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Cleber Luiz Pereira x Agência De Desenvolvimento De Monte Alto E Região - Agende

ID: 309809597

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Olímpia - 1ª Vara Cível Classe: CUMPRIMENTO PROVISóRIO DE SENTENçA Nº Processo: 0002165-47.2024.8.26.0400

Data de Disponibilização: 27/06/2025

Polo Ativo:

CLEBER LUIZ PEREIRA

Polo Passivo:

AGêNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE MONTE ALTO E REGIãO - AGENDE

Intimação

Advogados:

VINICIUS LUIZ PETERNELLI CASTANHEIRO

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JEFFERSON RENOSTO LOPES

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CLEBER LUIZ PEREIRA

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Processo 0002165-47.2024.8.26.0400 (processo principal 1003905-57.2023.8.26.0400) - Cumprimento Provisório de Sentença - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro - Cleber Luiz Pereira - Agência … Processo 0002165-47.2024.8.26.0400 (processo principal 1003905-57.2023.8.26.0400) - Cumprimento Provisório de Sentença - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro - Cleber Luiz Pereira - Agência de Desenvolvimento de Monte Alto e Região - Agende - Vistos. 1. Defiro a penhora do imóvel objeto da matrícula nº 55.417 do Cartório de Registro de Imóveis de Olímpia/SP, pertencente ao(à) devedor(a) Agência de Desenvolvimento de Monte Alto e Região, que fica, por este ato, constituído(a) fiel depositário(a) do bem, independentemente de quaisquer outras formalidades. Considero aperfeiçoada a penhora, de pleno direito, com esta decisão, servindo a presente, assinada digitalmente, como termo de constrição, o que faço com fulcro no entendimento jurisprudencial adiante transcrito: "EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - Impugnação à penhora de imóvel - Alegação de que a constrição deveria ter sido formalizada por auto ou termo e de que o imóvel não foi devidamente descrito e avaliado - Decisão que rejeitou a impugnação oposta pelos executados - Insurgência dos devedores - Descabimento - Ausência de interesse recursal em relação ao modo de formalização do auto ou termo de penhora - Hipótese em que não se verifica prejuízo aos devedores em caso de eventual recusa, do oficial de registro, de averbação da penhora pela apresentação da decisão como termo de constrição - Ademais, no caso, inexistem dúvidas quanto à identificação do bem objeto da penhora - Preenchimento dos requisitos previstos nos incisos do art. 838, do Código de Processo Civil - Atos constritivos que se encontram obstados, por força de efeito suspensivo concedido liminarmente em agravo de instrumento - Avaliação do imóvel que deve ser realizada somente em caso de manutenção da penhora determinada pelo D. Juízo a quo - RECURSO NÃO PROVIDO, na parte conhecida" (TJSP; Agravo de Instrumento 2186543-19.2019.8.26.0000; Relator (a):Renato Rangel Desinano; Órgão Julgador: 11ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível -19ª Vara Cível; Data do Julgamento: 04/10/2019; Data de Registro: 04/10/2019). Ainda nesse sentido, aponta o Professor Doutor Luiz Dellore, em comentário ao artigo 838 do CPC: "4. É obrigatória a lavratura de termo de penhora? Considerando as tecnologias mais avançadas, e a possibilidade de constrição por meio eletrônico (vide art. 837), se o sistema eletrônico já gerar documentação que traga os requisitos constantes do art. 838, a lavratura de novo documento - o efetivo termo ou auto de penhora, firmado por oficial de justiça - é desnecessária (vide jurisprudência selecionada)." (in Execução e Recursos: comentários ao CPC 2015: volume 3 / Fernando da Fonseca Gajardoni ... [et. al.] - 2 ed. - São Paulo: MÉTODO, 2018, pág. 270). Lembrando que, no que toca à descrição do(s) imóvel(s) penhorado(s), "não há necessidade de exposição detalhada, mas apenas de elementos suficientes a permitir a individualização do bem", tais como o número da matrícula e o(s) proprietário(s), conforme se colhe do corpo das decisões proferidas nos autos dos Agravos de Instrumento nº 2187893-42.2019.8.26.0000 e nº 2032806-93.2019.8.26.0000. 2. Providencie a secretaria judicial a averbação da penhora junto à respectiva matrícula, por meio de acesso eletrônico ao site da Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo-ARISP, intimando o(a) credor(a) para o pagamento dos emolumentos. Antes, porém, providencie a parte exequente o recolhimento da taxa para acesso ao mencionado sistema (R$ 37,02, ao F.E.D.T.J., código 434-1), em 5 (cinco) dias. 3. Tendo sido determinada a avaliação do bem nos autos do incidente em apenso, feito n. 0002014-81.2024.8.26.0400, onde o credor figura como Advogado da parte exequente, determino, em prol da economia processual, que informe nestes autos, oportunamente, o resultado da avaliação. 4. Intime-se o(a) devedor(a), na pessoa de seu advogado, ou, não o tendo, pessoalmente, sobre a penhora realizada (art. 841, §§ 1º e 2º, CPC), cumprindo-se, ainda, o disposto no artigo 842 do CPC, se o caso. 5. Fica desde já determinada a intimação pessoal do(s) coproprietário(s), do(s) credor(es) com garantia real, como também das demais pessoas mencionadas no artigo 799 do CPC, se o caso, providenciando o(a) credor(a) o necessário ao cumprimento da ordem (nome, endereço e recolhimento do valor devido pela diligência, este último apenas no caso de não ser beneficiário da gratuidade). Int. - ADV: VINICIUS LUIZ PETERNELLI CASTANHEIRO (OAB 491914/SP), CLEBER LUIZ PEREIRA (OAB 265633/SP), JEFFERSON RENOSTO LOPES (OAB 269887/SP)

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H. V. M. S. x E. De S. J.

ID: 291061597

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Caçapava - 2ª Vara Cível Classe: CUMPRIMENTO PROVISóRIO DE DECISãO Nº Processo: 0000802-83.2023.8.26.0101

Data de Disponibilização: 06/06/2025

Polo Ativo:

H. V. M. S.

Polo Passivo:

E. DE S. J.

Intimação

Advogados:

WESLEY BATISTA DE SOUZA

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CINTIA APARECIDA DA SILVA SCARPEL

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Processo 0000802-83.2023.8.26.0101 (processo principal 1003905-23.2019.8.26.0101) - Cumprimento Provisório de Decisão - Fixação - H.V.M.S. - E.S.J. - Vistos. Trata-se de impugnação à penhora aprese… Processo 0000802-83.2023.8.26.0101 (processo principal 1003905-23.2019.8.26.0101) - Cumprimento Provisório de Decisão - Fixação - H.V.M.S. - E.S.J. - Vistos. Trata-se de impugnação à penhora apresentada pelo executado, sustentando excesso de execução e impenhorabilidade dos valores bloqueados em suas contas bancárias, porque provenientes de seu salário, respectivamente, utilizados para suas subsistências. Foi acolhida parcialmente a impugnação arguida e determinada a intimação do executado para apresentar o valor correto e extratos bancários, em analogia ao CPC (Art. 525, § 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.). Nesse sentido, indicou o valor inicial correto de R$ 5.168,40 (fls. 151). É relatório. DECIDO. Inicialmente, conforme já pontuado (fls. 146/147) e observada a Súmula 621 do STJ, AFASTO o pedido de compensação de valores pagos a maior nos meses anteriores. Quanto a arguição de impenhorabilidade dos valores bloqueados, os documentos trazidos pelo executado não são suficientes a amparar suas alegações. Verifica-se pelos documentos que o alimentante recebe diversos depósitos de valores significantes em conta bancária, objeto de bloqueio, mormente a alta movimentação nos meses de março e abril (fls. 152/164). Outrossim, ausente comprovantes quanto às origens das inúmeras transações bancárias e TED's recebidos, eventuais contratos de serviços ou demais documentos que corroborem a verba salarial. Ademais, a parte executada em nenhum momento ofertou bens à substituição a penhora ou proposta de acordo no valor integral devido, indicando ausência de interesse na quitação da presente dívida. Nesse sentido, tem-se: "PENHORA ON LINE RENDIMENTOS Determinação da realização da constrição sobre os valores existentes na conta corrente da executada. Alegação de que a penhora recaiu sobre conta salário. Descabimento. A conta bloqueada não pode ser considerada conta salário, pois não se destina somente ao recebimento da remuneração da recorrente. A constrição, no entanto, não pode recair sobre os valores recebidos a título de salário, mas somente sobre o restante do saldo. Recurso parcialmente provido (TJ/SP 18ª Câmara de Direito Privado AI nº 7.261.267-8 Relator Desembargador Carlos Alberto Lopes). Destaque lançado. PENHORA Bloqueio on-line Alegação de impenhorabilidade do valor encontrado por se tratar de conta salário. Descabimento. Constrição admitida ante a natureza circulatória do crédito. Penhora que só não pode recair sobre os valores referentes ao salário do mês - Possibilidade desta sobre o restante do saldo Remanescente que perdeu a condição de fruto do trabalho, para se transformar em ativo que integra o patrimônio do devedor Recurso Desprovido. (TJSP9ª Câmara de Direito Privado Apelação Cível nº 0005894-46.2005.8.26.0045 Relator Desembargador Galdino Toledo Júnior D.J. 17/11/2015). AGRAVO DE INSTRUMENTO BLOQUEIO PENHORABILIDADE CONTA MISTA. 1 Inexiste impenhorabilidade de conta poupança utilizada como conta corrente (mista), evidenciando o uso cotidiano para despesas e créditos ordinários esvaziamento da razão de ser da tutela do artigo 649, inciso X, do Código Buzaid (art. 833. X, CPC15) Precedentes; AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO PROVIDO. (TJ-SP AI: 20221634720178260000 SP 2022163-47.2017.8.26.0000, Relator: Maria Lúcia Pizotti, Data de Julgamento: 10/05/2017, 30ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 26/05/2017). EXECUÇÃO Penhora online Valores depositados em conta poupança Admissibilidade Hipótese em que as características de movimentação da conta poupança são análogas às da poupança vinculada à conta corrente - Natureza circulatória e caráter predominante de conta corrente, que tornam inaplicável o art. 833, X, do CPC/2015 Decisão mantida - Recurso desprovido. (TJ-SP AI: 2139944-56.2018.8.26.0000, Relator: Álvaro Torres Júnior, Comarca: Campinas, Órgão julgador: 20ª Câmara de Direito Privado, Data de publicação: 14/11/2018). Por esta razão e analisando o valor inicial indicado pelo réu no importe de R$ 5.168,40, os quais deverão incidir a atualização e juros moratórios, excedendo, portanto, ao valor bloqueado, MANTENHO o bloqueiode fls. 133, no importe total de R$ 5.800,94 e CONVERTO-OS em penhora, sem necessidade de lavratura do termo. PROCEDA-SE a transferências dos valores e COLACIONE os respectivos extratos do sistema. Intimem-se as partes na forma da lei. Decorrido o prazo, CERTIFIQUE-SE e intime-se o exequente para requerer o que entender pertinente ao andamento do feito, inclusive acerca da satisfação do débito, consignando-se que para eventual levantamento dos valores, deverá apresentar formulário MLE, na forma disposta no Comunicado CG Nº 12/2024(www.tjsp.jus.br principais acessos despesas processuais orientações gerais Formulário MLE Mandado de Levantamento Eletrônico), no prazo de quinze dias. Int. - ADV: CINTIA APARECIDA DA SILVA SCARPEL (OAB 410644/SP), WESLEY BATISTA DE SOUZA (OAB 420775/SP)

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João Luis Ribeiro x Banco Pan S.A.

ID: 281272769

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de São Carlos - 3ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1003905-73.2025.8.26.0566

Data de Disponibilização: 28/05/2025

Polo Ativo:

JOãO LUIS RIBEIRO

Polo Passivo:

BANCO PAN S.A.

Intimação

Advogados:

PATRICIA ZAPPAROLI

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ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO

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ADV: Patricia Zapparoli (OAB 330525/SP), Antônio de Moraes Dourado Neto (OAB 23255/PE) Processo 1003905-73.2025.8.26.0566 - Procedimento Comum Cível - Reqte: João Luis Ribeiro - Reqdo: BANCO PAN S.A.… ADV: Patricia Zapparoli (OAB 330525/SP), Antônio de Moraes Dourado Neto (OAB 23255/PE) Processo 1003905-73.2025.8.26.0566 - Procedimento Comum Cível - Reqte: João Luis Ribeiro - Reqdo: BANCO PAN S.A. - Vistos. 1) Há interesse de agir, visto que a ação é, em tese, necessária e adequada aos fins colimados. Há pretensão resistida.Desnecessário oesgotamentoda via administrativa, a considerar o Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição. A utilização dos canais de atendimento não é obrigatória. Assim, rejeita-se a preliminar de fls. 151/153. 2) Não é o caso de inépcia da inicial (ver fls. 153), pois da narração dos fatos decorre logicamente o pedido, não incidindo nenhuma das hipóteses do parágrafo primeiro do artigo 330 do NCPC. Observo que todos os requisitos da petição inicial estão presentes, nos termos do artigo 319 do mesmo Diploma Legal. Os documentos essenciais estão nos autos. Não merece guarida a alegação da defesa acerca da necessidade de juntada de novo comprovante de endereço da requerente, visto que não se trata de documento indispensável para a propositura da ação, máxime quando regularmente observada na petição inicial a exigência do artigo 319, II, do CPC tocante à indicação do domicílio e residência da parte. 3) Rejeito a preliminar/questão de irregularidade na representação processual (fls. 153/154), a considerar que foi acostada aos autos a procuração de fls. 14 devidamente assinada, além do que não se exige procuração específica e/ou simultânea à data da propositura da demanda, dispensando-se outras elucidações a respeito. 4) Rejeito a impugnação à Justiça Gratuita (fls. 154), pois não há prova cabal nos autos de que a parte autora tenha condições econômicas favoráveis que permitam arcar com as custas / despesas / honorários do processo, ônus do impugnante. O endereço e a condição de aposentado do autor, além dos extratos bancários, não levam à conclusão de que ostenta condições econômicas favoráveis. 5) Não há que se cogitar em prescrição (ver fls. 154), haja vista que a pretensão da presente demanda cinge-se à declaração de nulidade do contrato de refinanciamento, bem como a repetição de indébitos, além da indenização a título de danos morais. Portanto, aplica-se ao caso em tela o prazo de prescrição decenal previsto no artigo 205 do Código Civil,"in verbis": Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Os descontos descritos na inicial referem-se ao ano de 2021 (ver fls. 154) e a presente ação foi ajuizada em 2025. Portanto, não há que se cogitar em prescrição. Nesse sentido, julgado do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, "in verbis": PRESCRIÇÃO Rejeição da alegação de reconhecimento de prescrição da pretensão da autora A ação foi ajuizada dentro do prazo previsto no art. 205, caput, do CC/2002, aplicável à espécie, relativo à responsabilidade contratual por descontos efetivados na modalidade diversa da anuída pela parte autora cliente Não ocorreu a prescrição da pretensão da parte autora, visto que a cliente ajuizou a ação dentro do prazo de dez anos previsto no art. 205, do CC/2002, aplicável à espécie. CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO, COM DESCONTO EM FOLHA Reconhecimento: (a) da validade do contrato de cartão de crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, celebrado pelas partes, o que permite à parte ré instituição financeira efetuar a reserva da margem consignável, a teor do art. 2º, §2º, I, da LF 10.820/2003, com redação dada pela LF 13.172/2015, visto que a celebração do contrato, negada pela parte autora, restou demonstrada pela prova documental produzida pela parte ré instituição e inconsistentes as alegações da parte autora consumidora de inexistência de contratação ou de sua nulidade por vício de consentimento e venda casada; e (b) da existência de liberação de crédito, decorrente da contratação, em questão, ainda não satisfeito, pelos débitos em folha já realizados. DÉBITO, RESPONSABILIDADE CIVIL E CESSAÇÃO DE DESCONTOS EM FOLHA DE PAGAMENTO Válido o contrato de crédito consignado, com desconto em folha de pagamento celebrado pelas partes, com liberação de crédito, ainda não satisfeito, pelos débitos em folha já realizados, no caso dos autos, de rigor, o reconhecimento de que a parte ré instituição financeira tem direito de efetuar a reserva da margem consignável, a teor do art. 2º, §2º, I, da LF 10.820/2003, com redação dada pela LF 13.172/2015, e, consequentemente, da licitude dos descontos para amortizar o crédito liberado e do descabimento de sua condenação ao pagamento de indenização, a título de danos moral e material, porque não existe obrigação de indenizar, uma vez que a parte credora não praticou ato ilícito, nem à repetição de indébito, em dobro ou de forma simples, uma vez que inexistente desconto indevido, por se tratar o exercício regular de seu direito (CC, art. 188, I), bem como a rejeição do pedido da parte autora de readequação do contrato, com manutenção da r. Sentença. Recurso desprovido.(TJSP; Apelação Cível 1028357-06.2019.8.26.0196; Relator (a):Rebello Pinho; Órgão Julgador: 20ª Câmara de Direito Privado; Data do Julgamento: 03/02/2020) - Sublinhei 6) Inócua a tese de fls. 159 acerca da aplicação da teoria da "supressio", haja vista que eventual omissão/demora não se presta a afastar eventual direito da parte requerente, a considerar que o ordenamento jurídico já prevê os institutos da decadência/prescrição, ora afastados, razão pela qual se dispensa elucidações sobre o tema. 7) Especifiquem as partes, em cinco dias, as provas que pretendem produzir, justificando a pertinência. O silêncio será interpretado como aquiescência com o julgamento antecipado da lide. No mesmo prazo, esclareçam as partes se têm interesse na audiência de conciliação no CEJUSC. 8) Eventual tese delitigância de má-féserá apreciada na sentença. Int.

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Processo nº 1003905-19.2025.8.26.0099

ID: 290738981

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Bragança Paulista - 2ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1003905-19.2025.8.26.0099

Data de Disponibilização: 06/06/2025

Polo Ativo:

ADRIANO JUNIO CUSTODIO DE OLIVEIRA JOAO HENRIQUE LEAL SANTOS

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

ROGER FERNANDES NAVES

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Processo 1003905-19.2025.8.26.0099 - Procedimento Comum Cível - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro - Adriano Junio Custodio de Oliveira - - Joao Henrique Leal Santos - Vistos. Nos termos … Processo 1003905-19.2025.8.26.0099 - Procedimento Comum Cível - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro - Adriano Junio Custodio de Oliveira - - Joao Henrique Leal Santos - Vistos. Nos termos do art. 300, do Código de Processo Civil, a tutela provisória de urgência deve ser concedida sempre que houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito (fumus boni juris) e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora). Além disso, de acordo com a lei adjetiva, a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão (art. 300, § 3º, do CPC). Neste contexto, resta evidenciado que a tutela provisória de urgência, tem por escopo trazer ao início do processo a satisfação ou o resguardo de direito que só será apreciado ao final do processo, após o amplo exercício do contraditório, justificando seu deferimento nas hipóteses em que o provimento jurisdicional não pode, sem risco de perecimento de direito ou de ineficácia da tutela final, aguardar o curso ordinário do processo e a demora que lhe é natural. No caso em apreço, a partir de tais premissas, entendo que a antecipação parcial da tutela é medida necessária a evitar prejuízo de difícil reparação à parte autora. Ademais, entendo que concessão da liminar pretendida pela parte autora não enseja qualquer prejuízo à requerida, até porque nada impede que o juízo melhor avalie a questão no curso do processo, revogando-a caso venham aos autos elementos capazes de infirmar a verossimilhança das alegações da parte autora (art. 298, do Código de Processo Civil). No caso em exame, considerando-se que a autora busca a anulação de negócio jurídico, tal pretensão enseja contradição na obrigação do pagamento das prestações e nesse contexto, necessária a suspensão do pagamento de quaisquer valores envolvendo o contrato celebrado entre as partes, além da proibição quanto à negativação do nome dos autores. Nesse sentido julgado do TJ/SP: "Agravo de instrumento. Ação de rescisão de contrato de compromisso de compra e venda de unidade autônoma habitacional. Ajuizamento pelos promitentes compradores. Alegação de dificuldade financeira e desinteresse na continuidade do contrato. Formulada com o objetivo de suspender exigibilidade de prestações vincendas, também despesas incidentes sobre o imóvel e ordenar à promitente vendedora se abster de negativar o nome da parte autora, a pretensão pela tutela provisória de urgência foi deferida. Inconformismo da ré, promitente vendedora. Não provimento. Decisão mantida. 1. Preenchimento dos requisitos autorizadores à concessão de tutela provisória de urgência (artigo 300, CPC/15). Admissível a suspensão da exigibilidade de prestações de compromisso de compra e venda de bem imóvel e a abstenção de eventual negativação em órgão de proteção ao crédito, quando evidenciada, da cognição sumária autorizada pelo estágio probatório inaugural, a verossimilhança do direito invocado quanto ao desinteresse manifesto da agravante em prosseguir com a execução do contrato, diante de sua alegada dificuldade financeira. Aplicação da Súmula nº 1 deste E. Tribunal. Dano irreparável e de difícil reparação à parte autora-agravada é manifesto, a justificar a concessão imediata da tutela provisória de urgência. 2. Recurso desprovido. Agravo de Instrumento n. 2229582-37.2017.8.26.0000. Relator(a): Piva Rodrigues. Órgão julgador: 9ª Câmara de Direito Privado. Julgado em 05/02/2018." Aliás, este é o entendimento já consolidado por súmula do TJ/SP: "Súmula 1: O Compromissário comprador de imóvel, mesmo inadimplente, pode pedir a rescisão do contrato e reaver as quantias pagas, admitida a compensação com gastos próprios de administração e propaganda feitos pelo compromissário vendedor, assim como com o valor que se arbitrar pelo tempo de ocupação do bem." Portanto, evidentes serão os prejuízos da parte adquirente em ser cobrada ou ter incluído seu nome nos órgãos de proteção ao crédito por valores relativos a contrato que ela discute a rescisão contratual. Ante o exposto, presentes os requisitos legais, defiro a tutela provisória de urgência para determinar a suspensão da exigibilidade das parcelas vincendas do contrato objeto desta lide e, por conseguinte, a proibição de negativação do nome dos autores junto aos órgãos de restrição de crédito, até decisão final a ser proferida nos autos. Para o caso de descumprimento da obrigação fixo dia-multa no valor de R$ 1.000,00, limitados a R$ 70.000,00. Diante das especificidades da causa, e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito, deixo para momento oportuno a análise da conveniência acerca da realização de audiência de mediação/conciliação (art. 139, VI, do CPC e Enunciado n.º 35 do Seminário "O Poder Judiciário e o Novo Código de Processo Civil", organizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM). Intime-se a parte ré para cumprimento da decisão acima e Cite-se-a para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis, nos termos do art. 231, do CPC. Por ser oportuno, as partes ficam advertidas de que a ausência de contestação poderá implicar o reconhecimento de sua revelia, com a presunção de veracidade dos fatos alegados na petição inicial. RECOLHA a parte autora a despesa devida, após expeça-se o necessário. Tratando-se de processo eletrônico, seu conteúdo integral (petição inicial, documentos e decisões) poderá ser visualizado pela rede mundial de computadores (Internet), através do site www.tjsp.jus.br, onde a parte interessada deverá informar o número do processo e a senha: . Ainda por se tratar de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentas dos arts. 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício da faculdade prevista no art. 340, do CPC. Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis apresente manifestação, oportunidade em que: i) havendo revelia, deverá informar se quer produzir outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; ii) havendo contestação, deverá se manifestar em réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões incidentais; e iii) em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte autora apresentar resposta à reconvenção. Intime-se. - ADV: ROGER FERNANDES NAVES (OAB 515218/SP), ROGER FERNANDES NAVES (OAB 515218/SP)

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Processo nº 1003905-19.2025.8.26.0099

ID: 290738448

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Bragança Paulista - 2ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1003905-19.2025.8.26.0099

Data de Disponibilização: 06/06/2025

Polo Ativo:

ADRIANO JUNIO CUSTODIO DE OLIVEIRA JOAO HENRIQUE LEAL SANTOS

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

ROGER FERNANDES NAVES

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Processo 1003905-19.2025.8.26.0099 - Procedimento Comum Cível - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro - Adriano Junio Custodio de Oliveira - - Joao Henrique Leal Santos - Vistos. Nos termos … Processo 1003905-19.2025.8.26.0099 - Procedimento Comum Cível - Rescisão do contrato e devolução do dinheiro - Adriano Junio Custodio de Oliveira - - Joao Henrique Leal Santos - Vistos. Nos termos do art. 300, do Código de Processo Civil, a tutela provisória de urgência deve ser concedida sempre que houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito (fumus boni juris) e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora). Além disso, de acordo com a lei adjetiva, a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão (art. 300, § 3º, do CPC). Neste contexto, resta evidenciado que a tutela provisória de urgência, tem por escopo trazer ao início do processo a satisfação ou o resguardo de direito que só será apreciado ao final do processo, após o amplo exercício do contraditório, justificando seu deferimento nas hipóteses em que o provimento jurisdicional não pode, sem risco de perecimento de direito ou de ineficácia da tutela final, aguardar o curso ordinário do processo e a demora que lhe é natural. No caso em apreço, a partir de tais premissas, entendo que a antecipação parcial da tutela é medida necessária a evitar prejuízo de difícil reparação à parte autora. Ademais, entendo que concessão da liminar pretendida pela parte autora não enseja qualquer prejuízo à requerida, até porque nada impede que o juízo melhor avalie a questão no curso do processo, revogando-a caso venham aos autos elementos capazes de infirmar a verossimilhança das alegações da parte autora (art. 298, do Código de Processo Civil). No caso em exame, considerando-se que a autora busca a anulação de negócio jurídico, tal pretensão enseja contradição na obrigação do pagamento das prestações e nesse contexto, necessária a suspensão do pagamento de quaisquer valores envolvendo o contrato celebrado entre as partes, além da proibição quanto à negativação do nome dos autores. Nesse sentido julgado do TJ/SP: "Agravo de instrumento. Ação de rescisão de contrato de compromisso de compra e venda de unidade autônoma habitacional. Ajuizamento pelos promitentes compradores. Alegação de dificuldade financeira e desinteresse na continuidade do contrato. Formulada com o objetivo de suspender exigibilidade de prestações vincendas, também despesas incidentes sobre o imóvel e ordenar à promitente vendedora se abster de negativar o nome da parte autora, a pretensão pela tutela provisória de urgência foi deferida. Inconformismo da ré, promitente vendedora. Não provimento. Decisão mantida. 1. Preenchimento dos requisitos autorizadores à concessão de tutela provisória de urgência (artigo 300, CPC/15). Admissível a suspensão da exigibilidade de prestações de compromisso de compra e venda de bem imóvel e a abstenção de eventual negativação em órgão de proteção ao crédito, quando evidenciada, da cognição sumária autorizada pelo estágio probatório inaugural, a verossimilhança do direito invocado quanto ao desinteresse manifesto da agravante em prosseguir com a execução do contrato, diante de sua alegada dificuldade financeira. Aplicação da Súmula nº 1 deste E. Tribunal. Dano irreparável e de difícil reparação à parte autora-agravada é manifesto, a justificar a concessão imediata da tutela provisória de urgência. 2. Recurso desprovido. Agravo de Instrumento n. 2229582-37.2017.8.26.0000. Relator(a): Piva Rodrigues. Órgão julgador: 9ª Câmara de Direito Privado. Julgado em 05/02/2018." Aliás, este é o entendimento já consolidado por súmula do TJ/SP: "Súmula 1: O Compromissário comprador de imóvel, mesmo inadimplente, pode pedir a rescisão do contrato e reaver as quantias pagas, admitida a compensação com gastos próprios de administração e propaganda feitos pelo compromissário vendedor, assim como com o valor que se arbitrar pelo tempo de ocupação do bem." Portanto, evidentes serão os prejuízos da parte adquirente em ser cobrada ou ter incluído seu nome nos órgãos de proteção ao crédito por valores relativos a contrato que ela discute a rescisão contratual. Ante o exposto, presentes os requisitos legais, defiro a tutela provisória de urgência para determinar a suspensão da exigibilidade das parcelas vincendas do contrato objeto desta lide e, por conseguinte, a proibição de negativação do nome dos autores junto aos órgãos de restrição de crédito, até decisão final a ser proferida nos autos. Para o caso de descumprimento da obrigação fixo dia-multa no valor de R$ 1.000,00, limitados a R$ 70.000,00. Diante das especificidades da causa, e de modo a adequar o rito processual às necessidades do conflito, deixo para momento oportuno a análise da conveniência acerca da realização de audiência de mediação/conciliação (art. 139, VI, do CPC e Enunciado n.º 35 do Seminário "O Poder Judiciário e o Novo Código de Processo Civil", organizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM). Intime-se a parte ré para cumprimento da decisão acima e Cite-se-a para contestar o feito no prazo de 15 (quinze) dias úteis, nos termos do art. 231, do CPC. Por ser oportuno, as partes ficam advertidas de que a ausência de contestação poderá implicar o reconhecimento de sua revelia, com a presunção de veracidade dos fatos alegados na petição inicial. RECOLHA a parte autora a despesa devida, após expeça-se o necessário. Tratando-se de processo eletrônico, seu conteúdo integral (petição inicial, documentos e decisões) poderá ser visualizado pela rede mundial de computadores (Internet), através do site www.tjsp.jus.br, onde a parte interessada deverá informar o número do processo e a senha: . Ainda por se tratar de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentas dos arts. 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício da faculdade prevista no art. 340, do CPC. Decorrido o prazo para contestação, intime-se a parte autora para que no prazo de quinze dias úteis apresente manifestação, oportunidade em que: i) havendo revelia, deverá informar se quer produzir outras provas ou se deseja o julgamento antecipado; ii) havendo contestação, deverá se manifestar em réplica, inclusive com contrariedade e apresentação de provas relacionadas a eventuais questões incidentais; e iii) em sendo formulada reconvenção com a contestação ou no seu prazo, deverá a parte autora apresentar resposta à reconvenção. Intime-se. - ADV: ROGER FERNANDES NAVES (OAB 515218/SP), ROGER FERNANDES NAVES (OAB 515218/SP)

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Marcel Ferraraz Camargo x Alexandre Barbosa

ID: 308260668

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Jundiaí - 4ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1021737-51.2024.8.26.0309

Data de Disponibilização: 26/06/2025

Polo Ativo:

MARCEL FERRARAZ CAMARGO

Polo Passivo:

ALEXANDRE BARBOSA

Intimação

Advogados:

DENY TORRES DOS SANTOS

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BRUNO ROGER DE SOUZA

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Processo 1021737-51.2024.8.26.0309 - Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Moral - Marcel Ferraraz Camargo - Alexandre Barbosa - Juiz(a) de Direito: Dr(a). Marcio Estevan Fernandes Vistos… Processo 1021737-51.2024.8.26.0309 - Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Moral - Marcel Ferraraz Camargo - Alexandre Barbosa - Juiz(a) de Direito: Dr(a). Marcio Estevan Fernandes Vistos. MARCEL FERRAZ CAMARGO move a presente ação de compensação de dano moral contra ALEXANDRE BARBOSA afirmando, em suma, ter sido insultado e agredido pelo réu à míngua de qualquer motivo. Citado, ALEXANDRE BARBOSA contesta o pedido alegando, em suma, que entre as partes existe uma pendência referente à ruptura de uma sociedade comércio por quebra da affectio societatis. Aduz que tanto o autor como o réu foram punidos pelo clube onde se deu o evento em razão do episódio. (fls. 58/73) Anote-se réplica, da qual se extrai: "A movimentação indevida das contas da empresa pelo réu ocasionou, inclusive, em seu bloqueio, gerando inúmeros prejuízos à sociedade comercial." (fls. 152/160). É o relatório. Decido: De proêmio, indefiro ao réu os benefícios da assistência judiciária gratuita por não haver prova da alegada situação de vulnerabilidade econômico-financeira. Ainda de proêmio, rejeito a preliminar de inépcia da inicial, uma vez que a ausência de provas é exame que se faz no campo meritório e não por ocasião do recebimento da peça. No mais, o pedido é improcedente. Com efeito, o réu alegou em contestação que tanto ele quanto o autor foram punidos pelo clube onde se deu o evento, circunstância que, ao menos em tese, revela que ambos concorreram para o evento danoso. Em réplica, o autor nada disse a respeito, circunstância que autoriza, em razão de o fato tornar-se incontroverso, admitir-se como absolutamente verdadeira a conclusão a que chegou o clube em que se deu o desentendimento, após processo administrativo não questionado, em seu aspeto formal, por nenhuma das partes. Veja-se que, no âmbito do processo administrativo, foram ouvidos os interessados, as testemunhas por elas arroladas e analisadas imagens de câmeras de segurança, concluindo-se, sem qualquer questionamento ou impugnação, pela culpa de ambas as partes no entrevero. Outro ponto sobre o qual também silenciou o autor na inicial diz respeito ao motivo da discórdia. De acordo com a inicial, teria o réu de forma gratuita partido para cima de si, em busca de briga. Contudo, também restou incontroverso que o início da rusga entre as partes diz respeito a uma desavença comercial, em que o réu se sentiu enganado pelo o autor e o autor enganado pelo réu... Em suma, houve motivo para o desavir e a contenda envolveu ambos igualmente, tendo o autor, inclusive, recebido pena ainda mais severa que o réu. Ressalte-se, ademais, que nenhuma nódoa foi atribuída ao procedimento administrativo que concluiu pela culpa de ambas as partes no evento. Em caso semelhante, já se decidiu: RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO ORDINÁRIA DE NULIDADE DE PENALIDADE CC REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. Associação civil. Clube recreativo. Penalidade de suspensão de ingresso nas dependências, aplicada a conselheiro, por atitude reputada como infração social disciplinar. Feito extinto, sem julgamento do mérito, em relação ao pedido de nulidade da penalidade, em razão de perda superveniente do objeto; e improcedência do pedido de indenização por danos morais. Insurgência do autor. Pena de suspensão aplicada pelo presidente prevista em Estatuto e Regimento de clube e após contraditório. Descabimento do pedido de reexame do ato, sob pena de indevida interferência em questões "interna corporis". Ausente interesse jurídico em razão suspensão da pena e pela absolvição do autor. Dever de indenizar não configurado. Sentença mantida. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1003905-30.2016.8.26.0650; Relator (a):Ana Maria Baldy; Órgão Julgador: 6ª Câmara de Direito Privado; Foro de Valinhos -3ª Vara; Data do Julgamento: 29/08/2019; Data de Registro: 29/08/2019) Apelação. Ação anulatória cumulada com indenização por danos morais. Sentença de improcedência. Desacolhimento do pedido de nulidade da decisão administrativa que determinou a expulsão do autor do quadro de associados do clube réu, bem como retratação formal e indenização por danos morais. Cerceamento de defesa não configurado. Questão "interna corporis". Inexistência de ofensa ao contraditório e à ampla defesa do autor no procedimento administrativo, no qual se defendeu. Aplicação de uma das penalidades prevista no Estatuto. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. Recurso desprovido.(TJSP; Apelação Cível 1021710-81.2018.8.26.0114; Relator (a):Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho; Órgão Julgador: 8ª Câmara de Direito Privado; Foro de Campinas -8ª Vara Cível; Data do Julgamento: 15/09/2021; Data de Registro: 18/09/2021) A pretensão do autor esbarra, assim, na autonomia do clube recreativo para deliberação dos atos ocorridos teoricamente contra seus estatutos, anotando-se, uma vez mais, que autor sequer questiona qualquer aspecto de tal procedimento administrativo. Assim, se ambos as partes concorreram para o episódio, inviável se ignorar a decisão a que chegou aquela entidade para, então, buscar-se a responsabilização de um desafeto por ato cometido contra desafeto a partir de condutas equivalentes. Mutatis mutandis: Condomínio edilício - Ato ilícito de natureza extracontratual - Ação de indenização por danos morais - Demanda de condômino em face de condomínio - Sentença de improcedência - Recurso do autor - Manutenção do julgado, mas por outro fundamento - Cabimento - Autor que, em reunião do corpo diretivo do condomínio, foi ofendido verbalmente pelo síndico - Conjunto probatório a indicar que o autor e o síndico são desafetos, com histórico de atritos e provocações - Ausência de prejuízo moral indenizável. Apelo do autor desprovido.(TJSP; Apelação Cível 1000868-94.2021.8.26.0625; Relator (a):Marcos Ramos; Órgão Julgador: 30ª Câmara de Direito Privado; Foro de Taubaté -3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 09/12/2021; Data de Registro: 10/12/2021) Responsabilidade civil. Desentendimento no condomínio edilício. Câmeras de segurança que gravaram todo o contexto da queda da mulher após empurrão pelo desafeto. Cronologia que indica perseguição da mulher ao homem que, ao tentar fugir do assédio, empurra ou esbarra, retirando o equilíbrio. Não é possível a condenação do homem e tampouco da mulher por dano moral. O episódio é constrangedor para as partes, sem que se possa dar razão a quem quer seja. Provimento para julgar improcedente a reconvenção.(TJSP; Apelação Cível 0001055-91.2012.8.26.0510; Relator (a):Enio Zuliani; Órgão Julgador: 28ª Câmara Extraordinária de Direito Privado; Foro de Rio Claro -1ª. Vara Cível; Data do Julgamento: 25/10/2016; Data de Registro: 31/10/2016) Posto isso, julgo improcedente o pedido deduzido por MARCEL FERRAZ CAMARGO contra ALEXANDRE BARBOSA e declaro extinto o processo, com resolução de mérito, na forma do art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil. Condeno o autor ao pagamento de custas e honorários advocatícios, fixados estes em 10% sobre o valor da causa atualizado. P.R.I.C. - ADV: DENY TORRES DOS SANTOS (OAB 363454/SP), BRUNO ROGER DE SOUZA (OAB 340988/SP)

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B. De S. e outros x O. S. A. C. F. E I. e outros

ID: 293508328

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de São Bernardo do Campo - 2ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1003905-79.2025.8.26.0564

Data de Disponibilização: 09/06/2025

Polo Ativo:

B. DE S. J. C. DA S.

Polo Passivo:

O. S. A. C. F. E I. W. P. DA S. C. DE V. L.

Intimação

Advogados:

TAMARA LAINS CARIS FERREIRA

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PATRICIA LITVAK MARTINS

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HENRIQUE JOSÉ PARADA SIMÃO

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GLAUCO GOMES MADUREIRA

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Processo 1003905-79.2025.8.26.0564 - Procedimento Comum Cível - Práticas Abusivas - J.C.S. - - B.S. - W.P.S.C.V. - - O.C.F.I. e outro - Vistos. Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com… Processo 1003905-79.2025.8.26.0564 - Procedimento Comum Cível - Práticas Abusivas - J.C.S. - - B.S. - W.P.S.C.V. - - O.C.F.I. e outro - Vistos. Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com pedido de indenização ajuizada por JONATHAN COSTA DA SILVA e BRUNA DE SOUZA em face de WILLIAN PAULINO DA SILVA COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDA., OMNI S.A. CRÉDITO E FINANCIAMENTO e ULISSES CLEITON DE SOUZA SIQUEIRA, em que narram a aquisição de veículo Ford/KA 1.0 TICVT FLEX 5PG, ano/modelo: 2018, Placa GAR3885, do primeiro e terceiro réus, financiado pelo segundo réu, mas após sair do estabelecimento da primeira ré o veículo apresentou problemas no motor. Sustentam que voltaram ao réu informando o problema, sendo orientados a andar com o carro por 03 (três) dias para lubrificar o motor, pois foi alegado que havia sido trocados óleo, filtro e combustível novos. Argumentam que no mesmo dia (23/01/2025) levaram o veículo ao mecânico de confiança, que informou ser necessário abrir o motor, de modo que os autores repassaram as informações ao representante das rés solicitando o cancelamento. Aduzem que os réus responderam que não podiam fazer nada. Requerem a concessão da assistência judiciária gratuita e de tutela de urgência para suspender as cobranças do contrato de financiamento até o julgamento da presente ação, a ser confirmada em sentença, com declaração de rescisão da compra e venda, com restituição de valores, com o consequente cancelamento do contrato de financiamento, condenados os réus ao pagamento de indenização pelos danos morais alegadamente sofridos. Decisão de fls. 139/140 deferiu a gratuidade judiciária aos autores. Devidamente citadas, os réus apresentaram defesa em forma de contestação. A ré Omni diz ser parte ilegítima para responder aos pedidos autorais, que há carência de ação pela ausência de negativa aos pleitos autorais em sede administrativa, que a gratuidade judiciária aos autores é indevida. Aponta que não responde por eventuais vícios ocultos no veículo adquirido pelos autores, tratando-se de responsabilidade exclusiva do vendedor. Defende a regularidade do contrato de financiamento, a ser preservado e que não há danos indenizáveis. Pugna pela extinção do feito sem apreciação do mérito, ou, subsidiariamente, a rejeição do pedido inicial. Por sua vez, a comerciante ré alega ser parte ilegítima para responder à pretensão autoral, dado que não vendeu o veículo litigioso, sendo o anúncio do bem veiculado em redes sociais de um de seus colaboradores. Aduz que a negociação em si foi travada entre os autores e o corréu Ulisses e sua esposa Thais. Destaca que nem chegou a integrar o contrato de financiamento e os valores que se quer restituídos foram pagos ao corréu Ulisses. Traz impugnação à gratuidade judiciária deferida aos autores, pugna pela extinção do feito contra si movido sem apreciação do mérito, ou, subsidiariamente, a rejeição do pedido inicial condenados os autores por litigância de má-fé. O réu Ulisses, devidamente citado (fls. 150), não se manifestou. Réplica a fls. 347/354. DECIDO. De início e à luz dos documentos contidos nos autos, mantenho o benefício da gratuidade judiciária em favor da autora Bruna. Salta os olhos que o próprio contrato de financiamento não ostenta a comerciante ré como a alienante do bem, assim como não se demonstrou a destinação de quaisquer valores à comerciante ré, o que impõe o acolhimento da preliminar por ela deduzida e a extinção do feito contra si movido sem apreciação do mérito, sobretudo neste cenário de que não há qualquer indício de participação da comerciante ré na negociação, e tampouco de que auferiu quaisquer benesses neste contexto. Face o exposto, JULGO EXTINTO o feito movido em face da comerciante ré, sem apreciação do mérito, a considerar sua ilegitimidade para responder à pretensão autoral. Condeno os autores ao pagamento de despesas processuais e honorários ao patronos da comerciante de 10% sobre o valor atribuído à causa, observada a gratuidade judiciária que os beneficia. No mais, rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva manejada pela financeira ré. A participação da financiadora no processo de venda não se limita ao mero fornecimento de crédito. Na prática comercial contemporânea, as instituições financeiras integram-se ativamente no processo de comercialização, através de parcerias comerciais, sistemas integrados de aprovação de crédito, e muitas vezes até mesmo na escolha e indicação dos fornecedores. Ademais, esta atuação integrada gera no consumidor a legítima expectativa de que está contratando com um sistema unificado de fornecimento. A financiadora, ao se beneficiar desta percepção unitária da operação, não pode posteriormente invocar sua suposta desvinculação para se eximir das responsabilidades decorrentes de problemas na execução do negócio como um todo. A teoria da aparência, solidamente estabelecida em nossa jurisprudência, impede que a financiadora se beneficie da integração quando isso lhe é favorável, mas se escuse dela quando surgem problemas. Esta postura violaria frontalmente o princípio da boa-fé objetiva que deve nortear todas as relações contratuais. Se a financiadora fosse considerada ilegítima passiva e excluída da demanda, criaríamos uma situação processual insustentável: o consumidor devolveria o veículo ao vendedor, mas permaneceria obrigado a pagar as prestações do financiamento de um bem que não mais possui. Esta situação violaria princípios fundamentais de justiça e equidade, além de gerar enriquecimento sem causa em favor da instituição financeira. Por todas estas razões, mantém-se a financiadora no polo passivo da lide. Por sua vez, não se vê razão para que se mantenha a comerciante ré no polo passivo da lide, dado que não uma só evidência de que efetivamente integrou a relação jurídica sub judice, não se localizando qualquer tratativa entre os autores e a comerciante ré, ou com alguém que se identifique ao menos como seu preposto. Há controvérsia sobre a natureza dos vícios presentes no bem adquirido, se vícios ocultos ou se vícios passíveis de localização pelo homem médio e sem treinamento técnico em avaliação de veículos, fato que merece dilação probatória, sobretudo porque os autores adquiriram o bem e efetuaram financiamento sem ao menos vistoriá-lo, a apontar, em tese, negligência no processo de aquisição, negligência que se afastará caso de ateste que os defeitos presentes no veículo são apenas passíveis de percepção por um olhar especializado. Assim, para analisar o ponto acima apresentado, nomeio o perito Luis Fernando Tinoco. Intime-se-o para que apresente honorários a serem custeados pelo réu. Por se tratar de relação de consumo, o ônus probatório é dos réus, mediante inversão, e, sendo a inversão do ônus probatório regra de instrução e não de julgamento, é dos réus o ônus de produção da prova, cumprindo-lhes arcar com os honorários periciais. Depositados os honorários, comunique-se o perito para que dê início aos trabalhos. A partir de então, o laudo pericial deverá ser entregue em cartório no prazo de 45 dias. Apresentado o laudo, intimem-se as partes para que no prazo comum de quinze dias se manifestem sobre o resultado. Intime-se. - ADV: PATRICIA LITVAK MARTINS (OAB 322870/SP), HENRIQUE JOSÉ PARADA SIMÃO (OAB 221386/SP), TAMARA LAINS CARIS FERREIRA (OAB 487350/SP), GLAUCO GOMES MADUREIRA (OAB 188483/SP), TAMARA LAINS CARIS FERREIRA (OAB 487350/SP)

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B. De S. e outros x O. S. A. C. F. E I. e outros

ID: 291093586

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de São Bernardo do Campo - 2ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1003905-79.2025.8.26.0564

Data de Disponibilização: 06/06/2025

Polo Ativo:

B. DE S. J. C. DA S.

Polo Passivo:

O. S. A. C. F. E I. W. P. DA S. C. DE V. L.

Intimação

Advogados:

TAMARA LAINS CARIS FERREIRA

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PATRICIA LITVAK MARTINS

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HENRIQUE JOSÉ PARADA SIMÃO

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GLAUCO GOMES MADUREIRA

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Processo 1003905-79.2025.8.26.0564 - Procedimento Comum Cível - Práticas Abusivas - J.C.S. - - B.S. - W.P.S.C.V. - - O.C.F.I. e outro - Vistos. Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com… Processo 1003905-79.2025.8.26.0564 - Procedimento Comum Cível - Práticas Abusivas - J.C.S. - - B.S. - W.P.S.C.V. - - O.C.F.I. e outro - Vistos. Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com pedido de indenização ajuizada por JONATHAN COSTA DA SILVA e BRUNA DE SOUZA em face de WILLIAN PAULINO DA SILVA COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDA., OMNI S.A. CRÉDITO E FINANCIAMENTO e ULISSES CLEITON DE SOUZA SIQUEIRA, em que narram a aquisição de veículo Ford/KA 1.0 TICVT FLEX 5PG, ano/modelo: 2018, Placa GAR3885, do primeiro e terceiro réus, financiado pelo segundo réu, mas após sair do estabelecimento da primeira ré o veículo apresentou problemas no motor. Sustentam que voltaram ao réu informando o problema, sendo orientados a andar com o carro por 03 (três) dias para lubrificar o motor, pois foi alegado que havia sido trocados óleo, filtro e combustível novos. Argumentam que no mesmo dia (23/01/2025) levaram o veículo ao mecânico de confiança, que informou ser necessário abrir o motor, de modo que os autores repassaram as informações ao representante das rés solicitando o cancelamento. Aduzem que os réus responderam que não podiam fazer nada. Requerem a concessão da assistência judiciária gratuita e de tutela de urgência para suspender as cobranças do contrato de financiamento até o julgamento da presente ação, a ser confirmada em sentença, com declaração de rescisão da compra e venda, com restituição de valores, com o consequente cancelamento do contrato de financiamento, condenados os réus ao pagamento de indenização pelos danos morais alegadamente sofridos. Decisão de fls. 139/140 deferiu a gratuidade judiciária aos autores. Devidamente citadas, os réus apresentaram defesa em forma de contestação. A ré Omni diz ser parte ilegítima para responder aos pedidos autorais, que há carência de ação pela ausência de negativa aos pleitos autorais em sede administrativa, que a gratuidade judiciária aos autores é indevida. Aponta que não responde por eventuais vícios ocultos no veículo adquirido pelos autores, tratando-se de responsabilidade exclusiva do vendedor. Defende a regularidade do contrato de financiamento, a ser preservado e que não há danos indenizáveis. Pugna pela extinção do feito sem apreciação do mérito, ou, subsidiariamente, a rejeição do pedido inicial. Por sua vez, a comerciante ré alega ser parte ilegítima para responder à pretensão autoral, dado que não vendeu o veículo litigioso, sendo o anúncio do bem veiculado em redes sociais de um de seus colaboradores. Aduz que a negociação em si foi travada entre os autores e o corréu Ulisses e sua esposa Thais. Destaca que nem chegou a integrar o contrato de financiamento e os valores que se quer restituídos foram pagos ao corréu Ulisses. Traz impugnação à gratuidade judiciária deferida aos autores, pugna pela extinção do feito contra si movido sem apreciação do mérito, ou, subsidiariamente, a rejeição do pedido inicial condenados os autores por litigância de má-fé. O réu Ulisses, devidamente citado (fls. 150), não se manifestou. Réplica a fls. 347/354. DECIDO. De início e à luz dos documentos contidos nos autos, mantenho o benefício da gratuidade judiciária em favor da autora Bruna. Salta os olhos que o próprio contrato de financiamento não ostenta a comerciante ré como a alienante do bem, assim como não se demonstrou a destinação de quaisquer valores à comerciante ré, o que impõe o acolhimento da preliminar por ela deduzida e a extinção do feito contra si movido sem apreciação do mérito, sobretudo neste cenário de que não há qualquer indício de participação da comerciante ré na negociação, e tampouco de que auferiu quaisquer benesses neste contexto. Face o exposto, JULGO EXTINTO o feito movido em face da comerciante ré, sem apreciação do mérito, a considerar sua ilegitimidade para responder à pretensão autoral. Condeno os autores ao pagamento de despesas processuais e honorários ao patronos da comerciante de 10% sobre o valor atribuído à causa, observada a gratuidade judiciária que os beneficia. No mais, rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva manejada pela financeira ré. A participação da financiadora no processo de venda não se limita ao mero fornecimento de crédito. Na prática comercial contemporânea, as instituições financeiras integram-se ativamente no processo de comercialização, através de parcerias comerciais, sistemas integrados de aprovação de crédito, e muitas vezes até mesmo na escolha e indicação dos fornecedores. Ademais, esta atuação integrada gera no consumidor a legítima expectativa de que está contratando com um sistema unificado de fornecimento. A financiadora, ao se beneficiar desta percepção unitária da operação, não pode posteriormente invocar sua suposta desvinculação para se eximir das responsabilidades decorrentes de problemas na execução do negócio como um todo. A teoria da aparência, solidamente estabelecida em nossa jurisprudência, impede que a financiadora se beneficie da integração quando isso lhe é favorável, mas se escuse dela quando surgem problemas. Esta postura violaria frontalmente o princípio da boa-fé objetiva que deve nortear todas as relações contratuais. Se a financiadora fosse considerada ilegítima passiva e excluída da demanda, criaríamos uma situação processual insustentável: o consumidor devolveria o veículo ao vendedor, mas permaneceria obrigado a pagar as prestações do financiamento de um bem que não mais possui. Esta situação violaria princípios fundamentais de justiça e equidade, além de gerar enriquecimento sem causa em favor da instituição financeira. Por todas estas razões, mantém-se a financiadora no polo passivo da lide. Por sua vez, não se vê razão para que se mantenha a comerciante ré no polo passivo da lide, dado que não uma só evidência de que efetivamente integrou a relação jurídica sub judice, não se localizando qualquer tratativa entre os autores e a comerciante ré, ou com alguém que se identifique ao menos como seu preposto. Há controvérsia sobre a natureza dos vícios presentes no bem adquirido, se vícios ocultos ou se vícios passíveis de localização pelo homem médio e sem treinamento técnico em avaliação de veículos, fato que merece dilação probatória, sobretudo porque os autores adquiriram o bem e efetuaram financiamento sem ao menos vistoriá-lo, a apontar, em tese, negligência no processo de aquisição, negligência que se afastará caso de ateste que os defeitos presentes no veículo são apenas passíveis de percepção por um olhar especializado. Assim, para analisar o ponto acima apresentado, nomeio o perito Luis Fernando Tinoco. Intime-se-o para que apresente honorários a serem custeados pelo réu. Por se tratar de relação de consumo, o ônus probatório é dos réus, mediante inversão, e, sendo a inversão do ônus probatório regra de instrução e não de julgamento, é dos réus o ônus de produção da prova, cumprindo-lhes arcar com os honorários periciais. Depositados os honorários, comunique-se o perito para que dê início aos trabalhos. A partir de então, o laudo pericial deverá ser entregue em cartório no prazo de 45 dias. Apresentado o laudo, intimem-se as partes para que no prazo comum de quinze dias se manifestem sobre o resultado. Intime-se. - ADV: TAMARA LAINS CARIS FERREIRA (OAB 487350/SP), HENRIQUE JOSÉ PARADA SIMÃO (OAB 221386/SP), PATRICIA LITVAK MARTINS (OAB 322870/SP), GLAUCO GOMES MADUREIRA (OAB 188483/SP), TAMARA LAINS CARIS FERREIRA (OAB 487350/SP)

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Processo nº 1000505-45.2025.8.26.0568

ID: 291260128

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de São João da Boa Vista - 3ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1000505-45.2025.8.26.0568

Data de Disponibilização: 06/06/2025

Polo Ativo:

R. A. F.

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

JOAO BOSCO CASTRO GOMES JUNIOR

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

IAN RAMOS GOMES

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1000505-45.2025.8.26.0568 - Procedimento Comum Cível - Exoneração - R.A.F. - Vistos. R.A.F. ajuizou ação de EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS C.C.PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA em face de suas filhas C.R… Processo 1000505-45.2025.8.26.0568 - Procedimento Comum Cível - Exoneração - R.A.F. - Vistos. R.A.F. ajuizou ação de EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS C.C.PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA em face de suas filhas C.R.F. E I.R.F. Narra o autor que por força de acordo homologado no processo nº 568.01.2010.010447, que tramitou por esta Vara,vem prestando alimentos às filhas no importe de 1/3 de seus vencimentos líquidos, mediante desconto em folha de pagamento. Assevera que as requeridas são maiores, estando I. com 24 anos de idade, e C., próximo de completar 21, sendo que ambas exercem atividades remuneradas, além de que I. vive em união estável e se encontra grávida. Pugna em sede de tutela antecipada pela suspensão dos alimentos e, ao final, pela procedência da ação, com a exoneração do encargo. Subsidiariamente, requer sejam os alimentos depositados judicialmente até o deslinde da ação. Além disso, eventualmente requer a revisão dos alimentos adequando-os ao binômio. Valor atribuído à causa: R$ 26.625,72. Com a inicial, os documentos de fls.09/28. Deferida a tutela de urgência para suspensão dos alimentos - fls.29/32. Certidão de decurso do prazo para contestação - fl.65. Recolhidas as custas processuais - fls.76/81. É o relatório. DECIDO. Desnecessária a oitiva de testemunhas na medida em que há prova documental suficiente nos autos para a análise do mérito. Como já decidido, o Juiz somente está obrigado a abrir a fase instrutória se, para o seu convencimento, permanecerem fatos controvertidos, pertinentes e relevantes, passíveis de prova testemunhal ou pericial(JTACSP-LEX 1400/285 Rel. Juiz Boris Kauffmann). No mesmo sentido: constante dos autos elementos de prova documental suficientes para formar o convencimento do Julgador, inocorre cerceamento de defesa se julgada antecipadamente a controversa (STJ-4ª T, Ag. 14.952-DF, rel. Min. Sálvio de Figueiredo). Nesse sentido o Enunciado n. 09, da Seção de Direito Privado do E. Tribunal de Justiça: Pacificado que, sendo o juiz o destinatário da prova, somente a ele cumpre aferir sobre a necessidade ou não de sua realização. Havendo nos autos elementos de prova documental suficientes para formar o convencimento do julgador, inocorre cerceamento de defesa se julgada antecipadamente a lide. Aplicação da Teoria da Causa Madura. É cediço que atingida a maioridade, muda a causa dos alimentos, passando a repousar, com exclusividade, na relação de parentesco, isto é, o que muda é a origem da obrigação alimentar, que migra do dever de assistência para a singela relação de parentesco. O efeito concreto dessa mutação é a inversão ônus da prova da necessidade, que se presume durante a constância do poder familiar, e deve ser demonstrada de modo razoável por quem pretende recebê-los após a maioridade. A mais moderna jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é toda no sentido de que "com a maioridade cessa o pátrio-poder, mas não termina, automaticamente, o dever de prestar alimentos. A exoneração da pensão alimentar depende de ação própria na qual seja dado ao alimentado a oportunidade de se manifestar, comprovando, se o caso, a impossibilidade de prover a própria subsistência" (REsp442502/SP, Ministro ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO). No mesmo sentido,"com a maioridade extingue-se o poder familiar, mas não cessa o dever de prestar alimentos, a partir de então fundado no parentesco. É vedada a exoneração automática do alimentante, sem possibilitar ao alimentado a oportunidade para se manifestar e comprovar, se for o caso, a impossibilidade de prover a própria subsistência. Diante do pedido exoneratório do alimentante, deve ser estabelecido amplo contraditório que pode se dar: (1) nos mesmos autos em que foram fixados os alimentos, ou (2) por meio de ação própria de exoneração" (Resp 608371 / MG Ministra NANCY ANDRIGHI). Comprovou o autor que suas filhas contam atualmente com 21 e 24 anos de idade - fls.14/15, e que ambas exercem atividade remunerada, sendo que uma delas, inclusive, vive em união estável. As requeridas foram citadas pessoalmente para responderem à ação, mas deixaram transcorrer in albis o prazo para contestação. Logo, não se desincumbiram de seu ônus de demonstrar ausência de condições suficientes para manterem-se por seus próprios meios, presumindo-se verdadeiras os fatos noticiados pelo autor. Nesse sentido: APELAÇÃO ALIMENTOS EXONERAÇÃO Ação ajuizada pelo alimentante em face de sua filha Alegação de que a alimentada atingiu a maioridade, não estuda e constituiu família Revelia Presunção de veracidade dos fatos alegados Sentença de procedência Inconformismo Rejeição - Em ação de alimentos ou de exoneração de alimentos, sendo pessoalmente citada a ré, a ausência de contestação e a consequente revelia implicam a presunção de veracidade das alegações de fato formuladas pelo autor , ex vi do art. 344, do CPC, combinado com o artigo 7º, da Lei de Alimentos Cerceamento de defesa Inocorrência Julgamento no estado cabível ante a revelia e ausência de requerimento de provas pela ré Sentença mantida NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.(TJ-SP - AC: 10031586420198260201 SP 1003158-64.2019.8.26.0201, Relator: Alexandre Coelho, Data de Julgamento: 29/04/2020, 8ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 29/04/2020). G.N. EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS Com a maioridade, não há mais a presunção da necessidade dos alimentos decorrentes do poder familiar A maioridade do alimentado, por si só, não resulta na extinção da obrigação alimentícia, mas lhe cabe provar a necessidade - Revelia Prova da maioridade apresentada com a apelação, que pode ser conhecida - Pedido procedente Recurso provido.(TJ-SP - AC: 10041356120198260361 SP 1004135-61.2019.8.26.0361, Relator: Alcides Leopoldo, Data de Julgamento: 27/11/2019, 4ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 27/11/2019).G.N. Ação de exoneração de alimentos. Procedência. Filha maior de idade que, a despeito de estar matriculada em universidade, contraiu união estável, fazendo cessar o dever alimentar do autor. Ré, ademais, que é saudável e pode exercer atividade laborativa. Situação que não justifica a manutenção da obrigação alimentar. Sentença mantida. Recurso desprovido.(TJ-SP - AC: 10039057020218260483 SP 1003905-70.2021.8.26.0483, Relator: Costa Netto, Data de Julgamento: 31/05/2022, 6ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 31/05/2022) G.N. ALIMENTOS Exoneração Obrigação decorrente da relação de parentesco Desobrigação Cabimento Filha menor de idade que vive em união estável e tem prole Ausência de comprovação de efetiva necessidade da demandada, bem como condição de convivência em união estável que faz cessar o dever de prestar alimentos Sentença de improcedência mantida, ratificando-se seus fundamentos, a teor do art. 252 do RITJSP Recurso improvido.(TJ-SP - AC: 10034134820188260624 SP 1003413-48.2018.8.26.0624, Relator: Alvaro Passos, Data de Julgamento: 22/10/2019, 2ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 22/10/2019) G.N. Ante o exposto, julgo PROCEDENTE o pedido, EXONERANDO o autor R.A.F.. de pagar pensão alimentícia as suas filhas C.R.F. e I.R.F. , com o que fica mantida a tutela antecipada concedida às fls.29/32. Em face da sucumbência, CONDENO as requeridas no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor da causa, o que corresponde a R$ 2.662,57, atualizados até o efetivo pagamento, pela Tabela Prática do Cálculo do TJSP e juros de mora à taxa legal de 1%. Após 30.08.2024, a correção monetária se dará pelo IPCA e juros de mora pela taxa legal (diferença da SELIC e do IPCA), tudo conforme art. 406, do C.C., alterado pela Lei n. 14.905/2024, contados a partir do trânsito em julgado da sentença ou Acórdão. I.RECURSOS. Havendo oposição de embargos de declaração, cumpra-se o art. 1023, § 2º, do C.P.C., após, conclusos. II. HAVENDO INTERPOSIÇÃO DA APELAÇÃO. Processe- se o recurso, dando-se vista à parte contrária e M.P., se o caso, e após remetam-se os autos ao E. Tribunal de Justiça. III DAS CUSTAS PROCESSUAIS Havendo diferimento das custas para o final do processo e não sendo recolhidas pela parte após o trânsito da sentença ou Acórdão, deverá ser intimada para o fazer no prazo de 15 dias, ficando desde já autorizada a inclusão de seu nome na dívida ativa mediante a expedição da certidão digital, em caso de inércia. IV DA CERTIDÃO DE HONORÁRIOS Certificado o trânsito em julgado e havendo participação de advogado(a) dativo ou curador(a) especial, expeça-se a certidão de honorários, observando-se o código referente à ação na tabela do convênio D.P.E/O.A.B. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos, atentando-se, que eventual cumprimento de sentença deverá ser ajuizado em apartado, através de incidente processual, consoante o disposto no art. 1286 das Normas de Serviços da Corregedoria Geral da Justiça. P.I. - ADV: IAN RAMOS GOMES (OAB 481081/SP), JOAO BOSCO CASTRO GOMES JUNIOR (OAB 299650/SP)

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Processo nº 1003905-30.2025.8.26.0451

ID: 316273559

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Piracicaba - 2ª Vara Cível Classe: EXECUçãO DE TíTULO EXTRAJUDICIAL Nº Processo: 1003905-30.2025.8.26.0451

Data de Disponibilização: 04/07/2025

Polo Ativo:

SUL AMéRICA COMPANHIA DE SEGURO SAúDE

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1003905-30.2025.8.26.0451 - Execução de Título Extrajudicial - Seguro - Sul América Companhia de Seguro Saúde - Vistos. A - DA CITAÇÃO: Cite(m)-se o(s) executado(s) Mendes Nascimbem Saude L… Processo 1003905-30.2025.8.26.0451 - Execução de Título Extrajudicial - Seguro - Sul América Companhia de Seguro Saúde - Vistos. A - DA CITAÇÃO: Cite(m)-se o(s) executado(s) Mendes Nascimbem Saude Ltda - Epp , para pagar a dívida de R$ 23.749,08, atualizada até a data de ajuizamento da ação (27/02/2025 11:00:13), no prazo de 03 (três) dias, contado da citação (CPC, art. 829). Fixo os honorários advocatícios em 10% (dez por cento) sobre o valor do débito, verba essa que será reduzida pela metade caso a parte executada efetue o pagamento no prazo mencionado (CPC, art. 827, § 1º). Eventuais embargos devem ser opostos no prazo de 15 (quinze) dias, contado, conforme o caso, na forma do artigo 231 do CPC (CPC, art. 915). Cientifique-se a parte devedora de que, no prazo para embargos, reconhecendo o crédito da parte exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês (CPC, art. 916). B - DO APONTAMENTO: Caso requerido e mediante recolhimento da despesa prevista no Comunicado CG 2.684/2023, providencie a serventia a inclusão do nome do(s) executado(s) nos cadastros de inadimplentes da Serasa e do SCPC, pelo débito discutido nestes autos, via sistemas SerasaJud e ScpcJud. Servirá a presente decisão, assinada digitalmente, como ofício. Autorizo que cópia desta decisão sirva como CERTIDÃO acerca da admissão desta ação, nos termos do art. 828 do Código de Processo Civil, cabendo ao exequente providenciar as averbações e comunicações necessárias, comprovando posteriormente nos autos no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de nulidade, sem prejuízo de eventual responsabilização. C - DA PESQUISA POR BENS: Com fundamento no princípio da celeridade e tendo em vista que as partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa (art. 4° do CPC), após a citação e decurso do prazo sem pagamento ou sem concessão de efeito suspensivo em embargos do devedor, o que deverá ser certificado, ficam deferidas as medidas de buscas por bens abaixo especificadas. Ainda com base no principio da celeridade e considerando também que todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si (art. 6° do CPC), notifico a parte credora para que recolha já no ato da petição as despesas previstas no art.2º, inc.XI, da Lei Estadual 14.838/12 necessárias para o cumprimento do ato abaixo deferidos, na(s) quantidade(s) e valores corretos se não for beneficiária da Justiça gratuita. Em caso de dúvidas consultar orientações no WEBSITE do E.TJSP. Notifico ainda para que junte a memória atualizada do débito ou que decline os endereços já no ato de petição, sempre que necessário. Caso o pedido não venha acompanhado das despesas previstas necessárias, aguarde-se provocação em arquivo até o efetivo cumprimento pela parte interessada, FICANDO A PARTE ADVERTIDA. Cumprido, desarquive-se dando prosseguimento. Proceda-se a pesquisa por bens penhoráveis junto ao sistemas conveniados SISBAJUD, RENAJUD, INFOJUD e SNIPER em nome do(s) executado(s). Em caso de execução em face de empreendedor/empresário individual ou MEI, condição que deve ser previamente comprovada com a ficha cadastral junto a JUCESP, inexiste distinção entre o patrimônio da pessoa jurídica e o de seu titular. Assim, se pedidas, ficam também deferidas as pesquisas supra em nome do titular, observando o item II quanto à custa. Do SISBAJUD: a indisponibilidade de ativos financeiros existentes até o valor indicado na execução. Libere-se eventual indisponibilidade excessiva. Frutífera ou parcialmente frutífera a diligência, intime(m)-se o(s) executado(s), para que, no prazo de 5 (cinco) dias, comprove que a(s) quantia(s) tornada(s) indisponível(is) é impenhorável(is) e/ou que ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros, nos termos do art. 854, §3º, do NCPC. Havendo impugnação, abra-se vista à parte credora e tornem os autos conclusos para decisão. Decorrido o prazo sem impugnação, proceda-se a transferência para depósito judicial e, em seguida, expeça-se guia de levantamento em favor do credor. Indefiro eventual pedido de expedição de ofício para transferência em conta. Nos termos do artigo 841 do CPC, indefiro ainda eventual pedido de levantamento sem prévia intimação da parte executada sobre a indisponibilidade. Caso infrutífera e havendo requerimento da parte credora, providencie-se, desde logo, o bloqueio de veículos via RENAJUD e a obtenção da última declaração do imposto de Renda via INFOJUD, observando que diante da recente alteração no sistema INFOJUD que substituiu o fornecimento da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (DIPJ) pela Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e considerando a extensão destes documentos, indefiro por ora a pesquisa em nome da pessoa jurídica, se o caso, aguardando a manifestação da E. Corregedoria Geral de Justiça sobre os procedimentos a serem adotados, bem como a investigação de bens via SNIPER. O primeiro bloqueio via RENAJUD será o da transferência, sendo esta medida suficiente para resguardar o crédito do autor e evitar fraudes. Ademais, ela não retira a possibilidade de penhora e alienação do veículo para satisfação do crédito, ficando assim indeferido eventual pedido prematuro de restrição de circulação e de licenciamento. Nos termos do art. 1.263 das NSCGJ, as informações relacionadas à situação econômico-financeira das partes, obtidas por meio do INFOJUD ou outro meio similar serão juntadas aos autos como documento sigiloso. Em último caso, infrutíferas todas as outras diligências visando encontrar bens passíveis de execução e havendo requerimento, providencie-se a serventia também a realização de pesquisa de bens imóveis, via ARISP, somente em caso de gozo dos benefícios da gratuidade processual pela parte exequente. Não sendo o caso de gratuidade, a realização de pesquisa de bens imóveis, via ARISP, poderá ser realizada pela própria parte (https://www.arisp.com.br), motivo pelo qual fica indeferida a medida para não beneficiários da gratuidade. Havendo requerimento, expeça-se mandado para penhora e avaliação de veículo(s) encontrados previamente via RENAJUD ou dos direitos da parte executada, conforme o caso, bem como para intimação da parte executada sobre a penhora para, querendo, apresentar impugnação no prazo de 15 (quinze) dias ou intime-se a parte executada via DJE, se o caso. Alternativamente, havendo pedido, lavre-se o termo de penhora do veículo encontrado(s) previamente via RENAJUD ou dos direitos da parte executada, nos termos do § 1° do artigo 845 do CPC. Após, nos termos do § 1° do artigo 841 do CPC, deverá a parte exequente providenciar a intimação do(a) executado(a) da penhora e da nomeação como fiel depositário bem como a avaliação do valor real do veículo, por Oficial(a) de Justiça, se o caso. Sendo infrutíferas as pesquisas supra e havendo requerimento, intime-se a parte executada para que, no prazo de 5 (cinco) dias, indique bens passíveis de penhora ou justifique sua impossibilidade de fazê-lo, sob pena de ser considerado praticado ato atentatório à dignidade da Justiça, sujeito à multa no valor de até 20% (vinte por cento) do valor atualizado do débito em execução, nos termos do artigo 774 do CPC. Por fim, restando todas as demais diligências infrutíferas, fica deferida a tentativa de penhora de bens que guarnecem o domicílio/residência da parte executada. No caso, deverá ser expedido mandado de penhora, avaliação e intimação. A penhora deverá recair exclusivamente sobre bens de elevado valor ou aqueles que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida, conforme a prudente avaliação do Oficial de Justiça. Havendo interesse, evidente o risco de deterioração e dissipação dos bens penhorados, fica autorizada a remoção, nomeando-se o exequente ou representante por ele indicado como depositário. Caso contrário, o próprio possuidor será nomeado como depositário, independentemente de qualquer outra formalidade. Efetivada a penhora, deverá ser lavrado o competente auto, intimando-se o(s) executado(s) na mesma oportunidade. Registre-se que eventual impenhorabilidade poderá ser arguida em até 5 dias úteis após a realização da diligência pelo Oficial de Justiça. Não havendo impugnação, manifeste-se o(s) exequente(s), em termos de prosseguimento, indicando as providências que entender pertinentes, recolhendo as despesas necessárias. D - DO ANDAMENTO PROCESSUAL Efetuada alguma pesquisa por bens e intimada do resultado, deverá a parte credora dizer em termos de prosseguimento, no prazo de 30 (trinta) dias. Intime-se. - ADV: JOSE CARLOS VAN CLEEF DE ALMEIDA SANTOS (OAB 273843/SP)

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