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Vivaldo Almeida Costa x N C Imoveis Ltda

ID: 257900836

Tribunal: TJMT Órgão: 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CUIABÁ Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1088296-58.2024.8.11.0001

Data de Disponibilização: 16/04/2025

Polo Ativo:

VIVALDO ALMEIDA COSTA

Polo Passivo:

N C IMOVEIS LTDA

Sentença

Advogados:

PAULA LUANA SAGGIN FACIONI DE LIMA

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RITA DE CASSIA BUENO DO NASCIMENTO

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GRISIELY DAIANY MACHADO

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CUIABÁ SENTENÇA Processo: 1088296-58.2024.8.11.0001. AUTOR: VIVALDO ALMEIDA COSTA REQUERIDO: N C IMOVEIS LTDA Vistos, etc... Proces… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CUIABÁ SENTENÇA Processo: 1088296-58.2024.8.11.0001. AUTOR: VIVALDO ALMEIDA COSTA REQUERIDO: N C IMOVEIS LTDA Vistos, etc... Processo na etapa de instrução e julgamento. Trata-se de AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDOS DE TUTELA DE URGÊNCIA ajuizada por VIVALDO ALMEIDA COSTA em face de N C IMOVEIS LTDA, na qual alega ter sido surpreendido com cobrança de IPTU referente a imóvel situado em Rondonópolis, abrangendo os exercícios de 2006 a 2024, apesar de não possuir nenhum bem no citado Município. Aduz que a situação originou-se de um contrato de compromisso de compra e venda firmado com a promovida no ano de 2006 e rescindido em 2010, ocasião em que a posse e propriedade do imóvel retornaram à promovida. Afirma que a promovida não atualizou o cadastro do imóvel junto à Prefeitura, mantendo-o vinculado ao seu CPF e que não regularizou a transferência cadastral, causando transtornos e prejuízos ao autor. Deste modo, requer a condenação da promovida aos pagamentos de todos os débitos de IPTU, pendentes referentes aos anos de 2020,2021 2022 e posteriores até a data de regularização da transferência do imóvel junto à Prefeitura de Rondonópolis. Houve pedido de tutela de urgência e foi indeferida, consoante decisão lançada ao ID 179002555. Realizada a audiência para tentativa de conciliação, esta restou frustrada. Em contestação, a parte promovida suscitou as preliminares de ilegitimidade passiva, denunciação da lide e ausência de interesse de agir. Aduz que, após o distrato firmado com a parte promovente, o lote em questão foi objeto de novo compromisso de compra e venda com os senhores Claudenice e Geraldo, os quais, por sua vez, cederam os direitos contratuais sobre o imóvel a Ivanildo Batista de Moura, em 06 de janeiro de 2016. Sustenta que, nos termos da Cláusula Quarta do contrato celebrado, competia exclusivamente ao promissário comprador (Ivanildo) proceder à atualização do registro imobiliário junto à municipalidade, obrigação essa que não teria sido cumprida. A parte promovida afirma ainda que deu publicidade ao novo contrato por meio da matrícula imobiliária, conforme documento juntado aos autos pelo próprio promovente. Alega, ademais, que o inadimplemento tributário se deu por culpa exclusiva do novo possuidor, que não efetuou a transferência cadastral nem arcou com os tributos de sua responsabilidade, dando causa à situação atual. Sustenta, por fim, que “somente o atual possuidor (denunciado) possui legitimidade para promover a transferência do imóvel junto à Prefeitura, por ser o único que detém as condições técnicas e jurídicas necessárias para tanto.” Diante disso, requer a improcedência integral dos pedidos iniciais, inclusive quanto ao pleito de indenização, sob o argumento de que não há qualquer dever de reparar dano moral ou material. Requer ainda a condenação da parte promovente ao pagamento de honorários. Em réplica, a parte promovente sustenta que a promovida retomou a posse e a disponibilidade do imóvel em 2010, por meio de distrato regularmente formalizado. A partir dessa data, todas as obrigações vinculadas ao bem, inclusive o IPTU, deixaram de ser de responsabilidade do promovente. Atribui à promovida a negligência pela não atualização do cadastro fiscal junto ao Município, o que resultou na indevida inscrição do nome do promovente como devedor, ensejando prejuízos materiais e morais, bem como o ajuizamento de execução fiscal. É O RELATÓRIO. DA PRELIMINAR DE FALTA DE INTERESSE DE AGIR Alega a parte promovida falta de interesse de agir, uma vez que a parte promovente não buscou solucionar o impasse administrativamente. Sem razão a parte promovida, haja vista que prevalece o princípio da inafastabilidade da jurisdição, preceito constitucional que não exclui da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Não se exige esgotamento da via administrativa para que o consumidor possa buscar o Judiciário visando ressarcimento material e moral. Deste modo, OPINO pela rejeição da preliminar. DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA A parte promovida suscitou preliminar de ilegitimidade passiva, requerendo a extinção da demanda sob o argumento de que não possui responsabilidade pelos fatos narrados. No entanto, tal alegação não merece acolhimento. Conforme consta dos autos, a parte promovente celebrou contrato, e posteriormente distrato, diretamente com a própria promovida, conforme documento acostado no ID 178948923. Desse modo, resta evidente a legitimidade da parte promovida para figurar no polo passivo da presente demanda. Além disso, a indicação na petição inicial de que a parte promovida tem uma relação jurídica de direito material com a parte promovente é suficiente para sustentar a legitimidade das partes, como preconizado pela Teoria da Asserção, amplamente aceita no c. STJ AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AQUISIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS POR INTERMÉDIO DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. LEGITIMIDADE PASSIVA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. TEORIA DA ASSERÇÃO. PRECEDENTES. PRESCRIÇÃO. PRAZO. TERMO INICIAL. CIÊNCIA DA LESÃO. TEORIA DA ACTIO NATA. MOMENTO DA OCORRÊNCIA DA CIÊNCIA INEQUÍVOCA. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. Não há ilegitimidade passiva nas hipóteses em que a pertinência subjetiva do réu em relação à pretensão deduzida em juízo torna-se evidente à luz da teoria da asserção, segundo a qual as condições da ação devem ser aferidas tomando como pressuposto, provisoriamente, apenas em juízo de admissibilidade da demanda, as próprias afirmações ou alegações contidas na petição inicial, dispensando-se quPalquer atividade probatória. (...) 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ AgRg no AREsp 740.588/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/10/2015, DJe 16/11/2015). Isto posto, entendo que a parte promovida é legítima para figurar no polo passivo da demanda, de modo que OPINO pela rejeição da preliminar suscitada. DA PRELIMINAR DE DENUNCIAÇÃO DA LIDE A parte promovida requereu a denunciação da lide, sob o argumento de que o efetivo responsável pelo pagamento dos IPTUs cobrados em face da promovente seria o comprador do imóvel, conforme contrato de cessão de direitos anexado aos autos, cuja validade ainda está submetida a decisão judicial. Com base nisso, pleiteia a denunciação da lide, a fim de que os referidos terceiros integrem a presente demanda. Contudo, nos termos do artigo 10 da Lei nº 9.099/95, é expressamente vedada qualquer forma de intervenção de terceiros no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis. A denunciação da lide constitui forma típica de intervenção de terceiros, prevista no artigo 125 do Código de Processo Civil, sendo, portanto, incompatível com o procedimento célere e simplificado que rege o microssistema dos Juizados Especiais. Assim, o pedido de denunciação da lide deve ser indeferido de plano, por absoluta inobservância das regras processuais aplicáveis à espécie. DO MÉRITO Inicialmente, destaco que a matéria é exclusivamente de direito, o que autoriza o julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 355, I, do Código de Processo Civil. A controvérsia central consiste em determinar a quem incumbe a responsabilidade pelo pagamento do IPTU incidente sobre o imóvel após a formalização do distrato contratual celebrado entre as partes, e se é cabível a indenização por danos morais decorrente da indevida inscrição do nome da parte promovente em dívida ativa municipal. No caso dos autos, restou incontroverso que a parte promovente firmou contrato de compromisso de compra e venda com a promovida NC Imóveis Ltda. em 2006 e que, posteriormente, em 2010, as partes celebraram distrato formal e registrado em cartório, conforme comprova o documento ID 17894875. Com a formalização do distrato, a posse e a disponibilidade jurídica do imóvel foram plenamente restituídas à parte promovida, o que descaracteriza qualquer vínculo de propriedade, domínio útil ou posse por parte da promovente a partir de então. Nos termos do art. 34 do Código Tributário Nacional, o contribuinte do IPTU é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título. A promovente, portanto, não se enquadra em nenhuma dessas hipóteses desde o distrato, razão pela qual não pode ser considerada responsável pelos débitos tributários constituídos a partir de 2010. Ainda que a promovida alegue ter celebrado novo compromisso de compra e venda com terceiros, e que a cláusula contratual atribua ao novo adquirente a obrigação de comunicar à municipalidade a cessão dos direitos, tal previsão não produz efeitos em relação ao Fisco, conforme estabelece o art. 123 do CTN, segundo o qual: “Salvo disposição de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.” Logo, mesmo havendo cláusula contratual atribuindo ao comprador (cessionário) a responsabilidade de atualizar o cadastro do imóvel, essa obrigação é estritamente interna entre as partes e não afasta o dever da promitente vendedora (a promovida) de zelar pela regularização da situação cadastral junto à Administração Pública, especialmente após ter retomado a posse do bem e promovido nova alienação. Além disso, conforme expressamente previsto no instrumento de distrato firmado entre as partes, no ID 178948923, contém a seguinte condição: “Em decorrência da presente rescisão, o compromissário comprador perde, em favor da NC IMÓVEIS LTDA., todas e quaisquer benfeitorias que porventura existam no imóvel objeto do presente instrumento e o citado terreno passa a ficar livre e desembaraçado de qualquer compromisso, podendo a promitente vendedora fazer uso dele como lhe aprouver, inclusive vendê-lo ou compromissá-lo com terceiros, sem que o compromissário comprador possa embargar ou interferir.” Tal cláusula demonstra de forma inequívoca que, com a rescisão contratual, cessaram por completo os direitos da promovente sobre o bem, especialmente no que se refere à posse, ao uso e à disponibilidade do imóvel. A partir de então, a promovida passou a deter, de forma exclusiva, a titularidade jurídica e a plena liberdade para dispor do lote, inclusive para vendê-lo ou compromissá-lo a terceiros, sem qualquer interferência da parte promovente. Embora a cláusula não mencione expressamente os encargos tributários, é consequência lógica e jurídica da perda da posse e da titularidade que também cessaram, para a promovente, as obrigações futuras vinculadas ao imóvel, dentre as quais se insere o pagamento do IPTU. A conduta da promovida revela negligência, pois, mesmo após reassumir a posse e dispor do imóvel, não procedeu à comunicação da nova cessão ao Município, tampouco providenciou a atualização do cadastro fiscal, a tempo e modo. Com isso, permitiu que o nome da promovente permanecesse indevidamente vinculado ao imóvel perante a municipalidade, o que culminou em sua indevida inscrição na dívida ativa e ajuizamento de execução fiscal. Tal omissão configura hipótese de responsabilidade civil objetiva da promovida, nos termos do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, por representar falha na prestação do serviço, consubstanciada na ausência de diligência quanto à regularização do cadastro fiscal do imóvel junto à municipalidade. Nesse contexto, a responsabilidade pela situação fática e jurídica enfrentada pela promovente é exclusiva da NC Imóveis Ltda., que, após retomar a disponibilidade do bem e realizar nova alienação, descuidou-se do dever legal de comunicação e regularização do cadastro fiscal junto à Prefeitura de Rondonópolis, o que resultou diretamente nos prejuízos suportados pelas promovente. Portanto, entendo que a parte promovida deve ser condenada ao pagamento integral dos débitos de IPTU referentes aos exercícios de 2020, 2021, 2022 e subsequentes, incluindo-se eventual tributo cujo lançamento operou-se no curso da ação (art. 323, CPC), em razão de sua omissão e da reaquisição da posse e disponibilidade jurídica do bem. Repita-se: os efeitos desta obrigação irradiam sobre o lançamento do tributo (IPTU) ocorrido até a data da presente sentença, haja vista a vedação à prolação de sentença ilíquida ou procedimento de liquidação posterior no âmbito desta Justiça especializada (art. 38, parágrafo único, Lei 9099/95). Ainda, convém mencionar que a jurisprudência reafirma que a inscrição indevida em dívida ativa, mesmo que por falha administrativa ou erro sistêmico, gera dano moral quando ultrapassa o mero dissabor e atinge direitos de personalidade, como o crédito, o nome e a tranquilidade do consumidor. No caso, a empresa recebeu de volta o imóvel, alienou a terceiro e nunca atualizou os registros municipais, deixando o promovente exposto às consequências financeiras e jurídicas dessa omissão. Ao fazê-lo, violou a boa-fé objetiva e o dever de cuidado na relação de consumo, caracterizando ato ilícito indenizável. Nesse sentido, cito escólio de jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e das Turmas Recursais dos Juizados Especiais de Mato Grosso: RECURSO INOMINADO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - LANÇAMENTO DE PROTESTO EM NOME DA PARTE AUTORA – DÉBITO PAGO – SOLICITAÇÃO DA CARTA DE ANUÊNCIA PELA RECLAMANTE – AUSÊNCIA DE EMISSÃO PELA PARTE DEMANDADA – RECLAMAÇÕES ADMINISTRATIVAS NÃO ATENDIDAS – DANO MORAL CONFIGURADO IN RE IPSA – QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. (N.U 1023687-65.2021.8.11.0003, TURMA RECURSAL CÍVEL, GONCALO ANTUNES DE BARROS NETO, Turma Recursal Única, Julgado em 16/02/2023, Publicado no DJE 22/02/2023) RECURSO INOMINADO. CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA. PROTESTO EFETIVADO APÓS RENEGOCIAÇÃO DE DÉBITOS. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO FIXADA NOS PARÂMETROS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO IMPROVIDO. 1. O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor, fundada na teoria do risco da atividade, não se exigindo dolo ou culpa para emergir o dever de indenizar.2. No presente caso, restou comprovado que o Reclamante teve o seu nome protestado indevidamente, pois os débitos pendentes com a Reclamada foram objeto de renegociação, tendo realizado o parcelamento destes e quitado a entrada junto a concessionária Reclamada. 3. Consta na sentença recorrida a qual utilizo de fundamento para julgar o presente recurso: “Restou evidenciado que o parcelamento do débito pela Reclamante se deu em 06/04/2022, ao passo que o protesto se implementou em 12/04/2022 (ID 84319904), ou seja, o protesto realizado pela reclamada se deu após o pagamento da renegociação. Desta forma, o dano decorrente da má prestação do serviço, no caso concreto é “in re ipsa”, ou seja, só a negativação indevida já configura dano moral”. 4. Cumpre ressaltar que o Autor se dirigiu até o cartório e realizou o pagamento dos títulos, tendo estes sido baixados, conforme cartas de anuências colacionadas a exordial, além dos comprovantes de pagamentos, razão pela qual não merece reparos a condenação a título de repetição de indébito. 5. Ante a manifesta existência de protesto indevido é consequente a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais, visto que a jurisprudência do STJ é firme no entendimento de que a inscrição ou manifestação indevida em cadastro negativo de crédito caracteriza, por si só, dano in re ipsa, o que implica responsabilização por danos morais (STJ, AgInt no AREsp 1216704/SC, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BOAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe 03/05/2018). (...) (N.U 1033008-96.2022.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALMIR ALAERCIO DOS SANTOS, Turma Recursal Única, Julgado em 21/10/2022, Publicado no DJE 25/10/2022) Para fixação do valor do dano moral devem ser consideradas as peculiaridades de cada caso, a proporcionalidade, razoabilidade e moderação, a gravidade da lesão, o caráter punitivo da medida, a condição socioeconômica do lesado, a repercussão do dano, especialmente o necessário efeito pedagógico, a fim de evitar o enriquecimento ilícito da parte moralmente lesada. À vista de tais critérios, bem como atento aos patamares fixados pela jurisprudência em casos semelhantes, entendo como necessário e suficiente à reparação pelo dano moral a condenação no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Quanto ao pedido de regularização do cadastro do imóvel e desvinculação do CPF da parte promovente junto à Prefeitura, entendo que o pleito deve ser indeferido. Isso porque a parte promovida não mais detém atualmente a posse do imóvel, tendo, inclusive, transferido os direitos a terceiros, conforme documentação juntada aos autos, razão pela qual não é possível imputar, neste momento, a responsabilidade direta à promovida por tal providência, cabendo ao interessado (a) manejar a sua pretensão através de via autônoma e adequada, com escorreita formação do polo passivo, querendo. Por fim, quanto ao pleito de condenação da parte promovida ao pagamento de honorários advocatícios, deixo de acolher, tendo em vista que, em sede de 1º grau no âmbito do Juizado Especial Cível, não há previsão legal para a fixação de honorários advocatícios, conforme dispõe o artigo 55 da Lei nº 9.099/1995. DISPOSITIVO Pelo exposto, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC, PROPONHO a rejeição das preliminares suscitadas, e no mérito sugiro JULGAR PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos iniciais, para condenar a promovida a pagar à parte promovente o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), a título de dano moral, atualizados a partir desta data pelo IPCA, com juros de mora pelo índice da Taxa Legal de juros, a partir da citação válida, calculada pelo BANCO CEN-TRAL DO BRASIL, podendo ser encontrada no link: https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValo-res.do?method=exibirFormCorrecaoValores&aba=6. Ainda, opino por CONDENAR a parte promovida ao pagamento dos débitos de IPTU referentes aos exercícios de 2020, 2021, 2022 e subsequentes, incluindo-se eventual tributo cujo lançamento ocorreu no curso da lide (artigo 323 do CPC), no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de multa fixa de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Sem custas processuais e sem honorários advocatícios, nos termos dos artigos 54 e 55, ambos da Lei nº 9.099/95. Submeto o presente projeto de decisão à homologação da Magistrada Togada, para que surta os efeitos legais previstos no artigo 40 da Lei 9099/95. Camila Migueis Alves Juíza leiga ________________________________ Vistos. Para que produza os seus devidos efeitos jurídicos, nos termos do artigo 40, da Lei nº 9.099/95 c/c artigo 8º, parágrafo único, da Lei Complementar Estadual nº 270/07, homologo o projeto de sentença juntado nos autos. Intimem-se. Cumpra-se. Cláudia Beatriz Schmidt Juíza de Direito

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Ibf Industria Brasileira De Formularios Ltda x Joao Rogerio Romaldini De Faria

ID: 323498674

Tribunal: TJSP Órgão: Entrada Originários Direito Privado 1 e Câm. Esp. Fal./Recup. Judic. - Pateo do Colégio - sala 703-A Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº Processo: 2211326-65.2025.8.26.0000

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

IBF INDUSTRIA BRASILEIRA DE FORMULARIOS LTDA

Polo Passivo:

JOAO ROGERIO ROMALDINI DE FARIA

Entrados

Advogados:

ROSANGELA RODRIGUES DE OLIVEIRA

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IRYS CÉSAR

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ASCENÇÃO AMARELO MARTINS

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TANIA PANTANO

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TANIA GARISIO SARTORI MOCARZEL

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OTAVIO CRISTIANO TADEU MOCARZEL

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FABIANA NOGUEIRA NISTA SALVADOR

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LUCINEIDE CAVALCANTE CEZARIO

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REBECA JORDÃO SILVA ALENCAR

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ADEILSON CELIA DOS SANTOS

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GUILHERME DE CARVALHO CAMARGO

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VINÍCIUS JOSÉ SILVA RIOS

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ALLAN SANTOS OLIVEIRA

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JOSE VICENTE DE SOUZA

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TATIANA APARECIDA FERREIRA GOMES GALLI

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LUCIANO MALAQUIAS GUMY

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LUCIANO RIBEIRO GONÇALVES

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JULIANA RIBEIRO GONÇALVES BONATTO

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MESSIAS DE PAULA FERREIRA

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BRUNO PUERTO CARLIN

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JOSE HENRIQUE DE ARAUJO

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PAULO SERGIO GAGLIARDI PALERMO

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SORAYA RODRIGUES MACHADO

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URSULA ROSCHANA DE OLIVEIRA ALVES DE LIMA

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LUCAS SEIXAS BAIO

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LEONARDO SCHNEIDER SILVA

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WILLIAM FLORES CAVALCANTE

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GERALDO DE FIGUEREDO CAVALCANTE

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ROGÉRIO LEONETTI

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ERISVALDO PEREIRA DE FREITAS

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WILSON SOKOLOWSKI

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MARIA ZÉLIA DE OLIVEIRA E OLIVEIRA

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PEDRO LUIZ VIVIANI

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ANDRÉ VILLAC POLINESIO

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MARINA MONTEIRO CHIERIGHINI LACAZ

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PEDRO RICARDO E SERPA

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EVANDRO CAMPOI

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LUIS ANTONIO DE MEDEIROS

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RAFAEL VARIZE CUSTODIO

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DENISE ELAINE DO CARMO DIAS

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DONATO ANTONIO SECONDO

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TANIA REGINA SILVA SECONDO

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CARLOS FERREIRA

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MARCOS ROBERTO DE SIQUEIRA

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ELIO EULER BALDASSO

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GIANE STROH BALDASSO

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REJANE OSORIO DA ROCHA

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CLARISSE ABEL NATIVIDADE

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FERNANDA ELISSA DE CARVALHO AWADA

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GUSTAVO RODRIGO GÓES NICOLADELI

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RICARDO CERATTI MANFRO

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JOSE MARIA RIBAS

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WALDEMAR DE OLIVEIRA RAMOS JUNIOR

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JACKSON SILVA LINS

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HEVERTON DA SILVA LINS

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LUANA A. BOUFLEUR

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LEANDRO MENDES BENATTI

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ROBERTO RACHED JORGE

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MARCIA TEODORA DA COSTA

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FABIANO PIRES BERTOLETTI

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ANTÔNIO ULISSES DIAS PRATTS

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IVONILDO PRATTS

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JAIRO GOMES DE OLIVEIRA JÚNIOR

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ADRIANO JORGE BARBOSA DE MELO

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DENISE MAIA DE SOUZA MACÊDO SEQUETIN

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MICHELLE GLAYCE MAIA DA SILVA

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NATÁLIA TRINDADE VARELA DUTRA

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FÁBIO RODRIGUES GARCIA

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PAULO LUCIANO DE ANDRADE MINTO

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BRUNO BRANDAO MATTOS

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ANDREA CRUZ SALLES

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MARCO AURELIO ALVES MEDEIROS

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DAUANE APARECIDA DE CAMPOS OLIVEIRA

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RENATO LUIS AZEVEDO DE OLIVEIRA

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THIAGO CRESTANI DAMIAN

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LEONARDO LUIZ WILHELM

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THIAGO PIRETT PEREIRA

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CARLOS ANTONIO DOS SANTOS

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ARNON GABRIEL DE LIMA AMORIM

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IVAN PEDRO DE MELO

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JEFERSON ALBERTINO TAMPELLI

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SERGIO EDUARDO TOMAZ

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JOSE AUGUSTO RODRIGUES JUNIOR

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ADRIANA GOMES MARCENA

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RENATA QUINTELA TAVARES RISSATO

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JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA

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MARCELO RUGERI GRAZZIOTIN

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MARCIO LUIZ SIMON HECKLER

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JOSE ROBERTO MAZETTO

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MARLI NAVARRO GUIRADO

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RODRIGO GALLONE MODESTO

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ISABEL CRISTINA DE MEDEIROS TORMES

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LIVIA MARIA RODRIGUES CRUZ

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IRACEMA VIEIRA DE CRISTO BIZZARRO

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MARCIO SCARIOT

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EDISON RIBEIRO DOS SANTOS

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DIRCEU SCARIOT

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KARINE PEREIRA DA SILVA

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PAULO ROGERIO PEREIRA DA SILVA

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JOSÉ BENEDITO DENARDI

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ANDRE GUIMARAES RIEGER

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ROBSON EITI UTIYAMA

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WAGNER DONEGATI

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CARLOS ALBERTO MARCONDES

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MARA CRISTINA DE SIENA

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ALESSANDRA ROSSINI

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ROSANA MARIA DO CARMO NITO NUNES

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FERNANDO ALVES DOS SANTOS JUNIOR

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ERICH ROBERT ALMEIDA SYRAVATKA

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CARLOS EDUARDO SANTOS NITO

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MARIA LUCIA MONACO

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ANNA PAOLA LORUSSO MARTINO

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ARTHUR MARCEL BATISTA GOMES

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THANIA REGINA GOMES RIBEIRO

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RODRIGO FRASSETTO GOES

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GUSTAVO RODRIGO GÓES NICOLADELLI

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ROSIANE GOMES DE SOUSA CRUZ CUPERTINO

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RICARDO FERRAZ RANGEL

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EDIVALDO BRUZAMOLIN SILVA DA ROCHA

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RONALDO MANOEL SANTIAGO

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FERNANDO DIAS FLEURY CURADO

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JULIA PEREIRA LOPES BENEDETTI

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LUIS EDUARDO BITTENCOURT DOS REIS

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CAMILO RAMALHO CORREIA

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GLEBER PACHECO

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JOEL DOS SANTOS DE SOUZA

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RÔMULO JOSÉ ESCOUTO

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LUIZ ANTONIO PEDROSO FILHO

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IVAIR SILVA MAGALHAES

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DANILO LACERDA DE SOUZA FERREIRA

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FABIO VILLAS BOAS

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ADRISA BEM DA GAMA

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FERNANDO PARDO GUIMARÃES

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OTHON TEOBALDO FERREIRA JUNIOR

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LUIZ ANTONIO SCAVONE JUNIOR

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ROSERICA APARECIDA BALSANELLI BARROS

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SANDRA GOMES DA CUNHA BARTHOLOMEU

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DEJAIR PASSERINE DA SILVA

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EDIMAR HIDALGO RUIZ

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MARLETE SINGH PEREIRA DA CUNHA

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GLAUCIA GREGORIO RIBEIRO PINTO MONTIN

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FAUSTO ALEXANDRE PULTZ FACCIOLI

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TÂNIA CLÉLIA GONÇALVES AGUIAR VIANA

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FELIPE FIDELIS COSTA DE BARCELLOS

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CÍNTIA ANDRESSA DOS SANTOS PINTO

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MILENA CAMACHO PEREIRA DA SILVA

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HORÁCIO CONDE SANDALO FERREIRA

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RODRIGO SOARES NASCIMENTO DA SILVA

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JOSE ROSIVAL RODRIGUES

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PAULO ROBERTO CAETANO MOLINA

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TALITA BRITO DE OLIVEIRA

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MARLY DE SOUZA COELHO

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PAULA PEIXOTO CAVALIERI

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RODOLFO MOTTA SARAIVA

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FERNANDO ARAUJO SCHEIDE DE CASTRO

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GILBERTO MARQUES PIRES

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MARCELO KROEFF

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SAMUEL SOUZA DA SILVA

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RODRIGO CARDOSO GARCIA

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DANIEL MOREIRA LOPES

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JULIO CESAR MOREIRA BARBOSA

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ROBERTA APARECIDA DE OLIVEIRA

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EURIPEDES ROBERTO DA SILVA

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ANTONIO EDUARDO DIAS TEIXEIRA FILHO

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CLÁUDIA MARIA MONTEIRO DE CASTRO STERNICK

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CLAREANA FALCONI MAZOLINI

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VANDIR DO NASCIMENTO KRASOVESKY

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GERSON PEDRO DA SILVA

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ROSEMARTA CHIERICATI DE CARVALHO

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THEREZA CHRISTINA C DE CASTILHO CARACIK

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LUCIANA CRISTINA QUIRICO

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HELENIZE MARQUES SANTOS

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GUILHERME GATTO FONSECA

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ROSANGELA JULIAN SZULC

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MARIA DE FATIMA MOREIRA

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MAGDA FEIJÓ PFLUCK

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JUSSARA MARIA SANTOS CRUZ

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CARMEN ESTER ROMERO

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MARIA LUCIA MILET DE CARVALHO NEVES

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MARIA MANUELA SIMÕES BARBOSA

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NILSON VIEIRA DA SILVA

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ANTONIO DE MORAIS

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JOÃO BATISTA DA CUNHA PIRES

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FERNANDO DE OLIVEIRA ARGILÉS

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MAURICIO NAHAS BORGES

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ALFREDO LUCIO DOS REIS FERRAZ

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JOSÉ LUIS SERAPHICO DE ASSIS CARVALHO

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FRANCISCO FERREIRA NETO

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FABIANA DIANA URBANO NOGUEIRA BASTOS VALBÃO

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NILO DA CUNHA JAMARDO BEIRO

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ALAIR MARIA DA SILVA

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TATIANA CAMPANHÃ BESERRA

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LUCIANA SIMEONE CORREALE

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GIZA HELENA COELHO

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KLEBER DOS REIS E SILVA

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JOSE RENA

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HENRIQUE RATTO RESENDE

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NATHALIA CANUTO DE FIGUEIREDO

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ANA JULIA BRASI PIRES KACHAN

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PAULO DE TARSO RIBEIRO KACHAN

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ALEX TOSHIO SOARES KAMOGAWA

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NOBUKO TOBARA FERREIRA DE FRANCA

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FABIANA CRISTINA FRAGOZO

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MONIQUE ZAGO

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DOUGLAS SANTOS RIBAS JÚNIOR

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FELLIPE KALISZEWSKI MALLMANN

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GILSON GARCIA JUNIOR

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PÉRSIO THOMAZ FERREIRA ROSA

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CLÁUDIO GILBERTO AGUIAR HÖEHR

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CLAUDIA CHIARELLO HÖEHR COLLATO

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RAQUEL LIMA ALMEIDA BARROCO

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EDNA PEIXOTO SOARES

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CIBELE MORETIM CANZI

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ADRIANA APARECIDA PAONE

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LEONILDA ARAUJO DE ALMEIDA

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DIVA IRACEMA PASOTTI VALENTE

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VICENTE GOMEZ AGUILA

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SERGIO FRANCISCO COIMBRA MAGALHAES

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LEONOR GASPAR PEREIRA

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CRISTINA DE ASSIS MARQUES

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ANTONIO CARLOS GOGONI

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RAQUEL DE LAZARI GALASSI

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VALTER FARID ANTONIO

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MAGDA BARBIERATO FERREIRA

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RODNEY BARBIERATO FERREIRA

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ANTONIO CARLOS DOS SANTOS

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FERNANDO BRANCO WICHAN

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AGENOR BARRETO PARENTE

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ALEXANDRE CARNEVALI DA SILVA

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LEOBERTO PAULO VENANCIO

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LENIRA APARECIDA DE A E SILVA

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PAULA FERRARESI SANTOS

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NADIA NAMI NAKATA

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SAULLO VERAS MEIRELES

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MARIA LUIZA DIAS MUKAI

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WALDEMAR GATTERMAYER

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LIGIA CRISTINA MARTINS

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ZENAIDE GARCIA DA SILVA

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SAMUEL PEREIRA DA SILVA

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ELDER FERREIRA

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NOELIA DE SOUZA ALMEIDA LIMA

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CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA CAIANA

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EVANDRO RIBEIRO JACOBSEN

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RAPHAEL DA SILVA MAIA

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ELVIS CLEBER NARCIZO

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VILENE LOPES BRUNO PREOTESCO

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HENRIQUE AUGUSTO PAULO

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LAURO BORBA

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CELSIO DARIO HEIN

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ALEXANDRE CARLOS GIANCOLI FILHO

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MARIA ANGELICA PICOLI ERVILHA

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ADILSON JOSE JOAQUIM PEREIRA

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EGLE MAILLO FERNANDES

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LUZIA DA MOTA RODRIGUES

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EDSON MORENO LUCILLO

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JOSE ROBERTO FIUZA

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MARIA DOS MILAGRES A DO NASCIMENTO SILVEIRA

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ANELIZA ULIAN ZUCCARATO

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KARLA ROBERTA BERNARDO BERTINI

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MARISA PICCINI

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FATIMA REGINA GOVONI DUARTE

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JORGE GALVÃO RIBEIRO

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DURVAL ANTONIO SGARIONI JUNIOR

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ISABEL LEITE DE CAMARGO

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GERALDO PORTO TRISTAO JUNIOR

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ELISABETE SANTOS DO NASCIMENTO SILVA

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WILLIAMSBURG GONZAGA FERRAZ

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MARIA INES BIELLA PRADO LISBOA

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MANOEL DE JESUS DE SOUSA LISBOA

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FERNANDA CRISTINA ARAGÃO CARRILHO CRUZ

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HEITOR MIGUEL

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ANA PAULA SANTOS

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MOISES ANTONIO DE SENA

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TANIA MARIZA MITIDIERO GUELMAN

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DANIELLA AUGUSTO MONTAGNOLLI

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RENATA KARLA DA SILVA CRUZ

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TATIANA FACCHIM RIBEIRO

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MARIA CECÍLIA DE SOUZA LIMA ROSSI

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VANESSA RODRIGUES DA CUNHA PEREIRA FIALDINI

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CRISTIANE QUELI DA SILVA GALLO

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JOSE CARLOS DA SILVA

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MARIA LUIZA MONTEIRO CANALE

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NILSON LÁZARO MONTEIRO JÚNIOR

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JOHANN ULRICH HAAGEN

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CARLOS ROBERTO DENESZCZUK ANTONIO

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ALVARO OTAVIO RIBEIRO DA SILVA

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ANTONIO CANDIDO DE OLIVEIRA NETO

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ROSMEIRE ZOLESE

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DOMICIO FELIX DOS SANTOS

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JOSÉ EDUARDO ALBUQUERQUE OLIVEIRA

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HEDY LAMARR VIEIRA DOUCA

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JULIANA MEIRELLES MACHADO

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FRANCISCO SOARES LUNA

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LUCIANA DE MELLO E SOUZA CAMARDELLA

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GERALDO EUSTÁQUIO MARTINS ROBERTO

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ISABEL DE FÁTIMA APARECIDA SANTOS ROBERTO

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GERSINO DE FREITAS BARBOSA

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LUCIANA BEEK DA SILVA

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ANDRÉA CLAUDIA GALAFASSI

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SÉRGIO APARECIDO LEÃO

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JOUSSEF HADDAD

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MANUEL CARLOS COIMBRA JORGE

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EMERSON DE ALMEIDA MAIORINI

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ALICE MARIA MARQUES PERAZZINI

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EDISON AIRON DE ALMEIDA MACHADO

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ANDERSON ALVES DE ALBUQUERQUE

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YOUSSEPH ELIAS CALIXTO

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ROBERTA PIMENTEL CALIXTO

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VALÉRIA JABUR MALUF MAVUCHIAN LOURENÇO

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PAULO SOARES SILVA

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FRANCISCO MARQUES

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FABIANO SCHWARTZMANN FOZ

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EVANDRO MARCOS MARROQUE

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TATIANA MIDORI AKAMATSU

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AGNALDO DO NASCIMENTO

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GILBERTO GIANSANTE

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LUMBELA FERREIRA DE ALMEIDA

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ANTONIO APRIGIO FERNANDES DA SILVA

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MARIA SATIKO FUGI

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MARIA ESTELA DUTRA

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JOSE EUGENIO DE LIMA

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MARCOS FLAVIO FARIA

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STEFAN SCHMIDT LUZ

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JORGE ANTONIO SOARES DE NOVAES FILHO

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RAQUEL DA SILVA BALLIELO SIMAO

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TONI ROBERTO MENDONÇA

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MARIA AUXILIADORA FRANÇA SENNE

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KLAYTON MUNEHIRO FURUGUEM

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CAESAR AUGUSTUS F S ROCHA DA SILVA

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NILTON SERSON

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ALBERTO DOS SANTOS LANDINI

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JOSE GERALDO VIEIRA

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MEIRE DE OLIVEIRA SANTANA GONÇALVES

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RODRIGO VICTORAZZO HALAK

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DAVID ISSA HALAK

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ANA PAULA DE CARVALHO PAEZ HALAK

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VERA LUCIA CAVALIERE OLIVEIRA

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PEDRO ROCHA FILHO

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LUCIANA DAMASCENO ABRAHAO

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MARIA APARECIDA EVANGELISTA DE AZEVEDO

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KATHIA REGINA ANDRADE DE OLIVEIRA

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ANTONIO ROSELLA

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ISMAEL VIEIRA DE CRISTO CONSTANTINO

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CRISTIANO PEREIRA DE MAGALHAES

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PAULO GONÇALVES JUNIOR

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MAURICIO DE CAMPOS VEIGA

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RODRIGO DUARTE DA SILVA

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FERNANDA SORDI GERBASI DE CAMPOS VEIGA

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KEYLA APARECIDA MELO FERRARESI

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RICARDO NOGUEIRA E QUEIROZ

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DINO DE PICCOLI

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MARIA ISABEL FARIA DE ALMEIDA BARBOSA

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ORLANDO CASADEI JUNIOR

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MARLI TEGE ALVES

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ALESSANDRA APARECIDA DESTEFANI

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SIDNEY VIDAL LOPES

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VALDIR PEREIRA DE BARROS

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NEWTON ANTONIO RIBEIRO DE SOUZA

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GABRIEL FREIRE DA SILVA NETO

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ANTONIO CARLOS MECCIA

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RUBENS PEREIRA FEICHAS NETTO

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ROBERTO CICIVIZZO JUNIOR

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MARIA LETICIA TRIVELLI

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MANOEL JOSE DE ALENCAR FILHO

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ELSO HENRIQUES

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SIMONE BELLINO

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ELIANE PIRES SABADIN

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IEDA KIYONAGA MARCOS

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JOSE DOMINGOS BITTENCOURT

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MILTON DE SOUZA FERNANDES JUNIOR

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FABIO TAKAHASHI

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ROGERIO TETSUYA NARUZAWA

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SOLANGE TAKAHASHI MATSUKA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

RICARDO LUIS BARROSO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

CRISTIANE GUIDORIZZI SANCHEZ

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

AIRA CRISTINA RACHID BRUNO DE LIMA

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MAURO SALLES FERREIRA LEITE

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ANGELA APARECIDA CAMPEDELLI

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LUCIANA KUSHIDA

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ANA CAROLINA GUIDI TROVÓ

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ELAINE CATARINA BLUMTRITT GOLTL

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GERALDO APARECIDO BARBOSA

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SANDRA CRISTINA BRANCO BARBOSA

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PAULO EDUARDO ACERBI

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

VALÉRIO RODRIGUES DIAS

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CILMARA MATEUS TOMAC

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

TAÍS AMORIM DE ANDRADE

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

LUCIANA BAMPA BUENO DE CAMARGO HADDAD

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RODRIGO NUNES SIMÕES

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EDUARDO PROZZI HONORATO

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PRISCILLA PEREIRA DE CARVALHO

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GEZZY LOPES

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PAULINO GARCIA FERNANDEZ

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ALESSANDRA DUNDES RODRIGUES RIOS

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ROBERTO MARTINHO DOS SANTOS

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MARIA LUCIA CARDOSO GARCIA

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SHIRLEY ÁVILA FERREIRA

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LUIZ GUSTAVO ROCHA MALHEIROS

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RENATA NUNES DOS SANTOS

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DÉBORA PAMPONET DA CUNHA MOURA

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RICARDO DE ABREU BARBOSA

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PEDRO ZEMECZAK

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ANTONIO DONIZETI GONCALVES

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ANTONIO LUCIANO TAMBELLI

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RUBENS PESTANA DE ANDRADE

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MAURO BASTOS VALBÃO

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LAURO FERREIRA

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PAULO DE TARSO ANDRADE BASTOS

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CLAUDIO RODRIGUES MORALES

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MAURO FERRIM FILHO

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WILLIANS DUARTE DE MOURA

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ROBERTO LEONESSA

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JOSE MARINHO DOS SANTOS FILHO

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MARCIA CRISTINA GIUSTI CASADEI

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TELMA CELI RIBEIRO DE MORAES

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SIDNEY LAZARO DOS SANTOS

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BABINET HERNANDEZ

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LEONARDO PERES LEITE

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ANTONIO FRANCISCO GODOI

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JULIANA SANTOS DE MORAIS

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DEBORA NICOLETI

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RAIMUNDO FERREIRA DA CUNHA NETO

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ADÉLCIO CARLOS MIOLA

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JUCENIR BELINO ZANATTA

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JOAO ROGERIO ROMALDINI DE FARIA

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JOSE ROBERTO MAZETTO

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ADRIANO FACHIOLLI

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PROCESSO ENTRADO EM 08/07/2025 2211326-65.2025.8.26.0000; Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/201… PROCESSO ENTRADO EM 08/07/2025 2211326-65.2025.8.26.0000; Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011; Agravo de Instrumento; Comarca: São Bernardo do Campo; Vara: 4ª Vara Cível; Ação: Falência de Empresários, Sociedades Empresáriais, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; Nº origem: 1036207-98.2024.8.26.0564; Assunto: Recuperação judicial e Falência; Agravante: Ibf Industria Brasileira de Formularios Ltda; Advogado: Adriano Fachiolli (OAB: 303396/SP); Advogado: Jose Roberto Mazetto (OAB: 31453/SP); Agravado: Joao Rogerio Romaldini de Faria; Advogado: Joao Rogerio Romaldini de Faria (OAB: 115445/SP); Interessado: Credores; Advogado: Jucenir Belino Zanatta (OAB: 125881/SP); Advogado: Adélcio Carlos Miola (OAB: 122246/SP); Advogado: Raimundo Ferreira da Cunha Neto (OAB: 70074/SP); Advogada: Debora Nicoleti (OAB: 125122/SP); Advogada: Juliana Santos de Morais (OAB: 313785/SP); Advogado: Antonio Francisco Godoi (OAB: 101643/SP); Advogado: Leonardo Peres Leite (OAB: 234694/SP); Advogado: Babinet Hernandez (OAB: 67976/SP); Advogado: Sidney Lazaro dos Santos (OAB: 116214/SP); Advogada: Telma Celi Ribeiro de Moraes (OAB: 89174/SP); Advogada: Marcia Cristina Giusti Casadei (OAB: 90348/SP); Advogado: Jose Marinho dos Santos Filho (OAB: 108253/SP); Advogado: Roberto Leonessa (OAB: 120069/SP); Advogado: Willians Duarte de Moura (OAB: 130951/SP); Advogado: Mauro Ferrim Filho (OAB: 77006/SP); Advogado: Claudio Rodrigues Morales (OAB: 72927/SP); Advogado: Paulo de Tarso Andrade Bastos (OAB: 60670/SP); Advogado: Lauro Ferreira (OAB: 54057/SP); Advogado: Mauro Bastos Valbão (OAB: 49532/SP); Advogado: Rubens Pestana de Andrade (OAB: 8202/SP); Advogado: Antonio Luciano Tambelli (OAB: 39690/SP); Advogado: Antonio Donizeti Goncalves (OAB: 88674/SP); Advogado: Pedro Zemeczak (OAB: 80812/SP); Advogado: Ricardo de Abreu Barbosa (OAB: 138399/SP); Advogada: Débora Pamponet da Cunha Moura (OAB: 189514/SP); Advogada: Renata Nunes dos Santos (OAB: 185359/SP); Advogado: LUIZ GUSTAVO ROCHA MALHEIROS (OAB: 169731/SP); Advogada: Shirley Ávila Ferreira (OAB: 164503/SP); Advogada: Maria Lucia Cardoso Garcia (OAB: 154017/SP); Advogado: Roberto Martinho dos Santos (OAB: 147071/SP); Advogada: Alessandra Dundes Rodrigues Rios (OAB: 193109/SP); Advogado: Paulino Garcia Fernandez (OAB: 54966/SP); Advogado: Gezzy Lopes (OAB: 84367/SP); Advogada: Priscilla Pereira de Carvalho (OAB: 111264/SP); Advogado: Eduardo Prozzi Honorato (OAB: 183070/SP); Advogado: Rodrigo Nunes Simões (OAB: 204857/SP); Advogada: Luciana Bampa Bueno de Camargo Haddad (OAB: 132240/SP); Advogada: Taís Amorim de Andrade (OAB: 154368/SP); Advogada: Cilmara Mateus Tomac (OAB: 125954/SP); Advogado: Valério Rodrigues Dias (OAB: 172213/SP); Advogado: Paulo Eduardo Acerbi (OAB: 158849/SP); Advogada: Sandra Cristina Branco Barbosa (OAB: 136699/SP); Advogado: Geraldo Aparecido Barbosa (OAB: 30663/SP); Advogada: Elaine Catarina Blumtritt Goltl (OAB: 104416/SP); Advogada: Ana Carolina Guidi Trovó (OAB: 123657/SP); Advogada: Luciana Kushida (OAB: 125660/SP); Advogada: Angela Aparecida Campedelli (OAB: 86162/SP); Advogado: Mauro Salles Ferreira Leite (OAB: 200888/SP); Advogada: Aira Cristina Rachid Bruno de Lima (OAB: 118351/SP); Advogada: Cristiane Guidorizzi Sanchez (OAB: 118582/SP); Advogado: Ricardo Luis Barroso (OAB: 166926/SP); Advogada: Solange Takahashi Matsuka (OAB: 152999/SP); Advogado: Rogerio Tetsuya Naruzawa (OAB: 207621/SP); Advogado: Fabio Takahashi (OAB: 236034/SP); Advogado: Milton de Souza Fernandes Junior (OAB: 27825/SP); Advogado: Jose Domingos Bittencourt (OAB: 129147/SP); Advogada: Ieda Kiyonaga Marcos (OAB: 134837/SP); Advogada: Eliane Pires Sabadin (OAB: 224895/SP); Advogada: Simone Bellino (OAB: 141524/SP); Advogado: Elso Henriques (OAB: 35419/SP); Advogado: Manoel Jose de Alencar Filho (OAB: 128289/SP); Advogada: Maria Leticia Trivelli (OAB: 77862/SP); Advogado: Roberto Cicivizzo Junior (OAB: 114342/SP); Advogado: Rubens Pereira Feichas Netto (OAB: 166302/SP); Advogado: Antonio Carlos Meccia (OAB: 21618/SP); Advogado: Gabriel Freire da Silva Neto (OAB: 138201/SP); Advogado: Newton Antonio Ribeiro de Souza (OAB: 23550/SP); Advogado: Valdir Pereira de Barros (OAB: 153901/SP); Advogado: Sidney Vidal Lopes (OAB: 64323/SP); Advogada: Alessandra Aparecida Destefani (OAB: 183794/SP); Advogada: Marli Tege Alves (OAB: 77328/SP); Advogado: Orlando Casadei Junior (OAB: 94624/SP); Advogada: Maria Isabel Faria de Almeida Barbosa (OAB: 97076/SP); Advogado: Dino de Piccoli (OAB: 149302/SP); Advogado: Ricardo Nogueira E Queiroz (OAB: 185818/SP); Advogada: Keyla Aparecida Melo Ferraresi (OAB: 156008/SP); Advogada: Fernanda Sordi Gerbasi de Campos Veiga (OAB: 232509/SP); Advogado: Rodrigo Duarte da Silva (OAB: 257977/SP); Advogado: Mauricio de Campos Veiga (OAB: 39213/SP); Advogado: Paulo Gonçalves Junior (OAB: 856/AC); Advogado: Cristiano Pereira de Magalhaes (OAB: 123938/SP); Advogado: Ismael Vieira de Cristo Constantino (OAB: 116358/SP); Advogado: Antonio Rosella (OAB: 33792/SP); Advogada: Kathia Regina Andrade de Oliveira (OAB: 84616/SP); Advogada: Maria Aparecida Evangelista de Azevedo (OAB: 76928/SP); Advogada: Luciana Damasceno Abrahao (OAB: 151156/SP); Advogado: Pedro Rocha Filho (OAB: 73612/SP); Advogada: Vera Lucia Cavaliere Oliveira (OAB: 108970/SP); Advogada: Ana Paula de Carvalho Paez Halak (OAB: 128111/SP); Advogado: David Issa Halak (OAB: 17674/SP); Advogado: Rodrigo Victorazzo Halak (OAB: 122712/SP); Advogada: Meire de Oliveira Santana Gonçalves (OAB: 78744/SP); Advogado: Jose Geraldo Vieira (OAB: 76995/SP); Advogado: Alberto dos Santos Landini (OAB: 48941/SP); Advogado: Nilton Serson (OAB: 84410/SP); Advogado: Caesar Augustus F S Rocha da Silva (OAB: 146138/SP); Advogado: Klayton Munehiro Furuguem (OAB: 150062/SP); Advogada: Maria Auxiliadora França Senne (OAB: 96186/SP); Advogado: Toni Roberto Mendonça (OAB: 199759/SP); Advogada: Raquel da Silva Ballielo Simao (OAB: 111749/SP); Advogado: Jorge Antonio Soares de Novaes Filho (OAB: 253656/SP); Advogado: Stefan Schmidt Luz (OAB: 258307/SP); Advogado: Marcos Flavio Faria (OAB: 156172/SP); Advogado: Jose Eugenio de Lima (OAB: 99896/SP); Advogada: Maria Estela Dutra (OAB: 106316/SP); Advogada: Maria Satiko Fugi (OAB: 108551/SP); Advogado: Antonio Aprigio Fernandes da Silva (OAB: 124820/SP); Advogada: Lumbela Ferreira de Almeida (OAB: 134165/SP); Advogado: Gilberto Giansante (OAB: 76519/SP); Advogado: Agnaldo do Nascimento (OAB: 177637/SP); Advogada: Tatiana Midori Akamatsu (OAB: 149755/SP); Advogado: Evandro Marcos Marroque (OAB: 231434/SP); Advogado: Fabiano Schwartzmann Foz (OAB: 158291/SP); Advogado: Francisco Marques (OAB: 195535/SP); Advogado: Paulo Soares Silva (OAB: 151545/SP); Advogada: Valéria Jabur Maluf Mavuchian Lourenço (OAB: 198327/SP); Advogada: Roberta Pimentel Calixto (OAB: 211665/SP); Advogado: Yousseph Elias Calixto (OAB: 142957/SP); Advogado: Anderson Alves de Albuquerque (OAB: 220726/SP); Advogado: Edison Airon de Almeida Machado (OAB: 22777/RS); Advogada: Alice Maria Marques Perazzini (OAB: 102145/SP); Advogado: Emerson de Almeida Maiorini (OAB: 176708/SP); Advogado: Manuel Carlos Coimbra Jorge (OAB: 95971/SP); 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Advogada: Maria Luiza Monteiro Canale (OAB: 118173/SP); Advogado: Jose Carlos da Silva (OAB: 113886/SP); Advogada: Cristiane Queli da Silva Gallo (OAB: 138743/SP); Advogada: Vanessa Rodrigues da Cunha Pereira Fialdini (OAB: 136461/SP); Advogada: Maria Cecília de Souza Lima Rossi (OAB: 174206/SP); Advogada: Tatiana Facchim Ribeiro (OAB: 221498/SP); Advogada: Renata Karla da Silva Cruz (OAB: 281436/SP); Advogada: Daniella Augusto Montagnolli (OAB: 190172/SP); Advogada: Tania Mariza Mitidiero Guelman (OAB: 34797/SP); Advogado: Moises Antonio de Sena (OAB: 63718/SP); Advogada: Ana Paula Santos (OAB: 270695/SP); Advogado: Heitor Miguel (OAB: 252633/SP); Advogada: Fernanda Cristina Aragão Carrilho Cruz (OAB: 327225/SP); Advogado: Manoel de Jesus de Sousa Lisboa (OAB: 69840/SP); Advogada: Maria Ines Biella Prado Lisboa (OAB: 82344/SP); Advogado: Williamsburg Gonzaga Ferraz (OAB: 86039/SP); Advogada: Elisabete Santos do Nascimento Silva (OAB: 244129/SP); Advogado: Geraldo Porto Tristao Junior (OAB: 130081/SP); 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Advogado: Elvis Cleber Narcizo (OAB: 96823/SP); Advogado: Raphael da Silva Maia (OAB: 161562/SP); Advogado: Evandro Ribeiro Jacobsen (OAB: 68600/SP); Advogado: Carlos Roberto de Oliveira Caiana (OAB: 37608/SP); Advogada: Noelia de Souza Almeida Lima (OAB: 125802/SP); Advogado: ELDER FERREIRA (OAB: 108286/MG); Advogado: Samuel Pereira da Silva (OAB: 97415/SP); Advogada: Zenaide Garcia da Silva (OAB: 101050/SP); Advogada: Ligia Cristina Martins (OAB: 120366/SP); Advogado: Waldemar Gattermayer (OAB: 63614/SP); Advogada: Maria Luiza Dias Mukai (OAB: 96227/SP); Advogado: Saullo Veras Meireles (OAB: 25012/PE); Advogada: Nadia Nami Nakata (OAB: 395280/SP); Advogada: Paula Ferraresi Santos (OAB: 292062/SP); Advogada: Lenira Aparecida de A E Silva (OAB: 110582/SP); Advogado: Leoberto Paulo Venancio (OAB: 138867/SP); Advogado: Alexandre Carnevali da Silva (OAB: 218840/SP); Advogado: Agenor Barreto Parente (OAB: 6381/SP); Advogado: Fernando Branco Wichan (OAB: 70825/SP); Advogado: Antonio Carlos dos Santos (OAB: 101105/SP); 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Advogado: José Luis Seraphico de Assis Carvalho (OAB: 358159/SP); Advogado: Alfredo Lucio dos Reis Ferraz (OAB: 115296/SP); Advogado: Mauricio Nahas Borges (OAB: 139486/SP); Advogado: Fernando de Oliveira Argilés (OAB: 168832/SP); Advogado: João Batista da Cunha Pires (OAB: 30794/RS); Advogado: Antonio de Morais (OAB: 137659/SP); Advogado: Nilson Vieira da Silva (OAB: 104803/SP); Advogada: Maria Manuela Simões Barbosa (OAB: 14239/PE); Advogada: Maria Lucia Milet de Carvalho Neves (OAB: 12529/PE); Advogado: CARMEN ESTER ROMERO (OAB: 18409/PR); Advogada: Jussara Maria Santos Cruz (OAB: 108417/SP); Advogado: Magda Feijó PFluck (OAB: 31976/RS); Advogada: Maria de Fatima Moreira (OAB: 101448/SP); Advogada: Rosangela Julian Szulc (OAB: 113424/SP); Advogado: Guilherme Gatto Fonseca (OAB: 61944/DF); Advogada: Helenize Marques Santos (OAB: 303865/SP); Advogada: Luciana Cristina Quirico (OAB: 149729/SP); Advogada: Thereza Christina C de Castilho Caracik (OAB: 52126/SP); Advogada: Rosemarta Chiericati de Carvalho (OAB: 118997/SP); Advogado: Gerson Pedro da Silva (OAB: 9386/DF); Advogado: Vandir do Nascimento Krasovesky (OAB: 103389/SP); Advogada: Clareana Falconi Mazolini (OAB: 251883/SP); Advogado: Cláudia Maria Monteiro de Castro Sternick (OAB: 55295/RJ); Advogado: Antonio Eduardo Dias Teixeira Filho (OAB: 254155/SP); Advogado: Euripedes Roberto da Silva (OAB: 107313/SP); Advogada: Roberta Aparecida de Oliveira (OAB: 166351/SP); Advogado: Julio Cesar Moreira Barbosa (OAB: 22138/DF); Advogado: Daniel Moreira Lopes (OAB: 273089/SP); Advogado: Rodrigo Cardoso Garcia (OAB: 259603/SP); Advogado: Samuel Souza da Silva (OAB: 297877/SP); Advogado: Marcelo Kroeff (OAB: 397888/SP); Advogado: Gilberto Marques Pires (OAB: 103836/SP); Advogado: Fernando Araujo Scheide de Castro (OAB: 284151/SP); Advogado: Rodolfo Motta Saraiva (OAB: 300702/SP); Advogada: Paula Peixoto Cavalieri (OAB: 132205/SP); Advogada: Marly de Souza Coelho (OAB: 90286/SP); Advogada: Talita Brito de Oliveira (OAB: 398929/SP); Advogado: Paulo Roberto Caetano Molina (OAB: 273675/SP); Advogado: Jose Rosival Rodrigues (OAB: 94491/SP); Advogado: Rodrigo Soares Nascimento da Silva (OAB: 459581/SP); Advogado: Horácio Conde Sandalo Ferreira (OAB: 207968/SP); Advogada: Milena Camacho Pereira da Silva (OAB: 212403/SP); Advogada: Cíntia Andressa dos Santos Pinto (OAB: 100945/RS); Advogado: Felipe Fidelis Costa de Barcellos (OAB: 382481/SP); Advogada: Tânia Clélia Gonçalves Aguiar Viana (OAB: 163675/SP); Advogado: Fausto Alexandre Pultz Faccioli (OAB: 124462/SP); Advogada: Glaucia Gregorio Ribeiro Pinto Montin (OAB: 92020/SP); Advogada: Marlete Singh Pereira da Cunha (OAB: 109185/SP); Advogado: Edimar Hidalgo Ruiz (OAB: 206941/SP); Advogado: Dejair Passerine da Silva (OAB: 55226/SP); Advogada: Sandra Gomes da Cunha Bartholomeu (OAB: 269964/SP); Advogada: Roserica Aparecida Balsanelli Barros (OAB: 347227/SP); Advogado: Luiz Antonio Scavone Junior (OAB: 153873/SP); Advogado: Othon Teobaldo Ferreira Junior (OAB: 228156/SP); Advogado: Fernando Pardo Guimarães (OAB: 316752/SP); Advogada: Adrisa Bem da Gama (OAB: 437270/SP); Advogado: Fabio Villas Boas (OAB: 101274/SP); Advogado: Danilo Lacerda de Souza Ferreira (OAB: 272633/SP); Advogado: Ivair Silva Magalhaes (OAB: 106578/SP); Advogado: Luiz Antonio Pedroso Filho (OAB: 27809/RS); Advogado: Rômulo José Escouto (OAB: 21561/RS); Advogado: Joel dos Santos de Souza (OAB: 112309/SP); Advogado: Gleber Pacheco (OAB: 136416/SP); Advogado: Camilo Ramalho Correia (OAB: 87479/SP); Advogado: Luis Eduardo Bittencourt dos Reis (OAB: 149212/SP); Advogada: Julia Pereira Lopes Benedetti (OAB: 59560/SP); Advogado: Fernando Dias Fleury Curado (OAB: 227858/SP); Advogado: ronaldo manoel santiago (OAB: 43017/PR); Advogado: edivaldo bruzamolin silva da rocha (OAB: 19471/PR); Advogado: Ricardo Ferraz Rangel (OAB: 199238/SP); Advogada: Rosiane Gomes de Sousa Cruz Cupertino (OAB: 243314/SP); Advogado: Gustavo Rodrigo Góes Nicoladelli (OAB: 8927/SC); Advogado: Rodrigo Frassetto Goes (OAB: 33416/SC); Advogado: thania regina gomes ribeiro (OAB: 90639/RJ); Advogado: Arthur Marcel Batista Gomes (OAB: 15794/AM); 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Ibf Industria Brasileira De Formularios Ltda x Joao Rogerio Romaldini De Faria

ID: 323528892

Tribunal: TJSP Órgão: Distribuição Originários Direito Privado 1 e Câm. Esp. Fal./Recup. Judic.- Pateo do Colégio - sala 703-A Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº Processo: 2211326-65.2025.8.26.0000

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

IBF INDUSTRIA BRASILEIRA DE FORMULARIOS LTDA

Polo Passivo:

JOAO ROGERIO ROMALDINI DE FARIA

Distribuídos

Advogados:

ROSANGELA RODRIGUES DE OLIVEIRA

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IRYS CÉSAR

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ASCENÇÃO AMARELO MARTINS

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TANIA PANTANO

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TANIA GARISIO SARTORI MOCARZEL

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OTAVIO CRISTIANO TADEU MOCARZEL

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FABIANA NOGUEIRA NISTA SALVADOR

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LUCINEIDE CAVALCANTE CEZARIO

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REBECA JORDÃO SILVA ALENCAR

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ADEILSON CELIA DOS SANTOS

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GUILHERME DE CARVALHO CAMARGO

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VINÍCIUS JOSÉ SILVA RIOS

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ALLAN SANTOS OLIVEIRA

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JOSE VICENTE DE SOUZA

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TATIANA APARECIDA FERREIRA GOMES GALLI

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LUCIANO MALAQUIAS GUMY

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LUCIANO RIBEIRO GONÇALVES

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JULIANA RIBEIRO GONÇALVES BONATTO

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MESSIAS DE PAULA FERREIRA

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BRUNO PUERTO CARLIN

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JOSE HENRIQUE DE ARAUJO

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PAULO SERGIO GAGLIARDI PALERMO

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SORAYA RODRIGUES MACHADO

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URSULA ROSCHANA DE OLIVEIRA ALVES DE LIMA

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LUCAS SEIXAS BAIO

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LEONARDO SCHNEIDER SILVA

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WILLIAM FLORES CAVALCANTE

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GERALDO DE FIGUEREDO CAVALCANTE

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ROGÉRIO LEONETTI

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ERISVALDO PEREIRA DE FREITAS

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WILSON SOKOLOWSKI

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MARIA ZÉLIA DE OLIVEIRA E OLIVEIRA

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PEDRO LUIZ VIVIANI

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ANDRÉ VILLAC POLINESIO

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MARINA MONTEIRO CHIERIGHINI LACAZ

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PEDRO RICARDO E SERPA

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EVANDRO CAMPOI

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LUIS ANTONIO DE MEDEIROS

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RAFAEL VARIZE CUSTODIO

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DENISE ELAINE DO CARMO DIAS

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DONATO ANTONIO SECONDO

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TANIA REGINA SILVA SECONDO

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CARLOS FERREIRA

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MARCOS ROBERTO DE SIQUEIRA

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ELIO EULER BALDASSO

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GIANE STROH BALDASSO

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REJANE OSORIO DA ROCHA

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CLARISSE ABEL NATIVIDADE

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FERNANDA ELISSA DE CARVALHO AWADA

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GUSTAVO RODRIGO GÓES NICOLADELI

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RICARDO CERATTI MANFRO

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JOSE MARIA RIBAS

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WALDEMAR DE OLIVEIRA RAMOS JUNIOR

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JACKSON SILVA LINS

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HEVERTON DA SILVA LINS

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LUANA A. BOUFLEUR

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LEANDRO MENDES BENATTI

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ROBERTO RACHED JORGE

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MARCIA TEODORA DA COSTA

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FABIANO PIRES BERTOLETTI

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ANTÔNIO ULISSES DIAS PRATTS

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IVONILDO PRATTS

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JAIRO GOMES DE OLIVEIRA JÚNIOR

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ADRIANO JORGE BARBOSA DE MELO

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DENISE MAIA DE SOUZA MACÊDO SEQUETIN

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MICHELLE GLAYCE MAIA DA SILVA

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NATÁLIA TRINDADE VARELA DUTRA

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FÁBIO RODRIGUES GARCIA

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PAULO LUCIANO DE ANDRADE MINTO

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BRUNO BRANDAO MATTOS

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ANDREA CRUZ SALLES

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MARCO AURELIO ALVES MEDEIROS

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DAUANE APARECIDA DE CAMPOS OLIVEIRA

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THIAGO PIRETT PEREIRA

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ARNON GABRIEL DE LIMA AMORIM

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JEFERSON ALBERTINO TAMPELLI

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SERGIO EDUARDO TOMAZ

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ADRIANA GOMES MARCENA

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RENATA QUINTELA TAVARES RISSATO

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MARCIO LUIZ SIMON HECKLER

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JOSE ROBERTO MAZETTO

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MARLI NAVARRO GUIRADO

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FERNANDO ALVES DOS SANTOS JUNIOR

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ERICH ROBERT ALMEIDA SYRAVATKA

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CARLOS EDUARDO SANTOS NITO

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ANNA PAOLA LORUSSO MARTINO

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ARTHUR MARCEL BATISTA GOMES

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THANIA REGINA GOMES RIBEIRO

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RODRIGO FRASSETTO GOES

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GUSTAVO RODRIGO GÓES NICOLADELLI

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RICARDO FERRAZ RANGEL

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EDIVALDO BRUZAMOLIN SILVA DA ROCHA

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RONALDO MANOEL SANTIAGO

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FERNANDO DIAS FLEURY CURADO

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JULIA PEREIRA LOPES BENEDETTI

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LUIS EDUARDO BITTENCOURT DOS REIS

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CAMILO RAMALHO CORREIA

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GLEBER PACHECO

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JOEL DOS SANTOS DE SOUZA

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RÔMULO JOSÉ ESCOUTO

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LUIZ ANTONIO SCAVONE JUNIOR

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SANDRA GOMES DA CUNHA BARTHOLOMEU

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DEJAIR PASSERINE DA SILVA

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EDIMAR HIDALGO RUIZ

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FELIPE FIDELIS COSTA DE BARCELLOS

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ROSEMARTA CHIERICATI DE CARVALHO

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HELENIZE MARQUES SANTOS

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GUILHERME GATTO FONSECA

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CLAUDIA CHIARELLO HÖEHR COLLATO

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CIBELE MORETIM CANZI

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ADRIANA APARECIDA PAONE

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LEONILDA ARAUJO DE ALMEIDA

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VICENTE GOMEZ AGUILA

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SERGIO FRANCISCO COIMBRA MAGALHAES

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LEONOR GASPAR PEREIRA

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CRISTINA DE ASSIS MARQUES

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ANTONIO CARLOS GOGONI

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VALTER FARID ANTONIO

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RODNEY BARBIERATO FERREIRA

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ANTONIO CARLOS DOS SANTOS

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FERNANDO BRANCO WICHAN

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AGENOR BARRETO PARENTE

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ALEXANDRE CARNEVALI DA SILVA

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LEOBERTO PAULO VENANCIO

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LENIRA APARECIDA DE A E SILVA

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PAULA FERRARESI SANTOS

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NADIA NAMI NAKATA

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SAULLO VERAS MEIRELES

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MARIA LUIZA DIAS MUKAI

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WALDEMAR GATTERMAYER

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LIGIA CRISTINA MARTINS

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ZENAIDE GARCIA DA SILVA

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SAMUEL PEREIRA DA SILVA

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ELDER FERREIRA

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NOELIA DE SOUZA ALMEIDA LIMA

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CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA CAIANA

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EVANDRO RIBEIRO JACOBSEN

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RAPHAEL DA SILVA MAIA

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ELVIS CLEBER NARCIZO

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VILENE LOPES BRUNO PREOTESCO

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HENRIQUE AUGUSTO PAULO

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LAURO BORBA

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CELSIO DARIO HEIN

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ALEXANDRE CARLOS GIANCOLI FILHO

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MARIA ANGELICA PICOLI ERVILHA

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ADILSON JOSE JOAQUIM PEREIRA

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EGLE MAILLO FERNANDES

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LUZIA DA MOTA RODRIGUES

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EDSON MORENO LUCILLO

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JOSE ROBERTO FIUZA

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MARIA DOS MILAGRES A DO NASCIMENTO SILVEIRA

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ANELIZA ULIAN ZUCCARATO

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KARLA ROBERTA BERNARDO BERTINI

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MARISA PICCINI

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FATIMA REGINA GOVONI DUARTE

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JORGE GALVÃO RIBEIRO

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DURVAL ANTONIO SGARIONI JUNIOR

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ISABEL LEITE DE CAMARGO

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GERALDO PORTO TRISTAO JUNIOR

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ELISABETE SANTOS DO NASCIMENTO SILVA

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WILLIAMSBURG GONZAGA FERRAZ

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MARIA INES BIELLA PRADO LISBOA

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MANOEL DE JESUS DE SOUSA LISBOA

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FERNANDA CRISTINA ARAGÃO CARRILHO CRUZ

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HEITOR MIGUEL

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ANA PAULA SANTOS

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MOISES ANTONIO DE SENA

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TANIA MARIZA MITIDIERO GUELMAN

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DANIELLA AUGUSTO MONTAGNOLLI

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RENATA KARLA DA SILVA CRUZ

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TATIANA FACCHIM RIBEIRO

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MARIA CECÍLIA DE SOUZA LIMA ROSSI

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VANESSA RODRIGUES DA CUNHA PEREIRA FIALDINI

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CRISTIANE QUELI DA SILVA GALLO

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JOSE CARLOS DA SILVA

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MARIA LUIZA MONTEIRO CANALE

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NILSON LÁZARO MONTEIRO JÚNIOR

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JOHANN ULRICH HAAGEN

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CARLOS ROBERTO DENESZCZUK ANTONIO

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ALVARO OTAVIO RIBEIRO DA SILVA

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ANTONIO CANDIDO DE OLIVEIRA NETO

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ROSMEIRE ZOLESE

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DOMICIO FELIX DOS SANTOS

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JOSÉ EDUARDO ALBUQUERQUE OLIVEIRA

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HEDY LAMARR VIEIRA DOUCA

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JULIANA MEIRELLES MACHADO

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FRANCISCO SOARES LUNA

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LUCIANA DE MELLO E SOUZA CAMARDELLA

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GERALDO EUSTÁQUIO MARTINS ROBERTO

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ISABEL DE FÁTIMA APARECIDA SANTOS ROBERTO

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GERSINO DE FREITAS BARBOSA

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LUCIANA BEEK DA SILVA

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ANDRÉA CLAUDIA GALAFASSI

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SÉRGIO APARECIDO LEÃO

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JOUSSEF HADDAD

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MANUEL CARLOS COIMBRA JORGE

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EMERSON DE ALMEIDA MAIORINI

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ALICE MARIA MARQUES PERAZZINI

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EDISON AIRON DE ALMEIDA MACHADO

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ANDERSON ALVES DE ALBUQUERQUE

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YOUSSEPH ELIAS CALIXTO

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ROBERTA PIMENTEL CALIXTO

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VALÉRIA JABUR MALUF MAVUCHIAN LOURENÇO

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PAULO SOARES SILVA

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FRANCISCO MARQUES

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FABIANO SCHWARTZMANN FOZ

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EVANDRO MARCOS MARROQUE

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TATIANA MIDORI AKAMATSU

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AGNALDO DO NASCIMENTO

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GILBERTO GIANSANTE

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LUMBELA FERREIRA DE ALMEIDA

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ANTONIO APRIGIO FERNANDES DA SILVA

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MARIA SATIKO FUGI

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MARIA ESTELA DUTRA

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JOSE EUGENIO DE LIMA

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MARCOS FLAVIO FARIA

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STEFAN SCHMIDT LUZ

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JORGE ANTONIO SOARES DE NOVAES FILHO

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RAQUEL DA SILVA BALLIELO SIMAO

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TONI ROBERTO MENDONÇA

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MARIA AUXILIADORA FRANÇA SENNE

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KLAYTON MUNEHIRO FURUGUEM

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CAESAR AUGUSTUS F S ROCHA DA SILVA

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NILTON SERSON

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ALBERTO DOS SANTOS LANDINI

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JOSE GERALDO VIEIRA

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MEIRE DE OLIVEIRA SANTANA GONÇALVES

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RODRIGO VICTORAZZO HALAK

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DAVID ISSA HALAK

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ANA PAULA DE CARVALHO PAEZ HALAK

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VERA LUCIA CAVALIERE OLIVEIRA

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PEDRO ROCHA FILHO

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LUCIANA DAMASCENO ABRAHAO

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MARIA APARECIDA EVANGELISTA DE AZEVEDO

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KATHIA REGINA ANDRADE DE OLIVEIRA

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ANTONIO ROSELLA

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ISMAEL VIEIRA DE CRISTO CONSTANTINO

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CRISTIANO PEREIRA DE MAGALHAES

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PAULO GONÇALVES JUNIOR

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MAURICIO DE CAMPOS VEIGA

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RODRIGO DUARTE DA SILVA

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FERNANDA SORDI GERBASI DE CAMPOS VEIGA

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KEYLA APARECIDA MELO FERRARESI

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RICARDO NOGUEIRA E QUEIROZ

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DINO DE PICCOLI

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MARIA ISABEL FARIA DE ALMEIDA BARBOSA

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ORLANDO CASADEI JUNIOR

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MARLI TEGE ALVES

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ALESSANDRA APARECIDA DESTEFANI

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SIDNEY VIDAL LOPES

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VALDIR PEREIRA DE BARROS

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NEWTON ANTONIO RIBEIRO DE SOUZA

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GABRIEL FREIRE DA SILVA NETO

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ANTONIO CARLOS MECCIA

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RUBENS PEREIRA FEICHAS NETTO

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ROBERTO CICIVIZZO JUNIOR

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MARIA LETICIA TRIVELLI

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MANOEL JOSE DE ALENCAR FILHO

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ELSO HENRIQUES

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SIMONE BELLINO

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ELIANE PIRES SABADIN

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IEDA KIYONAGA MARCOS

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JOSE DOMINGOS BITTENCOURT

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MILTON DE SOUZA FERNANDES JUNIOR

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FABIO TAKAHASHI

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ROGERIO TETSUYA NARUZAWA

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SOLANGE TAKAHASHI MATSUKA

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RICARDO LUIS BARROSO

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CRISTIANE GUIDORIZZI SANCHEZ

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AIRA CRISTINA RACHID BRUNO DE LIMA

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MAURO SALLES FERREIRA LEITE

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ANGELA APARECIDA CAMPEDELLI

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LUCIANA KUSHIDA

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ANA CAROLINA GUIDI TROVÓ

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ELAINE CATARINA BLUMTRITT GOLTL

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GERALDO APARECIDO BARBOSA

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SANDRA CRISTINA BRANCO BARBOSA

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PAULO EDUARDO ACERBI

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VALÉRIO RODRIGUES DIAS

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CILMARA MATEUS TOMAC

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TAÍS AMORIM DE ANDRADE

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LUCIANA BAMPA BUENO DE CAMARGO HADDAD

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RODRIGO NUNES SIMÕES

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EDUARDO PROZZI HONORATO

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PRISCILLA PEREIRA DE CARVALHO

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GEZZY LOPES

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PAULINO GARCIA FERNANDEZ

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ALESSANDRA DUNDES RODRIGUES RIOS

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ROBERTO MARTINHO DOS SANTOS

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MARIA LUCIA CARDOSO GARCIA

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SHIRLEY ÁVILA FERREIRA

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LUIZ GUSTAVO ROCHA MALHEIROS

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RENATA NUNES DOS SANTOS

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DÉBORA PAMPONET DA CUNHA MOURA

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RICARDO DE ABREU BARBOSA

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PEDRO ZEMECZAK

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ANTONIO DONIZETI GONCALVES

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ANTONIO LUCIANO TAMBELLI

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RUBENS PESTANA DE ANDRADE

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MAURO BASTOS VALBÃO

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LAURO FERREIRA

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PAULO DE TARSO ANDRADE BASTOS

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CLAUDIO RODRIGUES MORALES

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MAURO FERRIM FILHO

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WILLIANS DUARTE DE MOURA

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ROBERTO LEONESSA

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JOSE MARINHO DOS SANTOS FILHO

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MARCIA CRISTINA GIUSTI CASADEI

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TELMA CELI RIBEIRO DE MORAES

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SIDNEY LAZARO DOS SANTOS

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BABINET HERNANDEZ

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LEONARDO PERES LEITE

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ANTONIO FRANCISCO GODOI

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JULIANA SANTOS DE MORAIS

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DEBORA NICOLETI

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RAIMUNDO FERREIRA DA CUNHA NETO

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ADÉLCIO CARLOS MIOLA

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JUCENIR BELINO ZANATTA

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JOAO ROGERIO ROMALDINI DE FARIA

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JOSE ROBERTO MAZETTO

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ADRIANO FACHIOLLI

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PROCESSOS DISTRIBUÍDOS EM 10/07/2025 2211326-65.2025.8.26.0000; Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 5… PROCESSOS DISTRIBUÍDOS EM 10/07/2025 2211326-65.2025.8.26.0000; Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011; Agravo de Instrumento; 10ª Câmara de Direito Privado; ANGELA MORENO PACHECO DE REZENDE LOPES; Foro de São Bernardo do Campo; 4ª Vara Cível; Falência de Empresários, Sociedades Empresáriais, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; 1036207-98.2024.8.26.0564; Recuperação judicial e Falência; Agravante: Ibf Industria Brasileira de Formularios Ltda; Advogado: Adriano Fachiolli (OAB: 303396/SP); Advogado: Jose Roberto Mazetto (OAB: 31453/SP); Agravado: Joao Rogerio Romaldini de Faria; Advogado: Joao Rogerio Romaldini de Faria (OAB: 115445/SP); Interessado: Credores; Advogado: Jucenir Belino Zanatta (OAB: 125881/SP); Advogado: Adélcio Carlos Miola (OAB: 122246/SP); Advogado: Raimundo Ferreira da Cunha Neto (OAB: 70074/SP); Advogada: Debora Nicoleti (OAB: 125122/SP); Advogada: Juliana Santos de Morais (OAB: 313785/SP); Advogado: Antonio Francisco Godoi (OAB: 101643/SP); Advogado: Leonardo Peres Leite (OAB: 234694/SP); Advogado: Babinet Hernandez (OAB: 67976/SP); Advogado: Sidney Lazaro dos Santos (OAB: 116214/SP); Advogada: Telma Celi Ribeiro de Moraes (OAB: 89174/SP); Advogada: Marcia Cristina Giusti Casadei (OAB: 90348/SP); Advogado: Jose Marinho dos Santos Filho (OAB: 108253/SP); Advogado: Roberto Leonessa (OAB: 120069/SP); Advogado: Willians Duarte de Moura (OAB: 130951/SP); Advogado: Mauro Ferrim Filho (OAB: 77006/SP); Advogado: Claudio Rodrigues Morales (OAB: 72927/SP); Advogado: Paulo de Tarso Andrade Bastos (OAB: 60670/SP); Advogado: Lauro Ferreira (OAB: 54057/SP); Advogado: Mauro Bastos Valbão (OAB: 49532/SP); Advogado: Rubens Pestana de Andrade (OAB: 8202/SP); Advogado: Antonio Luciano Tambelli (OAB: 39690/SP); Advogado: Antonio Donizeti Goncalves (OAB: 88674/SP); Advogado: Pedro Zemeczak (OAB: 80812/SP); Advogado: Ricardo de Abreu Barbosa (OAB: 138399/SP); Advogada: Débora Pamponet da Cunha Moura (OAB: 189514/SP); Advogada: Renata Nunes dos Santos (OAB: 185359/SP); Advogado: LUIZ GUSTAVO ROCHA MALHEIROS (OAB: 169731/SP); Advogada: Shirley Ávila Ferreira (OAB: 164503/SP); Advogada: Maria Lucia Cardoso Garcia (OAB: 154017/SP); Advogado: Roberto Martinho dos Santos (OAB: 147071/SP); Advogada: Alessandra Dundes Rodrigues Rios (OAB: 193109/SP); Advogado: Paulino Garcia Fernandez (OAB: 54966/SP); Advogado: Gezzy Lopes (OAB: 84367/SP); Advogada: Priscilla Pereira de Carvalho (OAB: 111264/SP); Advogado: Eduardo Prozzi Honorato (OAB: 183070/SP); Advogado: Rodrigo Nunes Simões (OAB: 204857/SP); Advogada: Luciana Bampa Bueno de Camargo Haddad (OAB: 132240/SP); Advogada: Taís Amorim de Andrade (OAB: 154368/SP); Advogada: Cilmara Mateus Tomac (OAB: 125954/SP); Advogado: Valério Rodrigues Dias (OAB: 172213/SP); Advogado: Paulo Eduardo Acerbi (OAB: 158849/SP); Advogada: Sandra Cristina Branco Barbosa (OAB: 136699/SP); Advogado: Geraldo Aparecido Barbosa (OAB: 30663/SP); Advogada: Elaine Catarina Blumtritt Goltl (OAB: 104416/SP); Advogada: Ana Carolina Guidi Trovó (OAB: 123657/SP); Advogada: Luciana Kushida (OAB: 125660/SP); Advogada: Angela Aparecida Campedelli (OAB: 86162/SP); Advogado: Mauro Salles Ferreira Leite (OAB: 200888/SP); Advogada: Aira Cristina Rachid Bruno de Lima (OAB: 118351/SP); Advogada: Cristiane Guidorizzi Sanchez (OAB: 118582/SP); Advogado: Ricardo Luis Barroso (OAB: 166926/SP); Advogada: Solange Takahashi Matsuka (OAB: 152999/SP); Advogado: Rogerio Tetsuya Naruzawa (OAB: 207621/SP); Advogado: Fabio Takahashi (OAB: 236034/SP); Advogado: Milton de Souza Fernandes Junior (OAB: 27825/SP); Advogado: Jose Domingos Bittencourt (OAB: 129147/SP); Advogada: Ieda Kiyonaga Marcos (OAB: 134837/SP); Advogada: Eliane Pires Sabadin (OAB: 224895/SP); Advogada: Simone Bellino (OAB: 141524/SP); Advogado: Elso Henriques (OAB: 35419/SP); Advogado: Manoel Jose de Alencar Filho (OAB: 128289/SP); Advogada: Maria Leticia Trivelli (OAB: 77862/SP); Advogado: Roberto Cicivizzo Junior (OAB: 114342/SP); Advogado: Rubens Pereira Feichas Netto (OAB: 166302/SP); Advogado: Antonio Carlos Meccia (OAB: 21618/SP); Advogado: Gabriel Freire da Silva Neto (OAB: 138201/SP); Advogado: Newton Antonio Ribeiro de Souza (OAB: 23550/SP); Advogado: Valdir Pereira de Barros (OAB: 153901/SP); Advogado: Sidney Vidal Lopes (OAB: 64323/SP); Advogada: Alessandra Aparecida Destefani (OAB: 183794/SP); Advogada: Marli Tege Alves (OAB: 77328/SP); Advogado: Orlando Casadei Junior (OAB: 94624/SP); Advogada: Maria Isabel Faria de Almeida Barbosa (OAB: 97076/SP); Advogado: Dino de Piccoli (OAB: 149302/SP); Advogado: Ricardo Nogueira E Queiroz (OAB: 185818/SP); Advogada: Keyla Aparecida Melo Ferraresi (OAB: 156008/SP); Advogada: Fernanda Sordi Gerbasi de Campos Veiga (OAB: 232509/SP); Advogado: Rodrigo Duarte da Silva (OAB: 257977/SP); Advogado: Mauricio de Campos Veiga (OAB: 39213/SP); Advogado: Paulo Gonçalves Junior (OAB: 856/AC); Advogado: Cristiano Pereira de Magalhaes (OAB: 123938/SP); Advogado: Ismael Vieira de Cristo Constantino (OAB: 116358/SP); Advogado: Antonio Rosella (OAB: 33792/SP); Advogada: Kathia Regina Andrade de Oliveira (OAB: 84616/SP); Advogada: Maria Aparecida Evangelista de Azevedo (OAB: 76928/SP); Advogada: Luciana Damasceno Abrahao (OAB: 151156/SP); Advogado: Pedro Rocha Filho (OAB: 73612/SP); Advogada: Vera Lucia Cavaliere Oliveira (OAB: 108970/SP); Advogada: Ana Paula de Carvalho Paez Halak (OAB: 128111/SP); Advogado: David Issa Halak (OAB: 17674/SP); Advogado: Rodrigo Victorazzo Halak (OAB: 122712/SP); Advogada: Meire de Oliveira Santana Gonçalves (OAB: 78744/SP); Advogado: Jose Geraldo Vieira (OAB: 76995/SP); Advogado: Alberto dos Santos Landini (OAB: 48941/SP); Advogado: Nilton Serson (OAB: 84410/SP); Advogado: Caesar Augustus F S Rocha da Silva (OAB: 146138/SP); Advogado: Klayton Munehiro Furuguem (OAB: 150062/SP); Advogada: Maria Auxiliadora França Senne (OAB: 96186/SP); Advogado: Toni Roberto Mendonça (OAB: 199759/SP); Advogada: Raquel da Silva Ballielo Simao (OAB: 111749/SP); Advogado: Jorge Antonio Soares de Novaes Filho (OAB: 253656/SP); Advogado: Stefan Schmidt Luz (OAB: 258307/SP); Advogado: Marcos Flavio Faria (OAB: 156172/SP); Advogado: Jose Eugenio de Lima (OAB: 99896/SP); Advogada: Maria Estela Dutra (OAB: 106316/SP); Advogada: Maria Satiko Fugi (OAB: 108551/SP); Advogado: Antonio Aprigio Fernandes da Silva (OAB: 124820/SP); Advogada: Lumbela Ferreira de Almeida (OAB: 134165/SP); Advogado: Gilberto Giansante (OAB: 76519/SP); Advogado: Agnaldo do Nascimento (OAB: 177637/SP); Advogada: Tatiana Midori Akamatsu (OAB: 149755/SP); Advogado: Evandro Marcos Marroque (OAB: 231434/SP); Advogado: Fabiano Schwartzmann Foz (OAB: 158291/SP); Advogado: Francisco Marques (OAB: 195535/SP); Advogado: Paulo Soares Silva (OAB: 151545/SP); Advogada: Valéria Jabur Maluf Mavuchian Lourenço (OAB: 198327/SP); Advogada: Roberta Pimentel Calixto (OAB: 211665/SP); Advogado: Yousseph Elias Calixto (OAB: 142957/SP); Advogado: Anderson Alves de Albuquerque (OAB: 220726/SP); Advogado: Edison Airon de Almeida Machado (OAB: 22777/RS); Advogada: Alice Maria Marques Perazzini (OAB: 102145/SP); Advogado: Emerson de Almeida Maiorini (OAB: 176708/SP); Advogado: Manuel Carlos Coimbra Jorge (OAB: 95971/SP); Advogado: Joussef Haddad (OAB: 26981/SP); Advogado: Sérgio Aparecido Leão (OAB: 158611/SP); Advogada: Andréa Claudia Galafassi (OAB: 155699/SP); Advogada: Luciana Beek da Silva (OAB: 196497/SP); Advogado: Gersino de Freitas Barbosa (OAB: 250838/SP); Advogada: Isabel de Fátima Aparecida Santos Roberto (OAB: 166546/SP); Advogado: Geraldo Eustáquio Martins Roberto (OAB: 167199/SP); Advogada: Luciana de Mello E Souza Camardella (OAB: 240050/SP); Advogado: Francisco Soares Luna (OAB: 94021/SP); Advogada: Juliana Meirelles Machado (OAB: 254652/SP); Advogada: Hedy Lamarr Vieira Douca (OAB: 93953/SP); Advogado: José Eduardo Albuquerque Oliveira (OAB: 168044/SP); Advogado: Domicio Felix dos Santos (OAB: 116132/SP); Advogada: Rosmeire Zolese (OAB: 100677/SP); Advogado: Antonio Candido de Oliveira Neto (OAB: 37901/SP); Advogado: Alvaro Otavio Ribeiro da Silva (OAB: 30865/RS); Advogado: Carlos Roberto Deneszczuk Antonio (OAB: 146360/SP); Advogado: Johann Ulrich Haagen (OAB: 240041/SP); 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Advogada: Vilene Lopes Bruno Preotesco (OAB: 105394/SP); Advogado: Elvis Cleber Narcizo (OAB: 96823/SP); Advogado: Raphael da Silva Maia (OAB: 161562/SP); Advogado: Evandro Ribeiro Jacobsen (OAB: 68600/SP); Advogado: Carlos Roberto de Oliveira Caiana (OAB: 37608/SP); Advogada: Noelia de Souza Almeida Lima (OAB: 125802/SP); Advogado: ELDER FERREIRA (OAB: 108286/MG); Advogado: Samuel Pereira da Silva (OAB: 97415/SP); Advogada: Zenaide Garcia da Silva (OAB: 101050/SP); Advogada: Ligia Cristina Martins (OAB: 120366/SP); Advogado: Waldemar Gattermayer (OAB: 63614/SP); Advogada: Maria Luiza Dias Mukai (OAB: 96227/SP); Advogado: Saullo Veras Meireles (OAB: 25012/PE); Advogada: Nadia Nami Nakata (OAB: 395280/SP); Advogada: Paula Ferraresi Santos (OAB: 292062/SP); Advogada: Lenira Aparecida de A E Silva (OAB: 110582/SP); Advogado: Leoberto Paulo Venancio (OAB: 138867/SP); Advogado: Alexandre Carnevali da Silva (OAB: 218840/SP); Advogado: Agenor Barreto Parente (OAB: 6381/SP); Advogado: Fernando Branco Wichan (OAB: 70825/SP); 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Advogado: thania regina gomes ribeiro (OAB: 90639/RJ); Advogado: Arthur Marcel Batista Gomes (OAB: 15794/AM); Advogada: Anna Paola Lorusso Martino (OAB: 450596/SP); Advogada: Maria Lucia Monaco (OAB: 71964/SP); Advogado: Carlos Eduardo Santos Nito (OAB: 297103/SP); Advogado: Erich Robert Almeida Syravatka (OAB: 424867/SP); Advogado: Fernando Alves dos Santos Junior (OAB: 317834/SP); Advogado: Rosana Maria do Carmo Nito Nunes (OAB: 239277/SP); Advogada: Alessandra Rossini (OAB: 114618/SP); Advogada: Mara Cristina de Siena (OAB: 98220/SP); Advogado: Carlos Alberto Marcondes (OAB: 114844/SP); Advogado: Wagner Donegati (OAB: 153851/SP); Advogado: Robson Eiti Utiyama (OAB: 133004/SP); Advogado: Andre Guimaraes Rieger (OAB: 32204/RS); Advogado: José Benedito Denardi (OAB: 92036/SP); Advogado: Paulo Rogerio Pereira da Silva (OAB: 111707/SP); Advogada: Karine Pereira da Silva (OAB: 256986/SP); Advogado: Dirceu Scariot (OAB: 98137/SP); Advogado: Edison Ribeiro dos Santos (OAB: 140690/SP); Advogado: Marcio Scariot (OAB: 163161/SP); Advogada: Iracema Vieira de Cristo Bizzarro (OAB: 415460/SP); Advogada: Livia Maria Rodrigues Cruz (OAB: 357310/SP); Advogada: Isabel Cristina de Medeiros Tormes (OAB: 118586/SP); Advogado: Rodrigo Gallone Modesto (OAB: 324473/SP); Advogada: Marli Navarro Guirado (OAB: 323390/SP); Advogado: Jose Roberto Mazetto (OAB: 31453/SP); Advogado: Marcio Luiz Simon Heckler (OAB: 85295/RS); Advogado: Marcelo Rugeri Grazziotin (OAB: 27486/RS); Advogado: José Carlos de Oliveira (OAB: 157546/SP); Advogada: Renata Quintela Tavares Rissato (OAB: 150185/SP); Advogada: Adriana Gomes Marcena (OAB: 265087/SP); Advogado: Jose Augusto Rodrigues Junior (OAB: 69835/SP); Advogado: Sergio Eduardo Tomaz (OAB: 352504/SP); Advogado: Jeferson Albertino Tampelli (OAB: 133046/SP); Advogado: Ivan Pedro de Melo (OAB: 107316/SP); Advogado: Arnon Gabriel de Lima Amorim (OAB: 30733/ES); Advogado: Carlos Antonio dos Santos (OAB: 365705/SP); Advogado: Thiago Pirett Pereira (OAB: 328447/SP); Advogado: Leonardo Luiz Wilhelm (OAB: 106329/RS); Advogado: Thiago Crestani Damian (OAB: 78975/RS); Advogado: Renato Luis Azevedo de Oliveira (OAB: 125162/SP); Advogada: Dauane Aparecida de Campos Oliveira (OAB: 405010/SP); Advogado: Marco Aurelio Alves Medeiros (OAB: 102520/RJ); Advogada: Andrea Cruz Salles (OAB: 96250/RJ); Advogado: BRUNO BRANDAO MATTOS (OAB: 227818/RJ); Advogado: Paulo Luciano de Andrade Minto (OAB: 107864/SP); Advogado: Fábio Rodrigues Garcia (OAB: 160182/SP); Advogada: Natália Trindade Varela Dutra (OAB: 222185/SP); Advogada: Michelle Glayce Maia da Silva (OAB: 197138/SP); Advogada: Denise Maia de Souza Macêdo Sequetin (OAB: 354499/SP); Advogado: Adriano Jorge Barbosa de Melo (OAB: 20298/PE); Advogado: Jairo Gomes de Oliveira Júnior (OAB: 34601/PE); Advogado: Ivonildo Pratts (OAB: 9574/SC); Advogado: Antônio Ulisses Dias Pratts (OAB: 40178/SC); Advogado: FABIANO PIRES BERTOLETTI (OAB: 71515/RS); Advogada: Marcia Teodora da Costa (OAB: 236424/SP); Advogado: Roberto Rached Jorge (OAB: 208520/SP); Advogado: Leandro Mendes Benatti (OAB: 502678/SP); Advogada: Luana A. Boufleur (OAB: 21067/SC); Advogado: Heverton da Silva Lins (OAB: 17463/SC); Advogado: Jackson Silva Lins (OAB: 15867/SC); Advogado: Waldemar de Oliveira Ramos Junior (OAB: 95226/SP); Advogado: Jose Maria Ribas (OAB: 198477/SP); Advogado: Ricardo Ceratti Manfro (OAB: 23252/RS); Advogado: Gustavo Rodrigo Góes Nicoladeli (OAB: 319501/SP); Advogada: Fernanda Elissa de Carvalho Awada (OAB: 132649/SP); Advogada: Clarisse Abel Natividade (OAB: 182766/SP); Advogada: Rejane Osorio da Rocha (OAB: 25316/RS); Advogada: Giane Stroh Baldasso (OAB: 117455/SP); Advogado: Elio Euler Baldasso (OAB: 169976/SP); Advogado: Marcos Roberto de Siqueira (OAB: 171132/SP); Advogado: Carlos Ferreira (OAB: 103274/SP); Advogada: Tania Regina Silva Secondo (OAB: 63737/SP); Advogado: Donato Antonio Secondo (OAB: 130550/SP); Advogada: Denise Elaine do Carmo Dias (OAB: 118684/SP); Advogado: Rafael Varize Custodio (OAB: 424687/SP); Advogado: Luis Antonio de Medeiros (OAB: 90357/SP); Advogado: Evandro Campoi (OAB: 260998/SP); Advogado: Pedro Ricardo E Serpa (OAB: 248776/SP); Advogada: Marina Monteiro Chierighini Lacaz (OAB: 286669/SP); Advogado: André Villac Polinesio (OAB: 203607/SP); Advogado: Pedro Luiz Viviani (OAB: 128511/SP); Advogado: Maria Zélia de Oliveira e Oliveira (OAB: 6450/PR); Advogado: Wilson Sokolowski (OAB: 2676/PR); Advogado: Erisvaldo Pereira de Freitas (OAB: 196001/SP); Advogado: Rogério Leonetti (OAB: 158423/SP); Advogado: Geraldo de Figueredo Cavalcante (OAB: 109713/SP); Advogado: William Flores Cavalcante (OAB: 212065/SP); Advogado: Leonardo Schneider Silva (OAB: 46335/SC); Advogado: Lucas Seixas Baio (OAB: 280802/SP); Advogada: Ursula Roschana de Oliveira Alves de Lima (OAB: 37503/PR); Advogada: Soraya Rodrigues Machado (OAB: 104925/SP); Advogado: Paulo Sergio Gagliardi Palermo (OAB: 99826/SP); Advogado: Jose Henrique de Araujo (OAB: 121267/SP); Advogado: Bruno Puerto Carlin (OAB: 194949/SP); Advogado: Messias de Paula Ferreira (OAB: 141311/SP); Advogada: Juliana Ribeiro Gonçalves Bonatto (OAB: 39424/PR); Advogado: Luciano Ribeiro Gonçalves (OAB: 42979/PR); Advogado: Luciano Malaquias Gumy (OAB: 74864/PR); Advogada: Tatiana Aparecida Ferreira Gomes Galli (OAB: 350019/SP); Advogado: Jose Vicente de Souza (OAB: 109144/SP); Advogado: Allan Santos Oliveira (OAB: 260907/SP); Advogado: Vinícius José Silva Rios (OAB: 515333/SP); Advogado: Guilherme de Carvalho Camargo (OAB: 512342/SP); Advogado: Adeilson Celia dos Santos (OAB: 475920/SP); Advogada: Rebeca Jordão Silva Alencar (OAB: 481029/SP); Advogada: Lucineide Cavalcante Cezario (OAB: 134098/RJ); Advogada: Fabiana Nogueira Nista Salvador (OAB: 305142/SP); Advogado: Otavio Cristiano Tadeu Mocarzel (OAB: 74073/SP); Advogada: Tania Garisio Sartori Mocarzel (OAB: 73073/SP); Advogada: Tania Pantano (OAB: 138855/SP); Advogada: Ascenção Amarelo Martins (OAB: 154749/SP); Advogada: Irys César (OAB: 409514/SP); Advogada: Rosangela Rodrigues de Oliveira (OAB: 433812/SP); Ficam as partes intimadas para se manifestarem acerca de eventual oposição motivada ao julgamento virtual, nos termos do art. 1º da Resolução 549/2011, do Órgão Especial deste Tribunal, observando-se o teor do Comunicado nº 87/2024.

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Italo Griggi Filho x Azul Linhas Aéreas Brasileiras S.A.

ID: 306146901

Tribunal: TJMT Órgão: 3º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CUIABÁ Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1020531-36.2025.8.11.0001

Data de Disponibilização: 24/06/2025

Polo Ativo:

ITALO GRIGGI FILHO

Polo Passivo:

AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A.

Sentença

Advogados:

DANYHELLEN LORENCONI BORGES

OAB/MT XXXXXX Desbloquear

FLAVIO IGEL

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

SENTENÇA Processo: 1020531-36.2025.8.11.0001 Requerente: ITALO GRIGGI FILHO Requerido: AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A. Vistos, etc. Relatório dispensado (artigo 38 da Lei n. 9.099/1995). 1. FUNDA… SENTENÇA Processo: 1020531-36.2025.8.11.0001 Requerente: ITALO GRIGGI FILHO Requerido: AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A. Vistos, etc. Relatório dispensado (artigo 38 da Lei n. 9.099/1995). 1. FUNDAMENTAÇÃO Trata-se de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, tendo por objeto cancelamento e atraso de voo, bem com o extravio temporário de bagagem. É curial salientar, ainda, que o feito comporta julgamento antecipado do pedido, haja vista que as provas dos autos são suficientes para a solução da lide, sendo, portanto, dispensável a dilação probatória, na forma do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil. Antes de adentrarmos no exame do mérito da celeuma, se faz necessário sejam enfrentadas as questões preliminares suscitadas. 1.1. Das preliminares. 1.1.1. Da Conexão. No que tange ao pedido de conexão da demanda registrada sob o nº. 1020757-41.2025.8.11.0001, entendo que não merece acolhimento, posto que, o fato dos autores serem membros da mesma família não justifica a reunião dos processos, já que se trata de um direito individual, ao qual, a análise individualizada dos prejuízos experimentados por cada passageiro é essencial para garantir uma decisão justa e proporcional. Ademais, esclareço que na ação nº. 1020757-41.2025.8.11.0001, a autora, além dos danos morais, pleiteia o ressarcimento das despesas relacionadas ao extravio da bagagem. Portanto, não há que se falar na ocorrência de conexão quando as ações não possuem a mesma causa de pedir. Sendo assim, rejeito a preliminar suscitada. 1.1.2. Da Aplicação do Código Brasileiro de Aeronáutica. Em relação a aplicabilidade do código brasileiro de aeronáutica em detrimento do código de defesa do consumidor, verifica-se que também não merece guarida, haja vista que de acordo com o entendimento do STJ, com o advento Lei n.º 8.078/90, nas questões decorrentes de falha na prestação de serviço de transporte nacional contratado entre o passageiro e a companhia aérea, na qualidade de consumidor e fornecedor, deve-se aplicar o CDC, não prevalecendo o disposto na Convenção de Varsóvia, Código Brasileiro de Aeronáutica, tampouco na Lei 8.987/95, vez que se trata, efetivamente, de relação de consumo. (AgInt no AREsp 874.427/SP). Assim sendo, rejeito a preliminar arguida. Vencida a questão preliminar, passo ao exame do mérito. 1.2. Do Mérito O deslinde da celeuma instaurada entre as partes litigantes depende da análise se houve, ou não, falha na prestação de serviço e consequentemente o dever de indenizar. No presente caso, trata-se de relação jurídica na qual deve ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90), tendo em vista a adequação das partes ao conceito de consumidor (art. 2º) e fornecedor (art. 3º), sendo possível a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII do mesmo Códex. Sob esse enfoque, cabe ao reclamante a demonstração do fato constitutivo do seu direito (art. 373, I, CPC), e ao réu, o ônus da contraprova, existência de fato modificativo, impeditivo ou extintivo e as causas de excludente de responsabilidade (art. 373, II, CPC, art. 188, I, CC e art. 14, § 3° CDC) Na exordial, o reclamante alega ter adquirido passagens aéreas da empresa requerida para o trajeto de Cuiabá/MT e Maceió/AL, com conexão Campinas/SP, cuja chegada ao destino final programada para 30/01/2025, às 9h10. Porém, o voo inicial foi cancelado, resultando em sua reacomodação em voo subsequente, o que postergou a sua chegada para o horário de 18h05, do mesmo dia (ID. 188591844). Em contestação, a empresa reclamada confirmou o cancelamento do voo, justificando-o por necessidade de manutenção não programada da aeronave como forma de excludente de responsabilidade. Além disso, afirmou que foi prestada ao passageiro toda a assistência necessária e que se tratou de mero aborrecimento. (ID. 193008925). O reclamante, por sua vez, impugnou os argumentos apresentados na contestação, reafirmando os fatos expostos na petição inicial, aduzindo que houve falha na prestação do serviço e, consequentemente, deve ser indenizado pelos danos morais decorrentes do atraso do voo (ID. 194136320). Assim sendo, no caso em tela é incontroverso o cancelamento do voo, pois reconhecido pela própria parte reclamada (art. 374, II, do CPC), não dependendo de provas. Desse modo, a controvérsia consiste em analisar se o cancelamento e atraso do voo, configuram falha na prestação do serviço, ensejando indenização por danos morais. Analisando o conjunto probatório dos autos, verifica-se que a empresa reclamada não se desincumbiu do seu ônus da prova (art. 373, II, CPC), visto que a justificativa do cancelamento sob a alegação de manutenção não programada, não basta para afastar a falha na prestação do serviço, já que se trata de circunstância inerente ao risco da atividade (IDs. 188591856 e 188591865). Nesse sentido, convém ressaltar que os documentos juntados pelo autor demonstram que devido ao cancelamento do voo 4341, houve reacomodação em novo itinerário com duas conexões adicionais, resultando em um atraso de 8h55, para chegada ao destino final, já que o desembarque que estava previsto para 09h10 do dia 30/01/2025, mas foi postergado para 18h05 do mesmo dia. À luz das considerações expendidas, cabia à requerida demonstrar o cumprimento das disposições contidas na Resolução 400/2016 da ANAC. Ou seja, que comunicou o cancelamento adequadamente com antecedência mínima de 72 horas; que prestou assistência material eficiente ao passageiro (arts. 26 e 27) e, por fim, que facultou a reacomodação na primeira oportunidade (art. 28). Assim sendo, o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, estabelece que o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pelos danos advindos da prestação, se não demonstradas causas excludentes (§ 3º), expressado na obrigação objetiva e teoria do risco do negócio. Dessa forma, o cancelamento do voo sem prévia comunicação aliada ao atraso na chegada do passageiro ao destino final, configura falha na prestação do serviço por parte da companhia aérea, ensejando o dever de indenizar por danos morais. Senão vejamos: DIREITO DO CONSUMIDOR. RECURSO INOMINADO. CANCELAMENTO DE VOO. FALTA DE COMUNICAÇÃO PRÉVIA EM PRAZO LEGAL. ESPERA DE 12 HORAS EM AEROPORTO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. I. CASO EM EXAME. Recurso interposto pelos reclamantes contra decisão monocrática, que homologou o projeto de sentença elaborado por juiz leigo e julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais, fundado em falha na prestação de serviço de transporte aéreo. Os autores alegaram que tiveram o voo cancelado e foram realocados para outro voo com longa espera em aeroporto, sem comunicação prévia dentro do prazo regulamentar. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO. Há duas questões em discussão: (i) definir se houve falha na prestação do serviço aéreo decorrente do cancelamento do voo sem comunicação prévia adequada; e (ii) determinar se os transtornos suportados pelos consumidores caracterizam dano moral indenizável. III. RAZÕES DE DECIDIR. A relação jurídica entre as partes é de consumo, sujeita à responsabilidade objetiva do fornecedor por falhas na prestação do serviço, conforme art. 14 do Código de Defesa do Consumidor. A companhia aérea não comprovou a comunicação do cancelamento do voo com antecedência mínima de 72 horas, conforme exigido pelo art. 12 da Resolução nº 400/2016 da ANAC, tampouco apresentou prova idônea da ciência ou concordância dos passageiros. A ausência de comunicação prévia adequada resultou em espera de 12 horas no aeroporto para conexão, configurando falha na prestação do serviço. A jurisprudência reconhece que situações como essa ultrapassam o mero aborrecimento, caracterizando dano moral indenizável presumido (dano in re ipsa). O valor de R$ 5.000,00 arbitrado para cada autor observa os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, sendo adequado à extensão dos danos e ao caráter compensatório e pedagógico da indenização. Os juros legais incidem à taxa de 1% ao mês até 27/08/2024, e, a partir de 28/08/2024, aplica-se a Taxa Selic, nos termos do art. 406, § 1º, do Código Civil, com redação dada pela Lei nº 14.905/2024. IV. DISPOSITIVO E TESE. Recurso parcialmente provido. Tese de julgamento: A companhia aérea responde objetivamente por falha na prestação do serviço quando cancela voo sem comunicar o consumidor com a antecedência mínima exigida pela regulamentação da ANAC. A longa espera no aeroporto decorrente de realocação em voo não comunicado adequadamente configura dano moral indenizável, independentemente de prova do prejuízo específico. A partir da vigência da Lei nº 14.905/2024, os juros legais devem ser calculados com base na Taxa Selic, conforme art. 406, § 1º, do Código Civil. Dispositivos relevantes citados: CDC, arts. 6º, VI, e 14; CC, arts. 405 e 406, § 1º (com redação da Lei nº 14.905/2024); Lei nº 9.099/95, art. 55; Resolução ANAC nº 400/2016, art. 12. Jurisprudência relevante citada: TJMT, N.U 1008678-75.2023.8.11.0041, rel. Des. Carlos Alberto Alves da Rocha, j. 16.11.2023; TJMT, N.U 1022603-61.2023.8.11.0002, rel. Juiz Hildebrando da Costa Marques, j. 09.04.2024; TJMT, N.U 1035685-96.2022.8.11.0002, rel. Juiz Sebastião de Arruda Almeida, j. 16.10.2023. (N.U 1060725-15.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, GONCALO ANTUNES DE BARROS NETO, Primeira Turma Recursal, Julgado em 09/05/2025, Publicado no DJE 09/05/2025). A corroborar: TRANSPORTE AÉREO. CANCELAMENTO DO VOO QUE CULMINOU COM O ATRASO DE 05 DIAS EM RELAÇÃO AO VOO ORIGINAL. AUSÊNCIA DE JUSTIFICATIVA PELA RECLAMADA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO FIXADA NOS PARÂMETROS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. 1. Pretensão recursal visando a reforma da sentença, sob a alegação de que o atraso e o cancelamento ocorreram nos trechos operados por outra companhia aérea (JET BLUE) e, por isso, a recorrente não deveria ser responsabilizada por tais incidentes. Subsidiariamente, pretende a redução do valor da condenação, sob o argumento de que foi desproporcional. 2. O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor. 3. O itinerário contratado previa saída de Boston às 13h57 do dia 15 de julho de 2023, chegada em Fort Lauderdale às 17h34 e embarque às 20h para Belo Horizonte, onde chegaria às 5h30 do dia 16, com conexão para Cuiabá às 9h10 e chegada ao destino final às 10h25. No entanto, após o check-in em Boston, a autora foi surpreendida com um atraso inicial, seguido de cancelamento do voo sem aviso, sendo reacomodada para três dias depois, em 18 de julho. Neste novo embarque, ocorreu novo atraso, que levou à perda da conexão em Orlando e a mais um dia de espera, apenas conseguindo embarcar para o Brasil em 20 de julho. A autora destaca a falta de assistência da companhia, que reteve sua bagagem e gerou prejuízos com hospedagem e alimentação. Em razão dos transtornos e da ausência de suporte, a autora pede indenização por danos morais e aplicação da multa por preterição de embarque conforme a Resolução 400 da ANAC e reembolso dos prejuízos materiais. 4. A recorrente alega ausência de responsabilidade sobre os trechos operados pela JET BLUE, mas essa argumentação não a exime das obrigações contratuais, pois cabe à empresa contratada a responsabilidade integral pela prestação do serviço. Ainda que um parceiro operacional participe de parte do trajeto, a recorrente permanece responsável pela coordenação e execução eficaz do itinerário completo. A falta de comunicação adequada e de suporte material durante os atrasos e cancelamentos sucessivos causou à autora transtornos que vão além de um mero aborrecimento, especialmente diante da incerteza, dos custos extras com alimentação e hospedagem, e da ausência de alternativas oportunas para sua viagem. 5. A empresa de aviação que permite o atraso/cancelamento do voo que culminou com a chegada em seu destino com 05 dias de atraso, age negligentemente e gera a obrigação de indenizar a título de dano moral. 6. O valor fixado a título de dano moral deve considerar as peculiaridades do caso em comento, de modo que a quantia fixada na sentença, encontra-se adequada aos parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade, considerando os casos análogos já fixados por esta Turma Recursal. 7. A sentença que apresentou a seguinte parte dispositiva: “Por todo exposto, OPINO pela PARCIAL PROCEDÊNCIA dos pedidos da exordial, nos termos da fundamentação supra e com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para o fim de: 1 - condenar a parte reclamada ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a título de compensação financeira pelos danos morais sofridos pela autora, valor este que deverá ser acrescido de correção monetária pelo índice oficial - INPC/IBGE, a partir da presente data e juros legais de 1% (um por cento) ao mês, desde o evento danoso, conforme disposição da súmula 54 do STJ.”, não merece reparos e deve ser mantida por seus próprios fundamentos. A súmula do julgamento serve de acórdão, nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 8. Recurso improvido. A Recorrente arcará com as custas e honorários advocatícios arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação. Valmir Alaércio dos Santos. Juiz de Direito – Relator. (N.U 1000570-32.2024.8.11.0038, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALMIR ALAERCIO DOS SANTOS, Terceira Turma Recursal, Julgado em 04/11/2024, Publicado no DJE 08/11/2024) A corroborar: DIREITO DO CONSUMIDOR. RECURSO INOMINADO. TRANSPORTE AÉREO. CANCELAMENTO DE VOO. ATRASO SUPERIOR A 17 HORAS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA COMPANHIA AÉREA. DANO MORAL CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. RECURSO PROVIDO. I. CASO EM EXAME. 1. Recurso inominado interposto por passageiro contra sentença que julgou improcedente seu pedido de indenização por danos morais. O recorrente adquiriu passagem aérea para o trecho Recife – Goiânia – Cuiabá, com chegada prevista para o dia 14/08/2024 às 20h35. No entanto, o voo entre Goiânia e Cuiabá foi cancelado, sendo remarcado para o dia seguinte, resultando em um atraso total de 17 horas. A companhia aérea alegou que a alteração decorreu de necessidade de manutenção não programada da aeronave e que prestou assistência ao passageiro. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO. 2. A questão em discussão consiste em definir se o cancelamento do voo, motivado por manutenção não programada da aeronave, configura falha na prestação do serviço e enseja indenização por danos morais. III. RAZÕES DE DECIDIR. 3. A companhia aérea responde objetivamente pelos danos causados ao consumidor, nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, salvo prova de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, hipótese não demonstrada nos autos. 4. O cancelamento do voo e o consequente atraso de 17 horas na chegada ao destino final configuram falha na prestação do serviço, independentemente da alegação de manutenção não programada da aeronave. 5. O dano moral, em casos de atraso significativo de voo, é presumido (in re ipsa), diante dos transtornos, aflições e desconfortos suportados pelo passageiro. 6. O valor da indenização, fixado em R$ 6.000,00 (seis mil reais), observa os critérios da razoabilidade e proporcionalidade, cumprindo a função compensatória e pedagógica da condenação. IV. DISPOSITIVO E TESE. 7. Recurso provido. Tese de julgamento: 1. A companhia aérea responde objetivamente pelos danos causados ao consumidor em razão do cancelamento de voo, salvo prova de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 2. O atraso significativo na chegada ao destino final, decorrente de cancelamento de voo, configura falha na prestação do serviço e enseja indenização por danos morais independentemente de comprovação específica do prejuízo sofrido. 3. A manutenção não programada da aeronave não constitui excludente da responsabilidade da companhia aérea. Dispositivos relevantes citados: CDC, art. 14; CC, arts. 186, 389 e 927. Jurisprudência relevante citada: N.U 1036503-22.2020.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, Rel. Luis Aparecido Bortolussi Junior, julgado em 12/07/2022, publicado no DJE 14/07/2022. (N.U 1060766-79.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALDECI MORAES SIQUEIRA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 31/03/2025, Publicado no DJE 03/04/2025). Com efeito, pelos fundamentos acima expendidos, inequívoca a obrigação da empresa reclamada em indenizar a parte reclamante. No que tange ao quantum a ser fixado a título do dano moral, afere-se o que a doutrina e jurisprudência assinalam para o balizamento, como a condição educacional, econômica e profissional do lesado, a intensidade de seu sofrimento, o grau de culpa ou dolo do ofensor, a sua situação econômica e os benefícios advindos do ato lesivo, bem como a extensão do dano, tudo pelo critério da razoabilidade. Sublinhe-se, ainda, que, no que se refere ao valor da indenização, é necessário considerar que a indenização por dano moral deve alcançar um valor tal que sirva de desestímulo para a parte ré, mas que, por outro lado, não seja fonte de enriquecimento para a parte autora. Nessa linha de intelecção: CONSUMIDOR. RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ATRASO NO VOO SUPERIOR A 04 (QUATRO) HORAS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANOS MORAIS DEVIDOS. REDUÇÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O recurso inominado foi interposto em face de sentença pela qual julgou parcialmente procedente o pedido formulado na inicial. 2. O impedimento de embarcar no voo, sem existência de caso fortuito ou força maior, precisando o consumidor ser acomodado em novo voo, culminando na chegada ao destino com atraso superior a 10 (dez) horas. 3. A empresa de aviação que permite o atraso de voo de seus passageiros, age negligentemente e gera a obrigação de indenizar a título de dano moral. 4. O valor da indenização deve ser fixado em observância a razoabilidade e proporcionalidade. Desse modo, o valor fixado em sentença deverá ser reduzido para a quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), quantia que se encontra adequada aos parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade, considerando os casos análogos já fixados por esta Turma Recursal. 5. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (N.U 1003227-58.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, JORGE ALEXANDRE MARTINS FERREIRA, Primeira Turma Recursal, Julgado em 11/11/2024, Publicado no DJE 14/11/2024) Por esta razão, entendo que o importe de R$ 6.000,00 (seis mil reais) é adequado à reparação dos danos morais experimentados. 2. DISPOSITIVO Posto isto, em consonância com os fundamentos retro expendidos, nos termos do art. 487, I do Código de Processo Civil, julgo parcialmente procedente o pedido produzido na peça anteloquial e, por corolário: · Condeno a reclamada ao pagamento de indenização por danos morais os quais fixo em R$ 6.000,00 (seis mil reais), atualizados monetariamente pelo índice IPCA (parágrafo único do art. 389 do CC), com incidência de juros de mora na forma do art. 406, § 1º, do CC. Por se tratar de relação contratual, a correção monetária deverá incidir na forma da Súmula 43 do STJ e os juros a partir da citação; e Sem custas e sem honorários (art. 54 e 55 da Lei 9.099/95). Submeto o presente projeto de sentença à homologação do MM. Juiz Togado, nos termos do art. 40 da Lei 9.099/95. Elaine Brandão Silvério da Silva Juíza Leiga S E N T E N Ç A Homologo a minuta de sentença, nos termos do art. 40 da Lei n. 9.099/95. Transitada em julgado, nada sendo requerido, arquivem-se. Intimem-se. Cumpra-se. Cuiabá (MT), data registrada no Sistema PJe. (assinado digitalmente) Jeverson Luiz Quintieri Juiz de Direito

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Processo nº 1083252-58.2024.8.11.0001

ID: 278277766

Tribunal: TJMT Órgão: NÚCLEO DE JUSTIÇA DIGITAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1083252-58.2024.8.11.0001

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A.

Sentença

Advogados:

FLAVIO IGEL

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO NÚCLEO DE JUSTIÇA DIGITAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS SENTENÇA PROCESSO Nº: 1083252-58.2024.8.11.0001 REQUERENTE: LUCAS RENAN BERTOLINI PEREIRA REQUERIDA: AZUL LINHA… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO NÚCLEO DE JUSTIÇA DIGITAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS SENTENÇA PROCESSO Nº: 1083252-58.2024.8.11.0001 REQUERENTE: LUCAS RENAN BERTOLINI PEREIRA REQUERIDA: AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A Vistos etc. Relatório dispensado, nos termos do artigo 38 da Lei 9.099/95. Fundamento e decido. Trata-se de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS proposta por LUCAS RENAN BERTOLINI PEREIRA em desfavor de AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A. 1. 1. DAS PRELIMINARES Em relação a aplicação do código de defesa do consumidor, o caso em apreço retrata evidente relação de consumo, tendo em vista que presentes consumidor e fornecedor (arts. 2º e 3º, do Código de Defesa do Consumidor), e, sendo relação de consumo, aplica-se o disposto no inc. VIII, do art. 6º, do CDC, in verbis: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; Por se tratar de relação de consumo, regida pelo Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade da parte Requerida é objetiva, a teor do disposto no artigo 14, deste diploma legal. A parte fornecedora somente pode ser eximida do dever de indenizar caso comprove a inexistência de falha na prestação do serviço ou culpa exclusiva da vítima ou de terceiros, para os fins do art. 14, § 3º e incisos do Código de Defesa do Consumidor. Desta forma, considerando a aplicabilidade do CDC ao caso concreto, rejeito também a preliminar, motivo que passo neste momento para análise do mérito. 2. 2. MÉRITO No caso concreto, cinge-se a controversa sobre o direito de o Requerente ser compensado moral e materialmente pelos danos causados pela suposta falha na prestação de serviço da Requerida. Isso por que segundo exordial, o Requerente teria adquirido junto à empresa ré, um pacote viagens com itinerário de Alta Floresta- MT até São Paulo – SP, com saída em 06/09/2024 às 14:00 horas e chegada no destino final em 07/09/2024 às 10:15 horas. Ocorre que, no dia 06/09/2024 na cidade de Alta Floresta – MT, pouco antes da decolagem da primeira aeronave, o Requerente foi comunicado que o voo teria sido cancelado e que não teria no momento nenhum voo alternativo, restando ao Requerente dirigir-se à Cuiabá pela via terrestre, onde ocorreria sua primeira conexão, passando cerca de 12 (doze) horas de viagem dentro de um ônibus. Menciona que apesar do contratempo foi mantido o voo final, chegando na cidade de São Paulo conforme inicialmente contratado. A Requerida por sua vez, alega que de fato o primeiro voo inicialmente contratado foi cancelado devido às condições climáticas desfavoráveis em Alta Floresta/MT, caracterizando caso fortuito/força maior e que foram ofertadas todas as facilidades previstas na resolução nº 400 da ANAC, motivo que entende indevido qualquer compensação moral e material em favor do autor, pleiteando pela improcedência desta ação. Pois bem, Conforme artigo 12 da Resolução Nº 400, De 13 De Dezembro De 2016: “Art. 12. As alterações realizadas de forma programada pelo transportador, em especial quanto ao horário e itinerário originalmente contratados, deverão ser informadas aos passageiros com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas. Verifico que a companhia aérea não respeitou o estabelecido no artigo acima, causando transtornos ao Requerente que foi pego de surpresa com a alteração repentina. Além disso, menciono o parágrafo segundo do mesmo artigo: “Caso o passageiro compareça ao aeroporto em decorrência de falha na prestação da informação, o transportador deverá oferecer assistência material, bem como as seguintes alternativas à escolha do passageiro: I - reacomodação; II - reembolso integral; III - execução do serviço por outra modalidade de transporte”. Percebe-se que a Requerida nada ofereceu ao Requerente senão a sua locomoção até a cidade de sua primeira conexão, Cuiabá-MT, pela via terrestre, fazendo com que o Requerente viajasse por cerca de 12 (doze) horas de ônibus, opção esta não contratada pelo autor, conforme Ids.176590652 e 176590656. Certo é que houve atraso de mais de 12 (doze) horas entre o voo inicialmente contratado e o que realmente foi utilizado pelo Requerente até a cidade de Brasília. A propósito: RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. ATRASO DE VOO. PERDA DE CONEXÃO. CHEGADA AO DESTINO FINAL COM 12 (DOZE) HORAS DE ATRASO. ADEQUAÇÃO DO DANO MORAL. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor. 2.“O cancelamento de voo por determinação governamental, manutenção na aeronave, pandemia (Covid-19), alteração da malha aérea, mudanças climáticas ou situação semelhante caracterizam fortuito interno, inerente ao risco da atividade comercial” (N.U 1025865 67.2021.8.11.0041, CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO, NÃO INFORMADO, Primeira Câmara de Direito Privado, Julgado em 06/02/2024, Publicado no DJE 08/02/2024) 3. Eleva-se o valor da indenização por dano moral, se foi fixado fora dos parâmetros da proporcionalidade e razoabilidade. 4. Recurso conhecido e parcialmente provido. (N.U 1021180-27.2023.8.11.0015, TURMA RECURSAL CÍVEL, LUIS APARECIDO BORTOLUSSI JUNIOR, Primeira Turma Recursal, Julgado em 01/04/2024, Publicado no DJE 04/04/2024) RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONSUMIDOR. SERVIÇO DE TRANSPORTE AÉREO. MUDANÇA DO VOO DE CONEXÃO EM RAZÃO DO MAU TEMPO QUE ACARRETOU NO ATRASO DE 10 HORAS DO VOO ORIGINÁRIO. DESEMBARQUE EM CIDADE DIVERSA DA CONTRATADA. AUSÊNCIA DE PROVA DA OCORRÊNCIA DE MAU TEMPO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO INEXISTÊNCIA DE FORÇA MAIOR. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO DE ACORDO COM OS PARÂMETROS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. DANOS MATERIAIS COMPROVADOS. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 3. Condições climáticas adversas, via de regra, constituem motivo de força maior e, consequentemente, excluem a responsabilidade da empresa aérea pelo atraso do voo. Entretanto, a situação excepcional deve restar cabalmente comprovada nos autos, ônus do qual não se desincumbiu a empresa Recorrente. 4. Não restando comprovada a ocorrência de força maior ou caso fortuito, a alteração do voo da conexão que acarretou na sucessão de atrasos e consequentemente na chega ao destino em local diverso do contratado configura falha da prestação do serviço e gera a obrigação de indenizar a título de dano moral, na modalidade “in re ipsa”. A falha na prestação do serviço, no caso, representa a frustração de uma viagem programada com antecedência, ultrapassando em muito a seara do mero aborrecimento. (N.U 1000369-21.2019.8.11.0004, TURMA RECURSAL CÍVEL, JORGE ALEXANDRE MARTINS FERREIRA, Turma Recursal Única, Julgado em 25/09/2020, Publicado no DJE 01/10/2020) Em que pese a Requerida alegar caso fortuito ou força maior, certo é que mudanças climáticas fazem parte do risco da atividade devendo a Requerida se planejar para essas situações. Conforme print abaixo a Requerida busca justificar o cancelamento do voo com saída de Alta Floresta devido a meteorologia do dia, motivo não plausível visto o transtorno causado ao autor. Não basta a mera alegação de mudanças no clima para justificar o cancelamento do voo e o deslocamento do Requerente até a capital de Mato Grosso pela via terrestre, causando-lhe transtornos e atrasos não contratado e previsto por ele. Existiu, pois, falha na prestação do serviço, a teor do contido no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, ante o atraso injustificado, como acima demonstrado: “O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e risco. (...) §3º - O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro”. Inclusive o assunto em pauta é tratado no Enunciado de nº 4.1 da Turma Recursal Única “in verbis”: “Enunciado nº4.1 – Cancelamento e/ou atraso de voo – dano moral: O cancelamento e/ou atraso de voo, somado ao descaso e relapsia da companhia aérea quanto à demonstração das causas e forma de administração do incidente, enseja reparação por danos morais”. Observe-se o entendimento jurisprudencial a respeito do tema: EMENTA RECURSO INOMINADO. DIREITO DO CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. ATRASO DE VOO. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM MAJORADO. DANO MATERIAL NÃO COMPROVADO. RECURSO PROVIDO. I. CASO EM EXAME O atraso de voo superior a quatro horas configura, por si só, falha na prestação de serviço e enseja indenização por danos morais, salvo prova de prejuízo concreto. A majoração do “quantum” indenizatório é devida para atender aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, além de cumprir com o caráter pedagógico e compensar a parte consumidora pelos transtornos sofridos. Dispositivos relevantes citados: Lei n.° 9.099/1995, artigo 46 e art. 55, caput. Resolução n.° 400/2016 da Agência Nacional de Aviação Civil, artigo 32, §2º, inciso I. Jurisprudência relevante citada: Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, Número Único 1056293-84.2023.8.11.0001, Primeira Turma Recursal, julgado em 15/04/2024. (N.U 1053989-78.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, EULICE JAQUELINE DA COSTA SILVA CHERULLI, Primeira Turma Recursal, Julgado em 03/04/2025, Publicado no DJE 03/04/2025) DIREITO DO CONSUMIDOR – APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO INDENIZATÓRIA – PRELIMINAR DE OFENSA À DIALETICIDADE REJEITADA – MÉRITO – TRANSPORTE AÉREO – ATRASO DE VOO – FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – DANO MORAL CONFIGURADO – MAJORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO – PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – JUROS ALTERADOS DE OFÍCIO – SENTENÇA REFORMADA NO PONTO – RECURSO PROVIDO. “O atraso excessivo de voo e a ausência de assistência adequada ao passageiro configuram falha na prestação do serviço e ensejam indenização por danos morais, cujo valor deve ser fixado em observância aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade”. Dispositivos relevantes citados: CDC, art. 14; CC, art. 405. Jurisprudência relevante citada: STJ, Súmula 362; TJ-MT, AC 10010269220218110003, Rel. Des. Serly Marcondes Alves, j. 19/07/2023; TJ-MT, AC 10195939120208110041, Rel. Des. Serly Marcondes Alves, j. 21/07/2021; TJ-MT, AC 10000522020198110102, Rel. Des. Guiomar Teodoro Borges, j. 20/10/2021, Quarta Câmara de Direito Privado, pub. 21/10/2021. (N.U 1040590-10.2023.8.11.0003, CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO, ANTONIA SIQUEIRA GONCALVES, Terceira Câmara de Direito Privado, Julgado em 02/04/2025, Publicado no DJE 02/04/2025) RECURSO INOMINADO. DIREITO DO CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. ATRASO DE VOO. AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA MATERIAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO MORAL CONFIGURADO. REFORMA DA SENTENÇA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO I. CASO EM EXAME Recurso Inominado interposto pela parte consumidora visando à reforma de sentença que julgou improcedente pedido quanto à pretensão indenizatória. A alteração unilateral do voo pela companhia aérea resultou em atraso na chegada ao destino contratado. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO A questão em discussão consiste em definir se o atraso de voo configura dano moral indenizável e se a ausência de assistência material configura dano moral. III. RAZÕES DE DECIDIR O fornecedor de serviços responde, independentemente de culpa, pelos danos causados aos consumidores em razão de falhas na prestação do serviço, nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor. O atraso significativo na chegada ao destino representa falha na prestação de serviço, configurando dano moral presumido. Não foi demonstrada a existência de excludentes de responsabilidade. O princípio da confiança rege as relações de consumo no transporte aéreo, devendo a companhia adotar todas as providências necessárias para garantir o cumprimento do contrato. O quantum indenizatório deve ser fixado de forma proporcional e razoável, observando a gravidade do dano, o grau de culpa do fornecedor e o efeito pedagógico da condenação. IV. DISPOSITIVO E TESE Recurso parcialmente provido. Tese de julgamento: O atraso de voo significativo caracteriza falha na prestação de serviço e enseja indenização por danos morais, salvo comprovação de excludentes de responsabilidade. A responsabilidade da companhia aérea é objetiva, nos termos do Código de Defesa do Consumidor. Dispositivos relevantes citados: Código de Defesa do Consumidor, artigo 14; Código de Processo Civil, artigo 373, inciso II; Código Civil, artigo 406, §1º. Jurisprudência relevante citada: Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, Número Único 1055439-90.2023.8.11.0001, Terceira Turma Recursal, julgado em 06/05/2024. (N.U 1060023 69.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, EULICE JAQUELINE DA COSTA SILVA CHERULLI, Primeira Turma Recursal, Julgado em 31/03/2025, Publicado no DJE 04/04/2025). Neste diapasão, configurada a falha na prestação do serviço por parte da reclamada, deverá arcar com os prejuízos suportados pelo reclamante. É o que preceitua inclusive o artigo 186 do Código Civil: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Desta forma, considerando o ato ilícito originado pela conduta da empresa Ré, entendo devido o pleito de indenização, passando para análise de cada um deles. Sobre o dano material, também chamado de dano patrimonial, é o prejuízo que ocorre no patrimônio da pessoa, ou seja, perda de bens ou coisas que tenham valor econômico. Estão inseridos nos danos materiais os prejuízos efetivamente sofridos (danos emergentes), bem como valores que pessoa deixou de receber (lucros cessantes). No caso concreto, o autor pleiteia o ressarcimento dos valores gastos com alimentação e com o primeiro voo contratado que ocorreria da cidade de Alta Floresta até Cuiabá, perfazendo no valor de R$ 582,58 (quinhentos e oitenta e dois reais e cinquenta e oito centavos), conforme Id. 176590650 e 176590658. No tocante ao ressarcimento do valor da passagem correspondente ao primeiro trajeto não realizado pelo autor, verifico que fora juntado nos autos apenas o documento para embarque que é emitido no momento do check in (Id. 176590650). Não consta neste processo valores pagos pelas passagens não restando comprovado o valor exato do primeiro voo ou sequer o valor total para a possibilidade de fracionamento igual e ressarcimento ao autor por um dos voos não realizados. Para tanto, o legislador consignou expressamente no art. 373 do CPC: Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Imputa, dessa maneira, às partes predefinidas por lei as consequências da eventual não produção das provas. Neste azo, ainda acerca de tal dispositivo, aponta Marcelo Machado Pacheco, que: Tem como peculiaridade a fixação de um critério rígido de distribuição; o ordenamento positivo, desde logo, diz qual sujeito deverá sofrer sentença desfavorável na hipótese de ausência de provas. Ônus da prova é, pois, encargo que se atribui a um sujeito para demonstração de determinadas alegações de fato. Este é também o entendimento de Luiz Rodrigues Wambie, que ensina que: Assim, mediante a distribuição do ônus da prova, estabelecem-se regras destinadas a nortear a atividade do julgador e sistematiza-se o procedimento probatório, evitando-se diligências desnecessárias e indesejáveis. Então, as normas sobre ônus probatório, por um lado são ‘regras de julgamento’, isso é, são dirigidas ao julgador, no momento de sentenciar. Por outro, são parâmetros para as partes previamente estabelecerem sua estratégia probatória: autor e réu primeiramente se concentrarão em provar os fatos sobre os quais recaem os seus respectivos ônus da prova. No caso em apreço, verifico que o autor não se desincumbiu do que determina o inciso I do artigo acima, tendo em vista não anexar nos autos qualquer documento hábil a comprovar seu direito em relação ao valor pago pela passagem que requer o ressarcimento. Desta forma, não resta outra alternativa do que negar procedência ao pedido de ressarcimento no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) pela passagem do primeiro voo não utilizado pelo autor. Em relação ao gasto com alimentação no valor de R$ 82,58 (oitenta e dois reais e cinquenta e oito centavos), entendo devido o ressarcimento, considerando que o autor trouxe aos autos os comprovantes de pagamento em Id. 176590658. Em relação a indenização pelo dano imaterial, cabe mencionar que tem caráter pedagógico, preventivo e punitivo ao infrator, a fim de desestimulá-lo à reincidência, aperfeiçoando melhor seus funcionários e serviços para que não ocorram casos como o presente, e também caráter compensatório dos danos causado à vítima. A sanção, quando de valor insignificante, incorpora aquilo que se denomina de risco da atividade, gerando a tão decantada impunidade, por isso que necessário se faz impor-se ao ofensor suportável, mas pesado gravame, a ponto de refletir-se sobre seu patrimônio, como consequência danosa que lhe traga algum significado econômico. A fixação do quantum deve se pautar por critérios razoáveis, de modo que a reparação não represente enriquecimento sem causa de quem a percebe, tampouco se mostre irrisória e incapaz de amenizar o dano. Há que se considerar, ainda, a gravidade do evento, sua repercussão social, a posição social do ofendido, o grau de culpa do ofensor, bem como todo elemento que auxilie na determinação do quantum indenizatório. Sopesados tais elementos e estimando-se o ato culposo da reclamada, tratando-se de empresa de grande porte, de nível nacional, e a situação narrada nos autos, entendo razoável o arbitramento da quantia de R$ 3.000,00 (três mil) reais como indenização pelos danos morais sofridos. Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos iniciais, resolvendo o mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, para: a) CONDENAR a Requerida ao pagamento de R$ 82,58 (oitenta e dois reais e cinquenta e oito centavos) à título de dano material, acrescido de correção monetária pelo índice INPC desde o desembolso e de juros de 1% ao mês a partir da citação, por se tratar de relação contratual; b) CONDENAR a Requerida ao pagamento de R$ 3.000,00 (cinco mil) reais à título de danos morais, acrescido de correção monetária pelo IPCA, com juros de mora de 1% ao mês a partir da citação válida até a data de 29/08/2024 e após, aplica-se o índice da taxa SELIC consoante o art. 406, §1º, do Código Civil, a partir da citação válida; Sem custas e honorários, conforme inteligência dos artigos 54 e 55, da Lei nº 9.099/95. Transitada em julgado, remetam-se os autos ao arquivo, com as cautelas e anotações necessárias. Havendo pagamento voluntário do valor da obrigação, no prazo legal, proceda-se a expedição de alvará. Submeto à homologação da MMª. Juíza de Direito, nos termos do art. 40 da Lei 9.099/95. Juliana Ramos de Araujo Juíza Leiga Vistos etc. Homologo, para que produza seus jurídicos e legais efeitos, o projeto de sentença elaborado pela Juíza Leiga, na forma do artigo 40 da Lei n. 9.099/1995. Preclusa a via recursal, em nada sendo requerido, arquivem-se os autos com as baixas e anotações de estilo. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Cuiabá/MT, data registrada no Sistema. Patrícia Ceni Juíza de Direito

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Processo nº 1083252-58.2024.8.11.0001

ID: 278277772

Tribunal: TJMT Órgão: NÚCLEO DE JUSTIÇA DIGITAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1083252-58.2024.8.11.0001

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

LUCAS RENAN BERTOLINI PEREIRA

Polo Passivo:

Sentença

Advogados:

DEBORA BRUNA MELO PEREIRA

OAB/MT XXXXXX Desbloquear

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO NÚCLEO DE JUSTIÇA DIGITAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS SENTENÇA PROCESSO Nº: 1083252-58.2024.8.11.0001 REQUERENTE: LUCAS RENAN BERTOLINI PEREIRA REQUERIDA: AZUL LINHA… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO NÚCLEO DE JUSTIÇA DIGITAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS SENTENÇA PROCESSO Nº: 1083252-58.2024.8.11.0001 REQUERENTE: LUCAS RENAN BERTOLINI PEREIRA REQUERIDA: AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A Vistos etc. Relatório dispensado, nos termos do artigo 38 da Lei 9.099/95. Fundamento e decido. Trata-se de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS proposta por LUCAS RENAN BERTOLINI PEREIRA em desfavor de AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A. 1. 1. DAS PRELIMINARES Em relação a aplicação do código de defesa do consumidor, o caso em apreço retrata evidente relação de consumo, tendo em vista que presentes consumidor e fornecedor (arts. 2º e 3º, do Código de Defesa do Consumidor), e, sendo relação de consumo, aplica-se o disposto no inc. VIII, do art. 6º, do CDC, in verbis: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; Por se tratar de relação de consumo, regida pelo Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade da parte Requerida é objetiva, a teor do disposto no artigo 14, deste diploma legal. A parte fornecedora somente pode ser eximida do dever de indenizar caso comprove a inexistência de falha na prestação do serviço ou culpa exclusiva da vítima ou de terceiros, para os fins do art. 14, § 3º e incisos do Código de Defesa do Consumidor. Desta forma, considerando a aplicabilidade do CDC ao caso concreto, rejeito também a preliminar, motivo que passo neste momento para análise do mérito. 2. 2. MÉRITO No caso concreto, cinge-se a controversa sobre o direito de o Requerente ser compensado moral e materialmente pelos danos causados pela suposta falha na prestação de serviço da Requerida. Isso por que segundo exordial, o Requerente teria adquirido junto à empresa ré, um pacote viagens com itinerário de Alta Floresta- MT até São Paulo – SP, com saída em 06/09/2024 às 14:00 horas e chegada no destino final em 07/09/2024 às 10:15 horas. Ocorre que, no dia 06/09/2024 na cidade de Alta Floresta – MT, pouco antes da decolagem da primeira aeronave, o Requerente foi comunicado que o voo teria sido cancelado e que não teria no momento nenhum voo alternativo, restando ao Requerente dirigir-se à Cuiabá pela via terrestre, onde ocorreria sua primeira conexão, passando cerca de 12 (doze) horas de viagem dentro de um ônibus. Menciona que apesar do contratempo foi mantido o voo final, chegando na cidade de São Paulo conforme inicialmente contratado. A Requerida por sua vez, alega que de fato o primeiro voo inicialmente contratado foi cancelado devido às condições climáticas desfavoráveis em Alta Floresta/MT, caracterizando caso fortuito/força maior e que foram ofertadas todas as facilidades previstas na resolução nº 400 da ANAC, motivo que entende indevido qualquer compensação moral e material em favor do autor, pleiteando pela improcedência desta ação. Pois bem, Conforme artigo 12 da Resolução Nº 400, De 13 De Dezembro De 2016: “Art. 12. As alterações realizadas de forma programada pelo transportador, em especial quanto ao horário e itinerário originalmente contratados, deverão ser informadas aos passageiros com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas. Verifico que a companhia aérea não respeitou o estabelecido no artigo acima, causando transtornos ao Requerente que foi pego de surpresa com a alteração repentina. Além disso, menciono o parágrafo segundo do mesmo artigo: “Caso o passageiro compareça ao aeroporto em decorrência de falha na prestação da informação, o transportador deverá oferecer assistência material, bem como as seguintes alternativas à escolha do passageiro: I - reacomodação; II - reembolso integral; III - execução do serviço por outra modalidade de transporte”. Percebe-se que a Requerida nada ofereceu ao Requerente senão a sua locomoção até a cidade de sua primeira conexão, Cuiabá-MT, pela via terrestre, fazendo com que o Requerente viajasse por cerca de 12 (doze) horas de ônibus, opção esta não contratada pelo autor, conforme Ids.176590652 e 176590656. Certo é que houve atraso de mais de 12 (doze) horas entre o voo inicialmente contratado e o que realmente foi utilizado pelo Requerente até a cidade de Brasília. A propósito: RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. ATRASO DE VOO. PERDA DE CONEXÃO. CHEGADA AO DESTINO FINAL COM 12 (DOZE) HORAS DE ATRASO. ADEQUAÇÃO DO DANO MORAL. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor. 2.“O cancelamento de voo por determinação governamental, manutenção na aeronave, pandemia (Covid-19), alteração da malha aérea, mudanças climáticas ou situação semelhante caracterizam fortuito interno, inerente ao risco da atividade comercial” (N.U 1025865 67.2021.8.11.0041, CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO, NÃO INFORMADO, Primeira Câmara de Direito Privado, Julgado em 06/02/2024, Publicado no DJE 08/02/2024) 3. Eleva-se o valor da indenização por dano moral, se foi fixado fora dos parâmetros da proporcionalidade e razoabilidade. 4. Recurso conhecido e parcialmente provido. (N.U 1021180-27.2023.8.11.0015, TURMA RECURSAL CÍVEL, LUIS APARECIDO BORTOLUSSI JUNIOR, Primeira Turma Recursal, Julgado em 01/04/2024, Publicado no DJE 04/04/2024) RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONSUMIDOR. SERVIÇO DE TRANSPORTE AÉREO. MUDANÇA DO VOO DE CONEXÃO EM RAZÃO DO MAU TEMPO QUE ACARRETOU NO ATRASO DE 10 HORAS DO VOO ORIGINÁRIO. DESEMBARQUE EM CIDADE DIVERSA DA CONTRATADA. AUSÊNCIA DE PROVA DA OCORRÊNCIA DE MAU TEMPO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO INEXISTÊNCIA DE FORÇA MAIOR. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO DE ACORDO COM OS PARÂMETROS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. DANOS MATERIAIS COMPROVADOS. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 3. Condições climáticas adversas, via de regra, constituem motivo de força maior e, consequentemente, excluem a responsabilidade da empresa aérea pelo atraso do voo. Entretanto, a situação excepcional deve restar cabalmente comprovada nos autos, ônus do qual não se desincumbiu a empresa Recorrente. 4. Não restando comprovada a ocorrência de força maior ou caso fortuito, a alteração do voo da conexão que acarretou na sucessão de atrasos e consequentemente na chega ao destino em local diverso do contratado configura falha da prestação do serviço e gera a obrigação de indenizar a título de dano moral, na modalidade “in re ipsa”. A falha na prestação do serviço, no caso, representa a frustração de uma viagem programada com antecedência, ultrapassando em muito a seara do mero aborrecimento. (N.U 1000369-21.2019.8.11.0004, TURMA RECURSAL CÍVEL, JORGE ALEXANDRE MARTINS FERREIRA, Turma Recursal Única, Julgado em 25/09/2020, Publicado no DJE 01/10/2020) Em que pese a Requerida alegar caso fortuito ou força maior, certo é que mudanças climáticas fazem parte do risco da atividade devendo a Requerida se planejar para essas situações. Conforme print abaixo a Requerida busca justificar o cancelamento do voo com saída de Alta Floresta devido a meteorologia do dia, motivo não plausível visto o transtorno causado ao autor. Não basta a mera alegação de mudanças no clima para justificar o cancelamento do voo e o deslocamento do Requerente até a capital de Mato Grosso pela via terrestre, causando-lhe transtornos e atrasos não contratado e previsto por ele. Existiu, pois, falha na prestação do serviço, a teor do contido no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, ante o atraso injustificado, como acima demonstrado: “O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e risco. (...) §3º - O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro”. Inclusive o assunto em pauta é tratado no Enunciado de nº 4.1 da Turma Recursal Única “in verbis”: “Enunciado nº4.1 – Cancelamento e/ou atraso de voo – dano moral: O cancelamento e/ou atraso de voo, somado ao descaso e relapsia da companhia aérea quanto à demonstração das causas e forma de administração do incidente, enseja reparação por danos morais”. Observe-se o entendimento jurisprudencial a respeito do tema: EMENTA RECURSO INOMINADO. DIREITO DO CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. ATRASO DE VOO. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM MAJORADO. DANO MATERIAL NÃO COMPROVADO. RECURSO PROVIDO. I. CASO EM EXAME O atraso de voo superior a quatro horas configura, por si só, falha na prestação de serviço e enseja indenização por danos morais, salvo prova de prejuízo concreto. A majoração do “quantum” indenizatório é devida para atender aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, além de cumprir com o caráter pedagógico e compensar a parte consumidora pelos transtornos sofridos. Dispositivos relevantes citados: Lei n.° 9.099/1995, artigo 46 e art. 55, caput. Resolução n.° 400/2016 da Agência Nacional de Aviação Civil, artigo 32, §2º, inciso I. Jurisprudência relevante citada: Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, Número Único 1056293-84.2023.8.11.0001, Primeira Turma Recursal, julgado em 15/04/2024. (N.U 1053989-78.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, EULICE JAQUELINE DA COSTA SILVA CHERULLI, Primeira Turma Recursal, Julgado em 03/04/2025, Publicado no DJE 03/04/2025) DIREITO DO CONSUMIDOR – APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO INDENIZATÓRIA – PRELIMINAR DE OFENSA À DIALETICIDADE REJEITADA – MÉRITO – TRANSPORTE AÉREO – ATRASO DE VOO – FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – DANO MORAL CONFIGURADO – MAJORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO – PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – JUROS ALTERADOS DE OFÍCIO – SENTENÇA REFORMADA NO PONTO – RECURSO PROVIDO. “O atraso excessivo de voo e a ausência de assistência adequada ao passageiro configuram falha na prestação do serviço e ensejam indenização por danos morais, cujo valor deve ser fixado em observância aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade”. Dispositivos relevantes citados: CDC, art. 14; CC, art. 405. Jurisprudência relevante citada: STJ, Súmula 362; TJ-MT, AC 10010269220218110003, Rel. Des. Serly Marcondes Alves, j. 19/07/2023; TJ-MT, AC 10195939120208110041, Rel. Des. Serly Marcondes Alves, j. 21/07/2021; TJ-MT, AC 10000522020198110102, Rel. Des. Guiomar Teodoro Borges, j. 20/10/2021, Quarta Câmara de Direito Privado, pub. 21/10/2021. (N.U 1040590-10.2023.8.11.0003, CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO, ANTONIA SIQUEIRA GONCALVES, Terceira Câmara de Direito Privado, Julgado em 02/04/2025, Publicado no DJE 02/04/2025) RECURSO INOMINADO. DIREITO DO CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. ATRASO DE VOO. AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA MATERIAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO MORAL CONFIGURADO. REFORMA DA SENTENÇA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO I. CASO EM EXAME Recurso Inominado interposto pela parte consumidora visando à reforma de sentença que julgou improcedente pedido quanto à pretensão indenizatória. A alteração unilateral do voo pela companhia aérea resultou em atraso na chegada ao destino contratado. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO A questão em discussão consiste em definir se o atraso de voo configura dano moral indenizável e se a ausência de assistência material configura dano moral. III. RAZÕES DE DECIDIR O fornecedor de serviços responde, independentemente de culpa, pelos danos causados aos consumidores em razão de falhas na prestação do serviço, nos termos do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor. O atraso significativo na chegada ao destino representa falha na prestação de serviço, configurando dano moral presumido. Não foi demonstrada a existência de excludentes de responsabilidade. O princípio da confiança rege as relações de consumo no transporte aéreo, devendo a companhia adotar todas as providências necessárias para garantir o cumprimento do contrato. O quantum indenizatório deve ser fixado de forma proporcional e razoável, observando a gravidade do dano, o grau de culpa do fornecedor e o efeito pedagógico da condenação. IV. DISPOSITIVO E TESE Recurso parcialmente provido. Tese de julgamento: O atraso de voo significativo caracteriza falha na prestação de serviço e enseja indenização por danos morais, salvo comprovação de excludentes de responsabilidade. A responsabilidade da companhia aérea é objetiva, nos termos do Código de Defesa do Consumidor. Dispositivos relevantes citados: Código de Defesa do Consumidor, artigo 14; Código de Processo Civil, artigo 373, inciso II; Código Civil, artigo 406, §1º. Jurisprudência relevante citada: Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, Número Único 1055439-90.2023.8.11.0001, Terceira Turma Recursal, julgado em 06/05/2024. (N.U 1060023 69.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, EULICE JAQUELINE DA COSTA SILVA CHERULLI, Primeira Turma Recursal, Julgado em 31/03/2025, Publicado no DJE 04/04/2025). Neste diapasão, configurada a falha na prestação do serviço por parte da reclamada, deverá arcar com os prejuízos suportados pelo reclamante. É o que preceitua inclusive o artigo 186 do Código Civil: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Desta forma, considerando o ato ilícito originado pela conduta da empresa Ré, entendo devido o pleito de indenização, passando para análise de cada um deles. Sobre o dano material, também chamado de dano patrimonial, é o prejuízo que ocorre no patrimônio da pessoa, ou seja, perda de bens ou coisas que tenham valor econômico. Estão inseridos nos danos materiais os prejuízos efetivamente sofridos (danos emergentes), bem como valores que pessoa deixou de receber (lucros cessantes). No caso concreto, o autor pleiteia o ressarcimento dos valores gastos com alimentação e com o primeiro voo contratado que ocorreria da cidade de Alta Floresta até Cuiabá, perfazendo no valor de R$ 582,58 (quinhentos e oitenta e dois reais e cinquenta e oito centavos), conforme Id. 176590650 e 176590658. No tocante ao ressarcimento do valor da passagem correspondente ao primeiro trajeto não realizado pelo autor, verifico que fora juntado nos autos apenas o documento para embarque que é emitido no momento do check in (Id. 176590650). Não consta neste processo valores pagos pelas passagens não restando comprovado o valor exato do primeiro voo ou sequer o valor total para a possibilidade de fracionamento igual e ressarcimento ao autor por um dos voos não realizados. Para tanto, o legislador consignou expressamente no art. 373 do CPC: Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Imputa, dessa maneira, às partes predefinidas por lei as consequências da eventual não produção das provas. Neste azo, ainda acerca de tal dispositivo, aponta Marcelo Machado Pacheco, que: Tem como peculiaridade a fixação de um critério rígido de distribuição; o ordenamento positivo, desde logo, diz qual sujeito deverá sofrer sentença desfavorável na hipótese de ausência de provas. Ônus da prova é, pois, encargo que se atribui a um sujeito para demonstração de determinadas alegações de fato. Este é também o entendimento de Luiz Rodrigues Wambie, que ensina que: Assim, mediante a distribuição do ônus da prova, estabelecem-se regras destinadas a nortear a atividade do julgador e sistematiza-se o procedimento probatório, evitando-se diligências desnecessárias e indesejáveis. Então, as normas sobre ônus probatório, por um lado são ‘regras de julgamento’, isso é, são dirigidas ao julgador, no momento de sentenciar. Por outro, são parâmetros para as partes previamente estabelecerem sua estratégia probatória: autor e réu primeiramente se concentrarão em provar os fatos sobre os quais recaem os seus respectivos ônus da prova. No caso em apreço, verifico que o autor não se desincumbiu do que determina o inciso I do artigo acima, tendo em vista não anexar nos autos qualquer documento hábil a comprovar seu direito em relação ao valor pago pela passagem que requer o ressarcimento. Desta forma, não resta outra alternativa do que negar procedência ao pedido de ressarcimento no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) pela passagem do primeiro voo não utilizado pelo autor. Em relação ao gasto com alimentação no valor de R$ 82,58 (oitenta e dois reais e cinquenta e oito centavos), entendo devido o ressarcimento, considerando que o autor trouxe aos autos os comprovantes de pagamento em Id. 176590658. Em relação a indenização pelo dano imaterial, cabe mencionar que tem caráter pedagógico, preventivo e punitivo ao infrator, a fim de desestimulá-lo à reincidência, aperfeiçoando melhor seus funcionários e serviços para que não ocorram casos como o presente, e também caráter compensatório dos danos causado à vítima. A sanção, quando de valor insignificante, incorpora aquilo que se denomina de risco da atividade, gerando a tão decantada impunidade, por isso que necessário se faz impor-se ao ofensor suportável, mas pesado gravame, a ponto de refletir-se sobre seu patrimônio, como consequência danosa que lhe traga algum significado econômico. A fixação do quantum deve se pautar por critérios razoáveis, de modo que a reparação não represente enriquecimento sem causa de quem a percebe, tampouco se mostre irrisória e incapaz de amenizar o dano. Há que se considerar, ainda, a gravidade do evento, sua repercussão social, a posição social do ofendido, o grau de culpa do ofensor, bem como todo elemento que auxilie na determinação do quantum indenizatório. Sopesados tais elementos e estimando-se o ato culposo da reclamada, tratando-se de empresa de grande porte, de nível nacional, e a situação narrada nos autos, entendo razoável o arbitramento da quantia de R$ 3.000,00 (três mil) reais como indenização pelos danos morais sofridos. Diante do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos iniciais, resolvendo o mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, para: a) CONDENAR a Requerida ao pagamento de R$ 82,58 (oitenta e dois reais e cinquenta e oito centavos) à título de dano material, acrescido de correção monetária pelo índice INPC desde o desembolso e de juros de 1% ao mês a partir da citação, por se tratar de relação contratual; b) CONDENAR a Requerida ao pagamento de R$ 3.000,00 (cinco mil) reais à título de danos morais, acrescido de correção monetária pelo IPCA, com juros de mora de 1% ao mês a partir da citação válida até a data de 29/08/2024 e após, aplica-se o índice da taxa SELIC consoante o art. 406, §1º, do Código Civil, a partir da citação válida; Sem custas e honorários, conforme inteligência dos artigos 54 e 55, da Lei nº 9.099/95. Transitada em julgado, remetam-se os autos ao arquivo, com as cautelas e anotações necessárias. Havendo pagamento voluntário do valor da obrigação, no prazo legal, proceda-se a expedição de alvará. Submeto à homologação da MMª. Juíza de Direito, nos termos do art. 40 da Lei 9.099/95. Juliana Ramos de Araujo Juíza Leiga Vistos etc. Homologo, para que produza seus jurídicos e legais efeitos, o projeto de sentença elaborado pela Juíza Leiga, na forma do artigo 40 da Lei n. 9.099/1995. Preclusa a via recursal, em nada sendo requerido, arquivem-se os autos com as baixas e anotações de estilo. Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Cuiabá/MT, data registrada no Sistema. Patrícia Ceni Juíza de Direito

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Processo nº 1035573-93.2023.8.11.0002

ID: 319720866

Tribunal: TJMT Órgão: 2ª VARA ESP. DA FAZENDA PÚBLICA DE VÁRZEA GRANDE Classe: AçãO CIVIL PúBLICA CíVEL Nº Processo: 1035573-93.2023.8.11.0002

Data de Disponibilização: 08/07/2025

Polo Ativo:

SINDICATO DOS TRABALHADORES NO ENSINO PUBLICO

Polo Passivo:

Sentença

Advogados:

BRUNO JOSÉ RICCI BOA VENTURA REGISTRADO(A) CIVILMENTE COMO BRUNO JOSÉ RICCI BOA VENTURA

OAB/MT XXXXXX Desbloquear

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO 2ª VARA ESP. DA FAZENDA PÚBLICA DE VÁRZEA GRANDE SENTENÇA Processo: 1035573-93.2023.8.11.0002. REQUERENTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES NO ENSINO PUBLICO REQUERI… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO 2ª VARA ESP. DA FAZENDA PÚBLICA DE VÁRZEA GRANDE SENTENÇA Processo: 1035573-93.2023.8.11.0002. REQUERENTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES NO ENSINO PUBLICO REQUERIDO: MUNICIPIO DE VARZEA GRANDE Vistos. RELATÓRIO Trata-se de Ação Civil Pública de Obrigação de Fazer c/c Indenizatória, com Pedido de Tutela Provisória de Urgência Antecipada ajuizada pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES DO ENSINO PÚBLICO – SINTEP – SUBSEDE VÁRZEA GRANDE em face do MUNICÍPIO DE VÁRZEA GRANDE, objetivando, em síntese, a majoração do piso salarial dos profissionais da educação, ou subsidiariamente dos profissionais do magistério do Município de Várzea Grande, equivalente à diferença entre o índice homologado pelo Ministério da Educação de 33,24% e o aplicado de 12,84% pela parte requerida, relativo ao período de janeiro de 2021 a janeiro de 2022, correspondente a 20,4%, com fulcro no inciso VIII do artigo 206 da Constituição Federal, no artigo 5º, parágrafo único, da Lei Federal n.º 11.738/2008, e no artigo 67 da Lei Federal nº 9.394/96. Sustenta a parte autora que a Portaria nº 67/2022 do Ministério da Educação homologou o Parecer 2/2022/CHEFIA/GAB/SEB/SEB, que definiu o índice de reajuste do piso salarial em 33,24%. Alega que o Município de Várzea Grande aplicou apenas o percentual de 12,84% na folha de pagamento do mês de março de 2022, restando uma diferença de 20,4% não implementada. Fundamenta seu pedido nas decisões do Supremo Tribunal Federal na ADI 4167 e na ADI 4848, que julgaram constitucional a Lei Federal 11.738/2008 e seu mecanismo de atualização do piso salarial. Por meio da decisão de ID 135657067, foi indeferida a tutela de urgência pleiteada. Devidamente citado, o Município de Várzea Grande quedou-se inerte, deixando transcorrer o prazo sem apresentar contestação, conforme certificado no ID 154053086. Intimada, a parte autora permaneceu silente quanto à especificação de provas, apenas esclarecendo que tem ciência da impossibilidade de decretação dos efeitos da revelia em face do Município (ID 160988424). Em parecer final (ID 164189022), o Ministério Público manifestou-se pela improcedência do pedido, argumentando que com a Emenda Constitucional n. 108/2020, que incluiu o art. 212-A, inciso XII, da Constituição Federal, passou a haver exigência de lei específica para dispor sobre o piso salarial nacional para os profissionais do magistério da educação básica pública. Sustentou que a Portaria nº 67/2022 do MEC é ilegal, por não haver base legal para fixação do novo piso salarial por meio de ato administrativo, uma vez que a Lei nº 14.113/2020 revogou a Lei nº 11.494/2007, que anteriormente fundamentava o art. 5º, parágrafo único, da Lei nº 11.738/2008. É o relatório. Decido. Consoante o relatado, a controvérsia principal cinge-se à verificação da legalidade da aplicação do índice de reajuste do piso salarial nacional do magistério, estabelecido pela Portaria nº 67/2022 do Ministério da Educação, que homologou o Parecer 2/2022/CHEFIA/GAB/SEB/SEB, fixando o reajuste em 33,24%. O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica é garantido pelo artigo 206, inciso VIII, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53/2006: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: [...] VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. Regulamentando este dispositivo constitucional, foi editada a Lei nº 11.738/2008, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. O seu artigo 5º dispõe sobre a forma de atualização do valor: Art. 5º O piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009. Parágrafo único. A atualização de que trata o caput deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007. Ocorre que, o panorama normativo foi significativamente alterado com a promulgação da Emenda Constitucional nº 108/2020, que incluiu o art. 212-A à Constituição Federal, cujo inciso XII prevê expressamente: Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação básica e à remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes disposições: [...] XII - lei específica disporá sobre o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério da educação básica pública; Ademais, em decorrência da nova sistemática de custeio do piso nacional, foi editada a Lei nº 14.113/2020, que revogou expressamente a Lei nº 11.494/2007, a qual fundamentava o critério de atualização previsto no art. 5º, parágrafo único, da Lei nº 11.738/2008. Nesse contexto, há quem entenda que houve substancial alteração no regime jurídico que disciplina o piso salarial dos profissionais do magistério, com a EC nº 108/2020 determinando expressamente a necessidade de nova lei específica para dispor sobre o tema, o que, até o presente momento, não teria sido editada, por consequência tornando ilegal o reajuste do piso pelo ato normativo infralegal do Ministério da Educação, conforme bem pontuado pelo Parquet (ID. 164189022). Entretanto, tal entendimento se mostra controverso, não existindo jurisprudência sedimentada. A exemplo disso, trago à baila dois julgado proferido pela Turma Recursal do Tribunal de Justiça deste Estado em que demonstra a controvérsia sobre o tema: DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO INOMINADO. PROFESSORA DA REDE MUNICIPAL. PISO SALARIAL PROFISSIONAL NACIONAL. LEI FEDERAL Nº 11.738/2008. VENCIMENTO BASE INFERIOR AO PISO. DIFERENÇAS SALARIAIS DEVIDAS. REFLEXOS. RECURSO PROVIDO. I. CASO EM EXAME 1.Recurso Inominado interposto por LILIAN PEHODI TSERENHIMINI contra sentença que julgou improcedente pedido de condenação do Município de Paranatinga ao pagamento de diferenças salariais decorrentes do não pagamento do piso salarial nacional do magistério, instituído pela Lei Federal nº 11.738/2008, e seus reflexos. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2. A questão em discussão consiste em verificar se o vencimento base da professora da rede municipal estava inferior ao piso salarial nacional previsto na Lei Federal nº 11.738/2008, bem como a obrigatoriedade de pagamento das diferenças salariais e seus reflexos. III. RAZÕES DE DECIDIR 3. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI 4167, declarou a constitucionalidade da Lei Federal nº 11.738/2008, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, fixando que o piso corresponde ao vencimento base da categoria, não à remuneração global, sendo vedada a fixação do vencimento básico em valor inferior. 4. O Superior Tribunal de Justiça, no Tema 911, consolidou que a Lei nº 11.738/2008 determina que o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica deve corresponder ao piso salarial profissional nacional, sem incidência automática em toda a carreira, salvo previsão na legislação local. 5. No caso concreto, restou comprovado que o vencimento base da recorrente, professora de 30 horas, estava inferior ao piso nacional vigente em 2023 (R$ 3.315,41), sendo devida a diferença salarial, com reflexos em férias, gratificação natalina, 1/3 de férias e gratificação rural. IV. DISPOSITIVO E TESE 6. Recurso conhecido e provido para reformar a sentença e julgar procedentes os pedidos iniciais, condenando o Município de Paranatinga ao pagamento das diferenças salariais apuradas entre o piso nacional vigente em 2023 e o vencimento base percebido pela parte reclamante, com os devidos reflexos. Tese de julgamento: 1. O piso salarial nacional dos professores da educação básica corresponde ao vencimento básico inicial da categoria, sendo vedada a fixação de valor inferior ao piso previsto na Lei Federal nº 11.738/2008. 2. Constatada a diferença entre o piso nacional e o vencimento base, é devida a diferença salarial, com reflexos em férias, gratificação natalina, 1/3 de férias e gratificação rural. Dispositivos relevantes citados: Art. 2º e 5º da Lei Federal nº 11.738/2008; Art. 206, VIII, e 212-A, XII, da CF; Art. 55 da Lei nº 9.099/95. Jurisprudência relevante citada: STF – ADI 4167, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, julgado em 27/04/2011, DJe 24/08/2011; STJ – REsp 1.426.210/RS, rel. Min. Gurgel de Faria, Primeira Seção, julgado em 23/11/2016, DJe 09/12/2016 (Tema 911); TJMT – N.U 1071807-77.2023.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALDECI MORAES SIQUEIRA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 08/07/2024, publicado no DJE 12/07/2024. (N.U 1071565-21.2023.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, HILDEBRANDO DA COSTA MARQUES, Terceira Turma Recursal, Julgado em 08/05/2025, Publicado no DJE 08/05/2025) DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO INOMINADO. PISO SALARIAL DO MAGISTÉRIO PÚBLICO. REAJUSTE ANUAL. AUSÊNCIA DE BASE LEGAL APÓS REVOGAÇÃO DA LEI Nº 11.494/2007. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS INICIAIS. RECURSO DESPROVIDO. I. CASO EM EXAME Recurso interposto pela reclamante contra decisão monocrática, que homologou o projeto de sentença homologatória elaborado por juiz leigo e julgou improcedente o pedido de reajuste anual do piso salarial do magistério, com base no artigo 5º, parágrafo único, da Lei nº 11.738/2008. A recorrente alega descumprimento de norma federal vinculante, prejuízo financeiro e desvalorização profissional. Requer a condenação do ente público ao pagamento de diferenças salariais com efeitos retroativos. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO Há duas questões em discussão: (i) determinar se persiste a obrigatoriedade de reajuste anual do piso salarial do magistério com base no artigo 5º, parágrafo único, da Lei nº 11.738/2008, após a revogação da Lei nº 11.494/2007; (ii) estabelecer se as portarias ministeriais posteriores à EC nº 108/2020 são aptas a fundamentar o reajuste pleiteado judicialmente. III. RAZÕES DE DECIDIR A Lei nº 11.738/2008, que institui o piso salarial profissional nacional do magistério, permanece formalmente em vigor, mas sua previsão de atualização anual depende de parâmetro estabelecido pela revogada Lei nº 11.494/2007, cuja revogação expressa foi promovida pela Lei nº 14.113/2020. A Emenda Constitucional nº 108/2020 determina que lei específica deverá dispor sobre o piso salarial nacional dos profissionais do magistério, instituindo reserva legal para sua regulamentação. Portarias ministeriais, como as Portarias MEC nº 67/2022 e nº 17/2023, não têm força normativa para suprir a ausência de base legal após a revogação da Lei nº 11.494/2007, tampouco podem fixar índices de reajuste de piso salarial em substituição à exigência constitucional de lei específica. A jurisprudência do TRF da 4ª Região reconhece a inviabilidade de reajuste do piso do magistério com base em portarias ministeriais, diante da ausência de parâmetro legal vigente para cálculo. A súmula vinculante nº 37 do STF veda ao Poder Judiciário conceder aumento de vencimentos com fundamento em isonomia, reforçando os limites da atuação jurisdicional na fixação de reajustes salariais. A ausência de demonstração de descumprimento do piso mínimo por parte do ente público afasta a possibilidade de deferimento do pedido formulado na inicial. IV. DISPOSITIVO E TESE Recurso desprovido. Tese de julgamento: A revogação da Lei nº 11.494/2007 pela Lei nº 14.113/2020 inviabiliza o reajuste do piso salarial do magistério com base no parágrafo único do artigo 5º da Lei nº 11.738/2008, ante a inexistência de parâmetro legal vigente. Portarias editadas pelo Ministério da Educação não constituem instrumento normativo idôneo para instituir ou atualizar o piso salarial do magistério na ausência de lei específica, conforme exigido pela EC nº 108/2020. É vedado ao Poder Judiciário conceder reajustes salariais sem base legal expressa, sob pena de violação à reserva de competência da Administração Pública. Dispositivos relevantes citados: CF/1988, arts. 37, caput; 87, parágrafo único, II e IV; 102, §2º; 212-A, XII. EC nº 108/2020. Lei nº 11.738/2008, art. 5º, parágrafo único. Lei nº 14.113/2020, art. 53. Lei nº 9.099/95, art. 55. CPC, art. 98, §3º. Jurisprudência relevante citada: STF, ADI nº 4.167, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, j. 27.02.2013. STJ, REsp nº 1426210/RS, Rel. Min. Gurgel de Faria, Primeira Seção, j. 23.11.2016. TRF4, AC 5003482-72.2022.4.04.7105, Rel. Des. Vivian Caminha, j. 25.11.2023. TRF4, AC 5001937-39.2023.4.04.7005, Rel. Des. João Pedro Gebran Neto, j. 22.11.2023. TRF4, AC 5000629-59.2023.4.04.7007, Rel. Des. Luiz Antonio Bonat, j. 09.11.2023. STF, Súmula Vinculante nº 37. (N.U 1038147-58.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, GONCALO ANTUNES DE BARROS NETO, Primeira Turma Recursal, Julgado em 08/05/2025, Publicado no DJE 08/05/2025). Desse modo, após detida reflexão sobre o tema, em dissonância do Ministério Público, tenho que a norma que autoriza a atualização como feita pelo Ministério da Educação encontra-se vigente e eficaz (parágrafo único do artigo 5º da Lei 11.738/2008), sendo tão somente revogada a lei 11.494/2007, mas não o método de apuração (percentual de crescimento do valor anula mínimo por aluno - VAAF) que, por continuidade normativa típica, permanece válido pela Lei 14.113/2020 (artigo 6º). Nesse sentido: DUPLA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REVISÃO DE REMUNERAÇÃO C/C COBRANÇA. PROFESSOR. PISO SALARIAL NACIONAL . LEI FEDERAL 11.738/2008. ADI N/ 4.167/DF . DIFERENÇA DE REVISÃO PROPORCIONAL À CLASSE OU NÍVEL DA CARREIRA FUNCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA Nº 71 DO TJGO. ADICIONAL DE TITULARIDADE . PROTOCOLO DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. REDISTRIBUIÇÃO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS . 1. O excelso Supremo Tribunal Federal, por meio da ADI nº 4.167/DF, estabeleceu que o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentado pela Lei Federal nº 11.738/2008, é devido a partir de 27 de abril de 2011 . 2. Nos termos do art. 5º, parágrafo único da mencionada Lei, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, além de incumbidos de instituir o piso nacional do magistério público, em valor não inferior ao fixado na norma federal, também têm a obrigação de proceder a atualização em janeiro de cada ano. 3 . A Lei Federal nº 11.738/2008 não contempla direito ao reajustamento ou situação correlata, proporcional ao nacional, às demais classes e/ou níveis da carreira, mas apenas assegura um piso salarial para o magistério, a fim de que nenhum professor tenha vencimento inferior a um padrão mínimo. Inteligência da Súmula nº 71 desse egrégio Sodalício. 4 . Não há previsão em legislação local permitindo o escalonamento ou reajuste proporcional ao piso nacional, como faz crer a parte autora, mas somente a incidência de percentuais sobre as classes e níveis da carreira. 5. Embora o requerimento administrativo colacionado pela parte autora não tenha um número de protocolo, tal argumento, por si só, não seria suficiente para afastar a sua legitimidade, pois ao Município réu cabia desconstituir o referido documento, mas não se desincumbiu do ônus que lhe competia (artigo 373, inciso II, do CPC). Logo, preenchidos os requisitos da legislação local, deve ser mantida a concessão do adicional de titularidade na proporção fixada na sentença . 6. Constatada a sucumbência recíproca entre os litigantes e em observância aos princípios da causalidade e da sucumbência, conforme dispõe o art. 86, do CPC, devem ser proporcionalmente redistribuídos os ônus sucumbenciais. 7 . Em se tratando de sentença ilíquida, o percentual da verba advocatícia deve ser definido quando for liquidado o julgado, nos termos do artigo 85, §§ 3º e 4º, inciso II, do CPC. APELOS CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. (TJ-GO - Apelação Cível: 5622929-12 .2020.8.09.0115 ORIZONA, Relator.: Des(a) . DESEMBARGADOR KISLEU DIAS MACIEL FILHO, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: (S/R) DJ). DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PISO SALARIAL NACIONAL. MAGISTÉRIO PÚBLICO MUNICIPAL. LEI FEDERAL N. 11.738/2008. ADI N. 4.167/DF. ATUALIZAÇÃO ANUAL DO VALOR. DECLARAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE PELO STF. EMENDA CONSTITUCIONAL N. 108/2020. VIGÊNCIA DO ART. 5º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI FEDERAL N. 11.738/2008 PRESERVADA. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF). DESPESAS COM PESSOAL. INEXISTÊNCIA DE IMPEDIMENTO À ATUALIZAÇÃO PREVISTA EM LEI. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO ART. 1.022 DO CPC. INOCORRÊNCIA. AGRAVO CONHECIDO PARA CONHECER DO RECURSO ESPECIAL E NEGAR-LHE PROVIMENTO (STJ - AREsp: 00000000000002794529, Relator.: Ministro TEODORO SILVA SANTOS, Data de Julgamento: 29/04/2025, Data de Publicação: Data da Publicação DJEN 05/05/2025) Outrossim, vale destacar que o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional a Lei nº 11.738/2008 e seu mecanismo de atualização do piso salarial nas ADIs 4167 e 4848. Na ADI 4848/DF, de relatoria do Ministro Roberto Barroso, julgado em 27/2/2021, ficou assentado que é constitucional a norma federal que prevê a forma de atualização do piso nacional do magistério da educação básica. Sendo o mecanismo de atualização, previsto no artigo 5º, parágrafo único, da Lei 11.738/2008 compatível com a Constituição. Segundo extrai-se dos argumentos da aludida decisão da Suprema Corte, a previsão de mecanismos de atualização é uma consequência direta da existência do próprio piso. Com efeito, a edição de atos normativos pelo Ministério da Educação, nacionalmente aplicáveis, objetiva uniformizar a atualização o piso nacional do magistério em todos os níveis federativos e cumprir os objetivos previstos no artigo 3º, inciso II, da Constituição Federal. Ademais, apesar da Emenda Constitucional 108/2020 incluir o inciso XII no artigo 212-A, prevendo que lei específica disporá sobre o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério da educação básica pública, não se pode olvidar que tal previsão já constava do artigo 206, inciso VIII, sendo regulamento pela Lei 11.738/2008. Desse modo, não obstante os atos normativos infralegais fazerem referência à norma revogada, entendo que persiste os parâmetros, nos termos da Lei 14.113/2020, dando o amparo normativo necessário, nos termos do decidido pelo Supremo Tribunal Federal quando do julgamento da ADI 484/DF, para a atualização do piso nacional. Diante de todo o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES DO ENSINO PÚBLICO – SINTEP – Subsede Váreza Grande, com resolução de mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, para reconhecer o direito dos profissionais da educação básica o direito à atualização do piso salarial para o ano de 2022, nos termos da Portaria nº 67/2022 do Ministério da Educação homologou o Parecer 2/2022/CHEFIA/GAB/SEB/SEB. Em outas palavras, reconheço que os profissionais da educação básica do ensino público de Várzea Grande/MT tem o direito à atualização de 12,84%, que perfaz a diferença entre a atualização proposta pelo Ministério da Educação e a realizada pelo ente ora requerido, desde janeiro de 2022. Condeno, por oportuno, o ente requerido ao pagamento da diferença salariais a partir de janeiro de 2022, incidindo a taxa SELIC, a título de juros de mora e da correção monetária, uma única vez, nos termos do artigo 3º da EC 113/2021. Condeno a parte requerida ao pagamento dos honorários advocatícios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC. Sem custas processuais, por força do artigo 3º, inciso I, da Lei Estadual 7.603/2001. Transitada em julgado, arquivem-se os autos com as baixas e anotações necessárias. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Várzea Grande/MT, 3 de julho de 2025. Carlos Augusto Ferrari Juiz de Direito – em regime de cooperação Portaria TJMT/PRES n. 866/2025 de 9 de junho de 2025.

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Ana Elisa Monaco De Araujo Mattoso x Gol Linhas Aéreas S.A.

ID: 283593381

Tribunal: TJMT Órgão: 3º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CUIABÁ Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1017021-15.2025.8.11.0001

Data de Disponibilização: 29/05/2025

Polo Ativo:

ANA ELISA MONACO DE ARAUJO MATTOSO

Polo Passivo:

GOL LINHAS AÉREAS S.A.

Sentença

Advogados:

GUILHERME EVANGELISTA DE ALBUQUERQUE AFFI

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DENNER DE BARROS E MASCARENHAS BARBOSA

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LEONARDO LUIS NUNES BERNAZZOLLI

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PROJETO DE SENTENÇA Processo: 1017021-15.2025.8.11.0001 REQUERENTE: ANA ELISA MONACO DE ARAUJO MATTOSO REQUERIDO: GOL LINHAS AÉREAS S.A. Relatório dispensado. Fundamento e decido. As sentenças nos Ju… PROJETO DE SENTENÇA Processo: 1017021-15.2025.8.11.0001 REQUERENTE: ANA ELISA MONACO DE ARAUJO MATTOSO REQUERIDO: GOL LINHAS AÉREAS S.A. Relatório dispensado. Fundamento e decido. As sentenças nos Juizados Especiais obedecerão aos limites traçados no art. 2º e art. 38 da Lei nº 9.099/95 c.c. art. 1.046, §2º e §4º, do CPC c.c. Enunciados nº 161 e 162 do FONAJE. Preliminar(es). - DA NECESSÁRIA APLICAÇÃO DO CÓDIGO BRASILEIRO DE AERONÁUTICA. Importante destacar de início o entendimento do Superior Tribunal de Justiça de que o Código de Defesa do Consumidor prevalece sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica nos casos de responsabilidade civil decorrente de má prestação dos serviços pela Companhia Aérea, e também o disposto nos artigos 734 a 742 do Código Civil. Nesse sentido: RECURSOS INOMINADOS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. TRANSPORTE AÉREO. VOO NACIONAL. APLICAÇÃO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. DANOS MATERIAIS PARCIALMENTE COMPROVADOS. TEORIA DE REDUÇÃO DO MÓDULA DA PROVA. ADEQUAÇÃO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. MAJORAÇÃO. ADEQUAÇÃO AOS PARÂMETROS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL. RELAÇÃO JURÍDICA CONTRATUAL. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. RECURSOS CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS. (...) 6. O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços à responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor. 7. Não comporta acolhimento a tese de que as disciplinas ditadas pela Convenção de Varsóvia (Convenção de Montreal) e pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei n.º 7.565/86) devem ser aplicadas em detrimento do Código de Defesa do Consumidor. Isso porque, o tratado, ao ser internalizado, adquire em nosso ordenamento jurídico força de lei ordinária, e como tal, não subsiste à Lei n.º 8.078/90, como lei posterior específica destinada a tutelar os interesses do consumidor, expressa como garantia fundamental (art. 5.º, inc. XXXII, CF), inclusive a alegada Convenção. (...) (N.U 1011851-98.2021.8.11.0002, TURMA RECURSAL CÍVEL, LAMISSE RODER FEGURI ALVES CORREA, Turma Recursal Única, Julgado em 03/05/2022, Publicado no DJE 04/05/2022) (negritei) Razão pela qual rejeito a preliminar suscitada. - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. Os motivos apresentados na presente preliminar se confundem com o mérito, razão pela qual postergo sua análise com o julgamento da demanda. Mérito. Inexiste vício a obstar o regular prosseguimento do feito, bem como, as provas dos autos sendo suficientes para a solução da lide ou havendo pedido de julgamento, revela-se dispensável a dilação probatória e pronta a reclamação para julgamento antecipado, conforme disposição do art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil. A parte Reclamante pretende ser reparada pelos danos morais e materiais oriundos do cancelamento do voo inicialmente contratado da Reclamada, sem comunicação prévia, que ensejou na perda de compromisso pessoal de show internacional. O voo originalmente contratado, previa embarque no dia 25/10/2024, às 03h40min. (Cuiabá/MT x Guarulhos/SP x Brasília/DF), conforme bilhete eletrônico apresentado (ID. 187141638), sendo cancelado pela Companhia Reclamada, quando já se encontrava no aeroporto, sem qualquer justificativa formal e antecipada, atrapalhando a agenda pessoal do Reclamante, reacomodando para tarde do dia seguinte (26/10/2024), mesma data e horário aproximado do show, sem que houvesse tempo de deslocamento do aeroporto até o local do evento a tempo de participar, razão pela qual a autora se viu obrigada a não aceitar a reacomodação e solicitar o reembolso do valor das passagens aéreas. Assim, diante da falha na prestação de serviços, pleiteia a restituição do valor pago pelo ingresso, hospedagem e o remanescente do valor das passagens. Em defesa, a parte Reclamada afirma que, a reserva foi cancelada por condições meteorológicas, caracterizando excludente de responsabilidade, sustentando a ausência de demonstração de danos passíveis de indenização. No presente caso, em face da verossimilhança das alegações da parte autora e de sua hipossuficiência, impõe-se a inversão do ônus da prova, cabendo à parte Reclamada a comprovação de inexistência de falha na prestação do serviço nos termos do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor. Verifico a demonstração nos autos de que houve falha na prestação de serviços, uma vez que a impossibilidade de cumprir o contrato de transporte da forma como convencionada, quer por razões técnicas, ou qualquer outro motivo, não afasta a responsabilidade do prestador do serviço de disponibilizar outro meio menos gravoso capaz de atender às necessidades do consumidor, de forma a minimizar os transtornos, o que não ocorreu no presente caso. É possível extrair dos documentos apresentados pelo Reclamante, que o cancelamento do voo, sem qualquer aviso prévio, incorreu na impossibilidade de participação do evento, a corroborar a ocorrência do cancelamento indevido e injustificado, tal como sustentando na petição inicial, ocasionando dissabores que ultrapassam o mero aborrecimento, visto que perdeu momento único de prestigiar artista internacional. Caracterizado está o defeito do serviço, cuidando-se, portanto, de responsabilidade objetiva pelo fato do serviço, previsto no art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, respondendo o fornecedor por esse serviço defeituoso, independentemente de culpa, sendo suficiente a prova da existência do fato decorrente de uma conduta injusta, o que restou devidamente comprovado. Como decorrência da responsabilidade objetiva do prestador do serviço, para que ele possa se desonerar da obrigação de indenizar, deve provar que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste ou a culpa é exclusiva do consumidor ou de terceiro (§3º, inc. I e II, do art. 14 do CDC). Sendo o ônus da prova relativo a essas hipóteses do prestador do serviço e, não tendo ele se desincumbido, deve ser responsabilizado pelos danos causados. Assim, uma vez comprovado pelo Autor a subsistência da pretensão, cumpre à parte ré provocar o contraditório demonstrando fato extintivo, impeditivo ou modificativo do direito do autor, nos termos do artigo 373, II do CPC, o que não o fez, devendo, portanto, o pedido ser julgado procedente. Nesse sentido, os nossos precedentes do TJMT: RECURSO INOMINADO – TRANSPORTE AÉREO – CANCELAMENTO DE VOO – REALOCAÇÃO PARA OUTRO VOO – ATRASO DE 12 HORAS PARA CHEGADA AO DESTINO FINAL – ALEGAÇÃO DE MÁS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS - EXCLUDENTE NÃO COMPROVADA – DANO MORAL CONFIGURADO – QUANTUM RAZOÁVEL CONSIDERANDO-SE O TOTAL DO ATRASO –SENTENÇA MANTIDA - RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. A Requerente ingressou com a presente ação aduzindo que contratou voo com itinerário Guarulhos/SP à Cuiabá/MT, sem conexão, no dia 15/11/2023 às 23:20h, com horário previsto para chegada no dia 15/11/2023 às 00:45hs. Contudo o voo foi cancelado e foi informada às 02:00h pela requerida que teria que ir de táxi até Viracopos/SP, tendo aguardado por 03( três ) horas , sem assistência material, custeando o valor de R$ 18,00 ( dezoito reais) para um café, após, sendo realocada em outra cia aérea, saindo de Viracopos às 08:30h do dia 16/11/2023 com chegada em Cuiabá às 11:30h do dia 16/11/2023, chegando ao destino final com 12 (doze) horas de atraso, razão pela qual pleiteia indenização por danos morais. 2. A sentença proferida nos autos julgou procedentes os pedidos da inicial condenando a Requerida ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 3. O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor. 4. A alegação da Requerida de que o cancelamento se deu devido às condições climáticas, não possui o condão de afastar a responsabilidade do transportador aéreo pelo atraso do voo, uma vez que, no caso se qualifica como risco inerente a atividade. 5. O cancelamento do voo que provoca a realocação do consumidor horas depois do previsto, configura falha na prestação do serviço porque implica no descumprimento das obrigações assumidas, atraso ao destino final e desorganiza as programações feitas pelo consumidor, ainda mais quando há realocação em outro voo com chegada ao destino final após 12 horas do horário inicialmente contratado. 6. Não restando comprovada a ocorrência de caso fortuito, o atraso do voo do passageiro configura falha da prestação do serviço e gera a obrigação de indenizar a título de dano moral, decorrente dos transtornos, cansaço, frustração e desconforto sofridos pela parte consumidora. 7. O valor fixado a título de dano moral deve considerar as peculiaridades do caso em comento, de modo que a quantia fixada na sentença se encontra adequada aos parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade, considerando-se o total do atraso e ainda, de acordo aos casos análogos já fixados por esta Turma Recursal. 8. No mesmo sentido, é o entendimento desta e. Turma Recursal: “RECURSO INOMINADO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS - CANCELAMENTO DE VOO – TRECHO DE VOLTA - ALEGAÇÃO DE MÁS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS - EXCLUDENTE NÃO COMPROVADA - TRAJETO FINAL FEITO DE ÔNIBUS - FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - DANO MORAL CONFIGURADO - DEVER DE INDENIZAR - VALOR INDENIZATÓRIO FIXADO QUE NÃO ATENDE AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE - QUANTUM MAJORADO – DANO MATERIAL – MANTIDO - RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1 - O cancelamento do voo e posterior realocação para realizar parte da viagem via terrestre, configura falha na prestação do serviço e esta falha enseja a responsabilização objetiva pelos danos causados, nos termos do artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor, e o dever de indenizar, nos moldes dos artigos 186 e 927, do Código Civil. 2 - Alegação da recorrida de que o cancelamento se deu devido às condições climáticas, não possui o condão de afastar a responsabilidade do transportador aéreo pelo atraso do voo, uma vez que, no caso se qualifica como risco inerente a atividade, ultrapassa a esfera do mero dissabor e configura dano moral “in re ipsa”. 3 - O valor da indenização a título de dano moral, arbitrado na sentença, mostra-se insuficiente, devendo ser majorado para R$ 5.000,00 (cinco mil reais), valor que satisfaz ao caráter reparatório, servindo, ainda como desestímulo à repetição da conduta. 4 - A reclamante faz jus a devida restituição do valor gasto com hospedagem, combustível e pedágio, conforme determinado na sentença. 5 - Recurso conhecido e parcialmente provido. (N.U 1000445-70.2022.8.11.0091, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALDECI MORAES SIQUEIRA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 12/12/2023, Publicado no DJE 14/12/2023)” 9. A sentença não merece reparos e deve ser mantida por seus próprios fundamentos. A súmula do julgamento serve de acórdão, nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 10. Recurso conhecido e não provido. Condeno a Recorrente ao pagamento das custas e honorários advocatícios, estes fixados em 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 55, da Lei nº 9.099/95. ARISTEU DIAS BATISTA VILELLA Juiz de Direito Relator (N.U 1026507-58.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, ARISTEU DIAS BATISTA VILELLA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 12/08/2024, Publicado no DJE 15/08/2024) (negritei e sublinhei) RECURSO INOMINADO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS – AQUISIÇÃO DE PASSAGENS AÉREAS – CANCELAMENTO DE VOO – PERDA DE EVENTO AGENDADO – REEMBOLSO DAS PASSAGENS REALIZADO DE FORMA ADMINISTRATIVA - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR DO SERVIÇO - DANO MORAL CONFIGURADO - QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO - DANO MATERIAL - MANTIDO - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. No caso, houve falha na prestação do serviço decorrente do cancelamento do voo originalmente contratado, e ainda, com a não ida a evento previamente adquirido pela reclamante. 2. Dano moral evidenciado, porquanto os transtornos vivenciados pela consumidora ultrapassam a esfera do mero aborrecimento comumente suportado pelos passageiros do transporte aéreo. 3. Com relação ao valor indenizatório a título de danos morais, tenho que a quantia arbitrada na sentença deve ser mantida, pois se mostra adequada ao caso concreto, estando em conformidade com os parâmetros da proporcionalidade e da razoabilidade, servindo para compensar a recorrida pelos transtornos sofridos, sem lhe causar enriquecimento ilícito. 4. Havendo falha na prestação do serviço, o ressarcimento a título de dano material em razão dos fatos alegados, é medida que se impõe. 5. Recurso conhecido e improvido. (N.U 1014096-80.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALDECI MORAES SIQUEIRA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 05/08/2024, Publicado no DJE 08/08/2024) (negritei e sublinhei) No caso concreto, a situação narrada ultrapassa o mero descumprimento contratual ou dissabor das relações da vida cotidiana, revelando dano moral à honra subjetiva da parte Reclamante, notoriamente diante da sujeição à longa e desnecessária espera pelo consumidor, por fato previsível. O arbitramento do valor da indenização por danos morais deve levar em conta as circunstâncias do caso concreto, as condições das partes, o grau de culpa e, principalmente, a finalidade da reparação do dano moral, que é a de compensar o dano ocorrido, bem como inibir conduta abusiva. Desse modo, considerando as circunstâncias do caso concreto, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso, atento à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso, fixo a indenização em R$ 6.000,00 (seis mil reais). No que se refere aos danos patrimoniais decorrentes do cancelamento da viagem, a Reclamante apresenta perda patrimonial no valor de R$ 4.572,03 (quatro mil quinhentos e setenta e dois reais e três centavos) com gastos do pagamento de ingresso, taxa de cancelamento do hotel e residual do valor da passagem. Analisando os documentos acostados, verifico que os gastos com o ingresso e hospedagem foram devidamente comprovados (ID. 187142802 e 187142808), que por culpa da Reclamada, os gastos foram desnecessários, consubstanciado na falha da prestação de serviços, portanto, que merecem ser restituídos em sua integralidade, no valor de R$ 2.859,07 (dois mil, oitocentos e cinquenta e nove reais e sete centavos), tendo em vista que contribuiu para o seu acontecimento. Contudo, apesar de afirmar ausência de reembolso integral da passagem, o pedido de reembolso realizado em plataforma da Reclamada (ID. 187142812), demonstra que não foram apenas as milhas restituídas, mas também o valor de 1.620,00 (um mil seiscentos e vinte reais) do bilhete, e R$ 92,96 (noventa e dois reais e noventa e seis centavos) da taxa de embarque, restando indeferido o pedido material neste ponto. DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. O Código Civil disciplina no seu art. 406 e parágrafos que, quando não houver sido convencionado, ou quando não for estipulado taxa, ou quando não haver previsão legal, os juros serão fixados de acordo com a taxa legal, a qual corresponderá a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC). Art. 406. Quando não forem convencionados, ou quando o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, os juros serão fixados de acordo com a taxa legal. (Redação dada pela Lei nº 14.905, de 2024) § 1º - A taxa legal corresponderá à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), deduzido o índice de atualização monetária de que trata o parágrafo único do art. 389 deste Código. (Incluído pela Lei nº 14.905, de 2024) Cabe destacar, que segundo julgamento de recurso especial repetitivo, sob o tema n.º 112, a taxa SELIC deve ser utilizada sem cumulação com correção monetária por já contemplar essa rubrica em sua formação. Nesse sentido: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. TAXA SELIC. PARCIAL PROVIMENTO. I. Caso em exame 1. Agravo interno interposto contra decisão monocrática que negou provimento ao agravo nos próprios autos, relacionado à liquidação de sentença em ação indenizatória, envolvendo a desvalorização de marca. 2. A agravante alega omissão no julgado quanto ao acervo probatório e aos índices de atualização e compensação da mora, defendendo a aplicação da Taxa Selic como índice de correção monetária. II. Questão em discussão 3. A questão em discussão consiste em saber se houve omissão no julgado e se a Taxa Selic deve ser aplicada como critério para incidência de juros moratórios e atualização monetária em substituição ao IPCA acrescido de taxa de juros utilizados pela perícia judicial. III. Razões de decidir 4. Não se verifica omissão relevante no acórdão recorrido. 5. A jurisprudência do STJ determina a aplicação da Taxa Selic como taxa de juros moratórios e índice de correção monetária quando não há determinação específica de outro índice no título transitado em julgado. 6. A reavaliação das conclusões periciais encontra óbice na Súmula n. 7 do STJ, impedindo a revisão do acervo fático-probatório. IV. Dispositivo e tese 7. Agravo interno parcialmente provido para determinar a aplicação da Taxa Selic em substituição ao IPCA e à taxa relativa aos juros moratórios, vedada sua acumulação com qualquer outro índice de atualização monetária. Tese de julgamento: "A Taxa Selic deve ser aplicada como juros moratórios quando não há determinação específica de outro índice no título judicial, vedada sua acumulação com qualquer outro índice de atualização monetária. Quando não houver cumulação de encargos, deve ser aplicada a Taxa Selic no período de incidência dos juros de mora, deduzido o índice do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ainda que as obrigações tenham sido constituídas antes da alteração legislativa". Dispositivos relevantes citados: CPC/2015, arts. 489, § 1º, IV e VI, 1022, II; Código Civil, art. 406.Jurisprudência relevante citada: STJ, REsp 1.795.982/SP, Rel. Min. Raul Araújo, Corte Especial, julgado em 21/8/2024. (grifo nosso) Ademais, o referido Acórdão do STJ dispõe que a aplicação da nova redação do art. 406 do Código Civil deve incidir nos casos anteriores à edição da nova lei, vez que não se trata de retroatividade de lei, pois a referida Lei apenas incorpora formalmente ao ordenamento jurídico compreensão que já era objeto de entendimento jurisprudencial consolidado. Sobre o assunto: “(...) Nas hipóteses em que a constituição da obrigação for anterior à edição da lei – dado o caráter declaratório de suas disposições, que passou a adotar a interpretação já conferida à matéria pelo STJ – deve ser adotada a mesma solução, para impedir o enriquecimento sem causa do credor. Não se cuida, em verdade, de retroatividade da lei. Veja-se que a nova lei incorpora formalmente ao ordenamento jurídico compreensão que já era objeto de entendimento jurisprudencial consolidado; a questão seria dirimida da mesma forma, com base nos mesmos parâmetros interpretativos, ainda que não houvesse edição do novo diploma legislativo. Desde muito tempo o STJ tem entendimento de que os juros de mora correspondem à taxa SELIC e que não pode ser cumulada com qualquer outro índice de correção monetária, quando forem simultaneamente incidentes. Todavia, em períodos nos quais há incidência de apenas um encargo – juros de mora ou atualização monetária – a SELIC não pode incidir e deve ser substituída por outro critério, tal como tem reconhecido esta Quarta Turma (v.g. AgInt no AREsp n. 2.140.598/RJ, relator Ministro João Otávio de Noronha, Quarta Turma, julgado em 19/8/2024, DJe de 22/8/2024; AgInt nos EDcl no REsp n. 1.518.445/SP, relator Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, julgado em 14/5/2019, DJe de 10/6/2019). (...) (AResp 2.059.743 STJ)” (grifo nosso) Dispositivo. Ante o exposto, rejeito a(s) preliminares e julgo PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos da inicial, nos termos do artigo 487, I, do CPC, extinguindo o feito com julgamento de mérito, para o fim de: a) condenar a parte Reclamada a pagar ao Reclamante o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), a título de danos morais, devendo ser acrescido de juros legais desde a citação, aplicando-se a Taxa Selic, deduzindo-se o valor da correção monetária pelo IPCA/IBGE, até a data do arbitramento (súmula 362, STJ), conforme nova redação do art. 406, §1º, do CC, a partir da qual deverá ser aplicado apenas a Taxa Selic; b) condenar a Reclamada a pagar aos Reclamantes o valor de R$ 2.859,07 (dois mil, oitocentos e cinquenta e nove reais e sete centavos), a título de indenização por danos materiais, indeferindo os demais valores pleiteados, devendo ser corrigido pelo índice IPCA/IBGE da data do efetivo prejuízo (súmula 43 STJ) até a data da citação, a partir de quando incidirá apenas a taxa SELIC; e acrescido de juros de mora desde a citação (art. 405 do CC) pela taxa SELIC, nos termos do art. 406, § 1º, do Código Civil, conforme os novos critérios determinados na Lei n. 14.905/2024. Informo, por oportuno, que a parte do cálculo relacionado à TAXA SELIC deverá ser realizado pela Calculadora do Banco Central, disponível no seguinte link: https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFormCorrecaoValores&aba=4, com o uso da aba ‘taxa selic’ para atualização do débito, reafirmando que a correção monetária do IPCA já está embutida no cálculo da taxa Selic (ausência de campus específico para inclusão do IPCA). Sem custas nem honorários, em conformidade com o art. 54 e art. 55, ambos da Lei 9.099/95. P.I.C. Submeto o presente projeto de sentença à homologação do MM. Juiz Togado, nos termos do art. 40 da Lei nº 9.099/95. William Hemilliese Oracio Silva Juiz leigo SENTENÇA Vistos. HOMOLOGO o projeto de sentença, nos termos do art. 40, da Lei 9.099/95 c.c. art. 8º, da LCE nº 270/07. Aguarde-se em arquivo a via recursal ou, se for o caso, o trânsito em julgado. JAMILSON HADDAD CAMPOS Juiz de Direito do 3º Juizado Especial Cível da Comarca de Cuiabá ASSINADO DIGITALMENTE

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Processo nº 1047944-58.2024.8.11.0001

ID: 325895622

Tribunal: TJMT Órgão: Segunda Turma Recursal Classe: RECURSO INOMINADO CíVEL Nº Processo: 1047944-58.2024.8.11.0001

Data de Disponibilização: 15/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

DEUVANA FERREIRA CHELIS GUIMARAES

Intimação

Advogados:

THALES AUGUSTO RIOS CHAIA JACOB

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE 2. SEGUNDA TURMA RECURSO INOMINADO (460) 1047944-58.2024.8.11.0001 RECORRENTE: ESTADO DE MATO GROSSO RECORRIDO: DEUVANA FERREIRA CH… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE 2. SEGUNDA TURMA RECURSO INOMINADO (460) 1047944-58.2024.8.11.0001 RECORRENTE: ESTADO DE MATO GROSSO RECORRIDO: DEUVANA FERREIRA CHELIS GUIMARAES E M E N T A DE DECISÃO MONOCRÁTICA DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO INOMINADO. CONTRATO TEMPORÁRIO. ESTADO DE MATO GROSSO. PROFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA. RENOVAÇÕES SUCESSIVAS. NULIDADE. FGTS E FÉRIAS DE 45 DIAS COM TERÇO CONSTITUCIONAL. RECURSO DESPROVIDO. I. CASO EM EXAME 1. Recurso inominado interposto contra sentença que julgou parcialmente procedente o pedido inicial para declarar a nulidade dos contratos temporários e condenar a parte reclamada ao pagamento de férias acrescidas do terço constitucional sobre os 45 dias de férias e ao recolhimento do FGTS referente aos períodos aquisitivos não prescritos. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2. A questão em discussão consiste em verificar a validade dos contratos temporários firmados com o Estado de Mato Grosso e o direito da recorrida ao recebimento do FGTS e férias acrescidas do terço constitucional sobre 45 dias. III. RAZÕES DE DECIDIR 3. No caso em análise, a autora manteve vínculo com o Estado de Mato Grosso na modalidade de contrato temporário, na função de professora da educação básica, nos períodos de 02/2019 a 11/2019, 02/2020 a 12/2020, 06/2022 a 12/2022, 03/2023 a 12/2023 e 01/2024 a 06/2024, com sucessivas renovações e algumas breves interrupções. 4. A sucessão de contratações temporárias descaracterizou a excepcionalidade e temporariedade da contratação, acarretando o desvirtuamento de sua finalidade específica original, em violação ao art. 37, § 2º da Constituição Federal. 5. Conforme o art. 19-A da Lei nº 8.036/1990, é devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas no art. 37, § 2º, da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário. 6. A Lei Complementar Estadual nº 50/1998, que regulamenta a carreira dos profissionais da Educação Básica no Estado de Mato Grosso, garante ao professor um período de 45 dias de férias, conforme previsto em seu artigo 54, inciso I. 7. O IRDR (Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas) - TEMA 04 do TJMT fixou a tese de que os professores integrantes da carreira dos Profissionais da Educação Básica do Estado de Mato Grosso, que exercem suas atividades dentro da sala de aula, e os professores contratados em caráter temporário fazem jus a 45 dias de férias, e que o adicional de um terço deve incidir sobre todo esse período. Os valores devidos a título de FGTS e adicional de férias deverão ser apurados em fase de liquidação de sentença, com a dedução dos montantes eventualmente pagos. IV. DISPOSITIVO E TESE 8. Recurso não provido. Sentença mantida pelos próprios fundamentos. Tese de julgamento: "1. Os contratos temporários sucessivamente renovados para o cargo de professor da educação básica são nulos quando descaracterizada a excepcionalidade e temporariedade da contratação. 2. O professor da educação básica contratado temporariamente pelo Estado de Mato Grosso faz jus ao recebimento de FGTS e férias acrescidas do terço constitucional sobre o período integral de 45 dias, em conformidade com a Lei Complementar Estadual nº 50/1998 e o IRDR - TEMA 04 do TJMT." __________ Dispositivos relevantes citados: CF/1988, art. 37, § 2º; Lei nº 8.036/1990, art. 19-A; Lei Complementar Estadual nº 50/1998, arts. 54 e 55; EC nº 113/2021; IRDR - TEMA 04 do TJMT; Lei nº 9.099/1995, art. 46. Jurisprudência relevante citada: N.U 1001488-17.2023.8.11.0088, EULICE JAQUELINE DA COSTA SILVA CHERULLI, Primeira Turma Recursal, Julgado em 22/05/2025, Publicado no DJE 22/05/2025; N.U 1083031-75.2024.8.11.0001, VALDECI MORAES SIQUEIRA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 22/05/2025, Publicado no DJE 22/05/2025. DECISÃO MONOCRÁTICA Dispensado o relatório em face ao disposto no art. 38 da Lei nº 9.099 de 26 de setembro de 1995. Trata-se de RECURSO INOMINADO intentado contra sentença que apresentou a seguinte parte dispositiva: “(...) Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido formulado na inicial para declarar a nulidade dos contratos temporários e CONDENAR a parte reclamada ao pagamento de férias, acrescidas do 1/3 correspondente sobre os 45 (quarenta e cinco) dias de férias, e ao recolhimento do FGTS referente aos períodos aquisitivos não prescritos descritos na inicial, a serem comprovados, deduzindo as parcelas já pagas, em valor a ser apurado por simples cálculo aritmético em fase de cumprimento de sentença, cujo valor deverá ser corrigido valores estes que deverão ser corrigidos à luz da alteração constitucional introduzida pela Emenda Constitucional nº 113/2021, sobre as condenações judiciais da Fazenda Pública, devendo incidir correção monetária pelo IPCA-E e juros de mora pelo índice oficial da caderneta de poupança até a data de 08/12/2021, após o que é aplicável apenas a SELIC, nos moldes da Emenda Constitucional nº 113/2021. (...)” Sem remessa ao Ministério Público por não envolver matéria de saúde, interesse de menor ou incapaz, nos termos do Ofício n. 01/2023, expedido pela d. Promotoria responsável por oficiar nesta 2ª Turma Recursal. É o relato do necessário. Decido. O recurso é próprio e tempestivo, portanto, dele conheço. No que concerne ao julgamento monocrático, o relator pode monocraticamente dar provimento ao recurso que esteja em desacordo com a jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, é o que dispõe a Súmula nº 02 da Turma Recursal Do Estado de Mato Grosso e Enunciado 103 do FONAJE. O cerne da controvérsia reside em verificar a validade dos contratos temporários e o direito ao recebimento do FGTS e férias acrescidas do terço constitucional sobre 45 dias. No presente caso, a autora, ora recorrida, alega que manteve vínculo com o Estado de Mato Grosso na modalidade de contrato temporário, na função de professora da educação básica, do período de 2015 a 2023. Cabe frisar que foi reconhecida a prescrição do período anterior a 11 de julho de 2019. A respeito da contratação por tempo determinado pelo Estado de Mato Grosso, a Lei Complementar nº 600, de 19 de dezembro de 2017, dispõe o seguinte: Art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público: (...) IV - admissão de profissional da educação básica, professores substitutos ou visitantes, inclusive estrangeiros, pela: (Nova redação dada pela LC 719/2022) Redação original. IV - admissão de professores substitutos ou professores visitantes, inclusive estrangeiros, pela: (...) Art. 11 As contratações de pessoal por tempo determinado observarão o prazo máximo de: (...) II - 12 (doze) meses, nas hipóteses previstas nos incisos II, IV, V, VI e VIII do art. 2º; nos incisos I, II e IV do art. 4º e no art. 6º desta Lei Complementar; III - 24 (vinte e quatro) meses, nas hipóteses previstas nos incisos IV, V, X, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do art. 2º e no art. 3º para professores visitantes e pesquisador estrangeiro; (redação dada pela LC 719/2022, efeitos a partir de 24º.03.2022) III - 30 (trinta) meses, nas hipóteses previstas nos incisos IV, V, X, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI do art. 2º desta Lei Complementar; (Nova redação dada pela LC 755/2023, efeitos a partir de 1º.01.2023) (...) § 2º Apenas os prazos estabelecidos nos incisos I, II e III deste artigo admitem prorrogação, por igual período, desde que permaneçam as condições que ensejaram a contratação. Redação anterior dada pela LC 719/2022. Da análise das fichas financeiras, verifica-se que a parte autora foi contratada para exercer contratos nos seguintes períodos: 02/2019 a 11/2019 02/2020 a 12/2020 06/2022 a 12/2022 03/2023 a 12/2023 01/2024 a 06/2024 Verifica-se que o contrato realizado entre 02/2020 a 12/2020 não foi renovado, mas sim interrompido, mormente porque existe um grande lapso temporal entre ele e o contrato iniciado em junho de 2022. Já em relação aos demais períodos, percebe-se que a autora foi contratada de forma temporária, com inúmeras renovações e algumas breves interrupções, permanecendo em exercício até 06/2024. Dessa forma, constata-se que ocorreu uma sucessão de contratações temporárias, o que descaracterizou a excepcionalidade e temporariedade da contratação, acarretando o desvirtuamento de sua finalidade especifica original. O art. 19-A da Lei n.º 8.036/1990 prevê expressamente que: "É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas no art. 37, § 2.º, da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário".”. Nesse sentido, julgados da Turma Recursal deste Estado: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA POR FALTA DE PAGAMENTO DE VERBAS INDENIZATÓRIAS. CONTRATO TEMPORÁRIO. RENOVAÇÕES SUCESSIVAS. NULIDADE. VIOLAÇÃO AO ART. 37, II, E § 2º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FÉRIAS E TERÇO CONSTITUCIONAL. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NOS TRIBUNAIS SUPERIORES (STF E STJ). SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Ação de cobrança na qual o Recorrente pleiteia a condenação do Recorrido ao pagamento de FGTS, 13º salário, férias e terço constitucional, referentes a contrato temporário renovado sucessivamente de 2019 a 2023, no cargo de nível técnico assistencial, junto ao Hospital Regional Dr. Antônio Carlos. A contratação temporária que desvirtua o interesse público e não segue a prévia aprovação em concurso público é nula, devendo-se garantir ao trabalhador os direitos relacionados ao FGTS, 13º salário, férias e terço constitucional relativos a todo o período laborado. Tese firmada em repercussão geral: "Servidores temporários não têm direito ao 13º salário e férias acrescidas do terço constitucional, exceto nos casos de previsão legal/contratual ou quando houver desvirtuamento da contratação mediante sucessivas renovações." Sentença parcialmente alterada. Recurso conhecido e parcialmente provido.” (N.U 1012187-03.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, JORGE ALEXANDRE MARTINS FERREIRA, Primeira Turma Recursal, Julgado em 23/09/2024, Publicado no DJE 27/09/2024) “RECURSO INOMINADO. FAZENDA PÚBLICA. CONTRATO COM PRAZO DETERMINADO PARA ATENDER NECESSIDADE DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO. PRORROGAÇÕES SUCESSIVAS. VIOLAÇÃO DAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 37, § 2º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NULIDADE. DIREITO AO RECEBIMENTO DE FÉRIAS, DO TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. ENTENDIMENTO DO STF EM REPERCUSSÃO GERAL. TEMAS 308 E 551. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. 1. No presente caso, a Reclamante, ora Recorrida, manteve vínculo com o Estado de Mato Grosso, na modalidade de contrato temporário, no cargo de Nível Superior Assistencial – exercendo a função de enfermeira, no período de maio/2018 a agosto/2021, conforme fichas financeiras juntadas na inicial. 2. Os casos de contratação de natureza temporária deverão ocorrer por tempo determinado, com fundamento no excepcional interesse público, cuja contratação integrará o regime jurídico administrativo especial, tendo em vista sua caracterização precária e diversa da contratação por meio de concurso público ou estatutário. O art. 37, IX, CF, previu a necessidade de edição lei. No caso do Estado de Mato Grosso, por meio da Lei Complementar nº 600, de 19 de dezembro de 2017, é possível a contratação em caráter temporário, desde que observado os critérios estabelecidos em seu artigo 2º que assim dispõe: (...) 3. Desta forma, verifico que o contrato temporário da autora extrapolou o prazo máximo, prorrogado por mais uma vez, pelo mesmo período, previsto no na Lei Complementar nº 600, de 19 de dezembro de 2017. 4. O Supremo Tribunal Federal, no precedente de repercussão geral nº 705.140/RS, acerca do tema de contratação de pessoal pela Administração Pública sem concurso e os efeitos jurídicos admissíveis em relação aos empregados, firmou a seguinte tese (TEMA 308): “A Constituição de 1988 comina de nulidade as contratações de pessoal pela Administração Pública sem a observância das normas referentes à indispensabilidade da prévia aprovação em concurso público (CF, art. 37, § 2º), não gerando, essas contratações, quaisquer efeitos jurídicos válidos em relação aos empregados contratados, a não ser o direito à percepção dos salários referentes ao período trabalhado e, nos termos do art. 19-A da Lei 8.036/90, ao levantamento dos depósitos efetuados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS”. (GRIFEI) 5. “Servidores temporários não fazem jus a décimo terceiro salário e férias remuneradas acrescidas do terço constitucional, salvo (I) expressa previsão legal e/ou contratual em sentido contrário, ou (II) comprovado desvirtuamento da contratação temporária pela Administração Pública, em razão de sucessivas e reiteradas renovações e/ou prorrogações.” (TEMA 551 STF). (...)”. (N.U 1048797-38.2022.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALMIR ALAERCIO DOS SANTOS, Turma Recursal Única, Julgado em 06/03/2023, Publicado no DJE 10/03/2023) Assim, não tendo o recorrido conseguido comprovar o recolhimento do FGTS durante o período em que vigorou o contrato temporário, o qual foi renovado sucessivamente, conforme seu dever probatório, conforme estabelecido no artigo 373, inciso II, do Código de Processo Civil, a recorrente faz jus ao recebimento dos valores correspondentes ao FGTS, conforme reconhecido na sentença. No tocante ao pleito de condenação do Estado ao pagamento de férias acrescidas do terço constitucional, é certo que a carreira dos profissionais da Educação Básica no Estado de Mato Grosso é regulamentada pela Lei Complementar Estadual nº 50/1998, a qual garante ao professor um período de 45 (quarenta e cinco) dias de férias: “Art. 54 O professor e os demais profissionais em efetivo exercício do cargo gozarão de férias anuais: I - de 45 (quarenta e cinco) dias para o professor, a saber: a) 15 (quinze) dias no término do 1° semestre previsto no calendário escolar; b) 30 (trinta) dias no encerramento do ano letivo de acordo com o calendário escolar. II - de 30 (trinta) dias para os demais Profissionais da Educação Básica, de acordo com a escala de férias.” O artigo 55 da referida Lei dispõe que o pagamento do adicional de 1/3, correspondente ao período de férias, independe de solicitação: “Art. 55 Independente de solicitação, será pago aos Profissionais da Educação, por ocasião das férias, um adicional de um terço da remuneração, correspondente ao período de férias. Art. 56 Aplica-se aos servidores contratados temporariamente, nos termos do art. 79 desta lei complementar, o disposto neste artigo.”. Ademais, é importante registrar que foi fixado por meio de IRDR (Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas), TEMA 04, que os profissionais da Educação Básica, que exercem suas atividades dentro da sala de aula, e os professores contratados, em caráter temporário, fazem jus a 45 dias de férias: i) Os professores integrantes da carreira dos Profissionais da Educação Básica do Estado de Mato Grosso, que exercem as suas atividades dentro da sala de aula, e os professores contratados, em caráter temporário, fazem jus a quarenta e cinco (45) dias de férias, nos termos do artigo 54, I e § 1º, da Lei Complementar do Estado de Mato Grosso nº 50, de 1º de outubro de 1998, com a redação dada pela Lei Complementar do Estado de Mato Grosso nº 104, de 22 de janeiro de 2002; e ii) O adicional de um terço deve incidir sobre os quarenta e cinco (45) dias de férias para os professores integrantes da carreira dos Profissionais da Educação Básica do Estado de Mato Grosso, que exercem as suas atividades dentro da sala de aula, bem como para os professores contratados, em caráter temporário. É certo o que a parte autora faz jus ao recebimento de férias acrescidas do terço constitucional sobre o período de 45 (quarenta e cinco) dias. Aliás, este é o entendimento adotado pela Turma Recursal do Estado de Mato Grosso: DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. PROFESSORA CONTRATADA TEMPORARIAMENTE. PAGAMENTO DE FÉRIAS COM TERÇO CONSTITUCIONAL. SENTENÇA EXTRA PETITA. PARCIAL NULIDADE DECLARADA DE OFÍCIO. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NA PARTE CONHECIDA, PREJUDICADO. I. CASO EM EXAME 1. Recurso inominado interposto pelo Estado de Mato Grosso contra sentença que, além de reconhecer o direito ao pagamento do terço constitucional referente aos 15 dias de férias não pagos, declarou, sem pedido, a nulidade dos contratos temporários da autora e condenou o ente público ao pagamento do FGTS. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2. Há duas questões em discussão: (i) se a sentença incorreu em julgamento extra petita ao declarar a nulidade dos contratos e determinar o pagamento do FGTS; (ii) se há interesse recursal do ente público quanto ao pagamento proporcional das férias com o terço constitucional. III. RAZÕES DE DECIDIR 3. A sentença julgou além dos limites do pedido inicial ao declarar a nulidade contratual e condenar o ente público demandado ao pagamento do FGTS, incorrendo em julgamento extra petita, cuja nulidade deve ser reconhecida de ofício. 4. Quanto ao terço constitucional de férias, a sentença acolheu integralmente a tese do recorrente, inexistindo interesse recursal. IV. DISPOSITIVO E TESE 5. Sentença parcialmente anulada, de ofício, para excluir a declaração de nulidade dos contratos e a condenação ao pagamento do FGTS. Recurso parcialmente conhecido e, nesta parte, reputado prejudicado. Tese de julgamento: “É nula a sentença que julga além dos limites do pedido inicial (extra petita), sendo incabível o recurso da parte cuja pretensão foi integralmente acolhida.” Dispositivos relevantes citados: CF/1988, art. 5º, LIV e LV; CPC, arts. 141 e 492; Lei nº 9.099/1995, art. 55. Jurisprudência relevante citada: TJMT, Recurso Inominado nº 1024649-88.2021.8.11.0003, Rel. Juiz Valmir Alaercio dos Santos, j. 11.09.2023; TJMT, Recurso Inominado nº 1040320-23.2022.8.11.0002, Rel. Juiz Hildebrando da Costa Marques, j. 17.06.2024; STJ, AgInt nos EDcl no AREsp 2.265.644/MS, Rel. Min. Gurgel de Faria, 1ª Turma, j. 05.06.2023. (N.U 1001488-17.2023.8.11.0088, TURMA RECURSAL CÍVEL, EULICE JAQUELINE DA COSTA SILVA CHERULLI, Primeira Turma Recursal, Julgado em 22/05/2025, Publicado no DJE 22/05/2025) DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. RECURSO INOMINADO. CONTRATO TEMPORÁRIO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEM CONCURSO. EXTENSÃO DE DIREITOS SOCIAIS. NULIDADE CONTRATUAL PARCIAL. VERBAS DEVIDAS. RECURSO DESPROVIDO. I. CASO EM EXAME Recurso inominado interposto por ente público contra sentença que declarou a nulidade dos contratos firmados com técnica de enfermagem entre 1998 e 2020 e condenou o recorrente ao pagamento de FGTS (sem multa de 40%), férias acrescidas de 1/3 constitucional e adicional sobre 15 dias, todos limitados ao período não alcançado pela prescrição. O recorrente busca a improcedência dos pedidos iniciais. A parte autora pugna pela manutenção da sentença. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO Há duas questões em discussão: (i) definir se é devida a extensão de direitos sociais a contratada temporariamente pela administração pública sem concurso, com base no art. 37, IX, da CF; (ii) estabelecer se a sentença corretamente reconheceu a nulidade dos contratos e fixou as verbas indenizatórias conforme a jurisprudência e os limites legais. III. RAZÕES DE DECIDIR A contratação da recorrida, embora formalizada por meio de contratos temporários, perdurou por mais de vinte anos (1998 a 2020), revelando burla ao concurso público exigido pelo art. 37, II, da CF, e ensejando a nulidade dos contratos, nos termos do art. 37, § 2º, da Constituição. A jurisprudência do STF reconhece que servidores contratados temporariamente têm direito à percepção de verbas trabalhistas previstas no art. 7º da CF, tais como férias acrescidas de 1/3 e 13º salário, conforme precedentes nos RE 775801 AgR, ARE 646000 RG e ARE 663104. O art. 19-A da Lei nº 8.036/1990 estabelece a obrigatoriedade do depósito do FGTS quando houver nulidade do contrato de trabalho, desde que mantido o direito ao salário, o que se aplica ao caso, dada a inexistência de comprovação de quitação das verbas trabalhistas. A sentença observou corretamente o prazo prescricional, limitando os efeitos da condenação aos cinco anos anteriores à propositura da demanda. O recurso é conhecido, mas desprovido, por ausência de elementos que infirmem os fundamentos da sentença. IV. DISPOSITIVO E TESE Recurso desprovido. Tese de julgamento: A contratação temporária por ente público, ainda que nula por desrespeito ao concurso, garante ao contratado o direito à percepção das verbas trabalhistas, como FGTS, férias acrescidas de 1/3 e adicional proporcional, quando comprovado o labor e não demonstrado o pagamento. A nulidade do contrato não afasta o dever estatal de cumprir as obrigações mínimas decorrentes da relação fática de trabalho, respeitado o limite prescricional de cinco anos. É legítima a fixação de correção monetária e juros conforme o regime instituído pela EC 113/2021, nos termos da jurisprudência do STF (Tema 810). Dispositivos relevantes citados: CF/1988, arts. 7º; 37, II, IX e § 2º; Lei nº 8.036/1990, art. 19-A; Lei nº 9.099/1995, arts. 46 e 55; CPC, art. 85, § 3º, I. Jurisprudência relevante citada: STF, ARE 646000 RG, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 31.05.2012; STF, RE 775801 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, j. 18.11.2016; STF, ARE 663104, Rel. Min. Ayres Britto, j. 28.02.2012. (N.U 1083031-75.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALDECI MORAES SIQUEIRA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 22/05/2025, Publicado no DJE 22/05/2025) Dessa forma, é devida a condenação da Fazenda Pública Estadual ao pagamento de férias e da diferença do adicional de 1/3 no valor correspondente a 45 dias, devendo ser deduzidos os valores eventualmente pagos pelo recorrente, valores estes que deverão ser apurados em liquidação de sentença. Ante o exposto, conheço do recurso e nego-lhe provimento para manter a sentença de parcial procedência pelos próprios fundamentos. Ainda, por se tratar de matéria de ordem pública, retifico de ofício a sentença quanto aos índices dos consectários legais, para determinar a aplicação da taxa SELIC como fator de atualização monetária e juros de mora, nos moldes da EC n.º 113/2021. Deixo de condenar o recorrente nas custas e despesas processuais por ser isento, nos termos do art. 236 da CNGC/MT. Preclusa a via recursal, certifique-se o trânsito em julgado e devolvam-se os autos ao Juizado Especial de origem. Publique-se. Cumpra-se. Cuiabá/MT, data registrada no sistema. Edson Dias Reis Juiz de Direito – Relator

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Eloisa Almeida Curvo x Decolar.Com Ltda e outros

ID: 259976449

Tribunal: TJMT Órgão: 3º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CUIABÁ Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1007499-61.2025.8.11.0001

Data de Disponibilização: 24/04/2025

Polo Ativo:

ELOISA ALMEIDA CURVO

Polo Passivo:

DECOLAR.COM LTDA ESFERA FIDELIDADE S.A LATAM AIRLINES GROUP S.A.

Sentença

Advogados:

FERNANDO ROSENTHAL REGISTRADO(A) CIVILMENTE COMO FERNANDO ROSENTHAL

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

CLAUDIO PEREIRA JUNIOR

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

BRUNO HENRIQUE GONCALVES

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

LUIZ ANTONIO SARRAF NEVES

OAB/MT XXXXXX Desbloquear

PROJETO DE SENTENÇA Processo: 1007499-61.2025.8.11.0001 REQUERENTE: ELOISA ALMEIDA CURVO REQUERIDA: DECOLAR.COM LTDA REQUERIDA: ESFERA FIDELIDADE S.A. REQUERIDA: LATAM AIRLINES GROUP S.A. Relatório d… PROJETO DE SENTENÇA Processo: 1007499-61.2025.8.11.0001 REQUERENTE: ELOISA ALMEIDA CURVO REQUERIDA: DECOLAR.COM LTDA REQUERIDA: ESFERA FIDELIDADE S.A. REQUERIDA: LATAM AIRLINES GROUP S.A. Relatório dispensado. Fundamento e decido. As sentenças nos Juizados Especiais obedecerão aos limites traçados no art. 2º e art. 38 da Lei nº 9.099/95 c.c. art. 1.046, §2º e §4º, do CPC c.c. Enunciados nº 161 e 162 do FONAJE. Preliminar(es). - HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO ENTABULADO COM A 2ª RECLAMADA (ESFERA FIDELIDADE). HOMOLOGO O ACORDO pactuado entre as partes em ID. 186782601, mediante sentença, com fundamento no artigo 487, inciso III, alínea “b”, do CPC, para que produza seus jurídicos e legais efeitos e, em consequência, JULGO EXTINTO o presente feito com julgamento de mérito. No entanto, diante da composição entre a parte autora e exclusivamente à 2ª Requerida, constando expressamente no termo o prosseguimento da demanda face as demais demandadas, dou continuidade no julgamento. - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DAS RECLAMADAS (DECOLAR.COM E LATAM). De acordo com o entendimento sumulado de Nossa Turma Recursal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso: Súmula 33: A agência de turismo é parte ilegítima para figurar no polo passivo de demanda indenizatória em virtude de cancelamento ou remarcação de passagens regularmente emitidas em que apenas intermediou a venda. (negritei) Nesse mesmo sentido: RECURSO INOMINADO. RELAÇÃO DE CONSUMO. AQUISIÇÃO DE PASSAGENS AÉREAS POR INTERMÉDITO DE AGÊNCIA DE VIAGENS. ILEGITIMIDADE PASSIVA RECONHECIDA DE OFÍCIO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. SÚMULA 33 DA TURMA RECURSAL ÚNICA DO TJMT. COMPRA EXCLUSIVA DE PASSAGENS. SENTENÇA REFORMADA. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. RECURSO PREJUDICADO. 1- Quando a intermediação de compra de passagem aérea realizada por agência de turismo foi realizada com êxito, não há que se falar em legitimidade passiva da mesma para responder pelo cancelamento do voo ou das passagens aéreas pela companhia aérea, razão pela qual, a preliminar de ilegitimidade passiva deve ser reconhecida de oficio. 2- Conforme entendimento estabelecido pela Turma Recursal Única na Súmula 33: “A agência de turismo é parte ilegítima para figurar no polo passivo de demanda indenizatória em virtude de cancelamento ou remarcação de passagens regularmente emitidas em que apenas intermediou a venda. 3. Recurso prejudicado. (N.U 1018840-26.2021.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, LUIS APARECIDO BORTOLUSSI JUNIOR, Turma Recursal Única, Julgado em 13/07/2023, Publicado no DJE 14/07/2023) (negritei e sublinhei) Tenho que assiste razão à 1ª Reclamada (DECOLAR), pois inequívoco que a falha na prestação do serviço, consistente em impedimento de realização de check-in e, consequentemente, seu embarque, é fato que se atribui à companhia aérea (LATAM), responsável pelo transporte aéreo que causou o evento danoso, inexistindo nexo de causalidade entre os danos narrados e conduta atribuída à agência Reclamada. Destaco, ainda, que não há se falar em responsabilidade de todo trajeto por parte de companhia aérea diversa, uma vez que os documentos apresentados junto à exordial, demonstram que a Companhia LATAM seria responsável pelo voo de Cuiabá/MT a Guarulhos/SP (ID. 183034253). Assim concluindo, reconhecida a ilegitimidade de parte passiva, resta ausente o pressuposto processual (art. 17 do CPC), sugerindo a extinção da reclamação, em desfavor exclusivamente quanto a 1ª Reclamada (DECOLAR). Por outro lado, reconheço a legitimidade da 2ª Reclamada (LATAM AIRLINES GROUP), para figurar no polo passivo desta demanda. - DA IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA. O valor da causa deve se basear na pretensão econômica objeto do pedido, nos termos do enunciado nº 39 do FONAJE: “Em observância ao art. 2º da Lei 9.099/1995, o valor da causa corresponderá à pretensão econômica objeto do pedido”. No caso, o valor da causa corresponde à pretensão econômica da Reclamante, quanto aos danos morais decorrentes da eventual inscrição indevida, sendo, portanto, impertinente a correção do valor da causa. - DA RETIFICAÇÃO DO POLO PASSIVO. Acolho a preliminar para determinar a retificação da pessoa jurídica indicada no polo passivo no sistema PJe, devendo ser excluída a empresa LATAM AIRLINES GROUP e incluída a Pessoa Jurídica TAM LINHAS AÉREAS S.A., em razão da indicação da Reclamada pela pessoa jurídica indicada em contestação e ausência de impedimento por parte do Reclamante em impugnação. - DA NECESSÁRIA APLICAÇÃO DO CÓDIGO BRASILEIRO DE AERONÁUTICA. Importante destacar de início o entendimento do Superior Tribunal de Justiça de que o Código de Defesa do Consumidor prevalece sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica nos casos de responsabilidade civil decorrente de má prestação dos serviços pela Companhia Aérea, e também o disposto nos artigos 734 a 742 do Código Civil. Nesse sentido: RECURSOS INOMINADOS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. TRANSPORTE AÉREO. VOO NACIONAL. APLICAÇÃO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. DANOS MATERIAIS PARCIALMENTE COMPROVADOS. TEORIA DE REDUÇÃO DO MÓDULA DA PROVA. ADEQUAÇÃO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. MAJORAÇÃO. ADEQUAÇÃO AOS PARÂMETROS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL. RELAÇÃO JURÍDICA CONTRATUAL. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. RECURSOS CONHECIDOS E PARCIALMENTE PROVIDOS. (...) 6. O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços à responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor. 7. Não comporta acolhimento a tese de que as disciplinas ditadas pela Convenção de Varsóvia (Convenção de Montreal) e pelo Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei n.º 7.565/86) devem ser aplicadas em detrimento do Código de Defesa do Consumidor. Isso porque, o tratado, ao ser internalizado, adquire em nosso ordenamento jurídico força de lei ordinária, e como tal, não subsiste à Lei n.º 8.078/90, como lei posterior específica destinada a tutelar os interesses do consumidor, expressa como garantia fundamental (art. 5.º, inc. XXXII, CF), inclusive a alegada Convenção. (...) (N.U 1011851-98.2021.8.11.0002, TURMA RECURSAL CÍVEL, LAMISSE RODER FEGURI ALVES CORREA, Turma Recursal Única, Julgado em 03/05/2022, Publicado no DJE 04/05/2022) (negritei) Razão pela qual rejeito a preliminar suscitada. Mérito. Inexiste vício a obstar o regular prosseguimento do feito, bem como, as provas dos autos sendo suficientes para a solução da lide ou havendo pedido de julgamento, revela-se dispensável a dilação probatória e pronta a reclamação para julgamento antecipado, conforme disposição do art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil. A parte Reclamante pretende ser reparada pelos danos morais oriundos do impedimento de realização de check-in e embarque de voo inicialmente contratado da Reclamada, sem comunicação prévia, que ensejou na necessidade de aquisição de nova passagem para conseguir partir de sua conexão, com destino internacional. O voo originalmente contratado, previa embarque no dia 08/11/2024 às 03h05min. (Cuiabá/MT x Guarulhos/SP x Houston/EUA), conforme bilhete eletrônico apresentado (ID. 183034253), havendo impedimento de embarque pela Companhia Reclamada, sem qualquer justificativa formal e antecipada, além de não reacomodar a mesma em outro voo que teve que ser adquirido junto a outra companhia aérea, para seguir com a viagem. Narra que, o intuito da viagem era realização de curso de especialização médica, que quase foi frustrado pelo impedimento inicial de embarque na cidade de origem, mas que ao chegar no aeroporto de conexão conseguiu seguir viagem normalmente. Em defesa, a parte Reclamada sustenta ausência de comprovação quanto aos compromissos alegados pela autora em sua viagem, bem como da falta de tentativa de resolução administrativa, sustentando a ausência de demonstração de danos passíveis de indenização. No presente caso, em face da verossimilhança das alegações da parte autora e de sua hipossuficiência, impõe-se a inversão do ônus da prova, cabendo à parte Reclamada a comprovação de inexistência de falha na prestação do serviço nos termos do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor. Verifico a demonstração nos autos de que houve falha na prestação de serviços, uma vez que a impossibilidade de cumprir o contrato de transporte da forma como convencionada, quer por razões técnicas, ou qualquer outro motivo, não afasta a responsabilidade do prestador do serviço de disponibilizar outro meio menos gravoso capaz de atender às necessidades do consumidor, de forma a minimizar os transtornos, o que não ocorreu no presente caso. Insta registrar que, o impedimento foi realizado pela própria companhia Ré, sem qualquer reacomodação da Reclamante, frustrando assim a expectativa e impedimento de iniciar a viagem da autora, ultrapassando os limites do mero aborrecimento, que se viu obrigada adquirir nova passagem para chegar em sua conexão, a corroborar a ocorrência do atraso do voo tal como sustentando na petição inicial. Caracterizado está o defeito do serviço, cuidando-se, portanto, de responsabilidade objetiva pelo fato do serviço, previsto no art. 14 do Código de Defesa do Consumidor, respondendo o fornecedor por esse serviço defeituoso, independentemente de culpa, sendo suficiente a prova da existência do fato decorrente de uma conduta injusta, o que restou devidamente comprovado. Como decorrência da responsabilidade objetiva do prestador do serviço, para que ele possa se desonerar da obrigação de indenizar, deve provar que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste ou a culpa é exclusiva do consumidor ou de terceiro (§3º, inc. I e II, do art. 14 do CDC). Sendo o ônus da prova relativo a essas hipóteses do prestador do serviço e, não tendo ele se desincumbido, deve ser responsabilizado pelos danos causados. Assim, uma vez comprovado pelo Autor a subsistência da pretensão, cumpre à parte ré provocar o contraditório demonstrando fato extintivo, impeditivo ou modificativo do direito do autor, nos termos do artigo 373, II do CPC, o que não o fez, devendo, portanto, o pedido ser julgado procedente. Nesse sentido, os nossos precedentes do TJMT: RECURSO INOMINADO – TRANSPORTE AÉREO – CANCELAMENTO DE VOO – REALOCAÇÃO PARA OUTRO VOO – ATRASO DE 12 HORAS PARA CHEGADA AO DESTINO FINAL – ALEGAÇÃO DE MÁS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS - EXCLUDENTE NÃO COMPROVADA – DANO MORAL CONFIGURADO – QUANTUM RAZOÁVEL CONSIDERANDO-SE O TOTAL DO ATRASO –SENTENÇA MANTIDA - RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. A Requerente ingressou com a presente ação aduzindo que contratou voo com itinerário Guarulhos/SP à Cuiabá/MT, sem conexão, no dia 15/11/2023 às 23:20h, com horário previsto para chegada no dia 15/11/2023 às 00:45hs. Contudo o voo foi cancelado e foi informada às 02:00h pela requerida que teria que ir de táxi até Viracopos/SP, tendo aguardado por 03( três ) horas , sem assistência material, custeando o valor de R$ 18,00 ( dezoito reais) para um café, após, sendo realocada em outra cia aérea, saindo de Viracopos às 08:30h do dia 16/11/2023 com chegada em Cuiabá às 11:30h do dia 16/11/2023, chegando ao destino final com 12 (doze) horas de atraso, razão pela qual pleiteia indenização por danos morais. 2. A sentença proferida nos autos julgou procedentes os pedidos da inicial condenando a Requerida ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 3. O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor. 4. A alegação da Requerida de que o cancelamento se deu devido às condições climáticas, não possui o condão de afastar a responsabilidade do transportador aéreo pelo atraso do voo, uma vez que, no caso se qualifica como risco inerente a atividade. 5. O cancelamento do voo que provoca a realocação do consumidor horas depois do previsto, configura falha na prestação do serviço porque implica no descumprimento das obrigações assumidas, atraso ao destino final e desorganiza as programações feitas pelo consumidor, ainda mais quando há realocação em outro voo com chegada ao destino final após 12 horas do horário inicialmente contratado. 6. Não restando comprovada a ocorrência de caso fortuito, o atraso do voo do passageiro configura falha da prestação do serviço e gera a obrigação de indenizar a título de dano moral, decorrente dos transtornos, cansaço, frustração e desconforto sofridos pela parte consumidora. 7. O valor fixado a título de dano moral deve considerar as peculiaridades do caso em comento, de modo que a quantia fixada na sentença se encontra adequada aos parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade, considerando-se o total do atraso e ainda, de acordo aos casos análogos já fixados por esta Turma Recursal. 8. No mesmo sentido, é o entendimento desta e. Turma Recursal: “RECURSO INOMINADO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS - CANCELAMENTO DE VOO – TRECHO DE VOLTA - ALEGAÇÃO DE MÁS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS - EXCLUDENTE NÃO COMPROVADA - TRAJETO FINAL FEITO DE ÔNIBUS - FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - DANO MORAL CONFIGURADO - DEVER DE INDENIZAR - VALOR INDENIZATÓRIO FIXADO QUE NÃO ATENDE AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE - QUANTUM MAJORADO – DANO MATERIAL – MANTIDO - RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1 - O cancelamento do voo e posterior realocação para realizar parte da viagem via terrestre, configura falha na prestação do serviço e esta falha enseja a responsabilização objetiva pelos danos causados, nos termos do artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor, e o dever de indenizar, nos moldes dos artigos 186 e 927, do Código Civil. 2 - Alegação da recorrida de que o cancelamento se deu devido às condições climáticas, não possui o condão de afastar a responsabilidade do transportador aéreo pelo atraso do voo, uma vez que, no caso se qualifica como risco inerente a atividade, ultrapassa a esfera do mero dissabor e configura dano moral “in re ipsa”. 3 - O valor da indenização a título de dano moral, arbitrado na sentença, mostra-se insuficiente, devendo ser majorado para R$ 5.000,00 (cinco mil reais), valor que satisfaz ao caráter reparatório, servindo, ainda como desestímulo à repetição da conduta. 4 - A reclamante faz jus a devida restituição do valor gasto com hospedagem, combustível e pedágio, conforme determinado na sentença. 5 - Recurso conhecido e parcialmente provido. (N.U 1000445-70.2022.8.11.0091, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALDECI MORAES SIQUEIRA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 12/12/2023, Publicado no DJE 14/12/2023)” 9. A sentença não merece reparos e deve ser mantida por seus próprios fundamentos. A súmula do julgamento serve de acórdão, nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 10. Recurso conhecido e não provido. Condeno a Recorrente ao pagamento das custas e honorários advocatícios, estes fixados em 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do artigo 55, da Lei nº 9.099/95. ARISTEU DIAS BATISTA VILELLA Juiz de Direito Relator (N.U 1026507-58.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, ARISTEU DIAS BATISTA VILELLA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 12/08/2024, Publicado no DJE 15/08/2024) (negritei e sublinhei) RECURSO INOMINADO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS – AQUISIÇÃO DE PASSAGENS AÉREAS – CANCELAMENTO DE VOO – PERDA DE EVENTO AGENDADO – REEMBOLSO DAS PASSAGENS REALIZADO DE FORMA ADMINISTRATIVA - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR DO SERVIÇO - DANO MORAL CONFIGURADO - QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO - DANO MATERIAL - MANTIDO - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. No caso, houve falha na prestação do serviço decorrente do cancelamento do voo originalmente contratado, e ainda, com a não ida a evento previamente adquirido pela reclamante. 2. Dano moral evidenciado, porquanto os transtornos vivenciados pela consumidora ultrapassam a esfera do mero aborrecimento comumente suportado pelos passageiros do transporte aéreo. 3. Com relação ao valor indenizatório a título de danos morais, tenho que a quantia arbitrada na sentença deve ser mantida, pois se mostra adequada ao caso concreto, estando em conformidade com os parâmetros da proporcionalidade e da razoabilidade, servindo para compensar a recorrida pelos transtornos sofridos, sem lhe causar enriquecimento ilícito. 4. Havendo falha na prestação do serviço, o ressarcimento a título de dano material em razão dos fatos alegados, é medida que se impõe. 5. Recurso conhecido e improvido. (N.U 1014096-80.2024.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL, VALDECI MORAES SIQUEIRA, Terceira Turma Recursal, Julgado em 05/08/2024, Publicado no DJE 08/08/2024) (negritei e sublinhei) No caso concreto, a situação narrada ultrapassa o mero descumprimento contratual ou dissabor das relações da vida cotidiana, revelando dano moral à honra subjetiva da parte Reclamante, notoriamente diante da sujeição à longa e desnecessária espera pelo consumidor, por fato previsível. O arbitramento do valor da indenização por danos morais deve levar em conta as circunstâncias do caso concreto, as condições das partes, o grau de culpa e, principalmente, a finalidade da reparação do dano moral, que é a de compensar o dano ocorrido, bem como inibir conduta abusiva. Desse modo, considerando as circunstâncias do caso concreto, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso, atento à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso, fixo a indenização em R$ 8.000,00 (oito mil reais). - DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. O Código Civil disciplina no seu art. 406 e parágrafos que, quando não houver sido convencionado, ou quando não for estipulado taxa, ou quando não haver previsão legal, os juros serão fixados de acordo com a taxa legal, a qual corresponderá a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC). Art. 406. Quando não forem convencionados, ou quando o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, os juros serão fixados de acordo com a taxa legal. (Redação dada pela Lei nº 14.905, de 2024) § 1º - A taxa legal corresponderá à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), deduzido o índice de atualização monetária de que trata o parágrafo único do art. 389 deste Código. (Incluído pela Lei nº 14.905, de 2024) Cabe destacar, que segundo julgamento de recurso especial repetitivo, sob o tema n.º 112, a taxa SELIC deve ser utilizada sem cumulação com correção monetária por já contemplar essa rubrica em sua formação. Nesse sentido: AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. JUROS DE MORA. TAXA SELIC. INCIDÊNCIA. PRECEDENTES. NÃO PROVIMENTO. 1. "A Corte Especial no julgamento de recurso especial repetitivo entendeu que por força do art. 406 do CC/02, a atualização dos débitos judiciais deve ser efetuada pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, a qual deve ser utilizada sem a cumulação com correção monetária por já contemplar essa rubrica em sua formação" (AgInt no REsp 1794823/RN, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, DJe 28/5/2020). 2. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp 1723791/MS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 08/02/2021, DJe 11/02/2021) Assim, tendo em vista que nova redação do art. 406 do Código Civil só entrou em vigor em 28/08/2024, a partir de quando será produzirá seus efeitos, ou seja, a partir do dia 28/08/2024 deverá ser aplicada a taxa SELIC para corrigir e atualizar os valores resultados da condenação. Dispositivo. Ante o exposto, acolho a preliminar de ilegitimidade passiva da 1ª Reclamada (DECOLAR.COM LTDA), JULGANDO EXTINTO, o presente feito, com relação a esta, sem apreciação do mérito, nos moldes do art. 485, VI, do CPC. Ainda, HOMOLOGO O ACORDO pactuado entre as partes em ID. 186782601, mediante sentença, com fundamento no artigo 487, inciso III, alínea “b”, do CPC, para que produza seus jurídicos e legais efeitos e, em consequência, JULGO EXTINTO o presente feito, com julgamento de mérito, com relação a reclamada ESFERA FIDELIDADE S.A. Por conseguinte, com relação à 3ª Reclamada - LATAM AIRLINES GROUP S.A., acolho parcialmente a(s) preliminares e julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos da inicial, nos termos do artigo 487, I, do CPC, extinguindo o feito com julgamento de mérito, para o fim de: a) determinar à Secretaria a retificação do polo passivo, para constar no sistema do PJe como demandada TAM LINHAS AÉREAS S.A., inscrita no CNPJ sob nº 02.012.862/0001-60 (em vez de LATAM AIRLINES GROUP S.A. - CNPJ: 33.937.681/0001-78); b) condenar a parte Reclamada TAM LINHAS AÉREAS S.A. a pagar à Reclamante o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), a título de danos morais, o qual deverá ser atualizado, a partir da citação (art. 405 CC), pela Taxa Selic, nos termos do art. 406, § 1º, do Código Civil, com a redação que lhes deu a Lei nº 14.905/24, de 28/06/2024, conforme os novos critérios determinados. Informo, por oportuno, que o cálculo deverá ser realizado pela Calculadora do Banco Central, disponível no seguinte link, com o uso da aba ‘taxa selic’ para atualização do débito, reafirmando que a correção monetária do IPCA já está embutida/compensada no cálculo da taxa Selic (ausência de campus específico para inclusão do IPCA): https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFormCorrecaoValores&aba=4. Transitada em julgado, proceda-se a exclusão das partes ESFERA FIDELIDADE S.A. e DECOLAR.COM LTDA do polo passivo da presente demanda. Sem custas e honorários (art. 54 e 55, ambos da Lei nº 9.099/95). P.I.C. Submeto o presente projeto de sentença à homologação do MM. Juiz Togado, nos termos do art. 40 da Lei nº 9.099/95. William Hemilliese Oracio Silva Juiz leigo SENTENÇA Vistos. HOMOLOGO o projeto de sentença, nos termos do art. 40, da Lei 9.099/95 c.c. art. 8º, da LCE nº 270/07. Aguarde-se em arquivo a via recursal ou, se for o caso, o trânsito em julgado. JAMILSON HADDAD CAMPOS Juiz de Direito do 3º Juizado Especial Cível da Comarca de Cuiabá ASSINADO DIGITALMENTE

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