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Everson Ribeiro De Souza x Transportadora Porto Ferreira Ltda

ID: 338459335

Tribunal: TRT15 Órgão: 2ª Vara do Trabalho de São Carlos Classe: AçãO TRABALHISTA - RITO ORDINáRIO Nº Processo: 0011269-93.2025.5.15.0106

Data de Disponibilização: 30/07/2025

Polo Ativo:

EVERSON RIBEIRO DE SOUZA

Polo Passivo:

TRANSPORTADORA PORTO FERREIRA LTDA

Notificação

Advogados:

VERIDIANA MOREIRA POLICE

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FLAVIO ROGERIO DE OLIVEIRA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE SÃO CARLOS ATOrd 0011269-93.2025.5.15.0106 AUTOR: EVERSON RIBEIRO DE SOUZA RÉU: TRANSPORT… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO 2ª VARA DO TRABALHO DE SÃO CARLOS ATOrd 0011269-93.2025.5.15.0106 AUTOR: EVERSON RIBEIRO DE SOUZA RÉU: TRANSPORTADORA PORTO FERREIRA LTDA INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID e14a39f proferido nos autos. DESPACHO Em prosseguimento e considerando os termos da Recomendação 2/2022 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e que este feito tramita pelo Juízo “100% Digital”, designo audiência de instrução processual telepresencial para o dia 16 de setembro de 2025, às 10 horas, quando será colhida prova oral a respeito da EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA, a qual será realizada por meio da utilização do seguinte link de acesso: https://trt15-jus-br.zoom.us/j/4945755474?pwd=WjVjbnp4NXhwL01tTUZVc0d3R0phdz09 (id. da reunião: 4945755474; e senha da reunião: 458949). A participação das partes, advogados e testemunhas de forma virtual será realizada por meio da utilização da ferramenta eletrônica Google Zoom. As partes deverão comparecer em referida audiência, de forma telepresencial, sob pena de confissão em relação à matéria de fato, nos termos da Súmula 74 do TST. Os participantes de forma virtual deverão acessar o ambiente no qual ocorrerá a audiência com, pelo menos, cinco minutos de antecedência ao horário designado, permanecendo na sala de espera virtual até serem admitidos na sala de audiência virtual, identificando-se com o horário da audiência, o nome completo e informando se está participando como advogado, parte ou testemunha, nesta sequência. Ressalto que eventuais impossibilidades técnicas ou obstáculos práticos para realização de referida audiência em relação a qualquer dos envolvidos em mencionado ato processual serão objeto de análise apenas por ocasião da audiência. As testemunhas deverão ser arroladas pela parte interessada até 15 dias úteis antes da data designada para a audiência, para intimação que deverá ser efetuada imediatamente pela Secretaria deste Juízo, sob pena de preclusão e de serem inquiridas apenas as que comparecerem independentemente de intimação, nos termos dos artigos 825 e 845 da CLT. No mesmo sentido, entende o TST que: "AGRAVO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR DENEGATÓRIA DE SEGUIMENTO DE EMBARGOS REGIDOS PELA LEI Nº 13.015/2014. CERCEAMENTO DE DEFESA. AUDIÊNCIA DE ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO. AUSÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DO ROL DE TESTEMUNHAS. INDEFERIMENTO DO REQUERIMENTO DE ADIAMENTO DA AUDIÊNCIA PARA INTIMAÇÃO DE TESTEMUNHAS. Na hipótese, a Juíza, ao designar a audiência para encerramento da instrução, determinou às partes a intimação das suas testemunhas, se fosse o caso. Sobre a questão dos autos, o artigo 825 da CLT dispõe o seguinte: " Art. 825 - As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação " . Importante destacar, também, o que prevê o artigo 845 da CLT, in verbis : " Art. 845 - O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhados das suas testemunhas, apresentando, nessa ocasião, as demais provas ". Ressalte-se que o artigo 765 da CLT assegura ampla liberdade aos Juízes e Tribunais do trabalho na direção do processo, devendo velar pelo rápido andamento das causas. No Processo do Trabalho, as partes devem comparecer à audiência acompanhadas de suas testemunhas, independentemente de haver, ou não, intimação. Na hipótese de não comparecimento das testemunhas, estas devem ser intimadas a comparecimento, inclusive sob pena de condução coercitiva. Portanto, em tese, no âmbito processual trabalhista, não há obrigação da parte de requerer, previamente, o arrolamento de testemunha. Não se olvida que esta Corte tem posicionamento firmado de que o indeferimento da prova testemunhal, ante o não comparecimento da testemunha na audiência de instrução e julgamento, induz ao entendimento de que houve cerceamento do direito de defesa. Todavia, esse não é o caso dos autos, em que o reclamante foi notificado da necessidade de indicação, na audiência de prosseguimento, da necessidade de arrolamento das testemunhas para intimação. Comparecendo o reclamante à audiência seguinte desacompanhado das suas testemunhas e não tendo apresentado o rol prévio para intimação delas, o juiz indeferiu seu requerimento de adiamento. Assim, havendo ciência prévia às partes quanto à necessidade de apresentação do rol de testemunhas para intimação, de modo que as não arroladas deveriam ser trazidas independentemente de intimação, sob pena de não serem ouvidas, é incabível o adiamento da audiência para intimá-las. Nesse contexto, não houve cerceamento do direito de defesa do reclamante, mas estrita observância às normas que regem o processo do trabalho, quais sejam os artigos 825 e 845 da CLT. Esse foi o entendimento que prevaleceu, por maioria de 9x3, nesta Subseção no julgamento do Processo E-RR - 1810-18.2012.5.15.0108, em 12/4/2018, acórdão publicado no DEJT de 20/4/2018, de Relatoria do Ministro Hugo Carlos Scheuermann, ocasião em que, no exame de idêntica controvérsia, decidiu-se que o indeferimento do pedido de adiamento da audiência, para que fosse intimada a testemunha não arrolada e que não compareceu espontaneamente, não viola o artigo 825 da CLT, tampouco caracteriza cerceamento de defesa. Agravo desprovido" (Ag-E-RR-54800-78.2011.5.17.0006, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 21/06/2019). Retire-se o processo da pauta de audiências do dia 5/11/2025. Intimem-se os advogados das partes. Intimem-se as partes diretamente. SAO CARLOS/SP, 29 de julho de 2025 ANA FLAVIA DE MORAES GARCIA CUESTA Juíza do Trabalho Titular Intimado(s) / Citado(s) - TRANSPORTADORA PORTO FERREIRA LTDA

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Construcare Do Brasil Eireli x Rafael Augusto Fernandes Dos Santos

ID: 257069016

Tribunal: TRT3 Órgão: 07ª Turma Classe: RECURSO ORDINáRIO - RITO SUMARíSSIMO Nº Processo: 0011269-11.2024.5.03.0091

Data de Disponibilização: 15/04/2025

Polo Ativo:

CONSTRUCARE DO BRASIL EIRELI

Polo Passivo:

RAFAEL AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS

Acórdão

Advogados:

GUILHERME TEIXEIRA DE SOUZA

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FABIANO DE ANDRADE SILVA

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ISABELA LUIZA RIBEIRO

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ERICK EMANUEL DUARTE REZENDE ROCHA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO 07ª TURMA Relator: Vicente de Paula Maciel Júnior 0011269-11.2024.5.03.0091 : CONSTRUCARE DO BRASIL EIRELI : RA… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO 07ª TURMA Relator: Vicente de Paula Maciel Júnior 0011269-11.2024.5.03.0091 : CONSTRUCARE DO BRASIL EIRELI : RAFAEL AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS PROCESSO: 0011269-11.2024.5.03.0091 (RORSum) RECORRENTE: CONSTRUCARE DO BRASIL EIRELI RECORRIDO: RAFAEL AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS RELATOR: DESEMBARGADOR VICENTE DE PAULA MACIEL JÚNIOR VOTO O Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, em sessão ordinária da sua Sétima Turma, hoje realizada, conheceu do recurso ordinário interposto pela reclamada (id. 6ca0026), satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, bem como das contrarrazões. No mérito, deu provimento parcial ao apelo para excluir da condenação o pagamento da multa do art. 477, § 8º da CLT. Inalterado o valor da condenação e mantida, quanto ao mais, a r. sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Nova Lima (id. 5cea1c7, complementada nos embargos de declaração, id. 1701937), por seus próprios e jurídicos fundamentos (art. 895, §1º, inciso IV da CLT), acrescendo a seguinte: FUNDAMENTAÇÃO 1) Início da relação de emprego O Juízo de primeiro grau declarou a existência de dois vínculos de emprego entre as partes. A recorrente se insurge quanto a data inicial do primeiro vínculo, fixada na origem em 21/1/2023, anterior ao registro formal, ao argumento de que o documento adotado como base para tal reconhecimento se refere à prestação de serviços pelo recorrido, em sua pessoa jurídica, e não como empregado. Sem razão, contudo. Conforme relatado na inicial (id. dc8e47b), o autor começou a laborar na reclamada em 21/1/2023, na função de montador, apesar da anotação da CTPS somente na data de 1º/2/2023, com baixa em 1º/5/2023. Em defesa (id. eed734c), a ré afirmou, no que se refere ao primeiro período, a admissão em 1º/2/2023, nos exatos termos anotados, negando período de labor anterior ao referido registro. Negado o vínculo anterior à anotação na CTPS, cediço que ao autor incumbia o ônus de comprovar a alegação, diante da presunção relativa de veracidade do consignado no documento, nos termos da Súmula 12 do TST. E desse encargo se desonerou a contento (art. 818, I, da CLT c/c art. 373, I, do CPC). Com efeito, o extrato bancário colacionado no id. 72fb190 pelo autor revela o pagamento de R$1.800,00, pela empresa Construcare do Brasil Eireli (CNPJ 03.339.187/0001-40), em 7/2/2023 (Pág. 28) e outro no mesmo mês (22/2/2023 - Pág. 27), no importe de R$ 2.400,00, totalizando R$ 4.200,00 no mês. Portanto, sequer é crível que o autor tenha iniciado labor dia 1º/2 e 6 dias depois já tenha recebido salário, na forma aduzida pela ré. Também não prospera o argumento recursal de que o pagamento foi realizado por CNPJ diverso no dia 9/2/2023, pois todos os pagamentos identificados no período contratual foram feitos pela ora recorrente, como se vê do referido documento, inclusive o do dia 7/2/2023 (id. 72fb190, pág. 28), como bem fundamentado em sentença. Para contextualizar e reforçar o acerto da decisão recorrida, destaco que ao contrário do alegado pela ré, o reclamante relatou que recebeu telefonema da empresa informando sobre uma oportunidade de chefiar uma equipe em Minas Gerais (Montes Claros), com promessa de pagamento de R$6.000,00, livres, em mãos, e todos os gastos pagos (hospedagem e refeição). Confira-se o depoimento: "E, aí o que me fez ir foi isso né, porque eu ganhava um pouco mais em São Paulo, porém tinha muito gasto; e aí quando eu cheguei aí em Minas Gerais, não deu certo essa obra de Montes Claros para eu ir com a minha equipe; não deu certo por algum motivo deles, não sei porquê, aí eu não fui. Então, eles me colocaram para trabalhar aí em obras de Minas Gerais mesmo; não lembro exatamente o dia que começou (...); a Carteira foi assinada uns 12 dias depois que eu comecei a trabalhar" (gravação 05:02 seguintes). O fato não foi infirmado por prova em contrário, ao revés, a testemunha obreira declarou que laborou 3 meses com o autor em obra na cidade industrial (BH), e a testemunha da ré afirmou que foi Gerente de Obras, tendo laborado também com o autor. Assim, coaduno com a fundamentação exposta pelo Juízo primevo, no sentido de que "o documento bancário de Id. 72fb190 (fl. 27) demonstra transferência de numerário da reclamada para o reclamante no valor de R$2.400,00, em 22/02/2023, o que comprova a tese inicial no sentido de que a admissão se deu em 21/01/2023" (id. 5cea1c7). Irretocável o decisum, nada a alterar. 2) Horas extras Insurge-se a reclamada contra a condenação ao pagamento das horas além da 8ª diária e 44ª semanal e reflexos, ao argumento de que a jornada era externa, sem controle, nos termos do art. 62, I, da CLT, como teria confessado o autor em depoimento. Acena com a exceção legal, e rechaça a aplicação da Súmula 428 ao caso. Novamente sem razão. Observo à ré que para caracterização do trabalho externo, sem direito às horas extras, deve ser cabalmente demonstrada a impossibilidade de controle, ainda que indireto, da jornada de trabalho do empregado, uma vez que nem sempre a atividade exercida fora das dependências do empregador é incompatível com o controle de jornada. Assim, para que se caracterize a exceção prevista no art. 62, inciso I da CLT, não basta que o empregado desempenhe atividade externa, longe das vistas do empregador, e deve ser demonstrada a impossibilidade absoluta de controle da jornada de trabalho, incumbência empresária por se tratar de fato impeditivo ao direito (inteligência do artigo 818, II, da CLT c/c art. 373, II, do CPC), encargo do qual não se desvencilhou. Com efeito, ao revés do arguido em razões recursais, restou cabalmente demonstrado pelo acervo probatório que a empresa poderia perfeitamente controlar os horários de trabalho do obreiro, até porque as obras tinham, segundo as testemunhas ouvidas, horários pré-definidos de funcionamento, inexistindo elementos capazes de confirmar a impossibilidade de fiscalização da jornada cumprida pelo autor. Outrossim, não foram juntados controles de ponto, ainda que a empresa possua mais de 20 empregados, como declarado pela testemunha da ré, ao apontar a existência, em média, de 50 trabalhadores na empresa (gravação 15:46). No cenário, portanto, não se justifica a inércia da empresa, que descumpriu regra clara, importando em inversão do ônus de prova sobre a jornada praticada, à luz da Súmula 338, I, TST. Aliás, nesse ponto, com fins de não se incorrer em repetições desnecessárias, transcrevo a fundamentação primeva quanto à prova oral muito bem analisada, verbis: "Aduz o reclamante que atuava até as 18h30min, sendo certo que no mês de março começou a trabalhar nos fins de semana, das 7h às 17h, sem receber horas extras. Em seu depoimento pessoal, narrou o reclamante que "fez muitas horas extras, sem registro; que quando saiu tinha 16 dias de horas extras; que recebeu R$3.200,00 de conversão das horas extras; que não recebeu rescisão no primeiro contrato." A citada testemunha a rogo do reclamante afirmou que "laborava das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira; que fazia horas extras em fins de semana e 1h na semana, até as 18h; que havia 1h de intervalo intrajornada; que em fins de semana atuavam em sábados e domingos, sendo aos sábados até as 4h e aos domingos até as 5h; que havia pagamento de horas extras; que alguns se queixavam que não recebiam horas extras; que as horas extras eram registradas no ponto, pelo celular; que todos registravam horas extras no aplicativo; que as horas extras eram lançadas nos contracheques; que o reclamante fazia horas extras". O depoimento da testemunha convidada pela reclamada não se presta ao fim colimado, tratando-se de empregado detentor de cargo de confiança, conforme em linhas pretéritas destaquei. Diante do exposto, observados os destaques, por juízo de equidade, fixo a jornada praticada pelo reclamante de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, aos sábados das 7h às 16h e aos domingos das 7h às 17h, com uma folga semanal (por razoável) e 1h de intervalo intrajornada. Via de consequência, defiro o pagamento das horas excedentes da 8ª diária e 44ª semanal, não cumulativas, acrescidas do adicional de 50% e com reflexos em férias +1/3, décimo terceiro salário, aviso prévio indenizado e FGTS + 40%, deduzindo-se os valores confessadamente pagos. A paga é mensal e já embute repousos. Apreciados nesses termos os pedidos das subalíneas "10.3", "10.3.1", "10.4", "10.4.1", "10.5" e "10.5.1"." (id. 5cea1c7, destaques acrescidos). Deste modo, conforme se extrai da prova oral produzida, a jornada de trabalho do autor era efetivamente passível de fiscalização, já que havia aplicativo em celular a esse fim, além de horários pré-definidos do trabalho em obra, inclusive na função do autor (montador). Ainda que o comparecimento na sede da empresa não fosse diário, a jornada desempenhada nas obras era de fácil - e possível - fiscalização. Destaco, no que se refere à valoração da prova oral, a ratificação da avaliação pelo condutor do feito, que tem contato mais próximo com as partes e testemunhas, encontrando-se em condição privilegiada para aquilatar a credibilidade dos depoimentos. Incide ao caso o princípio da imediação, mesmo para as audiências virtuais (id. c949bb4). E o juízo de origem restou convencido de que o depoimento da testemunha patronal não socorreu a ré, por ser detentora de cargo de confiança, admitindo que tinha poderes de mando, e como "gerente de obras, tem poder de admitir/demitir" (gravação 14:51 seguintes), entendimento com o qual coaduno. Escorreita a r. sentença, nego provimento. 3) Multa do art. 477, § 8º da CLT Houve condenação da reclamada ao pagamento da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT referente aos dois contratos laborais (itens 10.7 e 10.8 da exordial), como se vê da sentença de id. 5cea1c7. A reclamada pugna pela exclusão da condenação imposta, ao argumento de que "o TRCT do Reclamante foi assinado sem qualquer ressalva". Constam nos autos os termos de rescisão dos dois contratos celebrados, no id. 2a169f2 (1º período) e id. e7c0a3d (2º período), os quais revelam pagamentos a tempo e modo, como aduzido pelo próprio autor na exordial. E apesar das diferenças rescisórias reconhecidas em Juízo, a circunstância não tem o condão de ensejar a incidência da multa, e não há alegação de sonegação na entrega das pertinentes guias rescisórias. Desse modo, dou provimento ao apelo, para excluir da condenação o pagamento da multa do art. 477, § 8º da CLT. ACÓRDÃO O Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, por sua 7ª Turma, em sessão ordinária de julgamento realizada de 4 a 8 de abril de 2025, à unanimidade, conheceu do recurso ordinário interposto pela reclamada (id. 6ca0026), satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, bem como das contrarrazões. No mérito, sem divergência, deu provimento parcial ao apelo para excluir da condenação o pagamento da multa do art. 477, § 8º da CLT. Inalterado o valor da condenação e mantida, quanto ao mais, a r. sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Nova Lima (id. 5cea1c7, complementada nos embargos de declaração, id. 1701937), por seus próprios e jurídicos fundamentos (art. 895, §1º, inciso IV da CLT). Presidiu o julgamento o Exmo. Desembargador Vicente de Paula Maciel Júnior. Tomaram parte no julgamento: Exmo. Desembargador Vicente de Paula Maciel Júnior (Relator), Exmo. Desembargador Fernando César da Fonseca e Exmo. Desembargador Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto. Presente a i. Representante do Ministério Público do Trabalho, Dra. Maria Helena da Silva Guthier. VICENTE DE PAULA MACIEL JÚNIOR Desembargador Relator ac/s BELO HORIZONTE/MG, 14 de abril de 2025. LUCIENE DUARTE SOUZA Intimado(s) / Citado(s) - CONSTRUCARE DO BRASIL EIRELI

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Construcare Do Brasil Eireli x Rafael Augusto Fernandes Dos Santos

ID: 257068991

Tribunal: TRT3 Órgão: 07ª Turma Classe: RECURSO ORDINáRIO - RITO SUMARíSSIMO Nº Processo: 0011269-11.2024.5.03.0091

Data de Disponibilização: 15/04/2025

Polo Ativo:

CONSTRUCARE DO BRASIL EIRELI

Polo Passivo:

RAFAEL AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS

Acórdão

Advogados:

GUILHERME TEIXEIRA DE SOUZA

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FABIANO DE ANDRADE SILVA

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ISABELA LUIZA RIBEIRO

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ERICK EMANUEL DUARTE REZENDE ROCHA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO 07ª TURMA Relator: Vicente de Paula Maciel Júnior 0011269-11.2024.5.03.0091 : CONSTRUCARE DO BRASIL EIRELI : RA… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO 07ª TURMA Relator: Vicente de Paula Maciel Júnior 0011269-11.2024.5.03.0091 : CONSTRUCARE DO BRASIL EIRELI : RAFAEL AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS PROCESSO: 0011269-11.2024.5.03.0091 (RORSum) RECORRENTE: CONSTRUCARE DO BRASIL EIRELI RECORRIDO: RAFAEL AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS RELATOR: DESEMBARGADOR VICENTE DE PAULA MACIEL JÚNIOR VOTO O Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, em sessão ordinária da sua Sétima Turma, hoje realizada, conheceu do recurso ordinário interposto pela reclamada (id. 6ca0026), satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, bem como das contrarrazões. No mérito, deu provimento parcial ao apelo para excluir da condenação o pagamento da multa do art. 477, § 8º da CLT. Inalterado o valor da condenação e mantida, quanto ao mais, a r. sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Nova Lima (id. 5cea1c7, complementada nos embargos de declaração, id. 1701937), por seus próprios e jurídicos fundamentos (art. 895, §1º, inciso IV da CLT), acrescendo a seguinte: FUNDAMENTAÇÃO 1) Início da relação de emprego O Juízo de primeiro grau declarou a existência de dois vínculos de emprego entre as partes. A recorrente se insurge quanto a data inicial do primeiro vínculo, fixada na origem em 21/1/2023, anterior ao registro formal, ao argumento de que o documento adotado como base para tal reconhecimento se refere à prestação de serviços pelo recorrido, em sua pessoa jurídica, e não como empregado. Sem razão, contudo. Conforme relatado na inicial (id. dc8e47b), o autor começou a laborar na reclamada em 21/1/2023, na função de montador, apesar da anotação da CTPS somente na data de 1º/2/2023, com baixa em 1º/5/2023. Em defesa (id. eed734c), a ré afirmou, no que se refere ao primeiro período, a admissão em 1º/2/2023, nos exatos termos anotados, negando período de labor anterior ao referido registro. Negado o vínculo anterior à anotação na CTPS, cediço que ao autor incumbia o ônus de comprovar a alegação, diante da presunção relativa de veracidade do consignado no documento, nos termos da Súmula 12 do TST. E desse encargo se desonerou a contento (art. 818, I, da CLT c/c art. 373, I, do CPC). Com efeito, o extrato bancário colacionado no id. 72fb190 pelo autor revela o pagamento de R$1.800,00, pela empresa Construcare do Brasil Eireli (CNPJ 03.339.187/0001-40), em 7/2/2023 (Pág. 28) e outro no mesmo mês (22/2/2023 - Pág. 27), no importe de R$ 2.400,00, totalizando R$ 4.200,00 no mês. Portanto, sequer é crível que o autor tenha iniciado labor dia 1º/2 e 6 dias depois já tenha recebido salário, na forma aduzida pela ré. Também não prospera o argumento recursal de que o pagamento foi realizado por CNPJ diverso no dia 9/2/2023, pois todos os pagamentos identificados no período contratual foram feitos pela ora recorrente, como se vê do referido documento, inclusive o do dia 7/2/2023 (id. 72fb190, pág. 28), como bem fundamentado em sentença. Para contextualizar e reforçar o acerto da decisão recorrida, destaco que ao contrário do alegado pela ré, o reclamante relatou que recebeu telefonema da empresa informando sobre uma oportunidade de chefiar uma equipe em Minas Gerais (Montes Claros), com promessa de pagamento de R$6.000,00, livres, em mãos, e todos os gastos pagos (hospedagem e refeição). Confira-se o depoimento: "E, aí o que me fez ir foi isso né, porque eu ganhava um pouco mais em São Paulo, porém tinha muito gasto; e aí quando eu cheguei aí em Minas Gerais, não deu certo essa obra de Montes Claros para eu ir com a minha equipe; não deu certo por algum motivo deles, não sei porquê, aí eu não fui. Então, eles me colocaram para trabalhar aí em obras de Minas Gerais mesmo; não lembro exatamente o dia que começou (...); a Carteira foi assinada uns 12 dias depois que eu comecei a trabalhar" (gravação 05:02 seguintes). O fato não foi infirmado por prova em contrário, ao revés, a testemunha obreira declarou que laborou 3 meses com o autor em obra na cidade industrial (BH), e a testemunha da ré afirmou que foi Gerente de Obras, tendo laborado também com o autor. Assim, coaduno com a fundamentação exposta pelo Juízo primevo, no sentido de que "o documento bancário de Id. 72fb190 (fl. 27) demonstra transferência de numerário da reclamada para o reclamante no valor de R$2.400,00, em 22/02/2023, o que comprova a tese inicial no sentido de que a admissão se deu em 21/01/2023" (id. 5cea1c7). Irretocável o decisum, nada a alterar. 2) Horas extras Insurge-se a reclamada contra a condenação ao pagamento das horas além da 8ª diária e 44ª semanal e reflexos, ao argumento de que a jornada era externa, sem controle, nos termos do art. 62, I, da CLT, como teria confessado o autor em depoimento. Acena com a exceção legal, e rechaça a aplicação da Súmula 428 ao caso. Novamente sem razão. Observo à ré que para caracterização do trabalho externo, sem direito às horas extras, deve ser cabalmente demonstrada a impossibilidade de controle, ainda que indireto, da jornada de trabalho do empregado, uma vez que nem sempre a atividade exercida fora das dependências do empregador é incompatível com o controle de jornada. Assim, para que se caracterize a exceção prevista no art. 62, inciso I da CLT, não basta que o empregado desempenhe atividade externa, longe das vistas do empregador, e deve ser demonstrada a impossibilidade absoluta de controle da jornada de trabalho, incumbência empresária por se tratar de fato impeditivo ao direito (inteligência do artigo 818, II, da CLT c/c art. 373, II, do CPC), encargo do qual não se desvencilhou. Com efeito, ao revés do arguido em razões recursais, restou cabalmente demonstrado pelo acervo probatório que a empresa poderia perfeitamente controlar os horários de trabalho do obreiro, até porque as obras tinham, segundo as testemunhas ouvidas, horários pré-definidos de funcionamento, inexistindo elementos capazes de confirmar a impossibilidade de fiscalização da jornada cumprida pelo autor. Outrossim, não foram juntados controles de ponto, ainda que a empresa possua mais de 20 empregados, como declarado pela testemunha da ré, ao apontar a existência, em média, de 50 trabalhadores na empresa (gravação 15:46). No cenário, portanto, não se justifica a inércia da empresa, que descumpriu regra clara, importando em inversão do ônus de prova sobre a jornada praticada, à luz da Súmula 338, I, TST. Aliás, nesse ponto, com fins de não se incorrer em repetições desnecessárias, transcrevo a fundamentação primeva quanto à prova oral muito bem analisada, verbis: "Aduz o reclamante que atuava até as 18h30min, sendo certo que no mês de março começou a trabalhar nos fins de semana, das 7h às 17h, sem receber horas extras. Em seu depoimento pessoal, narrou o reclamante que "fez muitas horas extras, sem registro; que quando saiu tinha 16 dias de horas extras; que recebeu R$3.200,00 de conversão das horas extras; que não recebeu rescisão no primeiro contrato." A citada testemunha a rogo do reclamante afirmou que "laborava das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira; que fazia horas extras em fins de semana e 1h na semana, até as 18h; que havia 1h de intervalo intrajornada; que em fins de semana atuavam em sábados e domingos, sendo aos sábados até as 4h e aos domingos até as 5h; que havia pagamento de horas extras; que alguns se queixavam que não recebiam horas extras; que as horas extras eram registradas no ponto, pelo celular; que todos registravam horas extras no aplicativo; que as horas extras eram lançadas nos contracheques; que o reclamante fazia horas extras". O depoimento da testemunha convidada pela reclamada não se presta ao fim colimado, tratando-se de empregado detentor de cargo de confiança, conforme em linhas pretéritas destaquei. Diante do exposto, observados os destaques, por juízo de equidade, fixo a jornada praticada pelo reclamante de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, aos sábados das 7h às 16h e aos domingos das 7h às 17h, com uma folga semanal (por razoável) e 1h de intervalo intrajornada. Via de consequência, defiro o pagamento das horas excedentes da 8ª diária e 44ª semanal, não cumulativas, acrescidas do adicional de 50% e com reflexos em férias +1/3, décimo terceiro salário, aviso prévio indenizado e FGTS + 40%, deduzindo-se os valores confessadamente pagos. A paga é mensal e já embute repousos. Apreciados nesses termos os pedidos das subalíneas "10.3", "10.3.1", "10.4", "10.4.1", "10.5" e "10.5.1"." (id. 5cea1c7, destaques acrescidos). Deste modo, conforme se extrai da prova oral produzida, a jornada de trabalho do autor era efetivamente passível de fiscalização, já que havia aplicativo em celular a esse fim, além de horários pré-definidos do trabalho em obra, inclusive na função do autor (montador). Ainda que o comparecimento na sede da empresa não fosse diário, a jornada desempenhada nas obras era de fácil - e possível - fiscalização. Destaco, no que se refere à valoração da prova oral, a ratificação da avaliação pelo condutor do feito, que tem contato mais próximo com as partes e testemunhas, encontrando-se em condição privilegiada para aquilatar a credibilidade dos depoimentos. Incide ao caso o princípio da imediação, mesmo para as audiências virtuais (id. c949bb4). E o juízo de origem restou convencido de que o depoimento da testemunha patronal não socorreu a ré, por ser detentora de cargo de confiança, admitindo que tinha poderes de mando, e como "gerente de obras, tem poder de admitir/demitir" (gravação 14:51 seguintes), entendimento com o qual coaduno. Escorreita a r. sentença, nego provimento. 3) Multa do art. 477, § 8º da CLT Houve condenação da reclamada ao pagamento da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT referente aos dois contratos laborais (itens 10.7 e 10.8 da exordial), como se vê da sentença de id. 5cea1c7. A reclamada pugna pela exclusão da condenação imposta, ao argumento de que "o TRCT do Reclamante foi assinado sem qualquer ressalva". Constam nos autos os termos de rescisão dos dois contratos celebrados, no id. 2a169f2 (1º período) e id. e7c0a3d (2º período), os quais revelam pagamentos a tempo e modo, como aduzido pelo próprio autor na exordial. E apesar das diferenças rescisórias reconhecidas em Juízo, a circunstância não tem o condão de ensejar a incidência da multa, e não há alegação de sonegação na entrega das pertinentes guias rescisórias. Desse modo, dou provimento ao apelo, para excluir da condenação o pagamento da multa do art. 477, § 8º da CLT. ACÓRDÃO O Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, por sua 7ª Turma, em sessão ordinária de julgamento realizada de 4 a 8 de abril de 2025, à unanimidade, conheceu do recurso ordinário interposto pela reclamada (id. 6ca0026), satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, bem como das contrarrazões. No mérito, sem divergência, deu provimento parcial ao apelo para excluir da condenação o pagamento da multa do art. 477, § 8º da CLT. Inalterado o valor da condenação e mantida, quanto ao mais, a r. sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Nova Lima (id. 5cea1c7, complementada nos embargos de declaração, id. 1701937), por seus próprios e jurídicos fundamentos (art. 895, §1º, inciso IV da CLT). Presidiu o julgamento o Exmo. Desembargador Vicente de Paula Maciel Júnior. Tomaram parte no julgamento: Exmo. Desembargador Vicente de Paula Maciel Júnior (Relator), Exmo. Desembargador Fernando César da Fonseca e Exmo. Desembargador Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto. Presente a i. Representante do Ministério Público do Trabalho, Dra. Maria Helena da Silva Guthier. VICENTE DE PAULA MACIEL JÚNIOR Desembargador Relator ac/s BELO HORIZONTE/MG, 14 de abril de 2025. LUCIENE DUARTE SOUZA Intimado(s) / Citado(s) - RAFAEL AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS

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Franco De Velasco E Silva x Sociedade Goiana De Cultura

ID: 280174301

Tribunal: TRT18 Órgão: 12ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA Classe: CUMPRIMENTO PROVISóRIO DE SENTENçA Nº Processo: 0011269-37.2024.5.18.0012

Data de Disponibilização: 27/05/2025

Polo Ativo:

FRANCO DE VELASCO E SILVA

Polo Passivo:

SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA

Notificação

Advogados:

PEDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA BATISTA

OAB/GO XXXXXX Desbloquear

PATRICIA MIRANDA CENTENO AMARAL

OAB/GO XXXXXX Desbloquear

SAMUEL RIOS VELLASCO DE AMORIM

OAB/GO XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO 12ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA CumPrSe 0011269-37.2024.5.18.0012 REQUERENTE: FRANCO DE VELASCO E SILVA REQUERID… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO 12ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA CumPrSe 0011269-37.2024.5.18.0012 REQUERENTE: FRANCO DE VELASCO E SILVA REQUERIDO: SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 730e12f proferida nos autos. DECISÃO Trata-se de execução provisória. Foram apresentados três depósitos nos autos principais, 0010588-04.2023.5.18.0012, que totalizam R$56.638,27. Impugnada a conta, foi proferida decisão nos autos (ID-e24ee4f). Assim, encerrada a fase de liquidação, HOMOLOGAM-SE os cálculos apresentados pela Secretaria de Cálculos Judiciais de ID-400a520, fixando o valor da execução em R$103.986,21, atualizado até 30/09/2024, sem prejuízo das atualizações futuras cabíveis, na forma da lei, ressalvado o trâmite regular do procedimento executório. Intime-se a executada SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA, CNPJ: 01.587.609/0001-71 para efetuar o pagamento da importância de R$47.347,94, ou garantir o juízo, no prazo de 48 horas, sob pena de penhora (art. 899 da CLT). Por relevante, registra-se que os atos de execução devem ser promovidos mediante requerimento expresso da parte exequente, tendo em vista a provisoriedade já destacada. Assim, não efetuado o pagamento, aguarde-se o prazo de 10 dias para manifestação da parte autora para requerer o que entende de direito. Silente, determina-se o sobrestamento do curso do feito até o trânsito em julgado da ação principal. Ausente pagamento voluntário, e manifestado interesse da reclamante no prosseguimento da execução, inicie-se e fase de execução nos autos, e proceda-se na forma do art. 106 do PGC, com pesquisas, de forma reiterada e contínua, no SISBAJUD, e via RENAJUD, INFOJUD e CNIB, bem como proceda-se à inclusão da executada no SERASAJUD. A necessidade ou não de intimação da União sobre os cálculos deverá ser verificada apenas quando a execução for definitiva. Uma vez garantido o juízo, não há falar em prosseguimento da execução com a abertura de prazo para embargos à execução ou impugnação aos cálculos de liquidação, conforme previsto no do art. 884, porque são atos próprios da execução definitiva. Isso porque o art. 899 da CLT dispõe que a execução provisória somente deve prosseguir até a realização da penhora, conforme sua inequívoca redação, in verbis: "Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora". Portanto, a fim de evitar a prolação de decisões desnecessárias ou inúteis acerca dos cálculos de liquidação, que ainda são passíveis de modificação, não se mostra razoável o prosseguimento da execução provisória após a garantia do juízo, conforme se extrai dos seguintes precedentes jurisprudenciais deste Egrégio Regional: "AGRAVO DE PETIÇÃO EM EXECUÇÃO PROVISÓRIA. LIMITES DOS ATOS EXECUTÓRIOS. APLICAÇÃO DO ART. 899 DA CLT. RECURSO INOPORTUNO. A teor do disposto no art. 899 da CLT, a execução provisória somente pode prosseguir até a penhora. Isso significa dizer que o julgamento dos embargos à execução, da impugnação aos cálculos de liquidação, e de eventual agravo de petição apenas deve ocorrer quando a execução se tornar definitiva. Assim evita-se a prolação de decisões desnecessárias ou inúteis, ressalvada a hipótese de matérias cuja a demora no julgamento possam se revelar gravosa à parte, impondo o seu exame imediato, o que, contudo, não ocorre no caso em comento. Destarte, observando que in casu o exame do presente apelo ultrapassa os limites previstos no art. 899 da CLT, não conheço do agravo de petição interposto pela executada, por inoportuno, devendo ela, caso queira, apresentar novo recurso quando a execução se tornar definitiva. Agravo de petição a que não se conhece. (TRT18, AP-0011467-96.2018.5.18.0008, Rel. ELVECIO MOURA DOS SANTOS, 3ª TURMA, Data de Julgamento: 20/03/2020) (TRT18, AP - 0010097-42.2020.5.18.0128, Rel. CESAR SILVEIRA, 3ª TURMA, 27/04/2021)" (TRT18, AP - 0010420-37.2020.5.18.0002, Rel. ROSA NAIR DA SILVA NOGUEIRA REIS, 3ª TURMA, 15/09/2021) (TRT da 18ª Região; Processo: 0010023-03.2024.5.18.0013; Data de assinatura: 26-11-2024; Órgão Julgador: Gab. Des. Marcelo Nogueira Pedra - 3ª TURMA; Relator(a): MARCELO NOGUEIRA PEDRA). "AGRAVO DE PETIÇÃO EM EXECUÇÃO PROVISÓRIA. LIMITES DOS ATOS EXECUTÓRIOS. APLICAÇÃO DO ART. 899 DA CLT. RECURSO INOPORTUNO. A teor do disposto no art. 899 da CLT, a execução provisória somente pode prosseguir até a penhora. Isso significa dizer que o julgamento dos embargos à execução, da impugnação aos cálculos de liquidação, e de eventual agravo de petição apenas deve ocorrer quando a execução se tornar definitiva. Assim evita-se a prolação de decisões desnecessárias ou inúteis, ressalvada a hipótese de matérias cuja a demora no julgamento possam se revelar gravosa à parte, impondo o seu exame imediato, o que, contudo, não ocorre no caso em comento. Destarte, observando que in casu o exame do presente apelo ultrapassa os limites previstos no art. 899 da CLT, não conheço do agravo de petição interposto pela executada, por inoportuno, devendo ela, caso queira, apresentar novo recurso quando a execução se tornar definitiva. Agravo de petição a que não se conhece." (TRT18, AP - 0011467-96.2018.5.18.0008, Rel. ELVECIO MOURA DOS SANTOS, 3ª TURMA, 07/04/2020) (TRT da 18ª Região; Processo: 0010306-15.2022.5.18.0201; Data: 02-03-2023; Órgão Julgador: Gab. Des. Silene Aparecida Coelho - 3ª TURMA; Relator(a): SILENE APARECIDA COELHO) (TRT da 18ª Região; Processo: 0010070-82.2021.5.18.0012; Data de assinatura: 29-11-2023; Órgão Julgador: Gab. Des. Marcelo Nogueira Pedra - 3ª TURMA; Relator(a): CESAR SILVEIRA) Ciência automática das partes com procurador cadastrado nos autos. LMPR GOIANIA/GO, 26 de maio de 2025. HELVAN DOMINGOS PREGO Juiz Titular de Vara do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA

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Franco De Velasco E Silva x Sociedade Goiana De Cultura

ID: 280174309

Tribunal: TRT18 Órgão: 12ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA Classe: CUMPRIMENTO PROVISóRIO DE SENTENçA Nº Processo: 0011269-37.2024.5.18.0012

Data de Disponibilização: 27/05/2025

Polo Ativo:

FRANCO DE VELASCO E SILVA

Polo Passivo:

SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA

Notificação

Advogados:

PEDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA BATISTA

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PATRICIA MIRANDA CENTENO AMARAL

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SAMUEL RIOS VELLASCO DE AMORIM

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO 12ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA CumPrSe 0011269-37.2024.5.18.0012 REQUERENTE: FRANCO DE VELASCO E SILVA REQUERID… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO 12ª VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA CumPrSe 0011269-37.2024.5.18.0012 REQUERENTE: FRANCO DE VELASCO E SILVA REQUERIDO: SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 730e12f proferida nos autos. DECISÃO Trata-se de execução provisória. Foram apresentados três depósitos nos autos principais, 0010588-04.2023.5.18.0012, que totalizam R$56.638,27. Impugnada a conta, foi proferida decisão nos autos (ID-e24ee4f). Assim, encerrada a fase de liquidação, HOMOLOGAM-SE os cálculos apresentados pela Secretaria de Cálculos Judiciais de ID-400a520, fixando o valor da execução em R$103.986,21, atualizado até 30/09/2024, sem prejuízo das atualizações futuras cabíveis, na forma da lei, ressalvado o trâmite regular do procedimento executório. Intime-se a executada SOCIEDADE GOIANA DE CULTURA, CNPJ: 01.587.609/0001-71 para efetuar o pagamento da importância de R$47.347,94, ou garantir o juízo, no prazo de 48 horas, sob pena de penhora (art. 899 da CLT). Por relevante, registra-se que os atos de execução devem ser promovidos mediante requerimento expresso da parte exequente, tendo em vista a provisoriedade já destacada. Assim, não efetuado o pagamento, aguarde-se o prazo de 10 dias para manifestação da parte autora para requerer o que entende de direito. Silente, determina-se o sobrestamento do curso do feito até o trânsito em julgado da ação principal. Ausente pagamento voluntário, e manifestado interesse da reclamante no prosseguimento da execução, inicie-se e fase de execução nos autos, e proceda-se na forma do art. 106 do PGC, com pesquisas, de forma reiterada e contínua, no SISBAJUD, e via RENAJUD, INFOJUD e CNIB, bem como proceda-se à inclusão da executada no SERASAJUD. A necessidade ou não de intimação da União sobre os cálculos deverá ser verificada apenas quando a execução for definitiva. Uma vez garantido o juízo, não há falar em prosseguimento da execução com a abertura de prazo para embargos à execução ou impugnação aos cálculos de liquidação, conforme previsto no do art. 884, porque são atos próprios da execução definitiva. Isso porque o art. 899 da CLT dispõe que a execução provisória somente deve prosseguir até a realização da penhora, conforme sua inequívoca redação, in verbis: "Art. 899. Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora". Portanto, a fim de evitar a prolação de decisões desnecessárias ou inúteis acerca dos cálculos de liquidação, que ainda são passíveis de modificação, não se mostra razoável o prosseguimento da execução provisória após a garantia do juízo, conforme se extrai dos seguintes precedentes jurisprudenciais deste Egrégio Regional: "AGRAVO DE PETIÇÃO EM EXECUÇÃO PROVISÓRIA. LIMITES DOS ATOS EXECUTÓRIOS. APLICAÇÃO DO ART. 899 DA CLT. RECURSO INOPORTUNO. A teor do disposto no art. 899 da CLT, a execução provisória somente pode prosseguir até a penhora. Isso significa dizer que o julgamento dos embargos à execução, da impugnação aos cálculos de liquidação, e de eventual agravo de petição apenas deve ocorrer quando a execução se tornar definitiva. Assim evita-se a prolação de decisões desnecessárias ou inúteis, ressalvada a hipótese de matérias cuja a demora no julgamento possam se revelar gravosa à parte, impondo o seu exame imediato, o que, contudo, não ocorre no caso em comento. Destarte, observando que in casu o exame do presente apelo ultrapassa os limites previstos no art. 899 da CLT, não conheço do agravo de petição interposto pela executada, por inoportuno, devendo ela, caso queira, apresentar novo recurso quando a execução se tornar definitiva. Agravo de petição a que não se conhece. (TRT18, AP-0011467-96.2018.5.18.0008, Rel. ELVECIO MOURA DOS SANTOS, 3ª TURMA, Data de Julgamento: 20/03/2020) (TRT18, AP - 0010097-42.2020.5.18.0128, Rel. CESAR SILVEIRA, 3ª TURMA, 27/04/2021)" (TRT18, AP - 0010420-37.2020.5.18.0002, Rel. ROSA NAIR DA SILVA NOGUEIRA REIS, 3ª TURMA, 15/09/2021) (TRT da 18ª Região; Processo: 0010023-03.2024.5.18.0013; Data de assinatura: 26-11-2024; Órgão Julgador: Gab. Des. Marcelo Nogueira Pedra - 3ª TURMA; Relator(a): MARCELO NOGUEIRA PEDRA). "AGRAVO DE PETIÇÃO EM EXECUÇÃO PROVISÓRIA. LIMITES DOS ATOS EXECUTÓRIOS. APLICAÇÃO DO ART. 899 DA CLT. RECURSO INOPORTUNO. A teor do disposto no art. 899 da CLT, a execução provisória somente pode prosseguir até a penhora. Isso significa dizer que o julgamento dos embargos à execução, da impugnação aos cálculos de liquidação, e de eventual agravo de petição apenas deve ocorrer quando a execução se tornar definitiva. Assim evita-se a prolação de decisões desnecessárias ou inúteis, ressalvada a hipótese de matérias cuja a demora no julgamento possam se revelar gravosa à parte, impondo o seu exame imediato, o que, contudo, não ocorre no caso em comento. Destarte, observando que in casu o exame do presente apelo ultrapassa os limites previstos no art. 899 da CLT, não conheço do agravo de petição interposto pela executada, por inoportuno, devendo ela, caso queira, apresentar novo recurso quando a execução se tornar definitiva. Agravo de petição a que não se conhece." (TRT18, AP - 0011467-96.2018.5.18.0008, Rel. ELVECIO MOURA DOS SANTOS, 3ª TURMA, 07/04/2020) (TRT da 18ª Região; Processo: 0010306-15.2022.5.18.0201; Data: 02-03-2023; Órgão Julgador: Gab. Des. Silene Aparecida Coelho - 3ª TURMA; Relator(a): SILENE APARECIDA COELHO) (TRT da 18ª Região; Processo: 0010070-82.2021.5.18.0012; Data de assinatura: 29-11-2023; Órgão Julgador: Gab. Des. Marcelo Nogueira Pedra - 3ª TURMA; Relator(a): CESAR SILVEIRA) Ciência automática das partes com procurador cadastrado nos autos. LMPR GOIANIA/GO, 26 de maio de 2025. HELVAN DOMINGOS PREGO Juiz Titular de Vara do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - FRANCO DE VELASCO E SILVA

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Charles Pires Teixeira e outros x Bioenergetica Aroeira S.A.

ID: 260379663

Tribunal: TRT3 Órgão: 5ª Vara do Trabalho de Uberlândia Classe: AçãO TRABALHISTA - RITO ORDINáRIO Nº Processo: 0011269-57.2016.5.03.0134

Data de Disponibilização: 25/04/2025

Polo Ativo:

CHARLES PIRES TEIXEIRA OSMAR MARTINS DE MELO

Polo Passivo:

BIOENERGETICA AROEIRA S.A.

Notificação

Advogados:

MAURICIO MORAIS DE OLIVEIRA

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TIAGO DE MELO RIBEIRO

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DANIELA CAROLINA ROSA LELES BARRA NOVA

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ALINNE MARCI CORREA BARBOSA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO 5ª VARA DO TRABALHO DE UBERLÂNDIA 0011269-57.2016.5.03.0134 : CHARLES PIRES TEIXEIRA : BIOENERGETICA AROEIRA S.A… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO 5ª VARA DO TRABALHO DE UBERLÂNDIA 0011269-57.2016.5.03.0134 : CHARLES PIRES TEIXEIRA : BIOENERGETICA AROEIRA S.A. INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 40ac75b proferida nos autos. DECISÃO – Homologação de cálculos Vistos os autos. Homologo o cálculo do perito (Id df6125e). Arbitro os honorários periciais contábeis em R$1.500,00, de responsabilidade da reclamada, nos termos do art. 789-A da CLT, aplicável analogicamente. Fixo o valor total da execução em R$ 25.928,61 , já incluído o valor acima arbitrado, ressalvada posterior atualização. Convolo em penhora, os depósitos recursais e judiciais existentes nos autos, no valor atualizado de R$ 16.283,99 na CEF, e R$ 1.107,80 , no Banco do Brasil. Cite(m)-se a(s) devedora(s) principal(is) (BIOENERGETICA AROEIRA S.A., CNPJ: 08.355.201/0001-13) para quitar(em) o restante do valor devido no prazo de 48 horas (art. 880, da CLT c/c artigos 105, caput, e 513, §2º, I, da Lei n. 13.105/15 - CPC), sob pena de execução forçada. Havendo determinação de retificação/anotação da CTPS e/ou entrega de guias, ou de qualquer outra obrigação de fazer, os referidos atos deverão ser praticados diretamente entre as partes, por meio de seus procuradores, no prazo de 48h (caso já não tenha se estabelecido outro prazo em determinação anterior), com igual prazo subsequente para que a reclamada comprove nos autos o cumprimento da obrigação. Dispensada a vista à União/PGF caso o valor das contribuições previdenciárias seja inferior a R$40.000,00 (vinte mil reais), nos termos da Portaria Normativa PGF/AGU Nº. 47 de 07 de julho de 2023. Caso contrário, dê-se vista à União/PGF, ao final. Caso não haja pagamento espontâneo no prazo estabelecido, prossiga-se com as providências seguintes (PESQUISA PATRIMONIAL), , em conformidade com o art. 108 da Consolidação dos Provimentos da Corregedora-Geral da Justiça do Trabalho. PESQUISA PATRIMONIAL 1. SISBAJUD Proceda-se à tentativa de penhora "on-line" em contas da executada, por meio do sistema SISBAJUD. Em caso de bloqueio do valor total da execução, garantindo-se o Juízo, intime-se a executada a ficar ciente da penhora "on-line" efetivada, para os fins do artigo 884 da CLT. Quando o executado for empresa individual, a pesquisa deve ser estendida ao sócio, vez que não há distinção entre a personalidade da pessoa natural e do empresário individual, nem personalidade jurídica suplementar (interpretação dos art. 44 e 985 do CC). Fica autorizada a reiteração da ordem SISBAJUD quando houver previsibilidade de efetivação da medida, independentemente de nova decisão, notadamente por meio da função conhecida como “teimosinha”. Caso reste frustrada a tentativa de penhora "on-line", proceda-se à pesquisa patrimonial por meio das demais ferramentas eletrônicas disponíveis, a fim de localizar veículos, imóveis ou outros bens pertencentes à executada. 2. RENAJUD Na existência de veículos, deverá ser lançada restrição de transferência, mesmo quando se trate de veículo com alienação fiduciária, caso em que não será penhorado, em face do que dispõe a Súmula 31 deste Regional. 3. CNIB Será realizada pesquisa de imóveis em nome da(s) executada(s). Não será lançada indisponibilidade de imediato, devendo o exequente manifestar após o resultado da pesquisa, requerendo o que entender cabível. Em caso de resposta positiva, a Secretaria da Vara deverá obter matrícula atualizada dos imóveis encontrados, por meio das ferramentas eletrônicas disponíveis, desde já salientando que o autor é beneficiário da justiça gratuita. 4. INFOJUD Será realizada pesquisa de declarações de imposto de renda apenas para executados pessoa física, uma vez que a medida não tem utilidade prática para pessoas jurídicas, já que declarações de imposto de renda das PJs passaram a ser registradas por SPED/ECF, não acessíveis pelo INFOJUD. Caso seja necessária a busca de informações protegidas pelo sigilo fiscal e/ou bancário, também fica desde já autorizada sua quebra, devendo os documentos obtidos serem juntados sob sigilo, permanecendo nos autos apenas pelo prazo de vista oportunamente concedido ao exequente. 5. Mandado de penhora Concluída a pesquisa patrimonial, deverá ser expedido mandado de penhora e avaliação dos bens encontrados ou de outros bens pertencentes ao executado, livres e desimpedidos, para garantia integral da execução. Caso o Sr. Oficial de Justiça não localize o veículo para penhora, deverá intimar o executado a indicar o paradeiro, no momento da diligência, sob pena de aplicação de multa de até 20% (vinte por cento) sobre o valor da execução, nos termos do artigo 774 do NCPC. Em caso de penhora de imóvel, servirá o mandado como ofício para fins de registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis, nos termos do artigo 239 da Lei 6.015/1973. Não se fará a penhora caso o imóvel seja utilizado para morada do(a) executado(a), em se tratando de único imóvel do qual se tem notícia, nos termos do artigo 1º. da lei 8.009/90. 6. BNDT Decorrido o prazo de 45 dias da citação da(s) reclamada(s) para pagamento dos valores devidos, fica desde já determinada sua inclusão no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas - BNDT, em cumprimento à Resolução Administrativa nº 1470/11 do C. TST e para os fins do disposto no artigo 642-A da CLT, intimando-a para ciência. Por fim, saliento que pedidos de utilização de outras ferramentas de pesquisa patrimonial ou de liberação de valores parciais eventualmente bloqueados apenas serão apreciados após o término da pesquisa patrimonial, bem como que pedidos de desconsideração de personalidade jurídica serão deliberados após a tentativa frustrada de execução e localização de bens da empresa, salvo se demonstrada sua incapacidade financeira. UBERLANDIA/MG, 24 de abril de 2025. CELSO ALVES MAGALHAES Juiz Titular de Vara do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - BIOENERGETICA AROEIRA S.A.

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Companhia Tecidos Santanense Em Recuperacao Judicial x Coteminas S.A. Em Recuperacao Judicial e outros

ID: 256195641

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO ORDINáRIO Nº Processo: 0011269-98.2024.5.03.0062

Data de Disponibilização: 14/04/2025

Polo Ativo:

COMPANHIA TECIDOS SANTANENSE EM RECUPERACAO JUDICIAL

Polo Passivo:

COTEMINAS S.A. EM RECUPERACAO JUDICIAL REGINALDO GERTRUDES RODRIGUES

Notificação

Advogados:

JULIA QUADRIO RAPOSO BRANCO NUNES

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

THIAGO LOPES BRANT

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

CRISTIANO ABRAS SILVA

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GIANCARLOS CUSTODIO JORGE

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BERNARDO VASSALLE DE CASTRO

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Antônio Gomes de Vasconcelos 0011269-98.2024.5.03.0062 : COMPANHIA TECIDOS SANTANENS… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Antônio Gomes de Vasconcelos 0011269-98.2024.5.03.0062 : COMPANHIA TECIDOS SANTANENSE EM RECUPERACAO JUDICIAL : REGINALDO GERTRUDES RODRIGUES E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 085d5fa proferida nos autos. RECURSO DE: COMPANHIA TECIDOS SANTANENSE EM RECUPERACAO JUDICIAL PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 18/03/2025 - Id 041d3fd; recurso apresentado em 24/03/2025 - Id ba11a43). Regular a representação processual (Id f088203). A análise do preparo será feita em conjunto com o mérito, descabendo, por isso, a análise do requerimento de concessão dos benefícios da justiça gratuita. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / RECURSO (9045) / CABIMENTO (9098) / PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS (13292) / PREPARO 1.2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Alegação(ões): - contrariedade à Súmula 481 do STJ. - violação do art. 5º, LIV, LV e LXXIV da Constituição da República; 98 do CPC. Consta do acórdão (Id. 7a53165): A recorrente está em recuperação judicial e, portanto, é isenta do depósito recursal, cabendo-lhe, somente, a comprovação do recolhimento das custas, fixadas na sentença no valor de R$1.800,00. Embora a reclamada tenha pleiteado a concessão da justiça gratuita, o requerimento foi indeferido, nos termos do despacho de ID. 0264713, tendo sido determinada a regularização do preparo, da seguinte forma: "Vistos. A 1ª reclamada, Companhia de Tecidos Santanense, requer os benefícios da justiça gratuita, alegando não ter condições financeiras de arcar com as despesas do processo. Aprecio. Tratando-se de demanda ajuizada após 11/11/2017, aplicam-se ao caso as alterações trazidas ao assunto pela Lei 13.467/2017 (art. 1º da IN 41 do col.TST), que deixam claros os requisitos para a concessão dos benefícios da gratuidade da Justiça, in verbis: "Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (...) § 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo." A Súmula 463 do col. TST, por sua vez, reforça a necessidade de comprovação cabal da insuficiência econômica por parte das pessoas jurídicas: "Súmula nº 463 do TST. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e30.06.2017 - republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 (...) II - No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo." Nos termos da legislação e jurisprudência dominante é necessária a demonstração cabal da insuficiência financeira. Nesse cenário, competia à reclamada juntar aos autos os balancetes contábeis ou outros documentos que pudessem atestar, de forma inequívoca, sua impossibilidade de arcar com as despesas do processo. Mas não o fez. A 1ª reclamada, Companhia de Tecidos Santanense, limitou-se a apresentar cópias dos autos da ação de recuperação judicial, mas tal situação não permite, por si só, concluir pela impossibilidade de arcar com as despesas do processo. Assim, rejeito o pedido de justiça gratuita. Destaco que, embora seja a recorrente dispensada do recolhimento do depósito recursal, em razão da recuperação judicial, nos termos do art. 899, 10º, da CLT, ela está obrigada ao recolhimento das custas processuais. Dessa forma, nos termos da OJ nº 269 da SBDI-I do TST, intime-se a 1ª reclamada, Companhia de Tecidos Santanense, para que, em 5 (cinco) dias, comprove o recolhimento das custas processuais, sob pena de não conhecimento do recurso, por deserto (art. 1.007, § 2º, do CPC). P. I." Devidamente intimada, a reclamada não comprovou a regularização do preparo recursal e não se manifestou nos autos. Por todo o exposto, uma vez indeferida a justiça gratuita e não atendido pressuposto extrínseco de admissibilidade - a comprovação do preparo recursal regular -, não conheço do recurso ordinário interposto pela reclamada, por deserto. Não há ofensa direta e literal aos incisos LIV e LV do art. 5º da CR/1988, porquanto os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa foram devidamente assegurados à recorrente, que vem se utilizando dos meios e recursos cabíveis para discutir as questões que entende devidas - todas devidamente apreciadas por esta Especializada -, tão somente não logrando êxito em sua pretensão. Não constato ofensa direta e literal ao inciso LXXIV do art. 5º da CR, porquanto o exercício das garantias constitucionais não dispensa o atendimento dos pressupostos recursais previstos na legislação infraconstitucional que disciplina o processo. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade do preceito legal invocado (art. 98 do CPC), uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. Registro, por fim, que eventual contrariedade a Súmula do Superior Tribunal de Justiça não se encontra entre as hipóteses de cabimento do recurso de revista previstas no artigo 896, alínea "a", da CLT. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 11 de abril de 2025. Sebastião Geraldo de Oliveira Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - COMPANHIA TECIDOS SANTANENSE EM RECUPERACAO JUDICIAL

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Companhia Tecidos Santanense Em Recuperacao Judicial x Coteminas S.A. Em Recuperacao Judicial e outros

ID: 256195649

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO ORDINáRIO Nº Processo: 0011269-98.2024.5.03.0062

Data de Disponibilização: 14/04/2025

Polo Ativo:

COMPANHIA TECIDOS SANTANENSE EM RECUPERACAO JUDICIAL

Polo Passivo:

COTEMINAS S.A. EM RECUPERACAO JUDICIAL REGINALDO GERTRUDES RODRIGUES

Notificação

Advogados:

JULIA QUADRIO RAPOSO BRANCO NUNES

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

THIAGO LOPES BRANT

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

CRISTIANO ABRAS SILVA

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

GIANCARLOS CUSTODIO JORGE

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

BERNARDO VASSALLE DE CASTRO

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Antônio Gomes de Vasconcelos 0011269-98.2024.5.03.0062 : COMPANHIA TECIDOS SANTANENS… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Antônio Gomes de Vasconcelos 0011269-98.2024.5.03.0062 : COMPANHIA TECIDOS SANTANENSE EM RECUPERACAO JUDICIAL : REGINALDO GERTRUDES RODRIGUES E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 085d5fa proferida nos autos. RECURSO DE: COMPANHIA TECIDOS SANTANENSE EM RECUPERACAO JUDICIAL PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 18/03/2025 - Id 041d3fd; recurso apresentado em 24/03/2025 - Id ba11a43). Regular a representação processual (Id f088203). A análise do preparo será feita em conjunto com o mérito, descabendo, por isso, a análise do requerimento de concessão dos benefícios da justiça gratuita. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / RECURSO (9045) / CABIMENTO (9098) / PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS (13292) / PREPARO 1.2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Alegação(ões): - contrariedade à Súmula 481 do STJ. - violação do art. 5º, LIV, LV e LXXIV da Constituição da República; 98 do CPC. Consta do acórdão (Id. 7a53165): A recorrente está em recuperação judicial e, portanto, é isenta do depósito recursal, cabendo-lhe, somente, a comprovação do recolhimento das custas, fixadas na sentença no valor de R$1.800,00. Embora a reclamada tenha pleiteado a concessão da justiça gratuita, o requerimento foi indeferido, nos termos do despacho de ID. 0264713, tendo sido determinada a regularização do preparo, da seguinte forma: "Vistos. A 1ª reclamada, Companhia de Tecidos Santanense, requer os benefícios da justiça gratuita, alegando não ter condições financeiras de arcar com as despesas do processo. Aprecio. Tratando-se de demanda ajuizada após 11/11/2017, aplicam-se ao caso as alterações trazidas ao assunto pela Lei 13.467/2017 (art. 1º da IN 41 do col.TST), que deixam claros os requisitos para a concessão dos benefícios da gratuidade da Justiça, in verbis: "Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (...) § 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo." A Súmula 463 do col. TST, por sua vez, reforça a necessidade de comprovação cabal da insuficiência econômica por parte das pessoas jurídicas: "Súmula nº 463 do TST. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e30.06.2017 - republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 (...) II - No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo." Nos termos da legislação e jurisprudência dominante é necessária a demonstração cabal da insuficiência financeira. Nesse cenário, competia à reclamada juntar aos autos os balancetes contábeis ou outros documentos que pudessem atestar, de forma inequívoca, sua impossibilidade de arcar com as despesas do processo. Mas não o fez. A 1ª reclamada, Companhia de Tecidos Santanense, limitou-se a apresentar cópias dos autos da ação de recuperação judicial, mas tal situação não permite, por si só, concluir pela impossibilidade de arcar com as despesas do processo. Assim, rejeito o pedido de justiça gratuita. Destaco que, embora seja a recorrente dispensada do recolhimento do depósito recursal, em razão da recuperação judicial, nos termos do art. 899, 10º, da CLT, ela está obrigada ao recolhimento das custas processuais. Dessa forma, nos termos da OJ nº 269 da SBDI-I do TST, intime-se a 1ª reclamada, Companhia de Tecidos Santanense, para que, em 5 (cinco) dias, comprove o recolhimento das custas processuais, sob pena de não conhecimento do recurso, por deserto (art. 1.007, § 2º, do CPC). P. I." Devidamente intimada, a reclamada não comprovou a regularização do preparo recursal e não se manifestou nos autos. Por todo o exposto, uma vez indeferida a justiça gratuita e não atendido pressuposto extrínseco de admissibilidade - a comprovação do preparo recursal regular -, não conheço do recurso ordinário interposto pela reclamada, por deserto. Não há ofensa direta e literal aos incisos LIV e LV do art. 5º da CR/1988, porquanto os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa foram devidamente assegurados à recorrente, que vem se utilizando dos meios e recursos cabíveis para discutir as questões que entende devidas - todas devidamente apreciadas por esta Especializada -, tão somente não logrando êxito em sua pretensão. Não constato ofensa direta e literal ao inciso LXXIV do art. 5º da CR, porquanto o exercício das garantias constitucionais não dispensa o atendimento dos pressupostos recursais previstos na legislação infraconstitucional que disciplina o processo. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade do preceito legal invocado (art. 98 do CPC), uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. Registro, por fim, que eventual contrariedade a Súmula do Superior Tribunal de Justiça não se encontra entre as hipóteses de cabimento do recurso de revista previstas no artigo 896, alínea "a", da CLT. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 11 de abril de 2025. Sebastião Geraldo de Oliveira Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - REGINALDO GERTRUDES RODRIGUES - COTEMINAS S.A. EM RECUPERACAO JUDICIAL

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Carolina Muniz Correa De Oliveira Santos e outros x Juízo Da 9ª Vara Do Trabalho De Campinas

ID: 320776144

Tribunal: TRT15 Órgão: 1ª Seção de Dissídios Individuais Classe: MANDADO DE SEGURANçA CíVEL Nº Processo: 0013255-12.2025.5.15.0000

Data de Disponibilização: 10/07/2025

Polo Ativo:

CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS ITAU UNIBANCO S.A. MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Polo Passivo:

JUÍZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS

Acórdão

Advogados:

MAURICIO NAVARRO DE MORAIS BRANDAO

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PAULO AUGUSTO GRECO

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO 1ª SEÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS Relatora: RITA DE CASSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA MSCiv 0013255-12.2025.5.15.… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO 1ª SEÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS Relatora: RITA DE CASSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA MSCiv 0013255-12.2025.5.15.0000 IMPETRANTE: CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS AUTORIDADE COATORA: JUÍZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS PROCESSO nº 0013255-12.2025.5.15.0000 (MSCiv) IMPETRANTE: CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS AUTORIDADE COATORA: JUÍZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS LITISCONSORTE PASSIVO: ITAU UNIBANCO S.A. RELATORA: RITA DE CASSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA M Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS, contra ato praticado pelo MM. JUÍZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS que, nos autos da reclamação trabalhista n. 0012627-06.2024.5.15.0114, ajuizada contra ITAU UNIBANCO S.A., indeferiu o pedido de tutela de urgência para o reconhecimento da rescisão indireta de seu contrato de trabalho, pagamento das verbas rescisórias e fornecimento das guias para recebimento do seguro-desemprego e liberação do FGTS. Sustenta em apertada síntese, estarem presentes os requisitos para a concessão da tutela de urgência, reiterando o direito líquido em ser reconhecida a rescisão indireta do contrato de trabalho, sob alegação de descumprimento de obrigações do contrato de trabalho pelo empregador, como desvio de função, tratamento rigoroso, desproporcional e degradante, e retirada unilateral de sua carteira de clientes, sem percepção de salário, após retorno de afastamento médico motivado por diagnóstico de Síndrome de Burnout. Pretende o reconhecimento da rescisão indireta de seu contrato de trabalho e consequente pagamento das verbas rescisórias, incluindo saldo salarial, bem como entrega das guias para levantamento dos depósitos do FGTS existentes em sua conta vinculada e ingresso no programa seguro-desemprego. Supletivamente, requer a concessão de liminar para compelir o reclamado a pagar seu salário integral e benefícios a que faz jus, até o trânsito em julgado da presente demanda, como se em efetivo exercício estivesse, sob pena de multa diária a ser fixada por este Juízo. Atribui à causa o valor de R$ 608.668,08. Junta procuração e documentos. A liminar foi indeferida, conforme decisão de ID 1389e44. A apontada autoridade coatora prestou informações conforme ID b9beae8. O litisconsorte apresentou contestação ao mandado de segurança (ID c1d61fd). Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho, conforme ofício n. 757/2023, encaminhado a este E. Regional pela Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região. É o relatório. VOTO Cabível o mandado de segurança, pois atendidos os pressupostos da Lei 12.016/2009, estando tempestivo e regularmente processado. Conforme entendimento consubstanciado na Súmula 414, II, do C. TST: "No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio". A decisão impetrada foi exarada nos seguintes termos: "Trata-se de Reclamação Trabalhista com pedido de tutela de urgência, para que seja determinada a rescisão indireta do contrato de trabalho, liberando de imediato os valores referentes ao FGTS e as guias para habilitação ao seguro desemprego, os valores inerentes das verbas rescisórias, bem como a intimação da Reclamada para cumprimento imediato da decisão, sob pena de aplicação das medidas cabíveis. Nos termos do artigo 300 do CPC, a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Entretanto, no caso, não há elementos que evidenciem a probabilidade do direito. A questão relativa à rescisão indireta do contrato de trabalho, em especial considerando a causa de pedir formulada, é questão de mérito, que se decide mediante cognição exauriente, exigindo contraditório e dilação probatória, antes do pronunciamento judicial. Pelo exposto, e dada a controvérsia que poderá advir sobre as matérias, indefere-se a tutela de urgência requerida para reconhecimento da rescisão indireta do contrato de trabalho, restando prejudicados todos os pedidos dela decorrentes (liberação do FGTS, guia para habilitação no seguro-desemprego e pagamento de verbas rescisórias). Intime-se a parte Autora. CAMPINAS/SP, 14 de março de 2025. ERIKA FERRARI ZANELLA Juíza do Trabalho Substituta". Conforme decidido quando da análise da liminar, embora cabível o mandado de segurança, o juízo de valoração está restrito à verificação de eventual abuso de poder ou ilegalidade no ato da apontada autoridade coatora, à luz dos requisitos necessários à concessão da tutela provisória. O artigo 300 do Código de Processo Civil (CPC) prevê que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No caso dos autos, a decisão impetrada foi embasada na necessidade de produção de provas para o reconhecimento da rescisão indireta do contrato de trabalho em tutela de urgência e pagamento dela decorrentes, conforme preceitua o artigo 483, alíneas "b" e "e" da CLT, em que se embasa o pedido da reclamante, ora impetrante. Esta relatora manteve o indeferimento da liminar consignando ser necessário passar pelo crivo do contraditório e da ampla defesa, a ser apresentada pelo empregador, indicado como litisconsorte, já que se mostrava controvertido nos autos principais, não havendo elementos suficientes para determinar a causa do encerramento do contrato de emprego. Registrou, ainda, que a determinação para pagamento imediato das parcelas referentes à rescisão indireta do contrato de trabalho importaria em verdadeiro provimento satisfativo da reclamação trabalhista, em desalinho com o artigo 300, § 3º, do CPC. Frisou também que em virtude do contrato de trabalho permanecer vigente, não havia amparo legal para se determinar a liberação do FGTS, ou mesmo a entrega de guias para o recebimento do seguro-desemprego em sede mandamental. O mandado de segurança, ação de fonte constitucional, demanda a existência de prova pré-constituída, ou seja, a violação de direito líquido e certo deve estar demonstrada de plano e de forma inequívoca, mediante a juntada de documentos com a inicial, diante da impossibilidade de dilação probatória. Conforme informações prestadas pela apontada autoridade coatora, o processo aguarda audiência inicial designada para 29/5/2025. Nesses termos, em cognição sumária, entendo que os documentos trazidos aos autos são insuficientes para o deferimento da tutela de urgência requerida na reclamação trabalhista e inexistindo qualquer alteração de fato ou de direito, considero, tal como decidido pela apontada autoridade coatora, não estarem presentes os requisitos para a concessão da tutela provisória, inexistindo abuso de poder ou ilegalidade no ato praticado, ou mesmo violação a direito líquido e certo da impetrante, razão pela qual decido denegar a segurança postulada, julgando improcedente a presente ação. Diante do exposto, decido DENEGAR A SEGURANÇA postulada, julgando IMPROCEDENTE o presente mandado de segurança impetrado por CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS, conforme fundamentação. Custas processuais a cargo da impetrante, no importe de R$ 12.173,36, calculadas sobre o valor dado à causa de R$ 608.668,08, a serem recolhidas e comprovadas nos autos no prazo de 5 (cinco) dias. REGISTRO DA SESSÃO DE JULGAMENTO Em Sessão Ordinária realizada em 2 de julho de 2025, a 1ª Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região julgou o presente processo. Presidiu o julgamento a Excelentíssima Desembargadora THELMA HELENA MONTEIRO DE TOLEDO VIEIRA. Tomaram parte no julgamento as Excelentíssimas Magistradas e os Excelentíssimos Magistrados: GISELA RODRIGUES MAGALHÃES DE ARAUJO E MORAES ANA AMARYLIS VIVACQUA DE OLIVEIRA GULLA ERODITE RIBEIRO DOS SANTOS DAGOBERTO NISHINA DE AZEVEDO RITA DE CÁSSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA CLAUDINEI ZAPATA MARQUES CARLOS ALBERTO BOSCO LUCIANA MARES NASR KEILA NOGUEIRA SILVA MARCELO MAGALHÃES RUFINO ANTONIA SANT´ANA Convocada para compor a Seção a Excelentíssima Juíza Luciana Mares Nasr (cadeira do Excelentíssimo Desembargador Renato Henry Sant'Anna). Participaram da sessão, para julgar processos de suas competências, a Excelentíssima Juíza Marina de Siqueira Ferreira Zerbinatti (cadeira da Excelentíssima Desembargadora Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla) e os Excelentíssimos Juízes José Antônio Gomes de Oliveira (cadeiras das Excelentíssimas Desembargadoras Erodite Ribeiro dos Santos e Antonia Sant'Ana e do Excelentíssimo Desembargador Claudinei Zapata Marques), Mauricio de Almeida (cadeira da Excelentíssima Desembargadora Antonia Sant´Ana) e Wellington Amadeu (cadeira do Excelentíssimo Desembargador Marcelo Magalhães Rufino). Ausentes: compensando dia anteriormente trabalhado em plantão judiciário, o Excelentíssimo Desembargador Renato Henry Sant'Anna. O Ministério Público do Trabalho participou da sessão na pessoa do Excelentíssimo Procurador Regional do Trabalho Ronaldo José de Lira. Sustentou oralmente, pela Impetrante Carolina Muniz Correa de Oliveira Santos, o advogado Mauricio Navarro de Morais Brandão, OAB/SP: 366.968. ACÓRDÃO Acordam as Excelentíssimas Magistradas e os Excelentíssimos Magistrados da 1ª Seção Especializada em Dissídios Individuais em julgar o presente processo, nos termos do voto proposto pela Excelentíssima Desembargadora Relatora. Votação Unânime. RITA DE CÁSSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA Desembargadora Relatora CAMPINAS/SP, 08 de julho de 2025. GERVASIO DE JESUS SUTILO FLORIAN JUNIOR Diretor de Secretaria Intimado(s) / Citado(s) - CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS

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Carolina Muniz Correa De Oliveira Santos e outros x Juízo Da 9ª Vara Do Trabalho De Campinas

ID: 320776179

Tribunal: TRT15 Órgão: 1ª Seção de Dissídios Individuais Classe: MANDADO DE SEGURANçA CíVEL Nº Processo: 0013255-12.2025.5.15.0000

Data de Disponibilização: 10/07/2025

Polo Ativo:

CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS ITAU UNIBANCO S.A. MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Polo Passivo:

JUÍZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS

Acórdão

Advogados:

MAURICIO NAVARRO DE MORAIS BRANDAO

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PAULO AUGUSTO GRECO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO 1ª SEÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS Relatora: RITA DE CASSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA MSCiv 0013255-12.2025.5.15.… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO 1ª SEÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS Relatora: RITA DE CASSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA MSCiv 0013255-12.2025.5.15.0000 IMPETRANTE: CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS AUTORIDADE COATORA: JUÍZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS PROCESSO nº 0013255-12.2025.5.15.0000 (MSCiv) IMPETRANTE: CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS AUTORIDADE COATORA: JUÍZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS LITISCONSORTE PASSIVO: ITAU UNIBANCO S.A. RELATORA: RITA DE CASSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA M Trata-se de MANDADO DE SEGURANÇA impetrado por CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS, contra ato praticado pelo MM. JUÍZO DA 9ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS que, nos autos da reclamação trabalhista n. 0012627-06.2024.5.15.0114, ajuizada contra ITAU UNIBANCO S.A., indeferiu o pedido de tutela de urgência para o reconhecimento da rescisão indireta de seu contrato de trabalho, pagamento das verbas rescisórias e fornecimento das guias para recebimento do seguro-desemprego e liberação do FGTS. Sustenta em apertada síntese, estarem presentes os requisitos para a concessão da tutela de urgência, reiterando o direito líquido em ser reconhecida a rescisão indireta do contrato de trabalho, sob alegação de descumprimento de obrigações do contrato de trabalho pelo empregador, como desvio de função, tratamento rigoroso, desproporcional e degradante, e retirada unilateral de sua carteira de clientes, sem percepção de salário, após retorno de afastamento médico motivado por diagnóstico de Síndrome de Burnout. Pretende o reconhecimento da rescisão indireta de seu contrato de trabalho e consequente pagamento das verbas rescisórias, incluindo saldo salarial, bem como entrega das guias para levantamento dos depósitos do FGTS existentes em sua conta vinculada e ingresso no programa seguro-desemprego. Supletivamente, requer a concessão de liminar para compelir o reclamado a pagar seu salário integral e benefícios a que faz jus, até o trânsito em julgado da presente demanda, como se em efetivo exercício estivesse, sob pena de multa diária a ser fixada por este Juízo. Atribui à causa o valor de R$ 608.668,08. Junta procuração e documentos. A liminar foi indeferida, conforme decisão de ID 1389e44. A apontada autoridade coatora prestou informações conforme ID b9beae8. O litisconsorte apresentou contestação ao mandado de segurança (ID c1d61fd). Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho, conforme ofício n. 757/2023, encaminhado a este E. Regional pela Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região. É o relatório. VOTO Cabível o mandado de segurança, pois atendidos os pressupostos da Lei 12.016/2009, estando tempestivo e regularmente processado. Conforme entendimento consubstanciado na Súmula 414, II, do C. TST: "No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio". A decisão impetrada foi exarada nos seguintes termos: "Trata-se de Reclamação Trabalhista com pedido de tutela de urgência, para que seja determinada a rescisão indireta do contrato de trabalho, liberando de imediato os valores referentes ao FGTS e as guias para habilitação ao seguro desemprego, os valores inerentes das verbas rescisórias, bem como a intimação da Reclamada para cumprimento imediato da decisão, sob pena de aplicação das medidas cabíveis. Nos termos do artigo 300 do CPC, a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Entretanto, no caso, não há elementos que evidenciem a probabilidade do direito. A questão relativa à rescisão indireta do contrato de trabalho, em especial considerando a causa de pedir formulada, é questão de mérito, que se decide mediante cognição exauriente, exigindo contraditório e dilação probatória, antes do pronunciamento judicial. Pelo exposto, e dada a controvérsia que poderá advir sobre as matérias, indefere-se a tutela de urgência requerida para reconhecimento da rescisão indireta do contrato de trabalho, restando prejudicados todos os pedidos dela decorrentes (liberação do FGTS, guia para habilitação no seguro-desemprego e pagamento de verbas rescisórias). Intime-se a parte Autora. CAMPINAS/SP, 14 de março de 2025. ERIKA FERRARI ZANELLA Juíza do Trabalho Substituta". Conforme decidido quando da análise da liminar, embora cabível o mandado de segurança, o juízo de valoração está restrito à verificação de eventual abuso de poder ou ilegalidade no ato da apontada autoridade coatora, à luz dos requisitos necessários à concessão da tutela provisória. O artigo 300 do Código de Processo Civil (CPC) prevê que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. No caso dos autos, a decisão impetrada foi embasada na necessidade de produção de provas para o reconhecimento da rescisão indireta do contrato de trabalho em tutela de urgência e pagamento dela decorrentes, conforme preceitua o artigo 483, alíneas "b" e "e" da CLT, em que se embasa o pedido da reclamante, ora impetrante. Esta relatora manteve o indeferimento da liminar consignando ser necessário passar pelo crivo do contraditório e da ampla defesa, a ser apresentada pelo empregador, indicado como litisconsorte, já que se mostrava controvertido nos autos principais, não havendo elementos suficientes para determinar a causa do encerramento do contrato de emprego. Registrou, ainda, que a determinação para pagamento imediato das parcelas referentes à rescisão indireta do contrato de trabalho importaria em verdadeiro provimento satisfativo da reclamação trabalhista, em desalinho com o artigo 300, § 3º, do CPC. Frisou também que em virtude do contrato de trabalho permanecer vigente, não havia amparo legal para se determinar a liberação do FGTS, ou mesmo a entrega de guias para o recebimento do seguro-desemprego em sede mandamental. O mandado de segurança, ação de fonte constitucional, demanda a existência de prova pré-constituída, ou seja, a violação de direito líquido e certo deve estar demonstrada de plano e de forma inequívoca, mediante a juntada de documentos com a inicial, diante da impossibilidade de dilação probatória. Conforme informações prestadas pela apontada autoridade coatora, o processo aguarda audiência inicial designada para 29/5/2025. Nesses termos, em cognição sumária, entendo que os documentos trazidos aos autos são insuficientes para o deferimento da tutela de urgência requerida na reclamação trabalhista e inexistindo qualquer alteração de fato ou de direito, considero, tal como decidido pela apontada autoridade coatora, não estarem presentes os requisitos para a concessão da tutela provisória, inexistindo abuso de poder ou ilegalidade no ato praticado, ou mesmo violação a direito líquido e certo da impetrante, razão pela qual decido denegar a segurança postulada, julgando improcedente a presente ação. Diante do exposto, decido DENEGAR A SEGURANÇA postulada, julgando IMPROCEDENTE o presente mandado de segurança impetrado por CAROLINA MUNIZ CORREA DE OLIVEIRA SANTOS, conforme fundamentação. Custas processuais a cargo da impetrante, no importe de R$ 12.173,36, calculadas sobre o valor dado à causa de R$ 608.668,08, a serem recolhidas e comprovadas nos autos no prazo de 5 (cinco) dias. REGISTRO DA SESSÃO DE JULGAMENTO Em Sessão Ordinária realizada em 2 de julho de 2025, a 1ª Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região julgou o presente processo. Presidiu o julgamento a Excelentíssima Desembargadora THELMA HELENA MONTEIRO DE TOLEDO VIEIRA. Tomaram parte no julgamento as Excelentíssimas Magistradas e os Excelentíssimos Magistrados: GISELA RODRIGUES MAGALHÃES DE ARAUJO E MORAES ANA AMARYLIS VIVACQUA DE OLIVEIRA GULLA ERODITE RIBEIRO DOS SANTOS DAGOBERTO NISHINA DE AZEVEDO RITA DE CÁSSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA CLAUDINEI ZAPATA MARQUES CARLOS ALBERTO BOSCO LUCIANA MARES NASR KEILA NOGUEIRA SILVA MARCELO MAGALHÃES RUFINO ANTONIA SANT´ANA Convocada para compor a Seção a Excelentíssima Juíza Luciana Mares Nasr (cadeira do Excelentíssimo Desembargador Renato Henry Sant'Anna). Participaram da sessão, para julgar processos de suas competências, a Excelentíssima Juíza Marina de Siqueira Ferreira Zerbinatti (cadeira da Excelentíssima Desembargadora Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla) e os Excelentíssimos Juízes José Antônio Gomes de Oliveira (cadeiras das Excelentíssimas Desembargadoras Erodite Ribeiro dos Santos e Antonia Sant'Ana e do Excelentíssimo Desembargador Claudinei Zapata Marques), Mauricio de Almeida (cadeira da Excelentíssima Desembargadora Antonia Sant´Ana) e Wellington Amadeu (cadeira do Excelentíssimo Desembargador Marcelo Magalhães Rufino). Ausentes: compensando dia anteriormente trabalhado em plantão judiciário, o Excelentíssimo Desembargador Renato Henry Sant'Anna. O Ministério Público do Trabalho participou da sessão na pessoa do Excelentíssimo Procurador Regional do Trabalho Ronaldo José de Lira. Sustentou oralmente, pela Impetrante Carolina Muniz Correa de Oliveira Santos, o advogado Mauricio Navarro de Morais Brandão, OAB/SP: 366.968. ACÓRDÃO Acordam as Excelentíssimas Magistradas e os Excelentíssimos Magistrados da 1ª Seção Especializada em Dissídios Individuais em julgar o presente processo, nos termos do voto proposto pela Excelentíssima Desembargadora Relatora. Votação Unânime. RITA DE CÁSSIA PENKAL BERNARDINO DE SOUZA Desembargadora Relatora CAMPINAS/SP, 08 de julho de 2025. GERVASIO DE JESUS SUTILO FLORIAN JUNIOR Diretor de Secretaria Intimado(s) / Citado(s) - ITAU UNIBANCO S.A.

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