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Cmtu - Companhia Municipal De Transito E Urbanismo De Ltda x Brandao Neto & Cia. S/C Ltda - Me e outros

ID: 299602097

Tribunal: TJPR Órgão: 2ª Vara da Fazenda Pública de Londrina Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 0009532-13.2015.8.16.0014

Data de Disponibilização: 16/06/2025

Polo Ativo:

CMTU - COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSITO E URBANISMO DE LTDA

Polo Passivo:

BRANDAO NETO & CIA. S/C LTDA - ME COMPLEXO LFG DE ENSINO LONDRINA POS-GRADUACOES E CARREIRAS JURIDICAS S/S LTDA - ME FUSION FACHADAS ESPECIAIS LTDA GASLAR AQUECEDORES

Conclusão

Advogados:

MAIRA TITO

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

MARINA PINTO GIORGI

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

FRANCISMARA TUMIATE

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

EMMANUEL CASAGRANDE

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

SAMUARA MACHADO PEREIRA

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

HAYSSA TERUMI BUSSOLO ZENKE

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

LEANDRO HENRIQUE DA SILVA

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE LONDRINA - FORO CENTRAL DE LONDRINA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE LONDRINA - PROJUDI Avenida Duque de Caxias, 689 - 6º andar - … PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE LONDRINA - FORO CENTRAL DE LONDRINA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE LONDRINA - PROJUDI Avenida Duque de Caxias, 689 - 6º andar - Caiçaras - Londrina/PR - CEP: 86.015-902 - Fone: (43)3572-3232 - Celular: (43) 3572-3483 - E-mail: lon-31vj-s@tjpr.jus.br Processo: 0009532-13.2015.8.16.0014 Classe Processual: Procedimento Comum Cível Assunto Principal: Fiscalização Valor da Causa: R$11.373,54 Autor(s): CMTU - COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSITO E URBANISMO DE LTDA Réu(s): BRANDAO NETO & CIA. S/C LTDA - ME COMPLEXO LFG DE ENSINO LONDRINA POS-GRADUACOES E CARREIRAS JURIDICAS S/S LTDA - ME Fusion Fachadas Especiais Ltda GASLAR AQUECEDORES Vistos e examinados os presentes autos de “Ação de Cobrança” interposto pela COMPANHIA MUNICIPAL DE TRÂNSITO E URBANIZAÇÃO DE LONDRINA – CMTU/LD, em face de (1) BRANDÃO NETO & CIA S/C LTDA. – ME; (2) COMPLEXO LFG DE ENSINO LONDRINA PÓS-GRADUAÇÕES E CARREIRAS JURÍDICAS S/S LTDA.-ME; (3) FUSION FACHADAS ESPECIAIS LTDA.-ME; (4) MP8 VEÍCULOS LTDA.; e (5) R FEDATO & CIA LTDA.-ME (GASLAR), todos devidamente qualificados na demanda. I. RELATÓRIO Atesta a autora, em síntese, que é responsável pela fiscalização do cumprimento da lei municipal nº 10.966/2010 (Lei Cidade Limpa). Assim, no desempenho de suas funções, constatou que os demandados infringiram a referida norma, culminando na aplicação de penalidades após ter sido oportunizado o devido contraditório e ampla defesa. As referidas sanções, contudo, não foram adimplidas, culminando na interposição da presente demanda visando o adimplemento dos valores, os quais totalizavam, quando da interposição da demanda, o importe de R$ 11.373,54 (onze mil, trezentos e setenta e três reais e cinquenta e quatro centavos). Procederam-se com as citações dos demandados Complexo LFG Londrina (seq. 33.1) e Gaslar Aquecedores (seq. 34.1). Pertinente ao Complexo LFG, foi ofertada peça contestatória na seq. 47, no qual pugnou o demandado pelo reconhecimento preliminar da inconstitucionalidade da lei municipal nº 5.496/1993, culminando assim no reconhecimento da ilegitimidade ativa da CMTU. Ainda preliminarmente, pugna o mencionado requerido pelo reconhecimento da inépcia da petição inicial, tendo em vista a indicação errônea do valor da causa, bem como pelo reconhecimento da carência da ação. Pertinente ao mérito, aduz que não houve descumprimento da norma municipal, de modo que deve a autora ser condenada pela prática de litigância de má-fé. Procedeu-se com a citação editalícia da demandada Fusion Fachadas Especiais Ltda. (seq. 114.1). O demandado Brandão Neto & Cia Ltda. também foi devidamente citado (seq. 126.1). O Ministério Público, em parecer disposto na seq. 256.1, manifestou-se pela não intervenção no feito. A demanda foi extinta, ante o reconhecimento da prescrição, em face do requerido MP8 Veículos Ltda. (seq. 259.1). Após a nomeação de curador especial para o réu revel Fusion Fachadas, o qual foi citado por edital, procedeu-se com a apresentação de contestação (seq. 325.1), oportunidade em que se requereu preliminarmente o reconhecimento da prescrição e da inépcia da exordial. Pertinente ao mérito, pugna pelo reconhecimento da nulidade do auto de infração. Oferecida a réplica à contestação (seq. 329.1), vieram os autos conclusos para prolação de sentença. II. FUNDAMENTAÇÃO Da revelia dos requeridos Brandão Neto & Cia Ltda. e Gaslar Aquecedores Tendo ocorrido o ato citatório de todos os demandados ainda vinculados à demanda, nota-se que os réus Brandão Neto & Cia. e Gaslar Aquecedores deixaram de ofertar as respectivas peças contestatórias, cumprindo-se expor, quanto ao último mencionado, a negativa de aceitação da peça de defesa apresentada na seq. 35, nos termos dispostos na deliberação da seq. 38.1. Assim sendo, reputo ser o caso de declarar a revelia das aludidas partes, com fulcro no que preconiza o art. 344 do Código de Processo Civil. Todavia, nos termos dispostos pelo art. 345, inciso I do Codex Processual Cível, deixo de aplicar os efeitos da revelia em favor destes, tendo em vista a possibilidade de aproveitamento das teses defensivas preliminares ofertadas pelo corréu LFG, bem como pelo curador especial do requerido Fusion Fachadas Especiais Ltda. Alegação de prescrição quanto ao requerido Fusion Fachadas Especiais e aplicação da tese em favor do corréu Brandão Neto & Cia. O curador especial nomeado para defesa do réu Fusion Fachadas dispôs na peça contestatória da seq. 325.1 que o pleito da CMTU/LD estaria fulminado pela prescrição. Nos termos da fundamentação a seguir exposta, reputo assistir razão ao aludido demandado. Conforme se extrai do teor da petição inicial, a multa culminada em decorrência de sanção reconhecida no Auto de Infração de nº 9898 venceria na data de 30/03/2012. A citação editalícia do requerido, contudo, ocorreu apenas em 09/08/2018 (seq. 116.1), ou seja, após o decurso do lapso prescricional de 5 (cinco) anos previsto pelo art. 206, § 5º, do Código Civil. Assim, reputo que o pleito condenatório se encontra fulminado pela prescrição, pois a contagem do prazo, nestas situações, inicia-se no dia subsequente do vencimento do pagamento. Neste sentido: AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO MONITÓRIA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TERMO INICIAL. DIA SEGUINTE AO VENCIMENTO DA OBRIGAÇÃO. DECISÃO MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. O prazo de prescrição da ação monitória é de cinco anos, contado a partir do vencimento da obrigação, na forma do artigo 206, § 5º, inciso I, do Código Civil. Precedentes. 2. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ - AgInt nos EDcl no REsp: 1845370 MT 2019/0321127-7, Relator: Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, Data de Julgamento: 14/09/2020, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 18/09/2020) No mais, não há que se aplicar a regra de retroação estampada pelos arts. 240, §2º, do Codex Processual e 202, inciso I, do Código Civil[1]. Neste sentido estipula a jurisprudência: EMENTA: AÇÃO MONITÓRIA - PRESCRIÇÃO - CITAÇÃO POSTERIOR AO DECURSO DO PRAZO PRESCRICIONAL - SENTENÇA MANTIDA. Nos termos do artigo 219 § 4º do CPC não se efetuando a citação válida nos prazos previstos nos parágrafos antecedentes, não será interrompida a prescrição. Se a citação ocorre posterior ao decurso do prazo prescricional, a manutenção da sentença que declarou a prescrição se impõe. (TJ-MG - AC: 10702130391106001 MG, Relator: Alberto Diniz Junior, Data de Julgamento: 21/10/2015, Data de Publicação: 29/10/2015) EMENTA APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E TAXA. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO VÁLIDA APÓS O DECURSO DO PRAZO DE CINCO ANOS. PRESCRIÇÃO RECONHECIDA. INSURGÊNCIA. ALEGADA CULPA EXCLUSIVA DO JUDICIÁRIO, INVOCANDO A SÚMULA 106 DO STJ. INAPLICABILIDADE. ALTERAÇÃO DA TITULARIDADE DO IMÓVEL ANTERIOR A PROPOSITURA DA DEMANDA. INAPLICABILIDADE. AÇÃO PROPOSTA CONTRA PARTE ILEGITIMA. CITAÇÃO DE PARTE ILEGITIMA NÃO INTERROMPE O DECURSO DO PRAZO PRESCRICIONAL. PRECEDENTES. PRESCRIÇÃO CARACTERIZADA. SENTENÇA MANTIDA. CONDENAÇÃO DO MUNICÍPIO AO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS ANTE A INEXISTÊNCIA DE LEGISLAÇÃO QUE ISENTE A FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL DO PAGAMENTO DE TODAS AS CUSTAS PROCESSUAIS, COM EXCEÇÃO DA TAXA JUDICIÁRIA, QUE TEM ISENÇÃO PREVISTA NO DECRETO Nº 962/1932. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (TJPR - 3ª C. Cível - 0004296-38.2004.8.16.0185 - Curitiba - Rel.: Desembargador José Sebastião Fagundes Cunha - J. 19.09.2018) (TJ-PR - APL: 00042963820048160185 PR 0004296-38.2004.8.16.0185 (Acórdão), Relator: Desembargador José Sebastião Fagundes Cunha, Data de Julgamento: 19/09/2018, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: 20/09/2018) Conclui-se, portanto, que a citação válida do réu, para que não restasse o pleito fulminado integralmente pela prescrição, teria que ter ocorrido até 30/03/2017 (cinco anos a contar do vencimento), permitindo assim a retroação estampada pelas normas cível e processual. No mais, cumpre-se expor que todos os atos determinados visando a citação do requerido foram cumpridos com exatidão, o que não impediu a não localização da parte demandada, não havendo assim que se imputar ao juízo a pretensa demora em cumprir as medidas, afastando-se assim a situação estabelecida pelo art. 240, §3º do CPC. Assim, afastadas quaisquer alegações de desídia por parte do Judiciário, tem-se que a prescrição se opera de forma objetiva quando do decurso do prazo fixado, independentemente de requerimentos diligenciais visando a citação, pois não cumprida a exigência legal estabelecida pelos arts. 240, §2º, do Codex Processual e 202, inciso I, do Código Civil[2]. Neste sentido: Monitória – Prescrição – Demora na citação atribuível à autora – Autora que, depois de seis tentativas frustradas de citação da ré, não requereu a sua citação por edital – Art. 240 do atual CPC - Inaplicabilidade da Súmula 106 do STJ – Prescrição da pretensão de cobrança verificada – Extinção da ação que deve persistir – Apelo da autora desprovido. (TJ-SP - AC: 10027692220148260309 SP 1002769- 22.2014.8.26.0309, Relator: José Marcos Marrone, Data de Julgamento: 31/03/2020, 23ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 31/03 /2020) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA. OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. APELO QUE NÃO TROUXE AOS AUTOS CIRCUNSTÂNCIA APTA À INTERRUPÇÃO DA CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL. AUSÊNCIA DE MARCO INTERRUPTIVO. ART. 240, § 2º DO CPC. TENTATIVAS DE CITAÇÃO FRUSTRADAS. DILIGÊNCIAS REQUERIDAS CUMPRIDAS. AUSÊNCIA DE CULPA DO PODER JUDICIÁRIO. PRESCRIÇÃO RECONHECIDA E MANTIDA. APELO IMPROVIDO. A alegada necessidade de intimação da parte para manifestação, a teor do art. 487, parágrafo único do CPC, revelou-se desnecessária, pois, ainda que a sistemática processual e constitucional imponha que o processo seja conduzido com observância ao princípio do contraditório e da ampla defesa, no presente caso, por ocasião do recurso de apelação aviado, não houve a oportuna manifestação quanto às causas interruptivas ou suspensivas da prescrição. Nesse sentido, em que pese as inúmeras tentativas de localização pela parte autora, a busca pelo endereço da requerida, ultrapassaram a razoabilidade, não se mostrando cabível que se movimente o sistema judiciário por vários anos para a simples localização da parte, sendo a demora na realização da citação é imputável exclusivamente à parte autora, o que afasta a interrupção da prescrição prevista no art. 240, § 1º, do CPC/2015. Saliente-se, ao longo do trâmite processual em primeiro grau, foram realizadas tentativas de citação pessoal e deferidas e realizadas as pesquisas nos sistemas judiciais de dados. O Poder Judiciário deu andamento a todas as medidas que lhe foram requeridas e atribuídas. Precedentes. Tratando-se de ação monitória, na qual se postula a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular, a prescrição é de cinco anos, nos termos do § 5º, inciso I, do art. 206 do CPC/2015, impondo-se o reconhecimento da prescrição e a extinção da ação com resolução de mérito. Prescrição mantida. Apelo improvido. (TJ-BA - APL: 00111531820138050080, Relator: ILONA MARCIA REIS, QUINTA CAMARA CÍVEL, Data de Publicação: 19/05/2020) APELAÇÃO CIVEL. EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. PRESCRIÇÃO. 1-Embora a demanda tenha sido ajuizada dentro do prazo prescricional, a citação não foi promovida no decêndio legal. 2.Não basta que o autor seja diligente, é preciso que suas ações sejam igualmente efetivas, no sentido de que, com a diligência de citação pelos correios, por mandado, carta ou edital, alcance o fim almejado, a formação a relação processual com a citação do suplicado e a interrupção da prescrição no prazo de 10 (dez) dias ou antes de exaurido o prazo extintivo de sua pretensão 3. Se a demora não adveio dos mecanismos inerentes ao Poder Judiciário, inviável a aplicação da Súmula 106 do STJ. 4.RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJ-DF 00359493320118070001 DF 0035949-33.2011.8.07.0001, Relator: JAMES EDUARDO OLIVEIRA, Data de Julgamento: 01/10/2020, 4ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 15/10/2020. Pág.: Sem Página Cadastrada.) Atente-se, por oportuno, que apesar do lapso para cumprimento das medidas, todas foram efetivamente executadas, operando-se a prescrição após diversas tentativas. Assim, decorrido o prazo quinquenal (art. 206, §5º, inciso I do CC) entre a data do vencimento dos boletos encaminhados e a presente data, resta o pleito, em favor do réu Fusion Fachadas Especiais Ltda., fulminado pela prescrição. No mais, diante do amplamente fundamentado, tem-se que o pleito em desfavor do corréu Brandão Neto & Cia. também resta fulminado pela prescricional, tendo em vista que sua citação se deu em 17/12/2018 (seq. 126.1), ou seja, após o decurso do prazo de 5 (cinco) anos da data do vencimento da dívida (30/01/2012). Preliminares da contestação da seq. 47 Conforme bem expõe o art. 330, § 1º do Código de Processo Civil, considera-se inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. Ao se compulsar a exordial, por sua vez, não se vislumbra quaisquer das situações acima expostas, sendo a causa de pedir fundamentada no eventual descumprimento da lei municipal 10.966/2010, diante dos fatos apresentados nos autos de infrações. Por consequência, mostra-se possível aferir, da narrativa dos fatos, a conclusão pretendida pela CMTU. Pertinente ao valor da causa, diante do litisconsórcio passivo apresentado na exordial, é certo que a CMTU/LD se valeu do regramento exposto pelo art. 259, inciso I, do Código de Processo Civil de 1973, somando-se o valor devido por todos os demandados. No que diz respeito à pretensa ilegitimidade passiva da autora, cumpre-se atentar, nos termos do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal em sede de repercussão geral, que resta possibilitado à pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Pública Indireta, prestar exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado (Tema 532 do STF). Neste sentido: Decisão: O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 532 da repercussão geral, (i) conheceu e deu provimento ao recurso extraordinário interposto pela Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte – BHTRANS e (ii) conheceu e negou provimento ao recurso extraordinário interposto pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, para reconhecer a compatibilidade constitucional da delegação da atividade de policiamento de trânsito à Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte – BHTRANS, nos limites da tese jurídica objetivamente fixada pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Edson Fachin e Marco Aurélio. Foi fixada a seguinte tese: "É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial". Falaram: pela recorrente Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A – BHTRANS, o Dr. Eduardo Augusto Vieira de Carvalho; pelo amicus curiae Empresa Pública de Transporte e Circulação S/A – EPTC, o Dr. Diego Eduardo Colbeich dos Santos; pelo amicus curiae TRANSERP - Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto S/A, o Dr. Fernando Cesar Ceara Juliani; e, pelo amicus curiae Laboratório de Regulação Econômica da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ REG, o Dr. José Vicente Santos de Mendonça. Não participou deste julgamento a Ministra Rosa Weber. Plenário, Sessão Virtual de 16.10.2020 a 23.10.2020.[3] O entendimento fixado pela Suprema Corte, portanto, autoriza a CMTU/LD a cumprir a atribuição conferida pelo art. 5º, caput, da Lei Municipal nº 7.287/1997: Art. 5º No ato da ocorrência o fiscal municipal, o fiscal da Comurb S.A. ou a autoridade policial lavrarão laudo circunstanciado com todos os elementos necessários à identificação do infrator e do veículo e o dispositivo legal infringido. § 1º Cópia do laudo será entregue ao infrator, mediante recibo. § 2º Recusando-se o infrator a assinar o laudo, este será instruído com a assinatura de duas testemunhas. § 3º Em caso de dúvida na aplicação deste lei, o fiscal municipal, o fiscal da Comurb S.A. ou a autoridade policial aplicarão como subsídio complementar o Código Nacional de Trânsito e seu Regulamento. Portanto, diante dos fundamentos acima mencionados, rechaço as preliminares ventiladas pelo corréu Complexo LFG de Ensino Londrina. Mérito Afastadas as preliminares, atente-se que os atos praticados pelo aludido Ente gozam da presunção relativa de veracidade, de modo que cabe ao demandando desconstituir tal prerrogativa. Neste sentido: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. PENALIDADE ADMINISTRATIVA. EXERCÍCIO DE COMÉRCIO AMBULANTE, SEM A PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO ENTE PÚBLICO. NORMAS MUNICIPAIS QUE DELEGAM PODER DE POLÍCIA SANCIONADOR À COMPANHIA MUNICIPAL DE TRÂNSITO E URBANIZAÇÃO DE LONDRINA (CMTU- LD). CONSTITUCIONALIDADE VERIFICADA. EXEGESE DA TESE FIRMADA, SOB REPERCUSSÃO GERAL, PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO N.º 633.782/MG E DO ENTENDIMENTO ADOTADO PELO ÓRGÃO ESPECIAL DESTA CORTE NO INCIDENTE DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALDADE N.º 0065709-94.2015.8.16.0014. NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO POR AUSÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO DO INFRATOR. INOCORRÊNCIA. IRREGULARIDADE POSTERIORMENTE SANADA. COMERCIANTE QUE COMPARECEU PERANTE À CMTU- LD, VIABILIZANDO SUA IDENTIFICAÇÃO E O REGULAR EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA. PRÁTICA DA CONDUTA ILÍCITA DEMONSTRADA NOS AUTOS. ATO ADMINISTRATIVO QUE DETÉM PRESUNÇÃO IURIS TANTUM DE LEGITIMIDADE E DE VERACIDADE.RECURSO DESPROVIDO. (TJPR - 4ª C. Cível - 0011105-18.2017.8.16.0014 - Londrina - Rel.: JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO EM SEGUNDO GRAU HAMILTON RAFAEL MARINS SCHWARTZ - J. 13.06.2022) (TJ-PR - APL: 00111051820178160014 Londrina 0011105-18.2017.8.16.0014 (Acórdão), Relator: Hamilton Rafael Marins Schwartz, Data de Julgamento: 13/06/2022, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: 22/06/2022 – grifos nossos) Apresentados os apontamentos iniciais, extrai-se que as autuações dirigidas ao requerido foram imputadas com base em ofensa ao exposto pelo art. 8º, § 9º da Lei Municipal nº 10.966/2010 (Lei Cidade Limpa), cuja redação assim dispunha à época do ocorrido: Art. 8º Ressalvado o disposto no art. 10 desta lei, será permitido somente um único anúncio indicativo por imóvel público ou privado, que deverá conter todas as informações necessárias ao público. (...) § 9º A altura máxima de qualquer parte do anúncio indicativo não deverá ultrapassar, em nenhuma hipótese, a altura máxima de 5,00m (cinco metros). Note-se, pelo teor do contido no Auto de Infração nº 9415 (seq. 1.18), que o anúncio da demandada se encontrava a aproximadamente 10 (dez) metros do chão, de modo que restou infringida a norma municipal. Atente-se, no mais, diante da presunção de veracidade acima apontada, que caberia ao réu o ônus de desconstituir as informações prestadas pela demandante, situação que não se observa no caso concreto. O descumprimento do aludido normativo, também com base na redação à época vigente, culminaria na fixação de sanção de R$ 1.000,00 (mil reais): Art. 23. A inobservância do disposto nos artigos 16 e 17, bem como dos demais deveres instituídos nesta lei importará na incidência de multa de R$ 1.000,00 (um mil reais). § 1º A multa será acrescida de R$ 100,00 (cem reais) para cada metro quadrado que exceder os limites fixados nesta lei ou em decreto regulamentador, admitida a proporcionalidade. § 2º Persistindo a infração após a aplicação da primeira multa, será aplicada multa correspondente ao dobro da primeira, podendo ser reaplicada a cada 30 (trinta) dias a partir da lavratura da anterior, até a efetiva regularização ou a remoção do anúncio, sem prejuízo do ressarcimento, pelos responsáveis, dos custos relativos à retirada do anúncio irregular pela Administração Pública. As regras da instauração do procedimento administrativo, por sua vez, guardam observância ao exposto pelo art. 387 da até então vigente lei municipal 11.468/2011 (Código de Posturas do Município de Londrina): Art. 387. Os autos de infração obedecerão a modelos próprios e conterão, obrigatoriamente: I – o dia, mês, ano, hora e lugar em que foi lavrado; II – a descrição da infração; III – a identificação do infrator; IV – a disposição infringida; e V – a identificação e a assinatura do agente que lavrou. Parágrafo único. A constatação da infração será precedida de verificação do agente de fiscalização, não bastando a mera comunicação de terceiros. Pertinente ao nome do servidor que lavrou os atos, entendo que a assinatura constante nos termos apresentados permitiria apontar o responsável pelos atos, eis que acompanhada de numeração de identificação funcional (422), cumprindo assim o requisito estampado pelo inciso V da norma acima mencionada. Por fim, diante dos efeitos da revelia, reputo como verdadeiros os fatos apontados pela autora com relação ao requerido R. Fedato & Cia Ltda.-ME (Gaslar). III. DISPOSITIVO Ante o exposto: a) JULGO PROCEDENTE o mérito da presente demanda, com fulcro no que dispõe o art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil, em face dos requeridos R. Fedato & Cia Ltda. (Gaslar) e Complexo LFG de Ensino Londrina – Pós Graduações e Carreiras Jurídicas Ltda., condenando-os aos pagamentos das multas corrigidas aplicadas nos Autos de Infrações 9460 (Gaslar – R$ 1.632,11) e 9415 (LFG – R$ 1.594,25); b) JULGO IMPROCEDENTE o mérito da demanda, com fulcro no que dispõe o art. 487, inciso II do Código de Processo Civil, em face dos requeridos Fusion Fachadas Especiais Ltda. e Brandão Neto & Cia. S/C Ltda.-ME, ante o reconhecimento da prescrição. III.1 – Quanto à atualização das condenações O montante referente à condenação deve ser corrigido pelo IPCA-E, mais juros moratórios de 12% ao ano (art. 406 do Código Civil combinado com o art. 161, § 1.º, do CTN), incidentes a partir do vencimento da obrigação[4], até 28/08/2024. A partir de 29/08/2024, com início da vigência da Lei nº 14.905/2024, a qual conferiu nova redação ao art. 406 do Código Civil, passam os juros e moratórios e correção a sofrerem incidência única da Selic (art. 406, § 1º do Código Civil). III.2 – Das verbas sucumbenciais Das custas processuais Por analogia ao disposto pelo art. 921, §5º, parte final, do Código de Processo Civil, deixo de condenar a CMTU ao pagamento das custas e despesas processuais da demanda, não se podendo imputar a aludida parte, diante da situação fática, a responsabilidade pela não ocorrência da citação válida. Assim, devem os sucumbentes Complexo LFG e R. Fedato & Cia. Ltda. arcarem com a integralidade do adimplemento das custas processuais, na proporação de 50% (cinquenta por cento) cada (art. 87, § 1º do CPC). Dos honorários sucumbenciais em favor da CMTU/LD Pertinente aos réus Complexo LFG e R. Fedato & Cia. Ltda., condeno-os ao pagamento de honorários advocatícios em favor da CMTU/LD, que por sua vez fixo por equidade no importe de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), nos termos expostos pelo art. 85, § 8º do CPC. O valor dos honorários sucumbenciais sofre incidência da Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) desde a data do seu arbitramento, com incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, acumulado mensalmente (art. 406, § 1º do Código Civil). Nos termos expostos pelo art. 87, § 1º do CPC, cada requerido deverá ser responsável pelo adimplemento de 50% (cinquenta por cento) das verbas sucumbenciais. A fixação das verbas sucumbenciais em patamares abaixo do previsto pelo art. 85, § 8º-A do CPC visa evitar o enriquecimento sem justa causa, tendo em vista que a adoção dos parâmetros da Tabela da Seccional da OAB/PR importaria na fixação de valor superior às multas impostas. Acerca de tal possibilidade, assim dispôs o Superior Tribunal de Justiça em recente julgado: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. DIREITO À SAÚDE. TABELA DE HONORÁRIOS DA OAB. CARÁTER NÃO VINCULATIVO. SUCUMBÊNCIA COM SUPORTE NA EQUIDADE. ATO PRÓPRIO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7. REVISÃO DO STJ. EXCEPCIONALIDADE. NÃO APLICAÇÃO AO CASO CONCRETO. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. Cuida-se, na origem, de ação de obrigação de fazer cujo objeto reside na prestação de serviços de saúde, fundada na realização de procedimento cirúrgico. 2. A municipalidade recorrente aduz que o Tribunal catarinense ofendeu os artigos 85, §§ 2º, 8º e 8º-A, do CPC. Afirma que "a utilização da Tabela de Honorários da OAB/SC resultou no arbitramento de honorários em valor excessivo, inegavelmente em descompasso com"a natureza e a importância da causa", bem como com o"trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço". 3. O Colegiado originário não imprimiu eficácia vinculante à tabela da OAB, utilizando-a tão somente como referencial para a fixação dos honorários de sucumbência. Como dito acima, a fixação da verba honorária observou o princípio da equidade, nos termos do art. 85, §§ 8º e 8º-A do CPC. 4. O STJ pacificou a orientação de que o quantum da verba honorária, em razão da sucumbência processual, está sujeito a critérios de valoração previstos na lei processual e sua fixação é ato próprio dos juízos das instâncias ordinárias, aos quais competem a cognição e a consideração das situações de natureza fática. 5. O Tribunal Superior atua na sua revisão somente quando o valor for irrisório ou exorbitante, o que não se configura na presente hipótese. Assim, o reexame das razões de fato que conduziram o TJSC a tais conclusões significa usurpação da competência das instâncias ordinárias. Ademais, aplicar posicionamento distinto do proferido pelo aresto confrontado implica reexame da matéria fático-probatória, o que é obstado na via especial ante a incidência da Súmula 7/STJ 6. O óbice da referida súmula pode ser afastado em situações excepcionais, quando for verificado excesso ou insignificância da importância arbitrada, evidenciando-se a ofensa aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade - hipótese não configurada nos autos, uma vez que a causa durou aproximadamente nove anos, por isso o valor fixado não destoa dos aplicados em casos similares.7. A tabela de honorários da OAB, por sua vez, é referência utilizada para estabelecer os valores devidos aos advogados por seus serviços, mas não é, necessariamente, vinculativa. Ao se determinar os honorários advocatícios, consideram-se fatores como a complexidade do caso, o tempo despendido e a capacidade financeira das partes envolvidas.8. Agravo Interno não provido. (STJ - AgInt no REsp: 2121414 SC 2024/0029245-0, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 10/06/2024, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 17/06/2024 – grifos nossos) Dos honorários sucumbenciais devidos pela CMTU/LD Diante da sucumbência da requerida em face do corréu Fusion Fachadas Especiais Ltda.-ME, condeno a CMTU/LD ao pagamento de honorários sucumbenciais em favor do curador especial Leandro Henrique da Silva, no importe de R$ 1.100,00 (um mil e cem reais), valor este que fixo abaixo do previsto na Tabela da Seccional da OAB/PR, nos termos do anteriormente fundamentado. O valor dos honorários sucumbenciais sofre incidência da Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) desde a data do seu arbitramento, com incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, acumulado mensalmente (art. 406, § 1º do Código Civil). No mais, considerando a atuação do advogado Leandro Henrique da Silva como curador especial, condeno o Estado do Paraná[5] ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência no valor de R$ 900,00 (novecentos reais), em favor da aludida profissional, com fulcro no art. 5º, §1º, da Lei Estadual nº 18.664/2015, bem como na tabela da Resolução Conjunta 06/2024 – PGE/SEFA[6], item 2.9. Saliento ao Douto Curador Especial que se faz desnecessária a expedição de certidão judicial, restando possibilitado ao advogado requerer o pagamento diretamente à PGE mediante cópia da presente deliberação judicial e de outras peças processuais que permitam identificar a atuação. Neste sentido dispõe o art. 12 da Lei Estadual nº 18.664/2015, com redação conferida pela Lei Estadual nº 21.744/2023: Art. 12. O pagamento a advogado dativo será processado mediante pedido do interessado à Procuradoria-Geral do Estado - PGE, mediante cópia da decisão judicial e outros elementos que permitam identificar os autos do processo, o valor do arbitramento, o tipo de ato exercido, a parte defendida e o advogado beneficiado. (Redação dada pela Lei 21744 de 10/11/2023) §1° Os procedimentos para pedido, aprovação e pagamento serão objeto de regulamentação mediante Decreto do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei 21744 de 10/11/2023) §2° O pagamento ocorrerá pela PGE em até sessenta dias do pedido protocolado. (Redação dada pela Lei 21744 de 10/11/2023) Por fim, atente-se à possibilidade de cumulação dos honorários sucumbenciais com a verba estipulada pela lei estadual 18.664/2015: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. HONORÁRIOS DATIVOS E SUCUMBENCIAIS. NATUREZAS JURÍDICAS DISTINTAS. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. SENTENÇA REFORMADA. 1. Os honorários advocatícios de sucumbência, previstos no artigo 85, do Código de Processo Civil de 2015, não se confundem com a verba remuneratória do curador especial, devida pela Fazenda Pública, motivo pelo qual é admitida a cumulação. 2. Apelação cível conhecida e provida. (TJ-PR 0000927-11 .2015.8.16.0101 Maringá, Relator.: Luiz Carlos Gabardo, Data de Julgamento: 06/11/2019, 15ª Câmara Cível, Data de Publicação: 06/11/2019) III.3 – Disposições finais Cumpra-se o previsto no art. 413 do Código de Normas (Provimento 316/2022), se houver mandado de segurança ou recurso incidental pendente de julgamento. Na hipótese de indeferimento da petição inicial não seguida de apelação, transitada em julgado cumpra-se o disposto no art. 331, § 3º do CPC: “Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença”. Transitada em julgado e, se não houver pedido de liquidação ou cumprimento de sentença no prazo de 30 dias (art. 478 c.c. o art. 482, ambos do CNFJ – Provimento 316/2022) cumpram-se: a) o disposto nos artigos 386, § 2º, 396, 458, 459, 460, 461, 478, 483 e 484, do CNFJ (Provimento 316/2022), na Instrução Normativa 12/2017 (expedição de Comunicação de Custas não Pagas ou Certidão de Crédito Judicial) se for o caso, e o disposto no art. 44 do D.J. 744/2009 (com redação determinada pelo D.J. 785/2017); b) arquivem-se com baixa na distribuição (conforme r. decisão da Corregedoria-Geral da Justiça no SEI!DOC Nº 8013028 do procedimento SEI!TJPR Nº 0056075-51.2021.8.16.6000). Se houver réu/réus revel/revéis, sem advogado constituído nos autos, em cumprimento ao art. 346, “caput”, parte final, do CPC, providencie-se a intimação da sentença por meio de publicação no DJEN (Diário de Justiça Eletrônico Nacional); caso todas as partes tenham advogados constituídos, dá-se preferência à intimação eletrônica nos autos (artigos 272 e 273 do CPC). Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Londrina, data gerada pelo sistema. (Assinatura digital) Emil T. Gonçalves Juiz de Direito (gucl) [1] Atinente ao tema: “Caso o autor não tome as providências necessárias para viabilizar a citação no prazo de 10 dias, o art. 240, §2º, do Novo CPC prevê que não se aplicará o disposto no §1º do dispositivo legal. Significa dizer que, nesse caso, não será o despacho que determina a citação que interromperá a prescrição e nem essa interrupção retroagirá à data da propositura da ação. Também não terá aplicabilidade o art. 202, I, do CC, que expressamente prevê regra a ser aplicada somente quando a citação se realizar dentro do prazo legal. ” (NEVES, Daniel Amorim Assumpção, “Novo Código de Processo Civil Comentado artigo por artigo, 2ª Edição, Editora Juspodivm, Salvador/BA, 2017, pg. 408, grifos nossos). [2] Atinente ao tema: “Caso o autor não tome as providências necessárias para viabilizar a citação no prazo de 10 dias, o art. 240, §2º, do Novo CPC prevê que não se aplicará o disposto no §1º do dispositivo legal. Significa dizer que, nesse caso, não será o despacho que determina a citação que interromperá a prescrição e nem essa interrupção retroagirá à data da propositura da ação. Também não terá aplicabilidade o art. 202, I, do CC, que expressamente prevê regra a ser aplicada somente quando a citação se realizar dentro do prazo legal. ” (NEVES, Daniel Amorim Assumpção, “Novo Código de Processo Civil Comentado artigo por artigo, 2ª Edição, Editora Juspodivm, Salvador/BA, 2017, pg. 408, grifos nossos). [3] http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4005451 [4] AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA. 1. AUSÊNCIA DE LITISPENDÊNCIA, LEGITIMIDADE E INTERESSE DE AGIR. REVER AS CONCLUSÕES DA CORTE ESTADUAL. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 2. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL. VENCIMENTO DO TÍTULO. PRECEDENTES. 3. AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A modificação da conclusão delineada no acórdão recorrido - acerca da inexistência de litispendência e reconhecimento da legitimidade e interesse de agir - e o acolhimento da tese recursal formulada - demandariam necessariamente o revolvimento dos fatos e das provas dos autos, atraindo, assim, o óbice disposto na Súmula 7/STJ, não sendo o caso de revaloração da prova. 2. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, “nas obrigações positivas e líquidas, com vencimento certo, os juros de mora e a correção monetária fluem a partir da data do vencimento” (REsp 1651957/MG, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 16/03/2017, DJe 30/03/2017). [5] Processo AgRg no AREsp 595145 PR 2014/0264835-5 Orgão Julgador T4 - QUARTA TURMA Publicação DJe 22/06/2015 Relator Ministro RAUL ARAÚJO Ementa AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE DIVÓRCIO. RELAÇÃO JURÍDICA LITIGIOSA DE DIREITO PRIVADO. COMPETÊNCIA DA SEGUNDA SEÇÃO. RÉU REVEL CITADO POR EDITAL. NOMEAÇÃO DE ADVOGADO PARA EXERCER A FUNÇÃO DE CURADOR ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE DEFENSORIA PÚBLICA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CUSTEIO PELO ESTADO. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. A competência das seções e das respectivas turmas é fixada em função da natureza da relação jurídica litigiosa. Na hipótese dos autos, trata-se de ação de divórcio litigioso, demanda submetida ao julgamento de uma das Turmas integrantes da Segunda Seção deste Sodalício. 2. Nos termos da orientação jurisprudencial desta Corte Superior, "são devidos pelo Estado os honorários advocatícios do curador especial nomeado em razão da ausência de Defensoria Pública para a defesa dos interesses do réu revel citado por edital" (AgRg no REsp 1.348.471/PR, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/11/2014, DJe de 3/12/2014). 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL : AgRg no AREsp 595145 PR 2014/0264835-5) [6]https://www.pge.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2024-12/res_06-2024_-_nova_tabela_dativos.pdf

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