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Processo nº 5000567-89.2025.8.24.0077

ID: 278108028

Tribunal: TJSC Órgão: Vara Única da Comarca de Urubici Classe: Procedimento do Juizado Especial da Fazenda Pública Nº Processo: 5000567-89.2025.8.24.0077

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

ISMENIA RIBEIRO ALMEIDA

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

JULIANA RODRIGUES

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Procedimento do Juizado Especial da Fazenda Pública Nº 5000567-89.2025.8.24.0077/SC AUTOR : ISMENIA RIBEIRO ALMEIDA ADVOGADO(A) : JULIANA RODRIGUES (OAB SC042402) DESPACHO/DECISÃO ISMENIA RIBEIRO AL… Procedimento do Juizado Especial da Fazenda Pública Nº 5000567-89.2025.8.24.0077/SC AUTOR : ISMENIA RIBEIRO ALMEIDA ADVOGADO(A) : JULIANA RODRIGUES (OAB SC042402) DESPACHO/DECISÃO ISMENIA RIBEIRO ALMEIDA ajuizou ação de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência contra MUNICÍPIO DE URUBICI/SC e ESTADO DE SANTA CATARINA . Alegou em síntese, que é portadora de Fibrose Pulmonar Idiopática - FPI CID J.84.1. e necessita do fármaco ESILATO DE NINTEDANIBE para controle e tratamento da doença. Requereu, liminarmente, a concessão do fármaco ( evento 1, INIC1 ). Os autos vieram conclusos. Decido . 1. O procedimento a ser seguido é o do Juizado Especial da Fazenda Pública (Lei n. 12.153/2009). Com efeito, trata-se de demanda de interesse da Fazenda, de valor não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos e de matéria não incluída entre as exceções legais, sendo, portanto, de competência absoluta do Juizado Fazendário (Lei n. 12.153/2009, art. 2º). 2. RECEBO a petição inicial, uma vez preenchidos os requisitos legais (Lei n. 12.153/2009, art. 27; Lei n. 9.099/1995, art. 14; e CPC, arts. 319 e 320) e ausentes quaisquer das hipóteses de indeferimento da peça exordial (CPC, art. 330) ou de improcedência liminar do pedido (CPC, art. 332). 3. POSTERGO a análise do pedido de gratuidade da justiça formulado pela parte autora, tendo em vista que não há prova suficiente da hipossuficiência financeira e que, como regra, as partes estão dispensadas das despesas processuais e dos ônus sucumbenciais em primeiro grau de jurisdição (Lei n. 12.153/2009, art. 27; e Lei n. 9.099/1995, arts. 54 e 55). 4. A parte autora requereu a concessão de tutela provisória de urgência, instituto aplicável no âmbito do Juizado Especial da Fazenda Pública (FONAJE, Enunciado da Fazenda Pública n. 01 e Enunciado Cível n. 26). Outrossim, o Conselho Nacional de Justiça, através do Provimento n. 84/2019 da Corregedoria Nacional de Justiça, passou a ofertar aos Magistrados a possibilidade de solicitar apoio técnico ao Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário (NAT-JUS) do seu Estado ou ao NAT-JUS NACIONAL: "O sistema E-NATJUS está a serviço do magistrado para que a sua decisão não seja tomada apenas diante da narrativa que apresenta o demandante na inicial. Com a plataforma digital, essas decisões poderão ser tomadas com base em informação técnica, ou seja, levando em conta a evidência científica, inclusive com abordagem sobre medicamentos similares já incorporados pela política pública, aptos a atender o autor da ação sem a necessidade de se buscar o fármaco ainda não incorporado, mas requerido pelo demandante". A respeito do tema, destaco o disposto no Enunciado n. 18 da I Jornada de Direito da Saúde: "sempre que possível, as decisões liminares sobre saúde devem ser precedidas de notas de evidência científica emitidas por Núcleos de Apoio Técnico em Saúde NATS". Assim e sem prejuízo dos itens acima, efetue-se consulta ao Sistema e-NatJus (Nat-Jus Nacional), órgão de assessoramento técnico do juízo, remetendo cópia integral dos autos e solicitando que, no prazo de 5 (cinco) dias, esclareça se: a) o(s) tratamento(s) pleiteado(s) é(são) eficiente(s) e eficaz(es) para o tratamento da(s) doença(s) da parte autora; b) se existem outros tratamentos que podem substituir o(s) pleiteado(s); c) se tais tratamentos estão disponíveis no SUS; e d) se há urgência no seu fornecimento, tendo em vista a situação de urgência do paciente, de forma a justificar eventual alteração da fila de espera do SUS ou concessão de tutela. O servidor responsável pelo cumprimento deverá acessar o endereço eletrônico www.cnj.jus.br/e-natjus, observados os procedimentos pertinentes, devendo ser acostado neste feito o parecer técnico. Portanto, postergo a análise do pleito de tutela provisória para depois da apresentação Nota Técnica pelo e-NatJus. Cumpra-se.

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Processo nº 5000567-67.2025.4.04.7033

ID: 323870370

Tribunal: TRF4 Órgão: 1ª Vara Federal de Apucarana Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5000567-67.2025.4.04.7033

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

JOSE DE OLIVEIRA NETO

Polo Passivo:

Ato ordinatório

Advogados:

GUILHERME HENRIQUE DE SOUZA

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PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5000567-67.2025.4.04.7033/PR AUTOR : JOSE DE OLIVEIRA NETO ADVOGADO(A) : GUILHERME HENRIQUE DE SOUZA (OAB PR088300) ATO ORDINATÓRIO Com fundamento no art. 2… PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5000567-67.2025.4.04.7033/PR AUTOR : JOSE DE OLIVEIRA NETO ADVOGADO(A) : GUILHERME HENRIQUE DE SOUZA (OAB PR088300) ATO ORDINATÓRIO Com fundamento no art. 221 da Consolidação Normativa da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região (Provimento nº 62, de 13 de junho de 2017, e atualizações posteriores) c/c art. 18 da Portaria nº 1.836/2013 desta 1ª Vara Federal de Apucarana/PR, e, considerando, ainda, os princípios da simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade : 1. FICA DEFERIDO o requerimento de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, o qual será reanalisado por ocasião da prolação da sentença (art. 18, XXXVII). Anotação realizada . 2. INFORMO que eventuais pedidos de antecipação dos efeitos da tutela serão analisados por ocasião da sentença, tendo em vista a necessidade de realização da perícia médica e social. 3. Nos termos do Provimento nº 171/2025 da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região, de 03/04/2025, a Secretaria faz a remessa do feito para a central de perícias da Subseção de origem, a fim de que se proceda ao agendamento de perícia judicial a cargo de médico especialista em Clínico Geral . Quesitos do Juízo: a. A doença ou deficiência impõem ao(à) periciando(a) impedimentos de longo prazo (superior a dois anos ininterruptos) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que obstruem ou dificultam sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas? Quais? Especifique. b. Esclarecer se a incapacidade do(a) periciado(a) é parcial (apenas para seu trabalho ou atividade habitual) ou total (para qualquer trabalho)? c. Comparando o(a) periciado(a) com uma pessoa saudável, da mesma idade e sexo, esclarecer se apresenta restrições em decorrência da doença/lesão/deficiência diagnosticada. Especifique qual(is). d. O(a) periciado(a) pode exercer alguma atividade laborativa que lhe garanta a subsistência? Qual(is)? e. Demais esclarecimentos que reputar necessários. 3.1. Não havendo perito nesta especialidade, agendar com Clínico Geral, Médico do trabalho ou especialista em perícias médicas , conforme a possibilidade de pauta. 3.2 Os honorários periciais serão fixados pelo juiz coordenador da central de perícias. 4. Constatada a deficiência (impedimento de longo prazo) pela perícia médica, proceda-se também a elaboração de laudo social da parte autora , a fim de constatar as condições de sua residência (dimensão, localização, tipo de construção - alvenaria ou madeira -, padrão dos móveis que guarnecem a casa), quantas pessoas nela residem e qual o parentesco com a parte autora, informando número de RG e CPF, quais as atividades dessas pessoas e o eventual rendimento por elas auferido. A diligência servirá para verificar a renda mensal per capita dos integrantes da família, sendo que todas as circunstâncias úteis a tal verificação deverão ser mencionadas. Havendo pessoas incapacitadas e/ou que recebam benefício do INSS, deverão ser prestados esclarecimentos e discriminados o(s) benefício(s) e o(s) valor(es) auferido(s) . Com o laudo pericial deverão ser anexadas cópias dos documentos que comprovem as alegações da parte autora, constatações do laudo e os registros fotográficos da diligência. 5. Com o retorno dos autos, CITO o INSS para , no prazo de 30 (trinta) dias , querendo, apresentar proposta de acordo ou resposta, fornecendo toda a documentação de que dispuser para o esclarecimento da causa e que ainda não foi juntada aos autos ( (Lei nº 10.259/2001, artigo 11); 6. Cumprido o item 4, intimo a parte autora acerca da contestação e do(s) laudos anexados, no prazo de 10 (dez) dias . 7 . Sendo o caso, INTIMA o Ministério Público Federal para parecer em 30 (trinta) dias .

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Processo nº 5000567-33.2024.4.03.6321

ID: 324408616

Tribunal: TRF3 Órgão: Rede de Apoio 4.0 - Plano 26 Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5000567-33.2024.4.03.6321

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

SOLANGE PICCAGLI TAPI

Polo Passivo:

Sentença

Advogados:

DANIEL ALVES

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MARCIO DE LIMA

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PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5000567-33.2024.4.03.6321 / Rede de Apoio 4.0 - Plano 26 AUTOR: SOLANGE PICCAGLI TAPI Advogados do(a) AUTOR: DANIEL ALVES - SP76510, MARCIO DE LIMA - S… PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5000567-33.2024.4.03.6321 / Rede de Apoio 4.0 - Plano 26 AUTOR: SOLANGE PICCAGLI TAPI Advogados do(a) AUTOR: DANIEL ALVES - SP76510, MARCIO DE LIMA - SP85956 REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS S E N T E N Ç A Trata-se de demanda ajuizada por SOLANGE PICCAGLI TAPI em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS objetivando a concessão de benefício por incapacidade. Dispensado o relatório (Lei 9.099/1995, artigo 38). I - FUNDAMENTAÇÃO Os benefícios por incapacidade têm previsão nos arts. 42, 59 e 86 da Lei nº 8.213/1991. Em relação ao auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), o benefício é devido em caso de incapacidade para o trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias (art. 59 da Lei nº 8.213/91). Já a aposentadoria por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez) é devida quando o segurado é considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de outra atividade que lhe garanta subsistência, sendo devido o benefício enquanto durar essa condição (art. 42 da Lei nº 8.213/91). Nesse último caso, conquanto possa existir possibilidade de reabilitação para outra atividade do ponto de vista médico, não se prescinde da análise de condições socioeconômicas do segurado para avaliar a pertinência de eventual reabilitação para o cenário fático (cf. AgInt nos EDcl no AREsp nº 884.666/DF, Rel. Min. Herman Benjamin e Enunciado nº 47 da Súmula da TNU). Em quaisquer dos casos acima exige-se, como regra, a qualidade de segurado e o cumprimento do período de carência de 12 (doze) meses (art. 25, inciso I, da Lei nº 8.213/91), ressalvados os casos de acidentes de qualquer natureza e doenças especificadas em regulamento (art. 26, inciso II, da Lei nº 8.213/91). A doença ou lesão incapacitante não deve, ademais, ser anterior ao ingresso do segurado no RGPS, ressalvada a hipótese de progresso ou agravamento (arts. 42, § 1º e 59, § 1º, ambos da Lei nº 8.213/91). Idêntica conclusão é aplicável quando a doença ou lesão é preexistente ao reingresso do segurado no RGPS (Enunciado nº 53 da Súmula da TNU; e Apelação Cível nº 5769325-23.2019.4.03.9999, TRF/3ª Região, 8ª Turma, Des. Fed. Newton de Lucca). De se ressaltar que, consoante entendimento fixado pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.786.590/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, submetido ao rito dos recursos repetitivos (Tema nº 1.013), “No período entre o indeferimento administrativo e a efetiva implantação de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, mediante decisão judicial, o segurado do RPGS tem direito ao recebimento conjunto das rendas do trabalho exercido, ainda que incompatível com sua incapacidade laboral, e do respectivo benefício previdenciário pago retroativamente”, de modo que eventual exercício do labor no período a ser amparado pela presente decisão não torna incompatível a concessão do benefício, entendimento, aliás, já ressaltado no Enunciado nº 72 da Súmula da TNU (“É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante período em que houve exercício de atividade remunerada quando comprovado que o segurado estava incapaz para as atividades habituais na época em que trabalhou”). Por fim, o auxílio-acidente é devido quando constatada a redução da capacidade para o trabalho habitual em decorrência da consolidação de lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza (art. 86 da Lei nº 8.213/91). Exige-se, neste caso, um acidente, o término da incapacidade laborativa e a redução da capacidade laboral. Conforme tese fixada pela TNU no julgamento do PUIL nº 0520365-59.2018.4.05.8100, Rel. Juiz Federal Fábio de Souza Silva, “A impossibilidade de desempenho da atividade exercida à época do acidente, ainda que permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, configura redução da capacidade de trabalho, para fins de concessão de auxílio-acidente”. Feitos os registros, passo ao caso. A controvérsia posta nos autos gira em torno da existência, ou não, de incapacidade laborativa, requisito indispensável à concessão dos benefícios por incapacidade postulados. Para elucidação da matéria fática, foi determinada a realização de prova pericial. O perito nomeado pelo juízo, de forma clara e conclusiva, atestou não haver incapacidades a suas atividades habituais atualmente. (Id. 340540048). É certo que o juiz não está vinculado às conclusões do laudo pericial, cabendo-lhe valorar o conjunto probatório dos autos, incluindo as condições pessoais da parte autora. Nesse sentido, destaca-se o entendimento da 7ª Turma do TRF da 3ª Região (ApCiv 5003700-78.2022.4.03.9999, Rel. Des. Fed. Jean Marcos Ferreira, julgado em 23/02/2024, DJEN 28/02/2024), no qual se afirma que o julgador pode afastar a conclusão do perito, desde que haja prova robusta em sentido contrário. Diante disso, revela-se desnecessária a realização de nova perícia ou a complementação daquela já realizada, uma vez que todos os quesitos pertinentes foram devidamente respondidos, permitindo a formação do convencimento do juízo. Não estando demonstrada a incapacidade laboral, indefiro o pedido de concessão do benefício por incapacidade. II - DISPOSITIVO Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos, na forma do art. 487, I do CPC. Sem custas e sem honorários nesta instância (art. 55 da Lei nº 9.099/95). Eventual análise de pedido de gratuidade de justiça é competência exclusiva das Turmas Recursais, considerando que não há fixação de sucumbência em primeiro grau no âmbito dos Juizados Especiais Federais, tampouco ressarcimento de despesas com honorários periciais a cargo do particular vencido (art. 12, § 1º, da Lei nº 10.259/01). Interposto recurso, intime-se a parte contrária para contrarrazões. Após, remeta-se os autos à eg. Turma Recursal para julgamento, com as cautelas de praxe e homenagens de estilo. Com o trânsito em julgado e mantida a sentença, dê-se baixa e arquivem-se. Registro eletrônico. Publique-se. Intimem-se. São Paulo, data lançada eletronicamente. ROBERTO LIMA CAMPELO Juiz Federal

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Processo nº 5000567-60.2025.4.04.7003

ID: 276800646

Tribunal: TRF4 Órgão: 2ª Vara Federal de Campo Mourão Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5000567-60.2025.4.04.7003

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

JOCINEY DA SILVA FERREIRA

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

TATIANE DE CARVALHO PRESTE

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JOSÉ APARECIDO SOARES JÚNIOR

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PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5000567-60.2025.4.04.7003/PR AUTOR : JOCINEY DA SILVA FERREIRA ADVOGADO(A) : TATIANE DE CARVALHO PRESTE (OAB PR075133) ADVOGADO(A) : JOSÉ APARECIDO SOARES J… PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5000567-60.2025.4.04.7003/PR AUTOR : JOCINEY DA SILVA FERREIRA ADVOGADO(A) : TATIANE DE CARVALHO PRESTE (OAB PR075133) ADVOGADO(A) : JOSÉ APARECIDO SOARES JÚNIOR (OAB PR075135) DESPACHO/DECISÃO 1. Trata-se de ação proposta por JOCINEY DA SILVA FERREIRA em face do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, em que pretende a concessão de aposentadoria especial (NB 195.381.936-0, com DER em 27/10/2022). Para o cumprimento dos requisitos necessários para a concessão do benefício pede a parte autora o reconhecimento do exercício de atividade especial nos períodos de (página 17 do evento 1, INIC1 ): - 22/03/1989 a 30/05/1990 (Cheina Indústria e Comércio de Confecções, na função de serviços gerais); - 01/03/1991 a 01/10/1991 (O. Moreira & Cia LTDA, na função de oficial de serralheiro); - 01/03/1997 a 25/10/2005, 01/07/2006 a 24/10/2011, 02/05/2012 a 10/12/2017 e 21/05/2018 a DER (Ciatoldos Indústria e Comércio de Toldos LTDA - soldador). Ainda, busca o reconhecimento dos períodos 27/04/2016 a 11/05/2016 e 13/06/2019 a 27/07/2019 , em que esteve em gozo de benefício previdenciário, para fins de carência (página 18 do evento 1, INIC1 ). 2. Da Tramitação Ágil das Aposentadorias Recentemente foi lançado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região um projeto para tornar mais ágil e precisa a tramitação de processos judiciais de aposentadorias, denominado Tramitação Ágil das Aposentadorias . O projeto, já integrado ao sistema de processo eletrônico, emprega dados estruturados para a geração de um Painel Previdenciário no sistema Eproc. A partir desses dados, os processos de aposentadoria passam a ser geridos por meio de um painel interativo que organiza e apresenta os dados de forma estruturada e dinâmica. Com isso, o fluxo de trabalho se torna mais ágil e as informações são geridas de forma mais precisa, facilitando o acesso e a reutilização de dados ao longo de todo o processo. Para que o novo formato seja efetivo é indispensável que o dados necessários à formação do Painel Previdenciário sejam adequadamente inseridos no sistema. Portanto, a parte autora deverá preencher os metadados relativos ao pedido, diretamente no Eproc, na aba "PARTES E REPRESENTANTES" > "EDITAR PERÍODOS CONTROVERTIDOS", conforme instruções que seguem: a) para iniciar o preenchimento dos dados é necessário clicar no ícone indicado na imagem a seguir: b) é indispensável a indicação da prova para o período . O Eproc exige que seja apontado ao menos um documento de prova por período cadastrado. Essa indicação deve ser feita clicando-se no sinal de adição (+), conforme imagem abaixo: Em seguida o sistema abrirá nova janela na qual pode-se selecionar o documento que comprova a alegação, escolhendo o arquivo correspondente. O sistema não permitirá que o período seja adicionado sem a adição de uma prova : Isso significa que para períodos como segurado especial deve ser juntada ao processo e indicada no Painel Previdenciário ao menos a autodeclaração . Para outros períodos, a exemplo de períodos de atividade especial, para os quais há requerimento de produção de prova em juízo, como a expedição de ofício, realização de perícias, audiências, dentre outros, o arquivo a ser adicionado como prova do período é o documento que demonstra que a parte tentou obter a prova diretamente na empresa e não conseguiu. Ou seja, a comprovação de que houve diligência prévia e que ela foi negativa . A despeito do sistema aceitar a indicação de apenas uma prova por período, é indispensável que TODAS as provas disponíveis para aquele determinado intervalo de tempo sejam indicadas neste campo para que sejam adequadamente examinadas e valoradas na instrução e julgamento da demanda. c) é importante registrar que todos os períodos devem ser adicionados, clicando-se em "Adicionar período", antes de clicar em "Salvar" : Isso porque, uma vez salvo, o sistema processual não autorizará alterações. A ferramenta que permitirá a edição, pela parte autora, das informações indicadas no Painel Previdenciário ainda está em produção, razão pela qual, uma vez salvos os períodos, apenas usuários internos podem alterá-los ou incluir novos períodos. O Eproc está, inclusive, preparado para emitir um aviso ao usuário nesse sentido: Diante do exposto, intime-se a parte autora para que, no prazo de 15 (quinze) dias , preencha os metadados relativos a sua pretensão (Painel Previdenciário), diretamente no Eproc, conforme orientações acima . Essa nova funcionalidade substitui/substituirá os habituais "formulários de identificação de provas" . Trata-se de determinação amparada nos princípios processuais, em especial o da colaboração das partes e da razoável duração do processo , visando garantir a celeridade no processamento do feito. Salienta-se que o adequado preenchimento dos dados destina-se, inclusive, a contribuir para eventual celebração de acordo entre as partes, vez que facilita a análise do direito alegado. 3. Da atividade especial Para melhor instruir o processo, especificamente com finalidade de buscar informações sobre os períodos laborados junto às empresas Cheina Indústria e Comércio de Confecções e Ciatoldos Indústria e Comércio de Toldos LTDA, determino a expedição dos seguintes ofícios: OFÍCIO Nº 700018299899/2025-A 3.1. Oficie-se a empresa Cheina Indústria e Comércio de Confecções , requisitando cópia dos laudos técnicos, ainda que extemporâneos, utilizados para confecção do PPP anexado à página 3 do evento 1, DECL12 . a) A documentação técnica (LTCAT, PPRA, PCSMO, etc) poderá ser apresentada na integralidade ou apenas nas partes que contenham (i) o nome da empresa , (ii) a data em que o laudo foi elaborado , (iii) a avaliação da função efetivamente exercida pela parte autora , (iv) o setor no qual ela trabalhou , (v) os agentes nocivos a que ela se submetia com os respectivos índices e metodologia de apuração empregada, notadamente quando se tratar de ruído e (vi) as conclusões do profissional responsável pelos levantamentos ; b) Caso não haja LTCAT ou PPRA para todo o período indicado, deverá informar para quais anos eles existem e apresentar as respectivas cópias, devendo, neste caso informar se houve mudança no layout da empresa ou troca de maquinário entre a data da prestação de serviço e da produção do laudo extemporâneo. Frise-se que é obrigação do empregador manter laudo de seus empregados, sob pena de aplicação de multa , nos termos dos arts. 58, §§ 3º e 4º, e 133, ambos da Lei nº 8.213/1991 e art. 283 do Decreto nº 3.048/1999 . O prazo para a resposta ser entregue a este juízo é de 20 (vinte) dias contados do recebimento. Dados da parte autora: JOCINEY DA SILVA FERREIRA , nascido(a) aos 02/11/1972, filho(a) de JUVENAL DA CRUZ FERREIRA e LAURINDA MARIA DA SILVA FERREIRA, inscrito(a) no CPF sob o nº 884.554.089-87. O não atendimento desta determinação pelo destinatário do ofício, no prazo assinalado acima, poderá ensejar a fixação de multa pelo descumprimento de ordem judicial, além de outras providências cabíveis . Cópia desta decisão servirá como ofício. A fim de buscar celeridade ao feito, a(s) resposta(s) ao(s) ofício(s) poderá(ão) ser enviada(s) através do endereço eletrônico prcmo02@jfpr.jus.br. Tão logo a resposta seja juntada ao processo, um e-mail confirmando o recebimento será enviado. Entretanto, caso deseje, a confirmação do recebimento da correspondência eletrônica poderá ser feita por meio do telefone (44) 3518-4869. Outrossim, pede-se que as respostas e eventuais documentos que a instruírem, sejam remetidos, preferencialmente, no formato PDF, a fim de facilitar a inclusão daqueles no processo eletrônico . Solicito que na resposta ao ofício conste menção do número da presente ação (5000567-60.2025.4.04.7003) . OFÍCIO Nº 700018299899/2025-B 3.2. Oficie-se a empresa (Ciatoldos Indústria e Comércio de Toldos LTDA , requisitando cópia de todos os laudos técnicos que possuírem que contemplem a função do autor ( soldador ), uma vez que os dados do PPP apresentado no evento 1, PPP11 divergem do LTCAT de evento 1, LTCAT10 . a) A documentação técnica (LTCAT, PPRA, PCSMO, etc) poderá ser apresentada na integralidade ou apenas nas partes que contenham (i) o nome da empresa , (ii) a data em que o laudo foi elaborado , (iii) a avaliação da função efetivamente exercida pela parte autora , (iv) o setor no qual ela trabalhou , (v) os agentes nocivos a que ela se submetia com os respectivos índices e metodologia de apuração empregada, notadamente quando se tratar de ruído e (vi) as conclusões do profissional responsável pelos levantamentos ; b) Caso não haja LTCAT ou PPRA para todo o período indicado, deverá informar para quais anos eles existem e apresentar as respectivas cópias, devendo, neste caso informar se houve mudança no layout da empresa ou troca de maquinário entre a data da prestação de serviço e da produção do laudo extemporâneo. Frise-se que é obrigação do empregador manter laudo de seus empregados, sob pena de aplicação de multa , nos termos dos arts. 58, §§ 3º e 4º, e 133, ambos da Lei nº 8.213/1991 e art. 283 do Decreto nº 3.048/1999 . O prazo para a resposta ser entregue a este juízo é de 20 (vinte) dias contados do recebimento. Dados da parte autora: JOCINEY DA SILVA FERREIRA , nascido(a) aos 02/11/1972, filho(a) de JUVENAL DA CRUZ FERREIRA e LAURINDA MARIA DA SILVA FERREIRA, inscrito(a) no CPF sob o nº 884.554.089-87. O não atendimento desta determinação pelo destinatário do ofício, no prazo assinalado acima, poderá ensejar a fixação de multa pelo descumprimento de ordem judicial, além de outras providências cabíveis . Cópia desta decisão servirá como ofício. A fim de buscar celeridade ao feito, a(s) resposta(s) ao(s) ofício(s) poderá(ão) ser enviada(s) através do endereço eletrônico prcmo02@jfpr.jus.br. Tão logo a resposta seja juntada ao processo, um e-mail confirmando o recebimento será enviado. Entretanto, caso deseje, a confirmação do recebimento da correspondência eletrônica poderá ser feita por meio do telefone (44) 3518-4869. Outrossim, pede-se que as respostas e eventuais documentos que a instruírem, sejam remetidos, preferencialmente, no formato PDF, a fim de facilitar a inclusão daqueles no processo eletrônico . Solicito que na resposta ao ofício conste menção do número da presente ação (5000567-60.2025.4.04.7003) . 4. A ENTREGA DO OFÍCIO AO DESTINATÁRIO E A EVENTUAL NECESSIDADE DE COBRANÇA DA RESPOSTA SERÃO DE RESPONSABILIDADE DA PARTE AUTORA. O envio pode ser feito por meio físico: pessoalmente (especialmente nos casos em que a parte autora ainda trabalhe na empresa destinatária do ofício) ou pelos Correios; ou eletrônico: e-mail , aplicativo de mensagem ou outro meio possível. 4.1. Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, juntar ao processo comprovante de recebimento da correspondência pelo destinatário . Não será considerado como entrega válida a mera remessa de e-mail , sem confirmação de leitura, o comprovante de envio de correspondência sem o respectivo Aviso de Recebimento - AR assinado pelo recebedor e a assinatura em documento entregue pessoalmente sem o nome completo do recebedor e data de recebimento. 4.2. Juntado comprovante de recebimento da correspondência, intime-se, novamente, a parte autora para, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, juntar ao processo a resposta ao ofício ou comprovar a impossibilidade de consegui-la, contados da data em que recebida a correspondência pelo destinatário. Advirto a parte autora, desde já, que o Juízo só diligenciará na busca de resposta à correspondência caso a parte autora comprove que tentou mas não a conseguiu. Para tanto, deverá informar quais foram as tentativas de obtenção das informações/documentos objeto do ofício, em quais datas, por qual meio de contato, o nome da pessoa com quem falou (se for o caso) e retorno obtido do destinatário. Estas medidas são indispensáveis para que o Juízo possa decidir sobre as providências a serem adotadas, inclusive eventual fixação de multa por descumprimento de determinação judicial , no caso de não haver resposta no prazo assinalado e foram adotadas em atenção ao princípio da cooperação das partes , expresso no art. 6º do CPC. 5. Cumpridas as determinações acima o processo voltará para análise, inclusive com eventual encaminhamento para conciliação . 6. Sendo inviável a conciliação e desde que cumpridas as determinações anteriores , CITE-SE o INSS para, no prazo de 30 (trinta) dias , apresentar contestação e/ou proposta de acordo, bem como indicar as provas que pretende produzir, especificando as respectivas finalidades. 7. Apresentada a defesa, intime-se a parte autora para manifestar-se no prazo de 15 (quinze) dias , devendo indicar as provas que pretende produzir, especificando as respectivas finalidades.

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Processo nº 5882451-98.2024.8.09.0000

ID: 311518575

Tribunal: TJGO Órgão: 2ª Câmara Cível Classe: MANDADO DE SEGURANçA CíVEL Nº Processo: 5882451-98.2024.8.09.0000

Data de Disponibilização: 30/06/2025

Polo Ativo:

FABIO ROCHA COELHO

Polo Passivo:

DECISÃO MONOCRÁTICA

Advogados:

ROSÂNGELA MAGALHÃES DE ALMEIDA

OAB/GO XXXXXX Desbloquear

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS Gabinete do Desembargador Rodrigo de Silveira 2ª Câmara Cível - gab.rsilveira@tjgo.jus.br AGRAVO INTERNO NO MANDADO DE SEGURANÇA N. 5882451-98.2024.… TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS Gabinete do Desembargador Rodrigo de Silveira 2ª Câmara Cível - gab.rsilveira@tjgo.jus.br AGRAVO INTERNO NO MANDADO DE SEGURANÇA N. 5882451-98.2024.8.09.0000 AGRAVANTE : FÁBIO ROCHA COELHOAGRAVADOS: SECRETÁRIO DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA DE GOIÁS DIRETOR-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA DE GOIÁS RELATOR: Desembargador RODRIGO DE SILVEIRA EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO. ELIMINAÇÃO NA FASE DE INVESTIGAÇÃO SOCIAL. ILEGITIMIDADE PASSIVA. RETRATAÇÃO. PROVIMENTO. I. Caso em exame: Agravo interno interposto contra decisão monocrática que extinguiu o mandado de segurança, sem resolução do mérito, ao reconhecer a ilegitimidade passiva das autoridades apontadas como coatoras – Secretário da Segurança Pública e Diretor Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás. O mandado de segurança foi impetrado contra ato que resultou na eliminação do impetrante em processo seletivo simplificado (Edital n.º 004/2024), na fase de investigação social. II. Questão em discussão: A questão em discussão consiste em definir se as autoridades apontadas como coatoras detêm legitimidade passiva no mandado de segurança, à luz da atuação direta da Diretoria Geral da Polícia Penal na prática do ato impugnado e da possibilidade de correção do polo passivo em caso de erro escusável. III. Razões de decidir: A competência formal para realização de concursos públicos no âmbito da Administração Estadual de Goiás pertence à Secretaria de Estado da Administração, porém, admite-se, conforme jurisprudência do STJ, a retificação do polo passivo do mandado de segurança quando a autoridade erroneamente indicada pertença à mesma pessoa jurídica da autoridade de fato coatora e não haja modificação da competência jurisdicional. Verificada a ausência de vinculação das autoridades inicialmente indicadas com a prática direta do ato impugnado – eliminação do candidato na fase de investigação social conduzida pela Diretoria-Geral da Polícia Penal, vinculada à SSP –, configura-se erro sanável que deve ser corrigido mediante emenda à inicial. A extinção prematura do feito, sem a concessão de prazo para emenda, afronta os princípios da instrumentalidade das formas, da economia processual e da efetividade da jurisdição. IV. Dispositivo e tese: Agravo interno conhecido e provido. Em juízo de retratação, revoga-se a decisão monocrática que extinguiu o mandado de segurança. Determina-se a intimação do impetrante para emendar a inicial, corrigindo a indicação da autoridade coatora. Tese de julgamento: "1. A errônea indicação da autoridade coatora em mandado de segurança não justifica a extinção imediata do feito, desde que a autoridade de fato pertença à mesma pessoa jurídica e não haja alteração da competência jurisdicional. 2. A atuação direta da autoridade indicada na prática do ato impugnado - Diretor Geral da Polícia Penal - reforça a pertinência subjetiva e justifica a concessão de prazo para emenda da petição inicial." Dispositivos relevantes citados: CF/1988, art. 5º, LXIX; CPC, art. 1.021, §2º; Lei 12.016/2009, art. 6º, §5º; CPC, art. 485, VI. Jurisprudência relevante citada: STJ, AgInt no REsp 2123585/SC, Rel. Min. Regina Helena Costa, Primeira Turma, DJe 03/06/2024; TRF-1, AMS 1000854-80.2018.4.01.4300, Rel. Des. Hércules Fajoses, DJe 29/07/2022; TRF-3, ApCiv 5000567-85.2023.4.03.6121/SP, Rel. Des. Consuelo Yatsuda Moromizato Yoshida, j. 08/08/2024. DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de agravo interno interposto por FÁBIO ROCHA COELHO, contra decisão monocrática proferida no evento 19, que denegou a segurança e extinguiu o processo sem resolução do mérito, reconhecendo a ilegitimidade passiva das autoridades indicadas como coatoras: o Secretário de Estado da Segurança Pública e o Diretor Geral de Administração Penitenciária de Goiás.A decisão agravada concluiu que a competência exclusiva para a realização de concursos e processos seletivos no âmbito do Poder Executivo estadual é da Secretaria de Estado da Administração - SEAD, nos termos do art. 17, XII, da Lei Estadual nº 21.792/2023. Assim, inexistindo vínculo hierárquico entre os impetrados e a autoridade que efetivamente praticou o ato, entendeu-se inaplicável a teoria da encampação, nos moldes da Súmula 628 do STJ, resultando na extinção do mandado de segurança sem exame do mérito, conforme arts. 6º, §5º da Lei 12.016/2009 e 485, VI, do CPC.O agravante, inconformado, sustenta, no evento 24, a legitimidade das autoridades indicadas, reiterando que a Diretoria-Geral da Polícia Penal, vinculada à Secretaria de Segurança Pública, executou diretamente o processo seletivo simplificado (Edital nº 004/2024) e foi responsável pela eliminação do impetrante na fase de investigação social, motivo pelo qual seriam as autoridades que detêm a prática do ato coator.Aponta a existência de precedentes da própria Corte reconhecendo a legitimidade da SSP e da DGAP em ações semelhantes.Preparo devidamente comprovado – evento 24.Contrarrazões ausentes.Ausência de intervenção ministerial por falta de interesse público – evento 30.É o relatório. Decido.Cuida-se, como visto, de agravo interno interposto por FÁBIO ROCHA COELHO, em face da decisão monocrática de evento 19, que extinguiu o processo sem resolução de mérito, sob o fundamento de ilegitimidade passiva das autoridades apontadas como coatoras: o Secretário de Estado da Segurança Pública e o Diretor-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás.O agravo interno tem por escopo a reconsideração da decisão monocrática, com o objetivo de, em juízo de retratação, reconhecer a legitimidade passiva das autoridades indicadas na exordial e permitir o regular prosseguimento do mandado de segurança.De plano, antevejo a possibilidade de que seja ultimado o juízo de retratação, conforme autoriza o art. 1.021, §2º, do CPC, à luz dos fundamentos expostos no recurso.Com efeito, é correto o entendimento da decisão agravada quando reconhece que, nos termos do art. 17, XII, da Lei Estadual nº 21.792/2023, a competência normativa e formal para a realização de concursos públicos e processos seletivos no âmbito da Administração Estadual de Goiás é atribuída à Secretaria de Estado da Administração – SEAD. Logo, à primeira vista, as autoridades indicadas na petição inicial (Secretário da Segurança Pública e Diretor-Geral da Administração Penitenciária) não possuem competência formal para a prática do ato administrativo impugnado, o que poderia justificar o reconhecimento da ilegitimidade passiva.No entanto, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a errônea indicação da autoridade coatora em mandado de segurança não acarreta automaticamente a extinção do feito, desde que a autoridade efetivamente responsável pertença à mesma pessoa jurídica da autoridade erroneamente indicada e que não haja modificação da competência jurisdicional.“Admite-se a emenda à petição inicial de mandado de segurança para a correção de equívoco na indicação da autoridade coatora, desde que a retificação do polo passivo não implique alterar a competência judiciária e a autoridade erroneamente indicada pertença à mesma pessoa jurídica da autoridade de fato coatora.” (STJ – AgInt no REsp 2123585/SC, Rel. Min. Regina Helena Costa, 1ª Turma, DJe 03/06/2024).O mesmo entendimento é reiterado em decisões de tribunais federais:“Admite-se a emenda à petição inicial de mandado de segurança para a correção de equívoco na indicação da autoridade coatora, desde que a retificação do polo passivo não implique alteração da competência judiciária e que a autoridade erroneamente indicada pertença à mesma pessoa jurídica da autoridade de fato coatora”. (TRF-1 – AMS 1000854-80.2018.4.01.4300, Rel. Des. Federal Hércules Fajoses, 7ª Turma, DJe 29/07/2022).“O juiz, ao deparar-se, em sede de mandado de segurança, com a errônea indicação da autoridade coatora, deve determinar a emenda da inicial ou, na hipótese de erro escusável, corrigi-lo de ofício, e não extinguir o processo sem julgamento do mérito”. (TRF-3 – ApCiv: 5000567-85.2023.4.03.6121/SP, Rel. Des. Consuelo Yatsuda Moromizato Yoshida, j. 08/08/2024) No caso em análise, a autoridade que efetivamente detém a atribuição legal para o certame (SEAD) e as autoridades inicialmente indicadas como coatoras (Secretário da SSP e Diretor da DGAP) integram a estrutura do Poder Executivo do Estado de Goiás, não havendo alteração da pessoa jurídica nem do órgão jurisdicional competente. Assim, configura-se erro sanável, que poderia e deveria ter sido corrigido mediante emenda à inicial, inclusive por iniciativa judicial, como forma de garantir os princípios da economia processual, instrumentalidade das formas e efetividade do processo.Além disso, como observado na fundamentação do agravo, há indícios de participação direta da Diretoria-Geral da Polícia Penal (DGPP) – vinculada à SSP – na prática do ato impugnado (eliminação do agravante na fase de investigação social), o que reforça a pertinência subjetiva das autoridades indicadas e torna ainda mais razoável a admissão da retificação do polo passivo, sem prejuízo ao contraditório.Nessas condições, a extinção imediata do mandado de segurança por suposta ilegitimidade passiva, sem oportunizar a emenda da petição inicial, revela-se incompatível com a orientação do colendo STJ e com os princípios que regem o processo constitucional do mandado de segurança.Diante do exposto, conheço o agravo interno e, no exercício do juízo de retratação, revogo a decisão monocrática do evento 19. Determino, ainda, a intimação da parte impetrante para que, no prazo legal, emende a petição inicial, a fim de corrigir a indicação da autoridade coatora.Publique-se. Intime-se. Cumpra-se. Goiânia, data da assinatura eletrônica. Desembargador RODRIGO DE SILVEIRARelator 9

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Processo nº 5003149-49.2025.8.21.9000

ID: 312673852

Tribunal: TJRS Órgão: 3ª Turma Recursal da Fazenda Pública Classe: RECURSO DE MEDIDA CAUTELAR CíVEL Nº Processo: 5003149-49.2025.8.21.9000

Data de Disponibilização: 01/07/2025

Polo Ativo:

LURDES TEIXEIRA KUCYBALA

Polo Passivo:

Acórdão

Advogados:

DAYSE ZAGONEL ROSA

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

RECURSO DE MEDIDA CAUTELAR Nº 5003149-49.2025.8.21.9000/RS TIPO DE AÇÃO: Padronizado RELATORA : Juiza de Direito LILIAN CRISTIANE SIMAN RECORRENTE : LURDES TEIXEIRA KUCYBALA ADVOGADO(A) : DAYSE ZAGO… RECURSO DE MEDIDA CAUTELAR Nº 5003149-49.2025.8.21.9000/RS TIPO DE AÇÃO: Padronizado RELATORA : Juiza de Direito LILIAN CRISTIANE SIMAN RECORRENTE : LURDES TEIXEIRA KUCYBALA ADVOGADO(A) : DAYSE ZAGONEL ROSA (OAB RS078355) EMENTA DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TERCEIRA TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO NÃO INCORPORADO AO SUS. RECURSO DESPROVIDO. I. CASO EM EXAME: Agravo de instrumento interposto contra decisão que indeferiu pedido de antecipação de tutela para o fornecimento de medicamento não incorporado às listas de dispensação do Sistema Único de Saúde (SUS). A parte autora requereu a concessão judicial de medicamento registrado na ANVISA, mas não incorporado, sob o fundamento do direito à saúde consagrado na Constituição Federal, artigos 6º e 196. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO: A questão em discussão consiste em verificar a presença dos requisitos cumulativos exigidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a concessão judicial de medicamento não incorporado ao SUS, conforme fixado nos Temas 6 e 1234 da sistemática da repercussão geral e consagrado nas Súmulas Vinculantes 60 e 61. III. RAZÕES DE DECIDIR: O direito à saúde possui amparo constitucional, sendo de responsabilidade solidária da União, Estados e Municípios. Entretanto, o julgamento do Tema 1234 do STF estabeleceu parâmetros rigorosos para a concessão judicial de medicamentos não incorporados às políticas públicas do SUS, fixando a obrigatoriedade de análise do ato administrativo da Conitec, bem como da negativa administrativa, sob pena de nulidade da decisão judicial. Igualmente, o Tema 6 da repercussão geral disciplinou que, para a concessão do medicamento, devem ser comprovados cumulativamente: (a) negativa administrativa; (b) ilegalidade ou mora na análise de incorporação pela Conitec; (c) inexistência de substituto terapêutico; (d) eficácia e segurança do medicamento, comprovadas mediante evidências científicas de alto nível (ensaios clínicos randomizados, revisão sistemática ou meta-análise); (e) imprescindibilidade clínica do tratamento; e (f) incapacidade financeira do paciente. No caso concreto, o conjunto probatório não demonstrou a imprescindibilidade clínica nem a inexistência de substituto terapêutico, tampouco apresentou a necessária comprovação científica de eficácia e segurança do fármaco postulado. Ademais, ausentes a negativa formal na via administrativa e a análise da legalidade do ato de não incorporação do medicamento pela Conitec. Assim, não se encontram preenchidos os requisitos necessários para a concessão judicial da medida pleiteada, conforme consolidado pela jurisprudência dominante. Precedentes do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e das Turmas Recursais Fazendárias corroboram a necessidade de rigorosa observância dos critérios estabelecidos pelos Temas 6 e 1234, bem como das Súmulas Vinculantes 60 e 61 do STF. IV. DISPOSITIVO E TESE: Recurso desprovido. Mantido o indeferimento da antecipação de tutela para fornecimento do medicamento não incorporado ao SUS, facultando-se à parte autora a renovação do pedido na origem, instruído com as provas faltantes, em observância aos critérios estabelecidos pelo STF. Tese de julgamento: “1. A concessão judicial de medicamento não incorporado ao SUS exige a demonstração cumulativa dos requisitos fixados nos Temas 6 e 1234 da sistemática da repercussão geral do STF, cuja ausência impede a antecipação da tutela.” Dispositivos relevantes citados: CF/1988, arts. 6º e 196; CPC, arts. 300 e 489, § 1º, V e VI; Lei nº 8.080/1990, arts. 19-Q e 19-R; Decreto nº 7.646/2011. Jurisprudência relevante citada: STF, RE 1.366.243/SC, Tema 1234, Plenário, j. 24.09.2024; STF, RE 566.471/RN, Tema 6, Plenário, j. 22.05.2019; STF, Súmula Vinculante nº 60; STF, Súmula Vinculante nº 61; TJRS, Agravo de Instrumento nº 5076861-58.2025.8.21.7000, Rel. Des. Isabel Dias Almeida, j. 28.03.2025; TJRS, Apelação Cível nº 5003438-82.2018.8.21.0025, Rel. Des. Iris Helena Medeiros Nogueira, j. 27.03.2025; TJRS, Recurso Inominado nº 5000567-75.2024.8.21.0120, Rel. Juiz Volnei dos Santos Coelho, j. 27.02.2025; TJRS, Recurso de Medida Cautelar nº 5009305-87.2024.8.21.9000, Rel. Juíza Maria Beatriz Londero Madeira, j. 27.02.2025. ACÓRDÃO A 3ª Turma Recursal da Fazenda Pública decidiu, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO, nos termos do voto do(a) Relator(a). Porto Alegre, 25 de junho de 2025.

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Processo nº 5000567-16.2025.8.13.0071

ID: 290901791

Tribunal: TJMG Órgão: 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Boa Esperança Classe: INTERDIçãO Nº Processo: 5000567-16.2025.8.13.0071

Data de Disponibilização: 06/06/2025

Polo Ativo:

ELAINE APARECIDA DA SILVA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

GILCINEI APARECIDO MARCELINO ALVES PEREIRA

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Boa Esperança / 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Boa Esperança Rua José Júlio Per… PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Boa Esperança / 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Boa Esperança Rua José Júlio Pereira, 275, Fórum Doutor Antônio Soares da Silveira, Jardim Nova Esperança, Boa Esperança - MG - CEP: 37170-000 PROCESSO Nº: 5000567-16.2025.8.13.0071 CLASSE: [CÍVEL] INTERDIÇÃO/CURATELA (58) ASSUNTO: [Nomeação] AUTOR: ELAINE APARECIDA DA SILVA CPF: 017.395.696-36 RÉU: LENILDA MARIA DOS SANTOS CPF: 064.565.326-80 DECISÃO Vistos. Determino a intimação do autor para juntar aos autos suas certidões cíveis e criminais, bem como atestado de saúde. Solicito a expedição de ofício ao INSS, a fim de que informem se o interditando recebe algum benefício previdenciário, especificando-se qual benefício. Expeça-se ofício ao Cartório de Registro de Imóveis, para que informem se o interditando possui bens imóveis em seu nome. Consulte-se ao RENAJUD, a fim de que informe se o interditando possui veículo automotor em seu nome. Sem prejuízo, certifique-se a secretaria acerca da citação da interditanda, e, em caso positivo, cite-a. Inicialmente, impende salientar que o artigo 156, § 1º, do CPC/2015 não exige que o auxiliar do Juízo tenha, necessariamente, formação específica na matéria que constitui objeto da perícia, bastando que ele possua o conhecimento técnico ou científico indispensável à prova do fato. Assim, o fato de o laudo pericial ser elaborado por psicóloga, e não por médico psiquiatra, não prejudica as partes. Caso análogo, já decidiu o Tribunal: EMENTA: AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 E ANTERIOR À LEI Nº 13.467/2017 . PRELIMINAR DE NULIDADE POR CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. NULIDADE DO LAUDO PERICIAL ELABORADO POR PSICÓLOGA. NÃO CONFIGURAÇÃO. O fato de o laudo pericial ter sido elaborado por psicóloga, e não por médico psiquiatra, não prejudica as Partes, uma vez que o art. 156, § 1º, do CPC/2015 (art. 145, § 1º, do CPC/73) não exige que o auxiliar do Juízo tenha, necessariamente, formação específica na matéria que constitui objeto da perícia, bastando que ele possua o conhecimento técnico ou científico indispensável à prova do fato e que seja escolhido entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente, o que foi plenamente observado. Inclui-se, na área da Psicologia, a realização de diagnóstico psicológico, sendo da " competência do Psicólogo a colaboração em assuntos psicológicos ligados a outras ciências " (Lei 4.119/62, art. 13, § 1º, "a" e § 2º) Portanto, a investigação do problema clínico da Reclamante está circunscrita ao âmbito de atuação técnica e científica do profissional psicólogo especializado. Ademais, a Resolução 218/1997 do Conselho Nacional da Saúde (CNS) reconhece os profissionais de Psicologia como profissionais de saúde de nível superior; logo, os referidos profissionais são competentes para realizar diagnósticos psicológicos. Dos elementos do acórdão recorrido, verifica-se que, no caso concreto , a perita valeu-se dos " diversos exames e laudos médicos que atestam a existência da doença " e das cinco sessões terapêuticas – premissas fáticas incontestes à luz da Súmula 126/TST – para firmar o nexo de causalidade entre as patologias das quais a Autora é portadora (transtorno misto de ansiedade, depressão e síndrome de Burnout) e a atividade laboral, que era realizado em meio a " condições de trabalho psicológicas desgastantes, cobranças excessivas e medo acentuado de ser demitida ". O TRT, com alicerce no conjunto fático-probatório produzido nos autos - laudo pericial conclusivo, exames médicos e atestados colacionados, que revelam o início dos transtornos no curso do contrato de trabalho; e a prova oral, que testificou a conduta abusiva do empregador - consignou que o trabalho exercido atuou como causa das referidas moléstias, ante o assédio moral comprovadamente perpetrado pela Reclamada. Logo, o acolhimento do laudo pericial conclusivo, elaborado na presente ação por perita psicóloga de confiança do Juízo, e o pronunciamento jurisdicional contrário aos interesses da Parte não implicam nulidade da prova técnica nem caracterizam o alegado cerceamento do direito de defesa. Com efeito, o direito de defesa deve ser exercido dentro dos estritos limites e ditames da ordem jurídica preestabelecida para o procedimento judicial, conformando, desse modo, uma perfeita harmonia entre os princípios do contraditório e da ampla defesa e os da economia e celeridade processual. Logo, não se divisa a nulidade arguida. Assim sendo, a decisão agravada foi proferida em estrita observância às normas processuais (art. 557, caput , do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a ", do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou reconsideração . Agravo desprovido. Dando prosseguimento ao feito, determino a expedição de ofício, para realização da perícia, à psicóloga Viviani Reis Ferreira, que cumprirá o encargo independentemente de termo de compromisso. Os honorários periciais serão pagos pelo Estado, tendo sido feita a nomeação da perita pelo sistema AJG/TJMG. Desde já fixo os honorários periciais em R$ 496,20 (quatrocentos e noventa e seis reais e vinte centavos). Aguardar-se o prazo de aceite. Ocorrendo a aceitação do perito, a Secretaria deverá adotar as seguintes providências: I) Intimar as partes para apresentarem os quesitos e informarem eventual assistente técnico, após oficie-se o perito nomeado para realização dos trabalhos, informando os quesitos – o que poderá ser feito via telefone, com certificação nos autos. II) Cientifique-se-o de que o laudo deverá ser apresentado no prazo de 30 (trinta dias), com observância de todos os requisitos exigidos pelo artigo 473, do Código de Processo Civil. III) Oportunamente, oficie-se, solicitando o pagamento dos honorários do perito. IV) Apresentado o laudo, intimem-se as partes para, querendo, se manifestarem, no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer. Caso haja solução de continuidade das providências acima determinadas, conclusos. Cumpra-se. Boa Esperança, data da assinatura eletrônica. RICARDO ACAYABA VIEIRA Juiz(íza) de Direito 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Boa Esperança 28

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Jose Enrique Botin x Banco Itau Unibanco S/A

ID: 278388045

Tribunal: TJMG Órgão: Vara Única da Comarca de Rio Casca Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 5000567-37.2025.8.13.0549

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

JOSE ENRIQUE BOTIN

Polo Passivo:

BANCO ITAU UNIBANCO S/A

Intimação

Advogados:

CARLOS EDUARDO CAETANO DIAS

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Rio Casca / Vara Única da Comarca de Rio Casca Avenida: Getúlio Vargas, 69, Centro, Rio Casca - MG - CEP: 35370-000… PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Rio Casca / Vara Única da Comarca de Rio Casca Avenida: Getúlio Vargas, 69, Centro, Rio Casca - MG - CEP: 35370-000 PROCESSO Nº: 5000567-37.2025.8.13.0549 CLASSE: [CÍVEL] PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) ASSUNTO: [Indenização por Dano Moral, Empréstimo consignado] AUTOR: JOSE ENRIQUE BOTIN CPF: 918.041.328-53 RÉU: BANCO ITAU UNIBANCO S/A CPF: 60.701.190/0001-04 DECISÃO JOSÉ ENRIQUE BOTIN, devidamente qualificado(a), ajuizou ação declaratória negativa de débito c/c restituição de indébito c/c indenização por danos morais em face do BANCO ITAU UNIBANCO S/A, também devidamente qualificado(a), requerendo, em sede de tutela de urgência, que o(a) demandado(a) seja obrigado a abster-se de efetuar descontos em seu benefício previdenciário. Afirmou que constatou em seu benefício previdenciário descontos mensais no valor de R$61,40 (sessenta e um reais e quarenta centavos) a título de “CONSIGNAÇÃO EMPRÉSTIMO BANCÁRIO’’. Todavia, sustenta que jamais celebrou o referido contrato de empréstimo, tampouco compareceu a qualquer agência bancária da Requerida. Dessa forma, pugnou pela concessão de tutela de urgência para determinar que o Requerido suspenda os descontos mensais de R$61,40 (sessenta e um reais e quarenta centavos), referentes ao contrato nº 638971788. Protestou por provas e requereu a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça. Determinada a emenda à inicial à ID 10433098535 para que o autor apresentasse comprovante de endereço em seu nome ou em nome de terceiro do qual demonstre a existência de algum vínculo, com data recente. A parte requerida compareceu espontaneamente e apresentou contestação à ID 10451252166. Emenda à inicial à ID 10453292326. Os autos vieram conclusos. É o relatório. Decido. I) Recebo a emenda à inicial de ID 10453292326. II) DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência, nos termos do artigo 294 do Código de Processo Civil. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil. Para a concessão da tutela de urgência é necessário que esteja evidenciada a probabilidade do direito, ou seja, a existência da fumaça do bom direito (“fumus boni juris”). Assim, é fundamental que as alegações do requerente sejam verossímeis e prováveis. O segundo requisito para a concessão da medida é o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (“periculum in mora”). Assim, é necessária a existência de um receio fundado, sendo que a medida não será concedida quando houver um risco improvável, remoto, ou que resulte de temores subjetivos. É preciso uma situação objetiva de risco, atual ou iminente. Ademais, a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, nos termos do artigo 300, § 3º, do Código de Processo Civil. Não se encontram presentes os requisitos para o deferimento da tutela de urgência neste momento. Em análise detida dos autos, não se constata, com segurança, a presença da probabilidade do direito invocado pela parte autora, haja vista que se faz necessária uma maior instrução do feito para determinar qual parte está com a razão, posto que não é possível aferir, nesta fase processual, se a parte autora de fato não contratou o empréstimo consignado. Nesta toada, a parte requerida ao comparecer espontaneamente ao feito (ID 10451252166), trouxe elementos que indicam a contratação do empréstimo pela via eletrônica. Não apenas, indicou que os valores referentes ao empréstimo foram creditados na conta da parte. Desta forma, considerando que não se acha efetivamente demonstrado, a princípio, o direito invocado, sendo necessário maior dilação probatória, revela-se temerário o deferimento da medida liminar nesse momento processual. A corroborar, cito a jurisprudência do E. TJMG: "EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO COM RESERVA DE MARGEM CONSIGNÁVEL (RMC), DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO CONTRATUAL E DE DÉBITOS, REPETIÇÃO DE INDÉBITO, INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. ARTIGO 300 DO CPC/15. SUSPENSÃO DOS DESCONTOS. PERIGO DE DANO. REQUISITOS AUSENTES. 1. Para o deferimento da tutela de urgência antecipatória é necessário o preenchimento dos dois requisitos dispostos no artigo 300 da codificação processual civil, sendo eles: a probabilidade do direito invocado e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 2. Ausentes nos autos elementos que evidenciam a probabilidade do direito invocado e o "periculum in mora", deve ser indeferido pedido de concessão de tutela de urgência. 3. Tendo em vista que os descontos são realizados há mais de um ano, não se constata a presença de perigo de dano apto a ensejar o deferimento da tutela pretendida. 4. Recurso conhecido e provido.” (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv 1.0000.24.451687-8/001, Relator(a): Des.(a) Fausto Bawden de Castro Silva (JD 2G) , 20ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 05/02/2025, publicação da súmula em 11/02/2025) Sendo assim, INDEFIRO A TUTELA ANTECIPADA. III) Diante das especificidades da causa, em que há desinteresse expresso da parte autora na realização a audiência de conciliação e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito, deixo de designar a audiência de conciliação no CEJUSC (CPC, art.139, inciso VI). IV) Defiro a habilitação da parte requerida (ID 10451260650). Considerando que houve comparecimento espontâneo do réu e a oferta de contestação, dispensada a sua citação (art. 239 , § 1º , do CPC/15). V) Intime-se a parte autora para impugnar a contestação, no prazo de 15 (quinze) dias. VI) Transcorrido o prazo da impugnação, intime-se as partes para, no prazo de 05 (cinco) dias, especificarem quais provas pretendem produzir, justificando-as. O silêncio ou o protesto genérico por produção de provas serão interpretados como anuência ao julgamento imediato, indeferindo-se, ainda, os requerimentos de diligências inúteis ou meramente protelatórias. VII) Por fim, venham os autos conclusos para saneamento. VIII) DEFIRO os benefícios da gratuidade da justiça em favor do autor. Intime-se. Cumpra-se. Rio Casca, data da assinatura eletrônica. VANESSA HARUMI IWASA Juíza de Direito Vara Única da Comarca de Rio Casca

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Processo nº 5000567-67.2025.4.04.7033

ID: 325729224

Tribunal: TRF4 Órgão: CENTRAL DE PERÍCIAS - IVAIPORÃ Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5000567-67.2025.4.04.7033

Data de Disponibilização: 15/07/2025

Polo Ativo:

JOSE DE OLIVEIRA NETO

Polo Passivo:

Ato ordinatório

Advogados:

GUILHERME HENRIQUE DE SOUZA

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PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5000567-67.2025.4.04.7033/PR AUTOR : JOSE DE OLIVEIRA NETO ADVOGADO(A) : GUILHERME HENRIQUE DE SOUZA (OAB PR088300) ATO ORDINATÓRIO Nos termos do Provimento… PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5000567-67.2025.4.04.7033/PR AUTOR : JOSE DE OLIVEIRA NETO ADVOGADO(A) : GUILHERME HENRIQUE DE SOUZA (OAB PR088300) ATO ORDINATÓRIO Nos termos do Provimento nº 149/2024, da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região, publicado no Diário Eletrônico Administrativo nº 129, de 07/06/2024, e da Portaria nº 1490/2020 da Coordenação da Central de Perícias da Subseção Judiciária de Apucarana/PR e de Ivaiporã/PR, INTIMO a parte autora de que: Art. 1º, § 4º da Lei 14.331/2022. O pagamento dos honorários periciais limita-se a 1 (uma) perícia médica por processo judicial, e, excepcionalmente, caso determinado por instâncias superiores do Poder Judiciário, outra perícia poderá ser realizada. Esta Central de Perícias atualmente conta somente com as seguintes especialidades de médicos cadastrados na assistência judiciária gratuita e que nos prestam serviços em Ivaiporã/PR : ortopedista, medicina do trabalho/clínico geral e psiquiatra. 1. Foi designada perícia médica consoante os dados constantes na 'descrição ' do evento em que se encontra relacionado este documento, tais como, dia, horário, endereço e perito designado; 2. Deverá comparecer à perícia médica, munida de todos os atestados, laudos e exames médicos já realizado s, bem como, apresentar documento de identificação pessoal e CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), podendo apresentar quesitos até o dia anterior a data da perícia, observando-se o prazo máximo de 10 (dez) dias da intimação deste ato , os quais deverão ser inseridos diretamente no processo eletrônico por meio da ferramenta específica "Ações > Quesitos da parte autora/réu" , sob pena de não serem respondidos; - deverá juntar aos autos, antes da data da perícia , laudos de exames complementares assim como atestados médicos que não foram juntados aos autos e que são pertinentes ao caso, utilizando-se da nomeclatura correta dos documentos, os quais constam no sistema, tais como: EXAME MÉDICO, PRONTUÁRIO, RECEITUÁRIO, ATESTADO MÉDICO, LAUDO (médico privado), LAUDO PERICIAL (quando confeccionado em Juízo) e etc...; - deverá levar as imagens de exames complementares , caso seja necessária a avaliação das mesmas. Os laudos destes exames devem ser juntados aos autos antes da perícia; - deve a parte autora cooperar com o perito médico judicial para a realização do ato. 2.1. Indicar , querendo, assistente técnico até 5 (cinco) dias antes da data da perícia e que mencionado profissional deverá comparecer ao ato independentemente de intimação; 2.2. Eventual impugnação ao(à) médico(a) perito(a) nomeado(a) não será considerada após transcorrido o prazo de 5 (cinco) dias contados da cientificação da presente decisão (ressalvadas as hipóteses de impedimento/suspeição, cujo prazo é 15 dias ); 2.3. Havendo questão a ser apreciada pelo juízo remetente ou caso a parte autora não compareça à perícia, o processo será devolvido ao juízo remetente para providências; 2.4. Juntado o laudo pericial, e sendo a parte autora beneficiária da AJG, será requisitado à Direção do Foro da Seção Judiciária do Paraná o pagamentodos honorários periciais, procedendo-se, na sequência, à devolução do processo ao juízo remetente. 3. INTIMO o Sr. Perito médico de que: 3.1 Deverá responder, preenchendo o Laudo Médico Eletrônico, conforme orientações do tutorial respectivo, bem como de que, por ocasião do preenchimento do Laudo Médico Eletrônico, o perito deverá, em campo apropriado, fazer um relato do quadro sintomático do(a) periciado(a), respondendo aos quesitos que lhe forem apresentados eletronicamente, estando dispensado de responder aos quesitos das partes já contemplados no rol único ; 3.2. O laudo deverá ser juntado ao processo, no prazo de 15 (quinze) dias , a contar da data da perícia;

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Processo nº 5000567-75.2020.8.21.0036

ID: 308873473

Tribunal: TJRS Órgão: 1ª Vara Cível da Comarca de Soledade Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 5000567-75.2020.8.21.0036

Data de Disponibilização: 26/06/2025

Polo Ativo:

CLAIR DE MORAES BORGES GLORIA TEREZINHA PEREIRA BORGES

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

EVANDRO BORGES DA SILVA

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PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5000567-75.2020.8.21.0036/RS AUTOR : GLORIA TEREZINHA PEREIRA BORGES ADVOGADO(A) : EVANDRO BORGES DA SILVA (OAB RS059359) AUTOR : CLAIR DE MORAES BORGES ADVOGADO(A) : EVA… PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5000567-75.2020.8.21.0036/RS AUTOR : GLORIA TEREZINHA PEREIRA BORGES ADVOGADO(A) : EVANDRO BORGES DA SILVA (OAB RS059359) AUTOR : CLAIR DE MORAES BORGES ADVOGADO(A) : EVANDRO BORGES DA SILVA (OAB RS059359) DESPACHO/DECISÃO Vistos. Da análise dos autos, observa-se que as partes postulam pelas provas que pretendem produzir. Passo à análise. 1. Perícia indireta do acidente: Junto à petição inicial, os demandantes acostaram diversas imagens que demonstram os danos do veículo, assim como o boletim de acidente de trânsito que evidencia e torna explicito a dinâmica do acidente ocorrido. Com efeito, deve-se considerar que a presente ação foi ajuizada no ano de 2020, sendo que os fatos ocorreram no mesmo período, razão pela qual entendo que a realização de perícia, neste caso, em nada contribuiria para a elucidação dos fatos. Afinal, a perícia se limitaria a relatar as atuais condições da via e, no máximo, apontar a possibilidade — ou não — de que os fatos tenham ocorrido da forma narrada. Ora, por meio da prova técnica, não seria possível obter a fiel reconstituição dos fatos, justamente em razão do decurso considerável de tempo. Diante disso, com esta fundamentação, indefiro o pedido. 2. Audiência de instrução: Designo audiência de instrução para o dia 06/08/2025 às 16h40, no Fórum de Soledade-RS. Nos termos do art. 455 2 do CPC, competirá aos procuradores a incumbência de intimar as testemunhas por si arroladas para comparecerem à audiência , sendo que a intimação judicial somente será realizada nos casos previstos no §4º, do art. 455, do CPC, restringindo-se a, no máximo, 3 (três) testemunhas por fato a ser provado, conforme art. 357, §§ 4º e 6º, do Código de Processo Civil. Caso haja funcionários públicos arrolados dentre as testemunhas, poderão ser requisitados pelo Cartório, se assim o procurador o requerer, através de novo peticionamento. Ficando facultada as partes e seus procuradores a participação remota através do link: https://tjrs.webex.com/tjrs/j.phpMTID=md7131eb3dce46cc26e560859cc39d943 Sinalo que, ao optar pelo comparecimento por via digital à audiência de instrução, o participante assume o risco de eventual insucesso na sua participação em aludido ato processual, de acordo com aplicação analógica do que dispõe o art. 9º, § 2º, I, da Resolução n. 185/2013 do CNJ, segundo o qual é de responsabilidade do usuário o acesso ao seu provedor da internet e a configuração do computador utilizado nas transmissões eletrônicas. Dessa forma, acaso o procurador solicite a participação virtual, sua, de seu representado ou de suas testemunhas, assume o risco por eventual frustração na produção da prova, que poderá ser dispensada pelo magistrado, em caso de falhas técnicas imputáveis aos equipamentos dos participantes à distância. Ademais, a parte requerida solicita que seja colhido o respectivo depoimento pessoal da parte Carlos e sua esposa, Sra. Marcieli (evento 41), com vistas à produção de prova oral. Contudo, após análise dos autos, verifica-se que a versão dos fatos sustentada pela parte já se encontra suficientemente delineada nas peças processuais elaboradas por seus patronos, os quais, no exercício técnico da representação judicial, apresentaram de forma clara e detalhada os fundamentos fáticos e jurídicos da demanda. Importante ressaltar que, no processo civil, a busca pela verdade dos fatos se dá por meio do conjunto probatório disponível nos autos, sendo que o depoimento pessoal da parte não é medida obrigatória, mas sim facultativa e dependente da utilidade para a formação do convencimento judicial, conforme o art. 370 do Código de Processo Civil. Nesse sentido, de acordo com o art. 385 do Código de Processo Civil, o depoimento pessoal da parte só deve ser determinado quando necessário para a apuração dos fatos controvertidos. Ora, "A questão ou não de deferimento de uma determinada prova [...] depende da avaliação do juiz, dentro do quadro probatório existente, da necessidade dessa prova. Por isso, a possibilidade de indeferimento das diligências inúteis e protelatórias, prevista na parte final do CPC/1973 130 [v. CPC 370] (STJ, Ag 56995-SP, rel. Min. Assis Toledo, j. 5.4.1995, DJU 10.4.1995, p. 9322)". No caso em exame, não se verifica, neste momento, a imprescindibilidade da colheita de depoimento pessoal, uma vez que as alegações das partes já estão suficientemente expostas e serão confrontadas com os demais elementos de prova carreados aos autos. Assim sendo, dispenso a oitiva pessoal da parte requerida, por ora, por considerá-la desnecessária à instrução do feito. Registro, por oportuno, que em relação à Sr.ᵃ Marcieli, está indeferido sua oitiva pessoal, considerando não ser parte nos autos do processo. Cumpra-se.

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