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Processo nº 1063351-34.2023.8.26.0224

ID: 319855247

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Guarulhos - 2ª Vara do Juizado Especial Cível Classe: EXECUçãO DE TíTULO EXTRAJUDICIAL Nº Processo: 1063351-34.2023.8.26.0224

Data de Disponibilização: 08/07/2025

Polo Ativo:

LUANA ALVES PEREIRA DE ARAúJO

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

GABRIEL LUIZ GOMES DE ARAÚJO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 1063351-34.2023.8.26.0224 - Execução de Título Extrajudicial - Espécies de Contratos - Luana Alves Pereira de Araújo - Ficam as partes intimadas da DECISÃO NORMATIVA Nº 01/2025 do Juízo da 1… Processo 1063351-34.2023.8.26.0224 - Execução de Título Extrajudicial - Espécies de Contratos - Luana Alves Pereira de Araújo - Ficam as partes intimadas da DECISÃO NORMATIVA Nº 01/2025 do Juízo da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Guarulhos: "Considerando que o artigo 2º da Lei nº 9.099/95 estabelece que o procedimento instituído por essa lei reger-se-á pelos princípios da celeridade, economia processual e simplicidade; Considerando referida lei não prevê recurso de agravo de instrumento, motivo pelo qual decisões interlocutórias devem ser exceção no curso do processo; Considerando o grande volume de processos que tramitam por esta Vara e, por consequência, grande volume de processos conclusos para sentença, o que exige medidas para redução de remessa de processos para apreciação de requerimentos da parte; DECIDO: I DAS PROVIDÊNCIAS EM EXECUÇÕES Nas execuções de título extrajudicial, a serventia expedirá inicialmente mandado para citação do executado, para pagamento ou solicitação de parcelamento, na forma disciplinada pelo Código de Processo Civil. Resultando positiva a citação, ainda que recebida por terceiro, a serventia, independentemente de requerimento da parte exequente, tomará as seguintes providências, na seguinte ordem: tentativa de penhora de ativos financeiros uma única vez sem reiterações, através do sistema SISBAJUD; resultando infrutífera a penhora de ativos financeiros, a serventia fará pesquisa de bens no RENAJUD, providenciando-se anotação de restrição de transferência dos veículos eventualmente encontrados na pesquisa, desde que não haja restrições administrativas, judiciais e fiduciárias. expedir-se-á mandado para penhora, devendo ser descritos no mandado eventuais veículos encontrados na pesquisa RENAJUD, ressalvando-se que apenas serão incluídos no mandado os veículos sobre os quais recaíram anotação descrita no item anterior por este Juízo, nos termos do item 'b'; 3) Se a parte executada não for localizada, ou não sendo localizados bens penhoráveis, a serventia intimará a parte exequente a se manifestar no prazo de 30 dias, sob pena de extinção, independentemente de nova intimação. 4) Se resultar positiva a penhora, ainda que em valor insuficiente para total garantia da execução, será designada audiência de conciliação, intimando-se as partes para comparecimento pessoal, ocasião em que a parte executada, se não houver acordo, poderá apresentar embargos à execução, sob pena de perder a oportunidade de se insurgir contra o título executivo ou valor executado. 5) Nas execuções de título judicial, a serventia providenciará a intimação da parte executada, ainda que revel no processo de conhecimento, para pagamento do débito exequendo em quinze dias, sob pena de incidência de multa de 10% e penhora. 6) Não havendo pagamento, a serventia adotará as providências determinadas no item 2. 7) Feita a penhora, a parte executada será intimada para oferecimento de eventual manifestação ou impugnação, no prazo de 15 dias. 8) Resultando infrutíferas todas as diligências, prosseguir-se-á nos termos do item 3. 9) Nas execuções de multa por descumprimento de obrigação de fazer, a serventia remeterá o processo à conclusão, antes de qualquer providência. II DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 10) No início das execuções, a serventia publicará esta decisão normativa no DJE para ciência da parte exequente ou, caso não esteja assistida de advogado, lhe dará ciência do inteiro teor nos autos. A parte exequente também deverá ser cientificada, de igual modo, de que: a) é entendimento do Juízo que o arresto de bens, em execução de título extrajudicial, é incabível, por ser proibida a citação por edital, nos termos do artigo 18 da Lei nº 9.099/95 e nas execuções de título judicial, por ser desnecessária a citação, por força do artigo 52, IV, da mesma lei; b) por força do artigo 53, §4º, da Lei nº 9.099/95,não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será extinto, sendo incabível suspensão da execução por prazo indeterminado; c) a Secretaria deste Juizado, em razão do volume de processos e insuficiência de quadro funcional, trabalha com atraso médio de 90 (noventa) dias desta data, e que a juntada de qualquer petição que dependa de apreciação judicial retira o processo da fila onde aguarda providência e novo prazo para cumprimento será iniciado. 11) Se a parte exequente, no curso da execução, fizer algum requerimento de diligência já determinada nesta decisão, a serventia não a submeterá à conclusão, limitando-se a dar ciência ao interessado de que a providência requerida será executada pela serventia, nos termos da decisão normativa nº 01/2025 deste Juízo e, caso esta decisão normativa ainda não tenha sido publicada nos autos, dará ciência ao interessado de seu inteiro teor. 12) Se a serventia tiver dúvida sobre o cumprimento desta decisão, fará informação e consulta nos autos, submetendo-os à conclusão. 13) As demais providências determinadas em portarias e demais decisões normativas deste Juízo deverão ser cumpridas pela serventia, ainda que não previstas nesta decisão. 14) Esta decisão normativa se aplica somente aos processos que tramitam pela 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Guarulhos, devendo a serventia submetê-la à ciência dos Juízes das demais Varas para que, se assim entenderem, a ratifiquem para aplicação em suas respectivas Varas. Cumpra-se. - ADV: GABRIEL LUIZ GOMES DE ARAÚJO (OAB 443287/SP)

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Hospital Santa Mônica Ltda. x Alberto Tadeu Lopes Da Silva

ID: 296647815

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Guarulhos - 2ª Vara Cível Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 0008961-34.2023.8.26.0224

Data de Disponibilização: 12/06/2025

Polo Ativo:

HOSPITAL SANTA MôNICA LTDA.

Polo Passivo:

ALBERTO TADEU LOPES DA SILVA

Intimação

Advogados:

DAVI BASTOS DE ALENCAR

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

DANIEL HENRIQUE PAIVA TONON

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 0008961-34.2023.8.26.0224 (apensado ao processo 1000355-05.2020.8.26.0224) (processo principal 1000355-05.2020.8.26.0224) - Cumprimento de sentença - Prestação de Serviços - Hospital Santa M… Processo 0008961-34.2023.8.26.0224 (apensado ao processo 1000355-05.2020.8.26.0224) (processo principal 1000355-05.2020.8.26.0224) - Cumprimento de sentença - Prestação de Serviços - Hospital Santa Mônica Ltda. - Alberto Tadeu Lopes da Silva e outro - Vistos. Trata-se de impugnação à penhora ajuizada por ALBERTO TADEU LOPES DA SILVA. Alega, em síntese, a impenhorabilidade dos valores bloqueados em suas contas bancárias, tendo em vista tratarem-se, em tese, de verbas de caráter alimentar proveniente de Benefício de Prestação Continuada a Pessoa Idosa (BPC/LOAS). Requer o desbloqueio do valor. É o relatório. DECIDO. Defiro os benefícios da assistência judiciária gratuita ao executado Alberto Tadeu Lopes da Silva. Anote-se. Defende-se, em síntese, que a penhora recaiu sobre valores impenhoráveis, eis que constituem verbas de caráter alimentar decorrentes de benefícios assistencialista do INSS (benefício de prestação continuada ao idoso, NB: 713.554.609-2). O artigo 833, inciso IV, do Código de Processo Civil, estabelece a impenhorabilidade dos proventos de aposentadorias e pensões, tendo em vista o seu caráter alimentar. Nesse sentido, julgou o E. Tribunal de Justiça de São Paulo: AGRAVO DE INSTRUMENTO CÍVEL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. PENHORA VIA SISBAJUD. Decisão agravada que acolheu impugnação à penhora apresentada pela parte executada, ora agravada, e determinou o desbloqueio da quantia constrita. Inconformismo que não merece prosperar. Em que pese a impenhorabilidade de que trata o art. 833, IV, do Código de Processo Civil não possuir caráter absoluto, a hipótese dos autos não permite a mitigação do normativo legal. Parte executada que demonstrou que o valor bloqueado provém de salário e, consequentemente, possui caráter alimentar, sendo utilizado para despesas essenciais. Necessidade de se preservar a dignidade e o mínimo existencial da devedora e de seus familiares. Impenhorabilidade verificada. Precedentes. Manutenção da decisão que se impõe. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJSP - Agravo de Instrumento n° 2089693-87.2025.8.26.0000; Relator: Emílio Migliano Neto; Órgão Julgador: 37ª Câmara de Direito Privado; Juízo de origem: 5ª Vara Cível da Comarca de Sorocaba; Data do julgamento:28/05/2025; Publicação: 29/05/2025) No presente caso, não verifico a existência de circunstância que autorize a relativização da impenhorabilidade das verbas de caráter alimentar. Cumpre salientar, ainda, que o executado é beneficiário de benefício assistencialista, que tem como um dos requisitos para a sua concessão a comprovação de que o requerente viva em condição de miserabilidade. Portanto, a penhora de qualquer percentual do benefício (BPC) comprometeria a sua dignidade e sustento. Nesse sentido julgou o E. Tribunal de Justiça de São Paulo: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENHORA DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. IMPENHORABILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. I. Caso em Exame Agravo de instrumento interposto pela Fazenda Pública do Município de São José do Rio Preto contra decisão que indeferiu o pedido de penhora de 30% dos proventos recebidos pela agravada, beneficiária de Prestação Continuada (BPC). II. Questão em Discussão 2. A questão em discussão consiste em determinar se é possível a penhora de 30% do benefício assistencial recebido pela agravada, considerando a natureza alimentar e impenhorável do benefício. III. Razões de Decidir 3. O artigo 833, inciso IV, do CPC, estabelece a impenhorabilidade de proventos de aposentadoria e benefícios assistenciais, devido ao seu caráter alimentar. 4. O benefício de Prestação Continuada (BPC) é destinado à subsistência de pessoas em condição de vulnerabilidade, sendo impenhorável em sua integralidade. 5. A penhora de qualquer percentual do BPC comprometeria a subsistência da agravada, não sendo aplicável a mitigação da impenhorabilidade. IV. Dispositivo e Tese 5. Recurso desprovido. Tese de julgamento: 1. Benefícios assistenciais, como o BPC, são impenhoráveis devido ao seu caráter alimentar. 2. A penhora de qualquer percentual de benefício assistencial compromete a subsistência do beneficiário e não é permitida. Legislação Citada: CPC, art. 833, IV. Jurisprudência Citada: TJSP, Agravo de Instrumento 2138977-35.2023.8.26.0000, Rel. Nelson Jorge Júnior, j. 22/07/2023; TJSP, Agravo de Instrumento 2123033-90.2023.8.26.0000, Rel. Régis Rodrigues Bonvicino, j. 13/07/2023 (Agravo de Instrumento 2101182-24.2025.8.26.0000; Relatora: Desembargadora CYNTHIA THOME; Órgão Julgador: 2ª Câmara de Direito Público; Foro de São José do Rio Preto - 1ª Vara da Fazenda Pública; Data do Julgamento: 07/05/2025; Data de Registro: 07/05/2025). Ademais, o exequente deixou transcorrer "in albis" o prazo para manifestação acerca da impugnação apresentada pelo executado. Da análise dos extratos bancários e documentações juntados pelo executado, ficou comprovada a origem das verbas bloqueadas na conta de sua titularidade junto ao Banco Itaú, tendo em vista que o executado recebe o BPC na referida conta. Quanto às demais contas, não ficou demonstrado o caráter alimentar das verbas nelas bloqueadas. Ante o exposto, acolho em parte a impugnação à penhora e determino o desbloqueio dos valores bloqueados por meio do sistema Sisbajud, junto às contas de titularidade do executado perante a instituição financeira Banco Itaú. Caso já tenham sido transferidas para a conta judicial vinculada ao processo, defiro, desde já o seu levantamento em favor do executado. Quanto às demais verbas, defiro o prazo de 10 dias para que a parte executada comprove o seu caráter alimentar, bem como junte aos autos extratos das contas que sofreram o bloqueio, que abarque ao menos 60 dias antes e 30 dias depois do bloqueio efetivado. Decorrido o prazo, com o fim de evitar eventual cerceamento de defesa, defiro o prazo de 05 dias para que a parte exequente se manifeste. Após, tornem os autos conclusos. Intime-se. - ADV: DANIEL HENRIQUE PAIVA TONON (OAB 141120/SP), DAVI BASTOS DE ALENCAR (OAB 401190/SP)

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Myrna Tozzi Roncato x Bueno Multi Marcas Automoveis Ltda

ID: 328207707

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Guarulhos - 2ª Vara do Juizado Especial Cível Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 0008307-76.2025.8.26.0224

Data de Disponibilização: 17/07/2025

Polo Ativo:

MYRNA TOZZI RONCATO

Polo Passivo:

BUENO MULTI MARCAS AUTOMOVEIS LTDA

Intimação

Advogados:

ELIANA GALVAO DIAS

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EDNA DE SOUZA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

Processo 0008307-76.2025.8.26.0224 (processo principal 1031729-34.2023.8.26.0224) - Cumprimento de sentença - Responsabilidade do Fornecedor - MYRNA, registrado civilmente como Myrna Tozzi Roncato -… Processo 0008307-76.2025.8.26.0224 (processo principal 1031729-34.2023.8.26.0224) - Cumprimento de sentença - Responsabilidade do Fornecedor - MYRNA, registrado civilmente como Myrna Tozzi Roncato - Bueno Multi Marcas Automoveis Ltda - Ficam as partes intimadas da DECISÃO NORMATIVA Nº 01/2025 do Juízo da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Guarulhos: "Considerando que o artigo 2º da Lei nº 9.099/95 estabelece que o procedimento instituído por essa lei reger-se-á pelos princípios da celeridade, economia processual e simplicidade; Considerando referida lei não prevê recurso de agravo de instrumento, motivo pelo qual decisões interlocutórias devem ser exceção no curso do processo; Considerando o grande volume de processos que tramitam por esta Vara e, por consequência, grande volume de processos conclusos para sentença, o que exige medidas para redução de remessa de processos para apreciação de requerimentos da parte; DECIDO: I DAS PROVIDÊNCIAS EM EXECUÇÕES Nas execuções de título extrajudicial, a serventia expedirá inicialmente mandado para citação do executado, para pagamento ou solicitação de parcelamento, na forma disciplinada pelo Código de Processo Civil. Resultando positiva a citação, ainda que recebida por terceiro, a serventia, independentemente de requerimento da parte exequente, tomará as seguintes providências, na seguinte ordem: tentativa de penhora de ativos financeiros uma única vez sem reiterações, através do sistema SISBAJUD; resultando infrutífera a penhora de ativos financeiros, a serventia fará pesquisa de bens no RENAJUD, providenciando-se anotação de restrição de transferência dos veículos eventualmente encontrados na pesquisa, desde que não haja restrições administrativas, judiciais e fiduciárias. expedir-se-á mandado para penhora, devendo ser descritos no mandado eventuais veículos encontrados na pesquisa RENAJUD, ressalvando-se que apenas serão incluídos no mandado os veículos sobre os quais recaíram anotação descrita no item anterior por este Juízo, nos termos do item 'b'; 3) Se a parte executada não for localizada, ou não sendo localizados bens penhoráveis, a serventia intimará a parte exequente a se manifestar no prazo de 30 dias, sob pena de extinção, independentemente de nova intimação. 4) Se resultar positiva a penhora, ainda que em valor insuficiente para total garantia da execução, será designada audiência de conciliação, intimando-se as partes para comparecimento pessoal, ocasião em que a parte executada, se não houver acordo, poderá apresentar embargos à execução, sob pena de perder a oportunidade de se insurgir contra o título executivo ou valor executado. 5) Nas execuções de título judicial, a serventia providenciará a intimação da parte executada, ainda que revel no processo de conhecimento, para pagamento do débito exequendo em quinze dias, sob pena de incidência de multa de 10% e penhora. 6) Não havendo pagamento, a serventia adotará as providências determinadas no item 2. 7) Feita a penhora, a parte executada será intimada para oferecimento de eventual manifestação ou impugnação, no prazo de 15 dias. 8) Resultando infrutíferas todas as diligências, prosseguir-se-á nos termos do item 3. 9) Nas execuções de multa por descumprimento de obrigação de fazer, a serventia remeterá o processo à conclusão, antes de qualquer providência. II DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 10) No início das execuções, a serventia publicará esta decisão normativa no DJE para ciência da parte exequente ou, caso não esteja assistida de advogado, lhe dará ciência do inteiro teor nos autos. A parte exequente também deverá ser cientificada, de igual modo, de que: a) é entendimento do Juízo que o arresto de bens, em execução de título extrajudicial, é incabível, por ser proibida a citação por edital, nos termos do artigo 18 da Lei nº 9.099/95 e nas execuções de título judicial, por ser desnecessária a citação, por força do artigo 52, IV, da mesma lei; b) por força do artigo 53, §4º, da Lei nº 9.099/95,não encontrado o devedor ou inexistindo bens penhoráveis, o processo será extinto, sendo incabível suspensão da execução por prazo indeterminado; c) a Secretaria deste Juizado, em razão do volume de processos e insuficiência de quadro funcional, trabalha com atraso médio de 90 (noventa) dias desta data, e que a juntada de qualquer petição que dependa de apreciação judicial retira o processo da fila onde aguarda providência e novo prazo para cumprimento será iniciado. 11) Se a parte exequente, no curso da execução, fizer algum requerimento de diligência já determinada nesta decisão, a serventia não a submeterá à conclusão, limitando-se a dar ciência ao interessado de que a providência requerida será executada pela serventia, nos termos da decisão normativa nº 01/2025 deste Juízo e, caso esta decisão normativa ainda não tenha sido publicada nos autos, dará ciência ao interessado de seu inteiro teor. 12) Se a serventia tiver dúvida sobre o cumprimento desta decisão, fará informação e consulta nos autos, submetendo-os à conclusão. 13) As demais providências determinadas em portarias e demais decisões normativas deste Juízo deverão ser cumpridas pela serventia, ainda que não previstas nesta decisão. 14) Esta decisão normativa se aplica somente aos processos que tramitam pela 1ª Vara do Juizado Especial Cível de Guarulhos, devendo a serventia submetê-la à ciência dos Juízes das demais Varas para que, se assim entenderem, a ratifiquem para aplicação em suas respectivas Varas. Cumpra-se. - ADV: EDNA DE SOUZA (OAB 252126/SP), EDNA DE SOUZA (OAB 252126/SP), ELIANA GALVAO DIAS (OAB 83977/SP)

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Processo nº 1007415-78.2025.8.26.0248

ID: 323342538

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Indaiatuba - 4ª Vara Cível Classe: MANDADO DE SEGURANçA CíVEL Nº Processo: 1007415-78.2025.8.26.0248

Data de Disponibilização: 11/07/2025

Polo Ativo:

ELISMARI APARECIDA DE OLIVEIRA PRADO

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

RAPHAEL REZENDE DOS SANTOS

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EDUARDO TANCLER AMBIEL

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Processo 1007415-78.2025.8.26.0248 - Mandado de Segurança Cível - Inexigibilidade - Elismari Aparecida de Oliveira Prado - Vistos. Cuida-se de mandado de segurança impetrado para o fim de extinguir e… Processo 1007415-78.2025.8.26.0248 - Mandado de Segurança Cível - Inexigibilidade - Elismari Aparecida de Oliveira Prado - Vistos. Cuida-se de mandado de segurança impetrado para o fim de extinguir em relação à autora obrigação de IPTU que precede arrematação de imóvel. Alega que arrematou no dia 24/02/2025 o imóvel de matrícula n° 83.471 do CRI da comarca de Indaiatuba - SP. Logo após a arrematação do referido imóvel, no dia 14/03/2025 a impetrante assinou a escritura pública de compra e venda do bem imóvel com a credora fiduciária Caixa Econômica, cuja prenotação e averbação da referida escritura ocorreram perante o CRI de Indaiatuba - SP no dia 08/04/2025. Argumenta que somente após 08/04/2025 deve ser considerada proprietária e responsável tributária pelo IPTU. No entanto, sobre este bem imóvel, a título de débitos de IPTU constam dívidas pretéritas desde o ano de 2011, no montante de R$ 19.315,11 e, como consequência da arrematação do bem imóvel (obrigação propter rem), recairão sobre a impetrante. Requereu tutela antecipada para suspender quaisquer cobranças de dívidas ativas e de IPTU em face da impetrante. 1.. Defiro a gratuidade da justiça requerida diante dos contornos da demanda e dos documentos acostados, indicando a insuficiência de recursos para fazer frente aos custos do processo. Anote-se. 2. Prescreve o artigo 130, parágrafo único, do Código Tributário Nacional que: "Art. 130 - Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único: No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço." Ainda sobre a matéria houve a recente edição do tema 1134 pelo Superior Tribunal de Justiça, assim versado: "Diante do disposto no art. 130, parágrafo único, do Código Tributário Nacional, é inválida a previsão em edital de leilão atribuindo responsabilidade ao arrematante pelos débitos tributários que já incidiam sobre o imóvel na data de sua alienação". Assim, sob qualquer que seja o enfoque não há responsabilidade da arrematante pelos débitos que precedem a arrematação, mas não averbação da escritura, como defende a autora. Em hipótese semelhante, confira-se os precedentes do Tribunal de Justiça de São Paulo: "DIREITO TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. PARCIAL PROVIMENTO. I. Caso em Exame. 1. Apelação interposta por JHMO Empreendimentos e Participações S/A contra sentença que denegou segurança em mandado de segurança impetrado contra o Município de Guarujá. A impetrante busca a expedição de certidão negativa de débitos ou positiva com efeitos negativos, referente a débitos anteriores à arrematação de fração ideal de imóvel. II. Questão em Discussão. 2. A questão em discussão consiste em determinar se a arrematante é responsável pelos débitos fiscais anteriores à arrematação de fração ideal do imóvel. III. Razões de Decidir. 3. A sentença não é extra petita, pois a expedição de certidão negativa de débito pressupõe a análise da responsabilidade do arrematante por débitos anteriores. 4. O artigo 130, parágrafo único, do Código Tributário Nacional e o Tema 1134 do STJ estabelecem que a responsabilidade por débitos anteriores à arrematação não pode ser atribuída ao arrematante, devendo tais débitos sub-rogar-se no preço da arrematação. 5. Sentença reformada. Segurança parcialmente concedida, para determinar a expedição de certidão positiva de débitos, com efeito de negativa, no que se refere aos débitos vencidos anteriormente à arrematação, incidentes sobre a fração ideal adquirida. IV. Dispositivo. 6. Recurso parcialmente provido.(TJSP; Apelação Cível 1012506-64.2024.8.26.0223; Relator (a):Adriana Carvalho; Órgão Julgador: 14ª Câmara de Direito Público; Foro de Guarujá -Vara da Fazenda Pública; Data do Julgamento: 22/05/2025; Data de Registro: 22/05/2025) MANDADO DE SEGURANÇA. IPTU. SENTENÇA DENEGATÓRIA DA ORDEM. ADESÃO A PROGRAMA DE PARCELAMENTO INCENTIVADO QUANTO A PARTE DE DÉBITOS VINCULADOS A UMA ÚNICA INSCRIÇÃO MUNICIPAL. LEI INSTITUIDORA DO "PPI" QUE AUTORIZA O PARCELAMENTO DE TODOS OS DÉBITOS CONSOLIDADOS. CONTRIBUINTE QUE DESEJA SATISFAZER APENAS PARTE DOS CRÉDITOS FISCAIS. IMÓVEL ADQUIRIDO EM CERTAME EXPROPRIATÓRIO JUDICIAL. EDITAL RESPECTIVO QUE PREVIA EXPRESSAMENTE A RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE POR DÉBITOS DE IPTU. APLICABILIDADE IMEDIATA DO TEMA 1134 DO TRIBUNAL DA CIDADANIA. APELAÇÃO DA IMPETRANTE PROVIDA PARA CONCEDER-SE O WRIT.(TJSP; Apelação Cível 1064127-34.2023.8.26.0224; Relator (a):Botto Muscari; Órgão Julgador: 18ª Câmara de Direito Público; Foro de Guarulhos -1ª Vara da Fazenda Pública; Data do Julgamento: 20/02/2025; Data de Registro: 21/02/2025) Isto posto, defiro a liminar para determinar a imediata suspensão de cobranças de IPTU em relação ao imóvel cadastrado sob o numero 5067.9890.3-7 anteriores à arrematação, em 24/02/2025. Serve a presente decisão como ofício. A parte interessada deverá providenciar a impressão e remessa da presente, instruindo-a com as peças pertinentes, comprovando o encaminhamento nos autos, no prazo subsequente de 5 dias. As respostas deverão ser devolvidas diretamente a este juízo, por via eletrônica, no endereço upj1a5cvindaiatuba@tjsp.jus.br, consignando, ainda, o respectivo número do processo. 3. Notifique-se a autoridade coatora, para que preste as informações, no prazo de 10 dias. Serve a presente decisão como ofício, a ser encaminhada diretamente pelo impetrante com cópia da petição inicial, comprovando-se nos autos no prazo de 5 dias. 4. Após, dê-se vista ao Ministério Público para os fins do artigo 12 da Lei 12.016/09. Observo que a correta classificação do documento quando do peticionamento eletrônico confere maior agilidade na sua identificação no fluxo de trabalho, cabendo ao advogado cadastrar a petição com o tipo apropriado. Int. - ADV: RAPHAEL REZENDE DOS SANTOS (OAB 490213/SP), EDUARDO TANCLER AMBIEL (OAB 400433/SP)

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Processo nº 1020477-34.2023.8.26.0224

ID: 293632606

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Guarulhos - 8ª Vara Cível Classe: USUCAPIãO Nº Processo: 1020477-34.2023.8.26.0224

Data de Disponibilização: 09/06/2025

Polo Ativo:

ANTONIO DA SILVA PINTO E OUTROS LUCIMEIRY SENA DE ARAúJO PINTO

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

ANTONIO FRANCISCO BEZERRA

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Processo 1020477-34.2023.8.26.0224 - Usucapião - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO - Lucimeiry Sena de Araújo Pinto - - Antonio da Silva Pinto e Outros - Vistos. Tendo em vista o petitório de … Processo 1020477-34.2023.8.26.0224 - Usucapião - DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO - Lucimeiry Sena de Araújo Pinto - - Antonio da Silva Pinto e Outros - Vistos. Tendo em vista o petitório de fls. 288, DECIDO: DEFIRO a realização de perícia técnica propugnado pelos requerentes, necessária para o deslinde da questão de fundo. Para conduzi-la, nomeio o engenheiro INSTITUTO DE PERÍCIA BRASIL - INPEB (PAULO ALECRIM) (e-mail contato@inpeb.com.br // pauloalecrim@inpeb.com.br), que cumprirá o encargo escrupulosamente, independentemente de termo de compromisso. Intime-se o expert para saber se aceita o encargo. Observe o perito que se trata de perícia a ser custeada nos moldes previstos no art. 95, §3º, II, do CPC, nos termos da Resolução nº 910/2023. Nesse mister, com base na Resolução nº 910/2023, que estipula os valores de referência para honorários periciais em casos de concessão de gratuidade da justiça e considerando a natureza, especialidade e complexidade do trabalho a ser realizado pelo Louvado com a necessidade de confirmação das medidas do lote do terreno, pesquisa nos imóveis vizinhos, levantamento cadastral, realização de topografia, etc, caso aceita a nomeação, determino a expedição de ofício à Defensoria Pública, requisitando a reserva de honorários no valor integral, 100% (cem por cento), da tabela anexa à referida Resolução, para o caso em tela: Engenharia/arquitetura: Possessórias/reais (reintegração e manutenção de posse, interdito proibitório, usucapião/reivindicatória, demarcatória, divisória, extinção de condomínio, retificação de registro) Grau I: 58 UFESPs (R$ 2.050,88). Se aceito, encaminhe-se a presente decisão/ofício por meio de correio eletrônico: (unidade.guarulhos@defensoria.sp.def.br), conforme Ofício nº 59/2017 emitido por aquele órgão. O laudo pericial deverá ser entregue em cartório no prazo de 60 dias, contados a partir da data em que o perito for comunicado para dar início aos trabalhos. As partes, no prazo comum de 15 (quinze) dias, poderão indicar assistentes técnicos (devendo informar telefone e e-mail para contato do respectivo assistente) e formular quesitos. A parte que formular quesito cuja resposta implique em trabalho excessivamente oneroso deverá se responsabilizar pelo pagamento dos honorários correspondentes ao quesito, sob a pena de indeferimento, mesmo que seja beneficiária de justiça gratuita (na medida em que o direito de acesso à Justiça não deve ser confundido com situações de abuso de direito). O perito deverá esclarecer os seguintes quesitos do Juízo: Ao realizar a perícia, deverá o Expert responder aos seguintes quesitos: I) O imóvel usucapiendo está perfeitamente descrito na inicial? Qual a localização, medidas e área do imóvel usucapiendo (rua, número, subdistrito, distância da esquina mais próxima, lado impar ou par ? artigo 255 da Lei de Registros Públicos), bem como as denominações anteriores da via pública, atendendo o item 3, inciso II do artigo 176, da Lei n0 6.015/73. II) A área usucapienda encontra-se inserida na área descrita na matrícula ou transcrição juntada aos autos e/ou faz parte de área maior? É possível dizer que o imóvel usucapiendo está registrado? Em caso positivo em que registro está incluído? O imóvel usucapiendo invade a área pública? III) Identifique o(a) Sr(a). Perito(a) os proprietários registrais e, se o caso, os titulares da área maior, esclarecendo se todos foram devidamente citados? IV) Identifique os lindeiros (possuidores e tabulares) esclarecendo se os confinantes fáticos do imóvel são aqueles que foram citados nos autos? Em caso negativo, deverá qualificar os confrontantes encontrados por ocasião da vistoria. V) Com base nos elementos encontrados no local, é possível identificar o tempo e os elementos da posse alegada pelos autores? VI) Caso seja verificado a existência de construção erigida sobre o terreno, deverá o Sr. Perito esclarecer se estão regularizadas e, em caso negativo, junto a quais órgãos deverá o autor providenciar a regularização. VII) Nele existem benfeitorias? Quais? Qual a idade aproximada da construção, fornecendo elementos que possibilitara essa conclusão, justifique. VIII) Há elementos idôneos para afirmar quem as construiu? Em caso positivo, quais são? IX) É possível que por ocasião da elaboração do memorial descritivo do imóvel, a indicação dos confinantes seja feita somente quanto aos dados objetivos, como número de matrícula, inscrição cadastral do imóvel lindeiro e referências de ângulos, rumos, azimutes ou coordenadas, sem referência quanto ao nome dos proprietários? Em caso positivo, deverá elaborar o memorial descritivo com esses dados; X) O laudo pericial deverá descrever perfeitamente a área usucapienda e deverá conter Memorial Descritivo, consoante parâmetros já considerados no item anterior e Planta (ou croqui, se a área usucapienda for urbana); XI) o imóvel usucapiendo invade o solo urbano? Em caso positiva a resposta em que medida. XII) o imóvel usucapiendo está submetido às restrições da legislação ambiental vigente? invade zona de preservação ambiental? Em caso positiva a resposta, em que medida. Poderá o Expert, ainda, valer-se do disposto no §3º do artigo 473 do CPC/2015, o qual lhe autoriza a utilizar-se de todos os meios necessários para o desempenho da função, tais como, ouvir testemunhas, obter informações, solicitar documentos que estejam em poder das partes ou em repartições públicas. Com a juntada, intime-se as partes para manifestação no prazo de 15 (quinze) dias, oportunidade em que, o(s) Demandante(s) deverão, se o caso, emendar a inicial, a fim de incluir o(s) proprietário(s) e confrontante(s) ainda não incluídos, requerer as devidas retificações e promover a citação das partes restantes. Havendo impugnação(ões), intime-se o expert, por e-mail, para esclarecimentos. Sem prejuízo, a fim de atender futuras exigências do Registro de Imóveis, deverão os autores fornecer suas qualificações completas, constando nomes completos, nacionalidades, estados civis, profissões, residências e domicílios, e filiações, bem ainda juntar aos autos cópia dos respectivos CPFs, RGs e, se o caso, certidões de casamento. Depois de realizada a reserva de honorários, comunique-se o perito para que dê início aos trabalhos. O laudo pericial deverá ser entregue em cartório no prazo de 60 dias, contados a partir da data em que o perito for comunicado para dar início aos trabalhos. Apresentado o laudo: (a) oficie-se à Defensoria Pública do Estado de São Paulo solicitando a liberação dos honorários em favor do perito; (b) intimem-se as partes para que no prazo comum de quinze dias se manifestem sobre o resultado, mesma oportunidade em que deverão providenciar a apresentação de seus pareceres técnicos. Via digitalmente assinada desta decisão servirá como ofício. Intime-se. Cumpra-se. - ADV: ANTONIO FRANCISCO BEZERRA (OAB 233859/SP), ANTONIO FRANCISCO BEZERRA (OAB 233859/SP)

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Processo nº 1015627-34.2023.8.26.0224

ID: 279947009

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Guarulhos - 10ª Vara Cível Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1015627-34.2023.8.26.0224

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

SHEILA SOARES DE OLIVEIRA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

SAMUEL SOLOMCA JUNIOR

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ADV: Samuel Solomca Junior (OAB 70756/SP) Processo 1015627-34.2023.8.26.0224 - Procedimento Comum Cível - Reqte: Sheila Soares de Oliveira - Vistos. SHEILA SOARES DE OLIVEIRA ingressou com ação acide… ADV: Samuel Solomca Junior (OAB 70756/SP) Processo 1015627-34.2023.8.26.0224 - Procedimento Comum Cível - Reqte: Sheila Soares de Oliveira - Vistos. SHEILA SOARES DE OLIVEIRA ingressou com ação acidentária em face de INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS alegando, em suma que, exerce função de agente de aeroporto, no entanto, em razão das tarefas que desempenha, sofre de depressão crônica e, ainda, sofreu graves lesões na coluna lombar e cervical, além de lesões no ombro, cotovelos, punhos, mãos e dedos. Requereu a concessão do benefício a que faz jus, desde a data a alta administrativa, bem como o pagamento dos atrasados e abonos anuais. Com a inicial, vieram os documentos de fls. 08 e seguintes. Decisão de fls. 42 determinou a realização de perícia médica. Às fls. 49 e seguintes, a Autarquia apresenta seus quesitos. Às fls. 69 e seguintes, a autora junta documentos. Laudo pericial às fls. 157 e seguintes. Manifestação do autor acerca do laudo às fls. 103/113. Contestação da autarquia às fls. 172 e seguintes, arguindo preliminarmente litispendência/coisa julgada em relação aos autos nº 00120918420214036332. No mérito alega, em suma, não preenchimento dos requisitos para concessão de benefício. Réplica às fls. 316/317. Nova manifestação do Sr. Perito às fls. 157/160. Manifestação do autor requerendo oitiva de testemunhas às fls. 165/166. É o relatório. Decido. O feito comporta JULGAMENTO ANTECIPADO, uma vez que as partes não demonstraram interesse em produção de novas provas, bem como porque o laudo pericial e as demais provas constantes dos autos são suficientes para dirimir a lide. Em primeiro, AFASTO a preliminar arguida pela autarquia, de coisa julgada, pois, se tratando de relação de trato continuado, pode ter ocorrido modificação no estado de fato, nos termos do artigo 505, inciso I, do Código de Processo Civil. Pois bem. Trata-se de ação acidentária, na qual a autora pretende ver reconhecido seu direito ao benefício de auxílio a que faz jus. Após submeter a autora ao competente exame pericial, constatou-se que a obreira possui limitação funcional parcial ao nível da coluna lombo sacra e ombros, sendo possível admitir a existência de concausa entre o trabalho exercido e a doença que lhe acomete. Em entendimento ao artigo 59, da Lei nº 8.213/91, o auxílio-doença será devido apenas em caso de incapacidade total e temporária, e pode ser quando esta for parcial e impeça o exercício da função habitual. Já o artigo 62, do mesmo Diploma legal dispõe que: "segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade". Portanto, inobstante a incapacidade ser parcial, a autora não pode exercer sua função habitual, enquanto não submetida ao procedimento de reabilitação. Nesse sentido: AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO. Moléstias nos membros superiores (LER/DORT) Prova pericial contundente. Nexo de causalidade.Incapacidadeparcialetemporária. Benefício devido mesmo que a incapacidade não seja total. Atividade totalmente manual. Inteligência dos artigos 59 e 62, ambos da Lei 8.213/91. (...) Recurso provido em parte" (TJSP - Apelação Cível 1002196-48.2017.8.26.0577 - Relator (a): Carlos Monnerat; Órgão Julgador: 17ª Câmara de Direito Público; Foro de São José dos Campos - 6ª Vara Cível; Data do Julgamento: 19/02/2019; Data de Registro: 25/02/2019) Assim, conclui-se que a segurada possui, atualmente, incapacidade parcial e temporária que teve como nexo causal o trabalho exercido, fazendo jus, portanto, ao benefício de auxílio doença. Portanto, deverá a autarquia implantar imediatamente o benefício. Ressalto ainda que, o benefício não cessará até que a segurada seja dada como habilitada para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerada não-recuperável, for aposentada por invalidez (artigo 62 da Lei 8.213/91), vez que vedada a chamada alta programada. Nesse sentido: "PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA. ALTA PROGRAMADA. CANCELAMENTO AUTOMÁTICO DO BENEFÍCIO À MÍNGUA DE NOVA PERÍCIA MÉDICA. IMPOSSIBILIDADE. 1. O procedimento conhecido por 'alta programada', em que a autarquia previdenciária, ao conceder benefício de auxílio-doença, fixa previamente o prazo para o retorno do segurado à atividade laborativa, à míngua de nova perícia, não encontra respaldo na legislação federal. 2. Em atenção ao art. 62 da Lei n. 8.213/91, faz-se imprescindível que, no caso concreto, o INSS promova nova perícia médica, em ordem a que o segurado retorne às atividades habituais apenas quando efetivamente constatada a restauração de sua capacidade laborativa. 3. No que regulamentou a 'alta programada', o art. 78 do Decreto 3.048/99, à época dos fatos (ano de 2007), desbordou da diretriz traçada no art. 62 da Lei n. 8.213/91. 4. Agravo interno a que se nega provimento." (STJ 1ª T. AgInt no AREsp 997.248/BA Rel. Min. Sérgio Kukina j. 27.02.2018 DJe 12.03.2018). O valor do benefício consiste numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício (artigo 61 da Lei 8.213/91), que será calculado nos termos da referida legislação previdenciária (artigos 33 a 40 da Lei 8.213/91). O cálculo da renda mensal inicial deverá observar o disposto na legislação de regência (artigo 29, inciso II, da Lei 8.213/91). Ainda, diante da parcial declaração de inconstitucionalidade do artigo 5º da Lei 11.960/09, eventuais parcelas em atraso devem observar, a título de atualização monetária, correção pelo INPC, como decidido recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso repetitivo: "(...) As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária sujeitam-se à incidência do INPC, para fins de correção monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei nº 8.213/91. (...)" (STJ. 1ª Seção. REsp 1.495.146-MG, recurso especial repetitivo, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 22/02/2018, Info 620). E, ainda "quanto aos juros de mora, no período posterior à vigência da Lei n. 11.960/2009, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança" (STJ - AgRg no REsp 1412191/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/08/2018, DJe 09/08/2018), desde a citação (Súmula 204 do Superior Tribunal de Justiça). Isto posto, e o mais constante dos autos, JULGO PROCEDENTE o pedido para CONDENAR o Instituto Nacional do Seguro Social a pagar a requerente o benefício auxílio-doença acidentário, a partir do dia seguinte da alta médica, conforme art. 86, §2º, da Lei nº 8.213/91 (Tema nº 862), corrigidos monetariamente e acrescidos de juros desde a citação. Vencido, suporta, ainda o réu, o pagamento das custas e despesas processuais, bem como verba honorária advocatícia que fixo em 10 % sobre o valor da condenação. OFÍCIE-SE, independentemente de trânsito em julgado, ao Instituto Nacional do Seguro Social INSS, para que proceda à imediata implementação do benefício, em razão do nítido caráter alimentar do benefício. Cumpra-se. Intimem-se.

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Manoel Buzelim Pimenta x Estado De São Paulo

ID: 328296377

Tribunal: TJSP Órgão: Processamento 4º Grupo - 8ª Câmara Direito Público - Praça Almeida Jr., 72 - 1º andar, sala 12 Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1009552-70.2024.8.26.0053

Data de Disponibilização: 18/07/2025

Polo Ativo:

MANOEL BUZELIM PIMENTA

Polo Passivo:

ESTADO DE SãO PAULO

Despacho

Advogados:

CLAUDIO TAKESHI TUDA

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MARIA DAS GRAÇAS SOARES DE MENDONÇA

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DESPACHO Nº 1009552-70.2024.8.26.0053 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Apelação Cível… DESPACHO Nº 1009552-70.2024.8.26.0053 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Apelação Cível - São Paulo - Apelante: Manoel Buzelim Pimenta (Justiça Gratuita) - Apelado: Estado de São Paulo - Vistos. Trata-se de recurso de apelação oriundo de ação de procedimento comum, ajuizada por MANOEL BUZELIM PIMENTA, em face do ESTADO DE SÃO PAULO, objetivando o fornecimento do insumo Dieta Enteral Adulto Padrão, Hipercalórica, Hiperprotéica, com volume de 225ml 6 vezes ao dia, totalizando 1.340 ml/dia na quantidade de 40 (quarenta) litros ao mês. Justiça gratuita deferida nas fls. 32/34 A sentença de fls. 183/190, julgou procedente o feito. Inconformado com o mencionado decisum, apela o autor, com razões recursais às fls. 141/147, alegando, em síntese, omissão do julgado em relação ao pedido de aplicação de multa. Recurso tempestivo, isento de preparo e respondido às fls. 150/153. O acórdão de fls. 170/174 foi de provimento do recurso para a fixação da multa diária pelo atraso do fornecimento do medicamento. Fls. 179: informação do falecimento do autor-apelante. É o relato do necessário. DECIDO. Diante da informação, de rigor reconhecer a perda superveniente do interesse recursal. Em relação aos honorários advocatícios, necessário pontuar que é necessário estabelecer quem deu causa ao processo para efeito de distribuição dos ônus de sucumbência, conforme dispõe o art. 85, § 10, do CPC. Para tanto, cumpre examinar, mediante juízo hipotético, o mérito do pedido (Araken de Assis, op. cit, p. 990). Segundo o art. 85, §10, do CPC/15, Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo. Na hipótese, a parte autora ajuizou a demanda para obter medicamente a ré, por sua vez, negou-se a fornecer tal medicamento, sob a justificativa de que o tratamento não o medicamento não encontra previsão contratual e estar fora do rol de cobertura obrigatória da ANS. Assim, a necessidade da busca pela tutela jurisdicional está bem evidenciada no momento da propositura da ação, tanto que foi deferida a urgência e foi julgada procedente a demanda. Ademais, é importante ressaltar que a parte ré resistiu ao pedido formulado nestes autos. Ofereceu contestação e interpôs recurso de apelação para obter a improcedência do pedido. Portanto, são devidos os honorários advocatícios fixados em benefício dos patronos da parte autora. Nesse sentido é pacífica a jurisprudência deste Tribunal de Justiça: SAÚDE. AÇÃO. PERDA DO OBJETO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Ação ajuizada contra o Município de Guarulhos e o Estado de São Paulo por portadora de doença isquêmica crônica, CID I25, e doença renal crônica, CID N18, para disponibilização de vaga em centro de hemodiálise e transporte necessário ao tratamento. Falecimento da autora. Sentença que extinguiu o processo, sem resolução do mérito, e condenou os réus ao pagamento de honorários advocatícios à advogada da autora. Valor da causa que deve corresponder ao custo estimado do tratamento pleiteado. Princípio da causalidade. Réus que deram causa ao ajuizamento da ação e que, por isso, devem arcar com os ônus de sucumbência. Inteligência do art. 85, §10, do CPC. Pretensão recursal de exclusão da condenação ao pagamento da verba. Impossibilidade. Verba devida. Pretensão de arbitramento da quantia por apreciação equitativa. Possibilidade. Demanda versando sobre direito à saúde. Proveito econômico que, de acordo com a jurisprudência do STJ, é inestimável. Honorários que devem ser arbitrados por equidade. Recursos dos réus providos em parte para fixar os honorários advocatícios por equidade. (TJSP;Apelação Cível 1062381-34.2023.8.26.0224; Relator (a):Antonio Carlos Villen; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Público; Foro de Guarulhos -1ª Vara da Fazenda Pública; Data do Julgamento: 16/12/2024; Data de Registro: 16/12/2024) DIREITO ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. FALECIMENTO DA AUTORA. RECURSO DA AUTORA PROVIDO, EM PARTE. RECURSO DO MUNICÍPIO PREJUDICADO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. I. Caso em exame 1. Ação proposta em face do Município de Araçatuba para o fornecimento do medicamento Trastuzumab Deruxtecana 400mg, destinado ao tratamento de neoplasia de mama. Falecimento da autora após sentença de procedência. II. Questão em discussão 2. A questão em discussão consiste em determinar se o falecimento da autora extingue o processo sem resolução do mérito e se o Município de Araçatuba deve arcar com os honorários advocatícios. III. Razões de decidir 3. O falecimento da autora configura causa superveniente de perda do objeto, a justificar a extinção do processo sem resolução do mérito, conforme o art. 485, inciso IX, do CPC. 4. O princípio da causalidade impõe ao Município de Araçatuba o dever de arcar com os honorários advocatícios. Possibilidade, no caso, de fixação por equidade. Necessidade, porém, de majoração dos honorários advocatícios, para o valor indicado na tabela do OAB. IV. Dispositivo 5. Recurso do patrono da autora provido, em parte, apenas para majorar o valor dos honorários advocatícios, mantida a fixação por equidade. Recurso da ré prejudicado, extinguindo-se de ofício o processo, sem resolução do mérito, em razão do falecimento da parte autora. (TJSP; Apelação Cível 1008002-06.2024.8.26.0032; Relator (a):Jayme de Oliveira; Órgão Julgador: 4ª Câmara de Direito Público; Foro de Araçatuba -Vara da Fazenda Pública; Data do Julgamento: 11/12/2024; Data de Registro: 11/12/2024) APELAÇÃO. PLANO DE SAÚDE. Ação de obrigação de fazer. Sentença de procedência. Insurgência contra sentença que determinou o fornecimento do medicamento Capecitabina 500mg (Xeloma). Falecimento da autora no curso da demanda. Pedido de extinção da ação em sede de contrarrazões. Posterior petição da apelante concordando com a extinção da demanda, contudo, alegando que deve ser imposta a requerente os ônus sucumbenciais. Descabimento. Perda superveniente do objeto. Direito personalíssimo. Honorários advocatícios devidos. Princípio da causalidade. Extinção do processo, sem julgamento do mérito. Recurso prejudicado. (TJSP; Apelação Cível 1021447-24.2022.8.26.0562; Relator (a):Luis Fernando Cirillo; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santos -3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 05/11/2024; Data de Registro: 05/11/2024) Evidenciada a perda do objeto, decido pelo não conhecimento do recurso, nos termos do artigo 932, III, e artigo 998, ambos Código de Processo Civil. Diante do princípio da causalidade e conforme o acima exposto, fica mantida a mesma distribuição de custas, despesas processuais e honorários advocatícios, conforme definido na sentença e no acórdão. - Magistrado(a) Leonel Costa - Advs: Maria das Graças Soares de Mendonça (OAB: 478915/SP) - Claudio Roberto Pimenta - Claudio Takeshi Tuda (OAB: 119151/SP) (Procurador) - 1° andar

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Eriquisson Silva Pereira x Município De Guarulhos

ID: 326797881

Tribunal: TJSP Órgão: Processamento 6º Grupo - 13ª Câmara Direito Público - Praça Almeida Jr., 72 - 1º andar, sala 12 Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1035884-46.2024.8.26.0224

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

ERIQUISSON SILVA PEREIRA

Polo Passivo:

MUNICíPIO DE GUARULHOS

Despacho

Advogados:

LÍGIA FERNANDA KAZOKAS CANTAGALLO

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MARCELO DE CAMPOS MENDES PEREIRA

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DESPACHO Nº 1035884-46.2024.8.26.0224 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Apelação Cível… DESPACHO Nº 1035884-46.2024.8.26.0224 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Apelação Cível - Guarulhos - Apelante: Eriquisson Silva Pereira - Apelado: Município de Guarulhos - Apelação Cível Processo nº 1035884-46.2024.8.26.0224 Comarca: Guarulhos Apelante: Eriquisson Silva Pereira Apelado: Município de Guarulhos Juiz: Rafael Tocantins Maltez Relator: DJALMA LOFRANO FILHO Voto nº 28518 DECISÃO MONOCRÁTICA APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. GUARULHOS. GUARDA CIVIL MUNICIPAL. JUIZADO ESPECIAL. COMPETÊNCIA ABSOLUTA. COLÉGIO RECURSAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. RESOLUÇÃO 896/23. Pretensão do autor à condenação do réu ao pagamento das diferenças salariais devidas desde a publicação de seu reenquadramento e inclusão do adicional de periculosidade na base de cálculo do 13º salário, férias acrescidas de 1/3, quinquênios, sexta-parte, licenças prêmio, gratificações, horas extraordinárias e adicional noturno, com o pagamento das diferenças vencidas. Valor da causa inferior a sessenta salários-mínimos. Desnecessidade de produção de prova pericial. Ação que tramitou em primeiro grau pela Vara da Fazenda Pública da Comarca de Guarulhos, sob o rito comum. Magistrado que cumula competência do Juizado Especial da Fazenda Pública, nos termos do art. 8º do Provimento CSM nº 2.203/2014. Competência do Colégio Recursal dos Juizados Especiais do Estado de São Paulo, criado pela Resolução 896/2023 e instalado em 11.9.2023, para o julgamento de todos os recursos tirados dos Juizados Especiais. Recurso não conhecido, com determinação de remessa dos autos. Vistos. Trata-se de recurso de apelação interposto nos autos da ação de rito ordinário ajuizada por Eriquisson Silva Pereira contra o Município de Guarulhos. Na sentença de fls. 474/477, foi julgado parcialmente procedente o pedido, para condenar o réu ao pagamento das diferenças salariais devidas entre abril de 2020 e novembro de 2021, considerando como devido no período o salário-base mensal de R$3.655,78, com reflexos em férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário, adicionais de tempo de serviço, adicional de periculosidade, horas extras e contribuições previdenciárias, atualizadas e remuneradas somente pela taxa Selic, a partir da citação (art. 3º da EC n. 113/2021). Inconformado, o apelante postulou a reforma da sentença, para ver a procedência dos pedidos (fls. 490/504). O recurso não foi respondido (fls. 513). É o relatório. Inicialmente, convém observar que, no caso em tela, não houve realização de prova pericial. No mais, nota-se que a demanda versa sobre diferenças salariais, que podem ser verificadas pela análise dos documentos já apresentados pelas partes, motivo pelo qual o Juízo a quo dispensou a elaboração de referida prova. Destaca-se, ainda, que em sede recursal a parte não se insurge quanto à necessidade de prova pericial, inexistindo qualquer alegação de nulidade neste sentido. Pois bem. Dispõe o artigo 932, III, do Código de Processo Civil de 2015 o seguinte: Incumbe ao relator: (...) III não conhecer do recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; Cuida-se de ação ordinária Eriquisson Silva Pereira contra o Município de Guarulhos. Na sentença de fls. 474/477, foram julgados parcialmente procedentes os pedidos para condenar o réu ao pagamento das diferenças salariais devidas entre abril de 2020 e novembro de 2021, considerando como devido no período o salário-base mensal de R$3.655,78, com reflexos em férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário, adicionais de tempo de serviço, adicional de periculosidade, horas extras e contribuições previdenciárias, atualizadas e remuneradas somente pela taxa Selic, a partir da citação (art. 3º da EC n. 113/2021). À causa foi atribuído o valor de R$21.009,95 (vinte um mil, nove reais e noventa e cinco centavos), montante inferior a sessenta salários-mínimos. Além disso, a demanda não apresenta complexidade ou necessidade de realização de perícia técnica, especialmente porque noticiado o deferimento, pelo Município de Guarulhos, administrativamente, da concessão em período posterior. De outra parte, observa-se que ação tramitou, sob o rito comum, pela 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Guarulhos, que cumula competência da Cara do Juizado Especial da Fazenda Pública, nos termos do artigo 8º, inciso I, do Provimento CSM nº 2.203/2014. Com efeito, o Provimento CSM nº 2.203/2014, revogando expressamente os Provimentos nºs 1.768/2010, 1.769/2010 e 2.030/2012, manteve as designações para processamento das ações de competência do JEFAZe a limitação de competência franqueada pelo artigo 23 da Lei nº 12.153/2009, salvo em relação às Varas dos Juizados Especiais da Fazenda Pública da Comarca da Capital, nos seguintes termos: Art. 8º. Nas Comarcas em que não foram instalados os Juizados Especiais de Fazenda Pública ficam designados para processamento das ações de competência do JEFAZ: I - as Varas da Fazenda Pública, onde instaladas; II - as Varas de Juizado Especial, com competência cível ou cumulativa, onde não haja Vara da Fazenda Pública instalada; III - os Anexos de Juizado Especial, nas comarcas onde não haja Vara da Fazenda Pública e de Juizado Especial, designados os Juízes das Varas Cíveis ou Cumulativas para o julgamento. Dessa forma, tratando-se de recurso de apelação interposto contra sentença proferida por magistrado investido de competência funcional da Vara da Fazenda Pública e, portanto, também do Juizado Especial da Fazenda Pública, a competência para apreciação do referido recurso é das Turmas Recursais do Sistema dos Juizados Especiais, anteriormente com base na regra do artigo 17 da Lei nº 12.153/09. Recentemente, o Órgão Especial desse E. Tribunal de Justiça, gerindo competência interna corporis, aprovou a Resolução nº 896 de 5 de julho de 2023, instituindo o Colégio Recursal dos Juizados Especiais, com sede na Capital do Estado, composto por magistrados titulares de cargos de juiz de direito de Turma Recursal, classificados como de entrância final. De acordo com o artigo 32 da referida Resolução, as regras entrarão em vigor em data a ser fixada pela Presidência do Tribunal de Justiça, que coincidirá com o início efetivo das atividades do novo Colégio Recursal, no prazo máximo de sessenta dias a contar de sua aprovação pelo Órgão Especial, revogadas as disposições em contrário. Com a instalação do Colégio Recursal Unificado se deu aos 11 de setembro de 2023, a competência do novo Órgão é absoluta para o julgamento de todos os recursos interpostos depois dessa data, em virtude da sua natureza funcional, rompendo a competência das Turmas Recursais, conforme disciplina a Resolução 896/2023, que assim preceitua: Art. 25. Os Colégios Recursais atualmente existentes na Capital e no interior permanecerão em funcionamento exclusivamente para: I - julgamento dos recursos e ações originárias distribuídos até o início efetivo das atividades do Colégio Recursal criado por esta Resolução; II - julgamento dos embargos de declaração opostos a seus acórdãos e decisões; III - decidir da admissibilidade dos recursos extraordinários interpostos contra seus acórdãos e decisões, além dos incidentes decorrentes; IV - julgamento dos agravos internos interpostos contra a decisão monocrática proferida pelo Presidente do Colégio Recursal na forma do inciso anterior; §1º. A Presidência do Tribunal de Justiça fixará cronograma para a finalização de tais atividades, adaptado às peculiaridades de cada Colégio Recursal. §2º. O acervo de processos suspensos, abrangidos pela sistemática de repercussão geral ou dos recursos repetitivos, de Temas ainda não julgados até o início efetivo das atividades do Colégio Recursal criado por esta Resolução, será transferido ao novo Colégio Recursal, após sua digitalização. §3º. A entrada em vigor desta Resolução, na forma do art. 32, rompe a prevenção para recursos posteriores (art. 50 do Provimento CSN nº 2203/2014). §4º. Será atribuição dos Colégios Recursais atualmente existentes, até sua respectiva extinção, proceder à baixa e encaminhamento dos recursos extraordinários julgados pelo Supremo Tribunal Federal. - destaques acrescidos. Como se vê, nos termos dos art. 25, I e § 3º c. c. art. 32 da Resolução nº 896/2023, a partir da instalação do novo Colégio Recursal, aos 11.9.2023, as Turmas Recursais localizadas nas Comarcas deixam de ser competentes para a apreciação dos recursos interpostos, devendo os autos serem remetidos para o Colégio Recursal Unificado. No mesmo sentido: AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE POR PERÍODO ESPECÍFICO. Pretensão de pagamento do adicional de insalubridade em grau médio pelo período específico de maio de 2019 a maio de 2022. Valor da causa inferior a 60 salários-mínimos. Ação ajuizada em 2023, perante a 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Guarulhos. Matéria debatida nos autos que não se enquadra nas exceções previstas no art. 2º, § 1º, da Lei 12.153/2009 ou nos Provimentos do Conselho Superior da Magistratura nºs 1.768/2010, 1.769/2010 e 2.203/2014. Compete aos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, com valor até sessenta salários-mínimos, sendo a competência dos juizados, onde instalados, absoluta (art. 2º, caput e § 4º, da Lei nº 12.153/2009). Partes não sustentam a necessidade de realização de prova pericial, inexistindo qualquer alegação de nulidade neste sentido. Juízo da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Guarulhos que cumulou a função de Juizado Especial da Fazenda Pública (Provimento CSM nº 2.203/2004). Competência para apreciação de recursos afetos aos processos que tramitam pelo rito da Lei nº 12.153/2009 (JEFAZ) do Colégio Recursal (art. 98, inciso I da CF/88). Desnecessidade de anulação da r. sentença, porém necessária a remessa dos autos ao Colégio Recursal Unificado, com sede na Capital Turmas Recursais da Fazenda Pública. DECLINA-SE DA COMPETÊNCIA, DETERMINANDO-SE A REMESSA DOS AUTOS AO COLÉGIO RECURSAL UNIFICADO DA FAZENDA PÚBLICA, PARA APRECIAÇÃO DO RECURSO INTERPOSTO. (TJSP; Apelação Cível 1063448-34.2023.8.26.0224; Relator (a): Flora Maria Nesi Tossi Silva; Órgão Julgador: 13ª Câmara de Direito Público; Foro de Guarulhos - 2ª Vara da Fazenda Pública; Data do Julgamento: 14/04/2025; Data de Registro: 14/04/2025) APELAÇÃO COMPETÊNCIA REMESSA DOS AUTOS AO COLÉGIO RECURSAL Valor pretendido na causa que é inferior a 60 (sessenta) salários-mínimos Competência do Juizado Especial da Fazenda Pública - Inteligência do art. 98, inciso I, da CF, do art. 2º, 'caput', da Lei n.º 12.153/2009, e dos arts. 8º e 9º, do Provimento CSM nº 2.321/2016 Precedentes TJSP Recurso não conhecido, com determinação. (TJSP; Apelação Cível 1002244-53.2021.8.26.0484; Relator (a):Ponte Neto; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Público; Foro de Promissão -1ª Vara Judicial; Data do Julgamento: 31/10/2023; Data de Registro: 31/10/2023) COMPETÊNCIA. Juizado Especial da Fazenda Pública. LF nº 12.153/09. Resolução OE nº 896/23. Tratando-se de feito que, na origem, tramitou sob o rito da LF nº 12.153/09, bem como já sido instalado o Colégio Recursal dos Juizados Especiais do Estado de São Paulo, nos termos do 32 da Resolução nº 896/23, a ele compete o julgamento de recursos provenientes dos Juizados Especiais. Redistribuição determinada.(TJSP;Agravo de Instrumento 3006546-20.2023.8.26.0000; Relator (a):Torres de Carvalho; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes -4ª Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública da Capital; Data do Julgamento: 28/09/2023; Data de Registro: 28/09/2023) Diante do exposto, em decisão monocrática, nos termos do art. 932, III, do CPC, não se conhece da apelação e determina-se a remessa dos autos ao novo Colégio Recursal dos Juizados Especiais do Estado de São Paulo, criado pela Resolução nº 896/23. São Paulo, 8 de julho de 2025. DJALMA LOFRANO FILHO Relator - Magistrado(a) Djalma Lofrano Filho - Advs: Marcelo de Campos Mendes Pereira (OAB: 160548/SP) - Lígia Fernanda Kazokas Cantagallo (OAB: 249604/SP) (Procurador) - 1º andar

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Eriquisson Silva Pereira x Município De Guarulhos

ID: 326757537

Tribunal: TJSP Órgão: Processamento 6º Grupo - 13ª Câmara Direito Público - Praça Almeida Jr., 72 - 1º andar, sala 12 Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1035884-46.2024.8.26.0224

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

ERIQUISSON SILVA PEREIRA

Polo Passivo:

MUNICíPIO DE GUARULHOS

Despacho

Advogados:

LÍGIA FERNANDA KAZOKAS CANTAGALLO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

MARCELO DE CAMPOS MENDES PEREIRA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

DESPACHO Nº 1035884-46.2024.8.26.0224 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Apelação Cível… DESPACHO Nº 1035884-46.2024.8.26.0224 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Apelação Cível - Guarulhos - Apelante: Eriquisson Silva Pereira - Apelado: Município de Guarulhos - Apelação Cível Processo nº 1035884-46.2024.8.26.0224 Comarca: Guarulhos Apelante: Eriquisson Silva Pereira Apelado: Município de Guarulhos Juiz: Rafael Tocantins Maltez Relator: DJALMA LOFRANO FILHO Voto nº 28518 DECISÃO MONOCRÁTICA APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. GUARULHOS. GUARDA CIVIL MUNICIPAL. JUIZADO ESPECIAL. COMPETÊNCIA ABSOLUTA. COLÉGIO RECURSAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. RESOLUÇÃO 896/23. Pretensão do autor à condenação do réu ao pagamento das diferenças salariais devidas desde a publicação de seu reenquadramento e inclusão do adicional de periculosidade na base de cálculo do 13º salário, férias acrescidas de 1/3, quinquênios, sexta-parte, licenças prêmio, gratificações, horas extraordinárias e adicional noturno, com o pagamento das diferenças vencidas. Valor da causa inferior a sessenta salários-mínimos. Desnecessidade de produção de prova pericial. Ação que tramitou em primeiro grau pela Vara da Fazenda Pública da Comarca de Guarulhos, sob o rito comum. Magistrado que cumula competência do Juizado Especial da Fazenda Pública, nos termos do art. 8º do Provimento CSM nº 2.203/2014. Competência do Colégio Recursal dos Juizados Especiais do Estado de São Paulo, criado pela Resolução 896/2023 e instalado em 11.9.2023, para o julgamento de todos os recursos tirados dos Juizados Especiais. Recurso não conhecido, com determinação de remessa dos autos. Vistos. Trata-se de recurso de apelação interposto nos autos da ação de rito ordinário ajuizada por Eriquisson Silva Pereira contra o Município de Guarulhos. Na sentença de fls. 474/477, foi julgado parcialmente procedente o pedido, para condenar o réu ao pagamento das diferenças salariais devidas entre abril de 2020 e novembro de 2021, considerando como devido no período o salário-base mensal de R$3.655,78, com reflexos em férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário, adicionais de tempo de serviço, adicional de periculosidade, horas extras e contribuições previdenciárias, atualizadas e remuneradas somente pela taxa Selic, a partir da citação (art. 3º da EC n. 113/2021). Inconformado, o apelante postulou a reforma da sentença, para ver a procedência dos pedidos (fls. 490/504). O recurso não foi respondido (fls. 513). É o relatório. Inicialmente, convém observar que, no caso em tela, não houve realização de prova pericial. No mais, nota-se que a demanda versa sobre diferenças salariais, que podem ser verificadas pela análise dos documentos já apresentados pelas partes, motivo pelo qual o Juízo a quo dispensou a elaboração de referida prova. Destaca-se, ainda, que em sede recursal a parte não se insurge quanto à necessidade de prova pericial, inexistindo qualquer alegação de nulidade neste sentido. Pois bem. Dispõe o artigo 932, III, do Código de Processo Civil de 2015 o seguinte: Incumbe ao relator: (...) III não conhecer do recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; Cuida-se de ação ordinária Eriquisson Silva Pereira contra o Município de Guarulhos. Na sentença de fls. 474/477, foram julgados parcialmente procedentes os pedidos para condenar o réu ao pagamento das diferenças salariais devidas entre abril de 2020 e novembro de 2021, considerando como devido no período o salário-base mensal de R$3.655,78, com reflexos em férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário, adicionais de tempo de serviço, adicional de periculosidade, horas extras e contribuições previdenciárias, atualizadas e remuneradas somente pela taxa Selic, a partir da citação (art. 3º da EC n. 113/2021). À causa foi atribuído o valor de R$21.009,95 (vinte um mil, nove reais e noventa e cinco centavos), montante inferior a sessenta salários-mínimos. Além disso, a demanda não apresenta complexidade ou necessidade de realização de perícia técnica, especialmente porque noticiado o deferimento, pelo Município de Guarulhos, administrativamente, da concessão em período posterior. De outra parte, observa-se que ação tramitou, sob o rito comum, pela 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Guarulhos, que cumula competência da Cara do Juizado Especial da Fazenda Pública, nos termos do artigo 8º, inciso I, do Provimento CSM nº 2.203/2014. Com efeito, o Provimento CSM nº 2.203/2014, revogando expressamente os Provimentos nºs 1.768/2010, 1.769/2010 e 2.030/2012, manteve as designações para processamento das ações de competência do JEFAZe a limitação de competência franqueada pelo artigo 23 da Lei nº 12.153/2009, salvo em relação às Varas dos Juizados Especiais da Fazenda Pública da Comarca da Capital, nos seguintes termos: Art. 8º. Nas Comarcas em que não foram instalados os Juizados Especiais de Fazenda Pública ficam designados para processamento das ações de competência do JEFAZ: I - as Varas da Fazenda Pública, onde instaladas; II - as Varas de Juizado Especial, com competência cível ou cumulativa, onde não haja Vara da Fazenda Pública instalada; III - os Anexos de Juizado Especial, nas comarcas onde não haja Vara da Fazenda Pública e de Juizado Especial, designados os Juízes das Varas Cíveis ou Cumulativas para o julgamento. Dessa forma, tratando-se de recurso de apelação interposto contra sentença proferida por magistrado investido de competência funcional da Vara da Fazenda Pública e, portanto, também do Juizado Especial da Fazenda Pública, a competência para apreciação do referido recurso é das Turmas Recursais do Sistema dos Juizados Especiais, anteriormente com base na regra do artigo 17 da Lei nº 12.153/09. Recentemente, o Órgão Especial desse E. Tribunal de Justiça, gerindo competência interna corporis, aprovou a Resolução nº 896 de 5 de julho de 2023, instituindo o Colégio Recursal dos Juizados Especiais, com sede na Capital do Estado, composto por magistrados titulares de cargos de juiz de direito de Turma Recursal, classificados como de entrância final. De acordo com o artigo 32 da referida Resolução, as regras entrarão em vigor em data a ser fixada pela Presidência do Tribunal de Justiça, que coincidirá com o início efetivo das atividades do novo Colégio Recursal, no prazo máximo de sessenta dias a contar de sua aprovação pelo Órgão Especial, revogadas as disposições em contrário. Com a instalação do Colégio Recursal Unificado se deu aos 11 de setembro de 2023, a competência do novo Órgão é absoluta para o julgamento de todos os recursos interpostos depois dessa data, em virtude da sua natureza funcional, rompendo a competência das Turmas Recursais, conforme disciplina a Resolução 896/2023, que assim preceitua: Art. 25. Os Colégios Recursais atualmente existentes na Capital e no interior permanecerão em funcionamento exclusivamente para: I - julgamento dos recursos e ações originárias distribuídos até o início efetivo das atividades do Colégio Recursal criado por esta Resolução; II - julgamento dos embargos de declaração opostos a seus acórdãos e decisões; III - decidir da admissibilidade dos recursos extraordinários interpostos contra seus acórdãos e decisões, além dos incidentes decorrentes; IV - julgamento dos agravos internos interpostos contra a decisão monocrática proferida pelo Presidente do Colégio Recursal na forma do inciso anterior; §1º. A Presidência do Tribunal de Justiça fixará cronograma para a finalização de tais atividades, adaptado às peculiaridades de cada Colégio Recursal. §2º. O acervo de processos suspensos, abrangidos pela sistemática de repercussão geral ou dos recursos repetitivos, de Temas ainda não julgados até o início efetivo das atividades do Colégio Recursal criado por esta Resolução, será transferido ao novo Colégio Recursal, após sua digitalização. §3º. A entrada em vigor desta Resolução, na forma do art. 32, rompe a prevenção para recursos posteriores (art. 50 do Provimento CSN nº 2203/2014). §4º. Será atribuição dos Colégios Recursais atualmente existentes, até sua respectiva extinção, proceder à baixa e encaminhamento dos recursos extraordinários julgados pelo Supremo Tribunal Federal. - destaques acrescidos. Como se vê, nos termos dos art. 25, I e § 3º c. c. art. 32 da Resolução nº 896/2023, a partir da instalação do novo Colégio Recursal, aos 11.9.2023, as Turmas Recursais localizadas nas Comarcas deixam de ser competentes para a apreciação dos recursos interpostos, devendo os autos serem remetidos para o Colégio Recursal Unificado. No mesmo sentido: AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE POR PERÍODO ESPECÍFICO. Pretensão de pagamento do adicional de insalubridade em grau médio pelo período específico de maio de 2019 a maio de 2022. Valor da causa inferior a 60 salários-mínimos. Ação ajuizada em 2023, perante a 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Guarulhos. Matéria debatida nos autos que não se enquadra nas exceções previstas no art. 2º, § 1º, da Lei 12.153/2009 ou nos Provimentos do Conselho Superior da Magistratura nºs 1.768/2010, 1.769/2010 e 2.203/2014. Compete aos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, com valor até sessenta salários-mínimos, sendo a competência dos juizados, onde instalados, absoluta (art. 2º, caput e § 4º, da Lei nº 12.153/2009). Partes não sustentam a necessidade de realização de prova pericial, inexistindo qualquer alegação de nulidade neste sentido. Juízo da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Guarulhos que cumulou a função de Juizado Especial da Fazenda Pública (Provimento CSM nº 2.203/2004). Competência para apreciação de recursos afetos aos processos que tramitam pelo rito da Lei nº 12.153/2009 (JEFAZ) do Colégio Recursal (art. 98, inciso I da CF/88). Desnecessidade de anulação da r. sentença, porém necessária a remessa dos autos ao Colégio Recursal Unificado, com sede na Capital Turmas Recursais da Fazenda Pública. DECLINA-SE DA COMPETÊNCIA, DETERMINANDO-SE A REMESSA DOS AUTOS AO COLÉGIO RECURSAL UNIFICADO DA FAZENDA PÚBLICA, PARA APRECIAÇÃO DO RECURSO INTERPOSTO. (TJSP; Apelação Cível 1063448-34.2023.8.26.0224; Relator (a): Flora Maria Nesi Tossi Silva; Órgão Julgador: 13ª Câmara de Direito Público; Foro de Guarulhos - 2ª Vara da Fazenda Pública; Data do Julgamento: 14/04/2025; Data de Registro: 14/04/2025) APELAÇÃO COMPETÊNCIA REMESSA DOS AUTOS AO COLÉGIO RECURSAL Valor pretendido na causa que é inferior a 60 (sessenta) salários-mínimos Competência do Juizado Especial da Fazenda Pública - Inteligência do art. 98, inciso I, da CF, do art. 2º, 'caput', da Lei n.º 12.153/2009, e dos arts. 8º e 9º, do Provimento CSM nº 2.321/2016 Precedentes TJSP Recurso não conhecido, com determinação. (TJSP; Apelação Cível 1002244-53.2021.8.26.0484; Relator (a):Ponte Neto; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Público; Foro de Promissão -1ª Vara Judicial; Data do Julgamento: 31/10/2023; Data de Registro: 31/10/2023) COMPETÊNCIA. Juizado Especial da Fazenda Pública. LF nº 12.153/09. Resolução OE nº 896/23. Tratando-se de feito que, na origem, tramitou sob o rito da LF nº 12.153/09, bem como já sido instalado o Colégio Recursal dos Juizados Especiais do Estado de São Paulo, nos termos do 32 da Resolução nº 896/23, a ele compete o julgamento de recursos provenientes dos Juizados Especiais. Redistribuição determinada.(TJSP;Agravo de Instrumento 3006546-20.2023.8.26.0000; Relator (a):Torres de Carvalho; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes -4ª Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública da Capital; Data do Julgamento: 28/09/2023; Data de Registro: 28/09/2023) Diante do exposto, em decisão monocrática, nos termos do art. 932, III, do CPC, não se conhece da apelação e determina-se a remessa dos autos ao novo Colégio Recursal dos Juizados Especiais do Estado de São Paulo, criado pela Resolução nº 896/23. São Paulo, 8 de julho de 2025. DJALMA LOFRANO FILHO Relator - Magistrado(a) Djalma Lofrano Filho - Advs: Marcelo de Campos Mendes Pereira (OAB: 160548/SP) - Lígia Fernanda Kazokas Cantagallo (OAB: 249604/SP) (Procurador) - 1º andar

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