Resultados para "1001469-11.2024.5.02.0465" – Página 107 de 111

Janilson Dos Santos Araujo x Eduardo Stelio Naccache Menezes e outros

ID: 332937095

Tribunal: TRT2 Órgão: Vice-Presidência Judicial Classe: AGRAVO DE PETIçãO Nº Processo: 1001034-08.2023.5.02.0001

Data de Disponibilização: 23/07/2025

Polo Ativo:

JANILSON DOS SANTOS ARAUJO

Polo Passivo:

EDUARDO STELIO NACCACHE MENEZES LOCK 3 ENGENHARIA LTDA - EPP LOCK CORPORATIVO LTDA. LOCK EDIFICACOES PREDIAIS LTDA. LSK ENGENHARIA LTDA VILA 11 S.A.

Notificação

Advogados:

YARA CRISTINA LEAL GIRASOLE COSTA

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CAMILA FRANCO ALVES DE SOUZA

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MARIA DO CARMO FRANCO ALVES

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ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSOS Relatora: MAGDA CARDOSO MATEUS SILVA AP 1001034-08.2023.5.02.0001 AGRAVANTE: JANILSON DOS SAN… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSOS Relatora: MAGDA CARDOSO MATEUS SILVA AP 1001034-08.2023.5.02.0001 AGRAVANTE: JANILSON DOS SANTOS ARAUJO AGRAVADO: LOCK EDIFICACOES PREDIAIS LTDA. (MASSA FALIDA DE) E OUTROS (5) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID bf63304 proferida nos autos. AP 1001034-08.2023.5.02.0001 - 3ª Turma Recorrente: Advogado(s): 1. VILA 11 S.A. ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) YARA CRISTINA LEAL GIRASOLE COSTA (SP304951) Recorrido: Advogado(s): EDUARDO STELIO NACCACHE MENEZES ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) Recorrido: Advogado(s): JANILSON DOS SANTOS ARAUJO CAMILA FRANCO ALVES DE SOUZA (SP256844) MARIA DO CARMO FRANCO ALVES (SP82165) Recorrido: Advogado(s): LOCK 3 ENGENHARIA LTDA - EPP ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) Recorrido: Advogado(s): LOCK CORPORATIVO LTDA. ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) Recorrido: Advogado(s): LOCK EDIFICACOES PREDIAIS LTDA. ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) Recorrido: Advogado(s): LSK ENGENHARIA LTDA ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) RECURSO DE: VILA 11 S.A. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 12/05/2025 - Id 2e6e2ec; recurso apresentado em 22/05/2025 - Id d7bf6ea). Regular a representação processual (Id b6a9e48). Desnecessário o preparo. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / BENEFÍCIO DE ORDEM Alegação(ões): Sustenta que não houve esgotamento das tentativas de localização de bens das reclamadas principais e insurge-se o executado subsidiário contra o direcionamento da execução. Consta do v. acórdão: "RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - BENEFÍCIO DE ORDEM Retifique-se o nome da 9ª reclamada para constar Vila 11 Administração de Vilas S.A, conforme ID 2b8564d. Insurge-se o executado subsidiário contra o direcionamento da execução. Argumenta que não houve esgotamento das tentativas de localização de bens das reclamadas principais. À análise. A responsabilidade subsidiária da 9ª Reclamada é matéria transitada em julgado (acordo ID. 7d1c619). Nesse passo, não há que se cogitar o exaurimento prévio das vias executórias em face dos devedores principais e sócios para, somente depois, prosseguir a execução em desfavor do responsável subsidiário. A finalidade da subsidiariedade é justamente dar garantia ao pagamento do crédito trabalhista, quando os valores não são satisfeitos pelos devedores principais. A aplicação do benefício de ordem, na hipótese dos autos, encontraria óbice nos princípios da celeridade processual e da máxima efetividade da execução no processo do trabalho, podendo comprometer o recebimento do crédito trabalhista, de indiscutível natureza alimentar. Nessa ótica, é suficiente o inadimplemento do crédito trabalhista pelas devedoras principais para que a execução prossiga em face da devedora subsidiária, que poderá se valer da ação regressiva contra a demais Reclamadas, tendo em vista que a responsabilidade subsidiária surge a partir do trânsito em julgado da decisão e inadimplemento da obrigação trabalhista pelos devedores principais, e não com o exaurimento da execução contra os devedores principais. O tema já é pacificado na jurisprudência do C. TST: "AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DAS LEIS 13.015/2014 E 13.467/2017. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO - DEVEDORA PRINCIPAL EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL - REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO EM FACE DA RESPONSÁVEL SUBSIDIÁRIA. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, na hipótese de ser decretada a falência ou de ser deferido o pedido de recuperação judicial da devedora principal, a execução contra o responsável subsidiário deve prosseguir na Justiça do Trabalho. Assim sendo, a decisão agravada foi proferida em estrita observância às normas processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a ", do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou reconsideração. Agravo desprovido" (Ag-AIRR-604-26.2018.5.05.0014, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT18/12/2020). "AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DAS LEIS 13.015/2014 E 13.467/2017. EXECUÇÃO. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA EMPREGADORA. BENEFÍCIO DE ORDEM. Não há previsão legal que determine inicialmente a desconsideração da personalidade jurídica do devedor principal para, só após, executar o responsável subsidiário. A discussão revela-se até descabida, porque, em verdade, representa faculdade atribuída não ao devedor subsidiário, mas ao credor, com a finalidade de beneficiá-lo. Precedentes do TST. Óbices das Súmulas 266 e 333 do TST à admissibilidade do recurso de revista. Não merece reparos a decisão. Agravo não provido " (Ag-AIRR-1001469-53.2016.5.02.0089, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT18/12/2020). Como se observa acima, para se acionar o responsável subsidiário basta o inadimplemento da obrigação pela devedora principal, inclusive sendo desnecessária a execução prévia dos sócios, conforme se observa abaixo: "AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA CSN MINERAÇÃO S.A. LEI 13.467/2017. EXECUÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. BENEFÍCIO DE ORDEM. EXECUÇÃO PRÉVIA DOS SÓCIOS DO DEVEDOR PRINCIPAL. DESNECESSIDADE (VIOLAÇÃO CONSTITUCIONAL NÃO CONFIGURADA). Na condenação subsidiária, o devedor sucessivo pode ser executado tão logo se esgotem os meios razoáveis de execução do devedor principal. Esta Corte compreende não ser exigível do credor hipossuficiente o esgotamento dos meios constritivos ao patrimônio da devedora principal ou aos bens dos seus sócios como condição para se executar a responsável subsidiária. Precedentes. Agravo não provido" (Ag-AIRR-10614-94.2017.5.03.0055, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaide Alves Miranda Arantes, DEJT 17/12/2021). À responsável subsidiária, para se eximir da execução, incumbia indicar bens das devedoras principais hábeis à satisfação do débito exequendo, o que não ocorreu, restando inócua, pois, a alegação de não "esgotamento" dos bens das principais responsáveis. Logo, não cabe à recorrente requerer qualquer ato de execução em face dos sócios dos devedores principais, por inexistente relação de prioridade entre aquela e estes, sendo ambos devedores subsidiários, nos termos do art. 1024 do CC. Ademais, ao contrário do afirmado pelo recorrente, a existência de devedor subsidiário justifica o direcionamento da execução, conforme visto acima, quando inadimplentes os devedores principais, sobretudo após a decretação da recuperação judicial, convolada em falência (ID. 67b788f) de parte das devedoras principais, porquanto ausente bens livres e desembaraçados, nos termos do art. 114 da CF, art. 887 da CLT, arts. 264 e 475 do CC e art. 82-A da lei 11101/2005. Com efeito, o patrimônio da empresa falida não se confunde com o patrimônio de seus sócios ou das demais empresas condenadas solidária ou subsidiariamente, razão pela qual o prosseguimento da execução em face deste não prejudica os credores da massa falida nem a competência desta Justiça Especializada. Por fim, considerando a adoção de tese explícita acerca dos temas suscitados, reputam-se prequestionadas as questões e matérias abordadas, em consonância à Súmula nº 297 e Orientação Jurisprudencial nº 118 da SDI-1, ambas do C. TST. Nego provimento." No julgamento do RR-0000247-93.2021.5.09.0672, o Tribunal Superior do Trabalho, em sua composição plena, fixou a seguinte tese jurídica para o Tema Repetitivo nº 133: "A demonstração do inadimplemento do devedor principal, em obrigação subsidiária, dispensa o exaurimento prévio da execução contra este e seus sócios, autorizando, desde logo, o redirecionamento da execução para o devedor subsidiário." Assim, estando a decisão regional em consonância com a diretriz firmada no mencionado incidente de recursos repetitivos, de caráter vinculante (arts. 896-C da CLT, e 927, III, do CPC), incabível o recurso de revista, nos termos do art. 1º-A da Instrução Normativa nº 40/2016 do C. TST. DENEGO seguimento ao recurso de revista, por incabível. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Intimem-se. / SAO PAULO/SP, 22 de julho de 2025. WILSON FERNANDES Desembargador Vice-Presidente Judicial - em exercício Intimado(s) / Citado(s) - LOCK 3 ENGENHARIA LTDA - EPP - VILA 11 S.A. - LOCK EDIFICACOES PREDIAIS LTDA. - EDUARDO STELIO NACCACHE MENEZES - LOCK CORPORATIVO LTDA. - LSK ENGENHARIA LTDA

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Janilson Dos Santos Araujo x Eduardo Stelio Naccache Menezes e outros

ID: 332937100

Tribunal: TRT2 Órgão: Vice-Presidência Judicial Classe: AGRAVO DE PETIçãO Nº Processo: 1001034-08.2023.5.02.0001

Data de Disponibilização: 23/07/2025

Polo Ativo:

JANILSON DOS SANTOS ARAUJO

Polo Passivo:

EDUARDO STELIO NACCACHE MENEZES LOCK 3 ENGENHARIA LTDA - EPP LOCK CORPORATIVO LTDA. LOCK EDIFICACOES PREDIAIS LTDA. LSK ENGENHARIA LTDA VILA 11 S.A.

Notificação

Advogados:

YARA CRISTINA LEAL GIRASOLE COSTA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

CAMILA FRANCO ALVES DE SOUZA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

MARIA DO CARMO FRANCO ALVES

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ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSOS Relatora: MAGDA CARDOSO MATEUS SILVA AP 1001034-08.2023.5.02.0001 AGRAVANTE: JANILSON DOS SAN… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSOS Relatora: MAGDA CARDOSO MATEUS SILVA AP 1001034-08.2023.5.02.0001 AGRAVANTE: JANILSON DOS SANTOS ARAUJO AGRAVADO: LOCK EDIFICACOES PREDIAIS LTDA. (MASSA FALIDA DE) E OUTROS (5) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID bf63304 proferida nos autos. AP 1001034-08.2023.5.02.0001 - 3ª Turma Recorrente: Advogado(s): 1. VILA 11 S.A. ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) YARA CRISTINA LEAL GIRASOLE COSTA (SP304951) Recorrido: Advogado(s): EDUARDO STELIO NACCACHE MENEZES ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) Recorrido: Advogado(s): JANILSON DOS SANTOS ARAUJO CAMILA FRANCO ALVES DE SOUZA (SP256844) MARIA DO CARMO FRANCO ALVES (SP82165) Recorrido: Advogado(s): LOCK 3 ENGENHARIA LTDA - EPP ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) Recorrido: Advogado(s): LOCK CORPORATIVO LTDA. ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) Recorrido: Advogado(s): LOCK EDIFICACOES PREDIAIS LTDA. ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) Recorrido: Advogado(s): LSK ENGENHARIA LTDA ANNA CAROLINA REZEK FERREIRA (SP367593) RECURSO DE: VILA 11 S.A. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 12/05/2025 - Id 2e6e2ec; recurso apresentado em 22/05/2025 - Id d7bf6ea). Regular a representação processual (Id b6a9e48). Desnecessário o preparo. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / BENEFÍCIO DE ORDEM Alegação(ões): Sustenta que não houve esgotamento das tentativas de localização de bens das reclamadas principais e insurge-se o executado subsidiário contra o direcionamento da execução. Consta do v. acórdão: "RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - BENEFÍCIO DE ORDEM Retifique-se o nome da 9ª reclamada para constar Vila 11 Administração de Vilas S.A, conforme ID 2b8564d. Insurge-se o executado subsidiário contra o direcionamento da execução. Argumenta que não houve esgotamento das tentativas de localização de bens das reclamadas principais. À análise. A responsabilidade subsidiária da 9ª Reclamada é matéria transitada em julgado (acordo ID. 7d1c619). Nesse passo, não há que se cogitar o exaurimento prévio das vias executórias em face dos devedores principais e sócios para, somente depois, prosseguir a execução em desfavor do responsável subsidiário. A finalidade da subsidiariedade é justamente dar garantia ao pagamento do crédito trabalhista, quando os valores não são satisfeitos pelos devedores principais. A aplicação do benefício de ordem, na hipótese dos autos, encontraria óbice nos princípios da celeridade processual e da máxima efetividade da execução no processo do trabalho, podendo comprometer o recebimento do crédito trabalhista, de indiscutível natureza alimentar. Nessa ótica, é suficiente o inadimplemento do crédito trabalhista pelas devedoras principais para que a execução prossiga em face da devedora subsidiária, que poderá se valer da ação regressiva contra a demais Reclamadas, tendo em vista que a responsabilidade subsidiária surge a partir do trânsito em julgado da decisão e inadimplemento da obrigação trabalhista pelos devedores principais, e não com o exaurimento da execução contra os devedores principais. O tema já é pacificado na jurisprudência do C. TST: "AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DAS LEIS 13.015/2014 E 13.467/2017. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO - DEVEDORA PRINCIPAL EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL - REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO EM FACE DA RESPONSÁVEL SUBSIDIÁRIA. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, na hipótese de ser decretada a falência ou de ser deferido o pedido de recuperação judicial da devedora principal, a execução contra o responsável subsidiário deve prosseguir na Justiça do Trabalho. Assim sendo, a decisão agravada foi proferida em estrita observância às normas processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a ", do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou reconsideração. Agravo desprovido" (Ag-AIRR-604-26.2018.5.05.0014, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT18/12/2020). "AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DAS LEIS 13.015/2014 E 13.467/2017. EXECUÇÃO. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA EMPREGADORA. BENEFÍCIO DE ORDEM. Não há previsão legal que determine inicialmente a desconsideração da personalidade jurídica do devedor principal para, só após, executar o responsável subsidiário. A discussão revela-se até descabida, porque, em verdade, representa faculdade atribuída não ao devedor subsidiário, mas ao credor, com a finalidade de beneficiá-lo. Precedentes do TST. Óbices das Súmulas 266 e 333 do TST à admissibilidade do recurso de revista. Não merece reparos a decisão. Agravo não provido " (Ag-AIRR-1001469-53.2016.5.02.0089, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT18/12/2020). Como se observa acima, para se acionar o responsável subsidiário basta o inadimplemento da obrigação pela devedora principal, inclusive sendo desnecessária a execução prévia dos sócios, conforme se observa abaixo: "AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA CSN MINERAÇÃO S.A. LEI 13.467/2017. EXECUÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. BENEFÍCIO DE ORDEM. EXECUÇÃO PRÉVIA DOS SÓCIOS DO DEVEDOR PRINCIPAL. DESNECESSIDADE (VIOLAÇÃO CONSTITUCIONAL NÃO CONFIGURADA). Na condenação subsidiária, o devedor sucessivo pode ser executado tão logo se esgotem os meios razoáveis de execução do devedor principal. Esta Corte compreende não ser exigível do credor hipossuficiente o esgotamento dos meios constritivos ao patrimônio da devedora principal ou aos bens dos seus sócios como condição para se executar a responsável subsidiária. Precedentes. Agravo não provido" (Ag-AIRR-10614-94.2017.5.03.0055, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaide Alves Miranda Arantes, DEJT 17/12/2021). À responsável subsidiária, para se eximir da execução, incumbia indicar bens das devedoras principais hábeis à satisfação do débito exequendo, o que não ocorreu, restando inócua, pois, a alegação de não "esgotamento" dos bens das principais responsáveis. Logo, não cabe à recorrente requerer qualquer ato de execução em face dos sócios dos devedores principais, por inexistente relação de prioridade entre aquela e estes, sendo ambos devedores subsidiários, nos termos do art. 1024 do CC. Ademais, ao contrário do afirmado pelo recorrente, a existência de devedor subsidiário justifica o direcionamento da execução, conforme visto acima, quando inadimplentes os devedores principais, sobretudo após a decretação da recuperação judicial, convolada em falência (ID. 67b788f) de parte das devedoras principais, porquanto ausente bens livres e desembaraçados, nos termos do art. 114 da CF, art. 887 da CLT, arts. 264 e 475 do CC e art. 82-A da lei 11101/2005. Com efeito, o patrimônio da empresa falida não se confunde com o patrimônio de seus sócios ou das demais empresas condenadas solidária ou subsidiariamente, razão pela qual o prosseguimento da execução em face deste não prejudica os credores da massa falida nem a competência desta Justiça Especializada. Por fim, considerando a adoção de tese explícita acerca dos temas suscitados, reputam-se prequestionadas as questões e matérias abordadas, em consonância à Súmula nº 297 e Orientação Jurisprudencial nº 118 da SDI-1, ambas do C. TST. Nego provimento." No julgamento do RR-0000247-93.2021.5.09.0672, o Tribunal Superior do Trabalho, em sua composição plena, fixou a seguinte tese jurídica para o Tema Repetitivo nº 133: "A demonstração do inadimplemento do devedor principal, em obrigação subsidiária, dispensa o exaurimento prévio da execução contra este e seus sócios, autorizando, desde logo, o redirecionamento da execução para o devedor subsidiário." Assim, estando a decisão regional em consonância com a diretriz firmada no mencionado incidente de recursos repetitivos, de caráter vinculante (arts. 896-C da CLT, e 927, III, do CPC), incabível o recurso de revista, nos termos do art. 1º-A da Instrução Normativa nº 40/2016 do C. TST. DENEGO seguimento ao recurso de revista, por incabível. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Intimem-se. / SAO PAULO/SP, 22 de julho de 2025. WILSON FERNANDES Desembargador Vice-Presidente Judicial - em exercício Intimado(s) / Citado(s) - JANILSON DOS SANTOS ARAUJO

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Processo nº 1007099-50.2025.8.11.0000

ID: 291569385

Tribunal: TJMT Órgão: Segunda Câmara de Direito Público e Coletivo Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº Processo: 1007099-50.2025.8.11.0000

Data de Disponibilização: 06/06/2025

Polo Ativo:

CARLOS ANTONIO DA SILVA COLUNA MADEIRAS E MATERIAIS PARA CONSTRUCAO LTDA - ME EDINEIA FATIMA PONCE SILVA

Polo Passivo:

Decisão

Advogados:

MANOEL CESAR DIAS AMORIM

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete 2 - Segunda Câmara de Direito Público e Coletivo Gabinete 2 - Segunda Câmara de Direito Público e Coletivo AGRAVO DE INSTRUMENTO (2… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete 2 - Segunda Câmara de Direito Público e Coletivo Gabinete 2 - Segunda Câmara de Direito Público e Coletivo AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) 1007099-50.2025.8.11.0000 AGRAVANTE: COLUNA MADEIRAS E MATERIAIS PARA CONSTRUCAO LTDA - ME, EDINEIA FATIMA PONCE SILVA, CARLOS ANTONIO DA SILVA AGRAVADO: ESTADO DE MATO GROSSO Vistos. Trata-se de agravo de instrumento interposto por Coluna Madeiras e Materiais Para Construção LTDA – ME, e outros, insurgindo-se contra decisão proferida nos autos da Ação de Execução Fiscal nº 1019678-97.2020.8.11.0002, que rejeitou exceção de pré-executividade apresentada pelos agravantes. O juízo a quo entendeu não haver comprovação da ocorrência de decadência ou prescrição, diante da ausência de documentação que demonstrasse a constituição definitiva do crédito tributário; reconheceu, ainda, que a Certidão de Dívida Ativa (CDA) goza de presunção de liquidez, certeza e exigibilidade, não havendo prova inequívoca que a infirmasse, e que as alegações dos excipientes, ora agravantes, demandariam dilação probatória, circunstância que inviabiliza a via da exceção de pré-executividade. Em suas razões recursais, os agravantes sustentam, em síntese, que a presunção da CDA é relativa e pode ser afastada mediante prova em contrário, que o lançamento ocorreu fora do prazo decadencial, pois o fato gerador teria ocorrido entre fevereiro e outubro de 2008, com constituição definitiva apenas em 28/04/2016, além de defender a viabilidade da exceção de pré-executividade para reconhecimento da decadência. Foi formulado pedido de concessão de efeito suspensivo, o qual foi indeferido por este relator, mediante decisão de id. 275169372. O agravado, Estado de Mato Grosso, apresentou contrarrazões (id. 284282884), pugnando pela manutenção da decisão agravada e pela improcedência do recurso. A Douta Procuradoria de Justiça manifestou-se (id. 286461865), declinando de sua intervenção no feito. É o relatório. Decido. Inicialmente, cabe destacar que a submissão do presente caso à Turma Julgadora deste Egrégio TJMT é dispensada quando a decisão está em consonância ou em confronto evidente com a jurisprudência uniforme do Superior Tribunal de Justiça, o que autoriza o julgamento monocrático do recurso, nos termos do artigo 932, incisos IV e V, do Código de Processo Civil. Conforme relatado, trata-se de agravo de instrumento interposto por Coluna Madeiras e Materiais Para Construção LTDA – ME, e outros, insurgindo-se contra decisão proferida nos autos da Ação de Execução Fiscal nº 1019678-97.2020.8.11.0002, que rejeitou exceção de pré-executividade apresentada pelos agravantes. A controvérsia cinge-se à possibilidade de se reconhecer, em sede de exceção de pré-executividade, a decadência do crédito tributário e a consequente nulidade da Certidão de Dívida Ativa que lastreia a execução, diante da alegada ausência de elementos essenciais no título e da extrapolação do prazo de cinco anos previsto no art. 173, I, do Código Tributário Nacional. O recurso não comporta provimento. É cediço que a exceção de pré-executividade constitui meio de defesa restrito a matérias de ordem pública, passíveis de análise de plano, sem necessidade de dilação probatória. Neste sentido, é a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL SUBMETIDO À SISTEMÁTICA PREVISTA NO ART. 543-C DO CPC. EXECUÇÃO FISCAL. INCLUSÃO DOS REPRESENTANTES DA PESSOA JURÍDICA, CUJOS NOMES CONSTAM DA CDA, NO PÓLO PASSIVO DA EXECUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE. MATÉRIA DE DEFESA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INVIABILIDADE. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO. 1. A orientação da Primeira Seção desta Corte firmou-se no sentido de que, se a execução foi ajuizada apenas contra a pessoa jurídica, mas o nome do sócio consta da CDA, a ele incumbe o ônus da prova de que não ficou caracterizada nenhuma das circunstâncias previstas no art. 135 do CTN, ou seja, não houve a prática de atos "com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos". 2. Por outro lado, é certo que, malgrado serem os embargos à execução o meio de defesa próprio da execução fiscal, a orientação desta Corte firmou-se no sentido de admitir a exceção de pré-executividade nas situações em que não se faz necessária dilação probatória ou em que as questões possam ser conhecidas de ofício pelo magistrado, como as condições da ação, os pressupostos processuais, a decadência, a prescrição, entre outras. 3. Contudo, no caso concreto, como bem observado pelas instâncias ordinárias, o exame da responsabilidade dos representantes da empresa executada requer dilação probatória, razão pela qual a matéria de defesa deve ser aduzida na via própria (embargos à execução), e não por meio do incidente em comento. 4. Recurso especial desprovido. Acórdão sujeito à sistemática prevista no art. 543-C do CPC, c/c a Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp n. 1.104.900/ES, relatora Ministra Denise Arruda, Primeira Seção, julgado em 25/3/2009, DJe de 1/4/2009.) No caso em tela, os agravantes não lograram demonstrar, por meio de prova documental inequívoca, que o crédito tributário se encontrava atingido pela decadência, tampouco comprovaram erro material ou nulidade formal na constituição da CDA, capazes de ensejar o reconhecimento da inexigibilidade da obrigação. A suposta decadência se ampara em alegações genéricas quanto à ocorrência do fato gerador em 2008 e à constituição definitiva apenas em 2016, sem que tenha sido acostada documentação hábil à delimitação precisa do termo inicial do prazo decadencial. Assim, revela-se imprescindível a análise do processo administrativo tributário, o que exige dilação probatória, tornando incabível o reconhecimento da decadência por meio de exceção de pré-executividade. A propósito, colha-se entendimento deste E. Tribunal: DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE NA VIA ELEITA. RECURSO PROVIDO. I. Caso em exame 1. Recurso de apelação interposto pelo Estado de Mato Grosso contra sentença que acolheu a exceção de pré-executividade apresentada pela executada, TRANSPORTADORA LUKATAN LTDA., reconhecendo a decadência do crédito tributário inscrito na Certidão de Dívida Ativa n. 2020521517 e julgando extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, VI, do CPC. II. Questão em discussão 2. O ponto em análise consiste em verificar se a alegação de decadência do crédito tributário poderia ser apreciada em sede de exceção de pré-executividade, considerando a necessidade de dilação probatória. III. Razões de decidir 3. A decadência do crédito tributário é matéria de ordem pública, mas sua análise em sede de exceção de pré-executividade só é possível se não houver necessidade de dilação probatória. 4. No caso, a parte executada não apresentou o processo administrativo tributário correspondente, sendo inviável reconhecer a decadência sem a devida instrução probatória. 5. A notificação do auto de infração cessa a contagem do prazo decadencial, conforme Súmula 622/STJ, o que implica a necessidade de análise do processo administrativo para verificar a constituição definitiva do crédito. 6. A matéria suscitada demanda produção de provas, razão pela qual não pode ser analisada na via restrita da exceção de pré-executividade. IV. Dispositivo e tese 7. Recurso provido. Tese de julgamento: "A alegação de decadência do crédito tributário que demande análise do processo administrativo não pode ser conhecida em sede de exceção de pré-executividade, por exigir dilação probatória." (N.U 1001469-08.2020.8.11.0026, CÂMARAS ISOLADAS CÍVEIS DE DIREITO PÚBLICO, VANDYMARA GALVAO RAMOS PAIVA ZANOLO, Terceira Câmara de Direito Público e Coletivo, Julgado em 19/03/2025, Publicado no DJE 25/03/2025) De mais a mais, verifica-se que a CDA apresentada pelo Fisco Estadual preenche os requisitos legais previstos no art. 2º, §5º, da Lei nº 6.830/80, e no art. 202 do CTN, conforme expressamente reconhecido pela decisão agravada e reiterado nas contrarrazões do agravado. Assim, a decisão agravada encontra-se devidamente fundamentada e em consonância com a jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça e deste Tribunal. Inexistente vício flagrante, não há fundamento apto a sustentar a desconstituição da CDA ou a extinção da execução fiscal, revelando-se o recurso manifestamente improcedente. Ante o exposto, e com fundamento no artigo 932, inciso IV, do Código de Processo Civil, nego provimento ao agravo de instrumento, mantendo-se incólume a decisão agravada. Transcorrido sem alterações o prazo recursal, certifique-se o trânsito em julgado e, em seguida, devolvam-se os autos à comarca de origem, observando-se as cautelas de praxe. P.I.C. Às providências. Cuiabá, data registrada no sistema. Desembargador DEOSDETE CRUZ JUNIOR Relator

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Adenilsom De Sousa Almeida e outros x Carmen Heloisa Cavanelas Fernandes e outros

ID: 257385920

Tribunal: TRT2 Órgão: 35ª Vara do Trabalho de São Paulo Classe: AçãO TRABALHISTA - RITO ORDINáRIO Nº Processo: 1000295-06.2018.5.02.0035

Data de Disponibilização: 22/04/2025

Polo Ativo:

ADENILSOM DE SOUSA ALMEIDA ELIAS FERREIRA DOS SANTOS FRANCISCO LOURISMAR DA SILVA JORNANDES JOSE BATISTA MANOEL MATIAS DA SILVA MUNICIPIO DE SAO PAULO RAIMUNDO VICENTE DE LIMA ROQUECI PEREIRA ROZEMIRO ALVES MENDONCA

Polo Passivo:

CARMEN HELOISA CAVANELAS FERNANDES J.C.M.C. CONSTRUCOES SOCIEDADE SIMPLES LIMITADA JOAO CARLOS CAVANELLAS JUNIOR MARCIA ELIZABETH CAVANELLAS

Notificação

Advogados:

MANOEL MATIAS DA SILVA

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ANDRE VICENTE DA SILVA

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MARIA DE FATIMA GOMES ALABARSE

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 35ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO 1000295-06.2018.5.02.0035 : ELIAS FERREIRA DOS SANTOS : J.C.M.C. CONSTRUCOES S… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 35ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO 1000295-06.2018.5.02.0035 : ELIAS FERREIRA DOS SANTOS : J.C.M.C. CONSTRUCOES SOCIEDADE SIMPLES LIMITADA E OUTROS (3) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Sentença ID 6bee4c1 proferida nos autos, cujo dispositivo consta a seguir: CONCLUSÃO Nesta data, faço o feito concluso ao(a) MM(a) Juiz(a) da 35ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP. SÃO PAULO, data abaixo. TAIRONY NOVAIS MIRANDA Secretário Calculista SENTENÇA DE EXTINÇÃO DA LIBERAÇÃO DOS VALORES DA FIXAÇÃO DO CRÉDITO EXEQUENDO Inicialmente, registro que a presente execução é oriunda do descumprimento do acordo de id #id:3d514a0. O valor pactuado foi de 31.502,00, sendo noticiado o descumprimento a partir da 12ª parcela, de 06/08/2019. Logo, são devidos da 12ª à 19ª parcelas, no valor de R$ 13.264,00, até 07/08/2019, com a aplicação da multa de 50% e juros até a presente data. Passo a decidir quanto à atualização monetária. Nos termos da decisão plenária do C. Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida em 18/12/2020, que reconheceu a inconstitucionalidade da Taxa Referencial (TR) para a correção monetária de débitos trabalhistas, impõe-se a observância dos mesmos índices de correção monetária e de juros vigentes para as hipóteses de condenações cíveis em geral, quais sejam, a incidência do Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) na fase pré-judicial e, a partir da citação, a incidência da taxa SELIC (art. 406 do Código Civil). Presume-se recebida a expedição da citação 48 horas após (Súmula 16, do C. TST) na hipótese de impossibilidade de identificação da correta data da citação. Ainda, devem ser observadas as seguintes regras de modulação dos efeitos da referida decisão: (i) são reputados válidos e não ensejarão qualquer rediscussão (na ação em curso ou em nova demanda, incluindo ação rescisória) todos os pagamentos realizados utilizando a TR (IPCA-E ou qualquer outro índice), no tempo e modo oportunos (de forma extrajudicial ou judicial, inclusive depósitos judiciais) e os juros de mora de 1% ao mês, assim como devem ser mantidas e executadas as sentenças transitadas em julgado que expressamente adotaram, na sua fundamentação ou no dispositivo, a TR (ou o IPCA-E) e os juros de mora de 1% ao mês; (ii) os processos em curso que estejam sobrestados na fase de conhecimento (independentemente de estarem com ou sem sentença, inclusive na fase recursal) devem ter aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e correção monetária), sob pena de alegação futura de inexigibilidade de título judicial fundado em interpretação contrária ao posicionamento do STF (art. 525, §§ 12 e 14, ou art. 535, §§ 5º e 7º, do CPC) e (iii) igualmente, ao acórdão formalizado pelo Supremo sobre a questão dever-se-á aplicar eficácia erga omnes e efeito vinculante, no sentido de atingir aqueles feitos já transitados em julgado desde que sem qualquer manifestação expressa quanto aos índices de correção monetária e taxa de juros (omissão expressa ou simples consideração de seguir os critérios legais). Considerando-se que não houve a fixação dos índices na Ata de Audiência, que homologou o acordo, os juros devem ser calculados pela SELIC Receita Federal, isto porque a Fazenda usa a taxa SELIC acumulada simples, prevista no sítio da Receita Federal, devendo, nos termos da ADC 58, ser observada a taxa que estiver em vigor para a atualização dos impostos, consoante Entendimento desta Corte, do qual compartilho. AGRAVO DE PETIÇÃO. ATUALIZAÇÃO NOS PARÂMETROS DA ADC 58. TAXA SELIC SIMPLES. A decisão do STF foi clara ao se reportar ao art. 406, CC, o qual faz menção à taxa que estiver em vigor para a atualização dos impostos devidos à Fazenda Nacional, quando não houver convenção, taxa estipulada ou os juros decorrerem de determinação legal. A Fazenda Nacional utiliza a taxa SELIC acumulada simples, prevista no sítio da Receita Federal, para fins de atualização dos impostos que lhe são devidos. (TRT-2 - AP: 02044002820075020461, Relator: ADRIANA PRADO LIMA, 11ª Turma). Posto isso, acolho a planilha de atualização de cálculos de id #id:4e91d63 e fixo o crédito exequendo em R$ 29.175,49, até 14/04/2025. DA PENHORA E LIBERAÇÃO DOS VALORES Convolo em penhora os depósitos de R$ 251,54, do executado JOÃO CARLOS CAVANELLAS JUNIOR, bem como aqueles relativos à arrematação do imóvel, no valor total de R$ 274.316,41, consoante extrato judicial de id e069347. Intimem-se as partes para fins do art. 884 da CLT, sendo as reclamadas por edital. Unifiquem-se os depósitos realizados pelo arrematante no SISCONDJ. Silentes, expeça(m)-se o(s) mandado(s) de pagamento a quem de direito, observando-se o seguinte. Do depósito de R$ 251,54: R$ 251,54 líquidos ao autor; Registre-se que o valor atualizado para 14/04/2025 é de R$ 318,46. Do valor unificado dos depósitos da arrematação: R$ 28.857,03 - líquidos ao autor. Dados bancários do patrono do autor indicados em id ba76f8e, sendo certo que se responsabilizará pelo devido repasse do valor. Considerando-se os termos do Ofício Circular 567/2020 – CR do E. TRT da 2ª Região que determina que seja conferida prioridade à expedição de alvarás, concedo às partes o prazo de 5 (cinco) dias para se manifestarem expressamente a respeito da liberação dos valores acima informados, sob pena de preclusão. Portanto, ficam as partes cientes de que a ausência de manifestação contrária implicará na confecção do expediente nos importes mencionados neste despacho. DA QUITAÇÃO E EXTINÇÃO Dou por quitada a Obrigação de Pagar. Posto isso, julgo extinta a presente execução, nos termos do art. 924, II, do CPC. DO VALOR REMANESCENTE DA PENHORA Registro que o parcelamento em curso da arrematação (id 094a9b5) finalizar-se-á em 05/03/2024, com a previsão de pagamento de 17 parcelas de R$ 16.050,00, no total de R$ 385.200, a ser somada a respectiva correção. Intimem-se os Juízos que seguem, na ordem estipulada no despacho de id b0bf405, para informarem o valor atualizado da execução para a data 14/04/2025, em 10 dias, sob pena de renúncia. Fica autorizado o repasse do respectivo valor informado até o limite do saldo disponível no SISCONDJ. A ordem das penhoras fica estabelecida conforme segue: 1ª - 90ª VTSP - Processo 1000209-30.2019.5.02.0090 - solicitação recebida em 24.09.2024 - 12:16 horas; 2ª - 12ª VTSP - Processo 0001504-72.2013.5.02.0012 - solicitação recebida em 24.09.2024 - 14:38 horas; 3ª - 80ª VTSP - Processo 1000461-34.2017.5.02.0080 - de 09.10.2024; 4ª - 69ª VTSP - Processo 1001147-54.2020.5.02.0069 - solicitação recebida em 11.10.2024 - 17:50 horas; 5ª - 12ª VTSP - Processo 1000305-56.2017.5.02.0012 - solicitação recebida em 23.10.2024 - 14:15 horas; 6ª - 61ª VTSP - Processo 1001391-12.2017.5.02.0061 - solicitação recebida em 08/11/2024 - 16:10 horas; 7ª - 2ª VTSP - Processo 1000228-38.2021.5.02.0002 - de 21.11.2024 -13:40 horas; 8ª - 22ª VTSP - Processo 1000205-66.2020.5.02.0022 - de 21.11.2024 - 15:10 horas; 9ª - 58ª VTSP - Processo 1000913-08.2020.5.02.0058 - de 22.11.2024; 10ª - 34a VTSP - Processo 1001203-32.2019.5.02.0034 - de 25.11.2024; 11ª - 58ª VTSP - Processo 1001469-44.2019.5.02.0058 - de 26.11.2024; 12ª - 18ª VTSP - Processo 0000987-83.2012.5.02.0018 - de 27.11.2024 - 12:00 horas; 13ª - 71a VTSP - Processo 1001356-17.2020.5.02.0071 - de 27.11.2024 - 18:47 horas; 14ª - 6a VTSP - Processo 1001264-74.2019.5.02.0006 - de 02.12.2024 - 10:59 horas; 15ª - 40ª VTSP - Processo 1000288-28.2020.5.02.0040 - de 02.12.2024 - 12:06 horas; 16ª - 87a VTSP - Processo 1001274-69.2019.5.02.0087 - de 10.12.2024; 17ª - 77ª VTSP - Processo 1000619-59.2021.5.02.0077 - de 13.12.2024 - 16:09 horas; 18ª - 61ª VTSP - Processo 001275-35.2019.5.02.0061 - de 13.12.2024 - 16:16 horas; 19ª - 12ª VTSP - Processo 1000179-35.2019.5.02.0012 - de 13.12.2024 - 16:33 horas; 20ª - 81ª VTSP - Processo 1001013-25.2019.5.02.0081 - de 13.01.2025; 21ª - 2ª VTSP - Processo 1000159-06.2021.5.02.0002 - de 04.02.2025 - 16:57 horas; 22ª - 64ª VTSP - Processo 1000676-58.2017.5.02.0064 - de 05.02.2025 - 12:42 horas; 23ª - 43ª VTSP - Processo 1001273-22.2019.5.02.0043 - de 06.02.2025 - 18:14 horas; 24ª - 58ª VTSP - Processo 1001270-22.2019.5.02.0058 - de 06.03.2025 - 11:06 horas; 25ª - 22ª VTSP - Processo 1000920-74.2021.5.02.0022 - de 06.03.2025 - 11:21 horas. Comuniquem-se por correio eletrônico, com os cordiais cumprimentos. Intimem-se. Cumpra-se. JEFFERSON DO AMARAL GENTA Juiz do Trabalho Titular Intimado(s) / Citado(s) - JORNANDES JOSE BATISTA - RAIMUNDO VICENTE DE LIMA - ROZEMIRO ALVES MENDONCA - ADENILSOM DE SOUSA ALMEIDA - ROQUECI PEREIRA - MANOEL MATIAS DA SILVA - FRANCISCO LOURISMAR DA SILVA

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Adenilsom De Sousa Almeida e outros x Carmen Heloisa Cavanelas Fernandes e outros

ID: 257385942

Tribunal: TRT2 Órgão: 35ª Vara do Trabalho de São Paulo Classe: AçãO TRABALHISTA - RITO ORDINáRIO Nº Processo: 1000295-06.2018.5.02.0035

Data de Disponibilização: 22/04/2025

Polo Ativo:

ADENILSOM DE SOUSA ALMEIDA ELIAS FERREIRA DOS SANTOS FRANCISCO LOURISMAR DA SILVA JORNANDES JOSE BATISTA MANOEL MATIAS DA SILVA MUNICIPIO DE SAO PAULO RAIMUNDO VICENTE DE LIMA ROQUECI PEREIRA ROZEMIRO ALVES MENDONCA

Polo Passivo:

CARMEN HELOISA CAVANELAS FERNANDES J.C.M.C. CONSTRUCOES SOCIEDADE SIMPLES LIMITADA JOAO CARLOS CAVANELLAS JUNIOR MARCIA ELIZABETH CAVANELLAS

Notificação

Advogados:

MANOEL MATIAS DA SILVA

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ANDRE VICENTE DA SILVA

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MARIA DE FATIMA GOMES ALABARSE

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 35ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO 1000295-06.2018.5.02.0035 : ELIAS FERREIRA DOS SANTOS : J.C.M.C. CONSTRUCOES S… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO 35ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO 1000295-06.2018.5.02.0035 : ELIAS FERREIRA DOS SANTOS : J.C.M.C. CONSTRUCOES SOCIEDADE SIMPLES LIMITADA E OUTROS (3) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Sentença ID 6bee4c1 proferida nos autos, cujo dispositivo consta a seguir: CONCLUSÃO Nesta data, faço o feito concluso ao(a) MM(a) Juiz(a) da 35ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP. SÃO PAULO, data abaixo. TAIRONY NOVAIS MIRANDA Secretário Calculista SENTENÇA DE EXTINÇÃO DA LIBERAÇÃO DOS VALORES DA FIXAÇÃO DO CRÉDITO EXEQUENDO Inicialmente, registro que a presente execução é oriunda do descumprimento do acordo de id #id:3d514a0. O valor pactuado foi de 31.502,00, sendo noticiado o descumprimento a partir da 12ª parcela, de 06/08/2019. Logo, são devidos da 12ª à 19ª parcelas, no valor de R$ 13.264,00, até 07/08/2019, com a aplicação da multa de 50% e juros até a presente data. Passo a decidir quanto à atualização monetária. Nos termos da decisão plenária do C. Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida em 18/12/2020, que reconheceu a inconstitucionalidade da Taxa Referencial (TR) para a correção monetária de débitos trabalhistas, impõe-se a observância dos mesmos índices de correção monetária e de juros vigentes para as hipóteses de condenações cíveis em geral, quais sejam, a incidência do Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) na fase pré-judicial e, a partir da citação, a incidência da taxa SELIC (art. 406 do Código Civil). Presume-se recebida a expedição da citação 48 horas após (Súmula 16, do C. TST) na hipótese de impossibilidade de identificação da correta data da citação. Ainda, devem ser observadas as seguintes regras de modulação dos efeitos da referida decisão: (i) são reputados válidos e não ensejarão qualquer rediscussão (na ação em curso ou em nova demanda, incluindo ação rescisória) todos os pagamentos realizados utilizando a TR (IPCA-E ou qualquer outro índice), no tempo e modo oportunos (de forma extrajudicial ou judicial, inclusive depósitos judiciais) e os juros de mora de 1% ao mês, assim como devem ser mantidas e executadas as sentenças transitadas em julgado que expressamente adotaram, na sua fundamentação ou no dispositivo, a TR (ou o IPCA-E) e os juros de mora de 1% ao mês; (ii) os processos em curso que estejam sobrestados na fase de conhecimento (independentemente de estarem com ou sem sentença, inclusive na fase recursal) devem ter aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e correção monetária), sob pena de alegação futura de inexigibilidade de título judicial fundado em interpretação contrária ao posicionamento do STF (art. 525, §§ 12 e 14, ou art. 535, §§ 5º e 7º, do CPC) e (iii) igualmente, ao acórdão formalizado pelo Supremo sobre a questão dever-se-á aplicar eficácia erga omnes e efeito vinculante, no sentido de atingir aqueles feitos já transitados em julgado desde que sem qualquer manifestação expressa quanto aos índices de correção monetária e taxa de juros (omissão expressa ou simples consideração de seguir os critérios legais). Considerando-se que não houve a fixação dos índices na Ata de Audiência, que homologou o acordo, os juros devem ser calculados pela SELIC Receita Federal, isto porque a Fazenda usa a taxa SELIC acumulada simples, prevista no sítio da Receita Federal, devendo, nos termos da ADC 58, ser observada a taxa que estiver em vigor para a atualização dos impostos, consoante Entendimento desta Corte, do qual compartilho. AGRAVO DE PETIÇÃO. ATUALIZAÇÃO NOS PARÂMETROS DA ADC 58. TAXA SELIC SIMPLES. A decisão do STF foi clara ao se reportar ao art. 406, CC, o qual faz menção à taxa que estiver em vigor para a atualização dos impostos devidos à Fazenda Nacional, quando não houver convenção, taxa estipulada ou os juros decorrerem de determinação legal. A Fazenda Nacional utiliza a taxa SELIC acumulada simples, prevista no sítio da Receita Federal, para fins de atualização dos impostos que lhe são devidos. (TRT-2 - AP: 02044002820075020461, Relator: ADRIANA PRADO LIMA, 11ª Turma). Posto isso, acolho a planilha de atualização de cálculos de id #id:4e91d63 e fixo o crédito exequendo em R$ 29.175,49, até 14/04/2025. DA PENHORA E LIBERAÇÃO DOS VALORES Convolo em penhora os depósitos de R$ 251,54, do executado JOÃO CARLOS CAVANELLAS JUNIOR, bem como aqueles relativos à arrematação do imóvel, no valor total de R$ 274.316,41, consoante extrato judicial de id e069347. Intimem-se as partes para fins do art. 884 da CLT, sendo as reclamadas por edital. Unifiquem-se os depósitos realizados pelo arrematante no SISCONDJ. Silentes, expeça(m)-se o(s) mandado(s) de pagamento a quem de direito, observando-se o seguinte. Do depósito de R$ 251,54: R$ 251,54 líquidos ao autor; Registre-se que o valor atualizado para 14/04/2025 é de R$ 318,46. Do valor unificado dos depósitos da arrematação: R$ 28.857,03 - líquidos ao autor. Dados bancários do patrono do autor indicados em id ba76f8e, sendo certo que se responsabilizará pelo devido repasse do valor. Considerando-se os termos do Ofício Circular 567/2020 – CR do E. TRT da 2ª Região que determina que seja conferida prioridade à expedição de alvarás, concedo às partes o prazo de 5 (cinco) dias para se manifestarem expressamente a respeito da liberação dos valores acima informados, sob pena de preclusão. Portanto, ficam as partes cientes de que a ausência de manifestação contrária implicará na confecção do expediente nos importes mencionados neste despacho. DA QUITAÇÃO E EXTINÇÃO Dou por quitada a Obrigação de Pagar. Posto isso, julgo extinta a presente execução, nos termos do art. 924, II, do CPC. DO VALOR REMANESCENTE DA PENHORA Registro que o parcelamento em curso da arrematação (id 094a9b5) finalizar-se-á em 05/03/2024, com a previsão de pagamento de 17 parcelas de R$ 16.050,00, no total de R$ 385.200, a ser somada a respectiva correção. Intimem-se os Juízos que seguem, na ordem estipulada no despacho de id b0bf405, para informarem o valor atualizado da execução para a data 14/04/2025, em 10 dias, sob pena de renúncia. Fica autorizado o repasse do respectivo valor informado até o limite do saldo disponível no SISCONDJ. A ordem das penhoras fica estabelecida conforme segue: 1ª - 90ª VTSP - Processo 1000209-30.2019.5.02.0090 - solicitação recebida em 24.09.2024 - 12:16 horas; 2ª - 12ª VTSP - Processo 0001504-72.2013.5.02.0012 - solicitação recebida em 24.09.2024 - 14:38 horas; 3ª - 80ª VTSP - Processo 1000461-34.2017.5.02.0080 - de 09.10.2024; 4ª - 69ª VTSP - Processo 1001147-54.2020.5.02.0069 - solicitação recebida em 11.10.2024 - 17:50 horas; 5ª - 12ª VTSP - Processo 1000305-56.2017.5.02.0012 - solicitação recebida em 23.10.2024 - 14:15 horas; 6ª - 61ª VTSP - Processo 1001391-12.2017.5.02.0061 - solicitação recebida em 08/11/2024 - 16:10 horas; 7ª - 2ª VTSP - Processo 1000228-38.2021.5.02.0002 - de 21.11.2024 -13:40 horas; 8ª - 22ª VTSP - Processo 1000205-66.2020.5.02.0022 - de 21.11.2024 - 15:10 horas; 9ª - 58ª VTSP - Processo 1000913-08.2020.5.02.0058 - de 22.11.2024; 10ª - 34a VTSP - Processo 1001203-32.2019.5.02.0034 - de 25.11.2024; 11ª - 58ª VTSP - Processo 1001469-44.2019.5.02.0058 - de 26.11.2024; 12ª - 18ª VTSP - Processo 0000987-83.2012.5.02.0018 - de 27.11.2024 - 12:00 horas; 13ª - 71a VTSP - Processo 1001356-17.2020.5.02.0071 - de 27.11.2024 - 18:47 horas; 14ª - 6a VTSP - Processo 1001264-74.2019.5.02.0006 - de 02.12.2024 - 10:59 horas; 15ª - 40ª VTSP - Processo 1000288-28.2020.5.02.0040 - de 02.12.2024 - 12:06 horas; 16ª - 87a VTSP - Processo 1001274-69.2019.5.02.0087 - de 10.12.2024; 17ª - 77ª VTSP - Processo 1000619-59.2021.5.02.0077 - de 13.12.2024 - 16:09 horas; 18ª - 61ª VTSP - Processo 001275-35.2019.5.02.0061 - de 13.12.2024 - 16:16 horas; 19ª - 12ª VTSP - Processo 1000179-35.2019.5.02.0012 - de 13.12.2024 - 16:33 horas; 20ª - 81ª VTSP - Processo 1001013-25.2019.5.02.0081 - de 13.01.2025; 21ª - 2ª VTSP - Processo 1000159-06.2021.5.02.0002 - de 04.02.2025 - 16:57 horas; 22ª - 64ª VTSP - Processo 1000676-58.2017.5.02.0064 - de 05.02.2025 - 12:42 horas; 23ª - 43ª VTSP - Processo 1001273-22.2019.5.02.0043 - de 06.02.2025 - 18:14 horas; 24ª - 58ª VTSP - Processo 1001270-22.2019.5.02.0058 - de 06.03.2025 - 11:06 horas; 25ª - 22ª VTSP - Processo 1000920-74.2021.5.02.0022 - de 06.03.2025 - 11:21 horas. Comuniquem-se por correio eletrônico, com os cordiais cumprimentos. Intimem-se. Cumpra-se. JEFFERSON DO AMARAL GENTA Juiz do Trabalho Titular Intimado(s) / Citado(s) - ELIAS FERREIRA DOS SANTOS

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Luciane Laura Da Silva x Viagens E Turismos Ltda 123 Milhas

ID: 260326955

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Laranjal Paulista - Juizado Especial Cível e Criminal Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1001469-89.2023.8.26.0315

Data de Disponibilização: 25/04/2025

Polo Ativo:

LUCIANE LAURA DA SILVA

Polo Passivo:

VIAGENS E TURISMOS LTDA 123 MILHAS

Intimação

Advogados:

RODRIGO SOARES DO NASCIMENTO

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JOICE VANESSA DOS SANTOS

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

ADV: Joice Vanessa dos Santos (OAB 338189/SP), Rodrigo Soares do Nascimento (OAB 129459/MG) Processo 1001469-89.2023.8.26.0315 - Procedimento do Juizado Especial Cível - Reqte: Luciane Laura da Silva… ADV: Joice Vanessa dos Santos (OAB 338189/SP), Rodrigo Soares do Nascimento (OAB 129459/MG) Processo 1001469-89.2023.8.26.0315 - Procedimento do Juizado Especial Cível - Reqte: Luciane Laura da Silva - Reqdo: Viagens e Turismos Ltda 123 Milhas - Certifico e dou fé que em cumprimento a decisão de fls 295, segue sentença para publicação aqui e nas folhas seguintes "Vistos. Dispensado o relatório, nos termos do artigo 38 da Lei 9.099/95. DECIDE-SE. O processo comporta julgamento antecipado, pois os documentos que o instruem são suficientes para o esclarecimento dos fatos, não havendo necessidade de produção de outras provas. Rejeitam-se as preliminares de ilegitimidade passiva de Max Milhas, nome fantasia da corré MM Turismo e Viagens S/A, porque, como a corré 123 Viagens, faz parte do mesmo grupo econômico e exerce atividade de comercialização de bilhetes com o uso de milhas e respondem de forma solidária perante o consumidor pelo inadimplemento contratual narrado na inicial, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor. É fato público e notório que,conforme amplamente divulgado em várias mídias, houve a fusão da corré Maxmilhas, em janeiro de 2023, com a corré 123 Milhas - embora possuam CNPJ distintos, compartilham sócios em comum. Nesse sentido: "O parágrafo único do art. 7º traz a regra geral sobre a solidariedade da cadeia de fornecedores de produtos e serviços. Aqui a idéia geral é o direito de ressarcimento vítima-consumidor (art. 6º, VI, c/c art. 17 do CDC), uma vez que o microssistema do CDC geralmente impõe a responsabilidade objetiva ou independente de culpa (arts. 12, 13, 14, 18, 20 do CDC). O CDC permite assim a visualização da cadeia de fornecimento através da imposição da solidariedade entre os fornecedor O CDC impõe a solidariedade em matéria de defeito do serviço (art. 14 do CDC) em contraponto aos arts. 12 e 13 do CDC, com responsabilidade objetiva imputada nominalmente a alguns agentes econômicos.Também nos arts. 18 e 20 a responsabilidade é imputada a toda a cadeia, não importando quem contratou com o consumidor. Segundo o parágrafo único do art. 7º, tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo,disposição que vem repetida no art. 25, parágrafo 1º." (Cláudia Lima Marques eoutros, in"Comentários ao Código de Defesa do Consumidor", RT, 3ª ed., 2010,pág.314). Com isso, declara-se, desde já, a legitimidade passiva das rés, que, inclusive, integram a ação de recuperação judicial da corré 123 Milhas. No mérito, inicialmente, consigne-se que a relação existente entre as partes é regida pela Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). Incontroverso nos autos que a parte autora adquiriu, junto à ré 123 milhas reserva de hotel em Salvador - BA, com hospedagem programada entre os dias 05 e 10 de setembro de 2023. A parte autora realizou o pagamento no alor de R$ 1.794,00 (fls. 13/18). Contudo, para surpresa da parte autora, ao chegar no local onde da reserva, no hotel, houve informação à parte autora do cancelamento, que foram comunicada pela corré Expedia. Restou evidenciado, portanto, o descumprimento contratual pelas rés. De outro giro, o não reembolso dos valores pagos, além da confirmação de que o serviço (reserva do hotel) não seria prestado, feriu a boa-fé que deve nortear o comportamento das partes na execução dos contratos. A alegação de onerosidade excessiva, bem como a ocorrência de caso fortuito ou força maior, arguida pela ré em sua defesa, não prospera. Isto porque a alegada oscilação de preço no mercado de transporte aéreo, que teria ocasionado a onerosidade excessiva, a impedir a emissão dos bilhetes, não pode ser considerada imprevisível, estando dentro do risco econômico da atividade exercida pela ré, mormente por tratar-se de empresa dedicada exclusivamente ao segmento econômico de venda de passagens aéreas. Ademais, a despeito da onerosidade excessiva para um dos obrigados, é certo que o art. 478 do Código Civil exige extrema vantagem para a contraparte, no caso a parte autora, o que, efetivamente, não ocorreu no caso em tela. Sobreleva notar que o Código de Defesa do Consumidor em seus artigos 30 e 84 assegura aos consumidores o direito à prestação específica a que se obrigou o fornecedor, o que não ocorreu no caso em tela. Aplica-se, ainda, ao caso concreto, o disposto no art. 14, do CDC: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. A autora pretende que a ré seja condenada ao pagamento de indenização no valor total gasto por ela com a compra do pacote, no total de R$ 1.879,80. Desse modo, a indenização por danos materiais deve corresponder ao valor indicado e pago pela parte autora, o qual deverá ser reembolsado pelas rés, de forma solidária, em razão do seu inadimplemento. O pedido de indenização por danos morais merece acolhida, pois a situação vivenciada pela parte autora não pode ser considerada como mero descumprimento contratual e aborrecimento normal do cotidiano. A situação vivenciada, portanto, ofendeu a integralidade psicológica da autora,ficando demonstrado de forma cristalina o nexo causal, a ensejar os danos morais postulados. Em suma, a situação vivenciada superou o mero desconforto, demonstrando que o dano ultrapassou o razoável e por isso merece ser indenizado. Nesse sentido: Ação indenizatória. Cancelamento de emissão de passagem aérea, sob justificativa de variação para aquisição de milhas. Relação de consumo. Inobservância do dever de informação. Falha na prestação do serviço. Dano moral configurado. Sentença mantida. Art. 252, do Regimento Interno. Recurso desprovido (Classe/Assunto: Apelação Cível / Cancelamento de vôo, 1000880-79.2022.8.26.0300, Relator(a): Luis Carlos de Barros, Comarca: Jardinópolis, Órgão julgador: 20ª Câmara de Direito Privado, Data do julgamento:11/02/2024, Data de publicação: 11/02/2024). Diante da situação infligida à autora, sem deflagrar enriquecimento sem causa,entendo por bem fixar a indenização por danos morais no valor postulado na inicial, ou seja, R$ 5.000,00. Ante o exposto, JULGAM-SE PROCEDENTES os pedidos, nos termos do artigo 487, inciso I do Código de Processo Civil para: a) condenar as rés, de forma solidária, a título de reparação de danos materiais, ao pagamento da quantia de R$ 1.794,00, nos termos da fundamentação. O valor mencionado deverá ser corrigido a partir da data do desembolso. b) condenar as rés, de forma solidária, no pagamento de indenização por danos morais no montante R$ 5.000,00. Quanto aos danos morais, não há que se falar em correção monetária e juros antes da prolação da sentença, uma vez que o débito começa a existir com a prolação desta. A partir da prolação da sentença, até a data do pagamento, o valor deverá ser corrigido. Nesse sentido a Súmula 362 do STJ: A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento. A correção monetária e a taxa de juros deverão ser calculadas nos termos estabelecidos pela Lei Federal nº 14.905/24, ou seja, tanto a correção monetária quanto os juros de mora (estes contados da citação válida) serão calculados pela Tabela Prática do TJSP até 29.08.2024, sendo que, a partir de 30.08.2024, aplicar-se-á o disposto na Lei nº 14.905/2024: a correção monetária deverá ser calculada pela variação do IPCA e os juros moratórios pela taxa Selic, descontando-se a variação do IPCA e desconsiderando-se eventuais juros negativos, a ser apurado em fase de cumprimento de sentença. Isenção de custas processuais e de honorários advocatícios nessa fase, nos termos do artigo 55 da Lei 9.099/95. Eventual recurso deverá ser interposto no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença, acompanhado das razões e do pedido do recorrente. A serventia, antes da remessa do recurso, deverá elaborar certidão. Ressalvada a hipótese de concessão de gratuidade da justiça, o preparo corresponderá: a) à taxa judiciária de ingresso, no importe de 1% sobre o valor atualizado da causa, observado o valor mínimo de 5(cinco) UFESPs, a ser recolhida na guia DARE; b) à taxa judiciária referente às custas de preparo, no importe de 4% sobre o valor fi xado na sentença, se líquido, ou sobre o valor fixado equitativamente pelo MM. Juiz de Direito, se ilíquido ou ainda 4% sobre o valor atualizado atribuído à causa na ausência de pedido condenatório, a ser recolhida na guia DARE; c) às despesas processuais referentes a todos os serviços forenses eventualmente utilizados (despesas postais, diligências do Oficial de Justiça, taxas para pesquisas de endereço nos sistemas conveniados, custas para publicação de editais etc.), a serem recolhidas na guia FEDTJ, à exceção das diligências de Oficial de Justiça, que deverão ser colhidas na guia GRD. O preparo será recolhido de acordo com os critérios acima estabelecidos independente de cálculo elaborado pela serventia que apenas será responsável pela conferência dos valores e elaboração da certidão para juntada aos autos. Aos advogados interessados, está disponível, no site deste Tribunal, planilha para elaboração do cálculo do preparo, nos casos de interposição de Recurso Inominado. O acesso à planilha poderá ser realizado por meio do portal do Tribunal de Justiça de São Paulo, a partir da aba Institucional Primeira Instância Cálculos de Custas Processuais Juizados Especiais Planilha Apuração da Taxa Judiciária ou diretamente pelo link https://www.tjsp.jus.br/Download/SPI/CustasProcessuais/1.PlanilhaRecursoInominado.Xls P.I.C."

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Quatai Transporte De Passageiros Spe S/A x Cicero Jose Otaviano Andre

ID: 259935777

Tribunal: TRT2 Órgão: Vice-Presidência Judicial Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 1001054-46.2023.5.02.0341

Data de Disponibilização: 24/04/2025

Polo Ativo:

QUATAI TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SPE S/A

Polo Passivo:

CICERO JOSE OTAVIANO ANDRE

Notificação

Advogados:

AFONSO CEZAR DE OLIVEIRA

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

NIVEA MARIA PONTES

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ERIKA CONCEICAO BISPO

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ANA CAROLINA PIANARO CAMPOS

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JULIA JUNQUEIRA GUIMARAES

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSOS Relatora: ADRIANA MARIA BATTISTELLI VARELLIS 1001054-46.2023.5.02.0341 : QUATAI TRANSPORTE D… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSOS Relatora: ADRIANA MARIA BATTISTELLI VARELLIS 1001054-46.2023.5.02.0341 : QUATAI TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SPE S/A : CICERO JOSE OTAVIANO ANDRE INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 7bf3ca1 proferida nos autos. 1001054-46.2023.5.02.0341 - 10ª TurmaRecorrente(s): 1. CICERO JOSE OTAVIANO ANDRE Recorrido(a)(s): 1. QUATAI TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SPE S/A RECURSO DE: CICERO JOSE OTAVIANO ANDRE PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 21/02/2025 - Id e816ba4; recurso apresentado em 23/02/2025 - Id e3ae358). Regular a representação processual (Id 959fb43 ). Desnecessário o preparo. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO Alegação(ões): Sustenta que a alternância trimestral de turnos não afasta o reconhecimento do labor em turnos ininterruptos de revezamento. Consta do v. acórdão: "1. Turnos ininterruptos de revezamento. O Juízo de origem deferiu "a 7ª e 8ª horas laboradas como extras", por reputar que a mudança de turno se dava com periodicidade inferior a seis meses e que eram pagas "apenas as horas excedentes à oitava hora diária e à 44ª hora semanal", assim se pronunciando (Id. 1bf4748): "Jornada de Trabalho - diferenças de horas extras - feriados laborados - intervalo intrajornada Em que pese o reclamante sustentar a invalidade dos controles de jornada, alegando que não indicam os horários realmente cumpridos, não produz prova nesse sentido, mas ao contrário, a sua testemunha convidada confirma que anotava corretamente o horário de entrada e saída e que via o reclamante fazendo-o, o que me faz, portanto, validar os controles de jornada quanto a frequência, horário de entrada e saída, passando a analisar a afirmação de não fruição do intervalo intrajornada e interjornada e de turnos ininterruptos. ... Ainda sobre o pleito das horas extras por sobrejornada, o autor alega que realizava turno ininterrupto de revezamento e, por isso, deveria estar sujeito à jornada de seis horas diárias e de 36 horas semanais, requerendo as excedentes aos referidos módulos como horas extras. Dos controles de ponto, verifico que da admissão até 25/01, o autor no horário por volta das 04h às 15h:20min (extrapolando referida jornada muitas vezes). De 26/01 a 26/02, o autor inicia sua jornada entre 11h às 15h e a termina entre 22h às 01h (do dia seguinte). De 27/02 a 27/03, volta a iniciar entre 03h e 04h da manhã, terminando por volta das 13h às 15h (quando não extrapolava até às 19h/21h). A partir de 28/03 o autor inicia sua jornada normalmente entre 16h/17h e a termina por volta das 02h/02h/30min e isso ocorreu até 03.07.22 quando volta a iniciar o seu labor em torno das 03h/04hy, terminando-o entre às 12h/15h. E assim o autor segue até o final do seu contrato de trabalho. É perceptível que a reclamada não possui três turnos de trabalho, mas claramente prorroga a jornada dos seus motoristas de modo que seu serviço de transporte seja ofertado de modo ininterrupto. Ao invés de ter três turnos, a reclamada compelia o autor a iniciar o seu turno no final da tarde e terminar apenas às 02h/03h do dia seguinte, iniciando outro turno exatamente entre 03h/04h, e o autor se alternava entre tais turnos, conforme demonstra o seu controle de ponto. O que autoriza o reconhecimento do turno ininterrupto de revezamento não é sequer a atividade ininterrupta da empresa. Ora, a empresa pode não funcionar 24h e ainda assim ter reconhecimento o direito ao turno ininterrupto de revezamento aos seus empregados. O que autoriza tal reconhecimento é a alternância de turnos com prejuízos ao relógio biológico do empregado, ao seu ciclo cicardiano. No caso em comento, observo que o autor passava determinados momentos de trabalho finalizando sua jornada às 02h/03h da madrugada. O seu corpo, assim, preparava-se para repousar a partir de tal horário. Todavia, pouco mais de 3 meses em tal turno, a reclamada já alterava novamente o horário do autor, fazendo o seu corpo iniciar o trabalho às 03h da manhã (horário que o seu corpo entendia como de repouso, pelo hábito anterior), o compelindo novamente a se adaptar. Isso sem falar das duas alterações anteriores, no início do contrato, em que o autor laborou apenas por volta de um mês em cada turno. ... No caso do autor, um dos seus turnos compreendida parte do período noturno (das 22h às 02h), iniciando entre 16h/17h. O seu outro turno iniciava entre 03h/04h e pegava todo o período da manhã e o início da tarde... não se demorava nem seis meses em cada turno. ... Ante tais fundamentos, entendo que o autor tem direito a ver reconhecido o seu enquadramento em turno ininterruptos de revezamento. Nas normas coletivas anexadas pela reclamada, não verifiquei autorização para prática de turno ininterrupto de revezamento de 8 horas, motivo pelo qual julgo procedente o pleito do autor e condeno a reclamada a pagar a 7ª e 8ª horas laboradas como extras, com adicional de 50% (e de 100% para feriados e descansos semanais remunerados laborados), com reflexos em DSRs, férias + 1/3, 13° salários e FGTS." (destaquei) Insurge-se a ré, negando a caracterização de turno ininterrupto de revezamento, evocando os cartões de ponto, que, a seu ver, demonstram que "a jornada do autor variava com uma alternância maior que um mês" (Id. b6369dd), com parcial razão. Incontroverso que, na função de motorista, o autor laborava em jornada de 7 horas e 20 minutos na escala de 6x1, com prorrogações registradas e quitadas, não havendo controvérsia acerca da jornada de trabalho executada, mas apenas em relação à caracterização do turno ininterrupto de revezamento. O entendimento fixado por essa E. 10ª Turma é de que a caracterização do turno ininterrupto de revezamento ocorre com a alteração da jornada de trabalho a cada semana, quinzena ou mês. Cito os seguintes julgados processo n° 1000402-47.2020.5.02.0078, de relatoria da D. Desembargadora Dra. Sandra Curi e processo n° 1001469-37.2019.5.02.0028 de relatoria da D. Desembargadora Dra. Ana Maria Macedo. No caso em questão, consoante bem exposto a quo, embora inicialmente houvesse alteração mensal de turno, desde a admissão em 03.12.2021 até 27.03.2021, a "partir de 28/03 o autor inicia sua jornada normalmente entre 16h/17h e a termina por volta das 02h/02h/30min e isso ocorreu até 03.07.22 quando volta a iniciar o seu labor em torno das 03h/04hy, terminando-o entre às 12h/15h. E assim o autor segue até o final do seu contrato de trabalho". Destarte, não se caracterizou turno ininterrupto de revezamento nos termos do artigo 7°, inciso XIV da Constituição Federal. No mesmo sentido a Súmula 55, inciso I deste E. TRT da 2ª Região: Turnos ininterruptos de revezamento. Caracterização. Validade da jornada de oito horas prorrogada por acordo coletivo. Pagamento de horas extras. (Res. TP nº 05/2016 - DOEletrônico 31/05/2016) I - O turno ininterrupto de revezamento caracteriza-se pela alternância das turmas, perfazendo 24 horas de trabalho, sem interrupção da atividade produtiva, não importando a periodicidade da alternância, podendo ser semanal, quinzenal ou mensal. (...) Destarte, considerando que a alternância do horário de trabalho, inicialmente mensal, passou a ocorrer a cada ciclo de 3 meses a partir de 28.03.2021, mantenho as horas extras decorrentes dos turnos ininterruptos no período em 03.12.2021 até 27.03.2021, excluindo-as em relação ao interregno posterior a 28.03.2021, eis que a periodicidade trimestral, dada sua maior duração, inviabiliza a classificação do trabalho do autor como turnos ininterruptos de revezamento, uma vez que, como já adiantado, na alternância semanal ou no máximo mensal o organismo do trabalhador e sua vida social sofrem maiores agressões Reformo, pois, para excluir as 7ª e 8ª horas extras e respectivos reflexos no período de 28.03.2021 até a dispensa." O Tribunal Superior do Trabalho firmou o entendimento de que a alteração bimestral, trimestral, quadrimestral ou até mesmo semestral de horários não possui o condão de descaracterizar a jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da Constituição Federal. Nesse sentido: E-ED-RR-2706-78.2010.5.02.0048, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 31/10/2017; AIRR-10498-58.2016.5.03.0044, 1ª Turma, Relator Ministro Luiz José Dezena da Silva, DEJT 1º/3/2019; RR-1001318-52.2016.5.02.0036, 2ª Turma, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 5/10/2018; RR-1001825-32.2017.5.02.0083, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 14/8/2020; ARR-1113-87.2015.5.09.0001, 4ª Turma, Relatora Ministra Maria de Assis Calsing, DEJT 3/8/2018; RR-1001836-70.2017.5.02.0371, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 14/2/2020; ARR-2192-91.2013.5.15.0070, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto César Leite de Carvalho, DEJT 14/2/2020; Ag-AIRR-627-55.2014.5.23.0096, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 23/3/2018; RR-1001865-51.2017.5.02.0006, 8ª Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 1º/6/2020. Pelo exposto, prudente o seguimento do apelo, para prevenir possível violação ao art. 7º, XIV, da Constituição Federal. RECEBO o recurso de revista. CONCLUSÃO RECEBO o recurso de revista. Intimem-se, dando vista à parte contrária para apresentação de contrarrazões. /akg SAO PAULO/SP, 23 de abril de 2025. FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO Desembargador Vice-Presidente Judicial Intimado(s) / Citado(s) - CICERO JOSE OTAVIANO ANDRE

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Quatai Transporte De Passageiros Spe S/A x Cicero Jose Otaviano Andre

ID: 259935772

Tribunal: TRT2 Órgão: Vice-Presidência Judicial Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 1001054-46.2023.5.02.0341

Data de Disponibilização: 24/04/2025

Polo Ativo:

QUATAI TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SPE S/A

Polo Passivo:

CICERO JOSE OTAVIANO ANDRE

Notificação

Advogados:

AFONSO CEZAR DE OLIVEIRA

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NIVEA MARIA PONTES

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

ERIKA CONCEICAO BISPO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

ANA CAROLINA PIANARO CAMPOS

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JULIA JUNQUEIRA GUIMARAES

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSOS Relatora: ADRIANA MARIA BATTISTELLI VARELLIS 1001054-46.2023.5.02.0341 : QUATAI TRANSPORTE D… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSOS Relatora: ADRIANA MARIA BATTISTELLI VARELLIS 1001054-46.2023.5.02.0341 : QUATAI TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SPE S/A : CICERO JOSE OTAVIANO ANDRE INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 7bf3ca1 proferida nos autos. 1001054-46.2023.5.02.0341 - 10ª TurmaRecorrente(s): 1. CICERO JOSE OTAVIANO ANDRE Recorrido(a)(s): 1. QUATAI TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SPE S/A RECURSO DE: CICERO JOSE OTAVIANO ANDRE PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 21/02/2025 - Id e816ba4; recurso apresentado em 23/02/2025 - Id e3ae358). Regular a representação processual (Id 959fb43 ). Desnecessário o preparo. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO Alegação(ões): Sustenta que a alternância trimestral de turnos não afasta o reconhecimento do labor em turnos ininterruptos de revezamento. Consta do v. acórdão: "1. Turnos ininterruptos de revezamento. O Juízo de origem deferiu "a 7ª e 8ª horas laboradas como extras", por reputar que a mudança de turno se dava com periodicidade inferior a seis meses e que eram pagas "apenas as horas excedentes à oitava hora diária e à 44ª hora semanal", assim se pronunciando (Id. 1bf4748): "Jornada de Trabalho - diferenças de horas extras - feriados laborados - intervalo intrajornada Em que pese o reclamante sustentar a invalidade dos controles de jornada, alegando que não indicam os horários realmente cumpridos, não produz prova nesse sentido, mas ao contrário, a sua testemunha convidada confirma que anotava corretamente o horário de entrada e saída e que via o reclamante fazendo-o, o que me faz, portanto, validar os controles de jornada quanto a frequência, horário de entrada e saída, passando a analisar a afirmação de não fruição do intervalo intrajornada e interjornada e de turnos ininterruptos. ... Ainda sobre o pleito das horas extras por sobrejornada, o autor alega que realizava turno ininterrupto de revezamento e, por isso, deveria estar sujeito à jornada de seis horas diárias e de 36 horas semanais, requerendo as excedentes aos referidos módulos como horas extras. Dos controles de ponto, verifico que da admissão até 25/01, o autor no horário por volta das 04h às 15h:20min (extrapolando referida jornada muitas vezes). De 26/01 a 26/02, o autor inicia sua jornada entre 11h às 15h e a termina entre 22h às 01h (do dia seguinte). De 27/02 a 27/03, volta a iniciar entre 03h e 04h da manhã, terminando por volta das 13h às 15h (quando não extrapolava até às 19h/21h). A partir de 28/03 o autor inicia sua jornada normalmente entre 16h/17h e a termina por volta das 02h/02h/30min e isso ocorreu até 03.07.22 quando volta a iniciar o seu labor em torno das 03h/04hy, terminando-o entre às 12h/15h. E assim o autor segue até o final do seu contrato de trabalho. É perceptível que a reclamada não possui três turnos de trabalho, mas claramente prorroga a jornada dos seus motoristas de modo que seu serviço de transporte seja ofertado de modo ininterrupto. Ao invés de ter três turnos, a reclamada compelia o autor a iniciar o seu turno no final da tarde e terminar apenas às 02h/03h do dia seguinte, iniciando outro turno exatamente entre 03h/04h, e o autor se alternava entre tais turnos, conforme demonstra o seu controle de ponto. O que autoriza o reconhecimento do turno ininterrupto de revezamento não é sequer a atividade ininterrupta da empresa. Ora, a empresa pode não funcionar 24h e ainda assim ter reconhecimento o direito ao turno ininterrupto de revezamento aos seus empregados. O que autoriza tal reconhecimento é a alternância de turnos com prejuízos ao relógio biológico do empregado, ao seu ciclo cicardiano. No caso em comento, observo que o autor passava determinados momentos de trabalho finalizando sua jornada às 02h/03h da madrugada. O seu corpo, assim, preparava-se para repousar a partir de tal horário. Todavia, pouco mais de 3 meses em tal turno, a reclamada já alterava novamente o horário do autor, fazendo o seu corpo iniciar o trabalho às 03h da manhã (horário que o seu corpo entendia como de repouso, pelo hábito anterior), o compelindo novamente a se adaptar. Isso sem falar das duas alterações anteriores, no início do contrato, em que o autor laborou apenas por volta de um mês em cada turno. ... No caso do autor, um dos seus turnos compreendida parte do período noturno (das 22h às 02h), iniciando entre 16h/17h. O seu outro turno iniciava entre 03h/04h e pegava todo o período da manhã e o início da tarde... não se demorava nem seis meses em cada turno. ... Ante tais fundamentos, entendo que o autor tem direito a ver reconhecido o seu enquadramento em turno ininterruptos de revezamento. Nas normas coletivas anexadas pela reclamada, não verifiquei autorização para prática de turno ininterrupto de revezamento de 8 horas, motivo pelo qual julgo procedente o pleito do autor e condeno a reclamada a pagar a 7ª e 8ª horas laboradas como extras, com adicional de 50% (e de 100% para feriados e descansos semanais remunerados laborados), com reflexos em DSRs, férias + 1/3, 13° salários e FGTS." (destaquei) Insurge-se a ré, negando a caracterização de turno ininterrupto de revezamento, evocando os cartões de ponto, que, a seu ver, demonstram que "a jornada do autor variava com uma alternância maior que um mês" (Id. b6369dd), com parcial razão. Incontroverso que, na função de motorista, o autor laborava em jornada de 7 horas e 20 minutos na escala de 6x1, com prorrogações registradas e quitadas, não havendo controvérsia acerca da jornada de trabalho executada, mas apenas em relação à caracterização do turno ininterrupto de revezamento. O entendimento fixado por essa E. 10ª Turma é de que a caracterização do turno ininterrupto de revezamento ocorre com a alteração da jornada de trabalho a cada semana, quinzena ou mês. Cito os seguintes julgados processo n° 1000402-47.2020.5.02.0078, de relatoria da D. Desembargadora Dra. Sandra Curi e processo n° 1001469-37.2019.5.02.0028 de relatoria da D. Desembargadora Dra. Ana Maria Macedo. No caso em questão, consoante bem exposto a quo, embora inicialmente houvesse alteração mensal de turno, desde a admissão em 03.12.2021 até 27.03.2021, a "partir de 28/03 o autor inicia sua jornada normalmente entre 16h/17h e a termina por volta das 02h/02h/30min e isso ocorreu até 03.07.22 quando volta a iniciar o seu labor em torno das 03h/04hy, terminando-o entre às 12h/15h. E assim o autor segue até o final do seu contrato de trabalho". Destarte, não se caracterizou turno ininterrupto de revezamento nos termos do artigo 7°, inciso XIV da Constituição Federal. No mesmo sentido a Súmula 55, inciso I deste E. TRT da 2ª Região: Turnos ininterruptos de revezamento. Caracterização. Validade da jornada de oito horas prorrogada por acordo coletivo. Pagamento de horas extras. (Res. TP nº 05/2016 - DOEletrônico 31/05/2016) I - O turno ininterrupto de revezamento caracteriza-se pela alternância das turmas, perfazendo 24 horas de trabalho, sem interrupção da atividade produtiva, não importando a periodicidade da alternância, podendo ser semanal, quinzenal ou mensal. (...) Destarte, considerando que a alternância do horário de trabalho, inicialmente mensal, passou a ocorrer a cada ciclo de 3 meses a partir de 28.03.2021, mantenho as horas extras decorrentes dos turnos ininterruptos no período em 03.12.2021 até 27.03.2021, excluindo-as em relação ao interregno posterior a 28.03.2021, eis que a periodicidade trimestral, dada sua maior duração, inviabiliza a classificação do trabalho do autor como turnos ininterruptos de revezamento, uma vez que, como já adiantado, na alternância semanal ou no máximo mensal o organismo do trabalhador e sua vida social sofrem maiores agressões Reformo, pois, para excluir as 7ª e 8ª horas extras e respectivos reflexos no período de 28.03.2021 até a dispensa." O Tribunal Superior do Trabalho firmou o entendimento de que a alteração bimestral, trimestral, quadrimestral ou até mesmo semestral de horários não possui o condão de descaracterizar a jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da Constituição Federal. Nesse sentido: E-ED-RR-2706-78.2010.5.02.0048, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 31/10/2017; AIRR-10498-58.2016.5.03.0044, 1ª Turma, Relator Ministro Luiz José Dezena da Silva, DEJT 1º/3/2019; RR-1001318-52.2016.5.02.0036, 2ª Turma, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 5/10/2018; RR-1001825-32.2017.5.02.0083, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 14/8/2020; ARR-1113-87.2015.5.09.0001, 4ª Turma, Relatora Ministra Maria de Assis Calsing, DEJT 3/8/2018; RR-1001836-70.2017.5.02.0371, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 14/2/2020; ARR-2192-91.2013.5.15.0070, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto César Leite de Carvalho, DEJT 14/2/2020; Ag-AIRR-627-55.2014.5.23.0096, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 23/3/2018; RR-1001865-51.2017.5.02.0006, 8ª Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 1º/6/2020. Pelo exposto, prudente o seguimento do apelo, para prevenir possível violação ao art. 7º, XIV, da Constituição Federal. RECEBO o recurso de revista. CONCLUSÃO RECEBO o recurso de revista. Intimem-se, dando vista à parte contrária para apresentação de contrarrazões. /akg SAO PAULO/SP, 23 de abril de 2025. FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO Desembargador Vice-Presidente Judicial Intimado(s) / Citado(s) - QUATAI TRANSPORTE DE PASSAGEIROS SPE S/A

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Porto Seguro Companhia De Seguros Gerais x Companhia Paulista De Força E Luz

ID: 328618464

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Guararapes - 1ª Vara Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1001469-21.2025.8.26.0218

Data de Disponibilização: 18/07/2025

Polo Ativo:

PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS

Polo Passivo:

COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ

Intimação

Advogados:

MILENA PIRAGINE

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JOCIMAR ESTALK

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FLAVIO OLIMPIO DE AZEVEDO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1001469-21.2025.8.26.0218 - Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Material - PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS - COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ - Vistos. Trata-se de Aç… Processo 1001469-21.2025.8.26.0218 - Procedimento Comum Cível - Indenização por Dano Material - PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS - COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ - Vistos. Trata-se de Ação Regressiva de Ressarcimento de Danos Materiais proposta por PORTO SEGURO COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS S/A em face de COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ, visando à condenação da Ré ao pagamento de R$ 11.202,44 (onze mil duzentos e dois reais e quarenta e quatro centavos), acrescidos de correção monetária, juros e honorários advocatícios. A Autora alega que firmou contrato de seguro com o segurado FERNANDO MARCOS BAPTISTELLA e, após sinistro ocorrido em 19/03/2025 devido a oscilações/interrupções na rede de energia elétrica administrada pela Ré, indenizou seu segurado no valor pleiteado. Fundamenta seu pedido na sub-rogação de direitos, na aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC), na responsabilidade objetiva da concessionária e na suficiência de seus laudos técnicos. A Ré, COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ, devidamente citada, apresentou contestação, arguindo preliminares de inépcia da inicial, falta de interesse de agir por ausência de requerimento administrativo e ilegitimidade passiva. No mérito, sustenta a ausência de nexo causal entre os danos e o fornecimento de energia, impugna a validade dos laudos apresentados pela Autora por serem unilaterais e sem contraditório, alega excludente de responsabilidade em caso de descargas atmosféricas e contesta a inversão do ônus da prova com base no Tema 1.282 do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Impugna ainda o valor dos danos materiais e requer o abatimento de eventuais "salvados". A Autora apresentou réplica, refutando as preliminares e reiterando seus argumentos de mérito, especialmente a validade dos laudos e a responsabilidade objetiva da Ré, bem como a necessidade de inversão do ônus da prova. Este Juízo, diante das especificidades da causa e buscando adequar o rito processual às necessidades do conflito, deixou para momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação, nos termos do art. 139, VI, do Código de Processo Civil (CPC) e do Enunciado n. 35 da ENFAM. É O RELATÓRIO. FUNDAMENTAÇÃO Das Preliminares Da Inépcia da Inicial por Ausência de Documentos Essenciais à Propositura da Ação: A Ré arguiu que a petição inicial seria inepta por não ter sido acostado documento que demonstrasse a regulação do sinistro e que os documentos juntados (fls. 87/116) seriam apenas telas sistêmicas e relatórios genéricos, carecendo de força probante por serem unilaterais. Contudo, a Autora apresentou na exordial a apólice de seguros, o aviso de sinistro, laudo técnico, demonstrativo e comprovante de pagamento. Embora a qualidade probatória de alguns desses documentos possa ser questionada no mérito, para fins de propositura da ação, a petição inicial foi devidamente instruída com os elementos necessários à compreensão da causa de pedir e do pedido. A controvérsia sobre a suficiência ou unilateralidade dos laudos técnicos se confunde com o mérito da demanda, notadamente com a análise do nexo causal. Rejeito a preliminar de inépcia da inicial. Da Falta de Interesse de Agir pela Ausência de Reclamação Administrativa: A Ré alegou que a Autora não teria interesse de agir por não ter buscado uma solução administrativa através do canal exclusivo para seguradoras da CPFL. Primeiramente, cumpre observar que, em regra, o esgotamento da via administrativa não é condição para o acesso ao Poder Judiciário, salvo exceções expressamente previstas em lei ou pela jurisprudência consolidada, que não se aplicam ao caso em tela. Ademais, a Autora sustenta que tentou acordo administrativo sem sucesso devido à "intransigência da concessionária" e que disponibilizou as indenizações securitárias, restando-lhe o judiciário para ver seu direito reconhecido. A relação jurídica sob análise envolve responsabilidade objetiva do fornecedor de serviço público, cujas exigências burocráticas não podem obstar a reparação civil quando presentes a falha, o dano e o nexo causal. Rejeito a preliminar de falta de interesse de agir. Da Ilegitimidade Passiva da Ré: A Ré sustentou sua ilegitimidade passiva sob o argumento de que a origem do suposto sinistro não decorreu de sua rede, visto que não constatou qualquer ocorrência em seus sistemas para a unidade consumidora do segurado. Essa alegação diz respeito diretamente ao mérito da demanda, ou seja, à existência ou não do nexo de causalidade e da própria responsabilidade da concessionária. A pertinência subjetiva da Ré para figurar no polo passivo é inegável, pois é a prestadora de serviço de energia elétrica na localidade do risco. A discussão sobre a causa específica do dano será analisada como questão de mérito. Rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva. Presentes os pressupostos processuais e requisitos de admissibilidade, dou o feito por saneado. A controvérsia sobre a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a consequente inversão do ônus da prova é ponto central da presente lide. É pacífico que a relação entre o segurado e a concessionária de energia elétrica é de consumo, sujeita às normas do CDC. A Autora, na condição de seguradora que indenizou o dano, sub-roga-se nos direitos e ações que o segurado teria contra o causador do dano. Este entendimento é corroborado pela Súmula 188 do Supremo Tribunal Federal (STF), que afirma que o segurador tem ação regressiva contra o causador do dano. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo. A Autora argumenta que, por sub-rogação, adquire o status de "consumidora por equiparação" ou "consumidora por sub-rogação", fazendo jus à inversão do ônus da prova prevista no Art. 6º, VIII, do CDC, dada sua hipossuficiência técnica e a verossimilhança de suas alegações. Cita decisões do STJ que confirmam a aplicação do CDC e a inversão do ônus da prova em favor da seguradora sub-rogada. Por sua vez, a Ré, invocando o Tema 1.282 do STJ, sustenta que a seguradora não pode sub-rogar-se nas prerrogativas processuais do consumidor, especialmente a inversão do ônus da prova, por ser este um benefício exclusivo do consumidor final. A Ré alega, ainda, que a Autora não demonstrou sua hipossuficiência técnica ou econômica. Conforme a orientação expressa, não se inverterá o ônus da prova com base na presunção de hipossuficiência ou verossimilhança, em que pese a sub-rogação da seguradora nos direitos materiais do consumidor. O entendimento predominante, inclusive refletido em recente julgamento de recursos repetitivos pelo STJ (Tema 1.282), é que a sub-rogação legal, embora transfira os direitos materiais do segurado para a seguradora, não implica a transferência automática de todas as prerrogativas processuais inerentes à condição de consumidor, como a inversão do ônus da prova, que é um benefício intuitu personae do consumidor vulnerável na relação de consumo originária. A hipossuficiência e a verossimilhança, requisitos para a inversão do ônus da prova pelo CDC (Art. 6º, VIII), devem ser analisadas caso a caso e em relação à capacidade da própria seguradora em produzir a prova. A seguradora, sendo uma empresa de grande porte, com capacidade técnica e econômica para investigar e documentar os sinistros, não se enquadra na mesma condição de hipossuficiência do consumidor individual, que justificaria a inversão do ônus da prova ope judicis (por decisão do juiz). Dessa forma, o ônus da prova seguirá a regra geral prevista no Art. 373 do Código de Processo Civil. Considerando as alegações das partes, fixo os seguintes pontos controvertidos que demandam produção probatória: 1. A ocorrência de perturbações, oscilações ou interrupções na rede de distribuição de energia elétrica da Ré na data do sinistro (19/03/2025) que pudessem ter causado os danos alegados. A Ré alega não haver registro em seus sistemas, enquanto a Autora sustenta a existência de falhas. 2. O nexo de causalidade entre as supostas perturbações na rede elétrica e os danos materiais alegados nos equipamentos do segurado. A Autora apresenta laudos técnicos para comprovar, enquanto a Ré os impugna por unilateralidade e ausência de qualificação dos profissionais, e sugere outras possíveis causas para os danos. 3. A exata extensão dos danos materiais sofridos e o valor da indenização devida. A Ré questiona o valor indenizado, argumentando que o aparelho danificado tinha anos de uso e que o valor não deveria ser de um aparelho novo. 4. A existência de "salvados" com valor econômico e a necessidade de seu repasse ou abatimento do valor da indenização. A Ré alega a existência de salvados e a necessidade de sua disponibilização ou abatimento, enquanto a Autora afirma a inexistência de valor econômico e a impossibilidade de guarda. Intimem-se as partes para que, no prazo de 15 (quinze) dias, especifiquem as provas que pretendem produzir, justificando sua pertinência e relevância para demonstrar os fatos controvertidos acima delineados. Após a manifestação das partes, será proferida decisão sobre a produção das provas requeridas. Intimem-se. - ADV: FLAVIO OLIMPIO DE AZEVEDO (OAB 34248/SP), JOCIMAR ESTALK (OAB 247302/SP), MILENA PIRAGINE (OAB 178962/SP)

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Antonio Taveira Dos Santos e outros x Conafer Confederação Nacional Dos Agricultores Familiares E Empreend.Fami.Rurais Do Brasil

ID: 309977909

Tribunal: TJMT Órgão: NÚCLEO DE JUSTIÇA DIGITAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1001469-48.2024.8.11.0032

Data de Disponibilização: 27/06/2025

Polo Ativo:

ANTONIO TAVEIRA DOS SANTOS MARCELO TAVEIRA DOS SANTOS

Polo Passivo:

CONAFER CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS AGRICULTORES FAMILIARES E EMPREEND.FAMI.RURAIS DO BRASIL

Sentença

Advogados:

ROMULO ALVES DAMASCENO JUNIOR

OAB/MT XXXXXX Desbloquear

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO NÚCLEO DE JUSTIÇA DIGITAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS - GABINETE 2 SENTENÇA Processo n. 1001469-48.2024.8.11.0032 Requerente: ANTONIO TAVEIRA DOS SANTOS e outros Req… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO NÚCLEO DE JUSTIÇA DIGITAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS - GABINETE 2 SENTENÇA Processo n. 1001469-48.2024.8.11.0032 Requerente: ANTONIO TAVEIRA DOS SANTOS e outros Requerido: CONAFER CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS AGRICULTORES FAMILIARES E EMPREEND.FAMI.RURAIS DO BRASIL Vistos. Dispensado o relatório, conforme art. 38 da Lei n° 9.099/95. De início, e após a leitura da exordial, verifica-se a incompetência absoluta deste Juizado Especial para o processamento e julgamento do feito, matéria de ordem pública que pode ser conhecida de ofício e a qualquer tempo, conforme art. 64, §1º, do CPC, independentemente da prévia intimação das partes para se manifestarem, por se mostrar inútil o contraditório prévio. Nesse sentido, aliás, destaca o Enunciado nº. 3 da ENFAM, de que "é desnecessário ouvir as partes quando a manifestação não puder influenciar na solução da causa", orientação mantida pelo c. STJ, no julgamento do AREsp 1177414 (Rel. Min. SÉRGIO KUKINA, DJe 23/10/2017). Até porque, e em atenção ao princípio da economia processual previsto no art. 2º da Lei nº 9.099/95, ao art. 51, §1º, da Lei nº 9.099/95 e ao art. 317 do CPC, a incompetência absoluta do Juízo consiste em vício insanável. No caso vertente, visualiza-se a hipótese de litisconsórcio passivo necessário entre a entidade Requerida e o INSS, os quais, por convênio prévio, permitiu a Autarquia previdenciária a realizar os descontos impugnados do benefício previdenciário da parte Autora e, também com base no alegado convênio, autorizou-a a repassar os respectivos valores à parte Requerida. Ora, segundo o art. 114 do CPC: “o litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes” e, com base no art. 115, parágrafo único, do CPC, “Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo”. Neste contexto, registro ser fato público e notório, porquanto amplamente divulgado na mídia, especialmente no mês de abril de 2025, que foi deflagrada a “Operação Sem Desconto” pela Polícia Federal (PF) em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), com o objetivo de apurar a prática de crimes vinculados à realização de descontos irregulares em benefícios previdenciários do INSS relacionados a entidades associativas[1], com valor estimado de R$ 6,3bi entre 2019 e 2024. Conforme a investigação da qual originou a operação citada, foi identificada a existência de veementes indícios de envolvimento de servidores do INSS, bem como de falha no dever de fiscalização da Autarquia Federal, o que culminou no afastamento de diversos agentes públicos e até mesmo na demissão do presidente da Autarquia Previdenciária[2], o que atrai a responsabilidade civil do próprio INSS. As entidades associativas não são instituições financeiras e possuem vínculo com o INSS em razão de Acordo de Cooperação Técnica – ACT[3], para viabilizar os descontos em folha nos benefícios previdenciários, cabendo à autarquia previdenciária inclusive atuar com o zelo e a cautela necessária, fiscalizando os descontos. E o reconhecimento da responsabilidade do próprio INSS, inclusive, é inconteste, pelo simples fato de ter a autarquia, de ofício, determinado a suspensão[4] de todos os descontos referentes a entidades associativas, adotando per si a providências necessárias para viabilizar a restituição[5] dos valores descontados de forma indevida, mediante os procedimentos administrativos previamente publicizados, disponibilizando às partes lesadas canais de atendimento[6] para a obtenção do ressarcimento das quantias (v.g. MEU INSS, Telefone 135, Correios[7]), a partir de maio/2025[8]. Ademais, não se pode olvidar que a indispensável da autarquia previdenciária federal (INSS) nos autos, permite um melhor controle dos valores que eventualmente deverão ser ressarcidos, evitando-se enriquecimento se causa (CCB, art. 884), com o pagamento em duplicidade, além de garantir a coordenação de medidas administrativas adotadas previamente na tentativa não só de conter os danos, mas também de repará-los, extrajudicialmente, com as determinações judiciais exaradas nas demandas ajuizadas. Destaca-se, ainda, que no âmbito das investigações restou apurado um prejuízo bilionário e que diversas das associações eram de “fachada”, sendo que várias delas foram alvo de medidas cautelares de constrição patrimonial[9], de forma que, caso sejam demandas de forma isolada, há risco de que as vítimas eventualmente não sejam ressarcidas[10]. Tais fatores, vistos em conjunto, ressaltam a condição de litisconsorte passivo necessário da Autarquia Previdenciária, que deve figurar no polo passivo das demandas que versam sobre os descontos indevidos realizadas pelas entidades associativas que são alvo das investigações. A propósito: APELAÇÃO CÍVEL. DESCONTOS EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONSIGNAÇÃO DE MENSALIDADE ASSOCIATIVA . TESE AUTORAL DE FRAUDE NA FILIAÇÃO E NÃO AUTORIZAÇÃO DOS DESCONTOS. INCIDÊNCIA ANALÓGICA DO TEMA N.º 183 DO TNU. LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO ENTRE A ABAMSP – ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE AUXÍLIO MÚTUO DOS SERVIDORES PÚBLICOS E O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS) . NECESSIDADE DE INCLUSÃO DA AUTARQUIA FEDERAL NO POLO PASSIVO, EM VIRTUDE DE SUA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. RECONHECIMENTO DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DESTA JUSTIÇA ESTADUAL PARA PROCESSAR E JULGAR A DEMANDA, NOS TERMOS DO ART. 109, INCISO I DA CF/88. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA PASSÍVEL DE SER EXAMINADA DE OFÍCIO A QUALQUER TEMPO E EM QUALQUER GRAU DE JURISDIÇÃO . REMESSA DOS AUTOS À JUSTIÇA FEDERAL EM ALAGOAS. DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA. DECISÃO UNÂNIME. (TJ-AL - Apelação Cível: 07255830920238020001 Maceió, Relator.: Juiz Convocado Manoel Cavalcante de Lima Neto, 1ª Câmara Cível, DJe 08/11/2024) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. RESPONSABILIDADE CIVIL. DESCONTOS EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO . CONSIGNAÇÃO DE MENSALIDADE ASSOCIATIVA. TUTELA ANTECIPADA INDEFERIDA. AGRAVO DA PARTE AUTORA. TESE DE FRAUDE NA FILIAÇÃO E DE NÃO AUTORIZAÇÃO DOS DESCONTOS . INCIDÊNCIA ANALÓGICA DO TEMA N.º 183 DO TNU. LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO ENTRE A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE AGRICULTORES FAMILIARES E EMPREENDEDORES FAMILIARES RURAIS - CONAFER E O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS). NECESSIDADE DE INCLUSÃO DA AUTARQUIA FEDERAL NO POLO PASSIVO, EM VIRTUDE DE SUA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA . RECONHECIMENTO DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DESTA JUSTIÇA ESTADUAL PARA PROCESSAR E JULGAR A DEMANDA, NOS TERMOS DO ART. 109, INCISO I DA CF/88. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA PASSÍVEL DE SER EXAMINADA DE OFÍCIO EM QUALQUER TEMPO E GRAU DE JURISDIÇÃO. REMESSA DOS AUTOS À JUSTIÇA FEDERAL EM ALAGOAS. DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA. UNANIMIDADE. (TJ-AL - Agravo de Instrumento: 08052528020248020000 Comarcar não Econtrada, Relator.: Des. Paulo Barros da Silva Lima, 1ª Câmara Cível, DJe: 17/10/2024) Por outro lado, como é de conhecimento, a inclusão da Autarquia Previdenciária Federal (INSS) no polo passivo resulta na incompetência absoluta deste Juízo para processar e julgar o feito, pela incidência do art. 109, I, da CF, notadamente porque a exceção do art. 109, §3º da CF, que permite a delegação da competência, somente possui aplicabilidade em demandas que se referirem a benefícios de natureza pecuniária de natureza eminentemente previdenciária, na forma do art. 15, III, da Lei nº 5.010/1966, o que não é o caso dos autos. A despeito do pedido de remessa dos autos à Justiça Federal, não há qualquer previsão legal na Lei n. 9.099/95 autorizando a redistribuição do processo vinculado ao Juizado Especial para o Juizado Especial Federal. Ao contrário, o art. 51, IV, da Lei nº 9.099/95 prevê, de forma expressa, a extinção do feito nos casos de superveniência de qualquer dos impedimentos previstos no art. 8º da referida Lei. Nesse passo, é necessário que a parte autora apresente nova petição inicial, a qual será submetida à nova autuação e distribuição no Juízo competente. Diante de todo o exposto, e por considerar indispensável a inclusão do INSS no polo passivo (art. 114 do CPC), DECLARO a INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA deste Juízo para processar e julgar o feito e, por conseguinte, JULGO EXTINTO o processo, sem resolução do mérito, nos termos dos arts. 8º, caput, e 51, IV da Lei n. 9.099/95 e do art. 485, IV, do CPC. Sem custas e sem honorários advocatícios (art. 55 da Lei nº 9.099/95). (Datado e assinado digitalmente) Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro Juíza de Direito (Portaria TJMT/PRES n. 1352/2024) Após o trânsito em julgado, arquive-se e dê-se baixa na distribuição. [1] https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2025/04/pf-e-cgu-investigam-descontos-irregulares-em-beneficios-do-inss. [2] https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/04/23/entenda-o-esquema-de-fraudes-no-inss-que-resultou-no-afastamento-do-presidente-do-orgao.ghtml [3] https://www.gov.br/inss/pt-br/noticias/desconto-de-mensalidade-associativa-inss-altera-regras [4] https://www.gov.br/previdencia/pt-br/noticias/2025/abril/acordos-de-cooperacao-sao-suspensos-e-descontos-serao-devolvidos [5] https://www.gov.br/inss/pt-br/noticias/agu-e-inss-adotam-medidas-para-responsabilizacao-das-entidades-que-promoveram-descontos-indevidos [6] https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202505/confira-como-pedir-a-restituicao-dos-descontos-indevidos-nos-beneficios-do-inss [7] https://www.gov.br/inss/pt-br/noticias/noticias/consulte-a-lista-de-agencias-dos-correios-para-atendimento-sobre-descontos-indevidos [8] https://www.gov.br/inss/pt-br/noticias/noticias/inss-devolve-descontos-indevidos-de-abril-a-partir-desta-segunda-feira-26 [9] https://www.gov.br/inss/pt-br/noticias/agu-pede-bloqueio-de-r-2-56-bilhoes-de-associacoes-suspeitas-de-fraudes-contra-aposentados [10] https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/05/21/fraudes-do-inss-entidade-que-faturou-r-178-mi-tem-r-146-mil-em-conta.htm

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