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Processo nº 1004870-81.2025.4.01.3314

ID: 324709073

Tribunal: TRF1 Órgão: Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Alagoinhas-BA Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1004870-81.2025.4.01.3314

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

ADRIANA ALMEIDA SANTOS

Polo Passivo:

Sentença Tipo A

Advogados:

CAIQUE MONTEIRO DOS SANTOS

OAB/BA XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Alagoinhas-BA Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Alagoinhas-BA SENTENÇA TIPO "A" PROCESSO: 1004870-81.2025.4.01… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL Subseção Judiciária de Alagoinhas-BA Juizado Especial Cível e Criminal Adjunto à Vara Federal da SSJ de Alagoinhas-BA SENTENÇA TIPO "A" PROCESSO: 1004870-81.2025.4.01.3314 CLASSE: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) POLO ATIVO: ADRIANA ALMEIDA SANTOS REPRESENTANTES POLO ATIVO: CAIQUE MONTEIRO DOS SANTOS - BA54149 POLO PASSIVO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF e outros SENTENÇA Busca a parte autora que a União lhe conceda o benefício do auxílio emergencial de Julho e Dezembro de 2020. Afirma a parte autora que está inscrita no CadÚnico e que "recebeu as primeiras parcelas do auxílio emergencial, totalizando R$ 2.400,00, as quais foram efetivamente sacadas. Contudo, as sete parcelas subsequentes, que somam R$ 6.000,00, foram indevidamente devolvidas pela Caixa Econômica Federal aos cofres da União, sem qualquer justificativa ou comunicação prévia à autora. Tal conduta administrativa, além de causar prejuízos financeiros à requerente, configura violação às normas que regem os atos administrativos (sic). Inicialmente, anoto que o benefício do auxílio emergencial 2020, o qual se refere aos meses de abril/2020 a agosto/2020, foi instituído pela Lei 13.982/2020. Posteriormente, a MP 1000/2020 instituiu o auxílio emergencial residual para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (covid-19), com pagamento referente aos meses de setembro/2020 a dezembro/2020. Por sua vez, a MP 1039/2021, no art. 1º, caput, dispõe que fica instituído o Auxílio Emergencial 2021, a ser pago em quatro parcelas mensais, a partir da data de publicação daquela Medida Provisória aos trabalhadores beneficiários do auxílio emergencial de que trata o art. 2º da Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020 e do auxílio emergencial residual de que trata a Medida Provisória nº 1.000, de 2 de setembro de 2020, elegíveis no mês de dezembro de 2020. Vejo que a autora juntou aos autos a cópia do GERID referente apenas às parcelas da extensão do benefício (residuais), em ID 2184854696, que indica que foram creditadas 4 parcelas de R$ 600,00 (seiscentos reais), pagas em 10/2020, 11/2020, bem como duas parcelas de R$ 600,00 em 12/2020. O informe de rendimentos financeiros referentes ao Auxílio emergencial, de ID 2184854710, aponta o recebimento pela parte demandante de R$ 8.400,00 e nenhum valor devolvido. Assim, a requerente não juntou informações referentes à primeira análise 2020 (de Abril a Agosto/2020). Em que pese tenha requerido as parcelas de Julho a Dezembro/2020 em inicial, ela recebeu as parcelas referentes à extensão do benefício (residuais) da MP 1000/2000, que compreendem as competências de Setembro/2020 a Dezembro/2020 e por meio do documento de ID 2184854710 vejo que não existe informação de devolução de parcelas. Anoto que cabe à parte autora fazer prova de suas alegações. Demais disso, observo a existência de prescrição no caso. Nesse particular, registro que a mencionada matéria é objeto do Tema Representativo de Controvérsia n. 328 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (PEDILEF 0505957-94.2022.4.05.8400/RN), a qual foi julgada em 17/04/2024, tendo sido firmada a seguinte tese: "O prazo prescricional de um ano, previsto no art. 14 da Medida Provisória nº 1.039/2021, aplica-se aos pedidos de concessão do auxílio emergencial originário, do auxílio residual e do auxílio emergencial 2021, resguardadas as situações jurídicas já alcançadas pela definitividade". Ademais, a medida provisória não convertida em Lei continua regendo as relações jurídicas pendentes, por ela reguladas à época de sua vigência: Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. § 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. Desse modo, aplicável ao caso o prazo prescricional de um ano, considerando que a presente demanda foi ajuizada em 05/2023, sendo proposta fora do prazo prescricional anual, tendo em vista que a prescrição relativa às demandas relacionadas a este benefício foi estabelecida pela Medida Provisória n. 1039, publicada no Diário Oficial da União de 18/03/2021: Art. 14. Prescreve em um ano, contado da data de publicação desta Medida Provisória, a pretensão contra quaisquer atos relativos ao processamento: I - do auxílio emergencial de que trata o art. 2º da Lei nº 13.982, de 2020; II - do auxílio emergencial residual de que trata a Medida Provisória nº 1.000, de 2020; e III - do Auxílio Emergencial 2021. Assim, a prescrição abrange o auxílio emergencial da Lei 13.982/2020, o auxílio residual e o auxílio emergencial 2021, como exposto. Ante o exposto, PRONUNCIO A PRESCRIÇÃO E DECLARO EXTINTO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, com fulcro no art. 487, II, do CPC. Defiro à parte autora o benefício da Gratuidade da Justiça, nos termos 98 e ss. da CPC/2015, considerando o quadro por ela delineado e ante a inexistência de elementos probatórios que revelem razões fundadas para o indeferimento do referido pleito. Sem condenação em custas, tampouco honorários advocatícios (artigo 55 da Lei 9.099/95). Após, sem manifestação das partes, arquivem-se os autos com baixa na Distribuição, independentemente de novo pronunciamento. Registrada digitalmente. Publique-se. Intimem-se. Alagoinhas, data registrada no sistema. Fagner Gonzaga de Souza Juiz Federal Substituto

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Resultados para o tribunal: TRF1

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Processo nº 1004870-81.2025.4.01.3314