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Processo nº 1022066-03.2025.8.11.0000

ID: 324854999

Tribunal: TJMT Órgão: Segunda Turma de Câmaras Cíveis Reunidas de Direito Privado Classe: CONFLITO DE COMPETêNCIA CíVEL Nº Processo: 1022066-03.2025.8.11.0000

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ARENÁPOLIS-MT

Polo Passivo:

Decisão

PODER JUDICIÁRIO DE MATO GROSSO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 1022066-03.2025.8.11.0000 SUSCITANTE: JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ARENÁPOLIS-MT SUSCITADO: JUÍZO DA 2ª VARA DA COMARCA DE BARRA DO BUGRES Des… PODER JUDICIÁRIO DE MATO GROSSO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 1022066-03.2025.8.11.0000 SUSCITANTE: JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ARENÁPOLIS-MT SUSCITADO: JUÍZO DA 2ª VARA DA COMARCA DE BARRA DO BUGRES Des. RUBENS DE OLIVEIRA SANTOS FILHO DECISÃO MONOCRÁTICA CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÕES POSSESSÓRIAS SOBRE IMÓVEL RURAL E SERVIDÃO DE PASSAGEM. CONEXÃO MATERIAL. RISCO DE DECISÕES CONTRADITÓRIAS. COMPETÊNCIA DO JUÍZO PREVENTO. CONFLITO IMPROCEDENTE. I. CASO EM EXAME 1. Conflito de competência relativo a ações possessórias sobre imóvel rural e servidão de passagem. O juízo suscitante entende inexistir conexão, por ausência de identidade entre pedidos e causas de pedir. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2. A questão em discussão consiste em definir se há conexão material entre os feitos, capaz de justificar a reunião dos processos e fixação da competência no juízo prevento. III. RAZÕES DE DECIDIR 3. A conexão material se caracteriza pelo risco de decisões contraditórias, mesmo sem identidade formal entre pedidos ou causas de pedir (CPC, art. 55, § 3º). 4. Ambas as ações envolvem a mesma propriedade e partes comuns, ainda que sob enfoques possessórios distintos. 5. Deve prevalecer a competência do juízo prevento, conforme art. 59 do CPC. IV. DISPOSITIVO E TESE 6. Conflito improcedente. Tese de julgamento: 1. A conexão material autoriza a reunião de ações com risco de decisões conflitantes, ainda que os pedidos não sejam idênticos. Dispositivos relevantes citados: CPC, arts. 55, § 3º, e 59. Jurisprudência relevante citada: TJ-SC, Conflito de Competência Cível n. 5025404-27.2020.8.24.0000, rel. João Batista Góes Ulysséa, j. 15.10.2020. Cuida-se de Conflito de Competência suscitado pelo JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ARENÁPOLIS-MT em face do JUÍZO DA 2ª VARA DA COMARCA DE BARRA DO BUGRES, que se declarou incompetente para processar e julgar o feito sob o fundamento de conexão com a ação de reintegração de posse n. 1000300-49.2021.8.11.0026, em trâmite naquela comarca (Id. 297671370 – pág. 41). Por sua vez, o juízo suscitante assevera que não há identidade entre os pedidos e a causa de pedir. Assim, suscitou o presente Conflito de Competência. É o relatório. Extrai-se do presente conflito que Antonio de Souza Braga propôs Ação de Reintegração de Posse com pedido de tutela de urgência em face de Dimas Soares Cardoso e Paulo Fernandes Soares Cardoso, visando à retomada da posse sobre servidão de passagem que atravessa a propriedade dos réus, sendo esta a única via de acesso ao imóvel rural de sua propriedade, denominado Fazenda Serra Tapirapuã. Em atenção ao Código de Processo Civil, há duas teorias que amparam o reconhecimento da conexão, a teoria tradicional, que a define como a existência de identidade entre o pedido ou a causa de pedir, nos termos do art. 55, caput, do CPC e a teoria material, ou por prejudicialidade, prevista no § 3º do mesmo artigo, segundo a qual os processos devem ser reunidos para julgamento conjunto quando houver risco de decisões conflitantes, ainda que não haja identidade formal entre os pedidos ou causas de pedir. Confira-se: Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. Nesse sentido, embora ausente a identidade de causa de pedir e pedido, é possível reconhecer a existência de vínculo entre os objetos litigiosos dos processos, o que por si só é suficiente para atrair a incidência da teoria da conexão material, ante o risco de decisões conflitantes. No caso, enquanto a ação originária (n.º 1000300-49.2021.8.11.0026) objetiva a proteção possessória sobre imóvel rural, a demanda que ensejou o presente conflito (n.º 1001066-20.2025.8.11.0008) visa à reintegração da posse de servidão de passagem, pactuada por meio de contrato particular e tida como o único acesso possível ao imóvel do autor. Contudo, conforme consta na ação de reintegração de posse n.º 1000300-49.2021.8.11.0026, no documento de ID 50324865 – pág. 3, trata-se de área localizada no município de Santo Afonso, sob o número do imóvel na Receita Federal (NIRF): 5.915.880, o mesmo descrito nos autos da ação de reintegração de posse com pedido de tutela de urgência n.º 1001066-20.2025.8.11.0008, conforme consta no documento de ID 297671370 – pág. 28. Infere-se que em ambas as ações, a propriedade em litígio é denominada “Fazenda Serra Tapirapuã”, o que reforça a identidade fática dos imóveis e a interdependência entre os pedidos, ainda que sob enfoques possessórios distintos. Assim, há evidente vínculo entre os objetos dos dois processos, sendo certo que o julgamento da ação possessória originária poderá afetar, de forma direta, o desfecho da ação sobre a servidão de passagem. Em outras palavras, eventual reconhecimento da posse legítima do imóvel em favor dos réus na primeira ação pode inviabilizar ou comprometer o exercício da servidão pelo autor na segunda, o que torna imperiosa a apreciação conjunta, a fim de se evitar decisões contraditórias e preservar a segurança jurídica. Nesse sentido: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE SERVIDÃO DE PASSAGEM. ANTERIOR AÇÃO DE USUCAPIÃO. AUSÊNCIA DE CONEXÃO . POSSIBILIDADE DE DECISÕES CONTRADITÓRIAS. REUNIÃO RECOMENDÁVEL. SEGURANÇA JURÍDICA PREVALENTE. CONFLITO PROCEDENTE . "Em que pese o entendimento pretoriano no sentido de que é inviável a reunião de ações, por conexão, em caso de modificação de competência absoluta, como ocorre na hipótese de competência funcional, e não sendo aconselhável a suspensão de uma das demandas em razão de particularidades da lide ( CPC, art. 265, IV, a), em homenagem à segurança jurídica e aos fins de pacificação social do processo, deve ser permitido, excepcionalmente, o julgamento conjunto das lides pelo juízo prevento caso verificado potencial possibilidade de prolação de decisões conflitantes sobre o mesmo objeto." (Conflito de Competência n. 2014 .092501-1, da Capital, rel. Des. Henry Petry Junior, j. 26-3-2015) . (TJSC, Conflito de Competência Cível n. 5025404-27.2020.8 .24.0000, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, rel. João Batista Góes Ulysséa, Segunda Câmara de Direito Civil, j. 15-10-2020) . (TJ-SC - Conflito de Competência Cível: 5025404-27.2020.8.24 .0000, Relator.: João Batista Góes Ulysséa, Data de Julgamento: 15/10/2020, Segunda Câmara de Direito Civil) Isso posto, considerando que a ação de reintegração de posse (n.º 1000300-49.2021.8.11.0026) foi distribuída anteriormente, deve prevalecer a competência do Juízo da Vara Única de Arenápolis/MT, nos termos do art. 59 do CPC. Pelo exposto, julgo improcedente o conflito de competência suscitado, para declarar a competência do Juízo da Vara Única de Arenápolis/MT. Cuiabá/MT, 13 de julho de 2025. Des. Rubens de Oliveira Santos Filho Relator

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Processo nº 1022066-03.2025.8.11.0000

ID: 324855000

Tribunal: TJMT Órgão: Segunda Turma de Câmaras Cíveis Reunidas de Direito Privado Classe: CONFLITO DE COMPETêNCIA CíVEL Nº Processo: 1022066-03.2025.8.11.0000

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

JUÍZO DA 2ª VARA DA COMARCA DE BARRA DO BUGRES

Decisão

PODER JUDICIÁRIO DE MATO GROSSO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 1022066-03.2025.8.11.0000 SUSCITANTE: JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ARENÁPOLIS-MT SUSCITADO: JUÍZO DA 2ª VARA DA COMARCA DE BARRA DO BUGRES Des… PODER JUDICIÁRIO DE MATO GROSSO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 1022066-03.2025.8.11.0000 SUSCITANTE: JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ARENÁPOLIS-MT SUSCITADO: JUÍZO DA 2ª VARA DA COMARCA DE BARRA DO BUGRES Des. RUBENS DE OLIVEIRA SANTOS FILHO DECISÃO MONOCRÁTICA CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÕES POSSESSÓRIAS SOBRE IMÓVEL RURAL E SERVIDÃO DE PASSAGEM. CONEXÃO MATERIAL. RISCO DE DECISÕES CONTRADITÓRIAS. COMPETÊNCIA DO JUÍZO PREVENTO. CONFLITO IMPROCEDENTE. I. CASO EM EXAME 1. Conflito de competência relativo a ações possessórias sobre imóvel rural e servidão de passagem. O juízo suscitante entende inexistir conexão, por ausência de identidade entre pedidos e causas de pedir. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2. A questão em discussão consiste em definir se há conexão material entre os feitos, capaz de justificar a reunião dos processos e fixação da competência no juízo prevento. III. RAZÕES DE DECIDIR 3. A conexão material se caracteriza pelo risco de decisões contraditórias, mesmo sem identidade formal entre pedidos ou causas de pedir (CPC, art. 55, § 3º). 4. Ambas as ações envolvem a mesma propriedade e partes comuns, ainda que sob enfoques possessórios distintos. 5. Deve prevalecer a competência do juízo prevento, conforme art. 59 do CPC. IV. DISPOSITIVO E TESE 6. Conflito improcedente. Tese de julgamento: 1. A conexão material autoriza a reunião de ações com risco de decisões conflitantes, ainda que os pedidos não sejam idênticos. Dispositivos relevantes citados: CPC, arts. 55, § 3º, e 59. Jurisprudência relevante citada: TJ-SC, Conflito de Competência Cível n. 5025404-27.2020.8.24.0000, rel. João Batista Góes Ulysséa, j. 15.10.2020. Cuida-se de Conflito de Competência suscitado pelo JUÍZO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE ARENÁPOLIS-MT em face do JUÍZO DA 2ª VARA DA COMARCA DE BARRA DO BUGRES, que se declarou incompetente para processar e julgar o feito sob o fundamento de conexão com a ação de reintegração de posse n. 1000300-49.2021.8.11.0026, em trâmite naquela comarca (Id. 297671370 – pág. 41). Por sua vez, o juízo suscitante assevera que não há identidade entre os pedidos e a causa de pedir. Assim, suscitou o presente Conflito de Competência. É o relatório. Extrai-se do presente conflito que Antonio de Souza Braga propôs Ação de Reintegração de Posse com pedido de tutela de urgência em face de Dimas Soares Cardoso e Paulo Fernandes Soares Cardoso, visando à retomada da posse sobre servidão de passagem que atravessa a propriedade dos réus, sendo esta a única via de acesso ao imóvel rural de sua propriedade, denominado Fazenda Serra Tapirapuã. Em atenção ao Código de Processo Civil, há duas teorias que amparam o reconhecimento da conexão, a teoria tradicional, que a define como a existência de identidade entre o pedido ou a causa de pedir, nos termos do art. 55, caput, do CPC e a teoria material, ou por prejudicialidade, prevista no § 3º do mesmo artigo, segundo a qual os processos devem ser reunidos para julgamento conjunto quando houver risco de decisões conflitantes, ainda que não haja identidade formal entre os pedidos ou causas de pedir. Confira-se: Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. § 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. Nesse sentido, embora ausente a identidade de causa de pedir e pedido, é possível reconhecer a existência de vínculo entre os objetos litigiosos dos processos, o que por si só é suficiente para atrair a incidência da teoria da conexão material, ante o risco de decisões conflitantes. No caso, enquanto a ação originária (n.º 1000300-49.2021.8.11.0026) objetiva a proteção possessória sobre imóvel rural, a demanda que ensejou o presente conflito (n.º 1001066-20.2025.8.11.0008) visa à reintegração da posse de servidão de passagem, pactuada por meio de contrato particular e tida como o único acesso possível ao imóvel do autor. Contudo, conforme consta na ação de reintegração de posse n.º 1000300-49.2021.8.11.0026, no documento de ID 50324865 – pág. 3, trata-se de área localizada no município de Santo Afonso, sob o número do imóvel na Receita Federal (NIRF): 5.915.880, o mesmo descrito nos autos da ação de reintegração de posse com pedido de tutela de urgência n.º 1001066-20.2025.8.11.0008, conforme consta no documento de ID 297671370 – pág. 28. Infere-se que em ambas as ações, a propriedade em litígio é denominada “Fazenda Serra Tapirapuã”, o que reforça a identidade fática dos imóveis e a interdependência entre os pedidos, ainda que sob enfoques possessórios distintos. Assim, há evidente vínculo entre os objetos dos dois processos, sendo certo que o julgamento da ação possessória originária poderá afetar, de forma direta, o desfecho da ação sobre a servidão de passagem. Em outras palavras, eventual reconhecimento da posse legítima do imóvel em favor dos réus na primeira ação pode inviabilizar ou comprometer o exercício da servidão pelo autor na segunda, o que torna imperiosa a apreciação conjunta, a fim de se evitar decisões contraditórias e preservar a segurança jurídica. Nesse sentido: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE SERVIDÃO DE PASSAGEM. ANTERIOR AÇÃO DE USUCAPIÃO. AUSÊNCIA DE CONEXÃO . POSSIBILIDADE DE DECISÕES CONTRADITÓRIAS. REUNIÃO RECOMENDÁVEL. SEGURANÇA JURÍDICA PREVALENTE. CONFLITO PROCEDENTE . "Em que pese o entendimento pretoriano no sentido de que é inviável a reunião de ações, por conexão, em caso de modificação de competência absoluta, como ocorre na hipótese de competência funcional, e não sendo aconselhável a suspensão de uma das demandas em razão de particularidades da lide ( CPC, art. 265, IV, a), em homenagem à segurança jurídica e aos fins de pacificação social do processo, deve ser permitido, excepcionalmente, o julgamento conjunto das lides pelo juízo prevento caso verificado potencial possibilidade de prolação de decisões conflitantes sobre o mesmo objeto." (Conflito de Competência n. 2014 .092501-1, da Capital, rel. Des. Henry Petry Junior, j. 26-3-2015) . (TJSC, Conflito de Competência Cível n. 5025404-27.2020.8 .24.0000, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, rel. João Batista Góes Ulysséa, Segunda Câmara de Direito Civil, j. 15-10-2020) . (TJ-SC - Conflito de Competência Cível: 5025404-27.2020.8.24 .0000, Relator.: João Batista Góes Ulysséa, Data de Julgamento: 15/10/2020, Segunda Câmara de Direito Civil) Isso posto, considerando que a ação de reintegração de posse (n.º 1000300-49.2021.8.11.0026) foi distribuída anteriormente, deve prevalecer a competência do Juízo da Vara Única de Arenápolis/MT, nos termos do art. 59 do CPC. Pelo exposto, julgo improcedente o conflito de competência suscitado, para declarar a competência do Juízo da Vara Única de Arenápolis/MT. Cuiabá/MT, 13 de julho de 2025. Des. Rubens de Oliveira Santos Filho Relator

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Processo nº 1001066-98.2025.8.11.0079

ID: 324381424

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE RIBEIRÃO CASCALHEIRA Classe: AUTO DE PRISãO EM FLAGRANTE Nº Processo: 1001066-98.2025.8.11.0079

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

MANOEL RIBEIRO BATISTA

Decisão

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE RIBEIRÃO CASCALHEIRA DECISÃO Processo: 1001066-98.2025.8.11.0079. AUTORIDADE: POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL DO ESTADO DE MATO GROSSO, MINISTÉRIO PÚBLIC… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE RIBEIRÃO CASCALHEIRA DECISÃO Processo: 1001066-98.2025.8.11.0079. AUTORIDADE: POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL DO ESTADO DE MATO GROSSO, MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO RÉU PRESO: MANOEL RIBEIRO BATISTA TERMO DE AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA | DECISÃO Número do Processo: 1001066-98.2025.8.11.0079 Espécie: Auto de Prisão em Flagrante Autoridade Policial: Polícia Civil de Mato Grosso - PCMT Data e horário: 11/07/2025, 16h10min (horário oficial do Estado de Mato Grosso). PRESENTES Juíza de Direito: Michele Cristina Ribeiro de Oliveira Promotor(a) de Justiça: Marco Antonio Prado Nogueira Perroni Defensor Público(a): Valderi Machado de Carvalho Custodiado/a(s): MANOEL RIBEIRO BATISTA OCORRÊNCIAS Nos termos indicados acima, foi aberta a audiência de custódia, nos termos do art. 310 do Código de Processo Penal, relativa ao auto de prisão em flagrante lavrado em desfavor de MANOEL RIBEIRO BATISTA, ocorrência policial de nº 2025.219387. Cumpridas as finalidades e apregoada às partes, a MM, Juíza de Direito passou a proferir perguntas relacionadas às circunstâncias da prisão, vinculadas à análise das providências cautelares, conforme termos gravados em mídias audiovisuais. Encerrada a oitiva do(s) autuado(s), foi dada a palavra ao Ministério Público, que pugnou pela homologação, pela concessão de liberdade provisória com fixação de medidas cautelares diversas da prisão. Na sequência, concedeu a palavra à Defesa, que se manifestou pela homologação do auto de prisão em flagrante, e pela concessão de liberdade provisória, ainda que com fixação de medidas cautelares diversas da prisão. DELIBERAÇÕES Após a MM. Juíza proferiu a seguinte DECISÃO: 1. DA ANÁLISE FORMAL DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE Nos termos do art. 310 do Código de Processo Penal, incumbe ao magistrado, ao receber o auto de prisão em flagrante, adotar, fundamentadamente, uma das seguintes providências: i) relaxar a prisão, caso a considere ilegal; ii) converter o flagrante em prisão preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; iii) conceder liberdade provisória ao(à)(s) autuado(a)(s), com ou sem fiança, ou, ainda, cumulada ou não com medidas cautelares diversas da prisão. Portanto, na hipótese vertente, verifico que o auto de prisão em flagrante foi apresentado dentro do prazo legal (art. 310 do CPP) e que o flagrante se encontra formal e materialmente válido. A prisão em flagrante levada a efeito pela autoridade policial não ostenta qualquer ilegalidade, uma vez que atendidas as disposições constitucionais e legais atinentes à espécie (art. 5º da CF e arts. 301 a 306 do CPP). Além disso, entendo que está presente uma das hipóteses de flagrância (art. 302 do CPP). Assim, não vejo razões para o relaxamento da prisão do(s) autuado(s), razão pela qual HOMOLOGO o Auto de Prisão em Flagrante (art. 310, I, CPP) e passo a analisar a necessidade de decretação da prisão preventiva (art. 310, II, CPP) ou a possibilidade de concessão de liberdade provisória (art. 310, III, CPP). 2. DA (DES)NECESSIDADE DE CONVERSÃO DO FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA Quanto à manutenção do encarceramento cautelar do(a) autuado(a), este somente subsistirá em caso de extrema e comprovada necessidade, devidamente demonstrada por circunstâncias concretas da realidade, não se podendo impor a segregação cautelar com base em meras especulações ou em peculiar característica do crime ou do agente. É que o princípio da não-culpabilidade, insculpido no inciso LVI do art. 5º da Constituição da República, consagra no ordenamento jurídico brasileiro a regra de que a custódia provisória do indivíduo é uma excepcionalidade no sistema normativo. Quanto à manutenção do encarceramento cautelar do(s) autuado(s), este somente subsistirá em caso de extrema e comprovada necessidade, devidamente demonstrada por circunstâncias concretas da realidade, não se podendo impor a segregação cautelar com base em meras especulações ou em peculiar característica do crime ou do agente. É que o princípio da não-culpabilidade, insculpido no inciso LVI do art. 5º da Constituição da República, consagra no ordenamento jurídico brasileiro a regra de que a custódia provisória do indivíduo é uma excepcionalidade no sistema normativo. Na hipótese dos autos, entendo que, apesar da gravidade da ação, não se evidencia periculosidade atual e contemporânea, deveras exacerbada, a ponto de justificar a manutenção de qualquer segregação antes do momento constitucional próprio, qual seja, o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória. Portanto, CONCEDO LIBERDADE PROVISÓRIA a MANOEL RIBEIRO BATISTA, mediante a FIXAÇÃO DAS SEGUINTES MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO, nos termos do art. 319 do CPP: I - comparecimento periódico (mensal) em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; II – proibição de se ausenta da comarca, por mais de 8 dias, salvo com autorização judicial; III - proibição de acesso ou frequência a bares, casas noturnas, distribuidoras de bebidas e/ou estabelecimentos congêneres onde se faço uso de álcool, para evitar o risco de novas infrações, ressalvado o estabelecimento de sua propriedade; IV - proibição de fazer uso de álcool; V – oficiar ao batalhão da PM de Bom jesus para fiscalizar as medidas cautelares; VI – Monitoração eletrônica pelo prazo de 90 dias. As medidas cautelares ora estabelecidas terão caráter provisório e vigerão pelo período de 90 (noventa) dias, a contar da presente data, podendo sua necessidade e adequação serem revistas a qualquer tempo, ou prorrogadas, caso as circunstâncias processuais assim o exijam. O custodiado deverá ser cientificado que o descumprimento de qualquer das medidas cautelares impostas poderá ensejar a revogação da liberdade provisória e a decretação da prisão preventiva, nos termos do art. 282, § 4º, do Código de Processo Penal. Confiro ainda, a esta decisão, força de MANDADO DE INTIMAÇÃO, para que o(a/s)autuado(a/s)seja(m) intimado(a/s)acerca das medidas cautelares acima fixadas. O alvará de soltura só será cumprido após a instalação do monitoramento eletrônico. Prazo de 24 horas para instalação, salvo requerimento expresso de prorrogação devidamente fundamentado pela unidade prisional. Dê-se ciência o Ministério Público. CIENTIFIQUE-SE a autoridade policial acerca do conteúdo desta decisão, podendo ser enviada ao endereço de e-mail: diogoneto@pjc.mt.gov.br. Proceda a Secretaria às anotações de praxe. Aguarde-se a conclusão do Inquérito Policial, trasladando-se cópia das peças necessárias. Em seguida, arquive-se com as baixas e anotações de estilo. Publicada no ato. Saem os presentes intimados. Cumpra-se. As assinaturas foram dispensadas (exceto da magistrada) face à forma de realização desta audiência (videoconferência). Nada mais foi requerido. Pela MM. Juíza foi determinado o encerramento do presente termo que, lido e achado conforme, vai devidamente assinado. RIBEIRÃO CASCALHEIRA, 11 de julho de 2025. Michele Cristina Ribeiro de Oliveira Juíza de Direito

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Mara Jackeline Marin x Andre Luiz Bremm

ID: 298915837

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE GUIRATINGA Classe: REINTEGRAçãO / MANUTENçãO DE POSSE Nº Processo: 1001066-04.2023.8.11.0036

Data de Disponibilização: 16/06/2025

Polo Ativo:

MARA JACKELINE MARIN

Polo Passivo:

ANDRE LUIZ BREMM

Sentença

Advogados:

RAUL ANTUNES MACEDO

OAB/MT XXXXXX Desbloquear

MARCOS AUGUSTO GONCALVES

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

JOAO VITOR KUNYOSHI KARIMATA

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Processo n. 1001066-04.2023.8.11.0036 Sentença Vistos, etc. Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (id. 194475528) opostos por ANDRÉ LUIZ BREMM, em face da sentença proferida ao id. 193247587, alegando a… Processo n. 1001066-04.2023.8.11.0036 Sentença Vistos, etc. Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (id. 194475528) opostos por ANDRÉ LUIZ BREMM, em face da sentença proferida ao id. 193247587, alegando a ocorrência de vício sanável através do presente recurso aclaratório. Em despacho de id. 194906556, não fora conhecido o pedido de atribuição de efeito suspensivo ao recurso aclaratório. Contrarrazões colacionada ao id. 195896030. Assim, vieram-me os autos conclusos. É o sucinto relatório. Fundamento e Decido. Inicialmente, da leitura das razões do embargante verifica-se que a sua pretensão é buscar a rediscussão do mérito da demanda, situação essa que não se admite em sede de embargos declaratórios, uma vez que essa é via eleita inadequada. Além disso, a discordância com os maus ou bons fundamentos de uma sentença não viabiliza o recurso aclaratório e, sim, a apelação a segunda instância. Senão vejamos: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. OMISSÕES NÃO CONSTATADAS. REEXAME DA MATÉRIA EM JULGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO ACOLHIDOS. 1. Os embargos de declaração estão limitados às hipóteses previstas no art. 535 do Código de Processo Civil e, consequentemente, não se prestam ao reexame da causa, ainda que opostos com objetivo de prequestionamento. 2. O julgador não pode ser compelido a enfrentar todas as teses jurídicas agitadas pelas partes, sendo suficiente que decline as razões de seu convencimento. 3. Embargos de Declaração conhecidos, mas não providos. Unânime. (TJ-DF - EMD2: 201201116294102 Apelação Cível, Relator: FÁTIMA RAFAEL, Data de Julgamento: 15/04/2015, 3ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 24/04/2015. Pág.: 253)” “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA JÁ DECIDIDA NO ACÓRDÃO. IMPOSSIBILIDADE. O recorrente busca a rediscussão da matéria já enfrentada no Acórdão. Para tal desiderato não se prestam os embargos de declaração. EMBARGOS DESACOLHIDOS.. (Embargos de Declaração Nº 70066279167, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Guinther Spode, Julgado em 29/10/2015). (TJ-RS - ED: 70066279167 RS, Relator: Guinther Spode, Data de Julgamento: 29/10/2015, Décima Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 03/11/2015).” Dessa forma, inexistente a presença de vícios ensejadores da via recursal aclaratória, resta-me julgar pelo não provimento destes Embargos de Declaração. Assim, a vista do desprovimento do recurso aclaratório, resta prejudicado a análise do requerimento de preclusão de juntada de novos documentos, pois a valoração das provas por este juízo singelo se esgotou quando do julgamento da demanda. Decido. Ante o exposto, RECEBO os embargos de declaração, porém não vislumbrando os alegados vícios, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO para manter, na íntegra, a sentença combatida. Se interposto recurso de apelação, INTIME-SE o(a) apelado(a) a apresentar contrarrazões no prazo legal e, após, REMETAM-SE os autos ao E. Tribunal de Justiça, independente de juízo de admissibilidade, nos termos do art. 1.010, §3º do Código de Processo Civil. Após o trânsito em julgado da r. sentença e nada sendo requerido, PROCEDAM-SE as baixas e anotações de estilo e ARQUIVEM-SE os presentes autos. Cumpra-se. Intimem-se. Expeça-se o necessário. Guiratinga/MT, data da assinatura eletrônica. Aroldo José Zonta Burgarelli Juiz de Direito

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Processo nº 1001066-92.2025.8.11.9005

ID: 315420015

Tribunal: TJMT Órgão: Primeira Turma Recursal Classe: MANDADO DE SEGURANçA CíVEL Nº Processo: 1001066-92.2025.8.11.9005

Data de Disponibilização: 03/07/2025

Polo Ativo:

MADALENA DOMINGUES RANGEL

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

JOAO RICARDO FILIPAK REGISTRADO(A) CIVILMENTE COMO JOAO RICARDO FILIPAK

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PRIMEIRA TURMA RECURSAL GABINETE 4 MANDADO DE SEGURANÇA N.º 1001066-92.2025.8.11.9005 Mandado de Segurança n.º 1001066-92.2025.8.11.9005 Imp… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PRIMEIRA TURMA RECURSAL GABINETE 4 MANDADO DE SEGURANÇA N.º 1001066-92.2025.8.11.9005 Mandado de Segurança n.º 1001066-92.2025.8.11.9005 Impetrante: Madalena Domingues Rangel. Impetrado: Juízo do 2º Juizado Especial de Rondonópolis-MT. RELATÓRIO Mandado de Segurança de Madalena Domingues Rangel. Ação: Execução. Origem: 2º Juizado Especial de Rondonópolis-MT. Decisão atacada (Id. 197715396 - nos autos n.º 8010001-33.2011.8.11.0003): indeferiu o pedido de justiça gratuita feito pela ora impetrante e determinou o pagamento do preparo recursal, sob pena de deserção do recurso inominado interposto. Mandado de Segurança: afirma não possuir condições de arcar com o pagamento do preparo recursal, conforme declaração de hipossuficiência e documentação apresentada. Vistos, Trata-se de Mandado de Segurança impetrado em face de ato praticado pelo Juízo do 2º Juizado Especial de Rondonópolis-MT, diante da decisão que não recebeu o recurso inominado interposto na ação de conhecimento n.º 8010001-33.2011.8.11.0003. A impetrante sustenta que o seu direito está amparado na lei, no sentido de garantir o acesso à gratuidade da justiça. Entretanto, a decisão atacada, em síntese, indeferiu o pedido de justiça gratuita feito pela parte recorrente, ora impetrante, sob o fundamento de que não houve a comprovação da hipossuficiência financeira quanto às custas recursais, tendo em vista que não foi apresentado qualquer documento hábil que comprove a alegada situação de miserabilidade. Por essa razão, a impetrante afirma estarem presentes os requisitos do artigo 300 do Código de Processo Civil e pleiteia, liminarmente, o deferimento do benefício da gratuidade da justiça e, ao final, o recebimento do recurso inominado, declarando nulo o ato impugnado. É o relatório do essencial. Fundamento e decido. A tutela de urgência possui caráter excepcional e, para a sua concessão em mandado de segurança, devem estar presentes os dois requisitos autorizativos previstos no inciso II do artigo 7º da Lei n.º 12.016/2009. O primeiro consiste no “relevante fundamento”, traduzindo justamente o fumus boni iuris e, o segundo, no periculum in mora, revelando o potencial prejuízo que a demora na concessão definitiva da segurança causaria à impetrante. Da análise detida dos autos, verifica-se que a impetrante, na demanda de origem, qualificou-se como sócia proprietária da empresa M. Domingues Rangel-Me e, ao impetrar este mandamus, disse ser micro empresária. Todavia, a impetrante deixou de comprovar a sua hipossuficiência financeira, uma vez que, intimada para tanto, apresentou apenas e tão somente o contracheque relativo ao benefício que recebe do INSS. Ademais, verifica-se no processo de origem que a impetrante negou a apresentação extratos bancários, faturas de cartão de crédito, declaração de imposto de renda, gastos/resultados mensais de eventual estabelecimento comercial, dentre outros. Portanto, desprovida de prova a alegada insuficiência de recursos para o custeio das despesas processuais, ou comprometimento de sua renda. Com efeito, o artigo 4º e § 1º da Lei n.º 1.060/50, dispõem: “A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. § 1º. Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais”. No entanto, a Constituição Federal, cuja norma legal é hierarquicamente superior à Lei, em seu art. 5º, inciso LXXIV, diz o seguinte: “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”. Assim, ao apreciar o pedido de gratuidade, deve o julgador levar em consideração não somente o que dispõe a norma legal, mas também o disposto na norma constitucional, que exige a comprovação de insuficiência de recurso, tendo em vista que a afirmação de pobreza goza tão somente de presunção relativa de veracidade, sendo facultado ao juiz exigir a comprovação da alegada insuficiência de recursos, exigida pelo artigo 5º, LXXIV, da Constituição da República. O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso tem reiteradamente decidido que cabe ao julgador examinar a razoabilidade da concessão da gratuidade da justiça, considerando para tanto os elementos que evidenciam a condição de necessidade do beneficiário: “AGRAVO INTERNO – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – POSSIBILIDADE DE ARCAR COM AS DESPESAS PROCESSUAIS - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE POBREZA E MISERABILIDADE – RECURSO DESPROVIDO. O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recurso. Inteligência do art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal. A aplicação do art. 4º, da Lei nº 1060/50, não deve ocorrer de forma absoluta e irrestrita, merecendo ser alvo de interpretação sistemática e teleológica, para que em situações excepcionais seja relativizado, como forma de impedir o abuso do direito. Cabe ao julgador examinar a razoabilidade da concessão da gratuidade da justiça, considerando para tanto os elementos que evidenciam a condição de necessidade do beneficiário. (N.U 0045062-27.2016.8.11.0000, CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 03/08/2019, Publicado no DJE 09/08/2019)”. Desse modo, tem-se que o juízo não está adstrito à obrigação de deferir a gratuidade da justiça, em face da simples alegação de falta de recursos para arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios, se tiver fundadas razões para indeferir o pedido, conforme preconiza o art. 5º da Lei n.º 1.060/50, in verbis: “O juiz, se não tiver fundadas razões para indeferir o pedido, deverá julgá-lo de plano, motivando ou não o deferimento dentro do prazo de setenta e duas horas”. Com efeito, a falta de condições financeiras para o custeio das despesas do processo deve ser inequivocamente provada, sob pena de indeferimento do pedido de gratuidade da justiça, quando o juiz, em seu poder de julgar, entender que há fundada razão para negá-lo. Trago mais uma vez decisão do E. Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso reiterando que cabe ao julgador esse exame: “AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE INDEFERIU O BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. HIPOSSUFICIENCIA NÃO DEMONSTRADA. MANUTENÇÃO. DESPROVIMENTO DO RECURSO. O indeferimento do benefício da gratuidade da justiça baseou-se no fato do agravante ter patrimônio relevante e ainda possuir condição econômica favorável ao pagamento das custas do processo. É fato que possuir patrimônio com valor relevante e o valor dos rendimentos mensais, por si só, não são motivos para não concessão do benefício pretendido, mas cabia ao interessado comprovar o comprometimento da renda, o que não ocorreu. (N.U 1010402-48.2020.8.11.0000, CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PÚBLICO, GILBERTO LOPES BUSSIKI, Primeira Câmara de Direito Público e Coletivo, Julgado em 02/08/2021, Publicado no DJE 16/08/2021)”. Por essas razões, indefiro o pedido liminar. Notifique-se a autoridade apontada como coatora para prestar informações, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do artigo 7°, I, da Lei n.º 12.016/2009. Após, dê-se vista ao Ministério Público. Cite-se a parte litisconsorte passiva necessária para, querendo e, no prazo legal, manifestar-se sobre os termos da presente demanda judicial. Cumpridas as determinações supra, conclusos para inclusão na pauta de julgamento. Intimem-se. Cumpra-se. Cuiabá-MT, data registrada no sistema. Eulice Jaqueline da Costa Silva Cherulli Juíza de Direito Relatora

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Processo nº 1001066-24.2025.8.11.0039

ID: 334913640

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1001066-24.2025.8.11.0039

Data de Disponibilização: 25/07/2025

Polo Ativo:

ROSELI LOPES DE AZEVEDO

Polo Passivo:

Decisão

Advogados:

BRUNO RICCI GARCIA

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS DECISÃO Processo: 1001066-24.2025.8.11.0039 REQUERENTE: ROSELI LOPES DE AZEVEDO REQUERIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS DECISÃO Processo: 1001066-24.2025.8.11.0039 REQUERENTE: ROSELI LOPES DE AZEVEDO REQUERIDO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS O direito à continuidade do benefício por incapacidade temporária com estimativa de DCB (alta programada) pressupõe, por parte do segurado, pedido de prorrogação (§ 9º, art. 60 da Lei n. 8.213/91), recurso administrativo ou pedido de reconsideração, quando previstos normativamente, sem o que não se configura interesse de agir em juízo – Tema 277 da Turma Nacional de Uniformização. Não obstante, o objetivo do Recurso Extraordinário (RE) 631240, julgado pelo Pleno do STF, não foi outro senão a fixação de orientações para a intervenção do Poder Judiciário, com destaque à necessidade de prévia apreciação ou indeferimento administrativo, ou excesso de prazo legal, para caracterizar o interesse processual em demanda que se postula a concessão de benefício previdenciário ou assistencial. Ademais, informa a parte autora que não conseguiu promover o pedido de prorrogação do benefício, uma vez que o mesmo foi concedido já com a DCB vencida. Todavia, o ato de comunicação da cessação observou que da decisão poderia ser interposto Recurso à Junta de Recursos da Previdência Social, dentro do prazo de 30(trinta) dias, contados da data do recebimento da comunicação. Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA. AUSÊNCIA DE PEDIDO DE PRORROGAÇÃO. TEMA 350 DO STF. PROCESSO EXTINTO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. APELAÇÃO DA PARTE AUTORA NÃO PROVIDA. 1. Trata-se de recurso de apelação interposto pela parte autora em face de sentença que indeferiu o pedido da inicial e extinguiu o feito sem resolução de mérito, ante ausência de pedido de prorrogação do benefício. 2. Observando a tese fixada pelo Supremo, tema 350, resta claro reconhecer que houve o indeferimento forçado do requerimento administrativo, incidindo o especificado no final do inciso IV, alínea c, da tese, vejamos: "Se o pedido for acolhido administrativamente ou não puder ter o seu mérito analisado devido a razões imputáveis ao próprio requerente, extingue-se a ação". 3. A parte autora teve seu benefício cessado no mesmo dia da perícia, mas a comunicação da cessação permitiu a interposição de recurso em 30 dias, caso houvesse discordância. No entanto, não há registro de que a parte tenha apresentado esse recurso, nem demonstrado elementos que justificassem a inversão do ônus, exigindo do INSS a presunção da continuidade da incapacidade. Desse modo, não foi caracterizado o interesse de agir da parte autora na solicitação de prorrogação do benefício, visto ausência de resistência da autarquia. 4. Assim, correta sentença, o processo deve ser extinto, sem resolução do mérito, por falta de interesse de agir. 5. Honorários de advogado majorados em dois pontos percentuais, nos termos do art. 85, §11, do CPC/2015 e da tese fixada no Tema 1.059/STJ, os quais ficam suspensos em caso de deferimento da gratuidade de justiça, conforme art. 98, §§ 2º e 3º do CPC/2015. 6. Apelação da parte autora não provida. (TRF-1 – ApCiv: 1018000-36.2023.4.01.9999, Relator: Desembargador Rui Gonçalves, Data do Julgamento: 29/04/2025, Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, Data de publicação: 30/04/2025) Nesse contexto, intime-se a parte requerente para, no prazo de 15 dias, emendar a inicial com o fim de apresentar/demonstrar o resultado da análise do pedido de prorrogação ou o atual estágio do processo administrativo ou o que entender de direito, sob risco de indeferimento da inicial. Sanada a irregularidade, tornem-me os autos conclusos para analisar a inicial. Marcos André da Silva Juiz de Direito

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Processo nº 1001066-04.2023.8.11.0036

ID: 277842520

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE GUIRATINGA Classe: REINTEGRAçãO / MANUTENçãO DE POSSE Nº Processo: 1001066-04.2023.8.11.0036

Data de Disponibilização: 23/05/2025

Polo Ativo:

MARA JACKELINE MARIN

Polo Passivo:

Decisão

Advogados:

MARCOS AUGUSTO GONCALVES

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JOAO VITOR KUNYOSHI KARIMATA

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Autos n. 1001066-04.2023.8.11.0036 Decisão Vistos, etc. Trata-se de recurso de embargos de declaração com efeitos infringentes c/c pedido liminar para atribuição de efeito suspensivo oposto por ANDRÉ… Autos n. 1001066-04.2023.8.11.0036 Decisão Vistos, etc. Trata-se de recurso de embargos de declaração com efeitos infringentes c/c pedido liminar para atribuição de efeito suspensivo oposto por ANDRÉ LUIZ BREMM em face de decisão proferida nos autos, alegando que a incidência de vícios sanáveis por declaratórios. Certificada a tempestividade do recurso aclaratório. (id. 194593226) Assim vieram os autos conclusos. É o que merece relato. Fundamento e Decido. Prima facie, convém destacar que, em regra, o recurso de embargos de declaração não possui efeito suspensivo, de acordo com a previsão do art. 1.026, caput, do Código de Processo Civil. Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. (grifos nossos) Ademais, referida regra comporta exceção, desde que demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, ainda, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação. § 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação. Contudo, da simples leitura da norma legal, extrai-se que a atribuição de efeito suspensivo sempre ocorrerá em instância revisora, pois há expressa indicação do termo “decisão monocrática ou colegiada”. Ora, é consabido que o julgador singelo somente se pronuncia através de sentenças, decisões interlocutórias e despachos, em consonância ao contido no art. 203 do CPC. Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Outrossim, percebe-se que há expressa indicação do termo “respectivo juiz ou relator”, novamente remetendo à ideia de instância revisora e não ao julgador singelo. Vale rememorar que o termo juiz, neste caso, é empregado para se referir à composição dos julgadores em Segunda Instância, composta por desembargadores, ou Turmas Recursais, compostas exclusivamente por juízes de direito. Assim, entendo equivocado o requerimento formulado pelo embargante, pois carece a este juízo competência para atribuir efeito suspensivo ao recurso aclaratório, devendo-se manter a regra geral, ou seja, a não incidência de efeito suspensivo. Ademais, convém destacar que a pretensão de suspensão dos efeitos da sentença deveria ser objeto de recurso de apelação, cujo pedido também é direcionado ao respectivo relator. Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição. § 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. § 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; II - relator, se já distribuída a apelação. (grifos nossos) Desse modo, pelo exposto, NÃO CONHEÇO do pedido de atribuição de efeito suspensivo ao recurso de embargos de declaração colacionado ao id. 194475528. Em atenção ao princípio do contraditório e ampla defesa, INTIME-SE o embargado para que, caso queira e no prazo legal, apresente suas contrarrazões aos embargos declaratórios de id. 194475528, sob pena de preclusão. Com o transcurso do prazo, com ou sem manifestação, VOLTEM os autos conclusos para deliberação. Cumpra-se. Intimem-se. Expeça-se o necessário. Guiratinga/MT, data da assinatura eletrônica. Aroldo José Zonta Burgarelli Juiz de Direito

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Alberto Caio Tamborrino x Cooperativa De Credito Da Regiao De Fronteira De Ro/Mt Ltda - Sicoob Fronteiras

ID: 334920705

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS Classe: OUTROS PROCEDIMENTOS DE JURISDIçãO VOLUNTáRIA Nº Processo: 1001066-58.2024.8.11.0039

Data de Disponibilização: 25/07/2025

Polo Ativo:

ALBERTO CAIO TAMBORRINO

Polo Passivo:

COOPERATIVA DE CREDITO DA REGIAO DE FRONTEIRA DE RO/MT LTDA - SICOOB FRONTEIRAS

Decisão

Advogados:

ROBERTA STEFANO MARQUES

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ANDRE LUIZ CAMPOS DAS NEVES RIBEIRO

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THIAGO SCARPONI DE AZEVEDO

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS DECISÃO Processo: 1001066-58.2024.8.11.0039 REQUERENTE: ALBERTO CAIO TAMBORRINO REQUERIDO: COOPERATIVA DE CREDITO DA RE… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS DECISÃO Processo: 1001066-58.2024.8.11.0039 REQUERENTE: ALBERTO CAIO TAMBORRINO REQUERIDO: COOPERATIVA DE CREDITO DA REGIAO DE FRONTEIRA DE RO/MT LTDA - SICOOB FRONTEIRAS Aqui se tem embargos à execução ajuizados por ALBERTO CAIO TAMBORRINO em face de COOPERATIVA DE CREDITO DA REGIAO DE FRONTEIRA DE RO/MT LTDA - SICOOB FRONTEIRAS. O embargante alega, em suma, não ter contratado os empréstimos ou figurado como avalista nas operações de crédito representadas pelas Cédulas de Crédito Bancário de nº 120868 e 120986, cujas assinaturas não reconhece. Em 17 de janeiro de 2025, foi proferida decisão (ID 180741260) que nomeou a empresa MEDIAPE – MEDIAÇÃO, ARBITRAGEM, RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E PERÍCIAS LTDA. como perita, com o objetivo de apurar a evolução de rebanho e responder aos quesitos das partes. Posteriormente, o e-mail de intimação ao perito (ID 180963878) confirmou a nomeação e solicitou a apresentação de proposta de honorários e currículo, o que foi feito em 11 de fevereiro de 2025 (ID 183502324 e ID 183502325). A empresa MEDIAPE aceitou o encargo e apresentou proposta de honorários periciais no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), destacando que a perícia seria grafotécnica para verificar a autenticidade das assinaturas contestadas. A perita, Alzenir Rocha Venancio, apresentou seu currículo detalhado. As partes foram intimadas para se manifestar sobre o aceite e a proposta (ID 183548350 e ID 183548351). O embargante ALBERTO CAIO TAMBORRINO, por meio de seu novo patrono, manifestou-se (ID 183987077) e requereu a reconsideração do valor dos honorários periciais. Sugeriu a redução para R$ 2.000,00 (dois mil reais), argumentando que o serviço envolvia a análise de poucas assinaturas e citando julgados para justificar o valor. Em 29 de abril de 2025, nova decisão foi proferida (ID 192272479), intimando o perito a se manifestar sobre a impugnação aos honorários e, se fosse o caso, apresentar nova proposta. A intimação ao perito foi efetivada em 14 de maio de 2025 (ID 193906302). Em resposta, a perita (ID 194342238) apresentou nova proposta, reduzindo os honorários para R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais). Argumentou que o valor inicialmente proposto considerava a complexidade do trabalho pericial, que engloba diversas etapas além da mera análise visual, e que os precedentes citados pelo embargante eram desatualizados. A perita reiterou que a análise se concentraria nas assinaturas contestadas, inclusive por amostragem nas várias páginas dos documentos. Em 19 de maio de 2025, a COOPERATIVA DE CREDITO DA REGIAO DE FRONTEIRA DE RO/MT LTDA - SICOOB FRONTEIRAS apresentou manifestação (ID 194459939), arguindo a nulidade da citação em relação aos embargos à execução. Alegou que a intimação não ocorreu na pessoa de seu advogado regularmente constituído nos autos principais da execução, mas sim de forma eletrônica em nome da cooperativa. A embargada requereu o reconhecimento da nulidade da intimação e a reabertura do prazo para impugnar os embargos. Vieram os autos conclusos para deliberação. Fundamentação A matéria debatida neste momento processual concentra-se em duas questões principais: a preliminar de nulidade da intimação arguida pela parte embargada e a adequação dos honorários periciais. Inicialmente, analiso a preliminar de nulidade da intimação para impugnar os embargos à execução, suscitada pela parte embargada. Da arguição de nulidade A arguição de nulidade (ID 194459939) indica que a intimação teria sido efetuada de forma eletrônica, diretamente à cooperativa, e não ao seu patrono legalmente constituído nos autos da execução principal, o que, em tese, violaria o devido processo legal e o contraditório. Contudo, a própria manifestação da parte embargada nos autos demonstra seu conhecimento integral do teor dos embargos à execução e de todos os atos subsequentes. No processo civil brasileiro, o comparecimento espontâneo do réu ou executado supre a falta ou a nulidade da citação ou da intimação, nos termos do artigo 239, § 1º, do Código de Processo Civil. A finalidade do ato processual, que é dar ciência à parte e possibilitar sua defesa, foi integralmente alcançada. A parte embargada, ao se manifestar e apresentar suas razões, ainda que para arguir nulidade, sanou o vício, inexistindo prejuízo a ser reparado. Portanto, a preliminar arguida não merece acolhimento. Dos honorários periciais No que tange aos honorários periciais, verifica-se a perita nomeada apresentou proposta inicial de R$ 4.000,00 (ID 183502324), a qual foi impugnada pelo embargante que sugeriu o valor de R$ 2.000,00 (ID 183987077). Diante da impugnação, a perita, em uma nova manifestação (ID 194342238), reduziu sua proposta para R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais). Considerando a natureza da perícia, que exige conhecimento técnico especializado em grafoscopia e documentoscopia, a necessidade de coleta de padrões gráficos e a análise de diversos documentos, mesmo que por amostragem, o valor proposto pela perita em sua última manifestação mostra-se razoável e proporcional à complexidade do trabalho a ser desenvolvido. Assim, fixo os honorários periciais no valor de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais). Diante do exposto: 1.REJEITO a preliminar de nulidade da intimação arguida pela COOPERATIVA DE CREDITO DA REGIAO DE FRONTEIRA DE RO/MT LTDA - SICOOB FRONTEIRAS (ID 194459939), uma vez que a finalidade do ato foi alcançada com a manifestação espontânea da parte nos autos, inexistindo prejuízo. 2.HOMOLOGO a proposta de honorários periciais apresentada pela empresa MEDIAPE – MEDIAÇÃO, ARBITRAGEM, RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E PERÍCIAS LTDA., fixando-os no valor de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais). 3.Cumpra-se com a decisão contida em ID. 180741260, no que tange a perícia. Intimem-se as partes. Oportunamente, conclusos. Marcos André da Silva Juiz de Direito

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Miguel Martins De Oliveira x Banco Santander (Brasil) S.A.

ID: 312806243

Tribunal: TJMT Órgão: 2ª VARA DE CAMPO NOVO DOS PARECIS Classe: CONSIGNAçãO EM PAGAMENTO Nº Processo: 1001066-88.2025.8.11.0050

Data de Disponibilização: 01/07/2025

Polo Ativo:

MIGUEL MARTINS DE OLIVEIRA

Polo Passivo:

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.

Intimação

Advogados:

VANIA CAVALHEIRO MORAES RANZI

OAB/MT XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MATO GROSSO COMARCA DE CAMPO NOVO DO PARECIS 2ª VARA DE CAMPO NOVO DOS PARECIS - PJe SENTENÇA NÚMERO DO PROCESSO: 1001066-88.2025.8.11.0050 VALOR DA CAUSA: R$ 18.393,72 … PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MATO GROSSO COMARCA DE CAMPO NOVO DO PARECIS 2ª VARA DE CAMPO NOVO DOS PARECIS - PJe SENTENÇA NÚMERO DO PROCESSO: 1001066-88.2025.8.11.0050 VALOR DA CAUSA: R$ 18.393,72 ESPÉCIE: [Abatimento proporcional do preço, Indenização por Dano Moral, Inclusão Indevida em Cadastro de Inadimplentes, Liminar]->CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (32) Vistos. Trata-se de ação de consignação em pagamento ajuizada por MIGUEL MARTINS DE OLIVEIRA em face de BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A, objetivando o depósito judicial de parcelas referentes a contrato de financiamento imobiliário, ante a suposta recusa da instituição financeira requerida em receber os pagamentos. Aduz o autor, em síntese, que firmou contrato de financiamento imobiliário com o requerido em maio de 2020, comprometendo-se a pagar parcelas mensais no valor de R$ 1.532,81. Sustenta que, apesar de depositar mensalmente os valores correspondentes às parcelas em sua conta corrente, o banco réu não estava realizando os débitos das parcelas referentes ao financiamento, bem como estava efetuando descontos indevidos referentes a taxas, títulos de capitalização, seguro cheque, limite de crédito, limite cheque especial e gastos com cartão de crédito, mesmo após solicitação de bloqueio do cartão em dezembro de 2023. Relata que, em 31 de março de 2025, foi notificado pelo cartório sobre o atraso de três parcelas do financiamento (parcelas 51, 52 e 53), totalizando R$ 4.429,28, apesar dos depósitos realizados em sua conta corrente. Afirma ainda que, ao buscar esclarecimentos na agência bancária, descobriu a existência de quatro títulos de capitalização, os quais teriam sido condicionados à obtenção de descontos nas parcelas do financiamento, configurando venda casada. Requer, ao final: a) a concessão de tutela de urgência para suspender cobranças e descontos em sua conta corrente; b) a determinação ao banco requerido para que se abstenha de praticar quaisquer atos de cobrança e protesto extrajudicial ou judicial; c) a consignação em pagamento das parcelas em aberto do financiamento imobiliário; d) a declaração de inexistência de débito; e) a restituição em dobro dos valores descontados indevidamente; f) a nulidade da venda casada dos títulos de capitalização; g) a condenação do requerido ao pagamento de indenização por danos morais, entre outros pedidos. Atribuiu à causa o valor de R$ 18.393,72. Juntou documentos (IDs 191398522, 191402859 e 194505338). Em decisão de ID 192136691, foi determinada a emenda da petição inicial para adequação do pedido à natureza própria da ação de consignação em pagamento, excluindo os pedidos incompatíveis com o rito especial, bem como para comprovação da tentativa de pagamento e recusa do credor em receber as parcelas do financiamento. O autor apresentou emenda à inicial (ID 192921468), na qual desistiu do pedido de indenização por danos morais e adequou seus pedidos ao rito da consignação em pagamento, alegando que tentou efetuar o pagamento das parcelas do financiamento, mas encontrou dificuldades em razão da ausência de emissão de boletos bancários por parte do requerido. Sustentou ainda que notificou extrajudicialmente o banco e tentou obter os boletos para quitação das parcelas em aberto, sem êxito. Posteriormente, o autor apresentou petição de ID 194868504, informando que o banco requerido entrou em contato, oferecendo acordo para pagamento de todas as parcelas em atraso (de dezembro/2024 a maio/2025). Afirma que, com a ajuda de familiares, conseguiu complementar o valor total da dívida e aceitou o acordo proposto, realizando o pagamento conforme comprovante anexado aos autos. Por essa razão, requer a extinção do processo pela perda do objeto, ratificando o pedido de justiça gratuita. Vieram os autos conclusos para sentença. É o relatório. Fundamento e decido. In casu, o autor, na petição de ID 194868504, informa que houve composição extrajudicial entre as partes, tendo o banco requerido oferecido acordo para pagamento de todas as parcelas em atraso (de dezembro/2024 a maio/2025). Aduz que, com auxílio de familiares, conseguiu complementar o valor total da dívida e aceitou o acordo proposto, realizando o pagamento conforme comprovante anexado. Por conseguinte, requer a extinção do processo pela perda do objeto, uma vez que não subsiste mais o interesse na consignação em pagamento das parcelas, diante da quitação realizada diretamente junto à instituição financeira. No que concerne ao pedido de extinção, entendo que o caso dos autos denota a desistência da ação, imperioso ressaltar que constitui negócio jurídico unilateral, pelo qual o autor abre mão da tutela jurisdicional pleiteada, sem que haja resolução do mérito. O Código de Processo Civil, em seu artigo 485, VIII, estabelece que o processo será extinto sem resolução do mérito quando o juiz homologar a desistência da ação. O parágrafo 4º do mesmo dispositivo prescreve que, oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. No caso em apreço, não houve citação válida do réu, tampouco apresentação de contestação, razão pela qual a desistência pode ser homologada independentemente de consentimento da parte adversa. Ex positis, à luz da exegese jurídica mais consentânea com o sistema normativo vigente, considerando o acervo probatório amealhado aos autos e a manifestação inequívoca de desistência por parte do autor, impõe-se a homologação da desistência da ação e a consequente extinção do processo sem resolução do mérito. Ante o exposto, com fulcro na fundamentação supra expendida, HOMOLOGO A DESISTÊNCIA DA AÇÃO manifestada pelo autor, e, por conseguinte, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do art. 485, VIII, do Código de Processo Civil. DEFIRO o benefício da gratuidade da justiça ao autor, nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil, em razão da comprovação de sua insuficiência de recursos. Sem custas e honorários advocatícios, em razão da ausência de resistência da parte requerida, que sequer foi citada. Transitada em julgado, arquivem-se os autos com as baixas e anotações de estilo. Intimem-se. Cumpra-se, expedindo-se o necessário e com as cautelas de estilo. Campo Novo do Parecis/MT, datado e assinado eletronicamente. Cláudia Anffe Nunes da Cunha Juíza de Direito

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Iuni Educacional S/A. x Alexandre Maitelli e outros

ID: 312364272

Tribunal: TJMT Órgão: 4ª VARA CÍVEL DE CUIABÁ Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 1031531-20.2019.8.11.0041

Data de Disponibilização: 01/07/2025

Polo Ativo:

IUNI EDUCACIONAL S/A.

Polo Passivo:

ALEXANDRE MAITELLI ANA CAROLINE LIMA MAITELLI

Sentença

Advogados:

ROSANA DE BARROS BEZERRA PINHEIRO ESPOSITO

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KATHLEEN ESPINDULA DE SOUSA

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CAROLINE PEREIRA SPINA DE CICCIO

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SAHARA CRESTANA PEREIRA

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Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso Comarca de Cuiabá Juízo da 4ª Vara Cível Avenida Desembargador Milton Figueiredo Ferreira Mendes, Telefones Secretaria: (65) 3648-6435/6436 – Telefones Gabin… Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso Comarca de Cuiabá Juízo da 4ª Vara Cível Avenida Desembargador Milton Figueiredo Ferreira Mendes, Telefones Secretaria: (65) 3648-6435/6436 – Telefones Gabinete: (65) 3648-6433/6432 - Centro Político Administrativo, Cuiabá - MT - CEP: 78049-075 – email da Secretaria - cba.4civel@tjmt.jus.br. e email da Magistrada - ana.silva@tjmt.jus.br Processo: 1031531-20.2019.8.11.0041 Autor: IUNI EDUCACIONAL S/A. Réu: ANA CAROLINE LIMA MAITELLI e outros SENTENÇA Vistos. Trata-se de IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA apresentada por ANA CAROLINE LIMA MAITELLI e ALEXANDRE MAITELLI em desfavor de IUNI EDUCACIONAL S/A, com fundamento nos arts. 525 e seguintes do Código de Processo Civil, sob alegação de excesso de execução. Relata a executada, em apertada síntese, que foi celebrado termo de acordo entre as partes, posteriormente homologado por este juízo. Após, a exequente promoveu o cumprimento da sentença sob o argumento de inadimplemento do acordo, cobrando o montante de R$ 376.227,83. Sustenta haver flagrante excesso de execução, pois o valor correto da dívida, conforme tratativas mantidas por meio de mensagens com o escritório da exequente, seria de R$ 236.471,06. Requer o reconhecimento do excesso e, por conseguinte, a extinção da execução, com a condenação da exequente nos ônus sucumbenciais (Id. 162450191). A parte exequente, por sua vez, apresentou Manifestação à Impugnação, sustentando, em resumo: i) a ausência de planilha própria de cálculo por parte dos impugnantes; ii) a inidoneidade de conversas informais de WhatsApp como elementos aptos à desconstituição do valor judicialmente reconhecido no acordo homologado; iii) a inexistência de qualquer excesso de execução, sendo os encargos cobrados decorrentes das cláusulas do acordo descumprido. É o relatório. Passo a fundamentar e decidir. I – DA TEMPESTIVIDADE A impugnação foi protocolada em 16 de julho de 2024, sendo a intimação para pagamento voluntário realizada em 25 de junho de 2024. Considerando-se o prazo de 15 dias úteis, conforme o disposto nos artigos 219 e 525, caput, do CPC, reconhece-se a tempestividade do incidente. II – DO MÉRITO: EXAME DO ALEGADO EXCESSO DE EXECUÇÃO A pretensão resistida está centrada na alegação de excesso de execução, nos termos do art. 525, §1º, inciso V, do CPC. Todavia, o legislador foi expresso ao estabelecer, no §4º do mesmo dispositivo, que: “§ 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. § 5º Na hipótese do § 4º, não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução.” No caso sub judice, os executados não atenderam a exigência legal de apresentação de cálculo discriminado e atualizado. A impugnação foi instruída exclusivamente com print de conversas obtidas em aplicativo de mensagens, travadas com preposta do escritório patrono da exequente, por meio das quais teria sido informado que a dívida seria de R$ 236.471,06. Ora, tal alegação não se sustenta juridicamente, porquanto o título executivo judicial é representado por acordo formalmente celebrado, contendo cláusulas claras sobre valor, vencimento antecipado, encargos de mora e penalidades, devidamente homologado por este Juízo sob Id. 119978952. Ademais, o referido acordo previu, em suas cláusulas 8.1 e 9.5, que o inadimplemento de quaisquer das parcelas acarretaria o vencimento antecipado da totalidade do saldo devedor, com acréscimo de juros moratórios de 1% ao mês, correção monetária pelo IGP-M, multa de 2% e multa indenizatória de 10% sobre o saldo; A proposta supostamente formulada via aplicativo de mensagens se revela como mera tratativa extrajudicial, sem eficácia jurídica para descaracterizar os efeitos do título executivo judicial. Tal comunicação não configura novação, nem pode ser considerada substitutiva ou modificativa da sentença homologatória, sobretudo porque não há indícios de homologação judicial dessa suposta nova composição. Não bastasse isso, o valor executado pela credora está compatível com os encargos previstos contratualmente, conforme se depreende da memória de cálculo apresentada no cumprimento de sentença, inclusive com especificação do saldo devedor e encargos aplicáveis. A jurisprudência tem reiteradamente firmado o entendimento de que não se pode acolher a alegação de excesso de execução desacompanhada de cálculo discriminado: "DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. PRELIMINAR. AUSENCIA DE DIALETICIDADE. AFASTAMENTO. MÉRITO. ALEGAÇÃO DE NOVAÇÃO VERBAL. AUSÊNCIA DE PROVA DO ÂNIMO DE NOVAR. EXCESSO DE EXECUÇÃO NÃO COMPROVADO. INEXISTÊNCIA DE ERRO DE CÁLCULO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO (...) Tese de julgamento: “1. A novação exige prova inequívoca da intenção das partes, especialmente do credor, de extinguir a obrigação anterior. 2. O reconhecimento de excesso de execução depende de demonstração concreta de erro nos cálculos e apresentação de memória discriminada com os valores considerados corretos. 3. Em contrato com vencimento certo, a mora é ex re e autoriza a incidência de encargos desde o vencimento da obrigação.” Dispositivos relevantes citados: CC, arts. 360 a 362 e 397; CPC, arts. 373, 917, §§ 2º e 3º, e 85, §§ 2º e 11. Jurisprudência relevante citada: STJ, AgInt no AREsp 2.537.218/PR; TJMT, Ap. Cív. nº 1001066-33.2020.8.11.0028, 2ª Câm. Dir. Priv., j. 16/04/2025; TJMT, Ap. Cív. nº 1035611-77.2024.8.11.0000, 4ª Câm. Dir. Priv., j. 26/03/2025. (N.U 0008568-06.2017.8.11.0041, CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PRIVADO, ANGLIZEY SOLIVAN DE OLIVEIRA, Quarta Câmara de Direito Privado, Julgado em 29/05/2025, Publicado no DJE 29/05/2025). DISPOSITIVO Ante o exposto, com fulcro no artigo 525, §4º e §5º, do Código de Processo Civil, JULGO IMPROCEDENTE a impugnação ao cumprimento de sentença interposta por ANA CAROLINE LIMA MAITELLI e ALEXANDRE MAITELLI, mantendo-se hígido o valor exequendo e determinando-se o regular prosseguimento da execução. Condeno os impugnantes ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, os quais fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da execução, nos termos do artigo 85, §§ 2º e 7º, do CPC. P.R. Intimem-se. Cuiabá/MT, 30 de junho de 2025. Ana Cristina Silva Mendes Juíza de Direito

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