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Processo nº 1007029-03.2021.4.01.3810

ID: 329142914

Tribunal: TRF6 Órgão: 2ª Vara Federal com JEF Adjunto de Pouso Alegre Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1007029-03.2021.4.01.3810

Data de Disponibilização: 18/07/2025

Polo Ativo:

IVOMAR LUIZ FARIA

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

EVERALDO TEDERKE

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PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 1007029-03.2021.4.01.3810/MG AUTOR : IVOMAR LUIZ FARIA ADVOGADO(A) : EVERALDO TEDERKE (OAB SP340559) DESPACHO/DECISÃO Cuida-se de demanda ajuizada por IVOMA…

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Eloisvaldo Da Silva Santos x Angelita Novaes Da Silva Santos

ID: 332884966

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Osasco - 6ª Vara Cível Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 0018570-46.2024.8.26.0405

Data de Disponibilização: 23/07/2025

Polo Ativo:

ELOISVALDO DA SILVA SANTOS

Polo Passivo:

ANGELITA NOVAES DA SILVA SANTOS

Intimação

Advogados:

SERGIO RINALDI

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FABIO ALEXANDRE DE LIMA

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BRUNO CÉSAR ALVES FEITOSA NAKAMASSO

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Processo 0018570-46.2024.8.26.0405 (processo principal 1007029-96.2024.8.26.0405) - Cumprimento de sentença - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO - Eloisvaldo da Silva Santos - Angelita Novaes da…

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Processo nº 1003731-97.2025.8.26.0361

ID: 301316453

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Mogi das Cruzes - 1ª Vara da Família e das Sucessões Classe: ARROLAMENTO COMUM Nº Processo: 1003731-97.2025.8.26.0361

Data de Disponibilização: 17/06/2025

Polo Ativo:

ÂNGELA JANAíNA GONçALVES PEREIRA DA SILVA ANTONIO ASCENDINO PERERIA CRISTINA JUREMA GONçALVES TAMAGAWA DANIEL ASCENDINO PEREIRA HUMBERTO GETULIO GONçALVES PEREIRA JAILSON ASCENDINO PEREIRA JOELSON ASCENDINO PEREIRA JONAS ASCENDINO PEREIRA MARIA DAS GRAçAS PEREIRA MARTINS MARIA INêS GONçALVES PEREIRA ODAIR JOSE PEREIRA PEDRO ASCENDINO PEREIRA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

FABIO DE GODOI CINTRA

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Processo 1003731-97.2025.8.26.0361 - Arrolamento Comum - Inventário e Partilha - Maria das Graças Pereira Martins - - Joelson Ascendino Pereira - - Jonas Ascendino Pereira - - Pedro Ascendino Pere…

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Processo nº 1003731-97.2025.8.26.0361

ID: 301316454

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Mogi das Cruzes - 1ª Vara da Família e das Sucessões Classe: ARROLAMENTO COMUM Nº Processo: 1003731-97.2025.8.26.0361

Data de Disponibilização: 17/06/2025

Polo Ativo:

ÂNGELA JANAíNA GONçALVES PEREIRA DA SILVA ANTONIO ASCENDINO PERERIA CRISTINA JUREMA GONçALVES TAMAGAWA DANIEL ASCENDINO PEREIRA HUMBERTO GETULIO GONçALVES PEREIRA JAILSON ASCENDINO PEREIRA JOELSON ASCENDINO PEREIRA JONAS ASCENDINO PEREIRA MARIA DAS GRAçAS PEREIRA MARTINS MARIA INêS GONçALVES PEREIRA ODAIR JOSE PEREIRA PEDRO ASCENDINO PEREIRA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

FABIO DE GODOI CINTRA

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Processo 1003731-97.2025.8.26.0361 - Arrolamento Comum - Inventário e Partilha - Maria das Graças Pereira Martins - - Joelson Ascendino Pereira - - Jonas Ascendino Pereira - - Pedro Ascendino Pere…

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Processo nº 1011782-97.2025.8.26.0361

ID: 326081162

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Mogi das Cruzes - 2ª Vara da Família e das Sucessões Classe: DIVóRCIO CONSENSUAL Nº Processo: 1011782-97.2025.8.26.0361

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

R. DE T. A. V. R. DA S.

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

ADALTO JOSÉ DE AMARAL

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Processo 1011782-97.2025.8.26.0361 - Divórcio Consensual - Dissolução - V.R.S. - - R.T.A. - Emende a inicial para inserir o filho no acordo. Os genitores não possuem legitimidade para acordar sobre…

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Processo nº 1007029-46.2024.8.26.0066

ID: 307724848

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Barretos - 3ª Vara Cível Classe: EXECUçãO DE TíTULO EXTRAJUDICIAL Nº Processo: 1007029-46.2024.8.26.0066

Data de Disponibilização: 26/06/2025

Polo Ativo:

SUPLEY LABORATóRIO DE ALIMENTOS E SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS LTDA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

RAQUELINE TALITA ALBERTO PEREIRA

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MARIA FERNANDA MORETTO CURTI

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CAROLINA RIGOLI ROSSI PALMA

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Processo 1007029-46.2024.8.26.0066 - Execução de Título Extrajudicial - Espécies de Títulos de Crédito - Supley Laboratório de Alimentos e Suplementos Nutricionais Ltda - 1.) Manifeste a parte requer…

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Processo nº 1007029-02.2025.8.26.0037

ID: 320187662

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Araraquara - 1ª Vara de Família e Sucessões Classe: INTERDIçãO Nº Processo: 1007029-02.2025.8.26.0037

Data de Disponibilização: 10/07/2025

Polo Ativo:

E. A. V. P.

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

SAMARA SMEILI

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Processo 1007029-02.2025.8.26.0037 - Interdição/Curatela - Remoção - E.A.V.P. - Ante o exposto e considerando tudo mais que do processo consta, JULGO PROCEDENTE o pedido para nomear E. A. V. P. como …

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Processo nº 1007029-87.2021.4.01.3200

ID: 326558055

Tribunal: TRF1 Órgão: Gab. 25 - DESEMBARGADOR FEDERAL URBANO LEAL BERQUÓ NETO Classe: APELAçãO / REMESSA NECESSáRIA Nº Processo: 1007029-87.2021.4.01.3200

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

FELIPE SILVA VASCONCELOS

Acórdão

Advogados:

EDIANE EVANGELISTA MOURA

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JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1007029-87.2021.4.01.3200 PROCESSO REFERÊNCIA: 1007029-87.2021.4.01.3200 CLASSE: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA (1728) POLO ATIVO: UNIÃ… JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1007029-87.2021.4.01.3200 PROCESSO REFERÊNCIA: 1007029-87.2021.4.01.3200 CLASSE: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA (1728) POLO ATIVO: UNIÃO FEDERAL POLO PASSIVO:FELIPE SILVA VASCONCELOS REPRESENTANTES POLO PASSIVO: EDIANE EVANGELISTA MOURA - AM12161-A RELATOR(A):URBANO LEAL BERQUO NETO Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1007029-87.2021.4.01.3200 PROCESSO REFERÊNCIA: 1007029-87.2021.4.01.3200 CLASSE: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA (1728) POLO ATIVO: UNIÃO FEDERAL POLO PASSIVO:FELIPE SILVA VASCONCELOS REPRESENTANTES POLO PASSIVO: EDIANE EVANGELISTA MOURA - AM12161-A RELATÓRIO O Excelentíssimo Desembargador Federal Urbano Leal Berquó Neto (Relator): Trata-se de remessa necessária e apelação Cível interposta pela União Federal (ID. 312846679) contra sentença (ID. 312846676), que julgou procedente o pedido formulado pelo autor, consistente no imediato procedimento de sua transferência de São Gabriel da Cachoeira para Manaus. Em suas razões recursais, a União apela, repisando a preliminar de falta de interesse de agir, sob o argumento de que não houve negativa administrativa, e o juízo de primeiro grau deveria apenas ter determinado a apreciação do pedido pela Administração, em vez de substituí-la, ofendendo o binômio pretensão/resistência. No mérito, reafirmou a discricionariedade da movimentação militar e a primazia do interesse público, alegando que o autor não provou que sua permanência estava fora das condições normais ou que o ato era ilegal. Pediu a reforma da sentença para extinção do feito sem mérito, ou subsidiariamente, para que fosse determinado à Administração apreciar o pedido, ou, ainda subsidiariamente, pela improcedência total dos pedidos autorais. Requereu o prequestionamento de dispositivos legais e constitucionais. Devidamente intimada (ID. 312846680), a parte autora não apresentou contrarrazões. Assim, vieram os autos a este Tribunal. É o relatório. Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1007029-87.2021.4.01.3200 PROCESSO REFERÊNCIA: 1007029-87.2021.4.01.3200 CLASSE: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA (1728) POLO ATIVO: UNIÃO FEDERAL POLO PASSIVO:FELIPE SILVA VASCONCELOS REPRESENTANTES POLO PASSIVO: EDIANE EVANGELISTA MOURA - AM12161-A V O T O O Excelentíssimo Desembargador Federal Urbano Leal Berquó Neto (Relator): Descabe a remessa oficial no particular, pois inexiste determinação legal a tal. Quanto ao recurso voluntário, o cerne da pretensão o autor é sua transferência/movimentação para localidade diversa com base em necessidades familiares urgentes (saúde da mãe) e pessoais (segurança). O autor, soldado do Exército Brasileiro lotado em São Gabriel da Cachoeira/AM, pleiteou judicialmente sua transferência para Manaus/AM, fundamentando seu pedido em dois motivos principais: a) ameaça à sua integridade física por traficantes locais após incidente envolvendo seu cunhado, com registro de boletim de ocorrência; b) necessidade de prestar assistência à sua genitora em Manaus/AM, diagnosticada com grave doença neurológica (pneumoencéfalo) que requer tratamento. A sentença apelada afastou a preliminar de falta de interesse de agir com base na inafastabilidade da jurisdição e no fato de o autor ter apresentado requerimento administrativo prévio que não foi decidido. Ratificou os fundamentos da decisão que concedeu a tutela de urgência, considerando comprovados a ameaça à vida do autor e a grave doença da mãe como razões suficientes para a transferência, que se impõe mesmo diante do caráter discricionário do ato administrativo. A sentença expressamente consignou que a União não apresentou argumentos fáticos plausíveis para justificar o indeferimento do pedido. Julgou procedente o pedido principal, confirmando a tutela de urgência, e condenou a União ao pagamento de honorários. Da Preliminar de Falta de Interesse de Agir A União sustenta a ausência de interesse de agir sob a alegação de que não houve negativa formal ao requerimento administrativo do autor, mas sim a mera ausência de decisão, e que o Judiciário deveria apenas determinar à Administração que decidisse. Contudo, a prova documental juntada aos autos demonstra que o autor protocolou requerimento de transferência em 9 de dezembro de 2020. O ajuizamento da ação ocorreu em abril de 2021. A decisão que deferiu a tutela de urgência é de junho de 2021 e a sentença é de janeiro de 2023. Durante todo esse período, o pedido administrativo, segundo o autor, permaneceu sem resposta ou análise. A própria União, em sua manifestação inicial sobre a tutela de urgência, não tratou deste ponto. Posteriormente, na contestação e na apelação, a União admite que o pedido administrativo não havia sido decidido. O princípio da inafastabilidade da jurisdição (Art. 5º, XXXV, CRFB/88) garante que o Poder Judiciário apreciará lesão ou ameaça a direito. A demora excessiva e injustificada na apreciação de requerimento administrativo, especialmente quando envolve questões de saúde e segurança pessoal, equivale a omissão da Administração que, por si só, configura resistência e justifica a intervenção judicial. Exigir negativa formal após meses de silêncio administrativo seria formalismo exacerbado que cercearia o acesso à justiça, nesse sentido é o entendimento desse Egrégio Tribunal Regional Federal, veja-se: PROCESSUAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. PROGRESSÃO FUNCIONAL. ANÁLISE DE PROCESSO ADMINISTRATIVO . MOROSIDADE EXCESSIVA. FIXAÇÃO DE PRAZO. CABIMENTO. 1 . Trata-se de remessa necessária e apelação interposta de sentença que julgou parcialmente procedente pedido para condenar a Parte Ré na obrigação de apreciar os pedidos administrativos de progressão/promoção funcional [...], em prazo razoável que observe o princípio da eficiência do serviço público, devendo informar, o respectivo andamento, no prazo de 30 (trinta) dias, com observância às formalidades legais aplicáveis. 2. É firme o entendimento jurisprudencial deste Tribunal no sentido de que a demora injustificada na tramitação e decisão dos procedimentos administrativos caracteriza lesão a direito subjetivo do administrado, em flagrante ofensa aos aludidos princípios constitucionais, reparável pelo Poder Judiciário, que pode determinar a fixação de prazo razoável para fazê-lo. 3 . Portanto, é cabível fixação de prazo razoável para a Administração pública apreciar pedidos administrativos, em casos de mora injustificada, como ocorre no presente caso. 4. Quanto ao mais, fiica a cargo do juízo da execução (cumprimento provisório ou definitivo do julgado) eventual cominação de multa diária, caso se caracterize demora injustificada no cumprimento de tal prazo. 5 . Provimento parcial da apelação para fixar prazo de 60 dias para conclusão dos processos administrativos. 6. Negado provimento à remessa necessária. 7. Honorários advocatícios majorados na fase recursal em R$ 1.100,00 (mil e cem reais), além do montante já fixado pelo Juízo de origem (art. 85, § 11, CPC). (TRF-1 - REMESSA NECESSáRIA CíVEL: 10068554020194013300, Relator.: DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO ALBERNAZ, Data de Julgamento: 24/11/2023, PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: PJe 24/11/2023 PAG PJe 24/11/2023 PAG) Desse modo, a primeira instância corretamente afastou a preliminar. Do Mérito A União alega que a movimentação militar é ato discricionário, pautado no interesse do serviço e conveniência da Administração, e que o Judiciário não pode se imiscuir nesse mérito, sob pena de violação da separação dos poderes. Argumenta que o interesse público prevalece sobre o particular e que o autor não provou que sua permanência em São Gabriel da Cachoeira estaria fora das "condições normais" ou que o ato seria ilegal. Nesse diapasão, convém esclarecer que o art. 13, IX, do Decreto 2.040/96 dispõe acerca da transferência de militar por interesse particular, trazendo, como uma das hipóteses de movimentação de militares atender, respeitada a conveniência do serviço, aos interesses próprios do militar, veja-se: Art. 13. A movimentação tem por objetivos: [...] IX - atender, respeitada a conveniência do serviço, aos interesses próprios do militar. É certo que a movimentação de militares envolve, em regra, juízo de conveniência e oportunidade da Administração Militar. Contudo, tal discricionariedade não é absoluta e encontra limites na legalidade e, sobretudo, nos princípios constitucionais e na proteção dos direitos fundamentais. Nesse sentido já decidiu o TRF da 4ª Região, veja-se: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. INTERESSE DE AGIR DA PARTE AUTORA CONFIGURADO. MILITAR. ANULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO DE TRANSFERÊNCIA DE UNIDADE . SAÚDE DE FAMILIAR. POSSIBILIDADE. DIREITO À SAÚDE. PEDIDO PROCEDENTE . MANTIDA A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AOS ARTS. 1º DA LEI Nº 9.494/97 E 1º, § 3º, DA LEI Nº 8 .437/92. APELO DA UNIÃO DESPROVIDO. 1. Tendo a ré contestado o mérito da ação, está suprida a ausência do prévio requerimento administrativo da parte autora, configurando a existência de pretensão resistida, que leva ao interesse processual da parte. Afastada a alegação da União quanto à falta de interesse de agir da parte autora. 2. Ainda que as movimentações de unidades sejam inerentes à carreira militar, obedecendo à discricionariedade da Administração e ao interesse público, ocorre que, em casos especiais, em que haja fundado prejuízo à saúde ou à família do militar com a transferência, deve prevalecer o direito à saúde e a proteção à família, garantias constitucionais que, se devidamente comprovadas, podem, excepcionalmente, sobrepor-se ao interesse público. Precedentes. 3. Confirmada a antecipação da tutela concedida pela sentença, uma vez que não há óbice aos provimentos antecipatórios contra a Fazenda Pública (arts. 1º da Lei nº 9.494/97 e 1º, § 3º, da Lei nº 8.437/92), quando efetivamente demonstrados os requisitos para o seu deferimento. 4. Mantida a sentença que declarou a nulidade do ato administrativo que determinou a transferência do autor/apelado para Blumenau/SC, devendo ele ser transferido para Fortaleza/CE, cidade onde residem seus genitores, conforme postulado. 5. Apelo da União e remessa oficial desprovidos. (TRF-4 - APELREEX: 50007588720114047200 SC 5000758-87.2011.4 .04.7200, Relator.: CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ, Data de Julgamento: 30/11/2011, TERCEIRA TURMA). No caso concreto, o autor trouxe elementos probatórios que demonstram situações excepcionais e extraordinárias, que vão além das "condições normais" da vida militar. A ameaça à sua vida por traficantes, comprovada por boletim de ocorrência (ID. 312849195), e a doença de sua genitora, atestada por documentos médicos (ID. 312849191), configuram circunstâncias de extrema relevância que afetam direitos fundamentais à vida, segurança e dignidade da pessoa humana, bem como o direito à assistência familiar. Conveniente ao serviço a movimentação para manutenção da higidez do elemento humano que compõe a Força, tanto que em momentos pretéritos a arma reconheceu a necessidade de proteção do militar e concedeu-lhe férias regulamentares, acrescidas de 10 dias de deslocamento, além de designar o apelado para realizar o curso de mudança de CNH, junto ao Parque Regional de Manutenção do Exército Brasileiro, sediado na cidade de Manaus/AM, tal que se infere da leitura das alíneas "a" e "b" do ID. 312846679. Daí, mostra-se inarredável a perpetuação da situação fática jurídica. Malgrado o exposto, acrescente-se às razões a situação da genitora da parte recorrida que, pelos documentos de ID. 312849191, recomendam o auxílio de seu filho nos cuidados daquela, notadamente diante da afecção neurológica padecida, que se reputa grave. Conforme corretamente pontuado pela sentença, a União, em sua manifestação inicial, não impugnou factualmente as alegações do autor sobre as ameaças e a doença da mãe. Baseou sua defesa em argumentos de direito abstratos (falta de pedido administrativo, liminar exauriente, discricionariedade). Embora posteriormente tenha juntado "informações oriundas do 2° Batalhão Logístico de Selva", a contestação e a apelação não apresentaram contraprovas que descreditassem o boletim de ocorrência ou os laudos médicos, nem argumentos fáticos plausíveis para justificar a recusa da transferência diante de tais eventos. Diante de circunstâncias graves, a inação da Administração Militar em apreciar o pedido de transferência do autor (protocolado meses antes dos eventos agravantes) ou em prover soluções alternativas para garantir sua segurança e permitir a assistência familiar, torna o ato omissivo da Administração passível de controle judicial. O Poder Judiciário não está substituindo o mérito administrativo discricionário, mas sim atuando para proteger direitos fundamentais em face de uma omissão ou de um ato (implícito pela inércia) que, em face dessas circunstâncias, se revela desarrazoado ou desproporcional, afetando a dignidade do militar e de sua família. O interesse público da mobilidade militar deve ceder em face de um risco concreto à vida e à necessidade de assistência a familiar doente (mãe), fatos devidamente comprovados nos autos. Noutro ponto, a União alegou que a concessão da tutela de urgência (confirmada pela sentença) que determina a transferência esgota, no todo ou em parte, o objeto da ação, o que seria vedado por lei. A sentença expressamente enfrentou este ponto, afirmando que "a jurisprudência pátria já pacificou o entendimento de que a determinação legal deve ser mitigada diante da situação concreta, como no caso em exame". De fato, em casos que envolvem a proteção de direitos fundamentais como a vida e a saúde, os tribunais têm interpretado restritivamente as vedações legais à concessão de tutelas antecipadas contra a Fazenda Pública, permitindo a antecipação dos efeitos da tutela quando o perigo de dano é iminente e irreparável e a probabilidade do direito é demonstrada, como reconheceu a sentença. A situação do autor, com ameaça à vida e mãe enferma, amolda-se a esta exceção jurisprudencial. Assim, a intervenção judicial, nestes casos, não é indevida intromissão no mérito administrativo, mas sim atuação para garantir a efetividade de direitos fundamentais diante da inação ou da decisão implícita desarrazoada da Administração. Considerando que a recorrente não apresentou qualquer elemento capaz de alterar a conclusão do juízo a quo, deve ser mantido o posicionamento firmado na sentença. Ante ao explicitado e firme nas determinações evidenciadas no presente voto, NEGO PROVIMENTO À APELAÇÃO DA UNIÃO e não conheço da remessa necessária, mantendo incólume a sentença de primeiro grau. Majoro em 1 % (um por cento) do valor dos honorários estipulados na sentença (art. 85, § 11 do CPC). É como voto. Desembargador Federal URBANO LEAL BERQUÓ NETO Relator Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1007029-87.2021.4.01.3200 PROCESSO REFERÊNCIA: 1007029-87.2021.4.01.3200 CLASSE: APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA (1728) POLO ATIVO: UNIÃO FEDERAL POLO PASSIVO:FELIPE SILVA VASCONCELOS REPRESENTANTES POLO PASSIVO: EDIANE EVANGELISTA MOURA - AM12161-A E M E N T A ADMINISTRATIVO. MILITAR. TRANSFERÊNCIA. SOLDADO DO EXÉRCITO. AMEAÇA À VIDA COMPROVADA. BOLETIM DE OCORRÊNCIA. GENITORA COM DOENÇA NEUROLÓGICA. NECESSIDADE DE ASSISTÊNCIA. PROVAS DOCUMENTAIS. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO NÃO ANALISADO. OMISSÃO ADMINISTRATIVA. INTERESSE DE AGIR CONFIGURADO. INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO (ART. 5º, XXXV, CF). ATO DISCRICIONÁRIO DE MOVIMENTAÇÃO. LIMITES. PROTEÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS (VIDA, SEGURANÇA, DIGNIDADE, FAMÍLIA). CIRCUNSTÂNCIAS EXCEPCIONAIS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. MITIGAÇÃO DAS VEDAÇÕES A TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA EM CASOS DE SAÚDE E VIDA. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA MANTIDA. APELAÇÃO DESPROVIDA. REMESSA NECESSÁRIA NÃO CONHECIDA. 1. Apelação interposta pela União contra sentença que julgou procedente pedido de transferência de militar do Exército, fundamentado em ameaça à vida e necessidade de assistência à genitora enferma. 2. A preliminar de falta de interesse de agir por ausência de negativa administrativa não prospera, pois a demora excessiva na análise de requerimento administrativo que versa sobre direitos fundamentais (protocolado em 9/12/2020, sem decisão até a sentença de 30/1/2023) configura omissão administrativa que autoriza a busca da tutela jurisdicional, nos termos do art. 5º, XXXV, da Constituição Federal. 3. Embora a movimentação de militares seja, em regra, ato discricionário da Administração, tal discricionariedade não é absoluta e encontra limites na proteção de direitos fundamentais. 4. Restando comprovadas circunstâncias excepcionais e graves que afetam diretamente a segurança (ameaça de morte documentada em BO) e o direito à assistência familiar (genitora com doença neurológica exigindo tratamento, comprovada por laudos médicos), impõe-se a mitigação da discricionariedade administrativa em favor da proteção da vida, segurança e dignidade do militar e de sua família. 5. A inação da Administração Militar em apreciar o pedido de transferência ou prover alternativas diante de tais fatos, devidamente comprovados nos autos, justifica a intervenção judicial para garantir a efetividade dos direitos fundamentais. 6. A jurisprudência pátria mitiga as restrições legais à concessão de medidas liminares contra a Fazenda Pública em situações concretas que envolvem a proteção da vida e da saúde, diante da probabilidade do direito e do perigo de dano. 7. A sentença de primeiro grau avaliou corretamente as provas e aplicou o direito ao caso concreto, concluindo pela procedência do pedido. 8. Apelação a que se nega provimento. Sentença mantida. Remessa oficial não conhecida. A C Ó R D Ã O Decide a Nona Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO À APELAÇÃO e não conhecer da remessa necessária, nos termos do voto do Relator. Desembargador Federal URBANO LEAL BERQUÓ NETO Relator

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Processo nº 1006641-97.2025.8.26.0361

ID: 321152761

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Mogi das Cruzes - 5ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1006641-97.2025.8.26.0361

Data de Disponibilização: 10/07/2025

Polo Ativo:

MARTINS FARIA IMóVEIS LTDA ME VIVIANE DE SOUSA CRUZ SILVA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

MARIA ESTELA FERNANDES MARTINS FARIA

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ANA PAULA CASTREZANA DE SOUZA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1006641-97.2025.8.26.0361 - Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Material - Viviane de Sousa Cruz Silva - - Martins Faria Imóveis Ltda Me - Vistos. 1- Recebo a inicial para disc…

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Processo nº 1008678-97.2025.8.26.0361

ID: 328282135

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Mogi das Cruzes - 1ª Vara Cível Classe: BUSCA E APREENSãO EM ALIENAçãO FIDUCIáRIA Nº Processo: 1008678-97.2025.8.26.0361

Data de Disponibilização: 17/07/2025

Polo Ativo:

BANCO DAYCOVAL S.A.

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

MARCELO CORTONA RANIERI

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1008678-97.2025.8.26.0361 - Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária - Propriedade Fiduciária - BANCO DAYCOVAL S.A. - Fls.59/61: recebo emenda à inicial. Anote-se novo valor atribuído à cau…

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