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Processo nº 1004020-92.2023.4.01.3703

ID: 322820412

Tribunal: TRF1 Órgão: Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Bacabal-MA Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1004020-92.2023.4.01.3703

Data de Disponibilização: 11/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

Sentença Tipo A

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Bacabal-MA Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Bacabal-MA SENTENÇA TIPO "A" PROCESSO: 1004020-92.2023.4.01.3703 … PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Bacabal-MA Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Bacabal-MA SENTENÇA TIPO "A" PROCESSO: 1004020-92.2023.4.01.3703 CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) POLO ATIVO: W. G. D. REPRESENTANTES POLO ATIVO: ELLEN DAYSE FERNANDES SILVA - MA10777 POLO PASSIVO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS SENTENÇA I – RELATÓRIO Trata-se de ação de procedimento especial proposta por W. G. D., menor representado por sua genitora VALDILENE BRANDAO GOMES, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, objetivando o restabelecimento do Benefício de Prestação Continuada à Pessoa com Deficiência (BPC/LOAS), NB 187.025.998-7, o qual foi suspenso em 01/03/2022. A parte autora alega, em suma, ser portadora de Fenda Palatina Posterior (CID 10: Q35.3), Dismorfias (CID 10: Q87.1) e Translocação Cromossômica (CID 10:Q95.2), condições que, segundo afirma, a caracterizam como pessoa com deficiência. Aduz, ainda, que o grupo familiar não possui renda suficiente para prover seu sustento, preenchendo o requisito da miserabilidade. O INSS suspendeu o benefício após apuração administrativa de irregularidades (ID 1644884877), que concluiu pela superação do critério de renda, identificando rendimentos para a genitora e para o pai do autor. Realizado o estudo socioeconômico judicial (ID 2173626586), o laudo concluiu que o grupo familiar não possuía renda. A parte autora manifestou concordância com o laudo social e requereu o imediato restabelecimento do benefício. Em contestação (ID 2178071089), o INSS reiterou a tese de superação do critério de renda, com base nos dados obtidos de seus sistemas oficiais, e pugnou pela improcedência do pedido. É o relatório. II – FUNDAMENTAÇÃO O Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto no art. 203, V, da Constituição Federal e regulamentado pelo art. 20 da Lei nº 8.742/93, é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. A concessão do benefício, portanto, está condicionada ao preenchimento cumulativo de dois requisitos: a condição de pessoa com deficiência e a hipossuficiência econômica. Da Qualidade de Pessoa com Deficiência A parte autora juntou aos autos relatórios e laudos médicos (ID 1644884870 e 1644884874) que atestam ser portadora de Fenda Palatina Posterior (CID 10: Q35.3), Dismorfias (CID 10: Q87.1) e Translocação Cromossômica Balanceada (CID 10:Q95.2). Tais condições, de natureza congênita, demandam acompanhamento multidisciplinar contínuo, caracterizando o impedimento de longo prazo. Para os fins desta decisão, considera-se preenchido o requisito da deficiência. Da Comprovação da Hipossuficiência Econômica O segundo requisito para a concessão do benefício é a comprovação da hipossuficiência econômica do grupo familiar, aferida, em regra, pela renda per capita inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo. O laudo socioeconômico realizado em juízo (ID 2173626586) concluiu que o grupo familiar seria composto pelo autor, sua mãe e sua irmã, e que não possuiria renda. Contudo, a despeito das conclusões da perícia social, que se baseia na declaração momentânea dos entrevistados, as provas documentais colhidas no processo administrativo de apuração de irregularidades (ID 1644884877) e no Dossiê Previdenciário (ID 2178071090) demonstram uma realidade diversa e são mais robustas para a formação do convencimento deste juízo. Conforme fundamentado na contestação do INSS (ID 2178071089) e comprovado pelos extratos do CNIS, o grupo familiar possui renda que supera o limite legal. A apuração administrativa do INSS (ID 1644884877, p. 48) identificou corretamente que a genitora do autor, Sra. VALDILENE BRANDAO GOMES, é titular de benefício de pensão por morte (NB 183.443.588-6), com renda mensal de R$ 1.100,00 (mil e cem reais) à época. Ademais, a mesma apuração demonstrou a existência de renda para o Sr. JOSE ANDRE DOS SANTOS, que, embora omitido do núcleo familiar no laudo social, constava anteriormente no CadÚnico da família e possui vínculos de trabalho registrados no CNIS (ID 1644884877, p. 44) com remuneração de R$ 879,08 (oitocentos e setenta e nove reais e oito centavos). A composição do grupo familiar declarada para fins do benefício assistencial deve refletir a realidade fática, e a omissão de membro que contribui financeiramente para o sustento da família não pode ser admitida para validar artificialmente o critério da miserabilidade. Os documentos oficiais extraídos dos sistemas governamentais, que gozam de presunção de legitimidade e veracidade, demonstram que a renda familiar per capita supera significativamente o teto de 1/4 do salário mínimo. Assim, fica afastada a presunção de miserabilidade, não se enquadrando a parte autora no perfil de vulnerabilidade social exigido pela Lei nº 8.742/93. Não preenchido um dos requisitos cumulativos, a improcedência do pedido é a medida que se impõe. III – DISPOSITIVO Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado por W. G. D., nos termos do art. 487, I, do CPC. Deixo de condenar ao pagamento dos honorários advocatícios e das custas, em razão do art. 55 da Lei nº 9.099/1995, aplicado subsidiariamente aos Juizados Especiais Federais, conforme art. 1º da Lei nº 10.259/2001. Em caso de embargos de declaração, retornem os autos conclusos. Em caso de recurso inominado, não há previsão legal de juízo de admissibilidade pelo juízo monocrático, conforme art. 1.010, §3º do CPC, aplicado subsidiariamente (Enunciado nº 182 do FONAJEF), então, após intimação da parte recorrida e decurso do prazo das contrarrazões, remetam-se os autos à Turma Recursal. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se. Bacabal - MA, data do sistema. Rick Leal Frazão Juiz Federal Substituto

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Processo nº 1004020-92.2023.4.01.3703

ID: 322820397

Tribunal: TRF1 Órgão: Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Bacabal-MA Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1004020-92.2023.4.01.3703

Data de Disponibilização: 11/07/2025

Polo Ativo:

W. G. D.

Polo Passivo:

Sentença Tipo A

Advogados:

ELLEN DAYSE FERNANDES SILVA

OAB/MA XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Bacabal-MA Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Bacabal-MA SENTENÇA TIPO "A" PROCESSO: 1004020-92.2023.4.01.3703 … PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Bacabal-MA Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Bacabal-MA SENTENÇA TIPO "A" PROCESSO: 1004020-92.2023.4.01.3703 CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) POLO ATIVO: W. G. D. REPRESENTANTES POLO ATIVO: ELLEN DAYSE FERNANDES SILVA - MA10777 POLO PASSIVO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS SENTENÇA I – RELATÓRIO Trata-se de ação de procedimento especial proposta por W. G. D., menor representado por sua genitora VALDILENE BRANDAO GOMES, em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, objetivando o restabelecimento do Benefício de Prestação Continuada à Pessoa com Deficiência (BPC/LOAS), NB 187.025.998-7, o qual foi suspenso em 01/03/2022. A parte autora alega, em suma, ser portadora de Fenda Palatina Posterior (CID 10: Q35.3), Dismorfias (CID 10: Q87.1) e Translocação Cromossômica (CID 10:Q95.2), condições que, segundo afirma, a caracterizam como pessoa com deficiência. Aduz, ainda, que o grupo familiar não possui renda suficiente para prover seu sustento, preenchendo o requisito da miserabilidade. O INSS suspendeu o benefício após apuração administrativa de irregularidades (ID 1644884877), que concluiu pela superação do critério de renda, identificando rendimentos para a genitora e para o pai do autor. Realizado o estudo socioeconômico judicial (ID 2173626586), o laudo concluiu que o grupo familiar não possuía renda. A parte autora manifestou concordância com o laudo social e requereu o imediato restabelecimento do benefício. Em contestação (ID 2178071089), o INSS reiterou a tese de superação do critério de renda, com base nos dados obtidos de seus sistemas oficiais, e pugnou pela improcedência do pedido. É o relatório. II – FUNDAMENTAÇÃO O Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto no art. 203, V, da Constituição Federal e regulamentado pelo art. 20 da Lei nº 8.742/93, é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. A concessão do benefício, portanto, está condicionada ao preenchimento cumulativo de dois requisitos: a condição de pessoa com deficiência e a hipossuficiência econômica. Da Qualidade de Pessoa com Deficiência A parte autora juntou aos autos relatórios e laudos médicos (ID 1644884870 e 1644884874) que atestam ser portadora de Fenda Palatina Posterior (CID 10: Q35.3), Dismorfias (CID 10: Q87.1) e Translocação Cromossômica Balanceada (CID 10:Q95.2). Tais condições, de natureza congênita, demandam acompanhamento multidisciplinar contínuo, caracterizando o impedimento de longo prazo. Para os fins desta decisão, considera-se preenchido o requisito da deficiência. Da Comprovação da Hipossuficiência Econômica O segundo requisito para a concessão do benefício é a comprovação da hipossuficiência econômica do grupo familiar, aferida, em regra, pela renda per capita inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo. O laudo socioeconômico realizado em juízo (ID 2173626586) concluiu que o grupo familiar seria composto pelo autor, sua mãe e sua irmã, e que não possuiria renda. Contudo, a despeito das conclusões da perícia social, que se baseia na declaração momentânea dos entrevistados, as provas documentais colhidas no processo administrativo de apuração de irregularidades (ID 1644884877) e no Dossiê Previdenciário (ID 2178071090) demonstram uma realidade diversa e são mais robustas para a formação do convencimento deste juízo. Conforme fundamentado na contestação do INSS (ID 2178071089) e comprovado pelos extratos do CNIS, o grupo familiar possui renda que supera o limite legal. A apuração administrativa do INSS (ID 1644884877, p. 48) identificou corretamente que a genitora do autor, Sra. VALDILENE BRANDAO GOMES, é titular de benefício de pensão por morte (NB 183.443.588-6), com renda mensal de R$ 1.100,00 (mil e cem reais) à época. Ademais, a mesma apuração demonstrou a existência de renda para o Sr. JOSE ANDRE DOS SANTOS, que, embora omitido do núcleo familiar no laudo social, constava anteriormente no CadÚnico da família e possui vínculos de trabalho registrados no CNIS (ID 1644884877, p. 44) com remuneração de R$ 879,08 (oitocentos e setenta e nove reais e oito centavos). A composição do grupo familiar declarada para fins do benefício assistencial deve refletir a realidade fática, e a omissão de membro que contribui financeiramente para o sustento da família não pode ser admitida para validar artificialmente o critério da miserabilidade. Os documentos oficiais extraídos dos sistemas governamentais, que gozam de presunção de legitimidade e veracidade, demonstram que a renda familiar per capita supera significativamente o teto de 1/4 do salário mínimo. Assim, fica afastada a presunção de miserabilidade, não se enquadrando a parte autora no perfil de vulnerabilidade social exigido pela Lei nº 8.742/93. Não preenchido um dos requisitos cumulativos, a improcedência do pedido é a medida que se impõe. III – DISPOSITIVO Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido formulado por W. G. D., nos termos do art. 487, I, do CPC. Deixo de condenar ao pagamento dos honorários advocatícios e das custas, em razão do art. 55 da Lei nº 9.099/1995, aplicado subsidiariamente aos Juizados Especiais Federais, conforme art. 1º da Lei nº 10.259/2001. Em caso de embargos de declaração, retornem os autos conclusos. Em caso de recurso inominado, não há previsão legal de juízo de admissibilidade pelo juízo monocrático, conforme art. 1.010, §3º do CPC, aplicado subsidiariamente (Enunciado nº 182 do FONAJEF), então, após intimação da parte recorrida e decurso do prazo das contrarrazões, remetam-se os autos à Turma Recursal. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se. Bacabal - MA, data do sistema. Rick Leal Frazão Juiz Federal Substituto

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Processo nº 1016145-92.2025.8.26.0405

ID: 307305320

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Osasco - 8ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1016145-92.2025.8.26.0405

Data de Disponibilização: 25/06/2025

Polo Ativo:

ÉRICA CAMARGOS XAVIER LOPES

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

SCOTT ROCCO DEZORZI

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1016145-92.2025.8.26.0405 - Procedimento Comum Cível - Práticas Abusivas - Érica Camargos Xavier Lopes - Vistos. Trata-se de ação de proposta por Érica Camargos Xavier Lopes em face de MERCA… Processo 1016145-92.2025.8.26.0405 - Procedimento Comum Cível - Práticas Abusivas - Érica Camargos Xavier Lopes - Vistos. Trata-se de ação de proposta por Érica Camargos Xavier Lopes em face de MERCADO PAGO INSTITUICAO DE PAGAMENTO LTDA e outro. Alega a parte autora, em resumo, que mantém conta na plataforma Mercado Livre pelo nome de vendedora EGOKART e que foi surpreendida com o bloqueio definitivo de sua conta de forma irregular, o que lhe vem causando enormes prejuízos. Requer, assim, (i) a reativação completa da loja da autora no Mercado Livre e do Mercado Pago, qual seja, a página EGOKART, vinculada ao e-mail ericaxavierlopes60@gmail.com, com a exclusão de todas as restrições e bloqueios, com todas as funcionalidades restauradas; (ii) liberação imediata dos valores indevidamente retidos pela plataforma, equivalentes a R$ 59.878,66 (sendo R$ 21.548,00 indevidamente retidos; e R$ 38.330,63 subtraídos pela plataforma), calculados em 25.05.25, bem como outros valores que forem retidos/subtraídos ao longo desta ação; (iii) regularização e fornecimento correto de todas as informações financeiras, sincronizando a página de Movimentações do Mercado Pago, a página de Saldos e Extratos do Mercado Pago e a página de Atividades do Mercado Livre, para que todos os documentos contábeis estejam adequados. É o relatório. Fundamento e decido. 1. Anoto o correto recolhimento das custas iniciais. 2. A inicial está formalmente em ordem, razão pela qual deve ser admitida. Passo, assim, ao exame do pedido liminar. A lei processual exige daquele que pretende ser beneficiado com a tutela de urgência (i) a demonstração de elementos de informação que conduzam à verossimilhança de suas alegações (fumus boni iuris); (ii) o risco de dano irreparável ou de difícil reparação decorrente da demora na prestação jurisdicional (periculum in mora) e, por fim, (iii) a reversibilidade dos efeitos antecipados. No caso em tela, indefiro parcialmente os pedidos liminares, porque ausente os requisitos legais. Do que se observa dos autos, ainda em cognição sumária, consta que a conta da autora foi permanentemente suspensa para operações que envolvam vendas diante do "descumprimento com as normas gerais de utilização do site" (fls. 51). Assim, não é possível concluir neste momento que o bloqueio foi ilícito, sendo imprescindível a prévia oitiva da parte contrária. No mesmo sentido, a alegação de que o réu "subtraiu" valores na plataforma que lhe pertencem também exigem prévio contraditório e melhor instrução probatória para se extrair a probabilidade do direito alegado. E, por fim, não se observa a urgência ou risco de dano incerto em relação ao pedido de "regularização e fornecimento correto de todas as informações financeiras, sincronizando a página de Movimentações do Mercado Pago, a página de Saldos e Extratos do Mercado Pago e a página de Atividades do Mercado Livre, para que todos os documentos contábeis estejam adequados", o que também fica indeferido. Neste sentido: "AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA INAUDITA ALTERA PARS - Decisão que indeferiu o pedido de ANTECIPAÇÃO DA TUTELA para reativação de conta mantida em plataforma digital para anuncio de produto e intermediação de pagamento (Mercado Livre) - IRRESIGNAÇÃO DA EMPRESA AUTORA - Descabimento - Não preenchimento dos requisitos do art. 300 do Código de Processo Civil - Ausência do perigo de demora (periculum in mora) e de probabilidade do direito alegado (fumus boni iuris) - Evidenciada a necessidade do desenvolvimento regular do contraditório, com a dilação probatória adequada - Não demonstrado o desacerto da decisão agravada - Questão que poderá ser reanalisada pelo Magistrado a quo por ocasião do julgamento da demanda - Precedentes deste Eg. Tribunal de Justiça - DECISÃO MANTIDA - RECURSO NÃO PROVIDO" (TJSP; Agravo de Instrumento 2348643-76.2023.8.26.0000; Relator (a):LAVINIO DONIZETTI PASCHOALÃO; Órgão Julgador: 38ª Câmara de Direito Privado; Foro de Osasco -1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 17/04/2024; Data de Registro: 22/04/2024) Determino, assim, apenas que a parte ré, dentro do prazo de 5 (cinco) dias, efetue a liberação dos valores indevidamente retidos da conta mantida pela parte autora e que estão disponíveis na plataforma para que esta possa movimentar, ou efetue o depósito do valor nos autos no mesmo prazo para que a autora possa efetuar o levantamento. Cópia desta decisão servirá como ofício, cabendo à própria autora o encaminhamento a parte ré mediante protocolo que conste data do recebimento e nome do funcionário recebedor. Retire-se a tarja de urgência. 3. Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito, deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação (art. 139, inciso VI do CPC e Enunciado nº 35 da ENFAM). 4. Cite-se e intime-se a parte requerida para que apresente contestação, no prazo de quinze dias úteis, contados a partir da juntada do AR positivo nos autos (art. 231, I, CPC). Para tanto, carta de citação segue vinculada automaticamente a esta decisão. Fica a parte requerida advertida de que a ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial. Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC fica vedado o exercício da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. 5. Decorrido o prazo para a oferta de contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de 15 (quinze dias) apresente manifestação, oportunidade em que: I - não havendo contestação, deverá informar se quer produzir outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; II - havendo contestação, deverá se manifestar em réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões incidentais; III - em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte autora apresentar resposta à reconvenção. Intime-se. - ADV: SCOTT ROCCO DEZORZI (OAB 519520/SP)

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Processo nº 1016242-92.2025.8.26.0405

ID: 292575190

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Osasco - 6ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1016242-92.2025.8.26.0405

Data de Disponibilização: 09/06/2025

Polo Ativo:

ADILSON SOARES DE BRITO

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

PAMELA FERNANDES CERQUEIRA DA SILVA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1016242-92.2025.8.26.0405 - Procedimento Comum Cível - Contratos Bancários - Adilson Soares de Brito - Vistos. 1 - De forma inequívoca, a relação jurídica entabulada entre as partes é de con… Processo 1016242-92.2025.8.26.0405 - Procedimento Comum Cível - Contratos Bancários - Adilson Soares de Brito - Vistos. 1 - De forma inequívoca, a relação jurídica entabulada entre as partes é de consumo, pois a parte autora é destinatária final do produto/serviço comercializado, no mercado de consumo, pela parte requerida, razão pela qual a relação jurídica é regida pelo Código de Defesa do Consumidor. 2 O(A) contratante é domiciliado(a) na Comarca de Riacho dos Machados/MG que não se confunde com esta. Nessa seara, considerando a natureza da ação ajuizada (de direito pessoal, que remete à regra geral de competência disposta no art. 46 do Código de Processo Civil) e, sobretudo, sendo o contrato firmado entre as partes fundado em relação de consumo, patente a incompetência deste Juízo para o conhecimento desta ação. Neste sentido já se pronunciou, mutatis mutandis, de forma clara, o Egrégio Tribunal de Justiça de São Paulo: Competência. Foro de Eleição. Cláusula contratual. Prestação de serviços. Contrato de adesão. Execução. Matéria de ordem pública e de interesse social que pode ser conhecida de ofício. Hipótese de nulidade. Cláusula abusiva. Consumidor em desvantagem. Violação do sistema de proteção estabelecida no Código de Defesa do Consumidor. Inteligência do art. 51, da Lei n° 8.078/90. Determinada a remessa dos autos ao foro do domicilio do executado. Afasta a litigância de má-fé. Recurso provido (Agravo de Instrumento 0083569-21.2008.8.26.0000. Relator: Des. Paulo Roberto de Santana. Comarca: Santos. Órgão julgador: 23ª Câmara de Direito Privado. Julgado: 25/03/2009) Com efeito, pode o Magistrado, de ofício, declinar de sua competência para o Juízo do domicílio do consumidor, inclusive porque a jurisprudência do Col. STJ é pacífica em reconhecer que o critério determinativo da competência nas ações derivadas de relações de consumo é de ordem pública, caracterizando-se como regra de competência absoluta, restando afastadas a Súmula 33 daquela Corte e a Súmula 77 do E. TJSP, por se tratar a presente de situação específica que foge à previsão geral ali contida. Nesse sentido: "A jurisprudência do STJ já está pacificada no sentido de reconhecer que, em se tratando de relação de consumo, a competência é absoluta, razão pela qual pode ser conhecida até mesmo de ofício e deve ser fixada no domicílio do consumidor." (AgRg no CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 127.626 DF) Confiram-se, ainda, os seguintes precedentes: CC 106.990/SC, 2ª Seção, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJE de 23.11.2009; REsp 1049639/MG, 4ª Turma, Rel. Min. João Otavio de Noronha, DJ 02/02/2009; AgRg no Ag 644.513/RS, 3ª Turma, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ 11.09.2006; REsp 609.237/PB, 4ª Turma, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ 10.10.2005. A premissa do subscritor da petição inicial é meramente oportunista, segundo sua mera conveniência, pois tratam-se de autos distribuídos de forma eletrônica. E esta assertiva é confirmada por simples consulta ao portal e-SAJ, no qual se verifica mais de 1.000 processos idênticos distribuídos recentemente pela mesma patrona somente na 1ª instância desta Justiça Estadual, a caracterizar ação de natureza predatória, invariavelmente com pedido de gratuidade judiciária, apostando-se numa espécie de litigância sem ônus (na prática, uma loteria gratuita), principalmente com vistas à condenação (mínima que seja ou ainda que parcial) em honorários sucumbenciais. Além disso, obviamente o(a) autor(a) não firmou qualquer contrato no endereço da requerida indicado à petição inicial, posto que distante mais de 1.100 km de onde reside. Ademais, não se se mostra possível a escolha proposital, direcionada, de qualquer agência, sucursal ou sede e a sua consequente indicação para fim de ajuizamento sob pena de burla ao princípio do Juiz natural, configurando flagrante impropriedade no cumprimento do art. 319, II, do Código de Processo Civil. Isto posto, com fundamento nos artigos 51 e 101, I, da Lei nº 8.078/90, cuja aplicação jurisprudencial já foi assentada no c. Superior Tribunal de Justiça, determino que os autos digitais tornem ao Distribuidor local para remessa a uma das E. Varas Cíveis do Fórum da Comarca de Porteirinha a qual pertence a localidade de Riacho dos Machados, domicílio do(a) consumidor(a), efetuando-se as devidas anotações no sistema informatizado. 3 Registre-se que nesta Comarca (Osasco/SP), situam-se as sedes de diversas instituições financeiras, o que demanda do juízo a adoção de medidas de cautela para evitar fraudes, em conformidade com os alertas emitidos pelo CNJ e pela Corregedoria Geral da Justiça no que tange ao uso abusivo do acesso à justiça, causando prejuízos bilionários ao sistema de justiça brasileiro. Evita-se inclusive o risco de repetição de ação (litispendência ou coisa julgada) considerando a inexistência de um controle nacional de distribuição de demandas cíveis. A omissão no controle destas situações implicaria a permissão da utilização do processo para fins ilícitos e uma verdadeira enxurrada de processos desta natureza (predatória), em detrimento a todos demais. Ou seja, em última análise, busca-se preservar a eficiência e o bom andamento da prestação jurisdicional. Frise-se que se trata de medida de controle uniforme para todos os feitos, absolutamente impessoal e isonômica, que tem como fundamento a peculiar condição desta Comarca (sede de inúmeras instituições financeiras), de modo que inexiste, no caso concreto, suspeição acerca da parte ou de seu procurador. 4 - Caso manifestada a renúncia do prazo recursal, independentemente de nova conclusão, cumpra-se de imediato. 5 Caso seja suscitado Conflito de Competência, valerá a presente decisão, assinada digitalmente, como ofício de informações ao Col. Superior Tribunal de Justiça. 6 Intime-se e cumpra-se. - ADV: PAMELA FERNANDES CERQUEIRA DA SILVA (OAB 432453/SP)

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Processo nº 1004020-73.2025.4.01.4301

ID: 310301081

Tribunal: TRF1 Órgão: 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Araguaína-TO Classe: MANDADO DE SEGURANçA CíVEL Nº Processo: 1004020-73.2025.4.01.4301

Data de Disponibilização: 30/06/2025

Polo Ativo:

W. N. L.

Polo Passivo:

Decisão

Advogados:

RAIRIS DUARTE PRADO

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Araguaína-TO 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Araguaína-TO PROCESSO: 1004020-73.2025.4.01.4301 CLASSE: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (12… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Araguaína-TO 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Araguaína-TO PROCESSO: 1004020-73.2025.4.01.4301 CLASSE: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120) POLO ATIVO: W. N. L. REPRESENTANTES POLO ATIVO: RAIRIS DUARTE PRADO - TO9407 POLO PASSIVO:.) GERENTE EXECUTIVO(A) DA AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL CEAB RECONHECIMENTO DE DIREITO DA SRV e outros DECISÃO Trata-se de mandado de segurança impetrado por W. N. L., representado pela genitora LETÍCIA NASCIMENTO LIMA, contra ato ilegal do GERENTE DA CEAB SRV e do COORDENADOR GERAL DA PERÍCIA MÉDICA. Aduz o impetrante, em síntese, que, embora tenha realizado a perícia médica e as demais exigências no processo administrativo há mais de 90 (noventa) dias, não houve nenhum andamento para ultimar a análise, ato que viola o seu direito líquido e certo à razoável duração do processo. Requereu a liminar para que a autoridade coatora seja instada a analisar, definitivamente, o requerimento administrativo. Intimada para emendar à inicial, a impetrante cumpriu a determinação. É o relatório. Decido. Inicialmente, consigno que é imperioso proceder, de ofício, à correção da autoridade impetrada. Com efeito, o requerimento administrativo se encontra na Central Regional de Análise de Benefício para Reconhecimento de Direitos vinculada à Superintendência Regional Norte/Centro-Oeste - CEAB/RD/SRV, razão pela qual é legitimado para figurar como autoridade coatora apenas o Gerente da CEAB/RD/SRV (art. 6º da Resolução 691/2019 do INSS). Registro que o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de que “o Juiz, ao deparar-se, em sede de mandado de segurança, com a errônea indicação da autoridade coatora, deve determinar a emenda da inicial ou, na hipótese de erro escusável, corrigi-lo de ofício, e não extinguir o processo sem julgamento do mérito", sendo certo que, nesses casos, “as questões de forma não devem, em princípio, inviabilizar a questão de fundo gravitante sobre ato abusivo da autoridade” (RMS n. 55.062/MG, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 3/4/2018, DJe de 24/5/2018). Superada a questão relativa à autoridade com legitimidade para figurar no polo passivo do presente mandado de segurança, passo à análise do pedido de liminar. Em sede de mandado de segurança, sempre que se vislumbre relevância nos fundamentos da impetração (fumus boni iuris) e constatar-se que da demora natural do processamento do feito poderá resultar a ineficácia da ordem judicial solicitada (periculum in mora), o juiz estará autorizado a conceder a medida liminar pleiteada (art. 7º, inciso III, da Lei n. 12.016/2009). Após análise detida arcabouço probatório da demanda, reputo que o pleito liminar comporta acolhimento. Consoante evidenciado pelo documento anexado no ID 2187183121, o requerimento de benefício assistencial à pessoa com deficiência protocolizado pelo impetrante em 05/02/2025, encontra-se pendente de análise final, mesmo depois da realização da avaliação social e da perícia médica, não havendo sequer previsão de quando será ultimada a análise administrativa. Sabe-se que a todos é assegurada a razoável duração do processo, segundo o princípio da eficiência, não podendo, portanto, a Administração Pública postergar, indefinidamente, a conclusão de procedimento administrativo. Nesse ponto, consigno que o STF homologou acordo entabulado entre o INSS, a UNIÃO, o MPF e DPU (RE 1.171.152) em que foi fixado o prazo máximo de 90 (noventa) dias para análise de requerimentos de benefício assistencial à pessoa com deficiência, após a realização das perícias pertinentes, que deveriam ser agendadas em até 45 dias depois do requerimento administrativo, prazo este também superado no caso ora em análise. Diante disso, reputo caracterizada a omissão ilegal, indicativa da relevância dos fundamentos. O perigo de ineficácia da medida, por sua vez, resta evidenciado pelo caráter alimentar do benefício. CONCLUSÃO Ante o exposto, corrijo, de ofício, o polo passivo, para incluir o GERENTE DA CEAB/SR-V e excluir o COORDENADOR DE PERÍCIA MÉDICA FEDERAL, e DEFIRO o pedido de liminar, com base no art. 7º, III, da Lei nº 12.016/2009, para determinar ao GERENTE DA CEAB/SR-V que, em até 10 (dez) dias, finalize a análise do requerimento administrativo formulado pelo impetrante, sob pena de multa diária e adoção de outras medidas cabíveis. Defiro o pedido de concessão de gratuidade da justiça formulado pela parte impetrante. Retifique-se a autuação, a fim de constar apenas o GERENTE DA CEAB/RD/SRV como autoridade impetrada e o INSS como pessoa jurídica interessada. Intime-se, com urgência, a autoridade impetrada, para cumprimento da medida liminar. No mesmo ato, deverá ser notificada para prestar informações no decêndio legal (art. 7º, I, da Lei nº 12.016/2009). Advirto que as astreintes recairão sobre o INSS em caso de descumprimento, tendo em vista que a autoridade coatora deve ser tratada como órgão da autarquia, que, portanto, responsabiliza-se pelos atos afetos aos seus servidores. Por razões de economia e celeridade processual, notadamente em se considerando a urgência do caso, estabeleço que ESTA DECISÃO SERVIRÁ DE OFÍCIO E MANDADO DE INTIMAÇÃO/NOTIFICAÇÃO. Determino, desde já, a inclusão do órgão de representação judicial da autoridade impetrada no feito (art. 7º, inciso II, da Lei nº 12.016/2009), conforme orientação contida no OFÍCIO-CIRCULAR nº 00001/2022/GAB/PRF1R/PGF/AGU, da PROCURADORIA REGIONAL FEDERAL 1ª REGIÃO e na CIRCULAR PRESI 115/2022, do TRF da 1ª Região. Intime-se o MPF para, no prazo de 10 (dez) dias, manifestar sobre o interesse de intervir no presente feito. Em caso afirmativo, será formalizada a intimação no momento oportuno. Oportunamente, voltem os autos conclusos para sentença. Intimem-se. Araguaína-TO, data da assinatura eletrônica. VICTOR CURADO SILVA PEREIRA Juiz Federal (assinado eletronicamente)

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Processo nº 1004020-29.2025.8.26.0038

ID: 310551089

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Araras - 1ª Vara Cível Classe: BUSCA E APREENSãO EM ALIENAçãO FIDUCIáRIA Nº Processo: 1004020-29.2025.8.26.0038

Data de Disponibilização: 30/06/2025

Polo Ativo:

BANCO VOTORANTIM S.A.

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

MOISES BATISTA DE SOUZA

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Processo 1004020-29.2025.8.26.0038 - Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária - Alienação Fiduciária - Banco Votorantim S.A. - Vistos. Presentes os requisitos legais, DEFIRO a medida liminar de Busc… Processo 1004020-29.2025.8.26.0038 - Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária - Alienação Fiduciária - Banco Votorantim S.A. - Vistos. Presentes os requisitos legais, DEFIRO a medida liminar de Busca e Apreensão do bem móvel e após cite-se o devedor. No prazo de 5 (cinco) dias após executada a liminar mencionada no caput do art. 3º do Decreto-Lei nº 911/69, consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando for o caso, expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária. No mesmo prazo, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do ônus. Caso exerça essa prerrogativa, fica desde já determinada a intimação do autor para se manifestar em 5 dias sobre o depósito realizado, em especial se é suficiente para quitar integralmente o débito pendente. O devedor fiduciante apresentará defesa no prazo de 15 (quinze) dias da execução da liminar, sob pena de o feito seguir à sua revelia. Se o bem não for encontrado no local, o Oficial de Justiça deverá esclarecer as circunstâncias da diligência, inclusive se o réu reside no local, observando-se o disposto nos arts. 1.024 e 1.027 das N.S.C.G.J. Consigne-se que, constatada a necessidade de ordem de arrombamento e reforço policial, o oficial de justiça deverá proceder nos termos do art. 196, XX, das N.S.C.G.J., que estabelece: "constatada a necessidade de ordem de arrombamento e reforço policial, o oficial de justiça, independentemente da devolução do mandado, apresentará ao juízo requerimento em modelo padronizado. O requerimento, se deferido, servirá de requisição da força policial e cópia dele será entranhada aos autos". Não sendo localizado o bem, certificado em mandado pelo Oficial de Justiça, fica desde já determinada a intimação do autor para que, em 5 dias, diga em termos de seguimento da ação, indicando novo endereço a ser diligenciado, devendo, nesse caso, já proceder no mesmo prazo ao recolhimento das respectivas custas sob pena de extinção, ou informando se pretende exercer a faculdade constante do art. 4º do Decreto-Lei nº 911/69, apresentando corretamente seu pedido de conversão da ação, observando-se exigências legais inerentes à tramitação de execuções de títulos extrajudiciais, sob pena de extinção sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, X do CPC. Fica desde já autorizada a consulta ao sistema INFOSEG para verificação da localização de endereços do réu, suficiente para tal mister, caso o autor não exerça a faculdade constante do art. 4'º do Decreto-Lei nº 911/69. Consigna-se, ainda, que não havendo manifestação do autor no prazo concedido, HAVERÁ AUTOMÁTICA CONVERSÃO DO FEITO em execução de título EXTRAJUDICIAL. O autor solicitou forma de tramitação do processo "EXPRESSA", de modo que, nos termos do art. 191, caput e §1º do CPC, de modo que, decorrido o prazo acima mencionado, sujeita-se às consequências estipuladas neste despacho inicial. Deverá o autor entrar em contato com o Sr. Oficial de Justiça para fornecer os meios necessários à diligência (depositário/localizador). Se o endereço preciso não for localizado pelo Sr. Oficial de Justiça, fica desde já o autor intimado a fornecer croqui/mapa de localização, bem como verba para novas diligências, em 5 dias, sob pena de extinção. ALERTO que requerimentos genéricos, que não indicam precisamente endereços a serem diligenciados (por exemplo: "todos os endereços não diligenciados"), partes a serem incluídas no polo passivo (por exemplo: "os herdeiros do réu"), dentre outros exemplos análogos, não cumprem a função de dar regular andamento ao feito (art. 485 do CPC), podendo ensejar a extinção do feito, nos termos do artigo 485 do CPC. Bem: VOLKSWAGEN - POLO SEDAN 1.6 8V 4P (AG) Completo - 2008/ 2009 - PRETA - EBZ0D83 - 9BWDB09N29P015121 - 980620040 Havendo interesse do autor, cópia desta decisão servirá para fins de bloqueio de transferência do veículo supramencionado junto ao órgão competente. Em atendimento ao disposto no art. 3º, §9 do Decreto-Lei nº 911/69, registre-se no RENAJUD o gravame correspondente à presente decisão. Diante do advento da Lei 13.043/2014, "a parte interessada poderá requerer diretamente ao juízo da comarca onde foi localizado o veículo com vistas à sua apreensão, sempre que o bem estiver em comarca distinta daquela da tramitação da ação, bastando que em tal requerimento conste a cópia da petição inicial da ação e, quando for o caso, a cópia do despacho que concedeu a busca e apreensão do veículo.". Nessa hipótese, tendo em vista dever constante no art. 5º do CPC, deverá comunicar a apresentação de tal requerimento perante o juízo da tramitação da ação, comprovando, em 5 dias. ADVERTÊNCIA: Este processo, cujo número encontra-se acima, tramita eletronicamente. A íntegra do processo (petição inicial, documentos e decisões) poderá ser visualizada na internet, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006) que desobriga a anexação. Para visualização, acesse o site www.tjsp.jus.br, informe o número do processo (disponível no alto deste documento) e a senha, a qual segue anexa, em documento separado. Petições, procurações, defesas etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico. A classificação correta das petições no curso do processo é essencial ao bom andamento dos trabalhos nesta serventia. Ficam as partes cientes de que todas as petições deverão ser classificadas/nomeadas corretamente, de acordo com as classes e assuntos existentes no sistema SAJ, nos termos do art. 6º do CPC, com todas as informações e dados cadastrais atualizados e existentes que estiver em sua posse ou for seu conhecimento. Considerando o mínimo número de funcionários prestando serviços no Cartório e buscando atender a celeridade imposta pela Emenda Constitucional nº 45 (reforma do Judiciário), o presente servirá de mandado, instruído com a contrafé, devendo o Sr. Oficial de Justiça, atender os ditames legais GUIA: 27721VALOR: R$ 222,12 Int. - ADV: MOISES BATISTA DE SOUZA (OAB 149225/SP)

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Processo nº 1017503-92.2025.8.26.0405

ID: 308708611

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Osasco - 4ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1017503-92.2025.8.26.0405

Data de Disponibilização: 26/06/2025

Polo Ativo:

KAIROS CASA GERIáTRICA LTDA - ME

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

PRISCILA DA SILVA COSTA

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Processo 1017503-92.2025.8.26.0405 - Procedimento Comum Cível - Fornecimento de Água - Kairos Casa Geriátrica Ltda - Me - Vistos, 1. Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c pedido de tutela de urg… Processo 1017503-92.2025.8.26.0405 - Procedimento Comum Cível - Fornecimento de Água - Kairos Casa Geriátrica Ltda - Me - Vistos, 1. Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c pedido de tutela de urgência e indenização por danos morais ajuizada por KAIRÓS CASA GERIÁTRICA LTDA ME em face de COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP. Alega a parte autora, em síntese, que (a) é uma clínica geriátrica que presta serviços essenciais e humanitários a pacientes idosos em cuidados paliativos e tratamento contra o câncer, devidamente licenciada pela Vigilância Sanitária, com capacidade para até 20 pacientes; (b) nos últimos meses vem enfrentando sucessivos aumentos abusivos e sem justificativa nas contas de água emitidas pela requerida, não havendo alteração no quadro de pacientes nas atividades da clínica que justificasse tal elevação; (c) sempre manteve boa-fé no adimplemento de seus compromissos, realizando diversos pagamentos, inclusive durante períodos de dificuldades financeiras na pandemia; (d) a conduta da requerida é contraditória e desorganizada, com protocolos informando inexistência de débito e em outros momentos surgindo cobranças inesperadas e elevadas; (e) em 10 de junho de 2025, a requerida procedeu de maneira abusiva enviando técnicos que cortaram por completo o fornecimento de água, em flagrante violação a direitos fundamentais; (f) um funcionário da SABESP demonstrou clara intenção de intimidar e amedrontar a responsável pela clínica, desferindo diversos chutes no portão do imóvel; (g) a entrada foi abrupta, fora do horário comercial, sem ordem judicial e sem prévia comunicação; (h) desde então tem arcado com despesas altíssimas para garantir a continuidade dos serviços, adquirindo água por meio de caminhões-pipa e galões; (i) a clínica possui duas entradas, sendo uma pela Rua Santa Terezinha, nº 713, Vila Yara, Osasco-SP, onde funciona efetivamente a clínica, e outra pela Rua Paulo Ferraz da Costa Aguiar, nº 713, Casa 1, Vila Yara, Osasco-SP, onde está instalado o hidrômetro responsável pelo abastecimento. Postula, em caráter liminar, (a) a imediata religação do fornecimento de água no imóvel situado na Rua Santa Terezinha, nº 713, Vila Yara, Osasco-SP; (b) no ponto de medição situado na Rua Paulo Ferraz da Costa Aguiar, nº 713, Casa 1, Vila Yara, Osasco-SP, onde se encontra instalado o hidrômetro, garantindo o pleno e regular abastecimento de água da instituição, sob pena de multa diária (fls. 1-10). Em emenda à petição inicial, esclarece que (a) a titularidade da conta de consumo de abastecimento de água junto à requerida está em nome da Sra. Etiene Carleto de Melo, representante legal da empresa autora; (b) há débitos atuais conforme comunicado da própria requerida; (c) tais débitos se originaram dos sucessivos aumentos arbitrários e abusivos aplicados pela ré; (d) reforça o pedido de concessão da tutela de urgência tendo em vista que a unidade encontra-se sem abastecimento de água, comprometendo diretamente a saúde, dignidade e vida dos idosos ali residentes (fls. 70-75). O art. 300 do Código de Processo Civil estabelece que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Pelos elementos de prova constantes dos autos, há "fumus boni iuris". Em um juízo de cognição sumária, caracterizado pela análise superficial e não exaustiva dos fatos e do direito, infere-se, da documentação juntada à petição inicial, que a requerida pode, de fato, ser realizado o corte de fornecimento de água em estabelecimento de assistência e cuidado a idosos sem observar as garantias legais e constitucionais aplicáveis. A autora juntou aos autos documentos demonstrando que seria uma clínica geriátrica devidamente licenciada pela Vigilância Sanitária, prestando serviços essenciais a pacientes idosos em cuidados paliativos e tratamento contra o câncer. As fotografias e relatos indicariam que funcionários da requerida teriam agido de forma abusiva, adentrando o imóvel fora do horário comercial, sem ordem judicial e com comportamento intimidativo, incluindo agressões ao portão da instituição. O fornecimento de água constitui serviço público essencial, indispensável à dignidade da pessoa humana, saúde e à própria vida, conforme garantido pela Constituição Federal. Paralelamente, há "periculum in mora". Caso a tutela não seja concedida imediatamente, há risco de lesão concreta aos direitos dos pacientes atendidos pela requerente. A manutenção da suspensão do fornecimento de água em estabelecimento geriátrico que abriga idosos em situação de especial vulnerabilidade, muitos em cuidados paliativos e tratamento oncológico, configuraria risco iminente e gravíssimo à saúde e à vida dos internos. A ausência de abastecimento regular de água compromete diretamente a higiene, alimentação, medicação e demais cuidados essenciais prestados aos pacientes, podendo causar danos irreparáveis. Ademais, a tutela de urgência de natureza antecipada pode ser posteriormente revertida sem maiores prejuízos. Não há risco de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Caso seja comprovado posteriormente que a suspensão do fornecimento foi legítima e que não existem débitos excessivos ou abusivos, a requerida poderá promover nova suspensão mediante observância das garantias legais e dos procedimentos adequados. Ante o exposto, DEFIRO o pedido de tutela de urgência para determinar que a parte requerida, no prazo de 5 dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), limitada a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), (a) proceda à imediata religação do fornecimento de água no imóvel situado na Rua Santa Terezinha, nº 713, Vila Yara, Osasco-SP; e (b) mantenha o regular abastecimento de água através do ponto de medição situado na Rua Paulo Ferraz da Costa Aguiar, nº 713, Casa 1, Vila Yara, Osasco-SP, garantindo o pleno funcionamento da clínica geriátrica. 2. Diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito, deixo para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação.(CPC, art.139, VI e Enunciado nº 35 da ENFAM: "Além das situações em que a flexibilização do procedimento é autorizada pelo art. 139, VI, do CPC/2015, pode o juiz, de ofício, preservada a previsibilidade do rito, adaptá-lo às especificidades da causa, observadas as garantias fundamentais do processo"). 3. Cite-se e intime-se a parte Ré para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis. 4. A ausência de contestação implicará revelia e presunção de veracidade da matéria fática apresentada na petição inicial. A presente citação é acompanhada de senha para acesso ao processo digital, que contém a íntegra da petição inicial e dos documentos. Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC fica vedado o exercício da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. Int. - ADV: PRISCILA DA SILVA COSTA (OAB 533354/SP)

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Regina Celia De Oliveira x Bradesco Seguros S.A. e outros

ID: 327162970

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Osasco - 2ª Vara Cível Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 0005502-92.2025.8.26.0405

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

REGINA CELIA DE OLIVEIRA

Polo Passivo:

BRADESCO SEGUROS S.A. TRANSPORTADORA SULISTA S/A

Intimação

Advogados:

OKSANA PALUDZYSZYN MEISTER

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INALDO BEZERRA SILVA JUNIOR

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DARCIO JOSE DA MOTA

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CAIQUE VINICIUS CASTRO SOUZA

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Processo 0005502-92.2025.8.26.0405 (processo principal 1029632-37.2022.8.26.0405) - Cumprimento de sentença - Acidente de Trânsito - Regina Celia de Oliveira - Transportadora Sulista S/A - - BRADES… Processo 0005502-92.2025.8.26.0405 (processo principal 1029632-37.2022.8.26.0405) - Cumprimento de sentença - Acidente de Trânsito - Regina Celia de Oliveira - Transportadora Sulista S/A - - BRADESCO SEGUROS S.A. - Relação: 0607/2025 Teor do ato: Vistos. Cuida-se de cumprimento de sentença extraído do título executivo judicial nº 1029632-37.2022.8.26.0405. Aduz a parte exequente ser credora da quantia de R$ 156.832,64. A parte executada apresentou impugnação ao cumprimento de sentença às folhas 46/57 alegando excesso à execução em razão da não observância da alteração legislativa pela Lei nº 14.905/2024. Indicando como valor devido o montante de R$ 132.651,79. A parte exequente pugnou pela correção de seus cálculos. É a breve síntese do necessário. Decido. Assiste parcial razão ao executado. A sentença dos autos principais fixou a seguinte condenação: Pelo exposto, JULGO PROCEDENTE EM PARTE os pedidos iniciais, com resolução de mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, condenar o réu a pagar à autora, a título de danos morais, a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com correção monetária pelos índices do E. TJ de SP a partir desta data, em conformidade com a Súmula 362 do Superior Tribunal de Justiça, e acrescida de juros de mora de 1% ao mês a partir da citação. JULGO PROCEDENTE a lide secundária, nos termos do artigo 487, inciso I, do CPC, para o fim de condenar a litisdenunciada BRADESCO SEGUROS ao pagamento do valor ao qual a denunciante foi condenada na lide principal, observando-se a cobertura contratada e o limite da apólice, salientando-se que a seguradora será responsável pelo pagamento dos juros de mora sobre as importâncias seguradas desde a sua citação, com a observação da solidariedade perante a parte autora. Em sede de segunda instância a decisão inicial foi mantida, inclusive quanto a análise dos embargos de declaração, contudo, determinou-se a aplicação da Lei 14.905/2024, quando da elaboração do cálculo, nos seguintes termos: "No que pertine à aplicação da Lei nº 14.905/24, trata-se de norma cogente a ser utilizada no momento de elaboração do cálculo, a partir de sua eficácia." (fls. 849 dos autos principais). Assim, assiste razão à parte ré quanto a necessidade da aplicação imediata da nova legislação atinente aos juros e correção monetária, por ser norma de caráter cogente. Porém, sua aplicação não poderá retroagir a data anterior à vigência da norma, como aplicado ao seu cálculo de folhas 58, visto que a lei não retroage. Neste sentido: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. Embargos de Declaração opostos pelo réu, alegando omissão em relação à aplicação da Lei nº 14.905/2024 (juros de mora e correção monetária), matéria não ventilada no recurso de apelação. A incidência da Lei nº 14.905/2024, que regulamenta os juros de mora e a correção monetária, constitui matéria de ordem pública e será observada de ofício na fase de cumprimento de sentença. A aplicação da taxa Selic não foi objeto de discussão no recurso de apelação, não configurando, portanto, omissão no julgado. Embargos de declaração rejeitados. (TJSP; Embargos de Declaração Cível 1014141-04.2023.8.26.0001; Relator (a):Inah de Lemos e Silva Machado; Órgão Julgador: Núcleo de Justiça 4.0 em Segundo Grau - Turma V (Direito Privado 2); Foro Regional I - Santana -5ª Vara Cível; Data do Julgamento: 30/06/2025; Data de Registro: 30/06/2025) E: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRATO BANCÁRIO. FINANCIAMENTO DE VEÍCULO. OMISSÃO. JUROS MORATÓRIOS. LEI 14.905/2024. Acórdão que deu parcial provimento ao recurso do autor para declarar a inexigibilidade da tarifa de avaliação do bem, determinar o recálculo das parcelas do financiamento e condenar o réu à restituição dos valores pagos indevidamente, de forma simples, corrigidos pela Tabela Prática do TJSP desde o desembolso e com juros de 1% ao mês a partir da citação, admitida a compensação. Embargos opostos sob alegação de omissão quanto à aplicação da Lei nº 14.905/2024. Nova legislação que fixa a Taxa Selic como índice legal dos juros moratórios, com aplicação a partir de sua vigência, em 30 de agosto de 2024. Norma cogente, de aplicação oficiosa na fase de cumprimento de sentença. Matéria de ordem pública que não configura omissão no julgado. Esclarecimento quanto à sistemática de aplicação dos consectários legais, observado o direito intertemporal. EMBARGOS ACOLHIDOS, sem efeito modificativo.(TJSP; Embargos de Declaração Cível 1001517-70.2024.8.26.0361; Relator (a):Inah de Lemos e Silva Machado; Órgão Julgador: Núcleo de Justiça 4.0 em Segundo Grau - Turma V (Direito Privado 2); Foro de Mogi das Cruzes -3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 12/06/2025; Data de Registro: 12/06/2025) (grifamos) Por consequência, deverá ser aplicado os juros e a correção monetária da seguinte forma, a fim de respeitar a vigência da norma e o quanto definido nos autos principais e já acobertado pelo manto da coisa julgada: 1. A correção monetária deve se dar pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça de São Paulo (INPC) e os juros moratórios serão de 1% ao mês até 29/08/2024. 2. A partir de 30/08/2024, deverão ser observados os seguintes parâmetros, em consonância com as alterações do Código Civil (art. 389, parágrafo único, e art. 406, § 1º), promovidas pela Lei n. 14.905/2024: correção monetária pelo IPCA, e juros de mora de acordo com a taxa legal (diferença entre a Taxa SELIC e o IPCA, calculada mensalmente pelo Banco Central, conforme Resolução CMN n. 5.171/2024). 3. Caso a taxa legal apresente resultado negativo, essa será considerada igual a 0 (zero) para efeito de cálculo dos juros no período de referência (art.406,§ 3º,CC). Ante o exposto, ACOLHO EM PARTE a impugnação ao cumprimento de sentença. Considerando o acolhimento parcial da impugnação, com supedâneo no art. 85, caput e §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil, condeno a parte exequente ao pagamento de honorários de sucumbência de R$ 1.000,00. Aos honorários sucumbenciais são aplicáveis a correção monetária a partir da data dessa sentença, assim como os juros de mora de 1% ao mês a contar do trânsito em julgado, nos termos do § 16º do mesmo artigo supracitado. Observada a gratuidade de justiça concedida. Em razão da incorreção do cálculo de ambas as partes nos termos acima fixado, decorrido o prazo para a apresentação de recurso em face da presente decisão, providencie a parte exequente, prazo de 15 (quinze) dias, a reapresentação do seu cálculo observados os parâmetros acima fixados para o cálculo de juros e correção monetária, descontados os valores já depositados pelo executado às folhas 40/41. Após, intime-se a parte executada, para se o caso, providenciar o depósito da diferença, também no prazo de 15 (quinze) dias. Intime-se. Advogados(s): Inaldo Bezerra Silva Junior (OAB 132994/SP), Darcio Jose da Mota (OAB 67669/SP), OKSANA PALUDZYSZYN MEISTER (OAB 35127/PR), Caique Vinicius Castro Souza (OAB 403110/SP) - ADV: DARCIO JOSE DA MOTA (OAB 67669/SP), OKSANA PALUDZYSZYN MEISTER (OAB 35127/PR), CAIQUE VINICIUS CASTRO SOUZA (OAB 403110/SP), INALDO BEZERRA SILVA JUNIOR (OAB 132994/SP)

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Regina Celia De Oliveira x Bradesco Seguros S.A. e outros

ID: 335045677

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Osasco - 2ª Vara Cível Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 0005502-92.2025.8.26.0405

Data de Disponibilização: 25/07/2025

Polo Ativo:

REGINA CELIA DE OLIVEIRA

Polo Passivo:

BRADESCO SEGUROS S.A. TRANSPORTADORA SULISTA S/A

Intimação

Advogados:

OKSANA PALUDZYSZYN MEISTER

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

INALDO BEZERRA SILVA JUNIOR

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

DARCIO JOSE DA MOTA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

CAIQUE VINICIUS CASTRO SOUZA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 0005502-92.2025.8.26.0405 (processo principal 1029632-37.2022.8.26.0405) - Cumprimento de sentença - Acidente de Trânsito - Regina Celia de Oliveira - Transportadora Sulista S/A - - BRADES… Processo 0005502-92.2025.8.26.0405 (processo principal 1029632-37.2022.8.26.0405) - Cumprimento de sentença - Acidente de Trânsito - Regina Celia de Oliveira - Transportadora Sulista S/A - - BRADESCO SEGUROS S.A. - Vistos. Cuida-se de cumprimento de sentença extraído do título executivo judicial nº 1029632-37.2022.8.26.0405. Aduz a parte exequente ser credora da quantia de R$ 156.832,64. A parte executada apresentou impugnação ao cumprimento de sentença às folhas 46/57 alegando excesso à execução em razão da não observância da alteração legislativa pela Lei nº 14.905/2024. Indicando como valor devido o montante de R$ 132.651,79. A parte exequente pugnou pela correção de seus cálculos. É a breve síntese do necessário. Decido. Assiste parcial razão ao executado. A sentença dos autos principais fixou a seguinte condenação: Pelo exposto, JULGO PROCEDENTE EM PARTE os pedidos iniciais, com resolução de mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, condenar o réu a pagar à autora, a título de danos morais, a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com correção monetária pelos índices do E. TJ de SP a partir desta data, em conformidade com a Súmula 362 do Superior Tribunal de Justiça, e acrescida de juros de mora de 1% ao mês a partir da citação. JULGO PROCEDENTE a lide secundária, nos termos do artigo 487, inciso I, do CPC, para o fim de condenar a litisdenunciada BRADESCO SEGUROS ao pagamento do valor ao qual a denunciante foi condenada na lide principal, observando-se a cobertura contratada e o limite da apólice, salientando-se que a seguradora será responsável pelo pagamento dos juros de mora sobre as importâncias seguradas desde a sua citação, com a observação da solidariedade perante a parte autora. Em sede de segunda instância a decisão inicial foi mantida, inclusive quanto a análise dos embargos de declaração, contudo, determinou-se a aplicação da Lei 14.905/2024, quando da elaboração do cálculo, nos seguintes termos: "No que pertine à aplicação da Lei nº 14.905/24, trata-se de norma cogente a ser utilizada no momento de elaboração do cálculo, a partir de sua eficácia." (fls. 849 dos autos principais). Assim, assiste razão à parte ré quanto a necessidade da aplicação imediata da nova legislação atinente aos juros e correção monetária, por ser norma de caráter cogente. Porém, sua aplicação não poderá retroagir a data anterior à vigência da norma, como aplicado ao seu cálculo de folhas 58, visto que a lei não retroage. Neste sentido: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. Embargos de Declaração opostos pelo réu, alegando omissão em relação à aplicação da Lei nº 14.905/2024 (juros de mora e correção monetária), matéria não ventilada no recurso de apelação. A incidência da Lei nº 14.905/2024, que regulamenta os juros de mora e a correção monetária, constitui matéria de ordem pública e será observada de ofício na fase de cumprimento de sentença. A aplicação da taxa Selic não foi objeto de discussão no recurso de apelação, não configurando, portanto, omissão no julgado. Embargos de declaração rejeitados. (TJSP; Embargos de Declaração Cível 1014141-04.2023.8.26.0001; Relator (a):Inah de Lemos e Silva Machado; Órgão Julgador: Núcleo de Justiça 4.0 em Segundo Grau - Turma V (Direito Privado 2); Foro Regional I - Santana -5ª Vara Cível; Data do Julgamento: 30/06/2025; Data de Registro: 30/06/2025) E: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRATO BANCÁRIO. FINANCIAMENTO DE VEÍCULO. OMISSÃO. JUROS MORATÓRIOS. LEI 14.905/2024. Acórdão que deu parcial provimento ao recurso do autor para declarar a inexigibilidade da tarifa de avaliação do bem, determinar o recálculo das parcelas do financiamento e condenar o réu à restituição dos valores pagos indevidamente, de forma simples, corrigidos pela Tabela Prática do TJSP desde o desembolso e com juros de 1% ao mês a partir da citação, admitida a compensação. Embargos opostos sob alegação de omissão quanto à aplicação da Lei nº 14.905/2024. Nova legislação que fixa a Taxa Selic como índice legal dos juros moratórios, com aplicação a partir de sua vigência, em 30 de agosto de 2024. Norma cogente, de aplicação oficiosa na fase de cumprimento de sentença. Matéria de ordem pública que não configura omissão no julgado. Esclarecimento quanto à sistemática de aplicação dos consectários legais, observado o direito intertemporal. EMBARGOS ACOLHIDOS, sem efeito modificativo.(TJSP; Embargos de Declaração Cível 1001517-70.2024.8.26.0361; Relator (a):Inah de Lemos e Silva Machado; Órgão Julgador: Núcleo de Justiça 4.0 em Segundo Grau - Turma V (Direito Privado 2); Foro de Mogi das Cruzes -3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 12/06/2025; Data de Registro: 12/06/2025) (grifamos) Por consequência, deverá ser aplicado os juros e a correção monetária da seguinte forma, a fim de respeitar a vigência da norma e o quanto definido nos autos principais e já acobertado pelo manto da coisa julgada: 1. A correção monetária deve se dar pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça de São Paulo (INPC) e os juros moratórios serão de 1% ao mês até 29/08/2024. 2. A partir de 30/08/2024, deverão ser observados os seguintes parâmetros, em consonância com as alterações do Código Civil (art. 389, parágrafo único, e art. 406, § 1º), promovidas pela Lei n. 14.905/2024: correção monetária pelo IPCA, e juros de mora de acordo com a taxa legal (diferença entre a Taxa SELIC e o IPCA, calculada mensalmente pelo Banco Central, conforme Resolução CMN n. 5.171/2024). 3. Caso a taxa legal apresente resultado negativo, essa será considerada igual a 0 (zero) para efeito de cálculo dos juros no período de referência (art.406,§ 3º,CC). Ante o exposto, ACOLHO EM PARTE a impugnação ao cumprimento de sentença. Considerando o acolhimento parcial da impugnação, com supedâneo no art. 85, caput e §§ 1º e 2º, do Código de Processo Civil, condeno a parte exequente ao pagamento de honorários de sucumbência de R$ 1.000,00. Aos honorários sucumbenciais são aplicáveis a correção monetária a partir da data dessa sentença, assim como os juros de mora de 1% ao mês a contar do trânsito em julgado, nos termos do § 16º do mesmo artigo supracitado. Observada a gratuidade de justiça concedida. Em razão da incorreção do cálculo de ambas as partes nos termos acima fixado, decorrido o prazo para a apresentação de recurso em face da presente decisão, providencie a parte exequente, prazo de 15 (quinze) dias, a reapresentação do seu cálculo observados os parâmetros acima fixados para o cálculo de juros e correção monetária, descontados os valores já depositados pelo executado às folhas 40/41. Após, intime-se a parte executada, para se o caso, providenciar o depósito da diferença, também no prazo de 15 (quinze) dias. Intime-se. - ADV: OKSANA PALUDZYSZYN MEISTER (OAB 35127/PR), DARCIO JOSE DA MOTA (OAB 67669/SP), INALDO BEZERRA SILVA JUNIOR (OAB 132994/SP), CAIQUE VINICIUS CASTRO SOUZA (OAB 403110/SP)

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Processo nº 1004020-37.2024.4.01.3904

ID: 337630881

Tribunal: TRF1 Órgão: Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Castanhal-PA Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1004020-37.2024.4.01.3904

Data de Disponibilização: 29/07/2025

Polo Ativo:

FRANCISCO FERREIRA DA COSTA

Polo Passivo:

Sentença Tipo A

Advogados:

KELLY JAMILLY DE OLIVEIRA FERREIRA

OAB/PA XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Castanhal-PA Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Castanhal-PA Sentença Tipo A 1004020-37.2024.4.01.3904 PROCEDIM… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Castanhal-PA Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Castanhal-PA Sentença Tipo A 1004020-37.2024.4.01.3904 PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) AUTOR: FRANCISCO FERREIRA DA COSTA Advogado do(a) AUTOR: KELLY JAMILLY DE OLIVEIRA FERREIRA - PA25224 REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS SENTENÇA 1. Relatório Dispensado, nos termos do art. 38 da Lei nº 9.099/95 c/c art. 1º da Lei nº 10.259/01. 2. Fundamentação Trata-se de ação por meio da qual a parte autora pretende a concessão de aposentadoria por idade, na condição de segurado especial, sob o argumento de ter implementado os requisitos legalmente estabelecidos. A aposentadoria por idade é benefício de prestação continuada destinando a prover meios de subsistência ao segurado e seus dependentes por motivo de idade avançada (CF art.201, I). São requisitos para a concessão do benefício em questão: a qualidade de segurado da parte requerente, a idade mínima de 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher, e o exercício da atividade rural pelo período mínimo previsto em lei. A comprovação do labor campesino, consoante prescrevem o art. 55, § 3º da Lei nº 8.213/91 e a súmula 149, do Superior Tribunal de Justiça, não pode ser por prova exclusivamente testemunhal, ressalvado caso fortuito ou força maior. Ademais, para que sejam considerados como início de prova material, os documentos devem ser contemporâneos ao período que se pretende comprovar, em conformidade com o art. 62 do Decreto 3.048/99 e nos termos da súmula 34 da Turma Nacional de Uniformização das Decisões das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais. Pertine recordar, a propósito, o enunciado 14 da Turma Nacional de Uniformização das Decisões dos Juizados Especiais Federais: “Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material, corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício”. Cabe à prova testemunhal, por sua vez, em complementação ao início de prova material, aprofundar a percepção em torno dos fatos pertinentes ao efetivo trabalho na condição de rurícola. (PEDILEF 05029609220094058401, Juiz Federal Herculano Martins Nacif, TNU, DOU 08/03/2013). Neste particular, cabe frisar que este juízo passou a adotar a sistemática do “fluxo concentrado”, o qual tem como principal premissa a produção prévia da prova testemunhal acompanhando a petição inicial. Considerando que a negativa administrativa foi fundada, eminentemente, na fragilidade do acervo documental, supostamente incapaz de evidenciar o preenchimento dos requisitos legais aplicáveis, conforme decisão denegatória que instrui os autos, bem como o fato de a contestação ter como primados o ônus da impugnação específica e da concentração da defesa, cabendo ao réu refutar todos os fatos alegados pelo autor na primeira oportunidade que couber se manifestar no processo, indicando, inclusive, a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo da pretensão deduzida, nos termos dos arts. 336 e 371, II do CPC, cabe prioritariamente ao INSS indicar a existência de circunstância prejudicial junto aos depoimentos gravados, notadamente quando os demais elementos de prova mostrarem-se suficientes ao esclarecimento das circunstâncias de fato e de direito. No que se refere à avaliação dos indícios materiais, não se tem considerado: a) documentos particulares diversos, tais como notas fiscais, pois não se revestem da idoneidade própria dos documentos dotados de fé pública; b) declaração firmada pelo sindicato de trabalhadores rurais não homologadas pelo INSS (art. 106, parágrafo único, III, da Lei 8.213/91); c) declarações emitidas por terceiros, já que estas fazem prova apenas em relação aos respectivos signatários, não do fato declarado (art. 426, CPC de 2015); d) documentos que não sejam contemporâneos ao período de prova exigido pelos arts. 142 e 143 da Lei nº 8.213/91; e) certidões imobiliárias em que o (a) Autor (a), em nome próprio ou em decorrência de sociedade conjugal, é proprietário (a) de imóvel rural de considerável extensão territorial, circunstâncias que conduzem à rejeição do pedido. Em relação à utilização de documentos como início de prova material, tais como carteiras, comprovantes e declarações de sindicatos sem a devida homologação do INSS, certidão eleitoral com anotação indicativa da profissão de lavrador, declarações escolares, de Igrejas, de ex-empregadores, prontuários médicos, dentre outros, filio-me ao entendimento firmado em diversos precedentes do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no sentido de que os mencionados documentos não servem ao fim de comprovar a qualidade de segurado especial. Nesse sentido: TRF1, AC 0018746-42.2013.4.01.9199 / TO, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL JAMIL ROSA DE JESUS OLIVEIRA, PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 p.271 de 03/03/2015. Feitas tais considerações, passo a decidir o caso concreto. No presente caso, a parte autora completou o requisito etário, conforme documentação constante dos autos. Contudo a prova documental mostrou-se insuficiente à prova do exercício de atividade rural em período correspondente à carência do benefício, notadamente por conta de sua contemporaneidade em relação ao pleito previdenciário, DER 22/09/2022 (declaração de aptidão ao Pronaf, expedida em 08/06/2022). Ademais, a terra pertence a terceiro e não há outras peças documentais que confirmem a efetividade do exercício rural pelo período estabelecido na declaração de id 2125873770, pág. 13. Por sua vez, a informalidade no preenchimento dos demais documentos, com informações meramente declaradas pela parte interessada, sem se submeterem a qualquer juízo de veracidade ou serem corroboradas por outras peças documentais, imputa-lhes fragilidade probatória (certidão da Justiça Eleitoral, ficha de matrícula escolar, prontuário médico). Nesse contexto, ante as circunstâncias evidenciadas, tenho por prejudicado o implemento da carência, restando, por conseguinte, inviável a concessão do benefício pleiteado, razão pela qual a improcedência da pretensão autoral é medida que se impõe. 3. Dispositivo Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil. Por oportuno, defiro os benefícios da justiça gratuita. Sem custas e honorários advocatícios (art. 55, caput, da Lei n° 9.099/95). Sem reexame necessário. Interposto(s) recurso(s) voluntário(s) tempestivo(s) contra a presente, intime-se o(a) recorrido(a) para oferecer resposta, em dez (10) dias, e, decorrido o prazo, com ou sem contrarrazões, remeta-se à Turma Recursal. Transitada em julgado, arquivem-se os autos. Cabe ainda inteirar que se a parte autora não tiver advogado(a) constituído(a) nos autos, e deixar de comparecer em Juízo pelo prazo de 30 (trinta) dias após a data da assinatura da sentença, restará devidamente intimada. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Data da assinatura da sentença. (documento assinado digitalmente

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