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Dasha Hunter Construtora Ltda x Atica Caicara Construtora Spe Ltda

ID: 321183197

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Praia Grande - 3ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1016801-61.2024.8.26.0477

Data de Disponibilização: 10/07/2025

Polo Ativo:

DASHA HUNTER CONSTRUTORA LTDA

Polo Passivo:

ATICA CAICARA CONSTRUTORA SPE LTDA

Intimação

Advogados:

MARCELLA CARLOS FERNANDEZ CARDEIRA

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ANDRÉ GALOCHA MEDEIROS

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Processo 1016801-61.2024.8.26.0477 - Procedimento Comum Cível - Cobrança - Dasha Hunter Construtora Ltda - Atica Caicara Construtora Spe Ltda - Vistos. Trata-se de ação cominatória cumulada com cob… Processo 1016801-61.2024.8.26.0477 - Procedimento Comum Cível - Cobrança - Dasha Hunter Construtora Ltda - Atica Caicara Construtora Spe Ltda - Vistos. Trata-se de ação cominatória cumulada com cobrança ajuizada por DASHA HUNTER CONSTRUTORA LTDA. em face de ATICA CAIÇARA CONSTRUTORA SPE LTDA. A autora sustenta, em breve síntese, que em 11.03.2020 firmou com a ré um instrumento particular de compra e venda para permuta de bens imóveis no valor total de R$ 2.200.000,00, em que a autora se comprometeu a ceder um imóvel de sua propriedade situado nesta comarca. A ré, por sua vez, se comprometeu a entregar dez unidades do Residencial Punta Cana (unidades n. 51, 52, 53, 54, 55, 56, 61, 62, 63 e 64). A autora cumpriu com a sua obrigação e os imóveis prometidos pela ré ficaram prontos, tendo a requerente sido notificada acerca disto, motivo pelo qual entrou em contato com a ré, visando concretizar a transferência dos imóveis, tendo sido instruída a comparecer ao Cartório de Notas e Registros do Solemar, neste município. Contudo, ao se apresentar para a formalidade, o representante do autor foi surpreendido com a recusa injustificada da ré. Em decorrência disto, a autora postulou, liminarmente, a concessão da tutela antecipada consistente na indisponibilidade das matrículas dos apartamentos até o desfecho da ação e, ao final, que a ré seja compelida a promover a outorga da escritura definitiva, além do pagamento de multa prevista no contrato, no valor de R$ 220.000,00. Juntou documentos às fls. 9/35. Às fls. 55/56 a liminar foi concedida em parte, ocasião em que foi determinada a citação da ré. Citada, a ré ofertou contestação às fls. 62/68, afirmando, em resumo, que jamais se recusou a outorgar as escrituras, pois houve uma segunda permuta entre os litigantes, em que restou acordado que a autora se comprometeria a entregar cinco unidades que foram objetos da primeira permuta (unidades n. 53, 54, 55, 56 e 64). Com base nisto, nega o dever de pagar a multa exigida pela autora. Ao final, pugnou pela improcedência da ação. Com a contestação vieram os documentos de fls. 69/86. Houve réplica às fls. 90/102. Em sede de especificação de provas, a autora requereu a oitiva de testemunha e o depoimento pessoal da representante da ré, além de prova documental (fls. 104/105 e 111). Já a a parte ré postulou o julgamento antecipado do feito (fls. 110). É o relatório. Passo a decidir. As partes, devidamente representadas nos autos, são legítimas, não havendo nulidades ou irregularidades a serem reconhecidas. Não foram arguidas preliminares. Declaro o processo saneado. A controvérsia cinge-se acerca da existência ou não do inadimplemento contratual, fundado na suposta negativa manifestada pela ré, bem como a exigibilidade da multa pelo alegado descumprimento. No caso em apreço, reputo despicienda a oitiva da testemunha arrolada pela requerente, tendo em vista que prescindível a elucidação dos fatos. Além do mais, as versões das partes são contrapostas e não há demonstração de que modificará as afirmações prestadas nos autos, que já se encontram suficientemente instruídos com documentos necessários ao julgamento do processo, por esse motivo afasto o depoimento pessoal da representante legal da ré. Ante o exposto, indefiro a produção de prova oral visada pela demandante. Por fim, em decorrência da juntada de novas provas à fls. 111, manifeste-se a parte passiva no prazo de 15 dias (CPC, art. 437, § 1º). Fica a requerida ciente de que caso o link fornecido pela autora não funcione, há cópia da prova audiovisual depositada em cartório, conforme certidão de fls. 113. Após ou no silêncio, tornem conclusos para novas deliberações. Intime-se. - ADV: ANDRÉ GALOCHA MEDEIROS (OAB 163699/SP), MARCELLA CARLOS FERNANDEZ CARDEIRA (OAB 287151/SP)

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Aline Alencar Alves e outros x Notre Dame Intermédica Saúde S.A

ID: 306166629

Tribunal: TJSP Órgão: Foro Central Cível - 36ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1011369-10.2024.8.26.0009

Data de Disponibilização: 24/06/2025

Polo Ativo:

ALINE ALENCAR ALVES ANTONIO ROBERTO GREPPI

Polo Passivo:

NOTRE DAME INTERMéDICA SAúDE S.A

Intimação

Advogados:

JOSIANE GONTIJO DE ARAUJO

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BRUNO TEIXEIRA MARCELOS

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Processo 1011369-10.2024.8.26.0009 - Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Moral - Aline Alencar Alves - - Antonio Roberto Greppi - Notre Dame Intermédica Saúde S.A e outro - Vistos em sa… Processo 1011369-10.2024.8.26.0009 - Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Moral - Aline Alencar Alves - - Antonio Roberto Greppi - Notre Dame Intermédica Saúde S.A e outro - Vistos em saneador. De início, verifico que o réu HOSPITAL E MATERNIDADE SALVALUS foi citado (fls. 242) e não apresentou defesa. É revel. A revelia, contudo, não acarreta os efeitos previstos no art. 344, CPC, porque a corré NOTRE DAME ofertou contestação (art. 345, I, CPC). A impugnação ao valor da causa deve ser acolhida. Com efeito, os autores postulam a condenação dos réus ao pagamento de: (i) R$ 60.000,00 a título de indenização por danos morais pela "violência obstétrica e neonatal"; (ii) R$ 350.000,00 para cada autor a título de indenização por danos morais pelo erro médico; (iii) R$ 250.000,00 para cada autor a título de indenização por danos morais pela "perda de uma chance"; (iv) R$ 30.000,00 por danos estéticos; (v) R$ 50.000,00 a título de indenização por danos morais (?); e (vi) R$ 1.775,51 a título de indenização por danos materiais. Atribuíram à causa o valor de R$ 1.340.000,00 e postularam a concessão da gratuidade de justiça, que foi deferida. O valor da causa já está incorreto porque os autores não incluíram o pedido de indenização por danos materiais. Mas não é só. Como se vê acima, os autores postularam indenização por danos morais em razão de causas diversas - e até sem qualquer fundamentação (item "c.5" - fls. 48). É dizer, pelos danos extrapatrimoniais que os autores dizem ter experimentado, postularam nada menos do que o total de R$ 1.310.000,00, porque fragmentaram essa pretensão indenizatória em 4 pedidos. Contudo, o dano extrapatrimonial é único, porque teria ocorrido num mesmo contexto de erro médico/falha na prestação de serviços dos réus. Os diversos fatos invocados serviram apenas para que o juízo quantificasse o valor eventualmente cabível a título de indenização por danos morais, e não para amparar pedidos distintos de condenação dos réus à reparação pela alegada violação a direitos personalíssimos. Ademais, embora os autores devam declinar na inicial o valor pretendido a título de indenização, inclusive a fundada em dano moral (art. 292, V, do CPC), é sabido que o arbitramento do quantum indenizatório é tarefa exclusiva do juiz, sendo o montante indicado pelo autor meramente estimativo. Assim, não é razoável considerar o benefício econômico pretendido pelos autores como regra para fixação do valor da causa, mormente porque isto prejudicaria exclusivamente os réus na hipótese de interposição de recurso contra a sentença que eventualmente lhes for desfavorável, já que os autores são beneficiários da gratuidade processual e, por isso, não teriam o ônus do recolhimento do respectivo preparo. Fica, pois, acolhida a impugnação para o fim de reduzir o valor da causa para R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), para efeitos fiscais. Anotado no sistema. No mais, presentes os pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processo, bem com as condições da ação, e não havendo questões processuais pendentes que não possam ser, ulteriormente, sanadas, dou o feito por saneado e organizado. Fixo como pontos controvertidos: (i) a ocorrência de erro médico no atendimento prestado à autora; (ii) a ocorrência de danos morais, materiais e estéticos e o respectivo quantum; e (iii) a responsabilidade civil dos réus pela respectiva reparação. Defiro a produção de perícia médica (especialidade em ginecologia e obstetrícia) para resolver questão relativa à existência (ou não) de erro médico durante todo o atendimento prestado à autora. Tendo em vista que os autores são beneficiários da assistência judiciária gratuita, expeça-se ofício ao IMESC. As partes, no prazo comum de quinze dias, poderão indicar assistentes técnicos e formular quesitos. Apresentado o laudo, intimem-se as partes para que no prazo comum de quinze dias se manifestem sobre o resultado, mesma oportunidade em que deverão providenciar a apresentação de seus pareceres técnicos, se o caso. Sobre o pedido de exibição de documentos (fls. 476), caberá ao perito, se o caso, solicitar documentos necessários para a realização da perícia. A necessidade/pertinência de apresentação outros documentos para solução da controvérsia será analisada após a produção da prova pericial. Intime-se e cumpra-se. - ADV: BRUNO TEIXEIRA MARCELOS (OAB 472813/SP), JOSIANE GONTIJO DE ARAUJO (OAB 135872/MG), JOSIANE GONTIJO DE ARAUJO (OAB 135872/MG)

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Processo nº 1004288-61.2024.8.26.0477

ID: 304017685

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Praia Grande - Vara da Fazenda Pública Classe: Cumprimento de Sentença de Ações Coletivas Nº Processo: 1004288-61.2024.8.26.0477

Data de Disponibilização: 23/06/2025

Polo Ativo:

PAULO HENRIQUE DOS SANTOS

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

ANTONIO CARLOS MARTINS JUNIOR

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Processo 1004288-61.2024.8.26.0477 - Cumprimento de Sentença de Ações Coletivas - Correção Monetária - Paulo Henrique dos Santos - Vistos. A matéria posta em juízo se amolda ao IRDR nº 47 (PM - Quinq… Processo 1004288-61.2024.8.26.0477 - Cumprimento de Sentença de Ações Coletivas - Correção Monetária - Paulo Henrique dos Santos - Vistos. A matéria posta em juízo se amolda ao IRDR nº 47 (PM - Quinquênio - Base - Cálculo), da Egrégia Turma Especial de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (processo nº 0026477-31.2021.8.26.0000), cuja questão submetida a julgamento foi assim delineada: "INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS. Policial militar. Adicional por tempo de serviço (quinquênio). Base de cálculo restrita ou ampliada. CF, art. 42 e 142. CE, art. 124 a 138. LCE nº 731/93. Divergência entre as Câmaras que compõem a Seção de Direito Público.(...)4.IRDR.Questões a apreciar. O diferente regramento parece indicar que as regras do servidor civil só se aplicam ao servidor militar 'naquilo que não colidir com a legislação específica' e, no conflito delas, prevalecem as regras próprias ao servidor militar. Daí decorre a tese a ser definida pela Turma Especial: (a) o adicional por tempo de serviço do policial militar é calculado nos termos o art. 3º inciso II da LCE nº 731/93, a ele não se aplicando, à falta de previsão em lei, as regras próprias do servidor civil; (b) a inclusão ou não do adicional deinsalubridade nessa base de cálculo. Incidente admitido, sem a suspensão das ações em andamento em primeiro e segundo grau nas Varas e Turmas Recursais e nas Varas e neste Tribunal." (Órgão Julgador: Turma Especial de Direito Público; Relator: Desembargador TORRES DE CARVALHO; data da admissão: 19/11/2021; publicado no DJE em 30/11/2021) - grifei. Com efeito, a princípio não havia determinação para suspensão das ações em curso. Contudo, nos termos da decisão monocrática proferida em 25/05/2023 e disponibilizada no DJE de 30/05/2023, o Desembargador Relator Torres de Carvalho acolheu novos argumentos da Fazenda Estadual e determinou a suspensão das ações em curso, conforme se verifica na parte final da r. decisão, que segue transcrita: "O IRDR foi admitido sem a suspensão dos processos em andamento ante a previsão de um rápido julgamento, que acabou não ocorrendo. Em 14-12-2022 o Estado (fls. 355/356) noticiou um repentino aumento na distribuição de ações individuais nos Juizados Especiais versando o mesmo tema, quando passou de uma média de cem ações/mês até fevereiro de 2022 para mais de seiscentas ações/mês no final de 2022 (fls. 358); noticiou também o julgamento em 17-8-2021 pela Turma de Uniformização dos Juizados Especiais da Fazenda do PUIL nº 0000017-51.2020.8.26.9050, de tese nesse mesmo tema em sentido eventualmente diverso daquele a ser aqui afirmado; e pediu a suspensão de todos os processos em andamento que tenham por objeto a questão aqui cuidada.(...) A definição do tema pela Turma Especial em sentido possivelmente diverso daquele estabelecido pela Turma de Uniformização dos Juizados Especiais e a grande quantidade [e a súbita aceleração da distribuição] indica que, nessa hipótese, o possível conflito redundará em número enorme de reclamações e um trabalho triplicado para a afirmação da tese eventualmente estabelecida pelo Tribunal de Justiça para cumprimento do art. 985 do CPC, em ônus relevante para as partes e para o sistema de justiça em seu todo. É mais adequado, ante a indefinição da data em que o julgamento do IRDR será concluído, que se suspendam as ações em andamento e as novas até nova determinação. 5. Em consequência, nos termos do art.982 inciso I do CPC e 'ad referendum' da Turma Especial, suspendo os processos individuais e coletivos pendentes e os que forem distribuídos que discutam o tema aqui tratado (a base de cálculo do adicional por tempo de serviço de policiais militares e sua eventual integração pelo adicional de insalubridade) em primeiro e segundo graus neste Estado, até nova determinação. Comunique-se. No mais, aguarde-se o prosseguimento do incidente." Não se desconhece que houve julgamento do mérito no IRDR 47 no mês de agosto de 2023, ressaltando que não há determinação expressa para revogação da suspensão dos processos em trâmite. Ademais, conforme consta no portal do NUGEP - Núcleo de Gerenciamento de Precedentes e Ações Coletivas do Tribunal de Justiça de São Paulo: "Suspensão:ATIVA (Suspender em 1ª e 2ª instâncias até a fase ordinária)". Assim, em cumprimento à determinação de suspensão dos feitos, aguarde-se até nova determinação da Egrégia Turma Especial de Direito Público ou até o julgamento final, com tese firmada e trânsito em julgado do IRDR 47. Anote-se a movimentação própria (código SAJ nº 75047). Intime-se. - ADV: ANTONIO CARLOS MARTINS JUNIOR (OAB 296370/SP)

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Processo nº 1011369-24.2022.8.26.0609

ID: 308690002

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Taboão da Serra - Vara do Juizado Especial Cível e Criminal Classe: EXECUçãO DE TíTULO EXTRAJUDICIAL Nº Processo: 1011369-24.2022.8.26.0609

Data de Disponibilização: 26/06/2025

Polo Ativo:

TABOãO DA SERRA CLINICA ODONTOLOGICA EIRELI

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

GIDALTE DE PAULA DIAS

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Processo 1011369-24.2022.8.26.0609 - Execução de Título Extrajudicial - Duplicata - Taboão da Serra Clinica Odontologica Eireli - Vistos. Trata-se de execução de título extrajudicial proposta por TAB… Processo 1011369-24.2022.8.26.0609 - Execução de Título Extrajudicial - Duplicata - Taboão da Serra Clinica Odontologica Eireli - Vistos. Trata-se de execução de título extrajudicial proposta por TABOÃO DA SERRA CLÍNICA ODONTOLÓGICA EIRELI, objetivando o recebimento de valores referentes a contrato de prestação de serviços odontológicos. Com a inicial, foram apresentados documentos comprobatórios, incluindo declaração de enquadramento como microempresa e contrato de prestação de serviços. Não obstante, considerando elementos apurados nos autos 1000483-92.2024.8.26.0609, bem como em diversas outras ações no Estado de São Paulo, notadamente nos autos 1002078-04.2023.8.26.0176, da comarca de Embu das Artes, verifica-se a ilegitimidade da parte para figurar no polo ativo de ação perante o Juizado Especial, com a consequente incompetência absoluta deste juízo. Inicialmente, ressalta-se que a exequente ostenta a marca Odonto Excellence, contando com toda a estrutura empresarial decorrente da rede de franquia, que tem mais de 1.335 unidades, segundo informações de seu site. Apenas no Estado de São Paulo, foram identificados pelo Juizado Especial de Embu das Artes mais de 1.000 processos vinculados à marca Odonto Excellence. A análise da atuação dos patronos da rede de franquias revelou que a advogada Gidalte de Paula Dias possui 10.548 ações em aproximadamente 75 foros pesquisados no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, com mais de 190.000 menções em âmbito nacional na plataforma Jusbrasil, sendo que a quase totalidade dessas ações refere-se a execuções de títulos extrajudiciais nos Juizados Especiais, a maioria de franquias da Odonto Excellence. O titular da ora exequente, Taboão da Serra Clínica Odontológica Eireli, Felipe Lopes Rocha, integra o quadro social de outras clínicas odontológicas, ressaltando-se a Embu das Artes Clínica Odontológica Ltda. (ME) e Clínica Odontológica Sorria Taboão Ltda. (EPP), sendo que a primeira também integra a rede Odonto Excellence. A Vara do Juizado Especial de Embu das Artes procedeu ao levantamento das ações ajuizadas pelas empresas do ramo odontológico vinculadas a Felipe Lopes Rocha, constatando que a Embu da Artes Clínica Odontológica distribuiu 347 ações. E em consulta realizada hoje no Sistema SAJ, contam-se 1.398 processos, neste juízo, em nome da Taboão da Serra Clínica Odontológica Eireli. Da classe execução de título extrajudicial tem-se 1.349 ações, sendo que 690 encontram-se em andamento. O número de 690 execuções extrajudiciais em andamento representa mais de 58% das execuções de título extrajudicial em trâmite nesta comarca. E 15% das 4.574 ações atualmente em andamento no Juizado Especial Cível desta comarca. Esses dados, por si só, revelam a litigância massiva, incompatível com a finalidade do Juizado Especial, e apta a efetivamente sobrecarregar os trabalhos da vara, em prejuízo a prestação jurisdicional devida àqueles que realmente necessitam da facilitação do acesso à Justiça por meio do Juizado Especial. O volume de processos ajuizado pela ora exequente em específico e pelas outras clínicas integrantes do grupo e da rede de franquias evidencia porte e estrutura incompatível com o benefício de acionamento do Juizado Especial. O Juizado Especial foi criado objetivando o fácil acesso ao Judiciário, com a rápida solução dos litígios às partes hipossuficientes, sem condições de acesso à Justiça Comum. Nessa linha foram incluídos os microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), sendo-lhes conferido tratamento diferenciado ao permitir o ajuizamento de ações neste microssistema, a teor do disposto no artigo 8º, § 1º, II da Lei 9.099/1995, na forma da Lei Complementar 123/2006. Resta evidente, contudo, que, no caso, não se trata de pessoa jurídica hipossuficiente, estando desvirtuada a finalidade da norma que autoriza MEs e EPPs a demandarem no Juizado. O volume de processos proposto pela própria exequente, além de evidenciar relevante capacidade econômica, também indica que ela conta com estrutura para gerenciar elevado número de processos de cobrança, contando com suporte de escritório especializado em clínicas odontológicas, que utiliza o Juizado Especial como verdadeira assessoria/balcão de cobranças. Reitera-se que a exequente integra o grupo econômico Odonto Excellence, com mais de 1.300 unidades, aplicando-se o enunciado 172 do Fonaje, segundo o qual na hipótese de ficar caracterizado grupo econômico, as empresas individualmente consideradas não poderão demandar nos Juizados Especiais caso a receita bruta supere o limite para a empresa de pequeno porte. Assim, embora se enquadre formalmente como ME, na realidade, não se trata de pequena empresa, contando, como dito, com estrutura robusta, decorrente do grupo econômico e de franquia que integra. Como já mencionado, os Juizados Especiais foram concebidos para garantir acesso à justiça aos hipossuficientes e litigantes eventuais e não para servir como instrumento de cobrança em massa por grupos econômicos, finalidade para qual a exequente tem utilizado esta vara, sobrecarregando, como exposto, este juízo, em evidente detrimento daqueles que de fato necessitam do acesso facilitado à jurisdição. Em situações análogas, as turmas recursais têm reconhecido a incompetência do Juizado Especial para processar execuções propostas por clínicas integrantes da rede Odonto Excellence: Recurso Inominado. Execução de Título Extrajudicial. Microempresa. Odonto Excellence. Integrante de grupo econômico de fato. Incapacidade para demandar perante os Juizados Especiais. Enunciado Fonaje 172. Distribuição de ações em massa que inviabiliza o funcionamento dos sistemas dos juizados especiais e dificulta a prática do princípio da celeridade e do próprio acesso à justiça que a Lei n. 9.099/1995 objetiva. Abuso do direito de demandar. Extinção do feito sem resolução do mérito. Sentença mantida. Negado provimento ao recurso. (TJSP; Recurso Inominado Cível 1001309-58.2023.8.26.0123; Relator (a): Caroline Costa de Camargo; Órgão Julgador: 1ª Turma Cível; Foro de Capão Bonito - Juizado Especial Cível e Criminal; Data do Julgamento: 26/10/2023; Data de Registro: 08/11/2023). EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. Sentença que define resultado de improcedência liminar por ser a credora empresa franqueada integrante de enorme grupo econômico (Odonto Excellence). RECURSO INOMINADO DA EXEQUENTE. Gratuidade concedida para fins recursais. Exequente que independentemente da roupagem jurídica formal por ela invocada, efetivamente integra grupo econômico, ainda, que grupo econômico factual. Aplicação do Enunciado 172 do FONAJE. Ausência de legitimação para postular perante o JEC. Imperioso, contudo, que seja feita aqui observação no sentido de que será alterado o fundamento da extinção, para se afastar a declaração da improcedência liminar do pedido. Diante da ilegitimidade ativa, situação claramente evidenciada nos autos, melhor que seja a extinção do feito embasada no art. 485, VI, do CPC, em combinação com o quanto disposto no art. 51, IV, da Lei no. 9.099/95, sendo esta a solução processual mais técnica e adequada ao caso, permitindo-se que a parte possa buscar a recuperação de seu crédito em vias ordinárias perante o Juízo Cível Comum. Afastadas, ainda, de ofício, a condenação em custas e a multa de litigância de má-fé. RECURSO INOMINADO DA EXEQUENTE NÃO PROVIDO, COM OBSERVAÇÃO. (TJSP; Recurso Inominado Cível 1001228-20.2023.8.26.0282; Relator (a): Alexandre Bucci - Colégio Recursal; Órgão Julgador: 4ª Turma Recursal Cível; Foro de Itatinga - Juizado Especial Cível e Criminal; Data do Julgamento: 11/11/2024; Data de Registro: 11/11/2024). Pelo exposto, considerando a ilegitimidade ativa da parte, reconheço a incompetência deste juízo e julgo extinta a presente ação, com base no artigo 8º c/c 51, IV, da Lei n.º 9.099/1995. Sem condenação em custas, despesas processuais e honorários advocatícios nesta instância. P.I.C. - ADV: GIDALTE DE PAULA DIAS (OAB 464090/SP)

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Alcimeria Regina Ribeiro x Banco Santander (Brasil) S.A.

ID: 312581949

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Araçatuba - 3ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1011369-38.2024.8.26.0032

Data de Disponibilização: 01/07/2025

Polo Ativo:

ALCIMERIA REGINA RIBEIRO

Polo Passivo:

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.

Intimação

Advogados:

HENRIQUE JOSÉ PARADA SIMÃO

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GLAUCO GOMES MADUREIRA

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ANDERSON CORREIA DOS SANTOS

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Processo 1011369-38.2024.8.26.0032 - Procedimento Comum Cível - Repetição do Indébito - Alcimeria Regina Ribeiro - BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. - VISTOS. ALCIMERIA REGINA RIBEIRO, qualificada nos … Processo 1011369-38.2024.8.26.0032 - Procedimento Comum Cível - Repetição do Indébito - Alcimeria Regina Ribeiro - BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. - VISTOS. ALCIMERIA REGINA RIBEIRO, qualificada nos autos, ajuizou AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C. REPETIÇÃO DO INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., também qualificado. Alegou, em síntese, a existência descontos indevidos em seu benefício previdenciário relativos a empréstimo não contratado: "Nº 263856767, no valor de R$ 1.503,76, com data da inclusão em 25 de janeiro de 2023, com 84 parcelas de R$ 40,64, iniciando os descontos em fevereiro de 2023 e término em janeiro de 2030, somando os descontos chegaram ao valor de R$ 3.413,46". Sustentou não ter firmado qualquer contrato com a parte ré e ter sofrido danos morais. Requereu a procedência da ação com o cancelamento do referido contrato; a condenação da parte ré no pagamento de danos morais; a repetição do indébito em dobro e o que o valor creditado em conta venha ser reconhecido como uma doação. Juntou documentos. A petição inicial foi recebida e os benefícios da gratuidade concedidos a parte autora às fls. 27. A parte ré apresentou contestação com documentos às fls. 30/99. Em preliminar sustentou que o documento pessoal apresentado pela parte autora está vencido; a carência da ação por ausência de pretensão resistida (inexistência de resolução extrajudicial do conflito); impugnou a gratuidade concedida a parte autora e o indeferimento da petição inicial por ausência de documento (extrato da conta corrente da parte autora comprovando a inexistência de depósito). No mérito alegou a licitude da contratação eletrônica; que o contrato foi firmado mediante prévia requisição da parte autora e a assinatura do contrato, sob o nº 263856767, ocorreu no dia 25/01/2023 no valor de R$ R$1.553,90 em 84 parcelas de R$ 40,64, realizada através de aplicativo eletrônico da instituição; apresentou esclarecimentos sobre a contratação eletrônica; arguiu a legalidade e validade do contrato firmado; impugnou o pedido de restituição dos valores e a inexistência de danos morais. Impugnou o valor atribuído a causa. Requereu o acolhimento das preliminares ou a improcedência da ação. Réplica às fls. 106/121. Instadas a especificarem provas, a parte ré requereu o julgamento antecipado da ação e a parte autora a realização de perícia sobre o contrato apresentado. Às fls. 220 foi determinada a apresentação de esclarecimentos pela parte ré quanto a certificação da empresa responsável pela assinatura digital. Esclarecimentos prestados às fls. 223. É o necessário. DECIDO. A apresentação de documento pessoal atualizado não constitui requisito da petição inicial. Não se trata de documento indispensável ao ajuizamento da ação. Basta que a parte autora, na qualificação, indique as respectivas informações. A preliminarde ausência de pretensão resistida (falta de interesse de agir), não merece acolhida, pois não é necessário que o consumidor esgote a via administrativa para que possa ingressar com a ação. O acesso à justiça é direito da parte, previsto no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal/1988. Quanto apreliminarde impugnação à gratuidade de justiça, a teor do disposto no § 3º do artigo 99 do CPC, presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. Deste modo, conclui-se que tal presunção somente pode ser rechaçada por prova incontestável de que o beneficiário pode arcar com o ônus processual, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família. E, no caso, nenhuma prova trouxe a parte ré acerca da capacidade financeira da parte autora, ônus que lhe competia. Quanto a inépcia da petição inicial por ausência de documentos, rege o artigo 320 do C.P.C. que "A petição inicial será instruída com osdocumentosindispensáveis à propositura da ação". E sãodocumentosindispensáveis à propositura da demanda somente aqueles sem os quais o mérito da ação não possa ser julgado (Dinamarco Cândido Rangel, Instituições do Direito Processual Civil, v. III, 5ª ed., São Paulo:Malheiros, 2005, p. 381/382). E ainda: "Osdocumentosindispensáveis a propositura da ação são os aptos a comprovar a presença das condições da ação" (STJ, 3ª T., REsp 1.123.195, Min. Massami Uyeda, j. 16.12.10, DJ 3.2.11. Não é o caso do documento indicado pela parte ré, razão pela qual reputo que estão presentes osdocumentosnecessários à propositura da presente ação. Registre-se, ademais, que a parte autora não nega o recebimento do crédito vinculado à contratação impugnada. A impugnação ao valor atribuído a causa também não comporta acolhimento. O valor da causa representa a somatória dos pedidos de indenização de por danos morais e restituição do indébito em dobro. No mais, as partes são legítimas, estão regularmente representadas e presentes se fazem os pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo, razão pela qual, declaro saneado o feito. A controvérsia existente nos autos diz respeito a celebração do contrato digital e autorização fornecida pela parte autora para que a parte ré procedesse aos descontos mensais em sua conta de aposentadoria. Para dirimir a controvérsia, defiro a realização de prova pericial digital requerida pela parte autora, para a averiguação da autenticidade da assinatura digital, e, por conseguinte, da contratação impugnada. Nomeio o perito judicial MARCELO PEDON DOS REIS, Código 1567, que servirá escrupulosamente, independente de compromisso (Art. 466 do Código de Processo Civil). Em que pese a parte ré não ter requerido a realização da perícia, o REsp 1.846.649-MA - Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, Segunda Seção, por unanimidade, julgado em 24/11/2021 - , Tema 1061 rege que, Na hipótese em que o consumidor/autor impugnar a autenticidade da assinatura constante em contrato bancário juntado ao processo pela instituição financeira, caberá a esta o ônus de provar a autenticidade (CPC, arts. 6º, 369 e 429, II). Portanto, fica à cargo da instituição financeira o ônus financeiro respectivo. Cumpram as partes o art. 465, § 1º, incisos I, II e III (apresentar impugnação à nomeação, apresentar quesitos e assistente técnico). Cumpra a serventia o art. 465, § 2º, inciso I, intimando o perito nomeado para que, no prazo de 05 (cinco) dias, apresente a estimativa dos honorários periciais. Com a apresentação da estimativa dos honorários periciais, manifestem-se as partes, no prazo comum de 5 dias. Ficam as partes cientes de que os contatos profissionais, currículo e documentação do perito se encontram em prontuário disponível para consulta no Portal de Auxiliares da Justiça do Tribunal de Justiça -nbspwww.tjsp.jus.br/AuxiliaresJustiça/. QUESITO DO JUÍZO: 1. Deverá o(a) perito(a) judicial aferir se a assinatura digital questionada, lançadas nos documentos apresentados pela instituição financeira, são autênticas, ou não, fundamentando seu laudo. Para a realização da perícia poderá ser solicitado e examinado outros documentos que julgue necessários, prestar os esclarecimentos e acrescentar dados que não foram requisitados, mas que considere importantes para a apreciação deste Juízo. Com o depósito dos honorários e apresentação dos quesitos pelas partes (ou decurso de seu prazo para faze-lo), intime-se o sr. Perito para dar início aos seus trabalhos. O laudo deverá ser entregue nos termos do artigo 1262 das NSCGJ/TJ-SP, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data em que for intimado. Intime-se. - ADV: HENRIQUE JOSÉ PARADA SIMÃO (OAB 221386/SP), ANDERSON CORREIA DOS SANTOS (OAB 423760/SP), GLAUCO GOMES MADUREIRA (OAB 188483/SP)

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