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Luiz Paulo Dos Santos Rayol Dantas x Colonia De Pescadores Z-78

ID: 322798822

Tribunal: TJPA Órgão: Vara Única de Novo Repartimento Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 0000184-81.2018.8.14.0123

Data de Disponibilização: 11/07/2025

Polo Ativo:

LUIZ PAULO DOS SANTOS RAYOL DANTAS

Polo Passivo:

COLONIA DE PESCADORES Z-78

Sentença

Advogados:

RENATO CARNEIRO HEITOR

OAB/PA XXXXXX Desbloquear

PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ VARA ÚNICA DE NOVO REPARTIMENTO (VARA-NR) Processo nº: 0000184-81.2018.8.14.0123 AUTOR: LUIZ PAULO DOS SANTOS RAYOL DANTAS Nome: LUI… PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ VARA ÚNICA DE NOVO REPARTIMENTO (VARA-NR) Processo nº: 0000184-81.2018.8.14.0123 AUTOR: LUIZ PAULO DOS SANTOS RAYOL DANTAS Nome: LUIZ PAULO DOS SANTOS RAYOL DANTAS Endereï¿½o: desconhecido REU: COLONIA DE PESCADORES Z-78 Nome: COLONIA DE PESCADORES Z-78 Endereço: RUA PRINCIPAL DO PÓLO PESQUEIRO, ZONA RURAL, NOVO REPARTIMENTO - PA - CEP: 68473-000 SENTENÇA Trata-se de AÇÃO DE EXIGIR CONTAS, ajuizada por LUIZ PAULO DOS SANTOS RAYOL DANTAS, devidamente qualificado nos autos, em face da COLÔNIA DE PESCADORES Z-78, entidade de direito privado, também qualificada, na qual o autor postula que a requerida seja compelida a prestar contas relativas ao período de 2013 a 2017, quando exerceu a função de Secretário da entidade. Alega o requerente que jamais percebeu qualquer valor a título de pró-labore pelo exercício da função de secretário da respectiva colônia, o que violaria expressa previsão estatutária. Sustenta que, para o correto ajuizamento de eventual ação de cobrança, faz-se necessário o conhecimento das receitas auferidas pela Colônia durante o período em que esteve no exercício do cargo, especialmente nas rubricas descritas no art. 25 do Estatuto da entidade, quais sejam: (i) mensalidades e taxas cobradas sobre o pescado comercializado dos associados; (ii) taxas de contribuição de acordo com o artigo 3º, alínea “d” do Estatuto; (iii) rendas provenientes de seus diferentes serviços. A requerida apresentou documentos com parciais registros contábeis e informações fragmentárias, não abrangendo as referidas rubricas de forma completa, omitindo dados essenciais à aferição dos valores arrecadados e, consequentemente, ao cálculo de eventual pró-labore. É o relatório. Decido. I – FUNDAMENTAÇÃO A ação de exigir contas está prevista no artigo 550 do Código de Processo Civil, e pode ser proposta por aquele que tem o direito de exigi-las de quem as deve prestar, especialmente quando decorre de vínculo jurídico específico que envolva administração de bens ou valores alheios. Assim dispõe o caput do referido dispositivo: Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias. No presente caso, restou comprovado que o autor exerceu a função de Secretário da Colônia de Pescadores Z-78 entre 2013 e 2017, sendo membro da diretoria da entidade, e, portanto, detentor de legitimidade ativa para postular a prestação de contas, nos moldes do §1º do artigo 550 do CPC. Superada essa questão, adentremos o mérito da prestação de contas. A prestação de contas regularmente admitida no processo judicial se subdivide em duas fases: a primeira compreendida na análise do dever de prestar contas; e a segunda voltada ao exame da regularidade da própria prestação de contas apresentada. No caso em apreço, reconhecida a existência do dever de prestar contas na fase inicial, passou-se à fase de análise da prestação apresentada. Contudo, a requerida não se desincumbiu do ônus de prestar contas de forma integral, conforme exigido pela jurisprudência e pelo art. 550, § 5º, do CPC: § 5º Se os valores atribuídos pelo autor forem contestados pelo réu e este apresentar as contas, o juiz decidirá sobre a sua exatidão. A documentação colacionada pela Colônia de Pescadores Z-78 carece de informações fundamentais para o deslinde da controvérsia, especialmente no que tange às mensalidades e taxas sobre o pescado comercializado e rendas oriundas de serviços diversos prestados pela entidade. Cumpre observar que, uma vez determinada judicialmente a obrigação de prestar contas, a parte requerida deve apresentá-las de forma completa, clara, precisa e acompanhada dos respectivos documentos comprobatórios. A omissão, total ou parcial, acarreta a condenação nos termos dos artigos 550 e 551 do CPC, inclusive com possibilidade de se considerar como verdadeiros os valores indicados pela parte autora, desde que instruídos com prova idônea. Quanto ao pedido de exibição de taxas de contribuição de acordo com o artigo 3°, alínea "d" do Estatuto, não restou delimitado pelo autor qual taxa seria, uma vez que não encontrado fundamento jurídico no respectivo documento apto a ensejar a obrigação de exibição, de modo que caso a parte tenha interesse no pedido, deverá ajuizar nova demanda, especificando, de maneira cristalina, qual a taxa a ser exibida. Desse modo, acolho o pedido de exibição detalhada das mensalidades e taxas sobre o pescado comercializado e rendas oriundas de serviços diversos prestados pela entidade no período compreendido entre 2013 a 2017. II – DISPOSITIVO Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a presente ação de exigir contas, para: a) Reconhecer o descumprimento do dever legal da requerida quanto à apresentação completa e regular das contas relativas ao período de 2013 a 2017; b) Declarar a insuficiência da prestação de contas apresentada, por ausência de informações essenciais sobre as receitas provenientes: (i) das mensalidades e taxas cobradas sobre o pescado comercializado dos associados e (ii) das rendas de serviços prestados pela Colônia; c) Determinar que a requerida apresente, no prazo de 15 (quinze) dias, as contas faltantes, em planilha clara, circunstanciada e acompanhada da respectiva documentação comprobatória, sob pena de aplicação do disposto no § 5º do artigo 550 do CPC e responsabilização pelo valor eventualmente indicado pela parte autora; d) Caso não apresentadas as contas no prazo, ou sendo novamente incompletas, poderá o autor promover a liquidação por arbitramento, com base nos documentos já acostados e nos parâmetros do Estatuto da entidade, assegurado o contraditório à parte contrária. Condeno a requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro em R$ 1.000,00 (mil reais), nos termos do art. 85, §8º, do CPC, considerando a natureza da causa e a ausência de complexidade na fase já desenvolvida, ficando suspensa a sua exigibilidade em virtude da gratuidade da justiça que agora fica deferida, diante da notória hipossuficiência da parte requerida. Havendo interposição de recurso, intime-se a parte adversa para contrarrazões, e independente do juízo de admissibilidade, autos ao TJPA, com as cautelas de praxe. Com o trânsito em julgado, arquivem-se com baixa na distribuição. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Novo Repartimento/PA, data da assinatura. LURDILENE BÁRBARA SOUZA NUNES Juíza de Direito Titular – VARA-NR Servirá o(a) presente, mediante cópia, como EDITAL / CARTA / MANDADO / CARTA PRECATÓRIA / OFÍCIO.

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Processo nº 0000184-20.2003.8.26.0270

ID: 323235018

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Itapeva - 2ª Vara Judicial Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 0000184-20.2003.8.26.0270

Data de Disponibilização: 11/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

MINERAçãO SANTA BLANDINA S/A

Intimação

Advogados:

PEDRO FERNANDES DE TOLEDO PIZA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

IVO ANTUNES HOLTZ

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

GUILHERME CHAVES SANT´ANNA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

FERNANDO HENRIQUE DE SOUSA LIMA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

CAMILA FRIAS FERNANDES

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 0000184-20.2003.8.26.0270 (270.01.2003.000184) - Procedimento Comum Cível - Dano Ambiental - Mineração Santa Blandina S/A - Antonio Orlando de Almeida Prado e outro - Espólio de João Batist… Processo 0000184-20.2003.8.26.0270 (270.01.2003.000184) - Procedimento Comum Cível - Dano Ambiental - Mineração Santa Blandina S/A - Antonio Orlando de Almeida Prado e outro - Espólio de João Batista anhaia de Almeida Prado - Vistos. Trata-se de Ação Civil Pública, em fase de Cumprimento de Sentença, ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em desfavor da Mineração Santa Blandina S.A. Na sentença que ensejou o título em execução, o juízo acolheu integralmente os pedidos ministeriais, condenando a empresa requerida a realizar recuperação ambiental com plantio heterogêneo de espécies nativas e monitoramento periódico, conforme projeto aprovado pelo DEPRN, ou a pagar R$ 2.504,28 corrigidos ao Fundo Estadual caso a recuperação fosse inviável. Determinou ainda ressarcimento ao DEPRN no valor de 43,69 UFESPs e fixou multa diária de 250 UFESPs em caso de descumprimento, com trânsito em julgado em 16/11/2004 (págs. 201/207). Após trânsito o trânsito em julgado (pág. 208), da intimação da executada (pág. 221) e do não cumprimento da obrigação (pág. 222), o Ministério Público requereu conversão da obrigação em perdas e danos, atualizando o valor principal para R$ 2.819,51 e multa acumulada até então em R$ 11.999.830,00 (pág. 307). Foi certificada a ausência de manifestação da empresa no prazo legal após intimação para pagamento (pág. 341). Antônio Orlando de Almeida Prado requereu ingresso no feito como assistente simples por ser detentor de 15% das ações da executada (págs. 381/382), o que foi deferido pelo juízo (pág. 430). Foi celebrado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público, Município de Itapeva e a executada, no qual a empresa se comprometeu a fornecer materiais ao Município, avaliados em R$ 500.000,00, até 17/01/2018, em substituição ao depósito ao Fundo Estadual, acordo esse homologado pelo juízo, com consequente suspensão do processo até cumprimento (pág. 672/675), o que foi homologado pelo juízo (pág. 676). Posteriormente, o Ministério Público e o Município informaram o descumprimento do TAC pela executada, a qual alegou dificuldades financeiras e solicitou prazo adicional para cumprir o ajustado (págs. 693/707). O Ministério Público apresentou cálculo atualizado dos valores devidos, atingindo o montante de R$ 34.811.620,53, referente a R$ 4.260,53 de indenização e R$ 34.807.360,00 decorrentes da multa diária acumulada. Reiterou o descumprimento do acordo pela empresa e o interesse na retomada do cumprimento da sentença (pág. 1109). Foi então determinado que a executada prestasse esclarecimentos sobre a cessão de direitos hereditários. Ainda, foram solicitadas informações à 10ª Vara de Família sobre o inventário que afetava a situação societária da empresa (pág. 1174). O Município informou interesse no cumprimento do acordo pela executada (pág. 1183). A 10ª Vara da Família e Sucessões do Foro Central da Capital, onde tramita o processo de inventário nº 0712881-14.1990.8.26.0100, informou que haviam negociações em curso para venda da Mineração Santa Blandina, sem conclusão efetiva até aquele momento (pág. 1200). A executada, representada por Marco Antônio de Almeida Prado, informou sobre supostas irregularidades cometidas pela Mineração Fronteira, solicitando fiscalização pela Cetesb quanto à continuidade ilegal das atividades, além de considerar eventual denunciação da lide daquela empresa (pág. 1282/1283). Ainda, requereu providências contra a Mineração Fronteira (pág. 1612). Por fim, o Ministério Público manifestou que os fatos relacionados à reintegração e a contratos com terceiros são estranhos a este processo e que o contrato firmado junto à Mineração Fronteira não foi pactuado com a anuência da promotoria, não podendo a executada se eximir das obrigações assumidas no TAC por avença particular. Requereu o indeferimento da denunciação e a manutenção da Santa Blandina no polo passivo, bem como a intimação do Município de Itapeva para que apresente informações atualizadas sobre a necessidade de materiais para o aterro sanitário e respectivos valores. Informou a tomada de providências, em sede própria, quanto às irregularidades narradas (pág. 1619/1621). É o relatório. Decido. 1) De início, constato a regularidade da representação dos envolvidos no processo. 2) Quanto ao pedido da executada para que a empresa Mineração Fronteira seja intimada a prestar esclarecimentos, bem como para sua eventual denunciação à lide, observo que tal requerimento não comporta acolhimento. Conforme bem pontuado pelo Ministério Público, o contrato firmado entre as empresas Fronteira e Santa Blandina data de 2015 e não contou com a anuência daquele Órgão, tampouco foi objeto de homologação judicial. Sobre o tema: Agravo de instrumento. Execução de título extrajudicial. TAC celebrado com o MP. Decisão que indeferiu o pedido de substituição do polo passivo da execução, bem como de formação de litisconsórcio necessário e chamamento ao processo . Pactos particulares posteriores não atingem a obrigação assumida pessoalmente pelos agravantes. Multa é referente ao descumprimento, no passado, da obrigação assumida pelos devedores na época em que era proprietários do bem. Execução é por quantia certa e tem por objeto a cobrança da multa pelo descumprimento anterior da obrigação. Natureza da obrigação permite a cobrança do proprietário atual e/ou do anterior, à escolha do credor . Súmula 623 do STJ. Responsabilidade solidária. Hipótese de litisconsórcio facultativo. Descabimento do chamamento ao processo do proprietário atual . Recurso desprovido. (TJ-SP - Agravo de Instrumento: 2339346-45.2023.8 .26.0000 São Paulo, Relator.: Elói Estevão Troly, Data de Julgamento: 26/05/2024, 15ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 26/05/2024). Ademais, a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações pactuadas no TAC permanece atribuída exclusivamente à executada e, por esta razão INDEFIRO os pedidos de intimação, denunciação e exclusão formulados pela executada. 3) DEFIRO o requerimento ministerial para que o Município de Itapeva seja intimado a apresentar informações atualizadas acerca da necessidade de materiais para o aterro sanitário e respectivo valor estimado. Prazo: 15 (quinze) dias 4) Sem prejuízo, OFICIE-SE à 10ª Vara da Família e Sucessões do Foro Central da Capital (processo de inventário nº 0712881-14.1990.8.26.0100) para que informe se houve concretização da venda da empresa Mineração Santa Blandina e, em caso positivo, se o valor correspondente foi depositado nos autos do inventário, bem como a atual situação dos bens da empresa no espólio. Com a resposta, dê-se vista ao Ministério Público. Intimem-se. - ADV: FERNANDO HENRIQUE DE SOUSA LIMA (OAB 132293/SP), IVO ANTUNES HOLTZ (OAB 141402/SP), PEDRO FERNANDES DE TOLEDO PIZA (OAB 221092/SP), CAMILA FRIAS FERNANDES (OAB 229011/SP), GUILHERME CHAVES SANT´ANNA (OAB 100812/SP)

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Processo nº 0000184-20.2003.8.26.0270

ID: 323235552

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Itapeva - 2ª Vara Judicial Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 0000184-20.2003.8.26.0270

Data de Disponibilização: 11/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

MINERAçãO SANTA BLANDINA S/A

Intimação

Advogados:

PEDRO FERNANDES DE TOLEDO PIZA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

IVO ANTUNES HOLTZ

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

GUILHERME CHAVES SANT´ANNA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

FERNANDO HENRIQUE DE SOUSA LIMA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

CAMILA FRIAS FERNANDES

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 0000184-20.2003.8.26.0270 (270.01.2003.000184) - Procedimento Comum Cível - Dano Ambiental - Mineração Santa Blandina S/A - Antonio Orlando de Almeida Prado e outro - Espólio de João Batist… Processo 0000184-20.2003.8.26.0270 (270.01.2003.000184) - Procedimento Comum Cível - Dano Ambiental - Mineração Santa Blandina S/A - Antonio Orlando de Almeida Prado e outro - Espólio de João Batista anhaia de Almeida Prado - Vistos. Trata-se de Ação Civil Pública, em fase de Cumprimento de Sentença, ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em desfavor da Mineração Santa Blandina S.A. Na sentença que ensejou o título em execução, o juízo acolheu integralmente os pedidos ministeriais, condenando a empresa requerida a realizar recuperação ambiental com plantio heterogêneo de espécies nativas e monitoramento periódico, conforme projeto aprovado pelo DEPRN, ou a pagar R$ 2.504,28 corrigidos ao Fundo Estadual caso a recuperação fosse inviável. Determinou ainda ressarcimento ao DEPRN no valor de 43,69 UFESPs e fixou multa diária de 250 UFESPs em caso de descumprimento, com trânsito em julgado em 16/11/2004 (págs. 201/207). Após trânsito o trânsito em julgado (pág. 208), da intimação da executada (pág. 221) e do não cumprimento da obrigação (pág. 222), o Ministério Público requereu conversão da obrigação em perdas e danos, atualizando o valor principal para R$ 2.819,51 e multa acumulada até então em R$ 11.999.830,00 (pág. 307). Foi certificada a ausência de manifestação da empresa no prazo legal após intimação para pagamento (pág. 341). Antônio Orlando de Almeida Prado requereu ingresso no feito como assistente simples por ser detentor de 15% das ações da executada (págs. 381/382), o que foi deferido pelo juízo (pág. 430). Foi celebrado Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público, Município de Itapeva e a executada, no qual a empresa se comprometeu a fornecer materiais ao Município, avaliados em R$ 500.000,00, até 17/01/2018, em substituição ao depósito ao Fundo Estadual, acordo esse homologado pelo juízo, com consequente suspensão do processo até cumprimento (pág. 672/675), o que foi homologado pelo juízo (pág. 676). Posteriormente, o Ministério Público e o Município informaram o descumprimento do TAC pela executada, a qual alegou dificuldades financeiras e solicitou prazo adicional para cumprir o ajustado (págs. 693/707). O Ministério Público apresentou cálculo atualizado dos valores devidos, atingindo o montante de R$ 34.811.620,53, referente a R$ 4.260,53 de indenização e R$ 34.807.360,00 decorrentes da multa diária acumulada. Reiterou o descumprimento do acordo pela empresa e o interesse na retomada do cumprimento da sentença (pág. 1109). Foi então determinado que a executada prestasse esclarecimentos sobre a cessão de direitos hereditários. Ainda, foram solicitadas informações à 10ª Vara de Família sobre o inventário que afetava a situação societária da empresa (pág. 1174). O Município informou interesse no cumprimento do acordo pela executada (pág. 1183). A 10ª Vara da Família e Sucessões do Foro Central da Capital, onde tramita o processo de inventário nº 0712881-14.1990.8.26.0100, informou que haviam negociações em curso para venda da Mineração Santa Blandina, sem conclusão efetiva até aquele momento (pág. 1200). A executada, representada por Marco Antônio de Almeida Prado, informou sobre supostas irregularidades cometidas pela Mineração Fronteira, solicitando fiscalização pela Cetesb quanto à continuidade ilegal das atividades, além de considerar eventual denunciação da lide daquela empresa (pág. 1282/1283). Ainda, requereu providências contra a Mineração Fronteira (pág. 1612). Por fim, o Ministério Público manifestou que os fatos relacionados à reintegração e a contratos com terceiros são estranhos a este processo e que o contrato firmado junto à Mineração Fronteira não foi pactuado com a anuência da promotoria, não podendo a executada se eximir das obrigações assumidas no TAC por avença particular. Requereu o indeferimento da denunciação e a manutenção da Santa Blandina no polo passivo, bem como a intimação do Município de Itapeva para que apresente informações atualizadas sobre a necessidade de materiais para o aterro sanitário e respectivos valores. Informou a tomada de providências, em sede própria, quanto às irregularidades narradas (pág. 1619/1621). É o relatório. Decido. 1) De início, constato a regularidade da representação dos envolvidos no processo. 2) Quanto ao pedido da executada para que a empresa Mineração Fronteira seja intimada a prestar esclarecimentos, bem como para sua eventual denunciação à lide, observo que tal requerimento não comporta acolhimento. Conforme bem pontuado pelo Ministério Público, o contrato firmado entre as empresas Fronteira e Santa Blandina data de 2015 e não contou com a anuência daquele Órgão, tampouco foi objeto de homologação judicial. Sobre o tema: Agravo de instrumento. Execução de título extrajudicial. TAC celebrado com o MP. Decisão que indeferiu o pedido de substituição do polo passivo da execução, bem como de formação de litisconsórcio necessário e chamamento ao processo . Pactos particulares posteriores não atingem a obrigação assumida pessoalmente pelos agravantes. Multa é referente ao descumprimento, no passado, da obrigação assumida pelos devedores na época em que era proprietários do bem. Execução é por quantia certa e tem por objeto a cobrança da multa pelo descumprimento anterior da obrigação. Natureza da obrigação permite a cobrança do proprietário atual e/ou do anterior, à escolha do credor . Súmula 623 do STJ. Responsabilidade solidária. Hipótese de litisconsórcio facultativo. Descabimento do chamamento ao processo do proprietário atual . Recurso desprovido. (TJ-SP - Agravo de Instrumento: 2339346-45.2023.8 .26.0000 São Paulo, Relator.: Elói Estevão Troly, Data de Julgamento: 26/05/2024, 15ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 26/05/2024). Ademais, a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações pactuadas no TAC permanece atribuída exclusivamente à executada e, por esta razão INDEFIRO os pedidos de intimação, denunciação e exclusão formulados pela executada. 3) DEFIRO o requerimento ministerial para que o Município de Itapeva seja intimado a apresentar informações atualizadas acerca da necessidade de materiais para o aterro sanitário e respectivo valor estimado. Prazo: 15 (quinze) dias 4) Sem prejuízo, OFICIE-SE à 10ª Vara da Família e Sucessões do Foro Central da Capital (processo de inventário nº 0712881-14.1990.8.26.0100) para que informe se houve concretização da venda da empresa Mineração Santa Blandina e, em caso positivo, se o valor correspondente foi depositado nos autos do inventário, bem como a atual situação dos bens da empresa no espólio. Com a resposta, dê-se vista ao Ministério Público. Intimem-se. - ADV: FERNANDO HENRIQUE DE SOUSA LIMA (OAB 132293/SP), IVO ANTUNES HOLTZ (OAB 141402/SP), PEDRO FERNANDES DE TOLEDO PIZA (OAB 221092/SP), CAMILA FRIAS FERNANDES (OAB 229011/SP), GUILHERME CHAVES SANT´ANNA (OAB 100812/SP)

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Juliane Romero Stock x Centro De Integracao Empresa Escola Do Rs e outros

ID: 324368322

Tribunal: TRT4 Órgão: 2ª VARA DO TRABALHO DE SANTA MARIA Classe: AçãO TRABALHISTA - RITO SUMARíSSIMO Nº Processo: 0020921-69.2023.5.04.0702

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

JULIANE ROMERO STOCK

Polo Passivo:

CENTRO DE INTEGRACAO EMPRESA ESCOLA DO RS TRIAD ASSESSORIA DE CONDOMINIOS LTDA

Notificação

Advogados:

DANIEL SILVA

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FRANCIOLE FONTANA

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TIAGO MORAIS DE FARIA

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DANIELA JUSTO NEUTZLING

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MARCELO FANFA PEDROSO

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RICARDO SARTURI SIQUEIRA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE SANTA MARIA ATSum 0020921-69.2023.5.04.0702 RECLAMANTE: JULIANE ROMERO STOCK RECLAMADO: TR… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE SANTA MARIA ATSum 0020921-69.2023.5.04.0702 RECLAMANTE: JULIANE ROMERO STOCK RECLAMADO: TRIAD ASSESSORIA DE CONDOMINIOS LTDA E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Sentença ID 1ca7cb2 proferida nos autos, cujo dispositivo consta a seguir: Os embargos de declaração objetivam suprir omissão ou eliminar contradição (art. 897-A da CLT), bem como de esclarecer obscuridade e corrigir erro material (art. 1.022 do CPC, de aplicação subsidiária), ou seja, intentam obter uma declaração exata do conteúdo do julgado. A omissão ocorre quando a Sentença deixa de apreciar pedido expresso da parte. A contradição, quando há dissonância entre duas proposições inconciliáveis entre si na fundamentação ou no dispositivo. A obscuridade, quando inexistente clareza suficiente em relação a determinado aspecto. O erro material, por fim, configura-se por desacerto na redação ou na digitação. Outrossim, a discussão sobre a configuração de julgamento extra ou ultra petita também não é passível de ser aventada em embargos de declaração, devendo a parte valer-se do recurso processual adequado para tanto. Nesse sentido é o ensinamento de Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery (in Código de Processo Civil Comentado, 6ª ed., - Ed. Revista dos Tribunais, 2002, pág. 760): "A sentença "citra" ou "infra petita" pode ser corrigida por meio de embargos de declaração, cabendo ao juiz suprimir a omissão; a sentença "ultra" ou "extra petita" não pode ser corrigida por embargos de declaração, mas só por apelação. Cumpre ao tribunal, ao julgar o recurso, reduzi-la aos limites do pedido". Nesse sentido, o seguinte julgado: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. OMISSÃO. Caso em que não há qualquer contradição ou omissão a ser sanada no acórdão embargado, não se acolhendo os embargos de declaração opostos pela reclamante. Na verdade, a postulação da embargante desvirtua a finalidade da presente medida processual, já que pretende obter o reexame das matérias sob enfoque que lhe seja mais favorável. Não acolho os embargos de declaração opostos pela reclamante”. (Acórdão do processo 0000184-48.2012.5.04.0664 (ED) - Redator: LEONARDO MEURER BRASIL -Participam: CLÓVIS FERNANDO SCHUCH SANTOS, REJANE SOUZA PEDRA - Data: 13/06/2013). No caso, a alegação da parte embargante nitidamente configura ataque ao mérito da decisão, não se inserindo nas hipóteses de cabimento dos embargos de declaração, pois confrontando a fundamentação e o dispositivo, não verifico contradição/omissão/obscuridade/erro material a ensejar o requerido efeito modificativo. Portanto, a inconformidade em relação ao resultado do julgamento deve ser objeto de recurso apropriado, não se prestando os embargos de declaração à reapreciação da matéria ou ao reexame da prova para nova interpretação quanto à questão controvertida. Nesse sentido, em reforço, cito decisão no PROCESSO Nº TST-ED-ARR-20721-46.2015.5.04.0701 (Ac. 3ª Turma): EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DESCABIMENTO. Os embargos de declaração não autorizam o estabelecimento de diálogo entre as partes e o órgão jurisdicional, nunca viabilizando a modificação da substância do julgado, quando ausentes os vícios que a Lei, exaustivamente, enumera. A insatisfação com o resultado do julgamento demandará providências outras, segundo as orientações processuais cabíveis. Assim é que, opostos à deriva das situações a que se referem os arts. 1.022 do CPC e 897-A da CLT, nega-se provimento aos embargos de declaração. Por demasia, como já constou da Sentença, não se aplica o art. 489 do CPC ao Processo do Trabalho, uma vez que a CLT contém dispositivo próprio acerca dos requisitos da sentença (art. 832), não havendo, portanto, omissão a autorizar o uso do direito processual comum, no particular, nos termos do art. 769 da CLT. Ainda que se entenda pela existência de omissão parcial, as regras do art. 489 são incompatíveis com os princípios que norteiam o Processo do Trabalho, como celeridade, simplicidade das formas e efetividade. Ainda, embora se possa entender pela sua aplicação subsidiária, a Sentença encontra-se devidamente fundamentada nos termos do próprio artigo 489, § 1º do CPC, em especial o disposto no inciso IV, visto que os argumentos suscitados pelas partes e não apreciados na decisão não são capazes de infirmar a conclusão adotada por esta Magistrada. Ademais, o art. 489, § 1º, IV, do CPC, não se aplica para a análise de provas. Por fim, não é requisito para interposição de recurso ordinário o prequestionamento da matéria. O prequestionamento é instituto que se refere tão somente aos julgamentos em sede recursal, conforme entendimento consubstanciado nos itens II e III da Súmula 297 do TST, “in verbis”: “Prequestionamento - Oportunidade - Configuração I - Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II - Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. III - Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração”. Na instância ordinária não há falar em prequestionamento, pois toda a matéria pode ser devolvida à jurisdição pelo recurso ordinário, sendo aplicável o princípio do tantum devolutum quantum apelatum. Por fim, entendo que a embargante opôs os presentes embargos com flagrante intuito procrastinatório, pois sabedora da inexistência contradição ou obscuridade no julgado, cingindo-se a rediscutir o mérito do julgado. Considerando que os embargos de declaração revelam o intuito de rediscutir matéria já analisada, bem como de imputar vícios manifestamente infundados à decisão embargada, impõe-se a aplicação da multa. Condeno a embargante ao pagamento de multa por embargos protelatórios, no percentual de 2% sobre o valor da causa, em favor da embargada, nos termos do art. 1.026, § 2º, do CPC. Ante o exposto, conheço e REJEITO os embargos de declaração interpostos pela parte ré. Condeno a embargante ao pagamento de multa por embargos procrastinatórios no percentual de 2% sobre o valor dado à causa, nos termos do art. 1.026, § 2º, do CPC, em favor da embargada. Intimem-se. ELIZABETH BACIN HERMES Juíza do Trabalho Substituta Intimado(s) / Citado(s) - JULIANE ROMERO STOCK

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Juliane Romero Stock x Centro De Integracao Empresa Escola Do Rs e outros

ID: 324368363

Tribunal: TRT4 Órgão: 2ª VARA DO TRABALHO DE SANTA MARIA Classe: AçãO TRABALHISTA - RITO SUMARíSSIMO Nº Processo: 0020921-69.2023.5.04.0702

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

JULIANE ROMERO STOCK

Polo Passivo:

CENTRO DE INTEGRACAO EMPRESA ESCOLA DO RS TRIAD ASSESSORIA DE CONDOMINIOS LTDA

Notificação

Advogados:

DANIEL SILVA

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FRANCIOLE FONTANA

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TIAGO MORAIS DE FARIA

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DANIELA JUSTO NEUTZLING

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MARCELO FANFA PEDROSO

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RICARDO SARTURI SIQUEIRA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE SANTA MARIA ATSum 0020921-69.2023.5.04.0702 RECLAMANTE: JULIANE ROMERO STOCK RECLAMADO: TR… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE SANTA MARIA ATSum 0020921-69.2023.5.04.0702 RECLAMANTE: JULIANE ROMERO STOCK RECLAMADO: TRIAD ASSESSORIA DE CONDOMINIOS LTDA E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Sentença ID 1ca7cb2 proferida nos autos, cujo dispositivo consta a seguir: Os embargos de declaração objetivam suprir omissão ou eliminar contradição (art. 897-A da CLT), bem como de esclarecer obscuridade e corrigir erro material (art. 1.022 do CPC, de aplicação subsidiária), ou seja, intentam obter uma declaração exata do conteúdo do julgado. A omissão ocorre quando a Sentença deixa de apreciar pedido expresso da parte. A contradição, quando há dissonância entre duas proposições inconciliáveis entre si na fundamentação ou no dispositivo. A obscuridade, quando inexistente clareza suficiente em relação a determinado aspecto. O erro material, por fim, configura-se por desacerto na redação ou na digitação. Outrossim, a discussão sobre a configuração de julgamento extra ou ultra petita também não é passível de ser aventada em embargos de declaração, devendo a parte valer-se do recurso processual adequado para tanto. Nesse sentido é o ensinamento de Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery (in Código de Processo Civil Comentado, 6ª ed., - Ed. Revista dos Tribunais, 2002, pág. 760): "A sentença "citra" ou "infra petita" pode ser corrigida por meio de embargos de declaração, cabendo ao juiz suprimir a omissão; a sentença "ultra" ou "extra petita" não pode ser corrigida por embargos de declaração, mas só por apelação. Cumpre ao tribunal, ao julgar o recurso, reduzi-la aos limites do pedido". Nesse sentido, o seguinte julgado: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. OMISSÃO. Caso em que não há qualquer contradição ou omissão a ser sanada no acórdão embargado, não se acolhendo os embargos de declaração opostos pela reclamante. Na verdade, a postulação da embargante desvirtua a finalidade da presente medida processual, já que pretende obter o reexame das matérias sob enfoque que lhe seja mais favorável. Não acolho os embargos de declaração opostos pela reclamante”. (Acórdão do processo 0000184-48.2012.5.04.0664 (ED) - Redator: LEONARDO MEURER BRASIL -Participam: CLÓVIS FERNANDO SCHUCH SANTOS, REJANE SOUZA PEDRA - Data: 13/06/2013). No caso, a alegação da parte embargante nitidamente configura ataque ao mérito da decisão, não se inserindo nas hipóteses de cabimento dos embargos de declaração, pois confrontando a fundamentação e o dispositivo, não verifico contradição/omissão/obscuridade/erro material a ensejar o requerido efeito modificativo. Portanto, a inconformidade em relação ao resultado do julgamento deve ser objeto de recurso apropriado, não se prestando os embargos de declaração à reapreciação da matéria ou ao reexame da prova para nova interpretação quanto à questão controvertida. Nesse sentido, em reforço, cito decisão no PROCESSO Nº TST-ED-ARR-20721-46.2015.5.04.0701 (Ac. 3ª Turma): EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DESCABIMENTO. Os embargos de declaração não autorizam o estabelecimento de diálogo entre as partes e o órgão jurisdicional, nunca viabilizando a modificação da substância do julgado, quando ausentes os vícios que a Lei, exaustivamente, enumera. A insatisfação com o resultado do julgamento demandará providências outras, segundo as orientações processuais cabíveis. Assim é que, opostos à deriva das situações a que se referem os arts. 1.022 do CPC e 897-A da CLT, nega-se provimento aos embargos de declaração. Por demasia, como já constou da Sentença, não se aplica o art. 489 do CPC ao Processo do Trabalho, uma vez que a CLT contém dispositivo próprio acerca dos requisitos da sentença (art. 832), não havendo, portanto, omissão a autorizar o uso do direito processual comum, no particular, nos termos do art. 769 da CLT. Ainda que se entenda pela existência de omissão parcial, as regras do art. 489 são incompatíveis com os princípios que norteiam o Processo do Trabalho, como celeridade, simplicidade das formas e efetividade. Ainda, embora se possa entender pela sua aplicação subsidiária, a Sentença encontra-se devidamente fundamentada nos termos do próprio artigo 489, § 1º do CPC, em especial o disposto no inciso IV, visto que os argumentos suscitados pelas partes e não apreciados na decisão não são capazes de infirmar a conclusão adotada por esta Magistrada. Ademais, o art. 489, § 1º, IV, do CPC, não se aplica para a análise de provas. Por fim, não é requisito para interposição de recurso ordinário o prequestionamento da matéria. O prequestionamento é instituto que se refere tão somente aos julgamentos em sede recursal, conforme entendimento consubstanciado nos itens II e III da Súmula 297 do TST, “in verbis”: “Prequestionamento - Oportunidade - Configuração I - Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II - Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. III - Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração”. Na instância ordinária não há falar em prequestionamento, pois toda a matéria pode ser devolvida à jurisdição pelo recurso ordinário, sendo aplicável o princípio do tantum devolutum quantum apelatum. Por fim, entendo que a embargante opôs os presentes embargos com flagrante intuito procrastinatório, pois sabedora da inexistência contradição ou obscuridade no julgado, cingindo-se a rediscutir o mérito do julgado. Considerando que os embargos de declaração revelam o intuito de rediscutir matéria já analisada, bem como de imputar vícios manifestamente infundados à decisão embargada, impõe-se a aplicação da multa. Condeno a embargante ao pagamento de multa por embargos protelatórios, no percentual de 2% sobre o valor da causa, em favor da embargada, nos termos do art. 1.026, § 2º, do CPC. Ante o exposto, conheço e REJEITO os embargos de declaração interpostos pela parte ré. Condeno a embargante ao pagamento de multa por embargos procrastinatórios no percentual de 2% sobre o valor dado à causa, nos termos do art. 1.026, § 2º, do CPC, em favor da embargada. Intimem-se. ELIZABETH BACIN HERMES Juíza do Trabalho Substituta Intimado(s) / Citado(s) - TRIAD ASSESSORIA DE CONDOMINIOS LTDA - CENTRO DE INTEGRACAO EMPRESA ESCOLA DO RS

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Processo nº 0000184-77.2025.8.17.3510

ID: 259455685

Tribunal: TJPE Órgão: Vara Única da Comarca de Trindade Classe: AUTORIZAÇÃO JUDICIAL Nº Processo: 0000184-77.2025.8.17.3510

Data de Disponibilização: 23/04/2025

Polo Ativo:

JUCYELLE BEZERRA CAVALCANTE

Polo Passivo:

Despacho_Intimação_Intimação (Outros)

Advogados:

JUCYELLE BEZERRA CAVALCANTE

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Tribunal de Justiça de Pernambuco Poder Judiciário Vara Única da Comarca de Trindade R 25 DE ABRIL, 226, Forum da Comarca de Trindade, Centro, TRINDADE - PE - CEP: 56250-000 - F:(87) 38703921 Process… Tribunal de Justiça de Pernambuco Poder Judiciário Vara Única da Comarca de Trindade R 25 DE ABRIL, 226, Forum da Comarca de Trindade, Centro, TRINDADE - PE - CEP: 56250-000 - F:(87) 38703921 Processo nº 0000184-77.2025.8.17.3510 ADOLESCENTE: R. M. R. REQUERIDO(A): F. D. C. D. T. -. P. SENTENÇA RELATÓRIO Trata-se de pedido de Autorização Judicial ajuizada por E. S. D. J. (adolescente), neste ato representada por sua genitora MICHELLE DE ALENCAR RODRIGUES MODESTO, procedimento de jurisdição voluntária que não compõe lide com parte requerida formalmente, objetivando obter autorização judicial para que a adolescente participe de evento musical em São Paulo/SP, acompanhada por sua tia paterna. Narra a inicial que a adolescente E. S. D. J., contando com 15 (quinze) anos de idade, deseja comparecer ao show denominado "STRAY-KIDSSTRAY KIDS WORLD TOUR ", a ser realizado no Estádio do MorumBi, em São Paulo/SP, no dia 06 de abril de 2025 (data informada na inicial), às 19h30min. Aduz que a organização do evento exige autorização judicial para ingresso de menores desacompanhados dos pais e que a adolescente será acompanhada por sua tia paterna, Sra. Iara Modesto Pereira, residente em Mauá/SP, a qual se responsabilizará por sua segurança e bem-estar. Por meio do despacho de ID 198353366, foi determinada a abertura de vista ao Ministério Público. O Ministério Público, devidamente intimado (ID 198650913), exarou parecer (ID 198707556), opinando favoravelmente à concessão da autorização pleiteada. Os autos vieram conclusos para sentença. É o relatório. FUNDAMENTAÇÃO Trata-se de procedimento de jurisdição voluntária, no qual se busca autorização judicial para que a adolescente E. S. D. J., de 15 anos de idade, possa participar de evento musical em São Paulo/SP, sob a responsabilidade de sua tia paterna, IARA MODESTO PEREIRA. Inicialmente, cumpre ressaltar que a competência para apreciação do pedido encontra-se devidamente firmada, posto que o procedimento foi distribuído, processado e instruído perante este Juízo, sendo a requerente domiciliada nesta Comarca, conforme comprova o comprovante de residência acostado aos autos (ID 198088687 - Pág. 4). A legitimidade ativa está bem delineada, uma vez que a ação foi proposta pela genitora em representação à filha adolescente, nos termos do art. 71 do CPC c/c art. 142 do ECA, estando regularmente comprovado o vínculo materno-filial pelos documentos juntados aos autos. Quanto ao mérito propriamente dito, o pedido encontra fundamento no art. 149, inciso I, alínea "b", e inciso II, alínea "a", do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), que dispõe: "Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou autorizar, mediante alvará: I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, em: (...) b) estádio, ginásio e campo desportivo; (...) II - a participação de criança e adolescente em: a) espetáculos públicos e seus ensaios;" No caso em apreço, a documentação acostada aos autos comprova que E. S. D. J. é adolescente, contando com 15 anos de idade, conforme documento de identidade juntado, encontra-se representada pela genitora MICHELLE DE ALENCAR RODRIGUES MODESTO. Ademais, a requerente adquiriu ingresso para participar do evento "STRAY KIDS WORLD TOUR ", conforme comprovante eletrônico juntado à fl. 9 (ID 198088687 - Pág. 6) e, ainda, a tia paterna, IARA MODESTO PEREIRA, que se responsabilizará pela adolescente durante o evento, está devidamente identificada, tendo residência fixa na região metropolitana de São Paulo (Mauá/SP), conforme comprovante juntado (id 198088689 - Pág. 2). Verifica-se, contudo, uma divergência quanto à data do evento. Na petição inicial, consta como data do evento o dia 06/04/2025 (domingo), enquanto no comprovante de ingresso eletrônico (ID 198088687 - Pág. 5) consta a data de 05/04/2025. Diante dessa discrepância, deve-se considerar a data que consta do ingresso adquirido, ou seja, 05/04/2025, como sendo a data correta do evento, uma vez que se trata de documento oficial emitido pela organização responsável. No mais, ressalto que a jurisprudência tem reconhecido a importância de se autorizar a participação de adolescentes em eventos culturais, desde que com as devidas cautelas e mediante responsabilização de pessoa idônea, como forma de promover seu desenvolvimento cultural e social, em consonância com o art. 58 do ECA, que garante ao adolescente o direito à cultura, ao esporte, ao lazer, à diversão e a espetáculos que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. No caso dos autos, verifico que a tia paterna indicada como responsável pela adolescente é pessoa maior e capaz, com residência fixa e próxima ao local do evento, o que reforça sua idoneidade para assumir temporariamente a responsabilidade pela sobrinha durante o espetáculo musical. Ademais, o Ministério Público, no exercício de sua função institucional de proteção aos interesses da criança e do adolescente, manifestou-se favoravelmente à concessão da autorização pleiteada. Saliento, por fim, que a expedição da autorização judicial visa atender ao melhor interesse da adolescente, princípio consagrado pelo art. 100, parágrafo único, inciso IV, do ECA, permitindo-lhe o acesso a uma atividade cultural relevante para sua faixa etária, sob a responsabilidade de pessoa idônea e de seu círculo familiar, que se compromete a garantir sua segurança e bem-estar durante todo o evento. DISPOSITIVO Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para autorizar a adolescente E. S. D. J., nascida em 30/09/2009, portadora do RG 10.543.144 e CPF nº 138.475.074-60, possa participar do evento musical "STRAY KIDS WORLD TOUR ", a ser realizado no Estádio do Morumbi, São Paulo/SP, no dia 05/04/2025, sob a responsabilidade e companhia de sua tia paterna, a Sra. IARA MODESTO PEREIRA, portadora do RG nº 30698189 SSP/SP e CPF nº 994.087.324-72 indicados nos autos, residente e domiciliada em Mauá/SP. Esta sentença, juntamente com o documento oficial original com foto da adolescente Renata e da tia paterna Iara valerão como alvará para os fins acima. Considerando a natureza da ação e a ausência de lide contenciosa, deixo de fixar honorários advocatícios. As custas processuais foram devidamente recolhidas. Ciência ao Ministério Público. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as baixas necessárias. Intimem-se e cumpra-se. Trindade/PE, 02 de abril de 2025. Rafael Burgarelli Mendonça Telles Juiz Substituto

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Processo nº 0200350-84.2024.8.06.0045

ID: 256625415

Tribunal: TJCE Órgão: Vara Única da Comarca de Barro Classe: INTERDIçãO Nº Processo: 0200350-84.2024.8.06.0045

Data de Disponibilização: 15/04/2025

Polo Ativo:

J. C. D. N. A.

Polo Passivo:

INTIMAÇÃO DA SENTENÇA

Advogados:

JULIO CESAR DO NASCIMENTO ALVES

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO CEARÁ Comarca de Barro Vara Única da Comarca de Barro Av. Francisco Auderley Cardoso, S/N, Centro - CEP 63380-000, Fone: (88) 3554-1494, Barro-CE - E-mail: barro@tjce.ju… PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO CEARÁ Comarca de Barro Vara Única da Comarca de Barro Av. Francisco Auderley Cardoso, S/N, Centro - CEP 63380-000, Fone: (88) 3554-1494, Barro-CE - E-mail: barro@tjce.jus.br SENTENÇA 0200350-84.2024.8.06.0045 INTERDIÇÃO/CURATELA (58) [Nomeação] M. A. F. F. N. R. RELATÓRIO Trata-se de pedido de curatela formulado por Mauro André Ferreira em relação a F. N. R., ambos já qualificados nos autos em epígrafe. Em comedida síntese, consta da inicial que o autor é companheiro da interditanda, a qual padece de CID 10 F25.1 (transtornos esquizoafetivos), moléstia que a impede de praticar atos da vida civil. A tutela de urgência (curatela provisória) foi deferida na decisão de ID nº 144995936, na qual também se declarou a desnecessidade de realização de perícia médica, diante da existência de laudo pericial recente, elaborado por médico perito nos autos do processo nº 0000184-46.2018.8.06.0045, referente à concessão de benefício previdenciário. Ainda, na referida decisão, restou determinada a expedição do termo provisório de curatela (ID nº 144995952). A interditanda foi citada (ID nº 144995949). Foi realizada a audiência para entrevista da curatelada, bem como a oitiva da parte autora (ID nº 144995956 e 144995955), da qual resultou a mídia que segue anexada. Foi realizado o estudo social (ID nº 144995960 e 144995961). O Ministério Público se manifestou pelo deferimento integral do pleito (ID nº 144995970). O curador especial apresentou contestação, suscitando a preliminar de ilegitimidade passiva do autor, e no mérito, pugnou pela improcedência dos pedidos (ID nº 144998830). Eis o breve relato. Passo a decidir. De início, entendo que o feito se encontra em perfeita forma, porquanto satisfaz os pressupostos processuais e as condições da ação em sua integralidade, pelo que merece receber apreciação de mérito. Deflui-se dos documentos apresentados que o requerente é companheiro da interditanda, o que ratifica a sua legitimidade ativa, segundo art. 747 e ss do CPC. A curatelada, em virtude dos problemas de saúde que possui, não apresenta o discernimento e as condições necessárias para administrar seu patrimônio e praticar atos de natureza negocial. O Estatuto da Pessoa com Deficiência modificou o tratamento em relação as pessoas que apresentam qualquer impedimento de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, não mais se admitindo que estes sejam considerados incapazes civilmente, podendo haver apenas a mitigação dos atos de natureza patrimonial e negocial, de maneira extraordinária, quando submetidos à curatela, conforme do art. 85, caput, da Lei 13.146/2015. Com efeito, conforme se depreende do laudo pericial, a curatela mostra-se imprescindível, uma vez que a interditanda não possui discernimento suficiente para administrar seus bens e praticar atos de natureza negocial em geral. Para tanto, vide os documentos de ID nº ID nº 144998838 e 144998839, que ratificam tal conclusão. Ressalto que, o referido laudo pericial extraído do processo que tramita na Justiça Federal para averiguar possível direito ao recebimento de benefício previdenciário, se mostra completo e apto a identificar a patologia que acomete a curatelada. Outrossim, os demais elementos probatórios, notadamente aqueles colhidos do relatório social e audiência, são favoráveis ao instituto protetivo e demonstram que o requerente já promove os cuidados imprescindíveis à curatelanda e administra os recursos disponíveis para o seu bem-estar. Não foi outra a conclusão do membro do Ministério Público, que pugnou pelo deferimento do pedido. Desnecessárias maiores considerações. DISPOSITIVO Diante do todo o exposto, e por tudo mais que nos autos consta, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial e assim o faço com julgamento de mérito, para decretar a curatela de F. N. R. e nomear como seu curador Mauro André Ferreira, o qual passará a exercer somente os atos diretamente relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial relativos à curatelada, com fulcro no art. 1.767, I, do Código Civil Brasileiro, c/c § 3º, do art. 84 e art. 85, ambos da Lei 13.146/2015, ratificando a decisão liminar de ID nº 144995936. Em obediência ao disposto no § 3º do art. 755, do CPC vigente, inscreva-se a presente sentença de interdição no Registro Civil de Pessoas Naturais e publique-se na rede mundial de computadores, através do sítio do Tribunal de Justiça do Ceará, e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 6 (seis) meses, na imprensa local, 1 (uma) vez, e no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, constando do edital os nomes da curatelada e do curador, a causa da curatela e os seus limites. O curador deverá prestar o compromisso legal, dentro do prazo de 05 (cinco) dias, independentemente do trânsito em julgado e contados da intimação desta sentença, nos termos do art. 759, I, do novo CPC. Obtempero que em razão da ausência da Defensoria Pública nesta comarca, foi indispensável a constituição de curador especial ad hoc para a garantia dos direitos constitucionais da demandada. Sobre o tema, aliás, o Superior Tribunal de Justiça possui entendimento consolidado no sentido de que "são devidos honorários e advogado ao curador especial devendo ser custeado pelo Estado, haja vista que o advogado dativo não pode ser compelido a trabalhar gratuitamente em face da carência ou ausência de Defensoria Pública na região. (AgRg no REsp 1451034/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/08/2014, DJe 19/08/2014). Registro, por fim, o Enunciado Sumular nº 49, do TJ/CE, que dispõe: "O advogado dativo nomeado, na hipótese de não existir Defensoria Pública no local da prestação do serviço ou de ausência do Defensor Público na comarca, faz jus aos honorários fixados pelo juiz e pagos pelo Estado". Tendo como parâmetro o zelo na atuação profissional e a complexidade da causa, fixo honorários advocatícios para o advogado Dr. Marcelo Pinheiro Nocrato, OAB/CE nº 38.864, no valor de R$ 300,00 (trezentos reais) por sua atuação como curador especial. Sem custas. Ciência ao Ministério Público. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Transitado em julgado, arquivem-se os autos. Expedientes de estilo. Barro/CE, 9 de abril de 2025 JUDSON PEREIRA SPÍNDOLA JÚNIOR

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Processo nº 0000184-25.2020.4.03.6340

ID: 32477714

Tribunal: TRF3 Órgão: 1ª Vara Gabinete JEF de Guaratinguetá Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 0000184-25.2020.4.03.6340

Data de Disponibilização: 01/12/2022

Polo Ativo:

ANA CRISTINA BITTENCOURT DE AZEVEDO

Polo Passivo:

Despacho

Advogados:

GEOVANA EDUARDA DA SILVA

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PODER JUDICIÁRIO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 0000184-25.2020.4.03.6340 / 1ª Vara Gabinete JEF de Guaratinguetá AUTOR: ANA CRISTINA BITTENCOUR… PODER JUDICIÁRIO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 0000184-25.2020.4.03.6340 / 1ª Vara Gabinete JEF de Guaratinguetá AUTOR: ANA CRISTINA BITTENCOURT DE AZEVEDO Advogado do(a) AUTOR: GEOVANA EDUARDA DA SILVA - SP377642 REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS D E S P A C H O ID 266872668: designo perícia médica, para o dia 07/04/2023, às 12:00 horas, a ser realizada pela Dra. MARCIA GONÇALVES CRM/SP 69.672, na Sala de Perícias deste Fórum, com endereço na Av. João Pessoa, 58, Vila Paraíba, Guaratinguetá/SP. Deverão ser respondidos pelo(a) perito(a) os seguintes quesitos: 1. A parte autora já foi paciente do(a) ilustre perito(a)? 2. Qual a profissão declarada pela parte autora? Qual seu grau de escolaridade? 3. O periciando é portador de doença ou lesão? Especifique qual(is)? 3.1. O perito conseguiu identificar a causa da doença ou da lesão? Em caso afirmativo, explicar se foi produzida, adquirida ou desencadeada em função de exercício de seu trabalho ou atividade habitual. 3.2. O periciando está realizando tratamento? 4. Em caso afirmativo, esta doença ou lesão o incapacita para seu trabalho ou sua atividade habitual (inclusive a de dona de casa, se for o caso)? Discorra sobre a lesão incapacitante tais como origem, forma de manifestação, limitações e possibilidades terapêuticas. Informar se foi apresentado algum exame complementar, descrevendo-o. 5. Caso a incapacidade decorra de doença, é possível determinar a data de início da doença? 6. Informe o senhor perito quais as características gerais (causas e consequências) da (s) patologia(s) apresentadas pela parte autora. 6.1 Qual o grau de intensidade a(s) patologia(s), inclusive quanto à possibilidade de controle e tratamento do quadro? 6.2 A(s) patologia(s) verificadas fazem com que a parte Autora se enquadre em qual das situações abaixo indicadas: A) capacidade para o trabalho; B) incapacidade para a atividade habitual; C) incapacidade para toda e qualquer atividade; D) redução da capacidade para o trabalho (apto a exercer suas atividades habituais, porém exigindo maior esforço para as mesmas funções ou implicando menor produtividade). 7. Constatada a incapacidade, é possível determinar se esta decorreu de agravamento ou progressão de doença ou lesão? 7.1. Caso a resposta seja afirmativa, é possível estimar a data e em que se baseou para fixar data do agravamento ou progressão? 8. É possível determinar a data de início da incapacidade? Informar ao juízo os critérios utilizados para a fixação desta data, esclarecendo em quais exames ou evidências baseou-se para concluir pela incapacidade e as razões pelas quais agiu assim. 9. Constatada incapacidade, esta impede totalmente ou parcialmente o periciando de praticar sua atividade habitual? 10. Em caso de incapacidade para sua atividade habitual, informar que tipo de atividade o periciando está apto a exercer, indicando quais as limitações do periciando. 11. Caso o periciando tenha redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, podendo exercê-lo, mas com maior grau de dificuldade, indique as limitações que enfrenta. 12. A incapacidade impede totalmente o periciando de praticar outra atividade que lhe garanta subsistência? 13. A incapacidade é insusceptível de recuperação ou reabilitação para o exercício de outra atividade que garanta subsistência ao periciando? 14. Caso seja constatada incapacidade total (para toda e qualquer atividade), esta é temporária ou permanente? 15. É possível estimar qual é o tempo necessário para que o periciando se recupere e tenha condições de voltar a exercer seu trabalho ou atividade habitual? Justifique. Em caso positivo, qual é a data estimada? 16. Não havendo possibilidade de recuperação, é possível estimar qual é a data do início da incapacidade permanente? Justifique. Em caso positivo, qual é a data estimada? 17. Em caso de incapacidade permanente e insusceptível de reabilitação para exercício de outra atividade que lhe garanta a subsistência, o periciando necessita da assistência permanente de outra pessoa? Em caso positivo, a partir de qual data? 18. O periciando possui capacidade de exprimir sua vontade e de exercer pessoalmente a administração de seus bens e valores recebidos? 19. O periciando pode se recuperar mediante intervenção cirúrgica? Uma vez afastada a hipótese de intervenção cirúrgica, a incapacidade é permanente ou temporária? 20. Caso não seja constatada a incapacidade atual, informe se houver, em algum período, incapacidade. 21. O periciando está acometido de: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondilite anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), síndrome de deficiência imunológica adquirida (AIDS), contaminação por radiação, hepatopatia grave? O perito está dispensado de responder quesitos repetidos formulados pelas partes, bem como de descrever todos os documentos médicos apresentados pela parte autora, devendo indicar apenas os que forem relevantes para a conclusão do laudo. Deverão ser observados os seguintes requisitos: a) o ingresso e a permanência no Fórum Federal deverão observar: 1) o distanciamento social; 2) as regras de higiene pessoal; 3) o uso obrigatório de máscara individual durante a realização da perícia; 4) comparecimento com antecedência, de no máximo, 15 minutos antes do horário designado para a realização da perícia médica, para evitar aglomeração de pessoas; b) autores que estejam apresentando sintomas de gripe, resfriado ou de Covid-19 ou que estejam em contato com indivíduos com esses sintomas devem comunicar o fato imediatamente ao juízo, a fim de evitar a realização da perícia, de modo que ela seja reagendada, sem a necessidade de novo pedido. CASO O(A) PERITO(A), QUANDO DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA, AVALIAR PELA AUSÊNCIA DE SEGURANÇA ÀS PESSOAS ENVOLVIDAS PARA SUA REALIZAÇÃO, DEVERÁ INTERROMPER, A QUALQUER MOMENTO, A PERÍCIA. SITUAÇÃO QUE DEVERÁ SER RELATADA, POR COMUNICADO, E ENCAMINHADA AO PROCESSO JUDICIAL, PARA CONHECIMENTO DO JUÍZO. As demais disposições relativas a procedimento, prazos, quesitos, pagamento dos honorários periciais, dentre outras, estão regulamentadas na Portaria nº 1148185/2015 (DJF3 19/06/2015), do Juizado Especial Federal Cível de Guaratinguetá/SP. Fica a parte autora, desde já, intimada a comparecer ao exame médico no dia e hora acima agendados, portando documentos de identificação pessoal e, na ocasião da perícia, deverá apresentar ao médico perito todos os exames e laudos médicos de que dispuser, relativos à doença ou incapacidade, com vistas a subsidiar a atuação do médico perito. Intime-se o médico-perito, nos termos da Portaria 1148185/2015 (DJF3 19/06/2015) deste Juizado. Estão as partes, desde já, intimadas para os fins do art. 12, § 2º, da Lei nº 10.259/01. Intimem-se. GUARATINGUETá, 25 de novembro de 2022.

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Processo nº 0000184-08.2007.8.05.0062

ID: 295446728

Tribunal: TJBA Órgão: V DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 0000184-08.2007.8.05.0062

Data de Disponibilização: 11/06/2025

Polo Ativo:

JAIRO SANTOS DE ALMEIDA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

FLAVIO DOS REIS SANTOS

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JAIRO SANTOS DE ALMEIDA

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA V DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA Processo: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL n. 0000184-08.2007.8.05.0062 … PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA V DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA Processo: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL n. 0000184-08.2007.8.05.0062 Órgão Julgador: V DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA INTERESSADO: JUCINEIDE REIS e outros (3) Advogado(s): JAIRO SANTOS DE ALMEIDA (OAB:BA10503-B), FLAVIO DOS REIS SANTOS (OAB:BA66431) INTERESSADO: MUNICIPIO DE CONCEICAO DO ALMEIDA e outros (3) Advogado(s): ESPOLIO DE CHRISVALDO SANTOS MONTEIRO DE ALMEIDA registrado(a) civilmente como CHRISVALDO SANTOS MONTEIRO DE ALMEIDA (OAB:BA9672) SENTENÇA Vistos, etc. Trata-se de Ação de Indenização ajuizada por JUCINEIDE REIS, JUCILENE REIS SANTOS, ZILEIDE REIS GOMES e JUSCELINO DE OLIVEIRA em face do MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA. Alegam os autores, em síntese, que são filhos de MARIA DE LOURDES REIS, a qual veio a óbito em decorrência de lesões sofridas em acidente automobilístico ocorrido em 05 de março de 2002. Narram que a Sra. Maria de Lourdes estava sendo transportada em uma ambulância pertencente ao Município réu, conduzida por preposto deste, quando o veículo capotou na BR-101, Km 247,3. Afirmam que, em razão do acidente, a vítima foi encaminhada em estado grave ao Hospital Geral do Estado, em Salvador, vindo a falecer em 07 de março de 2002. Requerem a condenação dos réus ao pagamento de indenização pelos danos sofridos. A petição inicial veio acompanhada de documentos. Foi deferido o pedido de gratuidade da justiça. Citado, o Município réu apresentou contestação no ID 25758263 suscitando as as preliminares de ilegitimidade ativa, necessidade de conversão do rito sumário para ordinário, imprescindibilidade de inclusão de litisconsorte necessário e exclusão da autora Jucilene Reis Santos da lide, por já ter ajuizado outra ação versando acerca dos mesmos fato. No mérito, defende, em síntese, inexistir prova do nexo de causalidade entre o acidente e o óbito da Sra. Maria de Lourdes Reis. Assim, requer a improcedência do pedido autoral. Réplica apresentada no ID 25758268. Foi proferida decisão saneadora no ID 25758272 - pág 7/9 rejeitando as preliminares suscitadas e designando audiência de instrução. Contudo, conforme Ata de Audiência de ID 25758283, a parte autora não se fez presente na referida assentada. É o breve relatório. Decido. O cerne da questão reside em verificar a existência de responsabilidade civil do réu pelo evento danoso descrito na inicial, especificamente no que tange ao nexo de causalidade entre o acidente automobilístico e o óbito da genitora dos autores. Conforme preceitua o artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil, incumbe à parte autora o ônus da prova quanto ao fato constitutivo do seu direito. No caso em tela, para a procedência do pedido indenizatório, seria imprescindível a demonstração inequívoca dos elementos caracterizadores da responsabilidade civil, quais sejam: a conduta (o acidente provocado por preposto do Município), o dano (o óbito da Sra. Maria de Lourdes) e, fundamentalmente, o nexo de causalidade entre a conduta e o dano. Analisando detidamente os autos, verifica-se que os autores não se desincumbiram satisfatoriamente do ônus de comprovar o nexo causal entre o acidente ocorrido em 05 de março de 2002 e o falecimento da Sra. Maria de Lourdes Reis, ocorrido em 11 de março de 2002, consoante Certidão de Óbito de ID 257582256 - pág 14. A Certidão de Óbito em referência, conforme mencionado na própria inicial e corroborado pela análise do contexto processual, aponta como causa da morte "Insuficiência respiratória aguda, Infecção trato respiratório". Embora o acidente possa ter contribuído para a internação da vítima, a causa mortis registrada no documento oficial, por si só, não estabelece, de forma cabal e irrefutável, que o óbito foi uma consequência direta e imediata das lesões traumáticas supostamente sofridas no sinistro automobilístico. A insuficiência respiratória e a infecção do trato respiratório são condições clínicas que podem ter múltiplas etiologias, não sendo possível, apenas com base nesse documento, atrelar o falecimento exclusivamente ao acidente, afastando outras possíveis concausas ou causas supervenientes. Nesse sentido, a prova do nexo de causalidade demandaria dilação probatória mais robusta, como a produção de prova pericial médica indireta ou a oitiva de testemunhas que pudessem elucidar a evolução do quadro clínico da vítima e a relação direta entre as lesões do acidente e o evento morte. Contudo, a parte autora, embora devidamente intimada para especificar e produzir provas, inclusive em sede de audiência de instrução, permaneceu silente, demonstrando desinteresse na produção probatória e abdicando da oportunidade de comprovar o liame causal necessário à configuração da responsabilidade civil dos réus. A ausência de manifestação da parte autora quanto à produção de provas essenciais para a demonstração do fato constitutivo de seu direito impede o acolhimento da pretensão inicial. A fragilidade da prova documental apresentada, somada à inércia processual dos requerentes, conduz à conclusão de que não restou comprovado o nexo de causalidade, elemento indispensável para a responsabilização civil. A inércia da parte autora em provar o alegado não pode ser suprida pelo julgador. O princípio dispositivo, que rege o processo civil, impõe às partes a iniciativa na produção das provas de suas alegações. A ausência de provas robustas sobre o nexo de causalidade, somada à inércia da parte que tinha o dever de produzi-las, conduz inexoravelmente à conclusão de que os fatos constitutivos do direito alegado não foram demonstrados. Portanto, diante da fragilidade do conjunto probatório no que tange ao elemento essencial do nexo de causalidade, e considerando a inércia da parte autora em cumprir seu ônus processual, a improcedência da demanda é a medida que se impõe, por não ter sido comprovado um dos pressupostos fundamentais da responsabilidade civil. Ante o exposto, e por tudo mais que dos autos consta, com fulcro no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado por JUCINEIDE REIS, JUCILENE REIS SANTOS, ZILEIDE REIS GOMES e JUSCELINO DE OLIVEIRA em face do MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA . Condeno a parte autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85, §2º, do Código de Processo Civil. Contudo, suspendo a exigibilidade de tais verbas, em razão da gratuidade da justiça deferida aos autores, conforme o disposto no artigo 98, §3º, do mesmo diploma legal. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as devidas baixas. CONCEIÇÃO DO ALMEIDA/BA, 3 de junho de 2025. PATRÍCIA MARIA MOTA PEREIRA Juíza de Direito

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Processo nº 0000184-08.2007.8.05.0062

ID: 295446740

Tribunal: TJBA Órgão: V DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 0000184-08.2007.8.05.0062

Data de Disponibilização: 11/06/2025

Polo Ativo:

FLAVIO DOS REIS SANTOS

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

FLAVIO DOS REIS SANTOS

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JAIRO SANTOS DE ALMEIDA

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA V DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA Processo: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL n. 0000184-08.2007.8.05.0062 … PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA V DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA Processo: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL n. 0000184-08.2007.8.05.0062 Órgão Julgador: V DOS FEITOS DE REL DE CONS CIV E COMERCIAIS DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA INTERESSADO: JUCINEIDE REIS e outros (3) Advogado(s): JAIRO SANTOS DE ALMEIDA (OAB:BA10503-B), FLAVIO DOS REIS SANTOS (OAB:BA66431) INTERESSADO: MUNICIPIO DE CONCEICAO DO ALMEIDA e outros (3) Advogado(s): ESPOLIO DE CHRISVALDO SANTOS MONTEIRO DE ALMEIDA registrado(a) civilmente como CHRISVALDO SANTOS MONTEIRO DE ALMEIDA (OAB:BA9672) SENTENÇA Vistos, etc. Trata-se de Ação de Indenização ajuizada por JUCINEIDE REIS, JUCILENE REIS SANTOS, ZILEIDE REIS GOMES e JUSCELINO DE OLIVEIRA em face do MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA. Alegam os autores, em síntese, que são filhos de MARIA DE LOURDES REIS, a qual veio a óbito em decorrência de lesões sofridas em acidente automobilístico ocorrido em 05 de março de 2002. Narram que a Sra. Maria de Lourdes estava sendo transportada em uma ambulância pertencente ao Município réu, conduzida por preposto deste, quando o veículo capotou na BR-101, Km 247,3. Afirmam que, em razão do acidente, a vítima foi encaminhada em estado grave ao Hospital Geral do Estado, em Salvador, vindo a falecer em 07 de março de 2002. Requerem a condenação dos réus ao pagamento de indenização pelos danos sofridos. A petição inicial veio acompanhada de documentos. Foi deferido o pedido de gratuidade da justiça. Citado, o Município réu apresentou contestação no ID 25758263 suscitando as as preliminares de ilegitimidade ativa, necessidade de conversão do rito sumário para ordinário, imprescindibilidade de inclusão de litisconsorte necessário e exclusão da autora Jucilene Reis Santos da lide, por já ter ajuizado outra ação versando acerca dos mesmos fato. No mérito, defende, em síntese, inexistir prova do nexo de causalidade entre o acidente e o óbito da Sra. Maria de Lourdes Reis. Assim, requer a improcedência do pedido autoral. Réplica apresentada no ID 25758268. Foi proferida decisão saneadora no ID 25758272 - pág 7/9 rejeitando as preliminares suscitadas e designando audiência de instrução. Contudo, conforme Ata de Audiência de ID 25758283, a parte autora não se fez presente na referida assentada. É o breve relatório. Decido. O cerne da questão reside em verificar a existência de responsabilidade civil do réu pelo evento danoso descrito na inicial, especificamente no que tange ao nexo de causalidade entre o acidente automobilístico e o óbito da genitora dos autores. Conforme preceitua o artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil, incumbe à parte autora o ônus da prova quanto ao fato constitutivo do seu direito. No caso em tela, para a procedência do pedido indenizatório, seria imprescindível a demonstração inequívoca dos elementos caracterizadores da responsabilidade civil, quais sejam: a conduta (o acidente provocado por preposto do Município), o dano (o óbito da Sra. Maria de Lourdes) e, fundamentalmente, o nexo de causalidade entre a conduta e o dano. Analisando detidamente os autos, verifica-se que os autores não se desincumbiram satisfatoriamente do ônus de comprovar o nexo causal entre o acidente ocorrido em 05 de março de 2002 e o falecimento da Sra. Maria de Lourdes Reis, ocorrido em 11 de março de 2002, consoante Certidão de Óbito de ID 257582256 - pág 14. A Certidão de Óbito em referência, conforme mencionado na própria inicial e corroborado pela análise do contexto processual, aponta como causa da morte "Insuficiência respiratória aguda, Infecção trato respiratório". Embora o acidente possa ter contribuído para a internação da vítima, a causa mortis registrada no documento oficial, por si só, não estabelece, de forma cabal e irrefutável, que o óbito foi uma consequência direta e imediata das lesões traumáticas supostamente sofridas no sinistro automobilístico. A insuficiência respiratória e a infecção do trato respiratório são condições clínicas que podem ter múltiplas etiologias, não sendo possível, apenas com base nesse documento, atrelar o falecimento exclusivamente ao acidente, afastando outras possíveis concausas ou causas supervenientes. Nesse sentido, a prova do nexo de causalidade demandaria dilação probatória mais robusta, como a produção de prova pericial médica indireta ou a oitiva de testemunhas que pudessem elucidar a evolução do quadro clínico da vítima e a relação direta entre as lesões do acidente e o evento morte. Contudo, a parte autora, embora devidamente intimada para especificar e produzir provas, inclusive em sede de audiência de instrução, permaneceu silente, demonstrando desinteresse na produção probatória e abdicando da oportunidade de comprovar o liame causal necessário à configuração da responsabilidade civil dos réus. A ausência de manifestação da parte autora quanto à produção de provas essenciais para a demonstração do fato constitutivo de seu direito impede o acolhimento da pretensão inicial. A fragilidade da prova documental apresentada, somada à inércia processual dos requerentes, conduz à conclusão de que não restou comprovado o nexo de causalidade, elemento indispensável para a responsabilização civil. A inércia da parte autora em provar o alegado não pode ser suprida pelo julgador. O princípio dispositivo, que rege o processo civil, impõe às partes a iniciativa na produção das provas de suas alegações. A ausência de provas robustas sobre o nexo de causalidade, somada à inércia da parte que tinha o dever de produzi-las, conduz inexoravelmente à conclusão de que os fatos constitutivos do direito alegado não foram demonstrados. Portanto, diante da fragilidade do conjunto probatório no que tange ao elemento essencial do nexo de causalidade, e considerando a inércia da parte autora em cumprir seu ônus processual, a improcedência da demanda é a medida que se impõe, por não ter sido comprovado um dos pressupostos fundamentais da responsabilidade civil. Ante o exposto, e por tudo mais que dos autos consta, com fulcro no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado por JUCINEIDE REIS, JUCILENE REIS SANTOS, ZILEIDE REIS GOMES e JUSCELINO DE OLIVEIRA em face do MUNICÍPIO DE CONCEIÇÃO DO ALMEIDA . Condeno a parte autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, os quais fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85, §2º, do Código de Processo Civil. Contudo, suspendo a exigibilidade de tais verbas, em razão da gratuidade da justiça deferida aos autores, conforme o disposto no artigo 98, §3º, do mesmo diploma legal. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com as devidas baixas. CONCEIÇÃO DO ALMEIDA/BA, 3 de junho de 2025. PATRÍCIA MARIA MOTA PEREIRA Juíza de Direito

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