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Processo nº 1012067-60.2025.4.01.4002

ID: 326793625

Tribunal: TRF1 Órgão: Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Parnaíba-PI Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1012067-60.2025.4.01.4002

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

MANOEL ALVES DE BRITO

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

BRENNER CUNHA BRANDAO DE CASTRO

OAB/PI XXXXXX Desbloquear

CARLOS EUGENIO MACHADO XAVIER

OAB/PI XXXXXX Desbloquear

Subseção Judiciária de Parnaíba-PI Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Parnaíba PI INTIMAÇÃO VIA DIÁRIO ELETRÔNICO PROCESSO: 1012067-60.2025.4.01.4002 CLASSE: PROCEDIME…

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Processo nº 1012067-03.2024.4.01.4000

ID: 332026129

Tribunal: TRF1 Órgão: 8ª Vara Federal de Juizado Especial Cível da SJPI Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1012067-03.2024.4.01.4000

Data de Disponibilização: 23/07/2025

Polo Ativo:

REGINALDO DAS CHAGAS CAVALCANTE

Polo Passivo:

Intimação polo ativo

Advogados:

MARINA DE QUADROS SOUSA

OAB/PI XXXXXX Desbloquear

Seção Judiciária do Piauí 8ª Vara Federal de Juizado Especial Cível da SJPI INTIMAÇÃO VIA DIÁRIO ELETRÔNICO PROCESSO: 1012067-03.2024.4.01.4000 CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) PO…

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Processo nº 1012067-69.2025.4.01.3902

ID: 335565573

Tribunal: TRF1 Órgão: Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal da SSJ de Santarém-PA Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1012067-69.2025.4.01.3902

Data de Disponibilização: 28/07/2025

Polo Ativo:

ELIZODETE MARIA PIRES

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

PAULA SABRINA PORTELA PEREIRA CORREA

OAB/PA XXXXXX Desbloquear

Subseção Judiciária de Santarém-PA Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal da SSJ de Santarém PA INTIMAÇÃO VIA DIÁRIO ELETRÔNICO PROCESSO: 1012067-69.2025.4.01.3902 CLASSE: PROCED…

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Processo nº 1012067-48.2024.4.01.9999

ID: 276454548

Tribunal: TRF1 Órgão: Gab. 26 - DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO SCARPA Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1012067-48.2024.4.01.9999

Data de Disponibilização: 22/05/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

AGEU COSTA DE ALMEIDA

Acórdão

Advogados:

ROSANGELA GOMES CARDOSO MENEZES

OAB/RO XXXXXX Desbloquear

KELY CRISTINA GONCALVES FABRE

OAB/RO XXXXXX Desbloquear

JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1012067-48.2024.4.01.9999 PROCESSO REFERÊNCIA: 1000985-27.2023.8.11.0013 CLASSE: APELAÇÃO CÍVEL (198) POLO ATIVO: INSTITUTO NACIONAL D… JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1012067-48.2024.4.01.9999 PROCESSO REFERÊNCIA: 1000985-27.2023.8.11.0013 CLASSE: APELAÇÃO CÍVEL (198) POLO ATIVO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS POLO PASSIVO:AGEU COSTA DE ALMEIDA REPRESENTANTE(S) POLO PASSIVO: KELY CRISTINA GONCALVES FABRE - RO6075-A e ROSANGELA GOMES CARDOSO MENEZES - RO4754-A RELATOR(A):ANTONIO OSWALDO SCARPA PODER JUDICIÁRIO FEDERAL TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO Gab. 26 - DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO SCARPA PJE/TRF1-Processo Judicial Eletrônico PROCESSO: 1012067-48.2024.4.01.9999 CLASSE: APELAÇÃO CÍVEL (198) APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS APELADO: AGEU COSTA DE ALMEIDA RELATÓRIO O EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO SCARPA (RELATOR): Trata-se de apelação interposta pelo INSS em face de sentença que julgou procedente o pedido de concessão do benefício pensão por morte formulado pela parte autora, com condenação em honorários advocatícios. Em suas razões recursais, requer o apelante a reforma da sentença, aduzindo violação da coisa julgada e, no mérito, a ausência de dependência econômica. Com contrarrazões. É o relatório. PODER JUDICIÁRIO FEDERAL TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO Gab. 26 - DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO SCARPA PJE/TRF1-Processo Judicial Eletrônico PROCESSO: 1012067-48.2024.4.01.9999 CLASSE: APELAÇÃO CÍVEL (198) APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS APELADO: AGEU COSTA DE ALMEIDA VOTO O EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO SCARPA (RELATOR): Impõe-se o conhecimento da apelação, ante a presença dos pressupostos e requisitos para sua admissibilidade. Trata-se de apelação interposta pelo INSS em face de sentença que julgou procedente o pedido de concessão do benefício pensão por morte formulado pela parte autora, com condenação em honorários advocatícios. Em suas razões recursais, requer o apelante a reforma da sentença, aduzindo violação da coisa julgada e, no mérito, a ausência de dependência econômica. Na análise da sentença proferida na ação de nº 0003454-44.2015.811.0013, que tramitou na 1ª Vara Cível da Comarca de Pontes e Lacerda, constata-se que, embora Ageu Almeida conste como um dos requerentes, a decisão examinou apenas os pedidos formulados pelos filhos do casal (fl. 61 do PDF), não havendo pronunciamento sobre o mérito em relação às pretensões de Ageu. Incabível, então, a alegação de existência de coisa julgada. DO MÉRITO O objeto da presente demanda é o instituto da pensão por morte, previsto no artigo 201 da Constituição Federal, que em seu inciso V aduz que é devida “pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes”, com a finalidade de preservar a qualidade de vida da família, no caso de morte daquele que é responsável pela sua subsistência. Posteriormente, o artigo 74 da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, regulamentou a questão, prevendo que “a pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não”. Preliminarmente, importa destacar que a concessão da pensão por morte rege-se pela lei vigente à época do óbito (Súmula 340 do STJ) mediante o preenchimento dos seguintes requisitos: a) a ocorrência do evento morte; b) a demonstração da qualidade do segurado do instituidor e; c) a condição de dependente (art. 74, Lei nº 8.213/91). A Lei nº 8.213/91, em seu artigo 16, indica os beneficiários que ostentam a qualidade de dependentes do segurado, e, em seu §4º, dispõe que é presumida a dependência econômica do cônjuge, da companheira, do companheiro e do filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou portador de deficiência. A qualidade de segurada da falecida restou comprovada, pois seus filhos já foram beneficiários de pensão por morte por ela instituída. A fim de comprovar a união estável a parte autora apresentou certidão de óbito de Nilza Ferreira Delgado Almeida, falecida em 29/03/2015, qualificada como casada; certidão de casamento, celebrado em 31/03/2006; certidões de nascimento de filhos da falecida e do Requerente, nascidos em 2000 e 2003; termo que concede a guarda definitiva dos filhos do casal à avó Neusa Bezerra Delgado. Após análise do conjunto probatório constante dos autos, contata-se que restou comprovada a continuidade da relação marital até o momento anterior ao óbito, não havendo o INSS apresentado argumento que desabonasse tal conclusão. Dessa forma, a dependência econômica é presumida. Portanto, diante das provas careadas aos autos, restam atendidos os requisitos indispensáveis à concessão do benefício previdenciário (1. óbito, 2. qualidade de segurado e 3. dependência econômica do demandante), fazendo a parte autora jus ao benefício de pensão por morte. No entanto assiste razão ao INSS ao questionar a data de início do benefício. A habilitação posterior com inclusão de novo dependente só produzirá efeitos a contar da data de sua habilitação (art. 76 da Lei 8.213/91), caso contrário a autarquia será condenada a pagar duplamente mesmo benefício. In casu, o filho do requerente esteve habilitado no benefício até 17/03/2024, de forma que o benefício é devido ao requerente a partir de 18/03/2024. A correção monetária e juros de mora devem observar o disposto no Manual de Cálculos da Justiça Federal, cujos parâmetros se harmonizam com a orientação que se extrai do julgamento do Tema 905 STJ e Tema 810 STF. Mantidos os honorários fixados na sentença. Em face do exposto, dou parcial provimento à apelação do INSS. É como voto. Desembargador Federal ANTÔNIO SCARPA Relator PODER JUDICIÁRIO FEDERAL TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO Gab. 26 - DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO SCARPA PJE/TRF1-Processo Judicial Eletrônico PROCESSO: 1012067-48.2024.4.01.9999 CLASSE: APELAÇÃO CÍVEL (198) APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS APELADO: AGEU COSTA DE ALMEIDA EMENTA PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA NÃO CONFIGURADA. PENSÃO POR MORTE. QUALIDADE DE SEGURADO COMPROVADA. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA COMPROVADA. BENEFÍCIO DEVIDO. DIB NA DATA DA HABILITAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA. APELAÇÃO DO INSS PARCIALMENTE PROVIDA. 1. Na análise da sentença proferida na ação de nº 0003454-44.2015.811.0013, que tramitou na 1ª Vara Cível da Comarca de Pontes e Lacerda, constata-se que, embora Ageu Almeida conste como um dos requerentes, a decisão examinou apenas os pedidos formulados pelos filhos do casal (fl. 61 do PDF), não havendo pronunciamento sobre o mérito em relação às pretensões de Ageu. Incabível, então, a alegação de existência de coisa julgada. 2. A pensão por morte é benefício previdenciário regido pela lei vigente à época do óbito do segurado instituidor, sendo ele aposentado ou não, devida aos seus dependentes, nos termos do art. 74 da Lei 8.213/91. 3. São requisitos indispensáveis à concessão do benefício: o óbito, a dependência econômica em relação ao falecido, e a qualidade de segurado do instituidor da pensão. 4. O óbito e a qualidade de segurada da falecida restaram comprovados diante dos documentos apresentados. 5. Apresentados documentos que atestam a união estável e, por consequência, a dependência econômica, sendo esta legalmente presumida (art. 16, §4º, da Lei nº 8.213/91). 6. A habilitação posterior com inclusão de novo dependente só produzirá efeitos a contar da data de sua habilitação (art. 76 da Lei 8.213/91), caso contrário a autarquia será condenada a pagar duplamente mesmo benefício. 7. Correção monetária e juros de mora devem observar o disposto no Manual de Cálculos da Justiça Federal, cujos parâmetros se harmonizam com a orientação que se extrai do julgamento do Tema 905 STJ e Tema 810 STF. 8. Apelação do INSS parcialmente provida. A C Ó R D Ã O Decide a Nona Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, à unanimidade, dar parcial provimento à apelação, nos termos do voto do Relator. Brasília (DF), (data da Sessão). Desembargador Federal ANTÔNIO SCARPA Relator

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Processo nº 1012067-23.2025.4.01.3400

ID: 277671874

Tribunal: TRF1 Órgão: 14ª Vara Federal Cível da SJDF Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1012067-23.2025.4.01.3400

Data de Disponibilização: 23/05/2025

Polo Ativo:

JESSICA LEAL MILCK

Polo Passivo:

Despacho

Advogados:

EMANUEL JORGE FAUTH DE FREITAS JUNIOR

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Distrito Federal 14ª Vara Federal Cível da SJDF PROCESSO: 1012067-23.2025.4.01.3400 CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) POLO ATIVO: JESSICA LEAL …

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Processo nº 1012067-82.2023.4.01.9999

ID: 326252964

Tribunal: TRF1 Órgão: Gab. 06 - DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1012067-82.2023.4.01.9999

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

MARIA ALVES DOS SANTOS

Polo Passivo:

Acórdão

Advogados:

MARCOS VINNICYOS SILVA VIEIRA

OAB/GO XXXXXX Desbloquear

SILVANA DE SOUSA ALVES

OAB/GO XXXXXX Desbloquear

JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1012067-82.2023.4.01.9999 PROCESSO REFERÊNCIA: 5056487-23.2022.8.09.0125 CLASSE: APELAÇÃO CÍVEL (198) POLO ATIVO: MARIA ALVES DOS SANT… JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1012067-82.2023.4.01.9999 PROCESSO REFERÊNCIA: 5056487-23.2022.8.09.0125 CLASSE: APELAÇÃO CÍVEL (198) POLO ATIVO: MARIA ALVES DOS SANTOS REPRESENTANTES POLO ATIVO: SILVANA DE SOUSA ALVES - GO24778-A e MARCOS VINNICYOS SILVA VIEIRA - GO63473-A POLO PASSIVO:INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS RELATOR(A):JOAO LUIZ DE SOUSA PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 1ª Região Gab. 6 - DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA Processo Judicial Eletrônico APELAÇÃO CÍVEL (198) 1012067-82.2023.4.01.9999 RELATÓRIO O EXCELENTÍSSIMO JUIZ FEDERAL ALYSSON MAIA FONTENELE (RELATOR CONVOCADO): Trata-se de Apelação interposta por contra sentença proferida que extinguiu o feito, sem resolução de mérito, com fulcro no artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil, por entender ausente o interesse de agir da parte autora. Em suas razões recursais, sustenta a parte apelante que preenche todos os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria por idade rural, inclusive tendo formulado requerimento administrativo e cumprido as exigências nele estipuladas, conforme demonstrado nos autos. Alega que houve duplicidade de protocolos administrativos por falha do próprio INSS, tendo sido apenas um deles regularmente instruído. Argumenta que o indeferimento decorreu da omissão da autarquia no reconhecimento das provas apresentadas. Afirma ainda que houve instrução processual, inclusive com audiência, razão pela qual a extinção do processo configura cerceamento de defesa e desconsideração da verdade material. Requer, ao final, o provimento do recurso para reformar integralmente a sentença e julgar procedente o pedido de concessão do benefício previdenciário, desde a DER (02/12/2021 – Protocolo 1049760318), com o consequente pagamento retroativo, ou, subsidiariamente, que os autos retornem à origem para nova instrução processual, com o afastamento do fundamento de ausência de interesse de agir. Pede também a condenação do INSS ao pagamento de honorários advocatícios fixados em 20% sobre o valor da condenação. A sentença também condenou a parte autora ao pagamento de custas e honorários advocatícios, arbitrados em 10% sobre o valor da causa, observados os efeitos da justiça gratuita. Ausentes contrarrazões. É o relatório. PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 1ª Região Gab. 6 - DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA Processo Judicial Eletrônico APELAÇÃO CÍVEL (198) 1012067-82.2023.4.01.9999 VOTO O EXCELENTÍSSIMO JUIZ FEDERAL ALYSSON MAIA FONTENELE (RELATOR CONVOCADO): A Apelação preenche os requisitos de admissibilidade, de modo que passo à análise do seu mérito. Cuida-se de recurso interposto contra sentença que julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, inciso VI, do Código de Processo Civil, sob o argumento de ausência de interesse de agir da parte autora, por não haver comprovação suficiente de que tenha havido pretensão resistida no âmbito administrativo. A parte autora alega, em suas razões recursais, que apresentou todos os documentos exigidos pelo INSS no processo administrativo, que houve erro da autarquia na análise da documentação, e que o indeferimento caracterizaria o necessário interesse processual. Defende, ainda, que o processo deveria ter sido julgado com resolução do mérito, dada a existência de provas documentais e orais. Ausentes contrarrazões. I. Mérito 1. Do interesse de agir nas ações previdenciárias Consoante entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 631240/MG, sob a sistemática da repercussão geral (Tema 350), é necessária, como regra, a formulação de prévio requerimento administrativo para a propositura de ação judicial que vise à concessão de benefício previdenciário. Tal requisito não ofende o princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição Federal), desde que não se trate de pedido de revisão, restabelecimento ou manutenção de benefício anteriormente concedido. Na hipótese dos autos, a sentença de primeiro grau destacou que a parte autora não apresentou, no processo administrativo (protocolo n.º 1049760318, de 02/12/2021), documentação suficiente para instrução adequada do pedido. Consta nos autos que, em atendimento à exigência formulada pelo INSS, a autora anexou apenas o RG, a autodeclaração de atividade rural e fichas de cliente em comércio local, uma em nome do cônjuge e outra em nome próprio, o que foi considerado insuficiente para configurar resistência administrativa apta a ensejar a atuação do Judiciário. Ainda que se reconheça a existência de documentos posteriormente juntados na via judicial — como certidão de casamento e nascimento com qualificação de lavradora, prontuário médico, fichas de comércio, e sentença judicial de concessão de aposentadoria ao cônjuge —, é certo que tais provas não integraram de forma efetiva o processo administrativo. O indeferimento, como resultado da apresentação parcial de documentos, não configura pretensão resistida no sentido exigido pela jurisprudência dominante. Importante destacar que a jurisprudência desta Corte tem se alinhado ao entendimento de que, em hipóteses como a presente — nas quais não há prova de efetiva resistência por parte da Administração em face de pedido suficientemente instruído —, não se caracteriza o interesse de agir, impondo-se o reconhecimento da carência da ação. A duplicidade de protocolos alegada pela apelante, ademais, não foi acompanhada de elementos que demonstrassem que, em qualquer dos requerimentos, houve a completa formação da prova documental mínima necessária para instauração válida da controvérsia. Ressalte-se que o interesse processual não se presume. Ao contrário, exige-se prova da necessidade de tutela jurisdicional e da adequação da via eleita, elementos que, no caso concreto, não restaram demonstrados com a nitidez exigida. 2. Da inexistência de cerceamento de defesa Ainda que tenha havido a realização de audiência de instrução no curso do processo, tal circunstância não impede o reconhecimento da ausência de pressuposto processual de constituição e desenvolvimento válido da relação jurídica processual. O julgamento extintivo por ausência de interesse de agir pode ser proferido a qualquer tempo, inclusive de ofício, nos termos do artigo 485, VI e §3º do Código de Processo Civil. A instrução probatória, nesse contexto, não tem o condão de sanar vício que remonta à origem da ação, qual seja, a ausência de lide decorrente de resistência efetiva da Administração Pública. Desse modo, correta a sentença ao extinguir o feito sem resolução de mérito, inexistindo afronta ao contraditório ou à ampla defesa, tampouco nulidade por eventual indeferimento de provas. II. Honorários Recursais Honorários recursais arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o valor/percentual a que foi condenada a parte autora na sentença, e sem prejuízo deste, observados os valores mínimo e máximo estabelecidos nos incisos do §3º do art. 85 do CPC, cuja execução fica suspensa por se encontrar a parte autora sob o manto da assistência judiciária gratuita, pelo prazo máximo de cinco anos, quando estará prescrita. III. Conclusão Ante o exposto, voto pelo não provimento do recurso, a fim de manter integralmente a sentença de primeiro grau, que extinguiu o processo sem resolução de mérito, por ausência de interesse de agir, nos termos do artigo 485, VI, do Código de Processo Civil. É como voto. PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 1ª Região Gab. 6 - DESEMBARGADOR FEDERAL JOÃO LUIZ DE SOUSA Processo Judicial Eletrônico APELAÇÃO CÍVEL (198) 1012067-82.2023.4.01.9999 APELANTE: MARIA ALVES DOS SANTOS Advogados do(a) APELANTE: MARCOS VINNICYOS SILVA VIEIRA - GO63473-A, SILVANA DE SOUSA ALVES - GO24778-A APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS EMENTA PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. DOCUMENTAÇÃO INSUFICIENTE NO PROCESSO ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA DE PRETENSÃO RESISTIDA. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES APRESENTADOS APENAS EM JUÍZO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS RECURSAIS. ART. 85, §11, DO CPC. 1. A propositura de ação judicial para obtenção de benefício previdenciário exige, nos termos do entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 631240/MG (Tema 350 da repercussão geral), a existência de requerimento administrativo previamente formulado e indeferido, como condição à caracterização do interesse de agir. 2. No caso concreto, a parte autora protocolou requerimento administrativo em 02/12/2021 (Protocolo n.º 1049760318), no qual foi intimada a apresentar documentos comprobatórios do exercício de atividade rural. No entanto, à época, foram juntados apenas o RG da autora, autodeclaração de trabalhador rural preenchida, e duas fichas de cliente de comércio local (uma em nome próprio e outra em nome do esposo), documentação esta considerada insuficiente pela autarquia para o reconhecimento do direito ao benefício. 3. A pretensão resistida, como pressuposto do interesse processual, pressupõe que o INSS tenha tido acesso a documentação minimamente apta a formar convicção sobre o direito alegado. A insuficiência da instrução no procedimento administrativo compromete a existência de lide, inviabilizando o exercício da jurisdição. 4. Ainda que nos autos judiciais tenham sido juntados documentos adicionais — como certidão de casamento (18/05/1994) e de nascimento de filho (06/06/1989), ambas com qualificação da autora como lavradora, prontuário médico com identificação da profissão, fichas de comércio com indicação de residência rural, e sentença judicial de concessão de aposentadoria rural ao cônjuge (19/12/2018) — tais elementos não integraram a instrução administrativa e, portanto, não configuram resistência válida no plano extrajudicial. 5. A ausência de instrução adequada do processo administrativo impede o reconhecimento do interesse de agir, ainda que tenha havido instrução judicial, inclusive com a realização de audiência. A extinção do processo, por ausência de pressuposto processual, pode ser decretada a qualquer tempo, nos termos do art. 485, VI, §3º do CPC. 6. Honorários recursais arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o valor/percentual a que foi condenada a parte autora na sentença, e sem prejuízo deste, observados os valores mínimo e máximo estabelecidos nos incisos do §3º do art. 85 do CPC, cuja execução fica suspensa por se encontrar a parte autora sob o manto da assistência judiciária gratuita, pelo prazo máximo de cinco anos, quando estará prescrita. 7. Apelação não provida. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do voto do relator. Brasília - DF. ASSINADO DIGITALMENTE Juiz Federal Alysson Maia Fontenele Relator Convocado

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Processo nº 1025850-97.2025.4.01.0000

ID: 330602441

Tribunal: TRF1 Órgão: Gab. 17 - DESEMBARGADORA FEDERAL KÁTIA BALBINO Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº Processo: 1025850-97.2025.4.01.0000

Data de Disponibilização: 21/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

JESSICA LEAL MILCK

Intimação

Advogados:

EMANUEL JORGE DE FREITAS JUNIOR

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Tribunal Regional Federal da 1ª Região Coordenadoria da 6ª Turma Gab. 17 - DESEMBARGADORA FEDERAL KÁTIA BALBINO INTIMAÇÃO PROCESSO: 1025850-97.2025.4.01.0000 PROCESSO REFERÊNCIA: 1012067-23.2025.4.01… Tribunal Regional Federal da 1ª Região Coordenadoria da 6ª Turma Gab. 17 - DESEMBARGADORA FEDERAL KÁTIA BALBINO INTIMAÇÃO PROCESSO: 1025850-97.2025.4.01.0000 PROCESSO REFERÊNCIA: 1012067-23.2025.4.01.3400 CLASSE: AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) POLO ATIVO: BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL POLO PASSIVO:JESSICA LEAL MILCK REPRESENTANTES POLO PASSIVO: EMANUEL JORGE DE FREITAS JUNIOR - PR57601-A FINALIDADE: Intimar acerca do último ato proferido nos autos do processo em epígrafe, VIA DJEN, por meio de seus advogados listados acima, as partes:: JESSICA LEAL MILCK Intimar acerca do último ato proferido nos autos do processo em epígrafe, DOMICILIO ELETRÔNICO, as partes:: BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL OBSERVAÇÃO 1: DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS - Sem prejuízo da observância da Lei n. 11.419/2006 e Lei n. 11.105/2015, deve ser seguida a aplicação da Resolução n. 455/2022, alterada pela Resolução CNJ n. 569/2024, notadamente a seguir elencados os principais artigos. Art. 11, § 3º Nos casos em que a lei não exigir vista ou intimação pessoal, os prazos processuais serão contados a partir da publicação no DJEN, na forma do art. 224, §§ 1º e 2º, do CPC, possuindo valor meramente informacional a eventual concomitância de intimação ou comunicação por outros meios. Art. 20, § 3º-B. No caso de consulta à citação eletrônica dentro dos prazos previstos nos §§ 3º e 3º-A, o prazo para resposta começa a correr no quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma do art. 231, IX, do CPC. Art. 20, § 4º Para os demais casos que exijam intimação pessoal, não havendo aperfeiçoamento em até 10 (dez) dias corridos a partir da data do envio da comunicação processual ao Domicílio Judicial Eletrônico, esta será considerada automaticamente realizada na data do término desse prazo, nos termos do art. 5º, § 3º, da Lei nº 11.419/2006, não se aplicando o disposto no art. 219 do CPC a esse período. OBSERVAÇÃO 2: Quando da resposta a este expediente, deve ser selecionada a intimação a que ela se refere no campo “Marque os expedientes que pretende responder com esta petição”, sob pena de o sistema não vincular a petição de resposta à intimação, com o consequente lançamento de decurso de prazo. Para maiores informações, favor consultar o Manual do PJe para Advogados e Procuradores em http://portal.trf1.jus.br/portaltrf1/processual/processo-judicial-eletronico/pje/tutoriais. Brasília-DF, 19 de julho de 2025. (assinado digitalmente) Coordenadoria da 6ª Turma

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Processo nº 1041928-06.2024.4.01.0000

ID: 298034847

Tribunal: TRF1 Órgão: Gab. 14 - DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº Processo: 1041928-06.2024.4.01.0000

Data de Disponibilização: 13/06/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

Acórdão

Advogados:

SARA LUCIA DOS REIS BARBOSA

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ABILIO DAS MERCES BARROSO NETO

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LEONARDO DA COSTA ARAUJO LIMA

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LUIZ PAULO QUEIROZ E AZEVEDO

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JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1041928-06.2024.4.01.0000 PROCESSO REFERÊNCIA: 1012067-42.2019.4.01.3300 CLASSE: AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) POLO ATIVO: ANTONIO CARLO… JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1041928-06.2024.4.01.0000 PROCESSO REFERÊNCIA: 1012067-42.2019.4.01.3300 CLASSE: AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) POLO ATIVO: ANTONIO CARLOS LOPES FERREIRA REPRESENTANTE(S) POLO ATIVO: LUIZ PAULO QUEIROZ E AZEVEDO - BA40892-A POLO PASSIVO:CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF REPRESENTANTE(S) POLO PASSIVO: LEONARDO DA COSTA ARAUJO LIMA - GO26929-A, ABILIO DAS MERCES BARROSO NETO - BA18228-A e SARA LUCIA DOS REIS BARBOSA - BA41940-A RELATOR(A):CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Justiça Federal Tribunal Regional Federal da 1ª Região AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) 1041928-06.2024.4.01.0000 - [Cédula de Crédito Bancário, Bloqueio / Desbloqueio de Valores] Nº na Origem 1012067-42.2019.4.01.3300 Órgão Colegiado: 5ª Turma Distribuição: Gab. 14 - DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Relator: Desembargador Federal CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO RELATÓRIO O Exmº Sr. Desembargador Federal Carlos Augusto Pires Brandão (Relator): Trata-se de agravo de instrumento interposto por ANTÔNIO CARLOS LOPES FERREIRA em face de decisão que acolheu em parte a exceção de pré-executividade, determinando apenas o desbloqueio dos valores constritos por meio do SISBAJUD das contas em nome do agravante. Sustenta o agravante, em apertada síntese: a) a cédula de crédito bancário apresentada pelo exequente não preenche os requisitos legais, pois não consta com a assinatura de duas testemunhas, conforme exige o art. 784, III, do CPC; b) a ausência dessas assinaturas torna a referida cédula inexigível e, com isso, o referido título não pode servir de base para a execução; c) a citação realizada no processo não observou os preceitos legais, já que deveria ter sido concretizada pessoalmente (art. 239 e 829, §1º, do CPC), mas não foi; d) a ausência de citação pessoal acarreta a nulidade do ato processual e de todos os atos subsequentes, o que compromete a validade de todo o processo executivo. Foram apresentadas contrarrazões. É o relatório. Justiça Federal Tribunal Regional Federal da 1ª Região AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) 1041928-06.2024.4.01.0000 - [Cédula de Crédito Bancário, Bloqueio / Desbloqueio de Valores] Nº do processo na origem: 1012067-42.2019.4.01.3300 Órgão Colegiado: 5ª Turma Distribuição: Gab. 14 - DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Relator: Desembargador Federal CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO VOTO O Exmº Sr. Desembargador Federal Carlos Augusto Pires Brandão (Relator): Este TRF tem seguido o entendimento adotado pela Corte Superior no sentido de que a Cédula de Crédito Bancário, caso esteja devidamente acompanhada de demonstrativos do débito, como extrato, comprovando a movimentação da conta-corrente, ou planilha, demonstrando a evolução da dívida, encerra título executivo extrajudicial. Com efeito, o art. 28 da Lei nº 10.931/2004 dispõe que para a execução que o título extrajudicial represente dívida “certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente”. Por isso, a jurisprudência pátria tem se orientado pela desnecessidade da assinatura de duas testemunhas para que a Cédula de Crédito Bancário se caracterize como título executivo judicial, já que o dispositivo acima atribui tal natureza ao título executado. A propósito, esta Corte apreciou a matéria conforme ilustra o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO - EMPRÉSTIMO À PESSOA JURÍDICA. PRESENÇA DOS ATRIBUTOS DO TÍTULO EXECUTIVO. REJEIÇÃO DA ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO TÍTULO. EMBARGOS DESPROVIDOS. SENTENÇA MANTIDA. 1. Os devedores insurgem-se contra a sentença que acolheu parcialmente os embargos à execução, sustentando a nulidade do processo de execução por falta de título executivo hábil, alegando que a Cédula de Crédito Bancário - Empréstimo à pessoa jurídica não se reveste dos atributos de certeza, liquidez e exigibilidade, por estar desacompanhada do extratos da conta bancária, que demonstrariam o valor do crédito disponibilizado e efetivamente utilizado pelo devedor, e porque esse contrato teria natureza de empréstimo consignado em folha de pagamento, necessitando da assinatura do devedor e de duas testemunhas. 2. A Cédula de Crédito Bancário - Empréstimo à pessoa jurídica possui valor certo, não dependendo dos extratos bancários para a comprovação do valor que fora disponibilizado ou utilizado pelo cliente, porque não se trata de contrato de abertura de crédito, podendo a existência da dívida e o início da inadimplência serem provados por outros documentos. Inaplicável o enunciado da Súmula 233 do Superior Tribunal de Justiça porque não se trata de contrato de abertura de crédito ou de crédito rotativo. 3. No caso, a Cédula de Crédito Bancário - Empréstimo à pessoa jurídica foi acompanhada de Demonstrativo de Evolução contratual que demonstra que foram pagas 6 (seis) das 36 (trinta e seis) prestações pactuadas e que a executada foi considerada devedora a partir do 60º (sexagésimo) dia de atraso da prestação vencida em 13.4.2014, quando passou a incidir os encargos pactuados para o período de inadimplência contratual, previstos na cláusula oitava, os quais se encontram discriminados no Demonstrativo de Débito juntado aos autos (comissão de permanência calculada pela Taxa de CDI mais Taxa de rentabilidade de 2% ao mês). ..................................................................................................................... 5. O título de crédito deve vir acompanhado de claro demonstrativo acerca dos valores utilizados pelo cliente, trazendo o diploma legal, de maneira taxativa, a relação de exigências que o credor deverá cumprir, de modo a conferir liquidez e exequibilidade à Cédula (art. 28, § 2º, incisos I e II, da Lei nº 10.931/2004). 6. A Cédula de Crédito Bancário que instruiu a inicial constitui título executivo extrajudicial, porque indica exato valor do empréstimo contratado e estava acompanhada de Demonstrativo de Débito e Planilha de Evolução da Dívida, demonstrando a data do início da inadimplência contratual, o valor da dívida e os encargos cobrados, conferindo liquidez e exequibilidade à Cédula. 7. A Cédula de Crédito Bancário dispensa a assinatura de duas testemunhas para ser considerada como título executivo judicial, pois sua natureza de título executivo extrajudicial está prevista expressamente no art. 28 da Lei 10.931/2004. 8. Apelação a que se nega provimento. (AC 0003069-90.2015.4.01.3802, Rel. Desembargador Federal NÉVITON GUEDES, Quinta Turma, e-DJF1 de 17/10/2016) Não há falar, portanto, em nulidade do contrato em razão da ausência de assinatura de duas testemunhas. Por fim, no que tange à alegação de que a citação recebida por terceiro é inválida, esta também não merece acolhimento. O entendimento do STJ é no sentido de que é válida a citação postal realizada no endereço do citando, ainda que tenha sido recebida por terceiros. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CITAÇÃO POSTAL. RECEBIMENTO POR TERCEIROS. VALIDADE . SÚMULA N. 83 DO STJ. INCIDÊNCIA. VIOLAÇÃO DOS ARTS . 239 E 248, § 2º, DO CPC. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N. 211 DO STJ . AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. É válida a citação postal realizada no endereço do citando, ainda que tenha sido recebida por terceiros. Aplicação da Súmula n . 83 do STJ. 2. Incide a Súmula n. 211 do STJ quando a questão suscitada no recurso especial não foi apreciada pelo tribunal de origem, nada obstante a oposição de embargos de declaração . 3. Agravo interno desprovido. (STJ - AgInt nos EDcl no AREsp: 2137628 GO 2022/0158594-7, Relator.: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de Julgamento: 13/05/2024, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 15/05/2024) Ademais, o processo não correu à revelia, considerando que o agravante apresentou exceção de pré-executividade nos autos. Dessa forma, não restou demonstrado prejuízo na defesa do agravante. Diante do exposto, nego provimento ao agravo de instrumento, nos termos da fundamentação. É o voto. Justiça Federal Tribunal Regional Federal da 1ª Região AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) 1041928-06.2024.4.01.0000 Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO AGRAVANTE: ANTONIO CARLOS LOPES FERREIRA Advogado do(a) AGRAVANTE: LUIZ PAULO QUEIROZ E AZEVEDO - BA40892-A AGRAVADO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Advogados do(a) AGRAVADO: ABILIO DAS MERCES BARROSO NETO - BA18228-A, LEONARDO DA COSTA ARAUJO LIMA - GO26929-A, SARA LUCIA DOS REIS BARBOSA - BA41940-A EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. BANCÁRIO. DESNECESSIDADE DE ASSINATURA DE TESTEMUNHAS. CITAÇÃO RECEBIDA POR TERCEIRO. 1. Trata-se de agravo de instrumento interposto por ANTÔNIO CARLOS LOPES FERREIRA em face de decisão que acolheu em parte a exceção de pré-executividade, determinando apenas o desbloqueio dos valores constritos por meio do SISBAJUD das contas em nome do agravante. 2. A cédula de crédito bancário configura título executivo extrajudicial, sendo desnecessária a assinatura de duas testemunhas para sua validade executiva, conforme art. 28 da Lei nº 10.931/2004 e entendimento do TRF da 1ª Região. 3. O entendimento do STJ é no sentido de que é válida a citação postal realizada no endereço do citando, ainda que tenha sido recebida por terceiros. 4. Agravo de Instrumento desprovido. ACÓRDÃO Decide a Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do voto do relator. Brasília/DF, data do julgamento (conforme certidão). CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Desembargador Federal - Relator

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Processo nº 1041928-06.2024.4.01.0000

ID: 298034861

Tribunal: TRF1 Órgão: Gab. 14 - DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº Processo: 1041928-06.2024.4.01.0000

Data de Disponibilização: 13/06/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

Acórdão

Advogados:

SARA LUCIA DOS REIS BARBOSA

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ABILIO DAS MERCES BARROSO NETO

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LEONARDO DA COSTA ARAUJO LIMA

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LUIZ PAULO QUEIROZ E AZEVEDO

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JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1041928-06.2024.4.01.0000 PROCESSO REFERÊNCIA: 1012067-42.2019.4.01.3300 CLASSE: AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) POLO ATIVO: ANTONIO CARLO… JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional Federal da 1ª Região PROCESSO: 1041928-06.2024.4.01.0000 PROCESSO REFERÊNCIA: 1012067-42.2019.4.01.3300 CLASSE: AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) POLO ATIVO: ANTONIO CARLOS LOPES FERREIRA REPRESENTANTE(S) POLO ATIVO: LUIZ PAULO QUEIROZ E AZEVEDO - BA40892-A POLO PASSIVO:CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF REPRESENTANTE(S) POLO PASSIVO: LEONARDO DA COSTA ARAUJO LIMA - GO26929-A, ABILIO DAS MERCES BARROSO NETO - BA18228-A e SARA LUCIA DOS REIS BARBOSA - BA41940-A RELATOR(A):CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Justiça Federal Tribunal Regional Federal da 1ª Região AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) 1041928-06.2024.4.01.0000 - [Cédula de Crédito Bancário, Bloqueio / Desbloqueio de Valores] Nº na Origem 1012067-42.2019.4.01.3300 Órgão Colegiado: 5ª Turma Distribuição: Gab. 14 - DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Relator: Desembargador Federal CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO RELATÓRIO O Exmº Sr. Desembargador Federal Carlos Augusto Pires Brandão (Relator): Trata-se de agravo de instrumento interposto por ANTÔNIO CARLOS LOPES FERREIRA em face de decisão que acolheu em parte a exceção de pré-executividade, determinando apenas o desbloqueio dos valores constritos por meio do SISBAJUD das contas em nome do agravante. Sustenta o agravante, em apertada síntese: a) a cédula de crédito bancário apresentada pelo exequente não preenche os requisitos legais, pois não consta com a assinatura de duas testemunhas, conforme exige o art. 784, III, do CPC; b) a ausência dessas assinaturas torna a referida cédula inexigível e, com isso, o referido título não pode servir de base para a execução; c) a citação realizada no processo não observou os preceitos legais, já que deveria ter sido concretizada pessoalmente (art. 239 e 829, §1º, do CPC), mas não foi; d) a ausência de citação pessoal acarreta a nulidade do ato processual e de todos os atos subsequentes, o que compromete a validade de todo o processo executivo. Foram apresentadas contrarrazões. É o relatório. Justiça Federal Tribunal Regional Federal da 1ª Região AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) 1041928-06.2024.4.01.0000 - [Cédula de Crédito Bancário, Bloqueio / Desbloqueio de Valores] Nº do processo na origem: 1012067-42.2019.4.01.3300 Órgão Colegiado: 5ª Turma Distribuição: Gab. 14 - DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Relator: Desembargador Federal CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO VOTO O Exmº Sr. Desembargador Federal Carlos Augusto Pires Brandão (Relator): Este TRF tem seguido o entendimento adotado pela Corte Superior no sentido de que a Cédula de Crédito Bancário, caso esteja devidamente acompanhada de demonstrativos do débito, como extrato, comprovando a movimentação da conta-corrente, ou planilha, demonstrando a evolução da dívida, encerra título executivo extrajudicial. Com efeito, o art. 28 da Lei nº 10.931/2004 dispõe que para a execução que o título extrajudicial represente dívida “certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente”. Por isso, a jurisprudência pátria tem se orientado pela desnecessidade da assinatura de duas testemunhas para que a Cédula de Crédito Bancário se caracterize como título executivo judicial, já que o dispositivo acima atribui tal natureza ao título executado. A propósito, esta Corte apreciou a matéria conforme ilustra o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO - EMPRÉSTIMO À PESSOA JURÍDICA. PRESENÇA DOS ATRIBUTOS DO TÍTULO EXECUTIVO. REJEIÇÃO DA ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO TÍTULO. EMBARGOS DESPROVIDOS. SENTENÇA MANTIDA. 1. Os devedores insurgem-se contra a sentença que acolheu parcialmente os embargos à execução, sustentando a nulidade do processo de execução por falta de título executivo hábil, alegando que a Cédula de Crédito Bancário - Empréstimo à pessoa jurídica não se reveste dos atributos de certeza, liquidez e exigibilidade, por estar desacompanhada do extratos da conta bancária, que demonstrariam o valor do crédito disponibilizado e efetivamente utilizado pelo devedor, e porque esse contrato teria natureza de empréstimo consignado em folha de pagamento, necessitando da assinatura do devedor e de duas testemunhas. 2. A Cédula de Crédito Bancário - Empréstimo à pessoa jurídica possui valor certo, não dependendo dos extratos bancários para a comprovação do valor que fora disponibilizado ou utilizado pelo cliente, porque não se trata de contrato de abertura de crédito, podendo a existência da dívida e o início da inadimplência serem provados por outros documentos. Inaplicável o enunciado da Súmula 233 do Superior Tribunal de Justiça porque não se trata de contrato de abertura de crédito ou de crédito rotativo. 3. No caso, a Cédula de Crédito Bancário - Empréstimo à pessoa jurídica foi acompanhada de Demonstrativo de Evolução contratual que demonstra que foram pagas 6 (seis) das 36 (trinta e seis) prestações pactuadas e que a executada foi considerada devedora a partir do 60º (sexagésimo) dia de atraso da prestação vencida em 13.4.2014, quando passou a incidir os encargos pactuados para o período de inadimplência contratual, previstos na cláusula oitava, os quais se encontram discriminados no Demonstrativo de Débito juntado aos autos (comissão de permanência calculada pela Taxa de CDI mais Taxa de rentabilidade de 2% ao mês). ..................................................................................................................... 5. O título de crédito deve vir acompanhado de claro demonstrativo acerca dos valores utilizados pelo cliente, trazendo o diploma legal, de maneira taxativa, a relação de exigências que o credor deverá cumprir, de modo a conferir liquidez e exequibilidade à Cédula (art. 28, § 2º, incisos I e II, da Lei nº 10.931/2004). 6. A Cédula de Crédito Bancário que instruiu a inicial constitui título executivo extrajudicial, porque indica exato valor do empréstimo contratado e estava acompanhada de Demonstrativo de Débito e Planilha de Evolução da Dívida, demonstrando a data do início da inadimplência contratual, o valor da dívida e os encargos cobrados, conferindo liquidez e exequibilidade à Cédula. 7. A Cédula de Crédito Bancário dispensa a assinatura de duas testemunhas para ser considerada como título executivo judicial, pois sua natureza de título executivo extrajudicial está prevista expressamente no art. 28 da Lei 10.931/2004. 8. Apelação a que se nega provimento. (AC 0003069-90.2015.4.01.3802, Rel. Desembargador Federal NÉVITON GUEDES, Quinta Turma, e-DJF1 de 17/10/2016) Não há falar, portanto, em nulidade do contrato em razão da ausência de assinatura de duas testemunhas. Por fim, no que tange à alegação de que a citação recebida por terceiro é inválida, esta também não merece acolhimento. O entendimento do STJ é no sentido de que é válida a citação postal realizada no endereço do citando, ainda que tenha sido recebida por terceiros. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CITAÇÃO POSTAL. RECEBIMENTO POR TERCEIROS. VALIDADE . SÚMULA N. 83 DO STJ. INCIDÊNCIA. VIOLAÇÃO DOS ARTS . 239 E 248, § 2º, DO CPC. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N. 211 DO STJ . AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. É válida a citação postal realizada no endereço do citando, ainda que tenha sido recebida por terceiros. Aplicação da Súmula n . 83 do STJ. 2. Incide a Súmula n. 211 do STJ quando a questão suscitada no recurso especial não foi apreciada pelo tribunal de origem, nada obstante a oposição de embargos de declaração . 3. Agravo interno desprovido. (STJ - AgInt nos EDcl no AREsp: 2137628 GO 2022/0158594-7, Relator.: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de Julgamento: 13/05/2024, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 15/05/2024) Ademais, o processo não correu à revelia, considerando que o agravante apresentou exceção de pré-executividade nos autos. Dessa forma, não restou demonstrado prejuízo na defesa do agravante. Diante do exposto, nego provimento ao agravo de instrumento, nos termos da fundamentação. É o voto. Justiça Federal Tribunal Regional Federal da 1ª Região AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) 1041928-06.2024.4.01.0000 Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO AGRAVANTE: ANTONIO CARLOS LOPES FERREIRA Advogado do(a) AGRAVANTE: LUIZ PAULO QUEIROZ E AZEVEDO - BA40892-A AGRAVADO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Advogados do(a) AGRAVADO: ABILIO DAS MERCES BARROSO NETO - BA18228-A, LEONARDO DA COSTA ARAUJO LIMA - GO26929-A, SARA LUCIA DOS REIS BARBOSA - BA41940-A EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. BANCÁRIO. DESNECESSIDADE DE ASSINATURA DE TESTEMUNHAS. CITAÇÃO RECEBIDA POR TERCEIRO. 1. Trata-se de agravo de instrumento interposto por ANTÔNIO CARLOS LOPES FERREIRA em face de decisão que acolheu em parte a exceção de pré-executividade, determinando apenas o desbloqueio dos valores constritos por meio do SISBAJUD das contas em nome do agravante. 2. A cédula de crédito bancário configura título executivo extrajudicial, sendo desnecessária a assinatura de duas testemunhas para sua validade executiva, conforme art. 28 da Lei nº 10.931/2004 e entendimento do TRF da 1ª Região. 3. O entendimento do STJ é no sentido de que é válida a citação postal realizada no endereço do citando, ainda que tenha sido recebida por terceiros. 4. Agravo de Instrumento desprovido. ACÓRDÃO Decide a Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do voto do relator. Brasília/DF, data do julgamento (conforme certidão). CARLOS AUGUSTO PIRES BRANDÃO Desembargador Federal - Relator

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Processo nº 1012067-69.2025.4.01.3902

ID: 332711239

Tribunal: TRF1 Órgão: Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal da SSJ de Santarém-PA Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1012067-69.2025.4.01.3902

Data de Disponibilização: 23/07/2025

Polo Ativo:

ELIZODETE MARIA PIRES

Polo Passivo:

Decisão

Advogados:

PAULA SABRINA PORTELA PEREIRA CORREA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal Subseção Judiciária de Santarém/PA PROCESSO: 1012067-69.2025.4.01.3902 CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESP… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à 2ª Vara Federal Subseção Judiciária de Santarém/PA PROCESSO: 1012067-69.2025.4.01.3902 CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) AUTOR: ELIZODETE MARIA PIRES REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS DECISÃO Trata-se de ação previdenciária, com pedido de tutela de urgência, objetivando o recebimento de LOAS/BPC de pessoa com deficiência. Decido. Nos termos do art. 300 do CPC, aplicável no âmbito dos Juizados Especiais Federais por força do art. 4º da Lei n. 10.259/01, a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. Ainda, conforme regra do art. 300, § 3º, CPC, "a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão". Conforme o art. 20 da Lei n. 8.742/93, a concessão do benefício de prestação continuada condiciona-se ao atendimento de certos requisitos pelo requerente. São eles: i) ser portador de deficiência; ii) não receber benefício no âmbito da seguridade social ou em outro regime; iii) ter renda mensal familiar per capita igual ou inferior a 1/2 salário mínimo (Precedentes: TRF1, AC 1017626-20.2023.4.01.9999, Juíza Federal LILIAN OLIVEIRA DA COSTA TOURINHO, PJe 22/08/2024; TR PA/AP, Processo 1012888-78.2022.4.01.3902, Juiz Federal CAIO CASTAGINE MARINHO, julgado em 21/09/2023); iv) estar inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas e no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – Cadastro Único (CadÚnico) (§ 12, incluído pela Lei n. 13.846/2019) e v) ter registro biométrico nos cadastros da Carteira de Identidade Nacional, do título eleitoral ou da Carteira Nacional de Habilitação ou, na impossibilidade, apresentar registro biométrico do responsável legal (§ 12-A, incluído pela Lei n. 14.973/2024). No presente caso, em via de cognição sumária, não vislumbro, nesta etapa processual, a presença da plausibilidade do direito invocado quanto à configuração da deficiência, nos moldes estabelecidos pela Lei n. 8.742/93, haja vista que a demonstração dessa condição demanda a realização de prova técnica, ainda faltante neste caderno processual. Dessa forma, não atendido um dos requisitos para a concessão do provimento de urgência, INDEFIRO, por ora, o pedido formulado. DEFIRO o pedido de justiça gratuita. PROMOVA-SE a realização de perícia médica. CITE-SE o INSS somente quando o laudo da perícia judicial for favorável, total ou parcialmente, à parte autora (Ato Conjunto 02/2023 - TRF1 e PRF1). Santarém, data da assinatura eletrônica. assinado eletronicamente NÍCOLAS GABRY DA SILVEIRA Juiz Federal Substituto

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