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Processo nº 1076264-61.2025.8.26.0100

ID: 293615209

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 3ª VARA EMPRESARIAL E CONFLITOS DE ARBITRAGEM Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1076264-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 09/06/2025

Polo Ativo:

CLAUDEMIR DOMINGOS

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

ISADORA POLETTO STEFANI

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Processo 1076264-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Dissolução - Claudemir Domingos - Vistos. 1 - CLAUDEMIR DOMINGOS, representado por sua curadora provisória CLAUDIANA DOMINGOS, moveu a … Processo 1076264-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Dissolução - Claudemir Domingos - Vistos. 1 - CLAUDEMIR DOMINGOS, representado por sua curadora provisória CLAUDIANA DOMINGOS, moveu a presente ação de dissolução parcial de sociedade c/c pedidos de nulidade de ato jurídico, indenização e tutela antecipada em face de ISABELLE CAROLINE RIBEIRO BULHÕES e PIC Papelaria LDA.. Narra-se que, em 30 de agosto de 2019, o autor constituiu uma Microempresa Individual. Em dezembro de 2020, o autor iniciou uma união estável com Patrícia Ribeiro dos Santos, que tinha uma filha de relacionamento anterior, a ora ré Isabelle Caroline Ribeiro Bulhões. Relata-se que, em 03 de março de 2022, a microempresa do Sr. Claudemir foi transformada na sociedade limitada 'PIC Papelaria LTDA', com a ré Isabelle sendo admitida como sócia, detentora de 50% das quotas sociais. O capital social passou a ser de R$ 30.000,00, e a administração da sociedade seria exercida conjuntamente por Claudemir e Isabelle. Alega-se que a empresa constituía a fonte de renda do Sr. Claudemir e de sua companheira, Sra. Patrícia. O Sr. Claudemir, com auxílio da companheira, geria as atividades empresariais. A filha da companheira, Isabelle, foi incluída como sócia devido a uma suposta impossibilidade de a Sra. Patrícia ingressar nos quadros sociais. Afirma-se que, em 10 de fevereiro de 2025, o autor sofreu uma queda em casa e foi internado com indícios de acidente vascular cerebral isquêmico, sendo transferido para a UTI devido à gravidade do quadro. Durante a internação do autor, sua companheira anunciou às filhas dele o fim da união estável, enquanto continuava, aparentemente, a explorar a sociedade constituída pelo Autor. Aduz-se que a filha do Autor, Claudiana, ingressou com ação de interdição e arrolamento de bens e foi nomeada curadora provisória, passando a levantar informações sobre o patrimônio do pai. Desde que a companheira abandonou o autor, a parou-se de pagar o plano de saúde vinculado à pessoa jurídica, resultando na internação do Sr. Claudemir pelo SUS. Narra-se que a curadora buscou regularizar a situação do pai e da sociedade, principalmente para reativar o pagamento do convênio médico. Ao consultar a ficha cadastral da empresa na JUCESP, a curadora descobriu que, em 19 de fevereiro de 2025, após o primeiro AVC do Autor, foi protocolada uma alteração no contrato social que o retirou do quadro societário mediante assinatura com token digital. Relata-se que esta alteração foi arquivada na Junta Comercial em 11 de março. No período da alteração, o autor estava internado, sem acesso a seus bens pessoais, celular ou computador, e completamente incapaz. Argumenta-se que a curadora não sabia que ele possuía um token apto a viabilizar essa retirada. A alteração contratual constou que o Autor declarava ter recebido todos os seus direitos e haveres perante a sociedade e dava quitação plena, geral, rasa e irrevogável. No entanto, a curadora não encontrou a entrada de quaisquer valores nas contas bancárias do pai desde a internação que pudessem indicar tal pagamento. Diante do exposto, pede-se em inicial: (1) que seja declarada a nulidade do ato que retirou o autor da sociedade PIC Papelaria LTDA; (2) que seja decretada a dissolução total da sociedade PIC Papelaria LTDA, com a respectiva liquidação judicial; (3) que na liquidação judicial, que sejam apurados eventuais desvios e/ou dissipação de ativos pela ré, bem como outros atos contrários aos interesses sociais, desde fevereiro de 2025, em razão de sua exclusiva administração; (4) que seja autorizado o abatimento de eventuais valores a serem pagos à ré na liquidação, das quantias que vierem a ser apuradas terem sido por ela recebidas de forma indevida, especialmente distribuições de lucros, ou de valores apurados como desvios/dissipação de ativos; (5) que a ré seja condenada ao pagamento de indenização por danos morais em favor do Autor, em valor a ser arbitrado pelo Juízo, mas nunca inferior a R$ 10.000,00; (6) que seja concedido o julgamento antecipado parcial do mérito para decretar a dissolução total da sociedade com liquidação judicial, dada a patente necessidade e o risco de a ré contrair obrigações em nome da sociedade sem cumprimento (como o plano de saúde); (7) alternativamente, caso não haja julgamento antecipado parcial, que a ré seja intimada a comprovar o pagamento das obrigações da sociedade (mencionado o plano Bradesco Saúde) em 5 dias, sob pena de multa diária. 2 - Com fulcro nos artigos 1.748, V, e 1.774, ambos do Código Civil, concedo à parte autora o prazo de trinta dias para juntar aos autos a autorização do Juízo da interdição especificamente quanto à propositura da presente demanda. 3 - Abra-se vista ao Ministério Público. 4 - No caso presente, deverá a parte autora provar a insuficiência de recursos para que lhe seja deferida a gratuidade da justiça. De fato, dispõe o Código de Processo Civil, no § 3º do artigo 99: Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. No entanto, essa presunção é relativa, de modo que, havendo indícios de que a parte pode prover com as custas e despesas do processo, deverá ser instada a provar a insuficiência de recursos, nos termos do § 2º do mesmo artigo acima citado. Além disso, a gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento (artigo 98, § 5º do CPC). Assim, cumpre aferir não somente se a parte não dispõe de recursos para prover as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios, bem com o se essa incapacidade é absoluta ou relativa, posto que o benefício pode ser concedido parcialmente. Assim, para a apreciação do pedido de Justiça Gratuita, a parte CLAUDEMIR DOMINGOS (que não se confunde com a figura de seu curador) deverá, em quinze dias, apresentar, sob pena de indeferimento do benefício, cópia da última declaração do imposto de renda apresentada à Secretaria da Receita Federal. Não o fazendo, nem sendo recolhida a taxa judiciária, deverá o processo de ser extinto, por ausência desse pressuposto processual. Intimem-se. - ADV: ISADORA POLETTO STEFANI (OAB 524925/SP)

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Processo nº 1064333-61.2025.8.26.0100

ID: 277526912

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 27ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1064333-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 23/05/2025

Polo Ativo:

CECILIA SEMIN

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

FLAVIA REGINA GALLO

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ADV: Flavia Regina Gallo (OAB 193257/SP) Processo 1064333-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Reqte: Cecilia Semin - Vistos. Trata-se de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO LIMINAR DE AN… ADV: Flavia Regina Gallo (OAB 193257/SP) Processo 1064333-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Reqte: Cecilia Semin - Vistos. Trata-se de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO LIMINAR DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA e DANO MORAL movida por CECILIA SEMIN em face de SUL AMERICA SERVIÇOS DE SAÚDE S/A. Aduz que no dia 29/04/25 sofreu uma queda em sua residência e foi levada ao nosocômio Oswaldo Cruz, ocasião em que se constatou a fratura do fêmur direito. Na manhã seguinte, foi realizada cirurgia para fixação de uma haste no local da fratura, o que resultou em diversas complicações pós cirurgia e breve permanência na UTI. Diante do risco de infecções e doenças hospitalares por uma internação prolongada, foi-lhe prescrito a continuidade de seu tratamento por meio do serviço de Home Care, dada a necessidade de cuidados contínuos, sobretudo porque se trata de paciente com 94 anos. Contudo, foi surpreendida com a negativa da operadora de saúde, sob alegação de exclusão contratual, conforme resposta acostada a fls. 722. Sustenta que a conduta da ré é abusiva, notadamente porque há indicação médica expressa neste sentido. Liminarmente, busca que a ré seja compelida a fornecer o home Care consistente fisioterapia motora diária, visita médica de acompanhamento, enfermagem de acompanhamento - 24hs; além de todo o mais que vier a ser prescrito pelo médico responsável enquanto perdurar o tratamento em regime domiciliar, nos exatos termos do relatório médico de fls. 717/178, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00. No mérito, a confirmação da tutela e estimou danos morais em 20.000,00. Juntou a fls. 13/724. Instada a prestar maiores esclarecimentos, a autora procedeu à juntada de diversos documentos a fls. 728/798, bem como regularizou sua representação processual a fls. 799/804. É o relatório. Decido. 1.- Fls. 728/730 e 799/804: Recebo as petições como emendas à inicial. Anote-se. 2.- Ante os documentos acostados a fls. 732/798, concedo os benefícios da gratuidade à autora. Anote-se. 3. No que tange ao pedido liminar, a autora demonstrou que está com idade avançada e padece de graves problemas de saúde que foram intensificados pela intervenção cirúrgica realizada no dia 01/05/2025. Há indicação médica expressa de home care, a ver: "Paciente vítima de queda da própria altura sofrendo fratura transtrocantérica do fêmur direito. Foi submetida a redução aberta e fixação interna com haste cefalomedular curta no fêmur direito no dia 01 de maio de 2025. Está em cuidados pós-operatório realizando fisioterapia para treino de transferência e ortostatismo com toque de marcha apenas em uso de andador. Está em condições de desospitalização desde que os cuidados adequados sejam realizados. Solicito auxílio de homecare com acompanhamento por 24 horas, reabilitação com fisioterapia diária para treino de ortostatismo e transferência com auxílio de andador, administração de medicamentos e cama hospitalar com trapézio para auxílio da movimentação da paciente durante o período de reabilitação grifo nosso (fls. 717). Os documentos que acompanham a inicial, notadamente a solicitação médica de fls. 717/721, analisados em conjunto com as normas legais que regem a hipótese, atribuem verossimilhança às suas alegações, principalmente em relação à gravidade, urgência e necessidade do atendimento domiciliar. Soma-se a isso o teor da Súmula 90 do E. TJSP, segundo a qual havendo expressa indicação médica para a utilização dos serviços de home care, revela-se abusiva a cláusula de exclusão inserida na avença, que não pode prevalecer. Nesse sentido, mutatis mutandis e por analogia: "AGRAVO DE INSTRUMENTO - PLANO DE SAÚDE. Decisão que deferiu o pedido liminar, para que a ré custeasse tratamento de fisioterapia domiciliar da autora, por recomendação médica, após cirurgia de retirada de lesão tumoral no útero - Irresignação da ré - Alegação de que não há previsão de custeio de tratamento em regime domiciliar, ou em home care - Não acolhimento - Relatório médico que aponta que, em razão de intercorrência durante o procedimento, a paciente padece de déficit motor dos membros inferiores e dores, a inviabilizar ou ao menos dificultar o seu deslocamento - Circunstâncias que, prima facie, permitem concluir pela necessidade do tratamento domiciliar - Abusividade da cláusula contratual que exclui ou limita o fornecimento de tratamentos pelo sistema home care ou domiciliar - Inteligência da súmula 90 do E. TJSP - Precedentes desta E. Câmara - Astreintes, no valor de R$ 1.000,00 diárias por até 30 dias que foram fixadas com razoabilidade, considerada sua função coercitiva - Recurso desprovido" (TJSP& Agravo de Instrumento n. 2144525-41.2023.8.26.0000. Rel. Des. Marcus Vinicius Rios Gonçalves, julgado em 27/06/2023). Por tais razões, defiro a tutela de urgência para determinar que a requerida SUL AMÉRICA COMPANHIA DE SEGURO SAÚDE S/A, no prazo de 5 dias, forneça a assistência domiciliar, nos termos da prescrição médica de fls. 717/720, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00, até o montante inicial de R$ 50.000,00. Servirá a presente decisão, assinada digitalmente, como OFÍCIO a ser protocolado fisicamente pelos representantes da autora ou por seus patronos na sede da requerida (Súmula 410 do STJ - "intimação pessoal"), com posterior comprovação nos autos. 4.-Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito, deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação. (CPC, art.139, VI e Enunciado n.35 da ENFAM). 5.- Cite-se e intime-se a parte Ré para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis. 6.- A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial.A presente citação é acompanhada de senha para acesso ao processo digital, que contém a íntegra da petição inicial e dos documentos. Intime-se. Solicita-se que os patronos de ambas as partes observem a correta nomeação das petições protocoladas, de acordo com as classes existentes no sistema SAJ, uma vez que esta medida contribui para o andamento processual. As petições não devem ser protocolizadas apenas sob as rubricas de petição intermediária ou petições diversas, e sim de acordo com a classificação específica (ex: pedido de homologação de acordo; contestação; manifestação sobre a contestação, etc), nos moldes da Resolução 551/2011 do TJSP.

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Processo nº 1054342-61.2025.8.26.0100

ID: 276751233

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 38ª Vara Cível Classe: MONITóRIA Nº Processo: 1054342-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 22/05/2025

Polo Ativo:

REAL E BENEMÉRITA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE BENEFICÊNCIA,

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

JOÃO ALBERTO CAIADO DE CASTRO NETO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

ADV: João Alberto Caiado de Castro Neto (OAB 207971/SP) Processo 1054342-61.2025.8.26.0100 - Monitória - Reqte: REAL E BENEMÉRITA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE BENEFICÊNCIA, - Vistos. HOMOLOGO a desistênc… ADV: João Alberto Caiado de Castro Neto (OAB 207971/SP) Processo 1054342-61.2025.8.26.0100 - Monitória - Reqte: REAL E BENEMÉRITA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE BENEFICÊNCIA, - Vistos. HOMOLOGO a desistência requerida pela autora em fl. 128 e, em consequência JULGO EXTINTO o processo nos termos do artigo 485, inciso VIII do Novo Código de Processo Civil. Sem condenação em honorários, pois não formada a relação processual. Evidentemente a extinção não isentará a parte autora do recolhimento das custas, cujo fato gerador se aperfeiçoou com a distribuição da ação que, de resto, inaugurou efetiva relação jurídico processual, ainda que não triangular, na forma do art. 320 do Código de Processo Civil. Tal se infere de expressa redação dos artigos 1º e 2º da Lei Estadual nº 11.608/03, verbis: "Artigo 1º -A taxa judiciária, que tem por fato gerador a prestação de serviços públicos de natureza forense, devida pelas partes ao Estado, nas ações de conhecimento, na execução, nas ações cautelares, nos procedimentos de jurisdição voluntária e nos recursos, passa a ser regida por esta lei. Artigo 2º -A taxa judiciária abrange todos os atos processuais, inclusive os relativos aos serviços de distribuidor, contador, partidor, de hastas públicas, da Secretaria dos Tribunais, bem como as despesas com registros, intimações e publicações na Imprensa Oficial." (destaquei) A mesma Lei Estadual especifica a forma como deve ser recolhida a taxa judiciária em seu art. 4º, I, que transcrevo a seguir na redação anterior às alterações da Lei nº 17.785/2023, pois elas não se aplicam a esta lide, ajuizada antes de 03/01/2024: Artigo 4º -O recolhimento da taxa judiciária será feito da seguinte forma: I -1,5% (um e meio por cento) sobre o valor da causa no momento da distribuição ou, na falta desta, antes do despacho inicial, aplicando-se esta mesma regra às hipóteses de reconvenção e oposição; Trata-se de taxa e que, à luz do art. 145, II, da Constituição da República, pode ser cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou em razão do serviço público efetivamente prestado ou colocado à disposição do contribuinte. Parece, portanto, que supor indevida a parcela descrita no inciso I, do artigo 4º, da Lei Estadual 11.608/03, como se fosse possível fingir não prestado serviço que efetivamente foi, não movimentada a engrenagem judiciária, como efetivamente foi, seria tentativa vã de apagar o passado. Essa a interpretação dada pelo C. Superior Tribunal de Justiça à matéria: Processo civil. Duplo ajuizamento. Custas processuais devidas nos dois processos, independentemente da citação da parte contrária. Conhecimento e desprovimento do Recurso Especial. 1. Ajuizamento da petição inicial forma relação jurídica processual linear. A citação tem o condão de triangularizá-la com produção de efeitos para o polo passivo da demanda. 2. As custas judiciais têm natureza jurídica taxa. Portanto, as custas representam um tributo. A aparente confusão ocorre por algumas legislações estaduais utilizarem o termo genérico custas, outro, porém, empregarem duas rubricas: custas e taxa judiciária. 3. As custas podem ser cobradas pelo serviço público efetivamente prestado ou colocado à disposição do contribuinte. Ao se ajuizar determinada demanda, dá-se início ao processo. O encerramento desse processo exige a prestação do serviço público judicial, ainda que não se analise o mérito da causa. 4. Com o ajuizamento de novos embargos à execução fiscal, novas custas judiciais devem ser recolhidas. 5. Recurso conhecido e desprovido. (RECURSO ESPECIAL Nº 1.893.966 SP, Rel. Min. OG FERNANDES, 2ª Turma, J. 08/06/2021- destaquei). Discorrendo sobre o tema, o eminente Desembargador José Wagner Melato Peixoto bem observa que: "No que se refere ao pagamento das custas judiciais da primeira instância, acontece que o fato gerador para o seu pagamento é a prestação de serviços públicos de natureza forense, conforme o art. 1º da Lei Estadual nº 11.608/2003, e, dentre os serviços abrangidos pela taxa judiciária está a distribuição judicial (art. 2º). O fato de a inicial ter sido distribuída, recebida e processada para despacho do Juízo competente já configura serviço público gerador da obrigação. O art. 2º da referida lei, repita-se, inclui, dentre outros serviços, os de distribuidor para pagamento da taxa judiciária. Houve a efetiva prestação do serviço público, ainda que esse serviço tenha se limitado ao processamento da inicial e à apreciação do pedido de gratuidade da justiça e extinção do processo. É legal, portanto, a condenação da autora ao pagamento dessa verba." BANCÁRIOS Ação de obrigação de fazer c/c repetição de indébito c/c danos morais Gratuidade de justiça indeferida com determinação de recolhimento das custas iniciais - Extinção do processo, nos termos do art. 485, IV, do CPC Gratuidade indeferida - Insurgência contra condenação nas custas Descabimento - Inteligência da do art. 90 do CPC e da Lei Estadual 11.608/2003, art. 1º e 2º Precedentes - Sentença mantida. Recurso desprovido, com determinação e observação."(TJSP; Apelação Cível 1003662-43.2023.8.26.0100; Relator (a):José Wagner de Oliveira Melatto Peixoto; Órgão Julgador: 37ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível -23ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/07/2023; Data de Registro: 27/07/2023) No mesmo sentido: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO MONITÓRIA DESISTÊNCIA EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO insurgência em face da decisão pela qual o juiz indeferiu o pedido de afastamento da cobrança da taxa judiciária taxa judiciária que tem como fato gerador a prestação de serviços públicos de natureza forense arts. 1º e 2º da Lei Estadual nº 11.608/2003 taxa devida com a mera distribuição da demanda, que já caracteriza a prestação de serviço forense precedentes agravante que não litiga sob o pálio da justiça gratuita determinação de recolhimento também das custas do presente recurso, sob pena de inscrição na dívida ativa agravo desprovido, com determinação.(TJSP; Agravo de Instrumento 2049322-86.2022.8.26.0000; Relator (a):Castro Figliolia; Órgão Julgador: 12ª Câmara de Direito Privado; Foro de São José do Rio Preto -4ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/04/2022; Data de Registro: 27/04/2022) Ante o exposto, deverá a parte autora comprovar o recolhimento das custas em 30 dias. Não o fazendo, oficie-se à PGE para fins de inscrição na dívida ativa. Em caso de renovação da demanda, deverá comprovar o recolhimento, nos termos do art. 486, §§ 1º e 2º do Código de Processo Civil. Oportunamente, arquivem-se os autos, observadas as formalidades legais. P.R.I.

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Processo nº 1040859-61.2025.8.26.0100

ID: 306358467

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 8ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1040859-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 24/06/2025

Polo Ativo:

SHIRLEI FAQUIM

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

MARIA DE FATIMA DE ANDRADE BECSEI

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Processo 1040859-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Reivindicação - Shirlei Faquim - Vistos. Trata-se de ação reinvindicatória proposta por Shirlei Farquim em face de ocupantes incertos e… Processo 1040859-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Reivindicação - Shirlei Faquim - Vistos. Trata-se de ação reinvindicatória proposta por Shirlei Farquim em face de ocupantes incertos e desconhecidos. Requer-se a concessão da antecipação dos efeitos da tutela para que haja a imissão na posse da parte autora dos imóveis, supostamente, invadidos. Relatados os fatos, passa-se a se decidir. 1. Pedido de tutela provisória de urgência A tutela provisória de urgência é o instrumento processual pelo qual se viabiliza à parte a antecipação dos efeitos do provimento jurisdicional final ou o resguardo da eficácia do resultado do processo. Trata-se da materialização processual da jurisdição de urgência e suas duas espécies segurança para a execução (cautelar) e execução para segurança (satisfativa) [que] traduzem a forma de compor dois direitos fundamentais processuais: de um lado, (a) o da celeridade da atividade jurisdicional, que interessa ao autor; de outro lado, (b) o da segurança da atividade jurisdicional (ou garantismo), importando sobretudo ao réu, de modo que, como nenhum esquema legislativo, a priori, lograria englobar e resolver essa tensão latente em todos os casos concretos, a lei se contenta em descrever 'situações de possível confronto entre efetividade e segurança', encarregando o juiz de as compor, ora em proveito da segurança, ora em prol da eficiência (ASSIS, A., Processo Civil Brasileiro - Parte Geral: Institutos Fundamentais, 1.ª Ed., Revista dos Tribunais, g. n.), nos termos em que disposto no art. 300, caput, do Código de Processo Civil (a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo). Depreende-se, portanto, de um lado, do contexto constitucional em que inserido o exercício da jurisdição; e, de outro, do disposto no art. 300, caput, do CPC, que o mecanismo legislativo mobilizado para compor (a) a celeridade da atividade decisória; e (b) a necessidade de se conferir segurança à aplicação do direito, fora estabelecer duas balizas cumulativas para a concessão da tutela provisória de urgência: a existência de probabilidade de direito, associada à presença do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. - Probabilidade de direito A probabilidade de direito é a existência de elementos que permitam aferir, em cognição sumária, que a parte dispõe do direito alegado, de modo que se justifique a antecipação dos efeitos do provimento jurisdicional final ou o resguardo da eficácia do resultado do processo. Nesse contexto, a probabilidade que autoriza o emprego da técnica antecipatória para a tutela dos direitos é a probabilidade lógica que é aquela que surge da confrontação das alegações e das provas com os elementos disponíveis nos autos, sendo provável a hipótese que encontra maior grau de confirmação e menor grau de refutação nesses elementos (MARINONI, L. G., ARENHART, S. C., MITIDIERO, D., Novo Código de Processo Civil Comentado, 3.ª Ed., Revista dos Tribunais, p. 394, g. n.). Nesse sentido, tratando-se de cognição sumária, isto é, limitada em seu plano vertical porque baseada no que é trazido aos autos pelos agentes processuais em momento prévio àquele em que o feito está em termos de julgamento , não se pode proceder a um exame aprofundado das teses suscitadas pelas partes (TJSP, AI n.º 2021752-57.2024.8.26.0000, Rel. Gilson Delgado Miranda, 35.ª Câmara de Direito Privado, julgado em 03/04/2024), seja porque ainda não viabilizado o contraditório processual, que permite sejam confrontados os argumentos dos litigantes; seja porque pende instrução probatória, apta a esclarecer quem tem o direito ao bem da vida, ambos condicionantes via de regra necessários à cognição exauriente. No caso dos autos, a parte autora sustenta que três de seus imóveis (Matrículas 66.154, 66.163 e 66.172 todas do 5.º Ofício de Registro de Imóveis de São Paulo), teriam sido invadidos por usuários de drogas da chamada "Cracolândia". Afirma que, em razão da idade avançada, necessário que haja a concessão do pedido em sede de urgência, para que a demora do processo não prejudique a requerente. Conforme se verifica da análise dos autos, necessário que se acolha os pareceres do representante do Parquet (fls. 70/73) e da Defensoria Pública (fls. 81/82), para que não haja a concessão do pedido em sede de urgência. Não há nos autos quaisquer provas da ocupação do imóvel por terceiros ou do período desde que a ocupação de iniciou ou indicação de quem seriam esses terceiros; ou seja, temos presente nos autos, apenas, a alegação da autora para sustentar o pedido, o que se mostra insuficiente. Em sede de cognição sumária seria necessário, ao menos, que a parte autora trouxesse mínimos elementos da ocupação, o que não ocorreu nos autos. Necessário que haja a formação do contraditório, no caso dos autos. É o entendimento do E. TJSP: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REINVINDICATÓRIA. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. Decisão que deferiu a reintegração na posse de imóvel registrado em nome da autora. Insurgência. Agravante afirma que se trata de imóvel da União e que ele, assim como outras famílias, possuem cessão de uso para nele residir. Incerteza quanto ao local exato e os limites da propriedade a ser reintegrada. Necessidade de instrução probatória. Decisão modificada. Recurso provido, liminar de desocupação revogada. (TJSP; Agravo de Instrumento 2224404-97.2023.8.26.0000; Relator (a):Schmitt Corrêa; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional XII - Nossa Senhora do Ó -7ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/05/2024; Data de Registro: 27/05/2024) AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação reivindicatória. Tutela de urgência indeferida. Insurgência. Descabimento. Ausência dos elementos legais autorizadores e perigo de irreversibilidade da medida. Exegese do Artigo 300, caput, e §§, do CPC. Ações anteriores de usucapião e reivindicação ajuizadas tendo como objeto o mesmo imóvel, que demonstra a grande controvérsia sobre o tema, demandando cautela e prévio contraditório. Inexistência de risco de dano ou ao resultado útil do processo. Interlocutória mantida. RECURSO DESPROVIDO. (TJSP; Agravo de Instrumento 2054420-91.2018.8.26.0000; Relator (a):Rodolfo Pellizari; Órgão Julgador: 6ª Câmara de Direito Privado; Foro de Sorocaba -3ª. Vara Cível; Data do Julgamento: 16/07/2018; Data de Registro: 16/07/2018) De rigor, assim, a não concessão da tutela de urgência. 2. Realize a parte autora, em 15 dias, a juntada das custas do oficial de justiça para expedição de mandado de citação e constatação. Intimem-se. - ADV: MARIA DE FATIMA DE ANDRADE BECSEI (OAB 173985/SP)

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Skf Do Brasil Ltda x Mario Sergio Sant'Ana e outros

ID: 298403193

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 23ª Vara Cível Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 0028179-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 13/06/2025

Polo Ativo:

SKF DO BRASIL LTDA

Polo Passivo:

MARIO SERGIO SANT'ANA PATRICIA SILVA AWRAM

Intimação

Advogados:

LUIZ NAKAHARADA JUNIOR

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

JULIANA ROVERÇO SANTOS

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

FLAVIA CRISTINA M DE CAMPOS ANDRADE

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 0028179-61.2025.8.26.0100 (processo principal 1110916-41.2024.8.26.0100) - Cumprimento de sentença - Esbulho / Turbação / Ameaça - Skf do Brasil Ltda - Mario Sergio Sant'ana - - Patricia S… Processo 0028179-61.2025.8.26.0100 (processo principal 1110916-41.2024.8.26.0100) - Cumprimento de sentença - Esbulho / Turbação / Ameaça - Skf do Brasil Ltda - Mario Sergio Sant'ana - - Patricia Silva Awram - Vistos. 1. Determino ao patrono da parte exequente a correção do cadastro processual, no prazo de 15 dias, sob as penas da Lei, para a inclusão da parte exequente no polo ativo junto ao sistema. Indique, ainda, os dados do advogado que a representa e em que folhas da ação de conhecimento se encontrada juntada a última procuração/substabelecimento. Após, se em termos, promova a serventia a exclusão da atual parte exequente cadastrada equivocadamente. Para a inclusão de parte é necessário acessar a página do Tribunal de Justiça (http://www.tjsp.jus.br) e clicar no menu: Peticionamento Eletrônico > Peticione Eletronicamente > Peticionamento Eletrônico de 1° grau > Complemento de Cadastro de 1º Grau. O manual com os procedimentos necessários para cumprimento da determinação está disponível na página:http://www.tjsp.jus.br/Download/PeticionamentoEletronico/ManualComplementoCadastroPortal.Pdf 2. No mesmo prazo, em atenção à Lei n.11.608/2003, que disciplina a cobrança de custas no âmbito deste Tribunal e do Comunicado Conjunto n.951/2023, deverá a parte exequente, neste momento inicial, comprovar o recolhimento da taxa judiciária equivalente a 2% sobre o valor do crédito a ser satisfeito, sob pena de cancelamento do incidente. Anote-se que inviável eventual alegação que venha a ser feita com relação à dispensa de recolhimento de custas processuais, fundado no art. 82, § 3º, do CPC, incluído pela Lei Federal n. 15.109/25, por se tratar de honorários advocatícios, em suma, pelas seguintes razões: (i) caso se interprete que o dispositivo legal positiva uma isenção tributária, ele não se aplica a custas judiciais instituídas pelos Estados, mas apenas pela União, à luz do art. 151, III, CF; (ii) caso se interprete que o dispositivo legal positiva uma causa de suspensão de exigibilidade tributária, a norma está maculada por vício de inconstitucionalidade formal, pois dependeria de previsão em lei complementar, à luz do art. 146, III, CF; (iii) em qualquer caso, a norma está maculada por vício de iniciativa, na medida em que a lei concessiva de isenção de taxa judiciária é de iniciativa reservada aos órgãos superiores do Poder Judiciário (STF, ADI 3.629 e ADI 6.859). Ademais, não bastassem os vícios formais, (iv) em qualquer caso, a norma legal concessiva de dispensa de pagamento de tributo a determinada categoria profissional (advogados) viola a igualdade tributária (STF, ADI 3.260 e ADI 6.859). Com efeito, as custas judiciais têm natureza de tributo, mais precisamente de taxa de serviço, nos termos do art. 145, II, CF, conforme orientação jurisprudencial consolidada (por todos, cf. STF, ADI 3.694; STF, ADI 2.653; STJ, REsp 1.893.966/SP). Por isso, à luz do princípio da legalidade (art. 150, I, CF, e 97, CTN), a instituição da exigência de custas judiciais depende de previsão em lei a ser editada pelo ente federado tributante (com competência tributária: poder de instituir/criar tributo). Ao dispensar os advogados de recolher as custas processuais relativas a processos de cobrança ou execução de honorários advocatícios, a lei uma isenção tributária, é dizer, uma dispensa legal de pagamento de tributo, modalidade de exclusão tributária, nos termos do art. 175, I, do CTN. Todavia, de acordo com o art. 151, III, CF, é vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios (isenções heterônomas). As normas de isenção tributária, portanto, devem ser editadas pelo ente federado com competência tributária para a instituição do tributo. Consequentemente, as custas judiciais decorrentes do serviço prestado pela União (Justiça Federal, Justiça Eleitoral, Justiça Militar Federal) devem ser instituídas (e isentadas, se o caso) por lei federal; por outro lado, as custas judiciais decorrentes do serviço prestado pelos Estados (respectivas Justiças Estaduais) devem ser instituídas (e isentadas, se o caso) por lei estadual. Não pode haver, como aparentemente houve, isenção de tributo estadual por lei federal. Sob outro enfoque, caso se interprete que a Lei n. 15.109/25 positiva causa de suspensão de exigibilidade das custas judiciais (moratória, nos termos do art. 151, I, CTN), haveria vício de inconstitucionalidade formal, pois as normas gerais em matéria tributária devem constar de lei complementar, nos termos do art. 146, III, CF. Ao apreciar uma lei estadual de conteúdo análogo, o Supremo Tribunal Federal já reconheceu que a concessão de isenção de recolhimento de taxa judiciária por advogados contém, ainda, outros dois vícios, um de ordem formal e outro de ordem material (ADI 6.859/RS). No plano formal, no julgamento da ADI 3.629, o Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu que, após a EC 45/2004, a iniciativa de lei sobre custas judiciais foi reservada para os órgãos superiores do Poder Judiciário (ADI 3629, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, j. 3/3/2020). No plano material, no julgamento da ADI 3.260, o Plenário do Supremo Tribunal Federal concluiu que viola a igualdade tributária (art. 150, II, CF) lei que concede isenção de custas judiciais a membros de determinada categoria profissional pelo simples fato de a integrarem (ADI 3260, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno j. 29/3/2007). Ambas as orientações foram recentemente repisadas no julgamento da ADI n. 6.859, oportunidade em que o Plenário do Supremo Tribunal Federal fixou a seguinte tese: É inconstitucional norma estadual de origem parlamentar que concede isenção a advogados para execução de honorários, por vício de iniciativa e afronta à igualdade (ADI 6.859/RS, Plenário, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 22.2.2023). Se a inconstitucionalidade se aplica à legislação estadual, única que poderia conceder isenção ou moratória tributária a tributo federal, com mais razão aplica-se a lei federal que concede as benesses sobre tributo estadual. 3. Por tais razões, INDEFIRO, desde logo, eventual requerimento para isenção do recolhimento das custas. . 4. Cumpridos os itens supra, tornem conclusos. 5. Deve o(a) advogado(a), ao proceder ao protocolo da petição, por meio do link de "Petição Intermediária de 1º Grau", cadastrá-la na categoria "Petições Diversas", tipo de petição: "8431 - Emenda à Inicial", a fim de conferir maior agilidade na identificação no fluxo de trabalho, onde se processam os autos digitais, sob pena de a apreciação da petição inicial aguardar a ordem de protocolo dos demais autos conclusos, acarretando prejuízos e morosidade no andamento dos autos digitais. Int. - ADV: JULIANA ROVERÇO SANTOS (OAB 193404/SP), FLAVIA CRISTINA M DE CAMPOS ANDRADE (OAB 106895/SP), JULIANA ROVERÇO SANTOS (OAB 193404/SP), LUIZ NAKAHARADA JUNIOR (OAB 163284/SP)

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Processo nº 1070735-61.2025.8.26.0100

ID: 301189543

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 10ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1070735-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 17/06/2025

Polo Ativo:

SULAMERICA CIA DE SEGURO SAUDE SUL AMéRICA SERVIçOS DE SAúDE S/A

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1070735-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Seguro - Sulamerica Cia de Seguro Saude - - Sul América Serviços de Saúde S/A - Vistos. Defiro o pedido de tutela de urgência de natu… Processo 1070735-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Seguro - Sulamerica Cia de Seguro Saude - - Sul América Serviços de Saúde S/A - Vistos. Defiro o pedido de tutela de urgência de natureza antecipada, por entender que estão presentes no caso vertente os requisitos legais que autorizam a concessão da medida (artigo 300 do Código de Processo Civil). A probabilidade do direito da autora está evidenciada pelos documentos que instruíram a petição inicial. Assim, nesta fase processual, denota-se que a ré descumpre o sistema de reembolso dos planos de saúde, que pressupõe o prévio pagamento dos valores das consultas e exames pelos beneficiários, já que aquelas efetuam, primeiramente, os pedidos de reembolso junto à autora para somente então receber o valor dos serviços prestados. Neste ponto, cumpre ressaltar que, nos termos do artigo 12, inciso VI, da Lei nº 9.656/98, bem como da jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça, o direito ao reembolso pressupõe que o beneficiário do plano de saúde tenha efetivamente desembolsado previamente os valores dos serviços médicos, e não o contrário: "RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA. CESSÃO DE DIREITO AO REEMBOLSO DAS DESPESAS MÉDICAS REALIZADAS EM CLÍNICA E LABORATÓRIO NÃO CREDENCIADOS À OPERADORA DO PLANO DE SAÚDE. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE DESEMBOLSO PRÉVIO PELO SEGURADO. NEGÓCIO JURÍDICO NULO DE PLENO DIREITO, EM RAZÃO DA AUSÊNCIA DE OBJETO. NÃO HÁ DIREITO AO REEMBOLSO SEM O PRÉVIO DESEMBOLSO DOS VALORES. EXEGESE DO ART. 12, INCISO VI, DA LEI N. 9.656/1998. PROCEDIMENTO SEM RESPALDO EM LEI OU EM RESOLUÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE - ANS. POSSIBILIDADE DE COMETIMENTO DE FRAUDES. ACÓRDÃO REFORMADO. RESTABELECIMENTO DA SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Cinge-se a controvérsia a definir se houve negativa de prestação jurisdicional e se é possível a cessão de direitos ao reembolso das despesas médico-hospitalares em favor de clínica particular - não conveniada à respectiva operadora de plano de saúde - que prestou atendimento aos segurados sem exigir qualquer pagamento. 2. Tendo o Tribunal de origem deliberado sobre os temas abordados nas razões do recurso especial, afasta-se a apontada negativa de prestação jurisdicional. 3. Nos termos do que dispõe o art. 12, inciso VI, da Lei n. 9.656/1998, a operadora de plano de saúde é obrigada a proceder ao reembolso nos casos de i) urgência ou emergência ou ii) quando não for possível a utilização dos serviços próprios, contratados, credenciados ou referenciados pelas operadoras, observando-se os limites do contrato e de acordo com as despesas efetuadas pelo beneficiário. 4. O direito ao reembolso depende, por pressuposto lógico, que o beneficiário do plano de saúde tenha, efetivamente, desembolsado previamente os valores com a assistência à saúde, sendo imprescindível, ainda, o preenchimento dos demais requisitos legais previstos na Lei dos Planos de Saúde. Só a partir daí é que haverá a aquisição do direito pelo segurado ao reembolso das despesas médicas realizadas. Antes disso, haverá mera expectativa de direito. 5. Dessa forma, se o usuário do plano não despendeu nenhum valor a título de despesas médicas, mostra-se incabível a transferência do direito ao reembolso, visto que, na realidade, esse direito sequer existia. Logo, o negócio jurídico firmado entre as recorridas (clínica e laboratório) e os segurados da recorrente - cessão de direito ao reembolso sem prévio desembolso - operou-se sem objeto, o que o torna nulo de pleno direito. 6. Sem lei específica ou regulamentação expressa da Agência Nacional de Saúde - ANS, não há como permitir que clínicas e laboratórios não credenciados à operadora de plano de saúde criem uma nova forma de reembolso ("reembolso assistido ou auxiliado"), em completo desvirtuamento da própria lógica do sistema preconizado na Lei n. 9.656/1998, dando margem, inclusive, a situações de falta de controle na verificação da adequação e valores das consultas, procedimentos e exames solicitados, o que poderia prejudicar todo o sistema atuarial do seguro e, em último caso, os próprios segurados. 7. Recurso especial provido" (Recurso Especial nº 1.959.929/SP, Terceira Turma, Rel. Min. MARCO AURÉLIO BELLIZZE, j. 22/11/2022). O perigo de dano se consubstancia pelos prejuízos: a) aos beneficiários do plano de saúde oferecido pela autora, os quais são induzidos a pensar que são atendidos pela sua rede credenciada, sendo posteriormente surpreendidos pela cobrança da clínica em caso de negativa de reembolso, e b) ao sistema atuarial do seguro, já que o desvirtuamento da lógica do reembolso impede o controle da adequação dos valores das consultas, procedimentos e exames, o que gera elevação dos custos da autora. Diante do exposto, e com fundamento no artigo 300 do Código de Processo Civil, defiro o pedido de tutela de urgência de natureza antecipada, para o fim de determinar que a ré (i) abstenha-se de solicitar o login e senha dos pacientes da autora, bem como de realizar o pedido de reembolso em nome daqueles; (ii) a ré se abstenha de realizar atendimentos a beneficiários dos planos de saúde comercializados pelas autoras, emitindo recibos/notas fiscais de supostas consultas e procedimentos, sem que exija, no ato da prestação de serviço, o recebimento legítimo dos valores, tudo sob pena de pagamento de multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) por ato de descumprimento; (iii) autorizar que a autora negue os reembolsos oriundas de recibos e/ou notas ficais emitidas pela ré, em relação a consultas e/ou procedimentos supostamente destinados aos seus beneficiários, com cominação inibitória de consequências que tais negativas possam gerar, especialmente no âmbito da ANS. Deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação (CPC, art.139, VI e Enunciado nº 35 da ENFAM: "Além das situações em que a flexibilização do procedimento é autorizada pelo art. 139, VI, do CPC/2015, pode o juiz, de ofício, preservada a previsibilidade do rito, adaptá-lo às especificidades da causa, observadas as garantias fundamentais do processo"). Cite-se e intime-se a parte ré para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis. A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial. Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC fica vedado o exercício da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. Carta de citação segue vinculada automaticamente à esta decisão. O art. 248, § 4º, do CPC prevê que "nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente." Em decorrência, poderá ser considerada válida a citação se o AR for assinado pela pessoa responsável pelo recebimento da correspondência. Nos próximos peticionamentos, atente-se o advogado para a UTILIZAÇÃO DAS NOMENCLATURAS E CÓDIGOS CORRETOS, para garantia de maior celeridade na tramitação e apreciação prioritária de pedidos urgentes. Intime-se. - ADV: JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS (OAB 273843/SP), JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS (OAB 273843/SP)

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Processo nº 1050559-61.2025.8.26.0100

ID: 314385124

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 1ª Vara de Registros Públicos Classe: USUCAPIãO Nº Processo: 1050559-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 02/07/2025

Polo Ativo:

MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA SOUSA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

ANA LUIZA VASQUEZ DIAZ

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1050559-61.2025.8.26.0100 - Usucapião - Usucapião Ordinária - Maria Aparecida de Oliveira Sousa - Para o prosseguimento da usucapião pela via judicial, indispensável o atendimento aos itens … Processo 1050559-61.2025.8.26.0100 - Usucapião - Usucapião Ordinária - Maria Aparecida de Oliveira Sousa - Para o prosseguimento da usucapião pela via judicial, indispensável o atendimento aos itens a seguir, mediante emenda à inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, com atendimento aos itens a seguir, sob pena de indeferimento da inicial (CPC, art. 321, parágrafo único, e 485, I). Intime-se a parte autora para: 1.Com o advento do Código de Processo Civil de 2.015, instituiu-se, em nosso ordenamento jurídico, a usucapião extrajudicial aplicável para a aquisição de qualquer direito imobiliário usucapível. A usucapião extrajudicial consagra-se como um importante instrumento disposto a minimizar os efeitos deletérios decorrentes da judicialização excessiva, na medida em que possibilita a migração de uma atribuição (antes exclusiva) do Poder Judiciário aos serviços notariais e de registros e propicia a obtenção de solução simples, desburocratizada e, consequentemente, mais célere, em benefício da parte interessada. Desse modo, a modalidade extrajudicial passou a ser a regra, deixando a via judicial para situações excepcionais. É relevante destacar que, no procedimento extrajudicial, o silêncio dos interessados, dentre eles, o proprietário, importará na aceitação da usucapião (artigo 216-A, § 2º, da Lei n. 6.015/73), não sendo necessária a sua anuência expressa. Ante a especialidade que detém sobre a análise do instituto da usucapião, a inovação trazida pela Lei 13.465/17 permitirá ao interessado que obtenha um resultado mais célere, de forma ágil e racionalizada, no procedimento de usucapião extrajudicial. Traçados esses breves esclarecimentos, com o intuito de se conferir concretude à aclamada desjudicialização da usucapião, esclareça a parte autora se tem interesse na realização da usucapião administrativa, no prazo de 15 (quinze) dias. Em caso positivo, o interessado deverá apresentar o requerimento, diretamente, perante o Cartório de Registro de Imóveis competente, aproveitando todos os documentos já trazidos nestes autos, suspendendo-se o presente feito por até 60 (sessenta) dias. 2.Para tanto, deverá, inclusive, juntar declarações das concessionárias de energia elétrica (ENEL) e de água e esgoto (SABESP) a respeito do histórico de titulares de consumo da unidade consumidora correspondente ao imóvel usucapiendo. Tendo em vista incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa, informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento (CPC, art. 380, I) e que cabe ao Poder Público fornecer as certidões necessárias à prova das alegações das partes (CPC, art. 438, I), SERVE A PRESENTE DECISÃO, DIGITALMENTE ASSINADA, COMO OFÍCIO, acompanhada de cópia da petição inicial e de outras cópias que se fizerem necessárias, a ser encaminhado às concessionárias pela própria parte autora, para fornecimento das informações ora requisitadas, bem como para quaisquer outras informações consideradas relevantes para apuração do período de posse contínua e pacífica sobre o bem (tais como períodos de ausência de aferição de consumo, de suspensão/interrupção do fornecimento ou inadimplemento das tarifas). O protocolo desta decisão perante as concessionárias - SABESP (juridico@sabesp.com.br) - deverá ser comprovado nos autos no prazo de 10 (dez) dias. A resposta deverá ser encaminhada à própria parte autora, que deverá promover a sua juntada aos autos no prazo de 30 (trinta) dias. da decisão que determinou a emenda à inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção. Reforça-se a importância de emenda única, ou seja, deve a parte autora recolher todas as informações e documentos mencionados nos tópicos, respondendo-os item a item na petição de emenda, e juntá-los de uma só vez nos autos. Tendo em vista que os formulários têm campos para inserção da numeração das folhas dos documentos, deverão ser preenchidos e juntados apenas após a juntada da petição de emenda e respectivos documentos anexos, a fim de que possa ser inserida a numeração das respectivas folhas nos formulários. Ao cumprir corretamente as orientações do Juízo e concentrar todas as informações relevantes em uma única petição, a parte estará contribuindo com a redução da quantidade de petições, propiciando racionalização do processamento e, principalmente, diminuindo o tempo de duração do processo. A correta formação do processo eletrônico, responsabilidade do advogado, se dá por meio da inserção das peças essenciais e documentos na ordem que devam aparecer no processo (tais como: I - petição; II - procuração; III - documentos pessoais e/ou atos constitutivos; IV - documentos necessários à comprovação do animus domini e à instrução da causa; V - memorial descritivo e planta do imóvel, se o caso; VI - declarações de anuência, se o caso; VII- certidões do Distribuidor Cível; VIII - comprovante do recolhimento das despesas processuais, se o caso). Indexação do processo eletrônico: os documentos digitalizados e anexados às petições eletrônicas deverão ser classificados e organizados de forma a facilitar o exame dos autos eletrônicos, nos termos do item 1.197, da NSCGJ. Caso algum item tenha sido atendido, no prazo da emenda, a parte deverá indicar o número da página em que acredita que o item foi cumprido, promovendo, com isso, a necessária indexação (ordenação dos assuntos do item através da indicação do número da página em que ele se encontra, em tese, cumprido), para viabilizar a análise sobre o efetivo e correto cumprimento da emenda. Sendo assim, na petição de emenda, a parte autora deverá indicar, pontualmente, o cumprimento dos itens acima, item a item (e com a indicação das folhas dos documentos juntados), o que tornará a conferência mais rápida e, consequentemente, mais célere a tramitação do feito. Por fim, a fim de orientar e facilitar o cumprimento do encargo pela parte autora e sua posterior verificação pelo juízo, disponibilizam-se os seguintes formulários a ser juntado aos autos juntamente com a petição de emenda inicial e respectivos documentos: Formulário de documentos essenciais que devem juntados pela parte autora: https://bit.ly/FormUsuc1 Formulário de citações/cientificações que devem ser promovidas pela parte autora: https://bit.ly/FormUsuc2 Caso haja dificuldade no preenchimento dos formulários, é possível acessar o tutorial disponibilizado no link a seguir: https://bit.ly/TutorialFormUsuc Ambos os formulários deverão ser juntados aos autos com a categoria de petição intermediária n. 7888 - Petição de Juntada de Documentos Solicitados. Eventual prorrogação de prazo somente será deferida caso formulado requerimento fundamentado, apresentando justa causa para o não cumprimento no prazo legal, à luz do art. 223 do CPC. Decorrido o prazo sem manifestação, venham os autos conclusos para extinção do processo sem julgamento do mérito, independentemente de nova intimação, à luz do art. 321, parágrafo único, do CPC. - ADV: ANA LUIZA VASQUEZ DIAZ (OAB 73385/SP)

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Processo nº 1067146-61.2025.8.26.0100

ID: 280210053

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 3ª VARA EMPRESARIAL E CONFLITOS DE ARBITRAGEM Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1067146-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 27/05/2025

Polo Ativo:

F. DE A. K.

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

MYRIAM PINHEIRO PEREIRA

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CLAUDIO AMARAL DINAMARCO

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ADV: Claudio Amaral Dinamarco (OAB 260950/SP), Myriam Pinheiro Pereira (OAB 367382/SP) Processo 1067146-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Reqte: F. de A. K. - Vistos. Trata-se de AÇÃO AN… ADV: Claudio Amaral Dinamarco (OAB 260950/SP), Myriam Pinheiro Pereira (OAB 367382/SP) Processo 1067146-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Reqte: F. de A. K. - Vistos. Trata-se de AÇÃO ANULATÓRIA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA proposta por FELIPE DE ANDRADE KRAUSZ (FELIPE) em face de PROTESTADO CORRESPONDENTE BANCÁRIO E RECUPERAÇÃO DE VALORES LTDA. (PROTESTADO) e IVAN ANTÔNIO MONTEIRO MARQUES (IVAN), distribuída por dependência ao Processo n. 1056814-35.2025.8.26.0100. O autor, FELIPE, narra ser sócio da PROTESTADO desde janeiro de 2021, inicialmente detentor de 99,9% do capital social. Em outubro de 2021, IVAN tornou-se sócio, adquirindo 90% do capital social, enquanto FELIPE passou a deter 10%. IVAN assumiu o controle e a administração financeira da sociedade. O autor alega que a relação entre os sócios deteriorou após ele começar a demandar a prestação formal de contas e dados financeiros da PROTESTADO, o que IVAN, na condição de administrador e sócio majoritário, não fazia. Ademais, a parte autora narra que teve seus acessos a plataformas da sociedade cancelados, e-mail corporativo bloqueado, e comunicação com clientes/funcionários proibida por IVAN, deixando de receber informações e pagamentos. Ajuizada ação de produção antecipada de provas pela ora autora, o feito foi extinto sem resolução de mérito por inadequação da via processual. Paralelamente a isso, o réu IVAN convocou nova reunião de sócios em setembro de 2024 para alterar o contrato social, incluindo cláusula sobre exclusão de sócios por justa causa e forma de cálculo/pagamento de haveres. Com isso, narra a parte autora que recebeu edital de convocação para reunião de sócios em 30 de abril de 2025, com ordem do dia para deliberação de sua exclusão societária por justa causa. Ajuizada ação anulatória com pedido de tutela de urgência pela autora (autos nº 1056814-35.2025.8.26.0100) para impedir a deliberação, alegando vícios formais (ausência de clareza sobre a "justa causa" e cerceamento de defesa) e materiais (inexistência de justa causa, insuficiência da quebra da affectio societatis, exercício regular do direito de fiscalização e abuso de poder do controlador), ocorreu a extinção do feito sem resolução de mérito por perda superveniente do objeto, pois IVAN cancelou a convocação societária vergastada. Em 7 de maio de 2025, IVAN convocou novamente a reunião de sócios para 21 de maio de 2025, com termos "repaginados" mas insistindo na tese de que a quebra da affectio societatis seria justa causa para exclusão extrajudicial. Nesse contexto, o autor entende que a "justa causa" invocada (litigiosidade contumaz, quebra de confiança) não tem fundamento fático ou jurídico plausível, e que seus atos de exigir contas e propor ações judiciais configuram exercício regular de direito, não atos ilícitos ou de inegável gravidade que coloquem em risco a continuidade da empresa. Aponta, ademais, para abuso de poder do controlador e intenção de locupletamento ilícito. Em razão do vício formal e material alegado no instrumento de convocação e do perigo de dano irreparável, o autor reitera o pedido de concessão de tutela de urgência para suspender a realização da reunião de sócios designada para 21.5.2025, ou subsidiariamente, suspender os efeitos da deliberação de exclusão que venha a ser tomada. É o relatório. FUNDAMENTAÇÃO A tutela de urgência sem o prévio exercício do contraditório é medida excepcional que exige a presença cumulativa da probabilidade do direito e do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. O autor fundamenta seu pedido de tutela, em grande parte, na existência de um vício formal na convocação da reunião de sócios agendada para 21.5.2025, consistente na ausência de clareza e determinação quanto à "justa causa" que justificaria sua exclusão, o que configuraria cerceamento de defesa. Argumenta que a lei (art. 1.085, parágrafo único, do Código Civil) e a jurisprudência exigem a especificação clara dos atos imputados ao sócio para permitir o efetivo exercício do contraditório e da ampla defesa. Contudo, ao analisar o pleito liminar, verifica-se que o próprio vício formal apontado pelo autor como fundamento primordial para o pedido de suspensão da reunião, ou de seus efeitos, pode e deve ser levado ao órgão colegiado da sociedade (a própria PROTESTADO) para que delibere a respeito. O Código Civil prevê a possibilidade de exclusão extrajudicial de sócio minoritário por "atos de inegável gravidade" que ponham em risco a continuidade da empresa, desde que haja previsão contratual e a deliberação seja tomada em reunião ou assembleia especialmente convocada, cientificando o acusado em tempo hábil para defesa. A própria deliberação é um ato societário submetido às regras e procedimentos internos da pessoa jurídica. Ainda que a convocação contenha a alegação de vício formal, como sustentado pelo autor, a sociedade, através de seu órgão deliberativo competente, tem a prerrogativa de avaliar a regularidade do procedimento convocatório e da própria pauta. A deliberação a ser tomada na reunião poderá abordar, expressa ou implicitamente, a questão da clareza da convocação e a suficiência dos fundamentos apresentados para a exclusão. Assim, neste momento processual, ainda não há interesse processual na medida de urgência. Isso porque a pretensão do autor, no que tange ao vício formal do ato convocatório, pode ser, em primeira instância, submetida e debatida no âmbito interno da sociedade, antes que se justifique a intervenção judicial para a suspensão da reunião ou seus efeitos. A análise da probabilidade do direito, no contexto da urgência, depende de se esgotar essa via interna de deliberação societária sobre o ponto específico do vício formal da convocação. A apreciação da tutela de urgência deverá ocorrer após a deliberação do órgão colegiado da sociedade sobre o tema. Somente após essa etapa e a documentação de seu resultado nos autos será possível verificar a persistência da necessidade da medida judicial de urgência nos moldes pleiteados, seja pela rejeição do argumento do autor no âmbito societário, seja pela tomada de uma deliberação que, a despeito do vício formal alegado, efetive a exclusão. Os demais argumentos do autor sobre a inexistência de justa causa material e o abuso de poder serão analisados em momento oportuno, após a fase instrutória ou, no contexto da tutela de urgência, quando da sua reanálise após a juntada da ata da reunião. No entanto, o requisito do "interesse processual na medida" neste estágio inicial prevalece, direcionando o rito processual para aguardar a deliberação societária sobre o vício formal da convocação antes de decidir sobre a suspensão do ato ou seus efeitos. Acaso o pedido seja rejeitado (ou seja, caso a reunião ocorra e a exclusão seja deliberada com base na convocação questionada), deverá o autor trazer aos autos a respectiva ata, quando então a tutela de urgência será apreciada. Intimem-se.

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Processo nº 1097992-61.2025.8.26.0100

ID: 327102343

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 35ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1097992-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

ROBERTO GRECCO BIANCO

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

LUCIANA NIGRO LIMA SARAIVA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1097992-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Tratamento médico-hospitalar - Roberto Grecco Bianco - Vistos. 1) Defiro a prioridade na tramitação do processo, visto que preenchido o… Processo 1097992-61.2025.8.26.0100 - Procedimento Comum Cível - Tratamento médico-hospitalar - Roberto Grecco Bianco - Vistos. 1) Defiro a prioridade na tramitação do processo, visto que preenchido o requisito etário (fls. 15). Anote-se, com a respectiva tarja digital; 2) Passo à analise do pedido de tutela de urgência: A tutela de urgência pressupõe a existência dos elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, conforme redação do art. 300, do Código de Processo Civil. No caso em tela, há elementos que indicam a probabilidade do direito, bem como está presente o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo a autorizar a concessão da tutela de urgência. Vejamos: O relatório médico de fls. 29/30, datado de 14/07/2025, subscrito por profissional da área médica, demonstra problemas de saúde do autor e em seu final que "Baseando-se nas diretrizes atuais e evidencias clinicas disponíveis, indica-se o Implante Transcateter de Válvula Aórtica (TAVI) como a melhor estratégia terapêutica para este paciente de 78 anos, mesmo em cenário de baixo risco cirúrgico, visando otimização do prognóstico funcional, redução de eventos adversos periprocedimento e melhor na qualidade de vida". Referidas informações médicas atestam, de forma robusta, o perigo de dano à vida e à saúde da parte autora, caso seja privada da possibilidade da intervenção terapêutica, na forma prescrita pelo medico assistente, em virtude das peculiaridades das condições clinicas do paciente. A probabilidade do direito encontra reforço ao se estabelecer liame direto entre a matéria travada na presente ação, ao menos nesta fase inicial, de cognição não exauriente, e o entendimento consolidado perante o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que ensejou a edição da súmula Súmula n. 102: "Havendo expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob o argumento da sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da ANS.". Irrelevante a inclusão, ou não, do tratamento em lista da ANS. Constitui principio básico de direito que nenhum regulamento administrativo tem o condão de prevalecer na hipótese de conteúdo contrario ao sistema legal em vigor e à Constituição Federal, que é clara e impositiva quanto à proteção da dignidade humana. No mesmo sentido, segue importante ensinamento: "CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. Rejeição da impugnação. Acerto. Viola o princípio da boa-fé objetiva a negativa de cobertura de tratamento acessório e complementar dos efeitos da primeira intervenção, objeto de transação judicial. Evidente o caráter de complementariedade dos novos procedimentos e medicamentos em relação à anterior ablação de nódulos pulmonares, sem o que o paciente sofreria efeitos secundários e graves da intervenção médica primeira. Comportamento da seguradora tangencia a litigância de má-fé, ao se negar cobrir efeito colateral do tratamento coberto por força de transação. Decisão mantida. Recurso não provido" (Agravo de Instrumento nº 2121555-52.2020.8.26.0000, da 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, V. U., 8 de julho de 2020, FRANCISCO LOUREIRO, Relator). E, ainda: "EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO Seguro Saúde Tutela provisória de urgência Beneficiária diagnosticada com estenose aórtica, fibrilação atrial, epilepsia e doença cardíaca reumática não especificada Negativa de material consistente em "Implante Transcateter de Prótese Valvar Aortico T", por não ter cobertura contratual, sem previsão no rol de procedimentos obrigatórios da ANS, por não cumprir os critérios da Diretriz de Utilização - DUT, em acordo com o item 143 - TAVI - Abusividade - Plano não adaptado - Irrelevância - Aplicação do CDC Cobertura devida Taxatividade mitigada pelo estado emergencial e ausência de outro tratamento eficaz, efetivo e seguro já incorporado ao rol, consoante entendimento dos EREsp 1886929 e EREsp 1889704 - Não excluindo o contrato o tratamento da doença, não podem ser excluídos os procedimentos, exames, materiais e medicamentos necessários à cura Julgados do STJ e aplicação da Súmula 102 do TJSP Multa e prazo para cumprimento bem estabelecidos em vista do risco de morte decorrente do quadro da agravada Recurso desprovido" (Agravo de Instrumento nº 2102439-21.2024.8.26.0000, 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, V. U., 26 de abril de 2024, ALCIDES LEOPOLDO, Relator) O documento de fls. 23 demonstra o vínculo contratual entre o autor e a ré, bem como o adimplemento das parcelas às fls. 24. Às fls. 27/28 consta o impasse apresentado pela ré, quanto à cobertura do tratamento, em sua integralidade. Notória a possibilidade de comprometimento da eficácia do tratamento da patologia da qual o autor é portador, caso seu início seja postergado, tendo em vista a notaria gravidade da patologia, quanto ao caráter emergencial da intervenção prescrita, sob o risco de evolução e comprometimento de bem jurídico indisponível, ou seja, a vida da autora. Posto isso, DEFIRO A TUTELA DE URGÊNCIA, DE NATUREZA ANTECIPADA, para determinar que a ré providencie, no prazo de 05 dias, em favor do autor, o fornecimento, com a respectiva autorização administrativa de custeio, da integralidade dos procedimentos terapêuticos, equipamentos e medicamentos prescritos pelo médico assistente da autora, indicados no documento de fls. 29/30, com estrita observância da referida prescrição médica, preferencialmente, junto a sua rede credenciada de serviços medicos e hospitalares, entretanto, se inexistente, junto à rede particular, mediante integral cobertura pela ré. O não cumprimento, pela ré, da presente ordem judicial, ensejará a incidência de multa diária de R$ 2.000,00, até o limite de R$ 200.000,00. Servirá a presente decisão, assinada eletronicamente, como ofício, para direto encaminhamento pela parte autora à ré, a fim de empreender maior celeridade na notificação da ré, mediante posterior comprovação nos autos. 3) Remeto a designação da audiência prevista no artigo 334 do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015 e alterações advindas da Lei 13.256/2016) a momento processual subsequente à instalação do contraditório, desde que ambas as partes manifestem expressamente interesse conciliatório. 4) CITE-SE a parte ré, por meio eletrônico, nos termos do artigo 246 do CPC, com a observação de que, nos termos do § 1º-C, do mesmo dispositivo legal, considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de até 5% do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da citação recebida por meio eletrônico. Decorrido o prazo de três dias sem confirmação do recebimento da citação, e desde que recolhidas as custas, cite-se na forma do § 1º-A do art. 246 do CPC, devendo constar da citação que, nos termos do § 1º-B do art. 246 do CPC, o réu deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento da citação enviada eletronicamente na primeira oportunidade de falar nos autos. Intime-se. - ADV: LUCIANA NIGRO LIMA SARAIVA (OAB 192773/SP)

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Processo nº 1098089-61.2025.8.26.0100

ID: 327014076

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 16ª Vara Cível Classe: EXECUçãO DE TíTULO EXTRAJUDICIAL Nº Processo: 1098089-61.2025.8.26.0100

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

MOVILEPAY CRéDITO - FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITóRIOS

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

JORGE DONIZETI SANCHEZ

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1098089-61.2025.8.26.0100 - Execução de Título Extrajudicial - Contratos Bancários - Movilepay Crédito - Fundo de Investimento Em Direitos Creditórios - Vistos. Ao caso, aplica-se o art. 63,… Processo 1098089-61.2025.8.26.0100 - Execução de Título Extrajudicial - Contratos Bancários - Movilepay Crédito - Fundo de Investimento Em Direitos Creditórios - Vistos. Ao caso, aplica-se o art. 63, §1°, do CPC: "Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações. § 1º A eleição de foro somente produz efeito quando constar de instrumento escrito, aludir expressamente a determinado negócio jurídico e guardar pertinência com o domicílio ou a residência de uma das partes ou com o local da obrigação, ressalvada a pactuação consumerista, quando favorável ao consumidor. (Redação dada pela Lei nº 14.879, de 4 de junho de 2024)" Ainda, nos termos do art. 63, §5°, do CPC, é possível, no caso, a declinação da competência de ofício, tendo em vista que o ajuizamento da ação ocorreu em juízo aleatório: § 5º O ajuizamento de ação em juízo aleatório, entendido como aquele sem vinculação com o domicílio ou a residência das partes ou com o negócio jurídico discutido na demanda, constitui prática abusiva que justifica a declinação de competência de ofício. (Incluído pela Lei nº 14.879, de 4 de junho de 2024) Da análise dos autos, verifica-se que a ação foi distribuída em 15/07/2025, quando já vigente a Lei nº º 14.879, de 4 de junho de 2024, que alterou a redação do art. 63 do CPC. Irrelevante, pois, a data da celebração do contrato, devendo-se verificar a data da prática do ato processual (distribuição da ação), para fins de aplicação da referida norma e fixação da competência. Incidem, no ponto, os artigos 14, 43 e 312 do CPC: "Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada." destaquei Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. Destaquei Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados noart. 240depois que for validamente citado. Aplicável, pois, ao caso, a lei vigente à época da distribuição da ação (independentemente da lei vigente à época da data da celebração do contrato, posto que, para fins de competência, deve-se verificar a data da prática do ato processual de distribuição da ação), nos exatos termos do art.43 do CPC. Acerca do dispositivo legal supra, Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero, na obra "Código de Processo Civil Comentado", consignam que Determina-se a competência no momento em que a demanda é ajuizada, assim considerada a data do registro ou da distribuição da petição inicial (arts. 43 e 312, CPC). Obviamente, embora aqui se aluda a registro ou distribuição e no outro preceito se fale em protocolo, trata-se de etapas de um mesmo ato judicial, de modo que qualquer um deles (o que ocorrer primeiro) é apto a fixar o termo inicial do processo e, consequentemente, determinara competência para a causa. A fim de que o processo se desenvolva da maneira mais estável possível, possibilitando-se um deslinde mais célere para a causa, nossa legislação estabelece que eventuais modificações no estado de fato oude direito ocorridas posteriormente à propositura da ação não têm o condão de deslocar a competência do órgão jurisdicional, ressalvadas as exceções legais. Há determinação e perpetuação da competência (perpetuatio jurisdictionis, como por vezes se alude) com a propositura da ação. Assim é que, proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do executado não desloca a competência já fixada (Súmula 58, STJ). Todavia, a mudança na sede da empresa, antes da propositura da execução fiscal, evidentemente não enseja a aplicação da Súmula 58, STJ (STJ, 1.ª Seção, EREsp 178.233/SE, rel. Min. Luiz Fux, j. 13.08.2003, DJ 15.09.2003, p. 229). Ao lado dos arts. 108 (estabilidade de partes) e 329 (estabilidade objetiva), o art. 43 compõe a regra da estabilidade do processo (Editora Revista dos Tribunais, 7ª. ed. rev., atual. e ampl. 2021., p. 61/62, item 1), destaquei. Cito os seguintes precedentes, aplicáveis analogicamente ao caso: "Conflito negativo de competência. Repropositura de ação idêntica à anteriormente extinta sem a resolução do mérito. Vigência da Lei n° 11.280/2006 na data da distribuição da segunda ação. Prevenção, estipulada na regra do art. 253, II, do CPC, não observada pelo Distribuidor. Processamento da nova ação perante outra Vara. Competência que é absoluta e que, por isso, não se prorroga. Necessidade de observância da regra contida no artigo 253, II, do CPC. Conflito julgado procedente para declarar competente o Juízo suscitante da 3a Vara Cível do Foro Regional do Jabaquara." (TJSP; Conflito de competência cível 0440876-83.2010.8.26.0000; Relator (a):Presidente da Seção de Direito Privado; Órgão Julgador: Câmara Especial; Foro Regional III - Jabaquara -3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 31/01/2011; Data de Registro: 09/02/2011) destaquei CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA Ação declaratória cumulada com reparação de danos morais com pedido de tutela provisória de urgência distribuída ao MMº. Juiz da 1ª Vara da Comarca de Buritama Declinação da competência e determinação de redistribuição para o Juízo do domicílio da ré, que suscita o presente conflito Eventual mudança de domicílio do autor no curso da demanda que não altera a competência fixada no momento da distribuição da demanda Princípio da "perpetuatio jurisdictionis" Inteligência do artigo 43 do Código de Processo Civil Precedentes desta C. Câmara Especial Conflito procedente Competência do Juízo Suscitado (MMº. Juízo da 1ª Vara da Comarca de Buritama). (TJSP; Conflito de competência cível 0036862-67.2023.8.26.0000; Relator (a):Ana Luiza Villa Nova; Órgão Julgador: Câmara Especial; Foro de Buritama -1ª Vara; Data do Julgamento: 01/12/2023; Data de Registro: 01/12/2023) destaquei Na hipótese, a parte autora tem sua sede na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Os réus, por seu turno, têm sua sede e domicílio na Comarca de Várzea Paulista/SP. Dessa forma, reconheço a ineficácia da cláusula de eleição de foro, nos termos do art.63, § 1º do CPC, c/c art.14 do mesmo Diploma Legal. Assim, nos termos do art. 46 do CPC, determino a redistribuição da presente ação a uma das Varas Cíveis da Comarca de Várzea Paulista/SP, dando-se baixa na distribuição feita a este Juízo. Int. - ADV: JORGE DONIZETI SANCHEZ (OAB 73055/SP)

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