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Processo nº 1023547-86.2025.4.01.3500

ID: 276683275

Tribunal: TRF1 Órgão: 4ª Vara Federal Cível da SJGO Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1023547-86.2025.4.01.3500

Data de Disponibilização: 22/05/2025

Polo Ativo:

LARA HEVILLYN RODRIGUES OLIVEIRA

Polo Passivo:

Decisão

Advogados:

RAFAEL FERREIRA DA SILVA

OAB/GO XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária de Goiás 4ª Vara Federal Cível da SJGO PROCESSO: 1023547-86.2025.4.01.3500 CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) POLO ATIVO: L. H. R. O. POLO PASSIVO:… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária de Goiás 4ª Vara Federal Cível da SJGO PROCESSO: 1023547-86.2025.4.01.3500 CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) POLO ATIVO: L. H. R. O. POLO PASSIVO:UNIÃO FEDERAL DECISÃO Trata-se de ação ajuizada sob o procedimento comum por L. H. R. O., representada por CINDY LARA RODRIGUES, em desfavor da UNIÃO FEDERAL, objetivando, em sede de tutela de urgência, a implementação do atendimento domiciliar especializado (home care) para a Autora; a disponibilização de equipe multiprofissional completa; o fornecimento de insumos hospitalares necessários; e a disponibilização de equipamentos de suporte adequados, caso necessário; no prazo máximo de cinco dias. Alega a Autora, em síntese, que: a) tem 15 anos e, em agosto de 2023, sofreu grave queda de bicicleta que resultou em trauma cranioencefálico severo, com posterior infarto cerebral detectado em ato operatório; b) durante a longa e dolorosa internação hospitalar, apresentou estado de coma prolongado, evoluindo para um quadro de sequelas neurológicas irreversíveis, manifestadas por incapacidade motora, cognitiva profunda, incapacidade comunicativa, além de incontinência urinária e fecal; c) encontra-se acamada, dependente de gastrostomia para alimentação, em uso de traqueostomia para suporte respiratório, necessitando de aspiração frequente de secreções e totalmente dependente de terceiros para todas as funções básicas da vida diária, inclusive para higiene pessoal e cuidados médicos mínimos; d) sua mãe, Cindy Lara Rodrigues, tornou-se cuidadora exclusiva, enfrentando enormes desafios emocionais, físicos e financeiros para prover à filha um mínimo de dignidade diante da nova e dolorosa realidade; e) o quadro clínico da Autora foi classificado como de alta complexidade, e a permanência prolongada no ambiente hospitalar passou a significar risco acrescido à sua vida, em razão da constante exposição a infecções hospitalares — situação que já se materializou no curso de sua internação, com a ocorrência de diversas pneumonias nosocomiais; f) necessita urgentemente de atendimento domiciliar especializado (home care), envolvendo acompanhamento periódico de equipe multiprofissional completa, fornecimento contínuo de insumos hospitalares, disponibilização de equipamentos essenciais e suporte técnico permanente para garantir sua sobrevivência, sua integridade física e a preservação de sua dignidade humana; g) enquadra-se nas diretrizes do Programa Melhor em Casa, instituído pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria nº 825/2016, que visa garantir atendimento domiciliar a pacientes em condições clínicas de média e alta complexidade, com dependência de tecnologia assistiva e necessidade de suporte multiprofissional contínuo; h) negar-lhe o tratamento em seu próprio lar significa expô-la a riscos inevitáveis e afrontar seu direito à saúde, à vida, e à dignidade da pessoa humana. Determinado o encaminhamento dos autos ao Natjus, para emissão de parecer. Nota técnica anexada aos autos (Id 2185007306). Excepcionalmente, foi determinada a oitiva da União, em 5 dias, sobre o pedido de tutela de urgência. A Autora manifestou-se sobre o parecer técnico e reforçou o pedido de tutela de urgência. Juntou Parecer Técnico do Assistente. A União peticionou aduzindo que: a) ausência dos requisitos para a concessão de tutela de urgência; b) não restou comprovada a indispensabilidade do tratamento de home care; c) necessidade de atendimento aos requisitos da Portaria 825/2026 do Ministério da Saúde, bem como de realização de perícia judicial a ser realizada por especialista; d) não há qualquer prova de que o atendimento domiciliar na forma postulada, tampouco os materiais/insumos em tela, sejam indispensáveis para o tratamento da Autora e até para a manutenção da sua vida; e) no caso, tanto do sistema do home care, as necessidades do paciente, na maioria das vezes, podem ser atendidas por um atendimento ambulatorial e até hospitalar menos custoso, sendo recomendada tal modalidade de atendimento apenas para um maior conforto do paciente e não para a manutenção da sua vida; f) é imprescindível a prova da ineficácia da política pública existente no caso concreto para deferimento de qualquer tratamento diferenciado; g) ausência do perigo da demora; h) a União não executa diretamente tais serviços; i) inaptidão da União para execução direta do serviço domiciliar pleiteado. DECIDO. A Lei 8.080/90, com redação dada pela Lei 10.424/2002, prevê o atendimento domiciliar no âmbito do SUS, in verbis: Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. § 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. § 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. § 3o O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua família. O tema foi regulado pela Resolução RDC n. 11/2006 (https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2006/res0011_26_01_2006.html), a qual prevê: “3.1 Admissão em Atenção domiciliar: processo que se caracteriza pelas seguintes etapas: indicação, elaboração do Plano de Atenção Domiciliar e início da prestação da assistência ou internação domiciliar.” (...) 3.7 Internação Domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas pela atenção em tempo integral ao paciente com quadro clínico mais complexo e com necessidade de tecnologia especializada. 3.8 Plano de Atenção Domiciliar - PAD: documento que contempla um conjunto de medidas que orienta a atuação de todos os profissionais envolvidos de maneira direta e ou indireta na assistência a cada paciente em seu domicílio desde sua admissão até a alta. 3.9 Serviço de Atenção Domiciliar - SAD: instituição pública ou privada responsável pelo gerenciamento e operacionalização de assistência e/ou internação domiciliar. (...) 4.7 O profissional de saúde que acompanha o paciente deve encaminhar ao SAD relatório detalhado sobre as condições de saúde e doença do paciente contendo histórico, prescrições, exames e intercorrências. 4.8 A equipe do SAD deve elaborar um Plano de Atenção Domiciliar - PAD. 4.9 O PAD deve contemplar: 4.9.1. a prescrição da assistência clínico-terapêutica e psicossocial para o paciente; 4.9.2. requisitos de infra-estrutura do domicílio do paciente, necessidade de recursos humanos, materiais, medicamentos, equipamentos, retaguarda de serviços de saúde, cronograma de atividades dos profissionais e logística de atendimento; 4.9.3. o tempo estimado de permanência do paciente no SAD considerando a evolução clínica, superação de déficits, independência de cuidados técnicos e de medicamentos, equipamentos e materiais que necessitem de manuseio continuado de profissionais; 4.9.4 a periodicidade dos relatórios de evolução e acompanhamento." Por outro lado, o serviço de Atenção Domiciliar (AD) foi regulamentado pela Portaria/Ministério da Saúde n. 825/2016, entre cujas disposições constam: "Seção I Da indicação e das modalidades de Atenção Domiciliar Art. 5º A AD é indicada para pessoas que, estando em estabilidade clínica, necessitam de atenção à saúde em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira temporária ou definitiva ou em grau de vulnerabilidade na qual a atenção domiciliar é considerada a oferta mais oportuna para tratamento, paliação, reabilitação e prevenção de agravos, tendo em vista a ampliação de autonomia do usuário, família e cuidador. Art. 6º A AD será organizada em três modalidades: I - Atenção Domiciliar 1 (AD 1); II - Atenção Domiciliar 2 (AD 2); e III - Atenção Domiciliar 3 (AD 3). § 1º A determinação da modalidade está atrelada às necessidades de cuidado peculiares a cada caso, em relação à periodicidade indicada das visitas, à intensidade do cuidado multiprofissional e ao uso de equipamentos." Como se vê, além da imprescindível indicação médica, o serviço deve ser realizado por equipe multidisciplinar, que deve abranger todos os procedimentos necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio, com a aquiescência do paciente e da família. Já os artigos 8º, 9º e 10 especificam quem se considera elegível para as diversas modalidades de AD (1, 2 e 3). No caso da Autora, assim descreveram os relatórios médicos apresentados: Analisados tais relatórios e os demais documentos encaminhados, o NatJus emitiu a seguinte nota técnica: "De acordo com os relatórios médicos, a paciente foi vítima de TCE grave, após aceite de bicicleta em 30/08/2023, evoluiu com hemorragia subaracnoidea, hipertensão intracraniana, abscesso cerebral e epilepsia. Encontra-se acamada, dependente de terceiros para AVD, alimenta-se por gastrostomia-GTT, tem traqueostomia com necessidade de aspiração e uso ocasional de oxigenoterapia. Não há relato de necessidade de medicações endovenosas, curativos complexos, nutrição parenteral, ventilação mecânica. Cabe pontuar que tanto a tabela da ABEMID quanto o Escore NEAD são escalas desenvolvidas pela Associação Brasileira de Empresas de Medicina Domiciliar e pelo Núcleo Nacional das Empresas de Assistência Domiciliar e se valem de critérios objetivos em seus itens de avaliação e pontos atribuídos, afastando vieses de observação e subjetividades. A aplicação da Tabela ABEMID e do escore NEAD são de extrema relevância, uma vez que permitem a classificação do paciente de acordo com sua complexidade, grau de dependência de cuidados técnicos e de terceiros, permitindo determinar qual o nível de assistência domiciliar é mais adequado para o caso. Se utilizarmos as informações presentes nos relatórios médicos acostados aos autos, para preenchimento da Tabela ABEMID (13 pontos) a paciente apresenta critérios que a tornam elegível para internação domiciliar de média complexidade, com necessidade de cuidados de enfermagem 12h/dia e atendimento domiciliar multiprofissional . Esclarecemos que o Serviço de Atenção Domiciliar (AD) disponibilizado pelo SUS representa uma forma de atenção à saúde oferecida na moradia do paciente, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e integrada à Rede de Atenção à Saúde. No caso em pauta, a requerente é elegível para o serviço de atenção domiciliar do SUS, na modalidade AD 3, além do fornecimento de equipamentos e insumos necessários. O requerente deve receber assistência com atendimento multidisciplinar em frequência a ser definida conforme as necessidades da interessada, pela equipe assistente. Em caso de piora do quadro clínico, é importante que o requerente seja reavaliado pelo médico assistente e proceda a internação hospitalar, se houver necessidade. A diferença entre o serviço de Atenção domiciliar e o cuidador está no fato de que o primeiro é o conjunto de serviços prestados pelos profissionais de saúde no domicílio do paciente e o segundo é a pessoa escolhida pela família para praticar os cuidados diários cotidianos no paciente. Quanto aos serviços de enfermagem, os enfermeiros ou técnicos de enfermagem geralmente realizam cuidados técnicos específicos como trocas de sondas, curativos complexos, coletas de sangue, administração de medicamentos especiais, dentre outros, e não realizam cuidados básicos, que são pertinentes ao cuidador. A paciente em questão necessita também de cuidador em tempo integral. Como se vê, o problema de saúde da Autora é grave e irreversível, sendo necessária a disponibilização de atendimento domiciliar de "média complexidade", nos termos da Portaria/Ministério da Saúde n. 825/2016, que redefine a Atenção Domiciliar (AD) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. Ainda conforme a Portaria/Ministério da Saúde n. 825/2016, art. 5º, caput, a "AD é indicada para pessoas que, estando em estabilidade clínica, necessitam de atenção à saúde em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira temporária ou definitiva ou em grau de vulnerabilidade na qual a atenção domiciliar é considerada a oferta mais oportuna para tratamento, paliação, reabilitação e prevenção de agravos, tendo em vista a ampliação de autonomia do usuário, família e cuidador". Nesse sentido, a nota técnica do NatJus identificou que a parte autora está qualificada a receber a assistência prometida pela Portaria/Ministério da Saúde n. 825/2016, na modalidade "Atenção Domiciliar 3 (AD 3)", que inclui cuidados de enfermagem 12h/dia e atendimento domiciliar multiprofissional em frequência a ser definida pela equipe assistente, conforme as necessidades da interessada, além do fornecimento de equipamentos e insumos necessários. Ou seja, a possibilidade de concessão do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), no âmbito do SUS, não se estende ao direito de "home care", típico das operadoras de planos de saúde do setor privado. Dessarte, até por falta de previsão regulamentar quanto à chamada "internação domiciliar" no âmbito do SUS, não há como deferir o solicitado no id. 2187908922, petição na qual o polo ativo diz que apenas 12 horas diárias de atenção domiciliar "não supre a necessidade da autora, que demanda presença permanente de técnico ou enfermeiro 24h/dia." Bem por isso, como também aduziu o NatJus, a Portaria/Ministério da Saúde n. 825/2016 fala da necessidade de cuidador em tempo integral, algo a ser providenciado e custeado pela própria família, e não pelo SUS. Tampouco procede a objeção da União apresentada no id. 2187718637, pois o serviço de Atenção Domiciliar (AD) visa, justamente, a possibilitar a desinstitucionalização e viabilizar a prestação de serviços de pronto-atendimento e de apoio àqueles pacientes que não precisam ser hospitalizados, a fim de garantir-lhes a devida humanização no tratamento de saúde. Ocorre que o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), embora definido por portaria do Ministério da Saúde, é executado operacionalmente pelos entes locais (Estados e Municípios), de acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS). Aliás, a partir de consulta à internet, parece que o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL), localizado em Goiânia, já realiza o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) em conformidade com as diretrizes da referida Portaria/Ministério da Saúde n. 825/2016. Portanto, como não se trata de serviço prestado diretamente pela União, a competência judicial para determinar o fornecimento do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) seria da Justiça Estadual, por envolver prestação de serviço público de saúde de execução local, ainda que regido por normativas federais. Contudo, bem ou mal, a União foi incluída no polo passivo da causa, isoladamente, o que atrai o seguinte raciocínio fixado pelo STF na Tese 793 da Repercussão Geral: Os entes da federação, em decorrência da competência comum, são solidariamente responsáveis nas demandas prestacionais na área da saúde, e diante dos critérios constitucionais de descentralização e hierarquização, compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento conforme as regras de repartição de competências e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro. Ver, ainda, a seguinte ementa dos ED opostos contra o acórdão que dera origem à tese acima: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. DESENVOLVIMENTO DO PROCEDENTE. POSSIBILIDADE. RESPONSABILIDADE DE SOLIDÁRIA NAS DEMANDAS PRESTACIONAIS NA ÁREA DA SAÚDE. DESPROVIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. 1. É da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que o tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado, porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode ser composto por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente. 2. A fim de otimizar a compensação entre os entes federados, compete à autoridade judicial, diante dos critérios constitucionais de descentralização e hierarquização, direcionar, caso a caso, o cumprimento conforme as regras de repartição de competências e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro. 3. As ações que demandem fornecimento de medicamentos sem registro na ANVISA deverão necessariamente ser propostas em face da União. Precedente específico: RE 657.718, Rel. Min. Alexandre de Moraes. 4. Embargos de declaração desprovidos. (RE 855178 ED, Relator(a): LUIZ FUX, Relator(a) p/ Acórdão: EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 23-05-2019, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-090 DIVULG 15-04-2020 PUBLIC 16-04-2020) Por isso, se necessário, o cumprimento desta liminar poderá ser direcionado ao Estado de Goiás, sem prejuízo do posterior ressarcimento do erário estadual a cargo da União, a quem a presente ação foi isoladamente direcionada. Esse o quadro, de modo a proteger o direito à saúde ou, quando menos, buscar reduzir os riscos de seu perecimento, DEFIRO PARCIALMENTE A TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA, para determinar à Ré que adote as medidas necessárias ao atendimento domiciliar especializado, na modalidade "Atenção Domiciliar 3 (AD 3)", nos termos da Portaria/Ministério da Saúde n. 825/2016, incluindo cuidados de enfermagem 12h/dia e atendimento domiciliar multiprofissional em frequência a ser definida pela equipe assistente, além do fornecimento de equipamentos e insumos necessários. Prazo: 15 (quinze) dias. Defiro os benefícios da justiça gratuita. Cumpra-se, com urgência. Vista ao MPF. Cite-se e intimem-se. Goiânia, (data e assinatura digitais).

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Processo nº 1023547-86.2025.4.01.3500