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Processo nº 1004216-85.2022.4.06.9999

ID: 281055627

Tribunal: TRF6 Órgão: SECRETARIA DA 1a. TURMA - PREV/SERV Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1004216-85.2022.4.06.9999

Data de Disponibilização: 27/05/2025

Polo Ativo:

RICHARD GABRIEL RODRIGUES DA CUNHA

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

JOSE CARLOS BASSO DE SANTI VIEIRA

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ANDRE LUIZ DE FAVERI ARAUJO

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Apelação Cível Nº 1004216-85.2022.4.06.9999/MG APELANTE : RICHARD GABRIEL RODRIGUES DA CUNHA ADVOGADO(A) : JOSE CARLOS BASSO DE SANTI VIEIRA (OAB MG075918) ADVOGADO(A) : ANDRE LUIZ DE FAVERI ARAUJO …

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Processo nº 1004022-85.2022.4.06.9999

ID: 311223710

Tribunal: TRF6 Órgão: SEC.GAB.23 (Des. Federal FLÁVIO BOSON GAMBOGI) Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1004022-85.2022.4.06.9999

Data de Disponibilização: 30/06/2025

Polo Ativo:

TEREZA PEREIRA DE CARVALHO

Polo Passivo:

Acórdão

Advogados:

ROGERIO TAKEO HASHIMOTO

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Apelação Cível Nº 1004022-85.2022.4.06.9999/MG RELATOR : Desembargador Federal FLAVIO BOSON GAMBOGI APELANTE : TEREZA PEREIRA DE CARVALHO ADVOGADO(A) : ROGERIO TAKEO HASHIMOTO (OAB SP195605) EMENTA … Apelação Cível Nº 1004022-85.2022.4.06.9999/MG RELATOR : Desembargador Federal FLAVIO BOSON GAMBOGI APELANTE : TEREZA PEREIRA DE CARVALHO ADVOGADO(A) : ROGERIO TAKEO HASHIMOTO (OAB SP195605) EMENTA DIREITO PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. SEGURADO ESPECIAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. PROVA TESTEMUNHAL ESSENCIAL. PANDEMIA DE COVID-19. AUSÊNCIA JUSTIFICADA DAS TESTEMUNHAS. CERCEAMENTO DE DEFESA. NULIDADE DA SENTENÇA. RETORNO À ORIGEM PARA INSTRUÇÃO. APELAÇÃO PROVIDA. I. CASO EM EXAME 1. Apelação interposta em ação previdenciária com pedido de aposentadoria por idade rural, ajuizada em 01/11/2017. A parte autora, nascida em 30/05/1962, formulou requerimento administrativo em 26/07/2017. O juízo de origem julgou improcedente o pedido, em razão da ausência de produção da prova testemunhal. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2. A questão em discussão consiste em verificar se houve cerceamento de defesa em razão do indeferimento do pedido de produção de prova testemunhal essencial à comprovação da condição de segurado especial da parte autora. III. RAZÕES DE DECIDIR 3. A concessão de aposentadoria por idade ao segurado especial exige a comprovação do labor rural no período equivalente à carência, por meio de início de prova material corroborada por prova testemunhal, conforme art. 55, § 3º, da Lei nº 8.213/91 e jurisprudência consolidada do STJ. 4. Na hipótese, a fim de demonstrar o início de prova material de sua atividade rural, a parte autora juntou a Cópia de sua CTPS, com anotações de vínculos em estabelecimentos rurais, entre 2009 e 2013, na função de "Rurícola Braçal" e "Trabalhador da Cultura de Café" ( evento 1, DOC2 , fls. 15/18). 5. A CTPS com anotações de trabalho rural da parte autora é considerada prova plena do período nela registrado e início de prova material para o restante do período de carência (REsp 310.264/SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, 6ª Turma, DJ 18.02.2002, p. 530; AC 2004.38.03.000757-8/MG, Rel. Desembargadora Federal Neuza Maria Alves Da Silva, Segunda Turma,e-DJF1 p.33 de 17/07/2008, AC 0004262-35.2004.4.01.3800/MG, Rel. Juiz Federal Miguel Ângelo De Alvarenga Lopes, 3ª Turma Suplementar, e-DJF1 p.191 de 02/03/2011). 6. Na hipótese, as testemunhas não compareceram na audiência designada, razão pela qual o Juízo de origem julgou improcedente o pedido, sob o argumento de que não houve produção de prova oral a corroborar os indícios de prova material. 7. No caso específico, a audiência foi realizada em meio à pandemia de COVID-19, motivo justíficável para o não comparecimento das testemunhas. Assim, considerando que essa prova era imprescindível à formação do convencimento do juízo — a sentença sem a oitiva das testemunhas configura cerceamento de defesa. 8. A ausência de produção da prova testemunhal inviabiliza o julgamento do mérito, conforme dispõe o § 3º do art. 1.013 do CPC, quando a comprovação da condição de segurado especial depende dessa instrução. IV. DISPOSITIVO 9. Recurso provido para anular a sentença e determinar a remessa dos autos ao Juízo de origem para regular produção de prova oral. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 2ª Turma - Prev/Serv do Tribunal Regional Federal da 6ª Região decidiu, por unanimidade, dar provimento à apelação interposta pela parte autora, a fim de anular a sentença e determinar o retorno dos autos ao Juízo de origem para a regular produção da prova oral, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Belo Horizonte, 25 de junho de 2025.

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Processo nº 1004022-18.2023.4.06.3802

ID: 308741372

Tribunal: TRF6 Órgão: 3ª Vara JEF de Uberaba Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1004022-18.2023.4.06.3802

Data de Disponibilização: 26/06/2025

Polo Ativo:

ANA PEREIRA SILVA

Polo Passivo:

Sentença

Advogados:

AILTON ALVARO DA SILVA

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PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 1004022-18.2023.4.06.3802/MG AUTOR : ANA PEREIRA SILVA ADVOGADO(A) : AILTON ALVARO DA SILVA (OAB MG189953) SENTENÇA Ante o exposto, julgo extinto o processo…

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Processo nº 1004022-82.2023.4.06.3813

ID: 282593453

Tribunal: TRF6 Órgão: 3ª Vara JEF de Governador Valadares Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1004022-82.2023.4.06.3813

Data de Disponibilização: 29/05/2025

Polo Ativo:

ROSINEIDE DOS SANTOS SOUZA

Polo Passivo:

Sentença

Advogados:

RAFAELA EMILIA FAQUERES PEREIRA

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PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL Nº 1004022-82.2023.4.06.3813/MG AUTOR : ROSINEIDE DOS SANTOS SOUZA ADVOGADO(A) : RAFAELA EMILIA FAQUERES PEREIRA (OAB MG156540) SENTENÇA Pelo exposto, declaro …

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Processo nº 1004022-09.2021.4.01.3808

ID: 310506666

Tribunal: TRF6 Órgão: Vara Federal com JEF Adjunto de Lavras Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 1004022-09.2021.4.01.3808

Data de Disponibilização: 30/06/2025

Polo Ativo:

ENRICO VICTOR VILELA

Polo Passivo:

Ato ordinatório

Advogados:

JORGE DO CARMO RODRIGUES

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MARCELO FAGUNDES RODRIGUES

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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (JEF) Nº 1004022-09.2021.4.01.3808/MG RELATOR : PEDRO MARADEI NETO REQUERENTE : ENRICO VICTOR VILELA (Absolutamente Incapaz (Art. 3º CC)) ADVOGADO(A) : JORGE DO CARMO RODRIGUE…

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Processo nº 1004022-85.2023.4.06.3812

ID: 277486508

Tribunal: TRF6 Órgão: 2ª Vara Federal com JEF Adjunto de Sete Lagoas Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA CONTRA A FAZENDA PúBLICA Nº Processo: 1004022-85.2023.4.06.3812

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

GUILHERME HENRIQUE DIAS DE SOUZA

Polo Passivo:

Ato ordinatório

Advogados:

ADONAY DE FREITAS

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CAMILA BARBOSA ALVES

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ARTUR CUSTODIO DA SILVA

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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA FAZENDA PÚBLICA (JEF) Nº 1004022-85.2023.4.06.3812/MG RELATOR : GUSTAVO FIGUEIREDO MELILO CAROLINO REQUERENTE : GUILHERME HENRIQUE DIAS DE SOUZA ADVOGADO(A) : ARTUR CUS…

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Processo nº 1004022-85.2023.4.06.3812

ID: 276337574

Tribunal: TRF6 Órgão: 2ª Vara Federal com JEF Adjunto de Sete Lagoas Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA CONTRA A FAZENDA PúBLICA Nº Processo: 1004022-85.2023.4.06.3812

Data de Disponibilização: 26/05/2025

Polo Ativo:

GUILHERME HENRIQUE DIAS DE SOUZA

Polo Passivo:

Ato ordinatório

Advogados:

ADONAY DE FREITAS

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CAMILA BARBOSA ALVES

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ARTUR CUSTODIO DA SILVA

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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA FAZENDA PÚBLICA (JEF) Nº 1004022-85.2023.4.06.3812/MG RELATOR : GUSTAVO FIGUEIREDO MELILO CAROLINO REQUERENTE : GUILHERME HENRIQUE DIAS DE SOUZA ADVOGADO(A) : ARTUR CUS…

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Processo nº 1004022-49.2023.4.06.3824

ID: 313263955

Tribunal: TRF6 Órgão: 6ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais de Minas Gerais Classe: RECURSO INOMINADO CíVEL Nº Processo: 1004022-49.2023.4.06.3824

Data de Disponibilização: 02/07/2025

Polo Ativo:

WELITON MENDES DA SILVA

Polo Passivo:

Acórdão

Advogados:

GECILANE RODRIGUES DOS SANTOS

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PIERRE LUIZ DE SOUSA

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RECURSO CÍVEL Nº 1004022-49.2023.4.06.3824/MG RELATOR : Juiz Federal TALES KRAUSS QUEIROZ RECORRENTE : WELITON MENDES DA SILVA (AUTOR) ADVOGADO(A) : GECILANE RODRIGUES DOS SANTOS (OAB MG192503) ADVO…

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Processo nº 1003537-85.2022.4.06.9999

ID: 311223624

Tribunal: TRF6 Órgão: SEC.GAB.23 (Des. Federal FLÁVIO BOSON GAMBOGI) Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1003537-85.2022.4.06.9999

Data de Disponibilização: 30/06/2025

Polo Ativo:

ANGELA APARECIDA DE ARAUJO

Polo Passivo:

Acórdão

Advogados:

JULIAN PIZELLI TEIXEIRA LEITE

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Apelação Cível Nº 1003537-85.2022.4.06.9999/MG RELATOR : Desembargador Federal FLAVIO BOSON GAMBOGI APELANTE : ANGELA APARECIDA DE ARAUJO ADVOGADO(A) : JULIAN PIZELLI TEIXEIRA LEITE (OAB MG111896) E… Apelação Cível Nº 1003537-85.2022.4.06.9999/MG RELATOR : Desembargador Federal FLAVIO BOSON GAMBOGI APELANTE : ANGELA APARECIDA DE ARAUJO ADVOGADO(A) : JULIAN PIZELLI TEIXEIRA LEITE (OAB MG111896) EMENTA DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL. SEGURADO ESPECIAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. COMPROVAÇÃO POR INÍCIO DE PROVA MATERIAL CORROBORADA POR PROVA TESTEMUNHAL. EX-MARIDO COM VÍNCULOS URBANOS IRRELEVANTES. VALOR E VOLUME DE PRODUÇÃO. RECURSO PROVIDO I. CASO EM EXAME 1. Apelação cível interposta contra sentença que julgou improcedente o pedido de concessão de aposentadoria por idade rural, formulado por trabalhadora rural nascida em 30/04/1964, com requerimento administrativo protocolado em 17/05/2019. A parte autora sustenta ter comprovado o exercício de atividade rural em regime de economia familiar, fazendo jus à condição de segurada especial, com base em início de prova material devidamente corroborado por prova testemunhal. O juízo de origem, contudo, indeferiu o pedido sob o fundamento de que os vínculos empregatícios urbanos do ex-marido e o alegado volume elevado da produção agropecuária descaracterizariam o regime de economia familiar. II. QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2. Há duas questões em discussão: (i) definir se o valor e volume da produção de leite descaracteriza o regime de economia familiar; e (ii) estabelecer se os vínculos urbanos do ex-marido descaracterizam a condição de segurada especial da autora. III. RAZÕES DE DECIDIR 3. A concessão da aposentadoria por idade rural exige a comprovação do labor rurícola por meio de início razoável de prova material, complementado por prova testemunhal idônea, nos termos da Súmula 149 do STJ. No caso, os documentos apresentados, como a certidão de casamento qualificando o marido como lavrador e ITRs de imóvel rural, não são suficientes para demonstrar o labor campesino da autora durante todo o período de carência. 4. A fim de demonstrar o início de prova material do exercício de atividade rural, a parte autora apresentou os seguintes documentos (evento 1, DOC2): (i) notas fiscais de venda de leite, emitidas entre os anos de 2009 e 2013 (fls. 13/36); e (ii) comprovante de inscrição estadual como produtora familiar, referente ao ano de 2009 (fl. 89). 5. A fundamentação adotada pelo juízo de origem, que afastou a condição de segurada especial da autora com base na existência de vínculos empregatícios urbanos de seu ex-marido e no volume e valor da produção de leite, não se sustenta. Isso porque consta nos autos que o divórcio entre a autora e seu então cônjuge ocorreu no ano de 2000, ou seja, anteriormente ao período de exercício da atividade rural controvertido nos autos (2004 a 2009). Assim, desfeito o vínculo conjugal e desconstituído o grupo familiar, tornam-se irrelevantes os vínculos urbanos do ex-marido para fins de análise da condição de segurada especial da autora. 6. Quanto ao volume e valor da produção de leite, a análise contextual demonstra sua compatibilidade com a situação da parte autora. Considerando-se a composição do novo grupo familiar — formado pela autora, seu companheiro e filhos —, bem como o tamanho da propriedade rural de 49 hectares (equivalente a aproximadamente 1,4 módulos fiscais), resta evidenciada a condição de pequena produtora rural exercendo suas atividades em regime de economia familiar. 7. Preenchidos os requisitos legais, é devida a concessão da aposentadoria por idade rural, com termo inicial na data do requerimento administrativo, observada a prescrição quinquenal. IV. DISPOSITIVO 8. Recurso provido para reformar a sentença e julgar procedente o pedido de aposentadoria rural a partir de 17/05/2019 (DER). Inversão do ônus da sucumbência. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, a serem pagos pelo INSS, observado o disposto na súmula 111/STJ. Adequação dos consectários legais. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 2ª Turma - Prev/Serv do Tribunal Regional Federal da 6ª Região decidiu, por unanimidade, DAR provimento à Apelação da parte autora para reformar a sentença e julgar procedente o pedido de aposentadoria rural a partir de 17/05/2019 (DER). Alterado o resultado da lide, inverto o ônus da sucumbência e condeno o INSS ao pagamento de honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da condenação, de acordo com o §3º, I, do artigo 85 do CPC, observado o disposto na súmula 111/STJ, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Belo Horizonte, 25 de junho de 2025.

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Processo nº 1001209-85.2022.4.06.9999

ID: 308497929

Tribunal: TRF6 Órgão: SEC.GAB.11 (Des. Federal GRÉGORE MOREIRA DE MOURA) Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1001209-85.2022.4.06.9999

Data de Disponibilização: 26/06/2025

Polo Ativo:

ANA LUCIA GOMES

Polo Passivo:

Acórdão

Advogados:

MARIA JOSE MARTINS

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GISLAINE CRISTINA DE OLIVEIRA AVILA

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Apelação Cível Nº 1001209-85.2022.4.06.9999/MG RELATOR : Desembargador Federal GRÉGORE MOREIRA DE MOURA APELANTE : ANA LUCIA GOMES ADVOGADO(A) : MARIA JOSE MARTINS (OAB MG171537) ADVOGADO(A) : GISLA… Apelação Cível Nº 1001209-85.2022.4.06.9999/MG RELATOR : Desembargador Federal GRÉGORE MOREIRA DE MOURA APELANTE : ANA LUCIA GOMES ADVOGADO(A) : MARIA JOSE MARTINS (OAB MG171537) ADVOGADO(A) : GISLAINE CRISTINA DE OLIVEIRA AVILA (OAB MG163819) EMENTA PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. REQUISITOS. SEGURADO ESPECIAL. PROVA MATERIAL. PROVA TESTEMUNHAL. INFORMANTE. HONORÁRIOS RECURSAIS. 1. O artigo 48, §’s 1º e 2º, da Lei 8.213/91 define os requisitos necessários à aposentadoria por idade rural, que, em síntese, são: a) satisfação do requisito etário (60 anos e 55 anos, respectivamente homens e mulheres); b) exercício de atividade rural pelo lapso exigido em lei equivalente à carência exigida para concessão do benefício, devendo ser explicado que, por atividade rural, entende-se emprego rural, trabalho rural eventual, trabalhador avulso rural e trabalho rural na situação de segurado especial; c) e comprovação da atividade rural. O trabalhador rural deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 9 o do artigo 11 da Lei 8.213/91. O período de carência consta do artigo 142 da Lei 8.213/91 e varia de acordo com o ano em que o segurado completou a idade mínima para se aposentar. O artigo 143 da Lei 8.213/91 prevê que, completados 15 anos de trabalho rural, o segurado pode requerer a aposentadoria rural por idade. 2. A autora requereu a concessão de aposentadoria híbrida, ao argumento de que realizou trabalho rural na situação de empregada rural e segurada especial. A aposentadoria híbrida permite a contagem de tempo de trabalho urbano e rural para a concessão do benefício. Nos termos do artigo 48, § 3º, da Lei 8.213/91, a idade mínima para o homem se aposentar é de 65 anos e, para a mulher, 60 anos, sendo que o tempo de carência é 15 anos. A autora nasceu em 06.01.1957 e completou 60 anos de idade em 06.01.2017. DER em 14.07.2020. Em sua petição inicial, ela não aponta nenhum vínculo de emprego urbano, o que é confirmado pelo CNIS e pela CTPS, os quais não contêm anotações de vínculos de trabalho. Isso por si só afasta o direito à aposentadoria híbrida. Todavia, tendo em conta que, conforme a jurisprudência pátria e inobstante reservas deste Relator, a relação de direito previdenciária é plástica quanto à causa de pedir e ao pedido, admitindo a concessão de um benefício pelo outro em caso de presença dos requisitos, é o caso de analisar se a autora faz jus à aposentadoria rural por idade, mesmo porque os elementos necessários para avaliar o cumprimento dos seus requisitos se encontram nos autos e foram submetidos ao contraditório. 3. Os segurados especiais são segurados obrigatórios do RGPS, segundo o artigo 11, inciso VII, da Lei 8.213/91. Entende-se por regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes (artigo 11, VII, § 1º, da Lei 8.213/91). 4. O reconhecimento de tempo de serviço prestado na condição de segurado especial em regime de economia familiar exige início razoável de prova material a ser reafirmada por prova testemunhal, a teor da Súmula 149 do STJ e do Tema 297 do STJ. É pacífica a jurisprudência do STJ no sentido de que o rol de provas do artigo 106 da Lei 8.213/91 é meramente exemplificativo (STJ AgRG no REsp 1073730/CE). Segundo o Superior Tribunal de Justiça – STJ, a situação do trabalhador rural é socioeconomicamente vulnerável, a ponto de os trabalhadores rurais não se preocuparem muito em produzir documentos acerca da condição de rurícola, o que deve ser considerado pela Justiça, por ocasião do julgamento de causas nas quais se pedem benefícios previdenciários. Para o Superior Tribunal de Justiça - STJ, as certidões de nascimento, casamento e óbito, bem como certidão da Justiça Eleitoral, carteira de associação ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais, ficha de inscrição em Sindicato Rural, contratos de parceria agrícola, podem servir como início da prova material nos casos em que a profissão de rurícola estiver expressamente mencionada. É firme a orientação jurisprudencial no sentido de que, para concessão de aposentadoria por idade rural, não se exige que a prova material do labor agrícola se refira a todo o período de carência, desde que haja prova testemunhal apta a ampliar a eficácia probatória dos documentos, como na hipótese em exame. Por fim, a jurisprudência consigna a possibilidade de extensão da situação de rurícola do cônjuge lavrador à sua esposa ou companheira. 5. Não há nenhum documento em nome da autora que a qualifique como segurada especial. A prova material consiste na certidão de casamento da autora, ocorrido em 13.09.1975, sem qualificação profissional, e a CTPS do cônjuge da autora, a qual aponta a existência de 8 vínculos de emprego rural, na situação de safrista, fragmentados da década de 1990 até o ano de 2006. Em 2011, a Justiça concedeu ao esposo da autora a aposentadoria rural por idade, conforme consta da cópia do processo judicial juntado aos autos. O safrista é equiparado pela jurisprudência ao segurado especial. Precedentes: REsp n. 1.667.753/RS, relator Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, julgado em 7/11/2017, DJe de 14/11/2017; AC 1036422-88.2020.4.01.0000, Desembargador Federal Morais Da Rocha, Trf1 - Primeira Turma, PJe 14/06/2023 PAG.; e Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei (Turma) 0001191-14.2016.4.01.3506, Ivanir Cesar Ireno Junior - Turma Nacional De Uniformização, 29/04/2021. 6. A prova oral complementou e ampliou a prova material. Os depoimentos pessoal da autora e da testemunha foram inteiramente transcritos no voto, porque revelam riquezas de detalhes quanto ao trabalho rural, e, por isso, são convincentes quanto ao labor rural, durante toda a vida. Cumprida a carência de 15 anos (artigo 143 da Lei 8.213/91), a sentença deve ser reformada, a fim de conceder à autora a aposentadoria rural por idade a contar da DER. 7. Apelação da parte autora provida. Tutela antecipada concedida. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 1ª Turma - Prev/Serv do Tribunal Regional Federal da 6ª Região decidiu, por unanimidade, conhecer o recurso de apelação da parte autora e dar-lhe provimento, nos termos do voto do relator, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Belo Horizonte, 24 de junho de 2025.

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