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Rossano Ribeiro Barbosa x Banco Pan S.A.

ID: 321330381

Tribunal: TJRS Órgão: Juizado Especial Cível da Comarca de Santana do Livramento Classe: CUMPRIMENTO PROVISóRIO DE SENTENçA Nº Processo: 5001036-86.2022.8.21.0025

Data de Disponibilização: 10/07/2025

Polo Ativo:

ROSSANO RIBEIRO BARBOSA

Polo Passivo:

BANCO PAN S.A.

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

FERNANDA LETICIA SEVERO DIEZ

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RENATO CHAGAS CORREA DA SILVA

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CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA Nº 5001036-86.2022.8.21.0025/RS EXEQUENTE : ROSSANO RIBEIRO BARBOSA ADVOGADO(A) : FERNANDA LETICIA SEVERO DIEZ (OAB RS107536) EXECUTADO : BANCO PAN S.A. ADVOGADO(A… CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA Nº 5001036-86.2022.8.21.0025/RS EXEQUENTE : ROSSANO RIBEIRO BARBOSA ADVOGADO(A) : FERNANDA LETICIA SEVERO DIEZ (OAB RS107536) EXECUTADO : BANCO PAN S.A. ADVOGADO(A) : RENATO CHAGAS CORREA DA SILVA (OAB rs105458) DESPACHO/DECISÃO Trata-se de cumprimento de sentença em que o exequente ROSSANO RIBEIRO BARBOSA busca a satisfação de crédito decorrente de condenação imposta ao executado BANCO PAN S.A. nos autos do processo n.º 9001149-40.2020.8.21.0025. A sentença proferida no processo de conhecimento condenou o executado, solidariamente com o corréu Adriano Ianovitsch, ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), bem como determinou a transferência do veículo objeto da lide para o nome do corréu no prazo de 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais). Inicialmente, o exequente buscou a execução das astreintes fixadas em decisões interlocutórias. Contudo, por meio de decisão proferida no evento 28.1 , homologada no evento 31.1 , foi reconhecida a inexigibilidade das astreintes não confirmadas na sentença, determinando-se o prosseguimento do cumprimento apenas quanto à multa por embargos protelatórios e aos danos morais. O executado efetuou depósito parcial no valor de R$ 1.541,41 (mil, quinhentos e quarenta e um reais e quarenta e um centavos), que foi levantado pelo exequente conforme alvará expedido em cumprimento à decisão do evento 55.1 . Posteriormente, o exequente requereu o prosseguimento da execução para cobrança do valor remanescente dos danos morais e da multa diária pelo descumprimento da obrigação de transferência do veículo, apresentando cálculo atualizado no evento 69.2 . Por meio da decisão do evento 91.1 , foi fixado o prazo de aplicação da astreinte de R$ 200,00 (duzentos reais) quanto à obrigação de transferência da propriedade do veículo pelo Banco Pan, com limite de 30 dias a contar do trânsito em julgado da sentença homologada no processo de conhecimento. O executado, após intimado, efetuou o depósito de R$ 8.935,40 (oito mil, novecentos e trinta e cinco reais e quarenta centavos), sendo R$ 7.643,40 (sete mil, seiscentos e quarenta e três reais e quarenta centavos) como valor incontroverso e R$ 1.292,00 (mil, duzentos e noventa e dois reais) como garantia para apresentação de impugnação. No evento 114.1 , o executado apresentou embargos à execução, alegando excesso de execução no valor de R$ 1.292,00 (mil, duzentos e noventa e dois reais), sustentando que o valor correto da execução seria de R$ 7.643,40 (sete mil, seiscentos e quarenta e três reais e quarenta centavos). O exequente, por sua vez, requereu a expedição de alvará para levantamento do valor incontroverso. É o relatório. Decido. Quanto aos embargos à execução apresentados pelo executado, verifico que assiste razão ao embargante. Com efeito, analisando os cálculos apresentados pelo exequente no evento 84.2 e os apresentados pelo executado no evento 114.4 , constato que o executado já havia efetuado o pagamento parcial de R$ 1.541,41 (mil, quinhentos e quarenta e um reais e quarenta e um centavos), valor este que não foi considerado pelo exequente em seus cálculos, o que resultou mais de execução. Ademais, o executado comprovou ter adotado as providências necessárias para cumprimento da obrigação de transferência do veículo, tendo efetuado o pagamento dos débitos pendentes junto ao DETRAN/RS e enviado ofício solicitando a transferência de propriedade, conforme documentos juntados nos eventos 108 e 112. Assim, acolho os embargos à execução para reconhecer o excesso de execução no valor de R$ 1.292,00 (mil, duzentos e noventa e dois reais), declarando como devido o montante de R$ 7.643,40 (sete mil, seiscentos e quarenta e três reais e quarenta centavos), valor este já liberado em favor do exequente. Quanto ao valor depositado a título de garantia (R$ 1.292,00), determino sua liberação em favor do executado, mediante expedição de alvará para a conta indicada no evento 114: Banco Pan S/A – 623 - Ag: 001-9 - Conta: 10870-9 - CNPJ: 59.285.411/0001-13. Considerando que o executado comprovou ter adotado as providências necessárias para cumprimento da obrigação de transferência do veículo, determino a expedição de ofício ao DETRAN/RS para informar, no prazo de 15 dias, se houve a efetiva transferência do veículo Ford/Ecosport, placa ILZ 5241, cor preta, chassi 9Bfze12NN158596838, RENAVAM 83512240-9, para o nome do Sr. Adriano Ianovitsch, CPF 823.718.300-20, conforme determinado na sentença. A presente decisão vale como ofício. Após o cumprimento das determinações acima e nada mais sendo requerido, baixe-se. Agendada a intimação eletrônica.

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Processo nº 5001034-81.2025.8.21.0035

ID: 305651949

Tribunal: TJRS Órgão: 2ª Vara Cível da Comarca de Sapucaia do Sul Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 5001034-81.2025.8.21.0035

Data de Disponibilização: 24/06/2025

Polo Ativo:

PAULO SALOMAR DE LIMA GARCIA

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

CAROLINE FONTOURA POOCH DE VARGAS

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PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5001034-81.2025.8.21.0035/RS AUTOR : PAULO SALOMAR DE LIMA GARCIA ADVOGADO(A) : CAROLINE FONTOURA POOCH DE VARGAS (OAB RS116606) DESPACHO/DECISÃO 1. Recebo a inicial, poi… PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5001034-81.2025.8.21.0035/RS AUTOR : PAULO SALOMAR DE LIMA GARCIA ADVOGADO(A) : CAROLINE FONTOURA POOCH DE VARGAS (OAB RS116606) DESPACHO/DECISÃO 1. Recebo a inicial, pois presentes os requisitos do artigo 319, do CPC. 2. Defiro a gratuidade da justiça , pois comprovada a hipossuficiência da parte autora. PAULO SALOMAR DE LIMA GARCIA ajuíza ação contra BANCO DO BRASIL S/A. Narra a parte autora que desconhece a dívida que vem sendo imputada em seu nome no valor de R$ 4.360,00, bem como vem recebendo excessivamente ligações e mensagens de cobrança do referido débito. Nessa toada, a título de tutela de urgência, postula a suspensão das cobranças e a exclusão de seus dados pessoais do banco de dados da parte ré. Pede, ainda, a gratuidade judiciária. É o relatório. PASSO A DECIDIR . 3. Tutela antecipada. Conforme o art. 300 do Código de Processo Civil, para que seja concedida tutela provisória de urgência faz-se necessária a conjugação de três requisitos positivos, a saber, a probabilidade do direito alegado na petição inicial, o perigo de dano à parte postulante ou o risco ao resultado útil do processo e a reversibilidade do provimento jurisdicional. A probabilidade do direito invocado diz com a chance real de a razão pertencer ao postulante ao final da lide e deve ser interpretada no âmbito da cognição sumária. Não se exige, pois, prova absoluta do direito alegado, mas prova capaz de demonstrar que as alegações iniciais são plausíveis, isto é, que encontram suporte probatório e que, na ausência de fato modificativo, extintivo ou impeditivo, constituiriam causa de pedir suficiente ao provimento do pedido. Já o perigo de dano diz respeito ao risco concreto que a demora pode causar à tutela do direito alegado na petição inicial. No caso sob exame, não estão presentes tais requisitos. Cumpre ressaltar que o autor não comprovou adequadamente a inserção de seu nome em cadastros de inadimplentes pela parte credora, uma vez que anexou tão somente a captura de tela de mensagem de texto, sem indicação de remetente, no corpo da petição inicial (p. 04, evento 1, INIC1 ) Ademais, é de conhecimento deste juízo que o autor ajuizou ações similares, porém contra réus diversos, instruídas com os mesmos pedidos (desconstituição de débito e indenização por danos morais) nos quais anexou as mesmíssimas capturas de tela juntadas ao presente feito , vejamos: Captura retirada do Processo nº 5001036-51.2025.8.21.0035, ajuizado contra OI S.A. - EM RECUPERACAO JUDICIAL: Captura retirada do Processo nº 5001031-29.2025.8.21.0035, ajuizado contra PAQUETA CALCADOS LTDA e HOEPERS RECUPERADORA DE CREDITO S/A: Ante a presente constatação, transladei a presente decisão aos demais processos. Cumpre ressaltar que em nenhum dos processos o autor anexou aos autos prova da negativação perante cadastros de inadimplentes. Ademais, não merece prosperar a alegação de que "não tem conhecimento se a dívida está inserida no Serasa ou Serasa Limpa nome" , uma vez que se trata de informação facilmente verificável, e ao pleno alcance do consumidor. Diante do exposto, indefiro a antecipação de tutela pleiteada. Intime-se. 4. No que concerne à inversão do ônus da prova, o artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, ao relacionar alguns dos direitos básicos do consumidor, preconiza, em seu inciso VIII, a facilitação da defesa dos direitos desse, quando suas alegações forem verossímeis ou houver hipossuficiência. Por conseguinte, configurada a relação de consumo e sendo a autora hipossuficiente, defiro a inversão do ônus da prova , nos termos do artigo 6º, inc. VIII do CDC. 5. Considerando que a parte autora não manifestou interesse em conciliar, dispenso a designação de audiência. Cite-se a ré para, querendo, apresentar contestação. 6. Com a contestação, havendo preliminares ou documentos, à réplica. 7. Após, intimem-se as partes para que, motivadamente, no prazo de 15 dias, digam sobre o interesse na produção de outras provas, relacionando-as e justificando a necessidade, sob pena de preclusão. No caso de perícia, digam a especialidade pretendida. No mesmo prazo, caso pretendam a produção de prova oral, deverão especificar em relação a quais pontos controvertidos fáticos pretendem produzir a prova oral, possibilitando análise da pertinência do pedido (art. 370, p. único e 374, CPC), bem como indicar o rol de testemunhas, nos temos do art. 450, CPC, para fins de adequação da pauta. Desde já, ficam as partes cientes de que eventual silêncio ou requerimento que não atenda às disposições acima será entendido como desinteresse na dilação probatória, bem como renúncia a eventuais requerimentos genéricos de prova já formulados, autorizando o julgamento do feito no estado em que se encontra. 8. Nada sendo requerido, voltem os autos conclusos para sentença.

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Julia Sandi Magrin e outros x Latam Airlines Group S/A

ID: 291320548

Tribunal: TJRS Órgão: Juizado Especial Cível Adjunto da Comarca de Flores da Cunha Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5001036-59.2025.8.21.0097

Data de Disponibilização: 06/06/2025

Polo Ativo:

JULIA SANDI MAGRIN WAGNER RIZZON

Polo Passivo:

LATAM AIRLINES GROUP S/A

PARECER DO JUIZ LEIGO

Advogados:

HUGO DE LIMA BACELAR

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FABIO RIVELLI

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5001036-59.2025.8.21.0097/RS AUTOR : JULIA SANDI MAGRIN ADVOGADO(A) : HUGO DE LIMA BACELAR (OAB DF058287) AUTOR : WAGNER RIZZON ADVOGADO(A) : HUGO DE LIMA B… PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5001036-59.2025.8.21.0097/RS AUTOR : JULIA SANDI MAGRIN ADVOGADO(A) : HUGO DE LIMA BACELAR (OAB DF058287) AUTOR : WAGNER RIZZON ADVOGADO(A) : HUGO DE LIMA BACELAR (OAB DF058287) RÉU : LATAM AIRLINES GROUP S/A ADVOGADO(A) : FABIO RIVELLI (OAB SP297608) PROPOSTA DE SENTENÇA Vistos. Relatório dispensado nos termos do artigo 38 da Lei nº 9.099/95. Inexistindo preliminares pendentes de apreciação, passo de imediato ao exame da questão de fundo. Cumpre, desde logo, registrar que, no presente caso, aplica-se o Código de Defesa do Consumidor (CDC), tendo em vista se tratar de relação de consumo, diante do enquadramento das partes nos conceitos de consumidor e fornecedor dos artigos 2º e 3º do CDC. In casu , a controvérsia reside em verificar a existência de falha na prestação do serviço pela companhia aérea, em razão do cancelamento do voo contratado. A questão relativa à responsabilidade da demandada já restou analisada nos autos do processo nº 5001564-30.2024.821.0097, inclusive com decisão transitada em julgado. Portanto, despiciendo discorrer sobre os fatos e responsabilidades. Passo, então, à análise do pedido. A reacomodação nesses casos é gratuita, conforme preceitua o artigo 28 da Resolução nº 400/2016 da ANAC. Caso dos autos em que a demandada não comprovou ter prestado assistência material satisfatória aos autores, tampouco providenciado a reacomodação com a melhor alternativa possível; pelo contrário, obrigou os autores a suportarem um verdadeiro “calvário”, adimplindo valores indevidos. Nesse sentido: AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRANSPORTE AÉREO. TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE. CANCELAMENTO DE VOO. INDISPONIBILIDADE DE INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA. ENCHENTE DE 2024. REACOMODAÇÃO IMEDIATA DE PASSAGEIROS. POSSIBILIDADE. DISPONIBILIDADE DE VOOS. DECISÃO REFORMADA. É fato público e notório que, em decorrência das enchentes que assolaram o Estado do Rio Grande do Sul no mês de maio deste ano, o aeroporto desta Capital foi inundado e se encontra fechado, sem data certa para retorno integral da operação. Nesse contexto, consoante normativas e orientações da ANAC, os passageiros que já haviam contratado o serviço de transporte aéreo têm direito à remarcação gratuita da viagem, na primeira oportunidade, com prioridade em relação àqueles que compraram passagens em momento posterior ao início da contingência. No caso, comprovada a existência de alternativas de voos que atendem às datas originalmente contratadas, não é lícito que as agravadas obstaculizem e retardem a remarcação da viagem, havendo risco de não haver passagens disponíveis na véspera do embarque. Realocação que se limita a voos da mesma empresa aérea, com partida em outra localidade no Rio Grande do Sul ou mesmo em Santa Catarina. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO EM PARTE. (Agravo de Instrumento, Nº 51997557020248217000, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Pedro Cavalli Junior, Julgado em: 25-07-2024) Portanto, inconteste a má prestação dos serviços, impositivo que a requerida arque com os danos daí advindos, na forma do que preconizam os artigos 14 do CDC e artigos 186, 734 e 927 do Código Civil, devendo ser acolhido pleito de reembolso dos valores gastos com a remarcação. Assim é que, com suporte nos artigos 5º e 6º, da Lei nº 9.099/95 e amparado no arcabouço probatório dos autos, entendo pela procedência do pedido. Pelo exposto , entendo pela PROCEDÊNCIA do pedido proposto por JULIA SANDI MAGRIN e WAGNER RIZZON contra LATAM AIRLINES GROUP S/A para condenar a requerida ao pagamento de indenização por danos materiais no valor de e R$ 5.788,80, quantia que deverá ser corrigida pelo IPCA, desde o desembolso, e acrescida de juros de mora de 1% ao mês, sem capitalização, a contar da citação, até 29/08/2024. A partir de 30/08/2024, a correção e os juros corresponderão à Taxa SELIC (ou ao IPCA, se superior à Taxa SELIC), na forma do artigo 406, § 1º, do Código Civil, com redação dada pela Lei nº 14.905/2024, e observada a Resolução nº 5.171/2024, emitida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) Sem custas e honorários advocatícios, de acordo com o artigo 55 da Lei nº 9.099/95, sendo que o benefício da gratuidade judiciária deverá ser postulado em caso de interposição de recurso inominado, mediante apresentação da documentação comprobatória da hipossuficiência financeira (contracheque e/ou declaração de imposto de renda). Interposto recurso, intime-se a parte adversa para as contrarrazões; decorrido o prazo, com ou sem apresentação, remeta-se à Turma Recursal. Não havendo recurso, certifique-se o trânsito em julgado e baixe-se. Submeto à elevada apreciação do Excelentíssimo Juiz Presidente do JEC, nos termos do artigo 40 da Lei nº 9.099/95. Diego Machado Candido , Juiz Leigo. SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Nos termos do art. 40 da Lei nº 9.099/95, homologo a proposta de decisão, para que produza efeitos como sentença. Sem custas e honorários, na forma da Lei. As partes consideram-se intimadas a partir da publicação da decisão, caso tenha ocorrido no prazo assinado; do contrário, a intimação terá de ser formal. Interposto recurso inominado, em conformidade com o disposto no art. 42 do referido diploma legal, intime-se o recorrido para contrarrazões. Com a juntada, ou decorrido o prazo, remetam-se os autos à Turma Recursal, em atendimento ao art. 1010, § 3º, do CPC.

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Luciana Hoerlle Bitencourt x Telefonica Brasil S.A.

ID: 291925231

Tribunal: TJRS Órgão: 6º Juizado Especial Cível e Criminal do Foro Regional da Tristeza da Comarca de Porto Alegre Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5001036-35.2024.8.21.6001

Data de Disponibilização: 06/06/2025

Polo Ativo:

LUCIANA HOERLLE BITENCOURT

Polo Passivo:

TELEFONICA BRASIL S.A.

PARECER DO JUIZ LEIGO

Advogados:

KLAYTON AUGUSTO MARTINS TÓPOR

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FABIO RODRIGUES JULIANO

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PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5001036-35.2024.8.21.6001/RS AUTOR : LUCIANA HOERLLE BITENCOURT ADVOGADO(A) : KLAYTON AUGUSTO MARTINS TÓPOR (OAB RS068438) RÉU : TELEFONICA BRASIL S.A. ADVO… PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5001036-35.2024.8.21.6001/RS AUTOR : LUCIANA HOERLLE BITENCOURT ADVOGADO(A) : KLAYTON AUGUSTO MARTINS TÓPOR (OAB RS068438) RÉU : TELEFONICA BRASIL S.A. ADVOGADO(A) : FABIO RODRIGUES JULIANO (OAB RJ156861) PROPOSTA DE SENTENÇA Vistos, etc. Trata-se de ação proposta por LUCIANA HOERLLE BITENCOURT contra TELEFONICA BRASIL S.A. Narrou a parte autora, ter sido surpreendida ao ser investigada por estelionato em inquérito policial, após a Polícia Civil apontar como sendo de sua titularidade a linha telefônica utilizada na prática do crime. Jamais contratou serviços com a ré Telefônica Brasil S/A (Vivo), possuindo apenas contrato familiar com outra operadora. Mesmo assim, seus dados foram utilizados indevidamente para habilitação de uma linha telefônica pré-paga, sem qualquer verificação documental pela ré. Após inúmeras tentativas de contato e reclamações administrativas, a autora conseguiu o cancelamento da linha somente após acionar a ANATEL. A falha na prestação de serviço da ré causou-lhe sérios abalos morais, pois foi injustamente envolvida em investigação criminal, além de ter enfrentado diversas dificuldades emocionais e constrangimentos, inclusive pessoais e profissionais. Requereu a condenação da ré ao pagamento de R$ 20.000,00 a título de indenização por danos morais. Juntou documentos (evento 1). TELEFONICA BRASIL S.A. apresentou contestação (evento 9), tendo alegado, em síntese, ausência de ato ilícito, contratação regular de linha pré-paga, mediante o fornecimento de todos os dados cadastrais da parte autora exigidos pela regulamentação do setor de telefonia; a linha telefônica nº (51) 99856-5407, foi habilitada em 11/07/2023, vinculada ao nome e CPF da autora e se encontra cancelada e desprogramada desde 06/11/2023; a linha pré-paga nº (51) 99856-5407 foi regularmente contratada, mediante fornecimento de todos os dados exigidos pela lei para a contratação deste tipo de serviço. Com efeito, a Lei nº 10.703/2003, que dispõe sobre o cadastramento de usuários de telefones celulares pré-pagos, exige nome, CPF (ou identidade) e endereço do usuário do telefone pré-pago; o comparecimento da autora à delegacia não configura, por si só, abalo moral, tratando-se de dever cívico; se houve uso indevido de dados, tal conduta teria sido praticada por terceiros, o que configura excludente de responsabilidade, nos termos do art. 14, §3º, II, do CDC. Realizada audiência de conciliação (evento 27), esta restou inexitosa. Vieram os autos para Parecer. É o relatório. Opino. Nos termos do artigo 5º e 6º da Lei 9.099 de 1995, o Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica, bem como adotar em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum. Diz o artigo 2º da Lei 9.099 de 1995, o processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, [...]. A controvérsia cinge-se à responsabilidade da empresa ré pela habilitação indevida de linha telefônica em nome da autora, que resultou em seu envolvimento em inquérito policial por crime de estelionato. Trata-se de relação de consumo, devendo ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor, sendo objetiva a responsabilidade do fornecedor pela falha na prestação do serviço, conforme artigo 14 do CDC. A documentação juntada aos autos demonstra que a linha telefônica de número (51) 99856-5407 foi vinculada ao CPF da autora, sem que esta tivesse realizado a contratação. Tal fato, por si só, evidencia falha na prestação do serviço por parte da ré, ao permitir a ativação da linha apenas com a inserção de dados cadastrais, sem validação documental ou confirmação de identidade do usuário. A responsabilidade objetiva da ré decorre do risco da atividade e da ausência de medidas eficazes de segurança no processo de habilitação. Ainda que terceiros tenham praticado a fraude, não se afasta a obrigação da fornecedora de serviço de reparar os danos causados ao consumidor que teve seus dados utilizados indevidamente. O envolvimento da autora em investigação criminal por uso fraudulento de linha telefônica vinculada a seu nome configura violação à sua honra subjetiva e objetiva, gerando angústia, abalo emocional e constrangimento público, suficientes para caracterizar dano moral. Com relação ao quantum indenizatório, tendo em vista o agir da ré, o dano experimentado e a necessidade de proteção ao consumidor, bem como o respeito aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, sem olvidar do caráter punitivo e pedagógico que a indenização deve representar mostra-se razoável e adequado o valor de R$ 5.000,00, com correção monetária pelo IPCA desde a data do arbitramento e juros de mora pela TAXA LEGAL (SELIC deduzido IPCA) a partir da citação. Diante do exposto, OPINO pela PARCIAL PROCEDÊNCIA da ação proposta por LUCIANA HOERLLE BITENCOURT contra TELEFONICA BRASIL S.A. nos termos do artigo 487, inciso I, do CPC, para condenar a ré a pagar a parte autora R$ 5.000,00, a título de danos morais, com correção monetária pelo IPCA desde a data do arbitramento e juros de mora pela TAXA LEGAL (SELIC deduzido IPCA) a partir da citação. Sem condenação das vencidas ao pagamento de custas e honorários advocatícios a teor do disposto no artigo 55 da lei 9.099 de 1995. À apreciação do MM Juiz Presidente para os fins do artigo 40, daquela mesma Lei. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. David de Moraes Medeiros Juiz Leigo SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA Nos termos do art. 40 da Lei nº 9.099/95, homologo a proposta de decisão, para que produza efeitos como sentença. Sem custas e honorários, na forma da Lei. As partes consideram-se intimadas a partir da publicação da decisão, caso tenha ocorrido no prazo assinado; do contrário, a intimação terá de ser formal. Interposto recurso inominado, em conformidade com o disposto no art. 42 do referido diploma legal, intime-se o recorrido para contrarrazões. Com a juntada, ou decorrido o prazo, remetam-se os autos à Turma Recursal, em atendimento ao art. 1010, § 3º, do CPC.

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Processo nº 5001036-72.2011.8.21.0025

ID: 293374565

Tribunal: TJRS Órgão: 1ª Vara Cível da Comarca de Santana do Livramento Classe: EXECUçãO FISCAL Nº Processo: 5001036-72.2011.8.21.0025

Data de Disponibilização: 09/06/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

GANDHI HILMI HUSEIN ABDULLAH GAZI HILMI HUSEIN HILMI HUSEIN ABDULLAH INDIRA HUSEIN ABDEL HADI MAGDA HILMI HUSEIN ZEINAB HILMI HUSEIN ABDALLAH

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

PEDRO ANTONIO PENIZA BRAVO CASSALES

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VALTER TREMARIN JUNIOR

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DANIEL ALT SILVA DA SILVA

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GUSTAVO SILVEIRA VIEIRA

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GUILHERME THOFEHRN LESSA

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EXECUÇÃO FISCAL Nº 5001036-72.2011.8.21.0025/RS EXECUTADO : ZEINAB HILMI HUSEIN ABDALLAH ADVOGADO(A) : GUSTAVO SILVEIRA VIEIRA (OAB RS086877) ADVOGADO(A) : GUILHERME THOFEHRN LESSA (OAB RS089745) EX… EXECUÇÃO FISCAL Nº 5001036-72.2011.8.21.0025/RS EXECUTADO : ZEINAB HILMI HUSEIN ABDALLAH ADVOGADO(A) : GUSTAVO SILVEIRA VIEIRA (OAB RS086877) ADVOGADO(A) : GUILHERME THOFEHRN LESSA (OAB RS089745) EXECUTADO : INDIRA HUSEIN ABDEL HADI ADVOGADO(A) : GUSTAVO SILVEIRA VIEIRA (OAB RS086877) ADVOGADO(A) : GUILHERME THOFEHRN LESSA (OAB RS089745) EXECUTADO : GAZI HILMI HUSEIN ADVOGADO(A) : Valter Tremarin Junior (OAB RS073247) ADVOGADO(A) : DANIEL ALT SILVA DA SILVA (OAB RS080513) EXECUTADO : GANDHI HILMI HUSEIN ABDULLAH ADVOGADO(A) : GUSTAVO SILVEIRA VIEIRA (OAB RS086877) ADVOGADO(A) : GUILHERME THOFEHRN LESSA (OAB RS089745) EXECUTADO : MAGDA HILMI HUSEIN ADVOGADO(A) : GUSTAVO SILVEIRA VIEIRA (OAB RS086877) ADVOGADO(A) : GUILHERME THOFEHRN LESSA (OAB RS089745) EXECUTADO : HILMI HUSEIN ABDULLAH ADVOGADO(A) : PEDRO ANTONIO PENIZA BRAVO CASSALES (OAB RS085874) DESPACHO/DECISÃO Atuo em substituição, ante a suspeição afirmada no evento 98, DESPADEC1 . Converto o julgamento em diligência. MUNICÍPIO DE SANTANA DO LIVRAMENTO / RS promoveu execução fiscal em face de SUCESSÃO DE HILMI HUSSEIN ABDULLAH para recebimento de débitos de ISSQN, IPTU e taxas. Redirecionada a execução em face de ZEINAB HILMI HUSEIN ABDALLAH , INDIRA HUSEIN ABDEL HADI , GAZI HILMI HUSEIN , GANDHI HILMI HUSEIN ABDULLAH , MAGDA HILMI HUSEIN e HILMI HUSEIN ABDULLAH . Gazi Hilmi Husein apresentou exceção de pré-executividade no evento 71, PET1 . Sustenta que o inventário de HILMI HUSSEIN ABDULLAH foi encerrado em 2014 e que nem todos os imóveis a que se referem os débitos executados foram objeto de partilha. Assegura que mesmo em relação aos imóveis já partilhados não são todos os herdeiros de Hilmi os responsáveis pelo pagamento dos débitos em cobrança. Intimado, MUNICÍPIO DE SANTANA DO LIVRAMENTO manifestou-se no evento 82, PET1 . Aduz que a via escolhida é inadequada, visto que as informações apresentadas não podem ser veiculadas por meio de exceção de pré-executividade, eis que dependem de dilação probatória. Requer o prosseguimento do feito. Relatei. Decido. A exceção pré-executividade somente é viável em hipóteses excepcionais, uma vez verificada a existência de vícios formais do título executivo ou quando ausentes as condições da ação. Nesse sentido, lição de José Carlos Barbosa Moreira, citado por Humberto Theodoro Júnior: "Barbosa Moreira evidência que se o que se busca é demonstrar que o credor não tem condições jurídicas para executar seu pretenso crédito, não é de um requisito anterior (‘pré’) à executividade que se cogita. É, isto sim, da falta de um requisito da própria execução proposta, que se ocupa a arguição. Afinal, a execução já foi proposta e o intento do devedor não se relaciona com requisitos ou dados anteriores, mas com aqueles que no momento deveriam existir e, na realidade não existem. Enfim, o que falta não é a pré-executividade, é a executividade." Logo, pode-se denotar que, diferentemente dos embargos, na exceção de pré-executividade somente poderão ser alegadas questões atinentes às condições da ação ou nulidades e defeitos flagrantes do título executivo que não demandem dilação probatória, consoante súmula 393 do STJ: “ A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.” No caso concreto, Gazi Hilmi Husein argui sua ilegitimidade. Cuida-se, pois, de matéria passível de apreciação por meio de exceção de pré-executividade. Admito, pois, a modalidade de defesa. Ocorre que a execução fiscal tramita desde 15/12/2011, há 14 anos, portanto, havendo alteração da titularidade dos imóveis no curso do tempo em razão de inventário do contribuinte originário. Por ser assim, determino as seguintes providências para organização do processo: 1) Intimo MUNICÍPIO DE SANTANA DO LIVRAMENTO a esclarecer a origem dos débitos de ISSQN, vindo informações claras e completas dos períodos das operações tributadas e, se for o caso, cópia do processo administrativo ou do auto de infração, o que for aplicável ao caso. Prazo 30 dias. 2) Sem prejuízo, intimo MUNICÍPIO DE SANTANA DO LIVRAMENTO a relacionar de forma clara e completa os créditos de IPTU e taxas, afastando-se taxas inconstitucionais, apresentando o número da matrícula no RGI de cada imóvel tributado, vindo CDA substitutiva, se for o caso. Mesmo prazo de 30 dias do item 1. 3) Com as informações, requisite-se ao Registro de Imóveis a certidão atualizada de cada matrícula informada por MUNICÍPIO DE SANTANA DO LIVRAMENTO, registrando-se que se trata de requisição judicial em execução fiscal, a ser paga, ao final, pelo sucumbente. 4) Intimo Gazi Hilmi Husein a juntar cópia legível de todas as páginas dos inventários de HILMI HUSSEIN ABDULLAH e de ZEINAB HILMI HUSEIN ABDULLAH , atualizadas até hoje, uma vez que ao excipiente incumbe comprovar suas alegações, sob pena de arcar com o ônus processual de sua não apresentação. Prazo 15 dias. 5) Oficie-se ao juízo da 3.ª Vara Cível da Comarca de Santana de Livramento solicitando colaboração na prestação de informações a respeito dos inventários de HILMI HUSSEIN ABDULLAH e de ZEINAB HILMI HUSEIN ABDULLAH , esclarecendo: a) se foram processados sob a forma de arrolamento ou pelo rito ordinário; b) se foi apresentada certidão negativa de débito municipal, na forma dos arts. 1.026 OU 1.035 do CPC/73, ou se foram reservados bens para satisfação da dívida fiscal, na forma do art. 654, caput e parágrafo único, do CPC/2015 e do art. 664, §5.º, do CPC/2015 (processos 025/1.08.0004266-2 - CNJ 0042661-79.2008.8.21.0025 e 025/1.18.0002887-0 - CNJ 0007091-80.2018.8.21.0025). 6) Com a remessa das certidões atualizadas das matrículas e das informações do juízo da sucessão, dê-se vista às partes. Prazo 30 dias para o exequente e 15 dias para os executados. 7) Após, voltem conclusos para apreciação.

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Andreia Jossela De Oliveira Souza x Associacao Casa Nova - Acn e outros

ID: 311346566

Tribunal: TJRS Órgão: 1ª Vara Judicial da Comarca de Três de Maio Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 5001036-70.2021.8.21.0074

Data de Disponibilização: 30/06/2025

Polo Ativo:

ANDREIA JOSSELA DE OLIVEIRA SOUZA

Polo Passivo:

ASSOCIACAO CASA NOVA - ACN FRIZZO E FRIZZO LTDA

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

SHEILA DIAS AMORIM

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ALEXANDRE LUIS JUDACHESKI

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BIANCA BOYARSKI MACHADO

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MARCOS SPENGLER

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PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5001036-70.2021.8.21.0074/RS AUTOR : ANDREIA JOSSELA DE OLIVEIRA SOUZA ADVOGADO(A) : SHEILA DIAS AMORIM (OAB SC063759) ADVOGADO(A) : ALEXANDRE LUIS JUDACHESKI (OAB RS0664… PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5001036-70.2021.8.21.0074/RS AUTOR : ANDREIA JOSSELA DE OLIVEIRA SOUZA ADVOGADO(A) : SHEILA DIAS AMORIM (OAB SC063759) ADVOGADO(A) : ALEXANDRE LUIS JUDACHESKI (OAB RS066424) RÉU : FRIZZO E FRIZZO LTDA ADVOGADO(A) : BIANCA BOYARSKI MACHADO (OAB RS115935) ADVOGADO(A) : MARCOS SPENGLER (OAB RS072917) RÉU : ASSOCIACAO CASA NOVA - ACN ADVOGADO(A) : BIANCA BOYARSKI MACHADO (OAB RS115935) ADVOGADO(A) : MARCOS SPENGLER (OAB RS072917) DESPACHO/DECISÃO 1. Passo ao saneamento do processo nos termos do art. 357 do CPC. Da ilegitimidade passiva da Associação Casa Nova — ACN A requerida Associação Casa Nova — ACN arguiu sua ilegitimidade passiva, alegando que seu esforço, em conjunto com os beneficiários do programa, tinha como objetivo comum a realização das obras e entrega das moradias e não a obtenção de lucro. Analisando os autos, denota-se que a presente lide versa sobre indenização em razão dos vícios de construção existentes no imóvel, sob a alegação de que não seguiram as normas da ABNT NBR 15.575/2013. Diante disso e, considerando que a requerida figura como Entidade Organizadora no contrato em liça e teria executado o projeto das unidades habitacionais, bem como diante das obrigações da Entidade Organizadora, descritas no Termo de Cooperação e Parceria - Programa Habitacional Popular - Entidade - Programa Minha Casa Minha Vida - FDS, tem-se que é parte legítima a figurar no polo passivo. Não há como excluir a requerida do polo passivo, devendo nele ser mantido, com a análise de sua efetiva responsabilidade quando do julgamento do mérito da ação, em que serão analisados os alegados vícios existentes e se esses são de responsabilidade da parte requerida. Diante disso, rejeito a preliminar de ilegitimidade arguida. Da inversão do ônus da prova De pronto, destaca-se que, no caso concreto, incidem as regras constantes do Código de Defesa do Consumidor, pois a relação entre as partes é típica de consumo, na forma dos arts. 2º e 3º do referido diploma legal. Desse modo, e aliado à hipossuficiência técnica da parte autora, a inversão do ônus da prova é medida que se aplica, na forma do art. 6º, VIII, do CDC, o que não afasta, no entanto, a regra do art. 373, I, do CPC, permanecendo com o demandante o ônus de comprovar minimamente os fatos constitutivos do direito postulado. Da prescrição e decadência A pretensão inicial, na forma em que formulada, é exclusivamente indenizatória, conduzindo à incidência do art. 27 do CDC, que reza, verbis : Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. Desse modo, a pretensão inicial não comporta especificamente o direito de reclamar pelos vícios — garantia (pretensão de obrigação de fazer referentes aos vícios ) —, mas, sim, somente a reparação pelos danos morais e materiais ocasionados pelos vícios construtivos verificados na unidade habitacional, aplicando-se, pois a prescrição quinquenal. Nesse sentido, aliás, é a jurisprudência desta Corte, como se vê dos seguintes julgados: APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. VÍCIOS CONSTRUTIVOS . PRELIMINARES RECURSAIS DE DECADÊNCIA E DE NULIDADE DA SENTENÇA POR CERCEAMENTO DE DEFESA REJEITADAS. VÍCIOS DE CONSTRUÇÃO COMPROVADOS E DEVER DE REPARAÇÃO VERIFICADO. DANOS MORAIS IN RE IPSA EVIDENCIADOS NO CASO CONCRETO. MANUTENÇÃO DO QUANTUM ARBITRADO. ALTERAÇÃO DE OFÍCIO DO TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS MANTIDOS. 1. Não há falar em implementação do prazo decadencial previsto no parágrafo único do art. 618 do Código Civil. Na esteira do entendimento jurisprudencial acerca da matéria, em se tratando de pretensão de reparação pelos danos causados por fato do produto – no caso, defeitos construtivos –, atrai-se a aplicabilidade do prazo prescricional quinquenal preconizado pelo art. 27 do CDC, haja vista a natureza condenatória da ação, não havendo falar na incidência do prazo decadencial de 180 dias previsto no parágrafo único do art. 618 do Código Civil.(...) APELAÇÃO E RECURSO ADESIVO DESPROVIDOS, VENCIDA A RELATORA QUANTO À ALTERAÇÃO, DE OFÍCIO, DO TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA.(Apelação Cível, Nº 70083915868, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em: 07-08-2020). AGRAVO DE INSTRUMENTO. VÍCIOS CONSTRUTIVOS . RESPONSABILIDADE DO CONSTRUTOR. DANOS MATERIAIS. DANOS MORAIS. DECADÊNCIA. No caso dos autos, não se aplica o artigo 26, II, § 1º, § 2º e § 3º do Código de Defesa do Consumidor, invocado pela parte agravante, consoante entendimento que vem sendo adotado nesta Câmara. Em casos como o da hipótese, tratando-se de obrigação de fazer referente aos vícios apontados, incide o prazo decadencial de 180 dias , previsto no artigo 618, do Código Civil. De outro lado, diante da natureza também condenatória da demanda, tendo em vista a pretensão de ressarcimento pelos danos materiais decorrente da perda de garantia de eletrodomésticos, gastos com medicação, com pintura e também danos morais, além da reforma e da disponibilização de imóvel durante o procedimento (obrigação de fazer), aplica-se, no ponto, o prazo prescricional quinquenal e não o decadencial. Assim, a decisão deve ser mantida, posto que bem reconheceu o prazo prescricional de cinco anos para a pretensão de reparação de danos, nos moldes do artigo 27 do CDC, e o prazo decadencial de 180 dias , nos termos do 618 do CPC, para a pretensão de obrigação de fazer referentes aos vícios apontados. PRELIMINAR AFASTADA. NEGADO PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO.(Agravo de Instrumento, Nº 70084822774, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio Maria Rodrigues de Freitas Iserhard, Julgado em: 25-02-2021). Entretanto, no caso, não foi comprovado o momento a partir do qual a parte autora passou a perceber os danos. Diante disso, a fim de possibilitar a análise da prescrição quinquenal, deverá a parte autora indicar quando passou a perceber os vícios discutidos. Da litigância de má-fé Em relação à condenação por litigância de má-fé, se for o caso, será analisada quando do julgamento do feito. 2. Do prosseguimento Digam as partes, no prazo de 15 (quinze) dias , se têm outras provas a produzir, especificando-as e esclarecendo sua relação com os fatos a provar, ou se concordam com o julgamento do processo no estado em que se encontra. Eventuais provas requeridas anteriormente pelas partes deverão ser ratificadas , sob pena de não serem consideradas. Sendo pretendida a produção de prova oral, deverão ser discriminados quais os fatos controvertidos pretendem elucidar, sob pena de indeferimento da prova. O rol de testemunhas com qualificação completa, conforme o previsto no art. 450 do CPC, especialmente o CPF , nesse caso, deverá ser apresentado no mesmo prazo acima indicado, ante a necessidade de melhor organizar a pauta. Saliente-se que testemunhas residentes fora da comarca serão inquiridas na sala de audiências desta vara presencialmente, salvo se for antecipada e justificadamente requerida a oitiva de forma virtual. Registre-se, ainda, que a petição contendo o rol de testemunhas deverá ser nomeada como tal, visto que nomear corretamente as petições contribui muito para a celeridade da tramitação do processo. Após, venham os autos conclusos para exame de sua admissibilidade ou o julgamento do processo. 3. Requisite-se o pagamento dos honorários periciais referentes ao laudo elaborado pelo perito IGOR AUGUSTO JOHANN . Int. agendada(s). Cumpra-se.

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Processo nº 5001036-88.2025.8.21.0152

ID: 331671305

Tribunal: TJRS Órgão: Juizado Especial Cível Adjunto da Comarca de São Valentim Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5001036-88.2025.8.21.0152

Data de Disponibilização: 22/07/2025

Polo Ativo:

MARIA JANDIRA RAMOS

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

ILISETE TERESINHA BAIERLE DALCIN

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PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5001036-88.2025.8.21.0152/RS AUTOR : MARIA JANDIRA RAMOS ADVOGADO(A) : ILISETE TERESINHA BAIERLE DALCIN (OAB SC034995) DESPACHO/DECISÃO Vistos. 1) Tratando-… PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 5001036-88.2025.8.21.0152/RS AUTOR : MARIA JANDIRA RAMOS ADVOGADO(A) : ILISETE TERESINHA BAIERLE DALCIN (OAB SC034995) DESPACHO/DECISÃO Vistos. 1) Tratando-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS COM TUTELA DE URGÊNCIA, impõe-se, antes de mais nada, que a parte autora comprove pedido correlato de forma extrajudicial e que tal não tenha sido atendido, para que exista efetivo interesse processual. Observe-se, por oportuno, que não se está negando acesso à jurisdição, tanto que a inicial ora está sendo examinada. O que se pretende com a emenda é esclarecer existência de interesse processual no plano concreto, condição da ação, sob pena de acionamento do Poder Judiciário para fins desvinculados da defesa de nobre direito. Nesse sentido: APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSUAL CIVIL. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO E INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS. “ SOLUÇÃO DIRETA CONSUMIDOR ”. PRÉVIA TENTATIVA DE SOLUÇÃO DO CONFLITO. NÃO ATENDIMENTO. EXTINÇÃO DO FEITO MANTIDA. Situação dos autos em que a parte autora, instada a buscar prévia resolução extrajudicial, por meio do projeto “ Solução Direta Consumidor ”, não atendeu à determinação judicial. Utilização do sistema alternativo que se apresenta como instrumento necessário no contexto atual da busca de meios e formas de (des)judicializar questões de menor complexidade, e que não causam maior repercussão na estrutura do tecido social, reservando ao sistema de Justiça melhores e maiores condições para o enfrentamento daqueles litígios que necessitam sim, pela sua magnitude, a intervenção do aparato judicial . Sentença de extinção, sem resolução do mérito, mantida. precedentes jurisprudenciais. RECURSO DESPROVIDO.(Apelação Cível, Nº 50000094220238210087, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Tasso Caubi Soares Delabary, Julgado em: 12-04-2023 ) (grifei) Nesse contexto ressalto que, em outubro de 2014, foi lançado o Projeto “Solução Direta-Consumidor”, fruto de parceria realizada entre o Poder Judiciário Gaúcho e a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, objetivando a solução alternativa de conflitos de consumo e, por conseguinte, evitando o ajuizamento de processos judiciais desnecessários. Trata-se de serviço público para solução de conflitos de consumo via internet. Proporciona comunicação direta do consumidor com as empresas participantes que se comprometeram a receber, analisar e responder as reclamações em até 10 dias. A plataforma tecnológica é disponibilizada através do site www.consumidor.gov.br e permite ao consumidor fazer sua reclamação de forma direta e focada em uma solução rápida, sem qualquer custo. Infrutífera a composição, o histórico da tentativa poderá ser extremamente útil na hipótese do ajuizamento de demanda judicial. É capaz de demonstrar a pretensão resistida por parte do fornecedor, bem como para auxiliar em eventual exame de liminar postulada pelo consumidor ou até mesmo em quantificação de dano moral postulado caso pleito do jaez acabe acolhido. Importante ressaltar que o requerido consta na relação de empresas participantes, tendo um índice de resolução dos conflitos superior a 80% , conforme verificado pelo juízo em consulta ao site 1 . A lista das empresas participantes pode ser acessada através do link https://www.consumidor.gov.br/pages/principal/empresa-participantes . Ou seja, a probabilidade de composição extrajudicial através da referida ferramenta é elevada e, caso se concretize, resolverá a questão em lapso temporal reduzido se comparado ao trâmite de uma ação judicial, beneficiando ambas as partes e, ainda, desonerando o Poder Judiciário. Ademais, está sendo amplamente divulgado pelos meios de comunicação/internet que aposentados e pensionistas do INSS podem solicitar, pelo aplicativo ou site Meu INSS, o extrato de seus pagamentos, identificar descontos associativos realizados sem autorização, solicitar a exclusão do débito e o estorno de descontos indevidos. Para isso, deverão proceder ao passo a passo que segue: Para exclusão do desconto pelo Meu INSS: Acesse o Meu INSS com login e senha. Na página inicial, selecione Novo Pedido. No campo de busca (ícone da lupa), digite Excluir mensalidade. Serão exibidas opções; selecione Excluir mensalidade de associação ou sindicato no benefício. Clique em Atualizar para conferir e atualizar seus dados, se necessário. Após atualizar os dados, selecione Avançar. Leia as instruções e clique em Avançar. Informe os dados solicitados e clique em Avançar. Anexe os documentos (se necessário) e vá em Avançar. Selecione a agência de relacionamento com o INSS e escolha Avançar. Confira os dados informados no requerimento. Marque a opção Declaro que li e concordo com as informações acima e clique em Avançar. Para solicitar a devolução dos valores já deduzidos, o estorno dos pagamentos pode ser solicitado diretamente à associação ou por meio de contato com o INSS para intermediar a situação: Acesse o extrato do benefício; Identifique a associação responsável pelo desconto; Entre em contato com o telefone 0800 da associação e solicite a devolução; Se preferir, envie um relato e o pedido de ressarcimento para o e-mail acordo.mensalidade@inss.gov.br; O órgão irá solicitar os documentos que comprovem a autorização do desconto ou a necessidade de devolução dos valores. Como reclamar cobranças indevidas nos benefícios do INSS? Reclamações e denúncias sobre descontos indevidos de associações ou entidades podem ser feitas no Portal Consumidor.gov.br (https://www.consumidor.gov.br/) e na Ouvidoria do INSS, por meio da Plataforma Fala BR . Feitas tais considerações, entendo que a parte autora deve formular reclamação perante o(s) meio(s) disponibilizado(s) de solução direta de conflito, de modo a comprovar a pretensão resistida e justificar o ajuizamento da presente demanda. Assim, suspendo o processo pelo prazo de 30 dias para que a parte autora promova a medida, devendo, caso não obtido sucesso na tentativa de solução do conflito através da ferramenta citada, trazer aos autos documentos comprobatórios da(s) reclamação(ões), da resposta e providências adotadas pela parte requerida. Modo contrário, não restando provada a utilização da(s) ferramenta(s) no prazo fixado, restará caracterizada a ausência de pretensão resistida por parte da parte ré e, por consequência, o feito será extinto sem resolução de mérito por ausência de interesse processual. Nesse norte tem se posicionado nosso Egrégio Tribunal de Justiça, in verbis : APELAÇÃO CÍVEL. SUBCLASSE RESPONSABILIDADE CIVIL. DESCUMPRIMENTO DA ORDEM DE SUBMISSÃO DAS PRETENSÕES À COMPOSIÇÃO CONSENSUAL (PROJETO SOLUÇÃO - DIRETA CONSUMIDOR ). INDEFERIMENTO DA INICIAL. POSSIBILIDADE. 1. A recusa injustificada à tentativa de composição consensual das pretensões formuladas, via projeto Solução - Direta Consumidor , implica falta de interesse de agir . 2. Já se passaram décadas desde que Mauro Cappelletti indicou, como terceira onda renovatória do processo civil, a necessidade de identificação de situações que preferencialmente não devem ser equacionadas pela justiça ordinária, mas sim direcionadas para mecanismos alternativos de resolução de conflitos, tais como a mediação, arbitragem e outros. 3. Assim, a iniciativa da Secretaria Nacional do Consumidor , do Ministério da Justiça, em parceria com o Poder Judiciário, instituindo o projeto Solução - Direta Consumidor está perfeitamente afinada com todas as modernas tendências contemporâneas. 4. Ou seja, a sociedade civil não pode suportar o custo de que o Judiciário seja a primeira instituição a ser procurada para resolver os mais diversos problemas da vida de relação. E quando o sistema propicia mecanismos ágeis, sem custo, para tendencialmente resolver de forma mais efetiva e rápida o litígio, é razoabilíssimo que se exija que a parte deles se utilize antes de ajuizar sua demanda. 5. É de se manter, portanto, a sentença de extinção da demanda . APELAÇÃO DESPROVIDA, DE PLANO.(Apelação Cível, Nº 50071046020228210087, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Eugênio Facchini Neto, Julgado em: 08-04-2023 ) (grifei) APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS DILIGÊNCIA NÃO CUMPRIDA. PROJETO SOLUÇÃO DIRETA CONSUMIDOR. INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. MANUTENÇÃO DA EXTINÇÃO DO FEITO, SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. É entendimento consolidado nesta Câmara que o juiz pode compelir a parte a buscar o serviço de composição da lide pela via extrajudicial por intermédio do Projeto Solução Direta Consumidor . Diligência imposta no caso concreto, não tendo sido demonstrado o cumprimento, impondo-se a manutenção do indeferimento da petição inicial. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível, Nº 50340228120218210008, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Julgado em: 10-10-2022) (grifei) Não se pode ignorar, por fim, que a solução autocompositiva é uma das linhas mestras do novo regramento processual civil, sendo este fator mais um dado capaz de robustecer a convicção de que deve ser buscada previamente ao ajuizamento de ações judiciais quando disponibilizada, pelo próprio Poder Judiciário, ferramenta específica e extremamente produtiva para tanto. 2) Assim, suspendo o processo, pelo lapso de 30 dias, para as providências acima delineadas, as quais cabem ser informadas pela parte no prazo assinado, sob pena de extinção. 3) Oportunamente, retornem conclusos. 4) Intimação eletrônica agendada. 1. https://www.consumidor.gov.br/pages/empresa/20140206000001501/perfil

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