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Processo nº 5001570-12.2015.4.04.7129

ID: 314061666

Tribunal: TRF4 Órgão: 6ª UAA em São Leopoldo Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 5001570-12.2015.4.04.7129

Data de Disponibilização: 02/07/2025

Polo Ativo:

ANGELO BLANCO VIEIRA

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

JANAINA DA SILVA POLICARPO DE CAMPOS

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

Cumprimento de Sentença (JEF) Nº 5001570-12.2015.4.04.7129/RS REQUERENTE : ANGELO BLANCO VIEIRA ADVOGADO(A) : JANAINA DA SILVA POLICARPO DE CAMPOS (OAB RS060814) DESPACHO/DECISÃO Vistos. A parte aut… Cumprimento de Sentença (JEF) Nº 5001570-12.2015.4.04.7129/RS REQUERENTE : ANGELO BLANCO VIEIRA ADVOGADO(A) : JANAINA DA SILVA POLICARPO DE CAMPOS (OAB RS060814) DESPACHO/DECISÃO Vistos. A parte autora requer que seja dado início ao cumprimento da sentença exarada no evento 15, SENT1 , pleiteando a intimação da CEF para apresentar " extrato ou calendário de pagamento da correção monetária referente ao julgado do STF (ADI 5090/DF)" ( evento 25, PET1 ). Intimada, a CEF manifestou-se pelo indeferimento do pedido. Vieram os autos conclusos. Decido. No referido feito, foi proferida sentença pela 1ª Central de Auxílio e Processamento para ações do FGTS - Rio Grande do Sul , merecendo destaque o seguinte trecho: "Por fim, há que se considerar que o julgamento do STF instituiu uma nova ordem abstrata aplicável à matéria, com efeitos para o futuro. A decisão proferida pelo STF deixa claro que haverá cumprimento espontâneo do que nela restou decidido, ou seja, a partir da publicação da ata do julgamento, passarão a ser adotados, espontânea e administrativamente, para os titulares de contas do FGTS , os seguintes critérios de correção e remuneração das contas vinculadas: a) remuneração das contas vinculadas na forma legal (TR + 3% a.a. + distribuição dos resultados auferidos) em valor que garanta, no mínimo, o índice oficial de inflação (IPCA) em todos os exercícios; e b) nos anos em que a remuneração das contas vinculadas ao FGTS não alcançar o IPCA, caberá ao Conselho Curador do Fundo (art. 3º da Lei nº 8.036/1990) determinar a forma de compensação . Diante do exposto, rejeito as preliminares e julgo parcialmente procedente o pedido e determino a aplicação ao caso da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 5090/DF, observados os termos da fundamentação . Esta decisão, pelo seu caráter estritamente declaratório, não comporta execução individual. Na eventual hipótese de descumprimento do acordo celebrado perante o STF, caberá ao interessado utilizar dos meios cabíveis, seja pela via da reclamação, seja pelo ajuizamento de nova demanda, sendo incabível o pedido de execução nos autos deste processo." Analisando a decisão acima, fácil perceber que não existem valores a serem executados, face ao caráter meramente declaratório do de decisum e os efeitos para o futuro definidos pelo STF, com cumprimento espontâneo pela CEF. Portanto, incabível o pedido de execução da sentença em comento, ante o caráter estritamente declaratório, cujo cumprimento deverá ser espontâneo e realizado administrativamente. Ante o exposto, determino a baixa e o arquivamento do feito. Antes, porém, dê-se vista a parte autora.

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Processo nº 5001570-72.2024.4.04.7201

ID: 278280525

Tribunal: TRF4 Órgão: 3ª Vara Federal de Joinville Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA CONTRA A FAZENDA PúBLICA Nº Processo: 5001570-72.2024.4.04.7201

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

ZULMIRA SELAU FRANCA

Polo Passivo:

Ato ordinatório

Advogados:

MAICON DONNES SOARES DA SILVA

OAB/SC XXXXXX Desbloquear

Cumprimento de Sentença contra a Fazenda Pública (JEF) Nº 5001570-72.2024.4.04.7201/SC REQUERENTE : ZULMIRA SELAU FRANCA ADVOGADO(A) : MAICON DONNES SOARES DA SILVA (OAB SC028828) ATO ORDINATÓRIO Em… Cumprimento de Sentença contra a Fazenda Pública (JEF) Nº 5001570-72.2024.4.04.7201/SC REQUERENTE : ZULMIRA SELAU FRANCA ADVOGADO(A) : MAICON DONNES SOARES DA SILVA (OAB SC028828) ATO ORDINATÓRIO Em face da autorização contida no inciso VI do art. 152 do CPC/2015, bem como na Consolidação Normativa da Corregedoria Regional, de ordem do(a) MM. Juiz Federal/Juíza Federal Substituta, esta Secretaria intima a parte autora/exequente: a) sobre a disponibilidade do valor requisitado, conforme demonstrativo de transferência anexado aos autos, para levantamento em agência credenciada do banco depositário (Banco do Brasil S/A ou Caixa Econômica Federal), independentemente de autorização ou alvará judicial, e b) para se manifestar sobre a satisfação do seu crédito, no prazo de 15 (quinze) dias, ficando ciente que, no silêncio, e não havendo verba ou outro procedimento pendente, os autos serão conclusos para sentença de extinção da execução (rito comum do CPC), ou serão baixados (JEF). Quanto à certidão sobre vigência e autenticidade da procuração com poder especial de receber e dar quitação (ou fórmula equivalente), visando ao levantamento do depósito pelo/a advogado/a, dependerá de petição do interessado e será emitida pela Secretaria nos próprios autos e no prazo de 15 dias, assinada digitalmente, a qual estará disponível para impressão pelo favorecido, considerando que tem sido aceita sem restrições por Banco do Brasil S/A e Caixa Econômica Federal. A fim de diminuir o tempo de expedição da certidão pela Secretaria, o/a advogado/a, ao formular sua petição no e-proc, deverá identificar o documento como do tipo "OUTROS" e observação "certidão". Por determinação da Corregedoria, desde o dia 09/06/2020, os requerimentos de transferência bancária somente serão enviados aos bancos se realizados mediante "Pedido de TED" no menu "Ações". No formato indicado, só é possível a transferência de uma conta para conta única, não sendo possível a divisão dos valores. Nos levantamentos de conta em nome de pessoa jurídica o sistema da CEF solicita os dados do sacador, pessoa física, ou seja, do representante da empresa ou procurador. Orientações importantes: - Haverá cobrança de tarifa bancária pela transferência caso se realize entre instituições financeiras distintas; - A tributação se dará conforme indicado no demonstrativo de pagamento. Caso o rendimento seja isento na forma do § 5º do art. 34 da Resolução CJF n. 822/2023 ("A retenção do imposto fica dispensada quando o beneficiário declarar à instituição financeira responsável pelo pagamento que os rendimentos recebidos são isentos ou não tributáveis."), deverá anexar declaração padrão conforme IN SRF 491 de 12 jan 2005 firmada pelo próprio beneficiário ou por pessoa com poderes específicos em procuração que também deverá ser anexada a este pedido eletrônico; - Este pedido eletrônico será encaminhado à unidade processante para deliberação e, caso deferida, haverá requisição eletrônica à agência bancária para cumprimento, sujeitando-se aos prazos processuais na forma da Lei nº. 11.419/06 e do Código de Processo Civil.

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Participações E Incorporações Internacional S/A x Adilson Jose Da Cruz e outros

ID: 320611691

Tribunal: TJRS Órgão: 1ª Vara Cível da Comarca de Sapucaia do Sul Classe: REINTEGRAçãO / MANUTENçãO DE POSSE Nº Processo: 5001570-78.2014.8.21.0035

Data de Disponibilização: 09/07/2025

Polo Ativo:

PARTICIPAÇÕES E INCORPORAÇÕES INTERNACIONAL S/A

Polo Passivo:

ADILSON JOSE DA CRUZ CAMILA MONTEIRO MARTINS FLORES CARLOS DANIEL ROSA ESCOBAR DAVI DA SILVA DAVID JERONIMO ESCOBAR ELIZANDRA SOARES BENITES ERVANITA BARBOSA VALIM FABIO LAERTE ANDRADE RODRIGUES GLAUCEANE FATIMA DA SILVA MARQUES INAJARA VIGNOCHI IVANA DE CARVALHO JOCIANE CORREIA NUNES JOSEMAR CAETANO NUNES JOSE MILTON GOMES PRATES JOSE NATALINO LIMA ALEGRE JULIANO DIONE FIGUEIRO FONTOURA MARCOS ANTONIO THORMES RAFAEL DA SILVA ROMILDO ALVES DOS SANTOS ROSELAINE VALIM DA SILVA VOLNEI MILITOR SANTOS WANOSLEY DA ROSA ALVES

Ato ordinatório

Advogados:

MARCELO PENNA DE MORAES

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PEDRO PENNA DE MORAES BRUFATTO

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VALMIR RODRIGUES DA SILVA

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VAGNER FACCO MARTINS

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SONIA MARIA MARCON

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VALERIO DE ABREU FERNANDES

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REINTEGRAÇÃO / MANUTENÇÃO DE POSSE Nº 5001570-78.2014.8.21.0035/RS RELATOR : GISELE BERGOZZA SANTA CATARINA AUTOR : PARTICIPAÇÕES E INCORPORAÇÕES INTERNACIONAL S/A ADVOGADO(A) : MARCELO PENNA DE MORA… REINTEGRAÇÃO / MANUTENÇÃO DE POSSE Nº 5001570-78.2014.8.21.0035/RS RELATOR : GISELE BERGOZZA SANTA CATARINA AUTOR : PARTICIPAÇÕES E INCORPORAÇÕES INTERNACIONAL S/A ADVOGADO(A) : MARCELO PENNA DE MORAES (OAB RS025698) ADVOGADO(A) : PEDRO PENNA DE MORAES BRUFATTO (OAB RS078657) RÉU : FABIO LAERTE ANDRADE RODRIGUES ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : JOSEMAR CAETANO NUNES ADVOGADO(A) : SONIA MARIA MARCON (OAB RS019430) RÉU : IVANA DE CARVALHO ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : ELIZANDRA SOARES BENITES ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : JOSEMAR CAETANO NUNES ADVOGADO(A) : SONIA MARIA MARCON (OAB RS019430) RÉU : ADILSON JOSE DA CRUZ ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : CAMILA MONTEIRO MARTINS FLORES ADVOGADO(A) : VALMIR RODRIGUES DA SILVA (OAB RS103028) RÉU : CARLOS DANIEL ROSA ESCOBAR ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : DAVI DA SILVA ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : DAVID JERONIMO ESCOBAR ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : ERVANITA BARBOSA VALIM ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : WANOSLEY DA ROSA ALVES ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : GLAUCEANE FATIMA DA SILVA MARQUES ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : INAJARA VIGNOCHI ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : JOCIANE CORREIA NUNES ADVOGADO(A) : SONIA MARIA MARCON (OAB RS019430) RÉU : JOSE MILTON GOMES PRATES ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : JOSE NATALINO LIMA ALEGRE ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : JULIANO DIONE FIGUEIRO FONTOURA ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : MARCOS ANTONIO THORMES ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : RAFAEL DA SILVA ADVOGADO(A) : SONIA MARIA MARCON (OAB RS019430) RÉU : ROMILDO ALVES DOS SANTOS ADVOGADO(A) : VAGNER FACCO MARTINS (OAB RS127211) RÉU : ROSELAINE VALIM DA SILVA ADVOGADO(A) : VALERIO DE ABREU FERNANDES (OAB RS053337) RÉU : VOLNEI MILITOR SANTOS ADVOGADO(A) : SONIA MARIA MARCON (OAB RS019430) ATO ORDINATÓRIO Intimação realizada no sistema eproc. O ato refere-se ao seguinte evento: Evento 130 - 08/07/2025 - Transitado em Julgado

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Emerson Prado Da Aleluia x Fabio Cesar De Souza

ID: 329387352

Tribunal: TJMG Órgão: 2ª Vara Cível da Comarca de Ribeirão das Neves Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 5001570-50.2021.8.13.0231

Data de Disponibilização: 18/07/2025

Polo Ativo:

EMERSON PRADO DA ALELUIA

Polo Passivo:

FABIO CESAR DE SOUZA

Intimação

Advogados:

LILIANE DOS SANTOS BARROSO

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EDUARDO GONCALVES PEREIRA

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Ribeirão Das Neves / 2ª Vara Cível da Comarca de Ribeirão das Neves Rua Vera Lúcia de Oliveira Andrade, 85, Vila Es… PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Ribeirão Das Neves / 2ª Vara Cível da Comarca de Ribeirão das Neves Rua Vera Lúcia de Oliveira Andrade, 85, Vila Esplanada, Ribeirão Das Neves - MG - CEP: 33805-488 PROCESSO Nº: 5001570-50.2021.8.13.0231 CLASSE: [CÍVEL] PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) ASSUNTO: [Compra e Venda, Promessa de Compra e Venda] AUTOR: EMERSON PRADO DA ALELUIA CPF: 991.987.116-87 RÉU: FABIO CESAR DE SOUZA CPF: 083.979.186-04 DECISÃO Trata-se de ação de rescisão de contrato cumulada com reintegração de posse e perdas e danos, ajuizada por EMERSON PRADO DA ALELUIA em face de FABIO CESAR DE SOUZA. Em sua petição inicial (id. 2429431393), o autor alega ter celebrado com o réu um contrato de promessa de compra e venda de imóvel, cujo pagamento seria realizado em 54 (cinquenta e quatro) parcelas mensais de R$ 500,00. Sustenta que o réu tornou-se inadimplente, deixando de quitar diversas prestações, e, mesmo após tentativas de negociação, permaneceu inerte, ocupando o bem de forma irregular. Requer, assim, a rescisão do pacto, sua reintegração na posse do imóvel e a condenação do réu ao pagamento de indenização por perdas e danos, incluindo os valores em aberto e uma compensação pela fruição do imóvel. O réu apresentou sua contestação (id. 8659198027), na qual, em síntese, reconhece parcialmente o débito, mas diverge quanto ao número de parcelas inadimplidas e ao montante total da dívida. Atribui os atrasos a dificuldades financeiras decorrentes da pandemia de COVID-19 e manifesta interesse em adimplir a obrigação, questionando a forma de cálculo apresentada pelo autor. Argumenta que, em caso de rescisão, os valores já pagos devem ser restituídos, e pugna pela improcedência dos pedidos ou, subsidiariamente, pela revisão das cláusulas penais que considera abusivas. O autor apresentou impugnação à contestação (id. 9390513011), rechaçando os argumentos da defesa e reiterando os termos da exordial. O feito tramitou regularmente, com as partes devidamente representadas, não havendo nulidades a serem sanadas ou irregularidades a serem supridas. As questões preliminares foram devidamente analisadas, notadamente quanto à concessão dos benefícios da justiça gratuita a ambas as partes (id. 2463596424 e 9561352454), razão pela qual declaro o processo saneado. Fixo como pontos controvertidos: a) exata extensão do inadimplemento contratual por parte do réu, especificamente o número de parcelas pagas e o saldo devedor atualizado; b) ocorrência e quantificação das perdas e danos alegadas pelo autor, incluindo a indenização pela fruição do imóvel e eventuais débitos acessórios (água e energia); e c) existência de valores a serem restituídos ao réu em caso de eventual rescisão contratual, bem como a validade e aplicabilidade da cláusula penal. Distribuo o ônus da prova nos termos do artigo 373 do Código de Processo Civil. Caberá à parte autora comprovar os fatos constitutivos de seu direito, em especial a integralidade dos danos materiais que alega ter sofrido e o exato período de inadimplência (art. 373, I, CPC). Por sua vez, incumbirá à parte ré a prova de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor, notadamente a comprovação dos pagamentos que afirma ter realizado para além do que consta nos extratos juntados pelo autor (art. 373, II, CPC). Portanto, defiro a produção de prova documental complementar e prova oral. Dessa forma: 1. Designo audiência de instrução e julgamento para o dia 12/08/2025, às 15:40 horas, a ser realizada de forma presencial nesta Vara. 2. Intimem-se pessoalmente as partes para prestarem depoimento pessoal, sob pena de confissão (a intimação pessoal deve se dar por carta AR). 3. O rol de testemunhas, caso não conste dos autos, deverá ser juntado pelas partes no prazo comum de 05 dias (art. 357, §4º CPC). 4. Quanto ao convite das testemunhas, os advogados das partes devem observar o disposto no artigo 455 do CPC. Quanto às testemunhas residentes fora de Ribeirão das Neves, excepcionalmente, em razão do princípio da celeridade processual e para evitar a oitiva em sala passiva, determino que o advogado envie a carta convite com o link da audiência que será criado pela secretaria do juízo para tal finalidade, a fim de que possa participar de forma remota. Observe-se que as testemunhas deverão portar documento de identidade com foto na hora da oitiva. 5. Intimem-se. Cumpra-se. Ribeirão Das Neves, data da assinatura eletrônica. JOSE AFONSO NETO Juiz(íza) de Direito 2ª Vara Cível da Comarca de Ribeirão das Neves

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Processo nº 5001570-75.2020.8.13.0525

ID: 260005720

Tribunal: TJMG Órgão: 1ª Vara Cível da Comarca de Pouso Alegre Classe: EXECUçãO FISCAL Nº Processo: 5001570-75.2020.8.13.0525

Data de Disponibilização: 24/04/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

JOSE BARBOSA PEREIRA

Intimação

Advogados:

SAVIO LUIZ SANTOS DELFINO

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Pouso Alegre / 1ª Vara Cível da Comarca de Pouso Alegre Avenida Doutor Carlos Blanco, 245, Residencial Santa Rita, … PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Pouso Alegre / 1ª Vara Cível da Comarca de Pouso Alegre Avenida Doutor Carlos Blanco, 245, Residencial Santa Rita, Pouso Alegre - MG - CEP: 37558-720 PROCESSO Nº: 5001570-75.2020.8.13.0525 CLASSE: [CÍVEL] EXECUÇÃO FISCAL (1116) ASSUNTO: [IPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano] AUTOR: Municipio de Pouso Alegre CPF: 18.675.983/0001-21 RÉU: JOSE BARBOSA PEREIRA CPF: 029.514.286-34 SENTENÇA Vistos, etc… ESPÓLIO DE JOSÉ BARBOSA PEREIRA apresentou exceção de pré executividade, alegando ilegitimidade passiva. Afirma que “unidades autônomas do loteamento Santo Expedito – Fazenda Bela Vista” sobre as quais se cobra IPTU, pertenciam, originariamente, à matrícula n. 37.323 do CRI de Pouso Alegre - MG que, após divisão em formal de partilha, foram encaminhadas à matrícula n. 93.759 do mesmo CRI; que conforme o registro n. 37 da matrícula n. 37.323, o Excipiente perdeu a qualidade de proprietário e contribuinte do IPTU desde 04.12.2009, com o registro do formal de partilha. Requereu a extinção da execução fiscal em razão da ilegitimidade. Decido. Quanto a arguição de ilegitimidade passiva levantada pelo excepto, entendo pelo seu acolhimento. O Imposto Predial e Território Urbano (IPTU) possui como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, como se verifica do artigo 32 do Código Tributário Nacional (CTN): Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. No caso em análise, a execução fiscal foi ajuizada contra o Espólio de José Barbosa Pereira, visando o recebimento de créditos tributários de IPTU, dos exercícios de 2015 a 2018. Conforme relatado na exceção de pré-executividade, na matrícula 37.323 houve a transferência de toda a parte pertencente do espólio aos herdeiros, originando ainda a matrícula 93.759. Vejamos: Ademais, para que a propriedade do imóvel seja transferida é imperiosa a inscrição do título translativo no serviço de registro de imóveis, o que restou observado nos autos. Nesse sentido dispõe o art. 1.227 do Código Civil: Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. Logo, não sendo o espólio proprietário das unidades do Loteamento Santo Expedido, não cabe a ele o pagamento do respectivo IPTU. Nesse sentido: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. AJUIZAMENTO EM FACE DO ESPÓLIO DO CONTRIBUINTE ORIGINÁRIO JÁ FALECIDO E COM PARTILHA DE BENS HOMOLOGADA EM INVENTÁRIO ANTES DO AJUIZAMENTO DA DEMANDA. ILEGIMIDADE PASSIVA. OCORRÊNCIA. ENCERRADO O INVENTÁRIO, E HOMOLOGADA A PARTILHA, A RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DO TRIBUTO SERÁ DO SUCESSOR (INDIVIDUALMENTE CONSIDERADO) AO QUAL COUBE O IMÓVEL OBJETO DE TRIBUTAÇÃO, NÃO DO ‘ESPÓLIO’ OU DA ‘SUCESSÃO’ (ESTA ÚLTIMA, INCLUSIVE, PRESSUPÕE A INEXISTÊNCIA DE BENS). NESSE CASO, HAVERÁ ÓBICE INSTRANSPONÍVEL À DETERMINAÇÃO DE CITAÇÃO PRETENDIDA PELA PARTE AGRAVANTE, EM FACE DA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO ESPÓLIO. RECURSO DESPROVIDO."(Apelação Cível, Nº 50117091820218210141, Vigésima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em: 28-02-2023) AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. TAXA DE COLETA DE LIXO. PARTILHA HOMOLOGADA EM INVENTÁRIO ANTES DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO ESPÓLIO. REDIRECIONAMENTO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO. EFEITO TRANSLATIVO. 1. Não se admite o redirecionamento da execução fiscal ajuizada contra o espólio se já efetuada a partilha de bens. Precedentes do STJ e do TJRS. 2. Por força do efeito translativo do agravo de instrumento, está o Tribunal autorizado a extinguir a execução fiscal ante a existência de vício insanável na certidão de dívida ativa. Recurso desprovido. (Agravo de Instrumento, Nº 53850874720238217000, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Maria Isabel de Azevedo Souza, Julgado em: 22-04-2024) Ante o exposto, julgo extinta a presente execução fiscal, nos termos do art. 485, inciso VI , do CPC, ante a ilegitimidade passiva do espólio, reconhecendo a impossibilidade de redirecionamento da execução. Condeno o exequente ao pagamento dos honorários de sucumbência que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da execução. Isento de custas. Intimem-se. Pouso Alegre, data da assinatura eletrônica. JOSE HELIO DA SILVA Juiz(íza) de Direito 1ª Vara Cível da Comarca de Pouso Alegre

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Processo nº 5001570-05.2025.8.24.0910

ID: 335840615

Tribunal: TJSC Órgão: 2ª Turma Recursal Classe: RECURSO DE MEDIDA CAUTELAR CíVEL Nº Processo: 5001570-05.2025.8.24.0910

Data de Disponibilização: 28/07/2025

Polo Ativo:

JOAO CARLOS DE PAULA

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

FELIPE VIANA CONTIN DE ALMEIDA

OAB/PR XXXXXX Desbloquear

RECURSO DE MEDIDA CAUTELAR Nº 5001570-05.2025.8.24.0910/SC RECORRENTE : JOAO CARLOS DE PAULA ADVOGADO(A) : FELIPE VIANA CONTIN DE ALMEIDA (OAB PR111581) DESPACHO/DECISÃO Trata-se de agravo de instru… RECURSO DE MEDIDA CAUTELAR Nº 5001570-05.2025.8.24.0910/SC RECORRENTE : JOAO CARLOS DE PAULA ADVOGADO(A) : FELIPE VIANA CONTIN DE ALMEIDA (OAB PR111581) DESPACHO/DECISÃO Trata-se de agravo de instrumento interposto por JOAO CARLOS DE PAULA , insurgindo-se contra decisão proferida pelo Juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Joinville que, nos autos do processo n. 50312339320258240038, indeferiu o pedido de suspensão dos efeitos dos autos de infração 281790 – JL01311808, 281790 – P092X00WL, 281790 – JL01312184, 281790 – JL01312183, 281790 – JL01281339, 281790 – JL01311606 e 281790 – JL01311808. Consoante o disposto no Código de Processo Civil, aplicado subsidiariamente no sistema dos Juizados Especiais, é cabível o julgamento monocrático quando o recurso for manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou estiver em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante, sendo esse o caso dos autos. O agravo, contudo, não pode ser conhecido, na medida em que o não cabimento dessa modalidade recursal no âmbito dos Juizados Especiais foi estabelecido pelo legislador justamente em prol da efetividade, regra essa sutilmente mitigada no âmbito dos Juizado Fazendário (artigos 3º e 4º da Lei 12.153/09), veja-se: Art. 3º. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, deferir quaisquer providências cautelares e antecipatórias no curso do processo, para evitar dano de difícil ou de incerta reparação. Art. 4º. Exceto nos casos do art. 3º, somente será admitido recurso contra a sentença. Dessa forma, tem-se que o texto legal autoriza uma única - e excepcional - hipótese de cabimento de recurso contra decisão interlocutória no âmbito do Juizado Especial da Fazenda e, por óbvio, que como se trata de uma exceção, não há lugar para interpretação extensiva, o que implica dizer que é impossível admitir recurso em face de qualquer decisão, a não ser aquela que defere tutela provisória em desfavor da Fazenda Pública, já que isso extrapolaria os limites semânticos da norma. Tal entendimento, inclusive, já restou pacificado pela Turma de Uniformização dos Juizados Especiais de Santa Catarina no enunciado n. 9, in verbis: Nos termos dos artigos 3º e 4º da Lei 12.153/09, cabe recurso contra decisão interlocutória apenas e tão somente quando houver decisão concessiva da medida pleiteada. (Processo n. 0000008-77.2017.8.24.9009 - Sessão da Turma de Uniformização do dia 19/05/2017 – DJe 23/06/2017) No caso, a parte autora interpôs agravo de instrumento contra decisão do juízo a quo que indeferiu o seu pedido de tutela antecipada pleiteada e, portanto, não se adéqua à exceção prevista nos referidos dispositivos legais. Dessa forma, não preenchido um dos requisitos de admissibilidade (cabimento), com fundamento no artigo 932, III, do Código de Processo Civil, bem como no artigo 21, X, do Regimento Interno das Turmas de Recursos, NÃO CONHEÇO o agravo de instrumento interposto. Sem custas e honorários advocatícios. Publique-se. Intimem-se.

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Processo nº 5001570-52.2022.4.04.7101

ID: 336775082

Tribunal: TRF4 Órgão: 2ª Vara Federal de Rio Grande Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA CONTRA A FAZENDA PúBLICA Nº Processo: 5001570-52.2022.4.04.7101

Data de Disponibilização: 29/07/2025

Polo Ativo:

WAGNER FERREIRA DE ABREU

Polo Passivo:

Ato ordinatório

Advogados:

RAQUEL DE MAGALHAES LOUREIRO

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CLAUDIA JAQUELINE MENEZES DI GESU

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Cumprimento de Sentença contra Fazenda Pública (JEF) Nº 5001570-52.2022.4.04.7101/RS REQUERENTE : WAGNER FERREIRA DE ABREU ADVOGADO(A) : RAQUEL DE MAGALHAES LOUREIRO (OAB RS107890) ADVOGADO(A) : CLA… Cumprimento de Sentença contra Fazenda Pública (JEF) Nº 5001570-52.2022.4.04.7101/RS REQUERENTE : WAGNER FERREIRA DE ABREU ADVOGADO(A) : RAQUEL DE MAGALHAES LOUREIRO (OAB RS107890) ADVOGADO(A) : CLAUDIA JAQUELINE MENEZES DI GESU (OAB RS082338) ATO ORDINATÓRIO Nos termos do art. 203, § 4º, do Código de Processo Civil c/c art. 221, da Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça Federal da 4ª Região: Intime-se a parte autora de que o(s) valor(es) requisitado(s) ao TRF4, nestes autos, está disponível para saque, conforme dados bancários constantes no(s) demonstrativo(s) de transferência juntado(s) (verificar referência ao banco depositário e data da disponibilização do saque no documento). O levantamento poderá ser feito em qualquer agência da instituição financeira depositária, desde que o titular da conta (credor) compareça munido com número da conta, carteira de identidade, CPF e comprovante de residência, e, se pessoa jurídica, também dos documentos sociais que comprovem os poderes para levantar os valores depositados; caso haja interesse, poderá indicar conta para transferência bancária dos valores depositados neste processo, na seguinte forma: a) utilize o comando de ação "Pedido de TED" (localizado ao lado da ação "Movimentar/Peticionar") destinado a requerimento de transferência do valor integral existente em cada conta em formato padronizado para agilizar os procedimentos na instituição financeira, com informações adicionais no "TUTORIALeproc Petição Eletrônica - “Pedido de TED”, acessado pelo link https://www2.trf4.jus.br/trf4/upload/editor/dxa_tutorial-advogados_0.pdf, sendo obrigatório para o seu funcionamento ter a autenticação em dois fatores habilitada para o login do advogado; b) para cada conta de depósito de RPV/Precatório que pretenda a transferência, preencha os dados para TED; c) caso a transferência seja para conta do mesmo beneficiário da conta de depósito de RPV/Precatório, clique sobre o texto "o mesmo" ao lado do campo CPF/CNPJ; nesta situação de transferência entre contas do mesmo beneficiário, caso não haja anotação na conta ou no processo de bloqueio, o pedido de TED será processado de forma automática e sem interferência do juízo; d) caso seja preferência da parte, poderá indicar os dados para TED da conta do(a) advogado(a) ou sociedade de advogados, se tiver poderes para receber valores em nome da parte; e) caso se trate de verba isenta ou não tributável, deverá anexar a declaração padrão do Anexo Único da Instrução Normativa SRF nº. 491, de 12/01/2005, sendo uma para cada beneficiário que pretenda esse regime de tributação, que deverá ser assinada pela própria parte (autodeclaração) ou pelo advogado, desde que tenha poderes específicos para realizar a declaração, cabendo exclusivamente à instituição financeira apreciar a conformidade da declaração; f) com exceção da(s) declaração(ões) de isenção, não anexe nenhuma outra petição ou documento nesta ação "Pedido de TED"; g) caso o pedido de transferência não esteja adequado ao formato acima indicado, deverá apresentar em petição avulsa, na ação "Movimentar/Peticionar", devidamente fundamentada e contendo todas as informações anteriormente referidas, que será encaminhada em fluxo de tramitação diverso do “Pedido de TED”.

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Banco Do Brasil Sa x Fernando Martins Lohmann e outros

ID: 306237643

Tribunal: TJMG Órgão: Vara Única da Comarca de Buritis Classe: IMPUGNAçãO DE CRéDITO Nº Processo: 5001376-42.2022.8.13.0093

Data de Disponibilização: 24/06/2025

Polo Ativo:

BANCO DO BRASIL SA

Polo Passivo:

FERNANDO MARTINS LOHMANN LUCIANA MARTINS LOHMANN MARCIO ANDRE LOHMANN RITA MARTINS LOHMANN

Intimação

Advogados:

PAULO ROBERTO DE CAMARGOS

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THIAGO HENRIQUE VAZ DOS REIS

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BRUNA CORREA FONSECA

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FLAVIO CARDOSO

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Buritis / Vara Única da Comarca de Buritis Rua Dois Poderes, 01, ZONA RURAL, Buritis - MG - CEP: 38660-000 PROCESSO… PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Justiça de Primeira Instância Comarca de Buritis / Vara Única da Comarca de Buritis Rua Dois Poderes, 01, ZONA RURAL, Buritis - MG - CEP: 38660-000 PROCESSO Nº: 5001376-42.2022.8.13.0093 CLASSE: [CÍVEL] IMPUGNAÇÃO DE CRÉDITO (114) ASSUNTO: [Classificação de créditos] AUTOR: BANCO DO BRASIL SA CPF: 00.000.000/0001-91 RÉU: FERNANDO MARTINS LOHMANN CPF: 42.451.602/0001-05 e outros SENTENÇA Trata-se de embargos de declaração opostos por RITA MARTINS LOHMANN e outros, em face da sentença de ID 9998063459, que rejeitou a impugnação ao crédito apresentada pelo BANCO DO BRASIL S.A., mantendo integralmente o valor e a classificação do crédito constante do quadro geral da recuperação judicial. A parte embargante alega, em síntese, a ocorrência de omissão na decisão embargada quanto: (i) à impugnação ao valor da causa, objeto de tópico próprio (item III.1) da petição de ID 9668348337; e (ii) à ausência de fixação de honorários advocatícios, apesar da litigiosidade e improcedência integral da impugnação. O embargado apresentou impugnação, defendendo, em síntese, que não haveria vícios a serem sanados, pois a impugnação visava apenas à reclassificação do crédito, sem repercussão econômica direta, não comportando, por isso, fixação de honorários. É o breve relatório. Decido. DO CABIMENTO E DOS REQUISITOS DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Nos termos do artigo 1.022 do Código de Processo Civil, os embargos de declaração constituem meio processual idôneo para provocar o juízo prolator da decisão a se manifestar sobre eventual obscuridade, contradição, omissão ou erro material que porventura a macule. Têm por finalidade precípua o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, por meio do suprimento de vícios formais que possam comprometer a clareza, a coerência ou a completude da decisão judicial, não se prestando, contudo, à rediscussão do mérito, salvo se a modificação do julgado decorrer diretamente da correção do vício apontado. No caso em apreço, os embargantes apontam omissão concernente à ausência de enfrentamento quanto à suposta inadequação do valor da causa atribuído ao incidente de impugnação de crédito, bem como à omissão quanto à fixação dos honorários advocatícios sucumbenciais. No tocante à primeira alegação, constata-se que a controvérsia relativa ao valor da causa, embora expressamente suscitada nos autos, não foi objeto de enfrentamento específico na decisão embargada. De igual modo, quanto ao segundo ponto, observa-se a ausência de manifestação acerca da condenação do impugnante ao pagamento de honorários advocatícios, providência que se impunha como decorrência lógica da rejeição integral da impugnação, nos termos do princípio da causalidade. Ressalte-se que os presentes embargos foram opostos tempestivamente, nos termos do artigo 1.023 do CPC, e preenchem os requisitos legais de admissibilidade. Diante disso, reconhecida a existência de omissões relevantes, passo à análise dos pontos indicados, com o fim de integrá-los ao julgado e assegurar a exatidão e completude da prestação jurisdicional. DA IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA Os recuperandos, na condição de embargantes, sustentaram que o valor de R$ 5.000,00 atribuído à causa pelo Banco do Brasil no incidente de impugnação de crédito não refletiria o conteúdo econômico da controvérsia, por envolver crédito no montante de R$ 654.969,84. Alegaram que o correto seria a retificação do valor da causa para esse montante, por corresponder ao saldo da Cédula de Crédito Bancário objeto do pedido de exclusão ou reclassificação. Contudo, conforme restou consignado na própria manifestação do Banco do Brasil e se extrai da análise dos autos, o pedido formulado na impugnação não teve por escopo a exclusão do crédito ou a sua inexigibilidade, mas tão somente a sua reclassificação como extraconcursal, sem qualquer alteração no valor da dívida. O incidente de impugnação de crédito possui, nesse contexto, natureza declaratória e finalidade restrita à definição da natureza jurídica do crédito — se sujeito ou não aos efeitos do plano de recuperação judicial — não havendo, por consequência, repercussão econômica direta e mensurável. Esse entendimento encontra respaldo na jurisprudência consolidada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que reconhece a ausência de proveito econômico direto nas ações que discutem apenas a classificação do crédito: EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECUPERAÇÃO JUDICIAL - IMPUGNAÇÃO DE CRÉDITO - DISCUSSÃO RESTRITA A RECLASSIFICAÇÃO - PROVEITO ECONÔMICO INDIRETO - VALOR DA CAUSA INESTIMÁVEL - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS -APRECIAÇÃO EQUITATIVA – DESPROVIMENTO. Não há que se falar, a rigor, em proveito econômico a ser perseguido pela Recuperanda, de modo a justificar a retificação do valor da causa, pois a decisão judicial não se presta, neste caso, a constituir crédito ou excluí-lo da relação de credores, mas a definir a natureza do crédito já incluído e sua classificação no quadro geral. (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv 1.0000.18.052385-4/001, Relator: Des. Carlos Levenhagen, 5ª Câmara Cível, julgamento em 14/02/2019, publicação da súmula em 18/02/2019) Dessa forma, não há razão para a alteração do valor da causa fixado na origem, o qual foi atribuído unicamente para fins formais, diante da inexistência de critério objetivo para sua quantificação. Trata-se, em situações como a dos autos, de valor meramente estimativo, com função ocupativa, voltado ao cumprimento de requisito processual, sem correspondência com um proveito econômico. DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA A fixação de honorários advocatícios sucumbenciais impõe-se como decorrência lógica do princípio da causalidade, segundo o qual incumbe à parte que deu causa à instauração do incidente arcar com os ônus processuais dele decorrentes. No caso dos autos, embora o incidente de impugnação de crédito possua natureza declaratória, a resistência apresentada pelo impugnante resultou na instauração de contraditório e no regular processamento da demanda, o que caracteriza verdadeira relação processual contenciosa. Assim, rejeitada integralmente a impugnação, configura-se a sucumbência total do Banco do Brasil, sendo de rigor a condenação ao pagamento de honorários advocatícios. Ainda que o proveito econômico direto não se mostre mensurável, a atuação judicial foi provocada de forma litigiosa, exigindo manifestação de mérito por parte deste juízo, o que basta para atrair a aplicação do regime previsto no art. 85 do Código de Processo Civil. Nesse sentido, é firme a orientação jurisprudencial no âmbito do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, conforme demonstra o recente julgado proferido nos autos do Agravo de Instrumento n. 1.0000.25.012398-1/001, de relatoria do Des. Marcelo Rodrigues, cuja ementa, em seu item III, dispõe expressamente que: A impugnação de crédito no âmbito da recuperação judicial possui natureza contenciosa e jurisdicional, equiparando-se a uma ação incidental, razão pela qual deve submeter-se ao pagamento de custas processuais, nos termos do artigo 14 do Provimento Conjunto nº 75/2018 do TJMG. O princípio da causalidade impõe que a parte que deu causa ao incidente processual arque com os encargos decorrentes da sucumbência, incluindo as custas processuais e os honorários advocatícios. O Superior Tribunal de Justiça consolidou o entendimento de que são devidos honorários advocatícios nos incidentes de impugnação de crédito em processos de recuperação judicial e falência, em virtude da litigiosidade envolvida na matéria. Os honorários advocatícios devem ser fixados conforme o artigo 85, § 2º, do CPC, com base no proveito econômico obtido, podendo ser majorados em sede recursal nos termos do artigo 85, § 11, do CPC. Reconhecida, pois, a omissão quanto à análise da verba honorária na decisão originária, impõe-se sua correção, mediante a fixação de honorários advocatícios em favor dos patronos dos recuperandos, em quantia arbitrada de forma equitativa, diante da inexistência de proveito econômico mensurável na controvérsia. DISPOSITIVO Diante do exposto, conheço dos embargos de declaração opostos pelos recuperandos e os acolho parcialmente, tão somente para suprir a omissão quanto à fixação de honorários advocatícios. Em razão da sucumbência integral do Banco do Brasil no incidente de impugnação de crédito, condeno o impugnante ao pagamento de honorários advocatícios, que fixo em R$ 5.000,00 (cinco) mil reais, nos termos do art. 85, §§ 2º e 8º, do Código de Processo Civil. Mantenho os demais termos da decisão tal como proferida. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Transitado em julgado, arquivem-se os autos com as cautelas de praxe. Diligências necessárias. Buritis, data da assinatura eletrônica. AMANDA CHARBEL SALIM Juiz(íza) de Direito Vara Única da Comarca de Buritis

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Processo nº 5001570-91.2023.4.04.7012

ID: 325872100

Tribunal: TRF4 Órgão: TRU - Previdenciário Classe: PETIçãO CíVEL Nº Processo: 5001570-91.2023.4.04.7012

Data de Disponibilização: 15/07/2025

Polo Ativo:

SEBASTIAO DA SILVA MACHADO

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

DENISE VIEIRA DE CASTRO

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ANDRE FRANCO DE OLIVEIRA PASSOS

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GEONIR EDVARD FONSECA VINCENSI

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Agravo - JEF Nº 5001570-91.2023.4.04.7012/PR AGRAVANTE : SEBASTIAO DA SILVA MACHADO (RECORRENTE) ADVOGADO(A) : GEONIR EDVARD FONSECA VINCENSI (OAB PR017507) ADVOGADO(A) : ANDRE FRANCO DE OLIVEIRA PA… Agravo - JEF Nº 5001570-91.2023.4.04.7012/PR AGRAVANTE : SEBASTIAO DA SILVA MACHADO (RECORRENTE) ADVOGADO(A) : GEONIR EDVARD FONSECA VINCENSI (OAB PR017507) ADVOGADO(A) : ANDRE FRANCO DE OLIVEIRA PASSOS (OAB PR027535) ADVOGADO(A) : DENISE VIEIRA DE CASTRO (OAB PR064418) DESPACHO/DECISÃO Trata-se de agravo regimental em face de decisão do Gabinete de Admissibilidade do Paraná, que não admitiu pedido de uniformização regional interposto contra acórdão da 2ª Turma Recursal do Paraná, em que não se reconheceu o direito da parte autora à concessão de benefício por incapacidade. Invoca precedente da 4ª Turma Recursal do Rio Grande do Sul na condição de paradigma. A sentença confirmada pelo acórdão foi assim fundamentada ( processo 5001570-91.2023.4.04.7012/PR, 60.1 , grifos originais): Do caso concreto No caso dos autos, a parte autora postula benefício por incapacidade, requerido administrativamente em 05/09/2022, indeferido por ter sido constatado que a incapacidade para o trabalho era anterior ao início/reinício de suas contribuições para Previdência Social ( evento 1, INDEFERIMENTO14 ). Na perícia judicial, verificou-se que a parte autora apresenta: C61 - Neoplasia maligna da próstata De acordo com as conclusões do laudo pericial: Conclusão: com incapacidade temporária - Justificativa: A patologia da parte Autora gera limitações aos movimentos que exijam sobrecarga e esforço: abaixar, agachar, subir e descer escadas, aclives e declives, deambular longos trajetos, ortostatismo prolongado. - DII - Data provável de início da incapacidade: 22/03/2022 - Justificativa: Conforme Anatomopatológico apresentado. - Caso a DII seja posterior à DER/DCB, houve outro(s) período(s) de incapacidade entre a DER/DCB e a DII atual? A DII é anterior ou concomitante à DER/DCB - Data provável de recuperação da capacidade: 06 meses. - Observações: Prazo de 06 meses, à partir da presente perícia, mediante tratamento médico proposto: medicamentoso e repouso. - A recuperação da capacidade laboral depende da realização de procedimento cirúrgico? NÃO - O(a) examinado(a) apresenta transtorno relacionado ao uso de substância(s) psicoativa(s) (ébrio habitual e/ou viciado em drogas ilícitas) ou está impossibilitado de exprimir sua vontade em razão de causa transitória ou permanente? NÃO Por determinação do despacho do evento 29, DESPADEC1 , o laudo foi complementado, para constar a data de início da doença, nestes termos: a) Consta no laudo pericial do INSS (anexo), datado de 20/09/2022 uma menção do autor sobre tratamento para próstata em JANEIRO, o que levou o INSS a fixar a DID (data de início da doença) em 01/01/2022. O nobre perito do juízo, contudo, fixou de modo muito genérico 2022, impedindo verificar uma data mais próxima da exatidão. No caso de ter sido juntada nova documental médica, requer seja examinada para fixar uma DID mais ajustada. Acaso nada tenha sido acrescentado de documentos, o INSS remete à ULTRASSONOGRAFIA DA PRÓSTATA de 07/02/2022 (ev. 1, exmmed10), onde já se constata a doença. Ora, se o autor já se submeteu a exame em 07/03/2022, por certo que precisou passar por um médico que fez tal requisição ainda antes. O perito entende adequada a fixação da DID em 01/2022, como fez o INSS? Se não, qual a DID desse perito no formato dd/mm/aa? RESPOSTA: Passivel de afirmar DID em 01/01/2022. b) O autor havia deixado de recolher contribuições ao INSS desde 01/2017 e nem mesmo está exercendo profissão alguma, conforme afirmou ao perito do INSS na forma seguinte: "ULTIMO EMPREGO COMO MOTORISTA REFERE QUE PAGA COMO AUTÔNOMO MAS NÃO EXERCE ATIVIDADE LABORAL". Portanto, o autor retomou primeiro recolhimento de contribuição em 15/03/2022 após 5 anos sem contribuir. Com base nesse retorno suspeito e muito próximo do início da investigação de uma doença, bem como que a data de uma exame já constata uma doença/incapacidade instalada preteritamente, esse perito tem condições de AFIRMAR ou até mesmo PRESUMIR que a incapacidade é anterior a 02/2022 ou anterior a 15/03/2022? Se não, por que? RESPOSTA: Passivel de afirmar incapacidade laboral em 22/03/2022 conforme exame anatomopatologico apresentado. c) Com base na mesma situação acima e no caso de não ter firmado uma DID (início da doença) exata, o perito tem condições de AFIRMAR ou até mesmo PRESUMIR que a doença é anterior 02/2022 ou anterior a 15/03/2022? Se não, por que? RESPOSTA: Passivel de afirmar DID em 01/01/2022 conforme relato da parte autora e pericia admnistrativa. d) Demais comentários que entender necessários. RESPOSTA: Sem mais. Conforme apontado pelo perito, a parte autora apresenta incapacidade temporária, de modo que preenche o requisito para a concessão de auxílio por incapacidade temporária. Passo à análise dos demais requisitos. Segundo o que consta do CNIS, juntado no evento 3, CNIS2 , o autor havia retornado às contribuições no mês de 02/2022, tendo quitado a primeira contribuição de reingresso ao sistema em 15/03/2022: Sendo assim, quando do início da incapacidade, estabelecida pelo perito em 22/03/2022, a parte autora já havia reingressado à condição de segurado. Destaco que não há óbice ao ingresso no RGPS do portador de doença, restando comprovado que, inobstante a data de início da doença fosse anterior ao reingresso (fixada em 01/01/2022), o início da incapacidade foi estabelecido pelo perito apenas em 22/03/2022 (posteriormente à refiliação do autor). Logo, ao contrário do que alega o INSS na decisão administrativa, está presente a qualidade de segurado. Passo à análise do quesito carência. Consta a doença do autor "neoplasia maligna" no rol de doenças inserto no artigo 151 da Lei nº 8.213/1991, que estabelece a isenção de carência, assim dispondo: Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças : tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. (destaquei) Contudo, o caso vertente trata de doença preexistente à refiliação ao RGPS, não isentando o segurado de carência, mesmo estando inserida na lista mencionada (artigos 26 e 11 da Lei nº 8.213/91). Conforme laudo complementar, o início da doença ocorreu em 01/01/2022 ( evento 52, LAUDOPERIC1 ), quando o autor não era segurado do RGPS, pois sua refiliação ocorreu apenas em 15/03/2022, com o pagamento da contribuição do mês 02/2022. Os dispositivos que tratam da isenção, como o 151 acima citado, e o 26 da mesma lei, são claros ao exigir que a doença surja após a filiação : Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: (...) II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, APÓS filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social , for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; Assim, não é aplicável ao caso a regra da isenção de carência. Isso porque, não obstante se tratar de moléstia constante da lista do art. 151 da Lei de Benefícios, o fato de a doença ser anterior à refiliação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) não exclui a exigência de carência para o alcance do benefício por incapacidade pretendido , nos termos do art. 2º da Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2.998/2001. Nesse sentido, colaciono jurisprudência: PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO INTERNO. INCIDENTE REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. DIVERGÊNCIA COMPROVADA. DISPENSA DA CARÊNCIA. DOENÇAS GRAVES. FILIAÇÃO OU REFILIAÇÃO ANTERIOR AO ACOMETIMENTO DA DOENÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. O disposto no artigo 151 da Lei de Benefícios da Previdência Social, no que dispensada de carência a concessão do benefício por incapacidade , quando se trate das doenças graves lá previstas, só tem aplicação aos casos em que a doença causadora da incapacidade houver iniciado após a filiação ao RGPS. 2. É preciso distinguir a pré-existência da incapacidade, como óbice à concessão do benefício, circunstância que resulta na afirmação da ausência da qualidade de segurado quando do início do quadro incapacitante, da pré-existência da doença, cujo reconhecimento implica a indispensabilidade do cumprimento simultâneo do pressuposto da carência. Mesmo que o requerente seja segurado quando do início da incapacidade, não estará dispensado do cumprimento da carência, apurada de forma retroativa à DII, quando a DID for anterior ao (re)ingresso no RGPS, ainda que se trate de doenças elencadas no art 151 da Lei 8.213/91. 3. Agravo Interno do INSS provido, para que se conheça e proveja o incidente de uniformização por ele interposto ( 5001232-68.2019.4.04.7106, TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DA 4ª REGIÃO, Relator LEONARDO CASTANHO MENDES, juntado aos autos em 28/10/2021) PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. CERCEAMENTO DE DEFESA. NÃO CONFIGURADO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXÍLIO-DOENÇA. REQUISITOS. NEOPLASIA MALIGNA. DOENÇA PREEXISTENTE À REFILIAÇÃO. FALTA DE CARÊNCIA. VALORES RECEBIDOS DE BOA-FÉ. ERRO DO INSS. DEVOLUÇÃO INDEVIDA. AÇÃO ANTERIOR AO JULGAMENTO DO TEMA 979 DO STJ. 1. Não há falar em cerceamento de defesa quando não se verifica qualquer tipo de obstrução à defesa do recorrente. Cabe ao Juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo. 2. São quatro são os requisitos para a concessão dos benefícios por incapacidade: (a) qualidade de segurado do requerente; (b) cumprimento da carência de 12 contribuições mensais; (c) superveniência de moléstia incapacitante para o desenvolvimento de qualquer atividade que garanta a subsistência; e (d) caráter definitivo/temporário da incapacidade. 3. A despeito de se tratar de moléstia constante da lista do art. 151 da Lei de Benefícios, o fato de a doença ser anterior à refiliação do autor, não exclui a exigência de carência para o alcance do benefício por incapacidade pretendido, nos termos do art. 2º da Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2.998/2001. 4. A falta de preenchimento do requisito carência causa óbice à concessão dos benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez. 5. Nas ações ajuizadas anteriormente ao julgamento do Tema 979 do STJ, aplica-se o entendimento firmado à época nesta Corte, no sentido de que em face da natureza alimentar do benefício previdenciário, não cabe a devolução dos valores recebidos de boa-fé, os quais se presumem consumidos para a manutenção da subsistência do beneficiário hipossuficiente. (TRF4, AC 5016844-48.2016.4.04.7107, QUINTA TURMA, Relator FRANCISCO DONIZETE GOMES, juntado aos autos em 30/09/2021) Destarte, pela falta de carência e inaplicabilidade da regra de isenção, a improcedência do pedido é medida que se impõe. Não foram apresentadas contrarrazões. O Ministério Público Federal devolveu os autos sem pronunciamento sobre o mérito da causa ( 5.1 ). Vieram os autos conclusos. É o breve relatório. Passo a decidir monocraticamente, de acordo com o art. 39, § 1º, e 49, XIII, do Regimento Interno das Turmas Recursais e da Turma Regional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais da 4ª Região (Resolução TRF4 nº 33, de 08 de maio de 2018). O pedido de uniformização não merece ser admitido e o agravo não deve ser provido. É que não se identifica similitude fática e jurídica entre o acórdão impugnado e a decisão indicada como paradigma. Com efeito, a sentença, cujos fundamentos foram adotados como razões de decidir pelo acórdão impugnado, alicerçada no conteúdo probatório dos autos, reconheceu que a parte autora apresenta incapacidade temporária. Todavia, o pedido de concessão de benefício por incapacidade foi negado em razão do não cumprimento da carência necessária pela parte autora após a sua refiliação ao RGPS, associado à inaplicabilidade da regra de isenção de carência prevista no artigo 151 da Lei 8.213/1991 ( processo 5001570-91.2023.4.04.7012/PR, 60.1 ). A decisão paradigma, por outro lado, concedeu o benefício de auxílio-doença ao fundamento de que o requerente fazia jus à isenção de carência, embora sua enfermidade não estivesse elencada no artigo 151 da Lei 8.213/1991. Isso porque considerou que o referido dispositivo legal não encerra rol taxativo, bem como que a patologia do requerente apresentava imprevisibilidade e gravidade, contornos que a tornavam similar às moléstias elencadas no dispositivo legal e, por tal motivo, digna da proteção da norma ( processo 5001570-91.2023.4.04.7012/PR, 89.2 ). Veja-se que, diferentemente do paradigma, o caso vertente não discute a extensão da norma prevista no artigo 151 da Lei 8.213/1991. Tanto é verdade que a sentença reconheceu expressamente que " consta a doença do autor 'neoplasia maligna' no rol de doenças inserto no artigo 151 da Lei nº 8.213/1991, que estabelece a isenção de carência ". Em verdade, analisando as pecualiaridades do caso concreto, a decisão entendeu não estar comprovada a isenção da carência após a refiliação do requerente ao RGPS. Logo, tem-se, entre o acórdão e o paradigma, situações fáticas diversas que levaram a soluções jurídicas diferentes. Assim, não há similitude fática e jurídica, bem como não se vislumbra contrariedade em face da jurisprudência uniformizada, mas apenas o intento de rediscussão do conteúdo fático-probatório, o que não é admitido em sede de incidente de uniformização, que se destina exclusivamente à padronização de questões de direito material quando comprovadamente houver divergência entre decisões de Turmas Recursais da mesma Região ou contrariedade em face do entendimento da TRU. A questão constitui revolvimento de matéria fático-probatória, aplicando-se o enunciado 42 da Súmula da TNU ("Não se conhece de incidente de uniformização que implique reexame de matéria de fato"), aplicável subsidiariamente às Turmas Regionais de Uniformização, assim como a Súmula 7 do Superior Tribunal de Justiça ("A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial" ) e a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal ("Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário" ). Ante o exposto, nego provimento ao agravo. Intimem-se.

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Processo nº 5001570-38.2025.4.03.6337

ID: 309697442

Tribunal: TRF3 Órgão: 1ª Vara Gabinete JEF de Jales Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5001570-38.2025.4.03.6337

Data de Disponibilização: 27/06/2025

Polo Ativo:

AGROPECAS TRATORES FERNANDOPOLIS LTDA

Polo Passivo:

Decisão

Advogados:

SERGIO ALEX SANDRIN

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MARCEL EDUARDO BOMBONATO DA SILVA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5001570-38.2025.4.03.6337 / 1ª Vara Gabinete JEF de Jales AUTOR: AGROPECAS TRATORES FERNANDOPOLIS LTDA Advogados do(a) AUTOR: MARCEL EDUARDO BOMBONATO … PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5001570-38.2025.4.03.6337 / 1ª Vara Gabinete JEF de Jales AUTOR: AGROPECAS TRATORES FERNANDOPOLIS LTDA Advogados do(a) AUTOR: MARCEL EDUARDO BOMBONATO DA SILVA - SP335128, SERGIO ALEX SANDRIN - SP300551 REU: CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANÁ - CREA/PR D E C I S Ã O Trata-se de ação ajuizada por AGROPEÇAS TRATORES FERNANDÓPOLIS LTDA. - ME em face do CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO – CREA/SP, objetivando, inclusive liminarmente, a declaração de inexigibilidade de débito, com a condenação da ré em indenização por danos morais. Dispensado o relatório. Decido. A concessão de tutela de urgência demanda a presença de elementos que evidenciem a probabilidade do direito (fumus boni juris) e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora), tudo na forma do art. 300 do CPC/15. Ademais, nos termos do §3º do aludido dispositivo legal, a tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. No caso dos autos, a parte autora alega que exerce atividade comercial consistente no comércio varejista e atacadista de peças, acessórios e lubrificantes para máquinas e veículos automotores, especialmente do setor agropecuário. Afirma que não desempenha qualquer função relativa à engenharia ou agronomia, não estando sujeita à fiscalização do CREA/SP, sendo desnecessária a contratação de engenheiro na qualidade de responsável técnico. Relata que, apesar disso, o réu lavrou o auto de infração nº 27082/2025, exigindo o registro da autora junto ao Conselho, bem como a contratação de engenheiro responsável e a imposição de multa no valor de R$ 2.722,72, sob pena de inscrição em dívida ativa e outras sanções. Narra, ainda, que emitiu título de dívida (nº 825906/2025), levando à protesto no valor de R$ 3.040,21, no 1º Tabelião de Protesto de Fernandópolis, em 12/05/2025, o que seria descabido. Assim, em sede de tutela de urgência, pleiteou a exclusão do protesto indevido do nome da autora, bem como que seja determinado que o requerido se abstenha de realizar a cobrança ou execução de quaisquer valores. No entanto, nesta análise perfunctória, não verifico a plausibilidade de preenchimento dos requisitos necessários à antecipação dos efeitos da tutela. O art. 5°, inciso XIII, da CF/88, garante o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, desde que restem atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Trata-se, pois, de dispositivo que autoriza o legislador infraconstitucional a definir os parâmetros para a prática de atividade profissional. Esta limitação legal não pode ser entendida como óbice para o exercício de determinado trabalho, mas, sim, como garantia da sociedade, em prol do interesse público, evitando que profissionais desqualificados possam prejudicar e afetar os membros da coletividade. Neste contexto, surgem os denominados conselhos de classe, como órgãos fiscalizadores da atividade profissional, ao quais foi reconhecida natureza jurídica autárquica, conforme jurisprudência do E. STF (RE nº 539.224/CE, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 18/06/2012). Compulsando os autos, observo que o contrato social de sociedade empresária de ID 364460351 aponta, em sua terceira cláusula, que a pessoa jurídica autora possui como objeto social a manutenção e reparação de máquinas e equipamentos agrícolas e pecuária, além de exercer comércio varejista de ferragens, ferramentas, lubrificantes e peças para veículos automotores, bem como comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso agropecuário. Neste sentido, entendo que não restou suficientemente demonstrado, pelo menos neste juízo de cognição sumária, que a atividade da parte autora estaria totalmente dissociada do âmbito de fiscalização do CREA/SP. Isso porque há certa correlação em algumas das funções desempenhadas pela pessoa jurídica e as exigências do Conselho, de modo que descabe, neste momento processual, afirmar com toda a certeza de que a cobrança do réu teria sido ilegal. Ademais, a concessão de tutela antecipada sem a ouvida da parte contrária é medida excepcional, de modo que a situação poderá ser melhor analisada com a manifestação da parte requerida, caso haja oposição ao pedido. Por ora, seria prematura qualquer análise estritamente com base nas informações presentes nos autos. Assim, não evidenciado o fumus boni iuris, resta prejudicado o alegado periculum in mora. Logo, por ora, não vislumbro a existência dos requisitos imprescindíveis à concessão da medida liminar. Ante o exposto, INDEFIRO A TUTELA DE URGÊNCIA. Cite-se a parte requerida para apresentar contestação no prazo legal. Com a resposta, intime-se a parte autora para réplica. As partes deverão, nos seus respectivos prazos de resposta e réplica, indicar as provas que pretendem produzir, justificando-as fundamentadamente, sob pena de indeferimento. Após o prazo de réplica, venham os autos conclusos para saneamento do processo ou seu julgamento no estado em que se encontrar. P. R. I. C. Jales, data da assinatura eletrônica. LUÍS OTÁVIO DE AGUIAR WATANABE Juiz Federal Substituto

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