancários pela rubrica “AAA A A ASS S C”, não devendo apurar valores em meses que não haja depósitos assim indicados, tampouco proporcionalizar a dias efetivamente trabalhados, porquanto, se tratando de valores por fora e sem comando na sentença de se tratar de valor fixo mensal, inexiste qualquer impedimento a recebimento de valores díspares no decorrer dos meses. Com relação à apuração dos reflexos em férias, décimos terceiros salários e aviso prévio, correto o perito ao considerar a média dos doze meses anteriores. Para fins de reflexos em saldo de salário, atribuir o valor proporcional ao número de dias trabalhados no mês final da prestação de serviços, também considerando a média dos doze meses anteriores. No que concerne ao FGTS com 40%, contudo, mais uma vez, entendo correta a impugnação oposta pela reclamada. Isto porque, embora, além do salário por fora propriamente dito, os reflexos anteriormente referidos também componham a base de cálculo dos depósitos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e respectiva multa, assim não determinou de modo expresso a condenação que hora se liquida. Determinou-se apenas a incidência de reflexos do “salário por fora” em FGTS, inexistindo comando para apuração de diferenças de FGTS e 40% decorrentes de diferenças de décimos terceiros salários, férias com um terço ou quaisquer outras parcelas. Quanto à apuração de atualização monetária e juros, nenhum reparo merece o cálculo elaborado, que está em estrita observância com os comandos emanados das decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em Controle Concentrado de Constitucionalidade, sendo certo que a sentença expressamente determinou a observância dos critérios da ADC 58. Por fim, deverá o cálculo indicar, também, o valor das custas processuais da fase de conhecimento, que, na forma do art. 791 da CLT, corresponde a 2% do valor da condenação, sendo certo que o valor provisoriamente fixado quando da prolação da sentença, para fins de preparo recursal. Em razão do brevemente exposto, DETERMINO a intimação do perito contábil para que, em oito dias, reapresente seus cálculos, adaptados conforme o presente despacho saneador, protocolando-o acompanhado do respectivo arquivo na extensão. pjc. Após, independentemente de nova intimação, as partes poderão se manifestar no prazo comum de cinco dias, findos os quais, os autos retornarão para o Gabinete, para análise. CUMPRA-SE. CARAPICUIBA/SP, 04 de julho de 2025. DENER PIRES DE OLIVEIRA Juiz do Trabalho Substituto Intimado(s) / Citado(s) - HELIPARK TAXI AEREO E MANUTENCAO AERONAUTICA LTDA

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Alexandre Aparecido Valente e outros x Helipark Taxi Aereo E Manutencao Aeronautica Ltda

ID: 317061240

Tribunal: TRT2 Órgão: 2ª Vara do Trabalho de Carapicuíba Classe: CUMPRIMENTO PROVISóRIO DE SENTENçA Nº Processo: 1001169-69.2024.5.02.0232

Data de Disponibilização: 07/07/2025

Polo Ativo:

ALEXANDRE APARECIDO VALENTE SERGIO CREMASCHI SAMPAIO

Polo Passivo:

HELIPARK TAXI AEREO E MANUTENCAO AERONAUTICA LTDA

Notificação

Advogados:

WILLIAM SIDNEY SULEIBE

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

DOUGLAS DE SOUZA LEMELLE

OAB/RJ XXXXXX Desbloquear

FERNANDO AUGUSTO HENRIQUES FERNANDES

OAB/RJ XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE CARAPICUÍBA CumPrSe 1001169-69.2024.5.02.0232 REQUERENTE: ALEXANDRE APARECIDO VALENTE REQU… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE CARAPICUÍBA CumPrSe 1001169-69.2024.5.02.0232 REQUERENTE: ALEXANDRE APARECIDO VALENTE REQUERIDO: HELIPARK TAXI AEREO E MANUTENCAO AERONAUTICA LTDA INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 00c0c76 proferido nos autos. VISTOS. Trata-se de Execução Provisória de Sentença prolatada nos autos da ação trabalhista 1001128-39.2023.5.02.0232, em que, uma vez reconhecido o pagamento de valores salariais “por fora”, determinou o pagamento dos reflexos destes valores nas parcelas especificadas. Em razão da enorme divergência entre os cálculos apresentados pelas partes, o juízo nomeou perito contador, que apresentou os cálculos de Id. 0cfcf8b, sobre os quais as partes apresentaram impugnações. Pois bem. O comando condenatório que ora se busca liquidar teve a seguinte redação: “condeno a reclamada a pagar ao reclamante reflexos destes valores, com base na documentação trazida pelo reclamante, proporcionalmente ao período laborado, em saldo de salário, 13º salários (integrais e proporcionais), férias + 1/3 (integrais e proporcionais), aviso prévio proporcional e depósitos de FGTS acrescidos da multa de 40%.” Estabelecer a precisa delimitação da expressão “destes valores”, acima destacada, é a primeira e mais importante tarefa para aferir o alcance da condenação, afinal, é a partir desta variável que gravitará toda a apuração. Para tanto, impõe-se recorrer à fundamentação do julgado; após tecer um breve relato das alegações das partes e analisar o essencial da prova oral produzida, a sentença prosseguiu expondo: O reclamante ainda colacionou aos autos vasta documentação comprovando que recebeu (ID. 547da5c), durante o período em que era empregado da reclamada, valores com a rubrica “AAA A A ASS S C”, oriundos da sociedade AAA, da qual supostamente era sócio, na mesma data de recebimento de seu salário junto à reclamada. O preposto da reclamada, em seu depoimento, a despeito de ter afirmado, em um primeiro momento, desconhecer referida sociedade, bem como qualquer ligação desta com os sócios da ré, reconheceu que todos os sócios da sociedade AAA eram empregados da reclamada. Reconheceu o preposto, ainda, que o proprietário da reclamada e o seu diretor financeiro constam como sócios da referida sociedade. Tais informações são facilmente comprovadas por meio do documento de ID. dbfe83e, em que os nomes listados no depoimento do preposto, reconhecidos como empregados da ré, constam como sócios da sociedade nominada AAA. Não parece crível, portanto, que o preposto da reclamada, diante de tamanha ligação entre as sociedades, desconheça, por completo, qualquer relação entre estas, mormente quando o proprietário da reclamada figura como sócio desta outra sociedade e o diretor financeiro da ré seja o seu administrador. Por esta intrínseca ligação entre as referidas sociedades, bem como a coincidência nas datas de pagamento dos valores de ambas as empresas ao reclamante, cuido que os valores recebidos pelo reclamante da sociedade AAA eram uma contraprestação pelo labor efetuado junto à reclamada, tendo a ré utilizado desta manobra para livrar-se dos encargos inerentes à remuneração do obreiro. Considerando-se, pois, que tais valores eram adimplidos como contraprestação do trabalho executado pelo reclamante em benefício da reclamada, devem integrar a remuneração do autor para todos os efeitos. As razões de decidir descritas parecem deixar claro que se reputou verba salarial recebida por fora, e cuja integração se determinou, aqueles identificados sob a rubrica “AAA A A ASS S C”, oriundos da sociedade AAA, recebidos na mesma data de recebimento dos salários. Logo, me parece que apenas os recebimentos comprovados pela documentação juntada aos autos pelo reclamante e que estejam identificados com os distintivos referidos podem ser consideradas parcelas “por fora”, e, portanto, aptas a comporem o cálculo que hora se busca. Analisando os autos principais, verifico que há uma indicação de diversos valores recebidos com estes distintivos, especialmente nos extratos bancários (a partir do Id. dbfe83e – este mencionado textualmente na sentença), havendo relativa recorrência destes valores, e com coincidência de data de recebimento com o valor identificado pela denominação da reclamada. Nesse ponto, assiste razão à impugnação ofertada pela reclamada. Os elementos constantes no título que se executa não permitem que se insira entre estes valores por fora outros que não sejam indicados pela fonte pagadora, ou que não estejam com distinção específica da rubrica mencionada “AAA A A ASS S C”. Assim, o perito deverá adequar o cálculo a fim de restringir a apuração dos montantes por fora aos valores mensais identificados nos extratos bancários pela rubrica “AAA A A ASS S C”, não devendo apurar valores em meses que não haja depósitos assim indicados, tampouco proporcionalizar a dias efetivamente trabalhados, porquanto, se tratando de valores por fora e sem comando na sentença de se tratar de valor fixo mensal, inexiste qualquer impedimento a recebimento de valores díspares no decorrer dos meses. Com relação à apuração dos reflexos em férias, décimos terceiros salários e aviso prévio, correto o perito ao considerar a média dos doze meses anteriores. Para fins de reflexos em saldo de salário, atribuir o valor proporcional ao número de dias trabalhados no mês final da prestação de serviços, também considerando a média dos doze meses anteriores. No que concerne ao FGTS com 40%, contudo, mais uma vez, entendo correta a impugnação oposta pela reclamada. Isto porque, embora, além do salário por fora propriamente dito, os reflexos anteriormente referidos também componham a base de cálculo dos depósitos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e respectiva multa, assim não determinou de modo expresso a condenação que hora se liquida. Determinou-se apenas a incidência de reflexos do “salário por fora” em FGTS, inexistindo comando para apuração de diferenças de FGTS e 40% decorrentes de diferenças de décimos terceiros salários, férias com um terço ou quaisquer outras parcelas. Quanto à apuração de atualização monetária e juros, nenhum reparo merece o cálculo elaborado, que está em estrita observância com os comandos emanados das decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em Controle Concentrado de Constitucionalidade, sendo certo que a sentença expressamente determinou a observância dos critérios da ADC 58. Por fim, deverá o cálculo indicar, também, o valor das custas processuais da fase de conhecimento, que, na forma do art. 791 da CLT, corresponde a 2% do valor da condenação, sendo certo que o valor provisoriamente fixado quando da prolação da sentença, para fins de preparo recursal. Em razão do brevemente exposto, DETERMINO a intimação do perito contábil para que, em oito dias, reapresente seus cálculos, adaptados conforme o presente despacho saneador, protocolando-o acompanhado do respectivo arquivo na extensão. pjc. Após, independentemente de nova intimação, as partes poderão se manifestar no prazo comum de cinco dias, findos os quais, os autos retornarão para o Gabinete, para análise. CUMPRA-SE. CARAPICUIBA/SP, 04 de julho de 2025. DENER PIRES DE OLIVEIRA Juiz do Trabalho Substituto Intimado(s) / Citado(s) - ALEXANDRE APARECIDO VALENTE

Conteúdo completo bloqueado

Desbloquear

Encontrou 1299 resultados. Faça login para ver detalhes completos e mais informações.

Fazer Login para Ver Detalhes