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Cooperativa De Crédito, Poupança E Investimento Do Noroeste De Mato Grosso, Acre E Amazonas - Sicredi Biomas x Gilsinei Biazoto Amorim e outros

ID: 334942982

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1000159-83.2024.8.11.0039

Data de Disponibilização: 25/07/2025

Polo Ativo:

COOPERATIVA DE CRÉDITO, POUPANÇA E INVESTIMENTO DO NOROESTE DE MATO GROSSO, ACRE E AMAZONAS - SICREDI BIOMAS

Polo Passivo:

GILSINEI BIAZOTO AMORIM GILSINEI BIAZOTO AMORIM 00648746135

Sentença

Advogados:

RENATO CHAGAS CORREA DA SILVA

OAB/MT XXXXXX Desbloquear

ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS SENTENÇA Processo: 1000159-83.2024.8.11.0039 REQUERENTE: COOPERATIVA DE CRÉDITO, POUPANÇA E INVESTIMENTO DO NOROESTE DE… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS SENTENÇA Processo: 1000159-83.2024.8.11.0039 REQUERENTE: COOPERATIVA DE CRÉDITO, POUPANÇA E INVESTIMENTO DO NOROESTE DE MATO GROSSO, ACRE E AMAZONAS - SICREDI BIOMAS REQUERIDO: GILSINEI BIAZOTO AMORIM 00648746135 e outros Relatório. Aqui se tem Ação Ordinária de Cobrança proposta por COOPERATIVA DE CRÉDITO, POUPANÇA E INVESTIMENTO DO NOROESTE DE MATO GROSSO, ACRE E AMAZONAS - SICREDI BIOMAS em face de GILSINEI BIAZOTO AMORIM. A ação visa à cobrança de débitos decorrentes de dois contratos de empréstimo. Segundo a inicial, os contratos em questão são o de número C21131096-0, contratado em 18/04/2022 no valor de R$ 2.450,00, e o de número C21131932-1, contratado em 05/07/2022 no valor de R$ 27.688,99. Ambos os contratos estariam inadimplentes, o primeiro desde a décima segunda parcela e o segundo desde a nona parcela, perfazendo um total de R$ 47.787,48, conforme memória de cálculo anexada aos autos, com data-base de 19/01/2024. (ID 141269922, ID 141272447, ID 141272451). A parte autora demonstrou a disponibilização dos créditos em conta corrente do requerido por meio de extratos, bem como a conformidade dos encargos aplicados com o que fora pactuado. (ID 141269922, ID 141272446, ID 141272449). Devidamente citado por telefone e via aplicativo de mensagem, o requerido foi intimado para a audiência de conciliação. (ID 149309127) Apesar da intimação positiva, o requerido não compareceu à Sessão de Conciliação designada para 25/04/2024, às 13h00, o que resultou na sua prejudicação. (ID 153780539). A parte requerente manifestou seu desinteresse na realização de audiência de conciliação e na produção de outras provas, reiterando o pedido de julgamento antecipado do mérito, por considerar a matéria exclusivamente de direito e as provas já produzidas suficientes para a formação do convencimento judicial. (ID 142943404, ID 183188887, ID 195823787). O requerido, embora intimado para indicar as provas que pretendia produzir, permaneceu inerte. (ID 193150742, ID 196024961). Fundamentação A relação jurídica estabelecida entre as partes é de natureza contratual, decorrente de empréstimos concedidos pela cooperativa de crédito ao mutuário. A validade do negócio jurídico encontra amparo no ordenamento civil, conforme o artigo 104 do Código Civil: "A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei." (ID 141269922). A parte autora instruiu a petição inicial com a memória de cálculo do débito, extratos de conta corrente que comprovam a liberação dos valores e a ocorrência da inadimplência. Estes documentos constituem prova escrita da existência e da exigibilidade do crédito. (ID 141269922, ID 141272447, ID 141272451). O requerido, apesar de devidamente citado e intimado para a audiência de conciliação, deixou de comparecer ao ato e não apresentou contestação. A ausência injustificada à audiência de conciliação, em conformidade com o artigo 334, § 8º, do Código de Processo Civil, configura ato atentatório à dignidade da justiça, sujeitando o ausente à multa. Além disso, a ausência de contestação, nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil, induz à revelia e à presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte autora na petição inicial. A presunção de veracidade dos fatos, somada à documentação carreada aos autos pela requerente, que evidencia a contratação e a inadimplência, tornam desnecessária a produção de outras provas. A matéria em discussão é eminentemente de direito, com fatos comprovados documentalmente e presumidos pela revelia. Assim, o feito se encontra apto para julgamento antecipado do mérito, conforme preceitua o artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil. Dispositivo Diante do exposto, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE os pedidos formulados na inicial. Declaro a revelia do requerido GILSINEI BIAZOTO AMORIM. Condeno o requerido ao pagamento do valor de R$ 47.787,48 (quarenta e sete mil, setecentos e oitenta e sete reais e quarenta e oito centavos), acrescido dos juros remuneratórios, juros moratórios e multa contratual nos termos pactuados, desde a data base da memória de cálculo (19/01/2024) até o efetivo pagamento. Adicionalmente, aplico ao requerido a multa por ato atentatório à dignidade da justiça, no percentual de 2% (dois por cento) sobre o valor atualizado da causa, com base no artigo 334, § 8º, do Código de Processo Civil, a ser revertida em favor do Estado. Condeno, ainda, o requerido ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, observando-se os critérios do artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Preclusa a via recursal, e nada sendo requerido, remetam-se os autos ao arquivo, na condição de findo, mediante adoção das formalidades e anotações de praxe. Cumpra-se. Marcos André da Silva Juiz de Direito

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Ministério Público Do Estado De Mato Grosso e outros x Diego Victor De Souza Campos

ID: 336273385

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE Classe: AUTO DE PRISãO EM FLAGRANTE Nº Processo: 1000477-15.2025.8.11.0077

Data de Disponibilização: 28/07/2025

Polo Ativo:

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL DO ESTADO DE MATO GROSSO

Polo Passivo:

DIEGO VICTOR DE SOUZA CAMPOS

Decisão

Advogados:

GRACIELE CRISTINA ROMERO MUNHOZ

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE DECISÃO Processo: 1000477-15.2025.8.11.0077. AUTORIDADE: POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL DO ESTADO DE MATO GROSSO, MINIS… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE DECISÃO Processo: 1000477-15.2025.8.11.0077. AUTORIDADE: POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL DO ESTADO DE MATO GROSSO, MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO RÉU PRESO: DIEGO VICTOR DE SOUZA CAMPOS Vistos, etc. Trata-se de auto de prisão em flagrante nº 1000477-15.2025.811.0777, no qual a Autoridade Policial informou a prisão flagrancial de Diego Victor de Souza Campos no dia 04/05/2025, pela suposta prática dos crimes previstos nos arts. 14 e 16, §1º, IV, da Lei nº 10826/2003. Representou pela conversão da prisão flagrancial em preventiva, nos termos dos arts. 310, II e 311 do Código de Processo Penal (ID 192679795). Audiência de custódia realizada em 05/05/2025, sendo convertida a prisão flagrancial em preventiva pelo Juiz Plantonista, com fundamento na garantia da ordem pública, conforme trecho in verbis: “No caso vertente, pontuo que a liberdade do indiciado representa risco à ordem pública. Explico. Há indícios de reiteração delitiva do custodiado, pois, responde pelo crime de furto nos autos n. 1000159-37.2022.8.11.0077. Ademais, vislumbra-se a gravidade concreta do delito, pelos motivos que passo a elencar: 1) A ocorrência iniciou devido a um chamado que a Polícia Militar recebeu, noticiando que “um veículo FIAT/STRADA ADVENTURE, cor prata, placa NAY6D76, havia parado na primeira ponte da MT-199 e realizado disparos de arma de fogo”, sendo que o custodiado assumiu em seu interrogatório realizado no ID 192679805, que é proprietário do referido veículo; 2) Foram localizadas 02 armas de fogo e diversas munições, sendo elas: “Pistola Outro HS SF 19 4.5 AFDE CROATIA Cal. 9 mm Outros, Nº Série RASPADO, Nº Lacre 06133354, Código de Apreensão 8FA43 - Obs.: COM 01 CARREGADOR E 09 MUNIÇÕES INTACTAS apreendido(a) em posse de DIEGO VICTOR DE SOUZA CAMPOS Revólver Taurus (brasil) Aço Inox, Nº Série 384377, Nº Lacre 06133382, Código de Apreensão 8FA42 - Obs.: COM 13 MUNIÇÕES INTACTAS apreendido(a) em posse de DIEGO VICTOR DE SOUZA CAMPOS”, estando uma delas com a numeração raspada, fato que dificulta rastrear a origem da arma de foto (ID 192679799); Em síntese, a prática, em tese, envolve: disparo de arma de fogo, apreensão de várias munições, apreensão de mais de uma arma de fogo e uma das armas de fogo possui numeração raspada, dificultando a identificação. Outrossim, infere-se estar preenchido, o requisito do art. 313, I do CPP, porquanto a pena cominada para a conduta delitiva em tese perpetrada suplanta o mínimo legal, possibilitando a prisão preventiva dos custodiado(...)” (ID 192767521) Determinada vista ao Ministério Público em 12/05/2025, para requerer o que entender de direito (ID 193069843). O Ministério Público requereu seja transladada cópia deste APF para o Inquérito Policial distribuído sob o n.º 1000529-11.2025.8.11.0077 (PJE), bem como o arquivamento dos presentes autos, com as baixas e cautelas de estilo (ID 195462338). Determinado o arquivamento dos autos de prisão em flagrante, com translade de cópia das peças principais ao inquérito policial correspondente, promovendo-se o arquivamento deste, conforme decisão exarada em 30/05/2025 (ID 195865814). Informações prestadas ao Desembargador Relator do habeas corpus nº 1015786-16.2025.8.11.0000 em 17/06/2025, via malote, conforme comprovante de envio (ID 197965820). Por fim, foi juntado aos autos, em 25/07/2025 , o acórdão proferido no Habeas Corpus nº 1015786-16.2025.8.11.0000, julgado na sessão de 23/07/2025, concedendo a ordem, à unanimidade de votos, “a fim de conceder liberdade provisória ao paciente, condicionada ao cumprimento das medidas cautelares alternativas, conforme previsto no art. 319 do Código de Processo Penal, a serem fixadas pelo juízo de origem, que também deverá expedir o respectivo alvará de soltura, após a verificação de que o paciente não se encontra preso por outro motivo”. (ID 202225748) É o breve relatório. Decido. Cumpra-se, com a máxima urgência, a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça colocando o indiciado Diego Victor de Souza Campos em liberdade, salvo se por outro motivo deva permanecer preso. Contudo, conforme determinado, fixo as seguintes medidas cautelares alternativas: - comparecimento mensal no Juízo de Vila Bela da Santíssima Trindade/MT; -proibição de se ausentar da Comarca por mais de 07 (sete) dias, sem autorização do Juízo; - manter o endereço e contato telefônico atualizados; Na oportunidade, intime-o acerca das medidas cautelares fixadas, cientificando-o que o descumprimento injustificado pode acarretar em nova custódia cautelar. EXPEÇA-SE alvará de soltura em favor de Diego Victor de Souza Campos, no BNMP, devendo ser imediatamente colocado em liberdade, se por outro motivo não estiver preso. Comunique-se ao Centro de Ressocialização de Várzea Grande - “Capão Grande”, local em que Diego Victor de Souza Campos está custodiado. Intimem-se. Publique-se. Cumpra-se com urgência. Realizadas as diligências, arquive-se. Às providências. VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE, 25 de julho de 2025. Ítalo Osvaldo Alves da Silva Juiz de Direito em Substituição Legal

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Processo nº 1000159-91.2019.8.11.0093

ID: 308601336

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE FELIZ NATAL Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA CONTRA A FAZENDA PúBLICA Nº Processo: 1000159-91.2019.8.11.0093

Data de Disponibilização: 26/06/2025

Polo Ativo:

EVANDRO SANTOS DA SILVA FELIZ NATAL ARMAZENS GERAIS LTDA - EPP GUILHERME CALVO CAVALCANTE IONARA SANTOS DA SILVA JANONE DA SILVA PEREIRA NEWTON ACUNHA ROCHA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

NEWTON ACUNHA ROCHA

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GUILHERME CALVO CAVALCANTE

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EVANDRO SANTOS DA SILVA

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JANONE DA SILVA PEREIRA

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IONARA SANTOS DA SILVA

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE FELIZ NATAL Processo: 1000159-91.2019.8.11.0093. EXEQUENTES: FELIZ NATAL ARMAZENS GERAIS LTDA - EPP, EVANDRO SANTOS DA SILVA, NEWTON ACUNHA ROCHA,… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE FELIZ NATAL Processo: 1000159-91.2019.8.11.0093. EXEQUENTES: FELIZ NATAL ARMAZENS GERAIS LTDA - EPP, EVANDRO SANTOS DA SILVA, NEWTON ACUNHA ROCHA, IONARA SANTOS DA SILVA, JANONE DA SILVA PEREIRA E GUILHERME CALVO CAVALCANTE EXECUTADO: ESTADO DE MATO GROSSO SENTENÇA INTEGRATIVA Vistos, etc Trata-se de cumprimento de sentença iniciado por FELIZ NATAL ARMAZÉNS GERAS LTDA-EPP e, também, por EVANDRO SANTOS DA SILVA, IONARA SANTOS DA SILVA, JANONE DA SILVA PEREIRA, NEWTON ACUNHA ROCHA, e GUILHERME CALVO CAVALCANTE, em face do ESTADO DE MATO GROSSO, relativo, respectivamente, ao reembolso das custas iniciais e preparo recursal recolhidos na fase de conhecimento; bem como aos honorários advocatícios de sucumbência, cujos ônus foram atribuídos no édito sentencial ao ente estatal. O Estado executado manifestou concordância quanto aos cálculos apresentados pela parte exequente, esclarecendo que seria necessário aguardar a expedição de precatório, pois o crédito perseguido ultrapassaria 100 UFP’s. Petição dos advogados exequentes requerendo o fracionamento dos honorários de sucumbência que lhes favorece para fins de expedição de RPV’s respectivas (id 193877437). Na sentença de id 194563602 foi afastado o pleito dos credores de fracionamento, foram homologados os cálculos apresentados e determinada a expedição de precatório. Contudo, a Secretaria do juízo juntou na certidão de id 196352571, consulta sobre como proceder com o cumprimento do comando judicial, tendo em vista que se tratam de cinco credores de verba honorária advocatícia de sucumbência que, individualmente, têm créditos que estão abaixo do limite de 100 UFP’s, de maneira que seria caso de expedição de RPV para cada um dos exequentes. Afinal, somente o somatório das quantias individuais a que fazem jus os litisconsortes exequentes é que supera o parâmetro para a expedição de precatório de 100 UFP's, mas não os créditos individualmente considerados, que se enquadram no limite que permite a expedição de RPV. Pois bem, no julgamento do Tema repetitivo 608 - REsp 1347736 / RS, o Colendo Superior Tribunal de Justiça, reafirmando o entendimento de que os honorários constituem direito autônomo do causídico, ponderou que, na hipótese de a execução ser promovida em regime de litisconsórcio ativo voluntário, ainda que entre advogados, a aferição do valor, para fins de submissão ao rito da RPV, deve levar em conta o crédito individual de cada exequente. Em outras palavras, a previsão constante do art. 100, § 8º, da CF objetiva evitar que um mesmo exequente se valha, de maneira simultânea, de dois sistemas de satisfação do crédito (RPV e precatório), com intuito de fracionar o débito. Portanto, havendo mais de um credor, os valores devidos a cada um deles será considerado individualmente, de modo que, caso não ultrapassem os limites previstos para pagamento por meio de requisição de pequeno valor, poderão ser efetuados por esse sistema. Se essa prática é admitida em relação ao crédito principal, não há razão jurídica que a proíba em relação aos honorários de sucumbência devidos aos advogados que atuaram na causa e que pretendem receber sua quota parte de maneira individualizada. Dessa forma, em atendimento à consulta constante do id 196352571, corrige-se, de ofício, erro material, na sentença constante do id 194563602 para deferir o pleito dos exequentes, veiculado no id 193877437, de recebimento individualizado de seus créditos por meio de RPV em proveito de cada um deles, afinal a Constituição Federal veda o fracionamento do crédito em proveito de um só credor, mas não há proibição de que cada credor receba sua quota parte por RPV, acaso não atinja o teto de 100 UFP’s. Assim, tendo a parte executada, ESTADO DE MATO GROSSO, apresentado concordância expressa com o “quantum” exequendo (id 188452996), RATIFICA-SE A HOMOLOGAÇÃO dos cálculos indicados pela parte credora nos ids 183836879 e 184016193. Elaborem-se os cálculos pela Contadoria Judicial diretamente no Sistema de Requisição de Pagamento (SRP), nos termos da Portaria nº 528/2019-PRESS-TJMT e do Provimento nº 20/2020-CM. Em seguida, requisite-se o pagamento do valor executado diretamente ao ente público, individualizando cada credor, por meio de RPV, no prazo máximo de 2 (dois) meses, contados a partir do seu recebimento, com a ressalva de que poderá ser determinado o sequestro/bloqueio eletrônico do numerário suficiente ao cumprimento da decisão (art. 8º do Provimento nº 20/2020-CM). Assim, caberá à Secretaria expedir a competente certidão. Nos termos do artigo 6º do Provimento nº 20/2020-CM, serve cópia desta decisão como Requisição de pequeno valor – RPV, a ser encaminhada ao executado acompanhada do cálculo atualizado do débito a ser juntado ao processo. Ressalta-se que o ente público executado procederá ao pagamento do valor bruto constante no ofício requisitório de pequeno valor com o uso de guia de depósito na conta judicial vinculada ao processo, emitida no endereço eletrônico: http://siscondj.tjmt.jus.br/siscondj-tjmt/guiaEmissaoPublicaForm.do, devendo comunicar o depósito nos autos virtuais. Nessa perspectiva, efetuado o depósito judicial dos valores oriundos das RPV’s, expeçam-se alvarás, observando-se a(s) conta(s) bancária(s) a serem indicadas pelos credores no prazo de 05 (cinco) dias. P. R. I. Cumpra-se, expedindo o necessário. Diligencie-se. Efetuados os pagamentos, dá-se por satisfeita a obrigação, de forma que nada mais havendo, preclusas as vias recursais, arquive-se definitivamente este caderno processual. Feliz Natal/MT, data registrada no sistema. Victor Lima Pinto Coelho Juiz de Direito

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A. De S. P. De B. x F. M. R.

ID: 293820732

Tribunal: TJSP Órgão: Grupo de Apoio ao Núcleo de Justiça 4.0 em Segundo Grau (Turmas I a V) Classe: EMBARGOS DE DECLARAçãO CíVEL Nº Processo: 1000159-28.2023.8.26.0548

Data de Disponibilização: 10/06/2025

Polo Ativo:

A. DE S. P. DE B.

Polo Passivo:

F. M. R.

Despacho

Advogados:

SILVANO FREIRE OLIVEIRA

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PEDRO NOGUEIRA DA COSTA NETO

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DESPACHO Nº 1000159-28.2023.8.26.0548/50000 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Embargos… DESPACHO Nº 1000159-28.2023.8.26.0548/50000 - Processo Digital. Petições para juntada devem ser apresentadas exclusivamente por meio eletrônico, nos termos do artigo 7º da Res. 551/2011 - Embargos de Declaração Cível - Campinas - Embargte: A. de S. P. de B. - Embargdo: F. M. R. (Justiça Gratuita) - Tratam-se de Embargos de Declaração opostos em face do despacho que indeferiu a justiça gratuita à apelante, ora embargante, e determinou que ela comprove o recolhimento em dobro do preparo recursal sob pena de deserção. Conheço dos Embargos, visto que tempestivos, mas nego-lhes provimento. Com efeito, inexiste omissão, contradição, obscuridade ou erro material no despacho atacado, únicas hipóteses de cabimento dos Embargos, de acordo com o art. 1.022 do CPC. A apelante não comprovou o recolhimento do preparo recursal ao interpor o seu recurso de Apelação e limitou-se a apresentar um pedido de justiça gratuita que foi indeferido pela falta de apresentação de documentos, de modo que deve comprovar o recolhimento em dobro do preparo recursal, de acordo com os arts. 100, parágrafo único, 102 e 1.007, §4º, do CPC. A juntada intempestiva de comprovante de recolhimento simples do preparo recursal às fls. 162/163 não afasta a obrigação de recolhimento em dobro, de acordo com a jurisprudência pacífica: "2. Se a parte não comprovar o recolhimento do preparo ao interpor o recurso, ou se comprovar que o recolheu no ato da interposição, mas o fez de forma equivocada, será intimada a fazer o pagamento em dobro. Em ambas as situações, poderá optar por comprovar o preparo já pago e pagar novamente ou pagar o valor em dobro. Precedentes. 3. A juntada de comprovante de complementação do pagamento recolhido a menor não afasta a sanção do recolhimento em dobro, haja vista a previsão do art. 1.007, §4º, do Código de Processo Civil."(STJ - AgInt no AREsp n. 2.134.242/SP, relator Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, julgado em 28/8/2023, DJe de 31/8/2023) "PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE CONHECIMENTO EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PREPARO. NÃO COMPROVAÇÃO NO ATO DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. INTIMAÇÃO PARA REGULARIZAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO (ART. 1007, §4º, DO CPC/2015). (...) 2. O Novo Código de Processo Civil traz regulamentação expressa no sentido de que a comprovação do preparo recursal deve ocorrer no momento da interposição do recurso (art. 1.007, caput), bem como no sentido de que, em não havendo a referida comprovação no momento oportuno, após intimado a tanto, o recorrente deverá efetuar o recolhimento do preparo em dobro (art. 1007, §4º). 3. A jurisprudência desta Corte Superior firmou-se no sentido de que a ausência de regular comprovação do preparo, no ato de interposição do recurso, implica a incidência do § 4º do art. 1.007 do CPC/2015. Quem não prova o pagamento a tempo e modo, sem o amparo de justa causa (§ 6º), nem efetua o recolhimento em dobro quando intimado (§§ 4º e 5º), sofre a pena da deserção (Súmula 187/STJ). Precedentes. (...) 6. Agravo interno no recurso especial não provido." (STJ - AgInt no REsp n. 1.900.494/MS, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 22/6/2021, DJe de 25/6/2021.) "PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PREPARO. NÃO COMPROVAÇÃO NO ATO DE INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. JUNTADA DE COMPROVANTE BANCÁRIO RELACIONADO A OUTRO PROCESSO. INTIMAÇÃO PARA REGULARIZAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO (ART. 1007, §4º, DO CPC/2015). NÃO ATENDIMENTO. DESERÇÃO. SÚMULA 187/STJ. 1. O Novo Código de Processo Civil traz regulamentação expressa no sentido de que a comprovação do preparo recursal deve ocorrer no momento da interposição do recurso (art. 1.007, caput), bem como no sentido de que, em não havendo a referida comprovação no momento oportuno, após intimado a tanto, o recorrente deverá efetuar o recolhimento do preparo em dobro (art. 1007, §4º). 2. A jurisprudência desta Corte Superior firmou-se no sentido de que "A ausência de regular comprovação do preparo, no ato de interposição do recurso, implica a incidência do § 4º do art. 1.007 do CPC/2015. Quem não prova o pagamento a tempo e modo, sem o amparo de justa causa (§ 6º), nem efetua o recolhimento em dobro quando intimado (§§ 4º e 5º), sofre a pena da deserção (Súmula 187/STJ)."(AgInt no REsp 1.856.622/RS, Rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, DJe de 24/6/2020). (STJ - AgInt no REsp n. 1.840.990/SP, relator Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 11/11/2020, DJe de 16/11/2020.) Vê-se, assim, que a matéria apresentada nos Embargos de Declaração refere-se apenas ao inconformismo da parte quanto ao mérito do despacho. a embargante utiliza os Embargos de Declaração como meio para reexame do mérito, o que não se coaduna com a finalidade deste recurso. Isto posto, NEGO PROVIMENTO aos Embargos de Declaração, mantendo-se integralmente o despacho atacado, nos termos em que foi exarado. Em derradeira oportunidade, comprove a recorrente o recolhimento em dobro do preparo recursal devido, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de o recurso não ser conhecido, nos termos do art. 1.007, §4º, do CPC. Esclareço que o preparo deve ser recolhido no valor correspondente ao dobro do que deveria ter sido recolhido quando da interposição do recurso, abatendo-se o recolhimento parcial que foi feito pela recorrente às fls. 163/163. - Magistrado(a) Léa Duarte - Advs: Pedro Nogueira da Costa Neto (OAB: 318110/SP) - Silvano Freire Oliveira (OAB: 360469/SP) - Sala 203 – 2º andar

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Processo nº 0002064-34.2024.8.26.0101

ID: 331644651

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Caçapava - 1ª Vara Cível Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENçA Nº Processo: 0002064-34.2024.8.26.0101

Data de Disponibilização: 22/07/2025

Polo Ativo:

E. C. B. I. C. B.

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

MARCOS MATHIAS BUENO

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Processo 0002064-34.2024.8.26.0101 (processo principal 1000159-84.2018.8.26.0101) - Cumprimento de sentença - Dissolução - I.C.B. - - E.C.B. - Vistos. Fls. 49: baseada na última planilha de cálculo… Processo 0002064-34.2024.8.26.0101 (processo principal 1000159-84.2018.8.26.0101) - Cumprimento de sentença - Dissolução - I.C.B. - - E.C.B. - Vistos. Fls. 49: baseada na última planilha de cálculo/mais recente que estiver juntada aos autos até a presente decisão, proceda a Serventia às ROTINAS ELETRÔNICAS de LOCALIZAÇÃO DE BENS (via SISBAJUD) em nome da parte passiva ou executada, ficando desde já DEFERIDO apenas o BLOQUEIO em caso de saldo positivo ou outros bens localizados. Indefiro a rotina CCS-BACEN, porquanto a referida pesquisa destina-se a auxiliar o Poder Judiciário na repressão de crimes financeiros, hipótese distinta do caso concreto, não servindo, portanto, à satisfação de interesses particulares. Nesse sentido: AGRAVO DE INSTRUMENTO - Execução de título extrajudicial - Indeferimento de expedição de ofício ao CCS-BACEN. I - Inconformismo do exequente. Alegada possibilidade de efetivação da medida postulada. II - Impertinência da pesquisa no sistema CCS-BACEN - Ferramenta criada para auxiliar o Poder Público na repressão de crimes financeiros, não servindo, portanto, para a satisfação de interesses particulares. III - Decisão mantida - Recurso não provido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2386328-83.2024.8.26.0000; Relator (a):Daniela Menegatti Milano; Órgão Julgador: 19ª Câmara de Direito Privado; Foro de Caçapava -1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 13/02/2025; Data de Registro: 13/02/2025) Indefiro o requerimento de pesquisa pelo Dossiê Integrado da Receita Federal, pois trata-se de medida excepcional, reservada a medidas extremas, especialmente em casos em que haja indícios de prática de ilícitos, mas não com o propósito de busca de patrimônio de bens para satisfação de execução ou cumprimento de título executivo extrajudicial, sob pena de banalização da quebra do sigilo bancário, o que não é admissível. Nesse sentido os julgados do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo: Execução de título extrajudicial - Não localização de bens penhoráveis - Pedido de expedição de ofícios à Receita Federal, para obtenção de 'dossiê integrado' dos Executados, ao CCS-Bacen e ao COAF - Impossibilidade - Informações protegidas, cuja violação exige ao menos indícios de prática criminosa, inexistente nos autos - Decisão mantida - Recurso não provido. (TJSP, 38ª Câmara de Direito Privado, AI 2205023-74.2021.8.26.0000, rel. Des. Mário de Oliveira, j. 29.10.2021). Agravo de Instrumento. Cumprimento de Sentença. Decisão que indeferiu o pedido de pesquisa pelo Dossiê Integrado da Receita Federal. Inconformismo da credora. Reforma da decisão. Descabimento. Sigilos bancário e fiscal decorrentes do art. 5º, incisos X e XII, da Constituição Federal e do art. 198, do Código Tributário Nacional. Quebra de sigilo somente autorizada para apuração de ilícitos específicos ou interesse público, não para satisfação de interesse meramente privado. Ausência de indícios de prática de ilícitos pela devedora. Medida desproporcional e inadequada para os fins pretendidos, pois tem cunho investigativo e não visa elencar bens passíveis de penhora. Precedentes. Decisão mantida. Recurso desprovido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2017949-32.2025.8.26.0000; Relator (a):Eduardo Gesse; Órgão Julgador: 28ª Câmara de Direito Privado; Foro de Bauru -4ª Vara Cível; Data do Julgamento: 05/06/2025; Data de Registro: 05/06/2025). Pesquisa CNIB: considerando a existência do "Tema 44 - IRDR - Medida - Coercitiva - Art. 139, IV, CPC - Indisponibilidade - Bens - CNIB", com determinação de suspensão da execução, esclareça a parte exequente no prazo de 15 dias, se persiste o interesse na pesquisa CNIB, o que motivará a suspensão da presente. Bens imóveis: a pesquisa de titularidade de imóveis pode ser feita eletronicamente pela parte interessada, no endereço eletrônico http://www.registradores.org.br/ Primeiro, porém, verifique a Serventia se a parte interessada está isenta ou já recolheu todas as taxas, calculadas para cada diligência/rotina a ser realizada e para cada CPF/CNPJ diferente expressamente indicado, intimando-se por ato ordinatório para que recolha em 05 dias se necessário (art. 2º, inc. XI, da Lei Estadual n. 11.608/03). Cumpra-se o Provimento CG 21/2006, elaborando-se a minuta de bloqueio. Executados abaixo: Antonio Paulo Bertini; Valor Atualizado: R$ 78.097,14 Após a realização das pesquisas, providencie o cartório a liberação do sigilo da petição supra, bem como a devida disponibilização dos atos ao público externo. SOMENTE com todas as respostas/rotinas eletrônicas de localização de bens juntadas aos autos, intime-se por ato ordinatório a parte exequente ou autora para se manifestar com brevidade em 05 dias sobre os resultados das mesmas, positivas e/ou negativas, requerendo, sob pena de suspensão ou extinção, o que de direito, de modo fundamentado, com adequação e pertinência, para que efetivamente então a execução prossiga com sucesso, ou seja, obtenha-se o adimplemento da obrigação, sem eternizar o feito e/ou gerar mais custos com seu andamento que o próprio crédito a receber (ineficiência da atividade processual), sem gerar "indisponibilidades exacerbadas", com as quais, frise-se, este Juízo não quer compactuar e sim obviamente evitar, sem sobrecarregar e sem imputar culpa pela demora e/ou insucesso ao Poder Judiciário. Ciência ao exequente que, em sendo negativa a determinação, novas ordens de bloqueio só serão deferidas após o prazo de 01 (um) ano, salvo se comprovada a alteração patrimonial da parte executada. Decorrido o prazo, com ou sem a manifestação acima do pólo credor/requerente, venham conclusos, com brevidade, para decisão sobre eventual desbloqueio, penhora, transferência de valores, intimação da parte executada ou passiva e eventuais terceiros quando a Lei assim exigir para impugnar ou embargar a constrição, extinção, suspensão da execução por ausência de bens etc. Int. Caçapava, 11 de junho de 2025. - ADV: MARCOS MATHIAS BUENO (OAB 421218/SP), MARCOS MATHIAS BUENO (OAB 421218/SP)

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Jose Cesar Sabo x Energisa Mato Grosso - Distribuidora De Energia S.A.

ID: 307319811

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE CLÁUDIA Classe: CUMPRIMENTO PROVISóRIO DE SENTENçA Nº Processo: 1000159-91.2024.8.11.0101

Data de Disponibilização: 25/06/2025

Polo Ativo:

JOSE CESAR SABO

Polo Passivo:

ENERGISA MATO GROSSO - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.

Decisão

Advogados:

DINARTH ARAUJO CARDOSO JUNIOR

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LAIS COSTA SAMPAIO

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GEORGE OTTAVIO BRASILINO OLEGARIO

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE CLÁUDIA DECISÃO Processo: 1000159-91.2024.8.11.0101. EXEQUENTE: JOSE CESAR SABO EXECUTADO: ENERGISA MATO GROSSO - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. Vi… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE CLÁUDIA DECISÃO Processo: 1000159-91.2024.8.11.0101. EXEQUENTE: JOSE CESAR SABO EXECUTADO: ENERGISA MATO GROSSO - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. Vistos. 1. Cuida-se de impugnação ao cumprimento de sentença apresentada por ENERGISA MATO GROSSO – DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A, na qual se sustenta, em síntese, a inexigibilidade da multa cominatória (astreintes) aplicada na fase de conhecimento, sob a alegação de ausência de intimação pessoal da parte devedora para cumprimento da obrigação de fazer, conforme entendimento consolidado na Súmula 410 do Superior Tribunal de Justiça. Com razão o impugnante. Do exame dos autos principais, constata-se que, de fato, não houve a devida intimação pessoal da parte executada para o cumprimento da obrigação imposta, circunstância que compromete a validade da aplicação das astreintes. O entendimento jurisprudencial é pacífico no sentido de que a intimação da parte para cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer deve ocorrer pessoalmente, sendo insuficiente a mera ciência por meio de seu patrono. Nesse sentido: “AGRAVO DE INSTRUMENTO – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA – Decisão que reconheceu o excesso de execução por cobrança de multa cominatória – Recurso do exequente buscando o cumprimento da obrigação de fazer, o pagamento dos valores devidos decorrentes do bloqueio acima do percentual determinado pelo d. juízo a quo e o pagamento de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer – Decisão que não obstou o prosseguimento do feito em relação à obrigação de fazer e à cobrança dos valores excedentes, mas, posteriormente, por uma questão sistêmica, determinou a distribuição de novo cumprimento de sentença no tocante à obrigação de fazer – Recurso não conhecido, nesse aspecto – Excesso de execução devidamente configurado, em razão da cobrança da multa cominatória - Ausência de intimação pessoal do executado – Súmula 410 do STJ – Necessidade de intimação pessoal da parte – Entendimento sumulado recepcionado pelo novo CPC – Intimação via DJE que se dirige ao causídico e não supre a necessidade de intimação dirigida diretamente à parte – Decisão mantida. Não se conhece de parte do recurso e, na parte conhecida, nega-se provimento ao recurso.” (TJ-SP - Agravo de Instrumento: 23401146820238260000 Botucatu, Relator.: Sidney Braga, Data de Julgamento: 07/10/2024, 19ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 07/10/2024) AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO – DECISÃO QUE DETERMINOU A DEVOLUÇÃO DO BEM À AGRAVADA, EM RAZÃO DO ACORDO HAVIDO ENTRE AS PARTES, SOB PENA DE MULTA – INSURGÊNCIA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – INEXIGIBILIDADE DAS ASTREINTES – AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PESSOAL – SÚMULA 410 DO STJ – PRECEDENTES – RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.1. Nos termos da Súmula 410 do STJ, a intimação pessoal do devedor é condição indispensável para a exigibilidade da multa cominatória por descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.2. A intimação do advogado da parte não supre a necessidade de intimação pessoal, considerando a distinção entre atos processuais e atos materiais atribuídos à parte.3. No caso, embora a entidade bancária tenha deixado de cumprir sua parte no acordo, ao não realizar a transferência do bem à agravada, é inviável exigir o pagamento da multa, pois não houve intimação pessoal da referida instituição. (TJPR - 20ª Câmara Cível - 0100700-26.2024.8.16.0000 - Ponta Grossa - Rel.: DESEMBARGADOR ANTONIO FRANCO FERREIRA DA COSTA NETO - J. 13.06.2025) Desse modo, a ausência dessa formalidade essencial inviabiliza a exigência da penalidade, nos termos da citada súmula, razão pela qual impõe-se o acolhimento da impugnação quanto a esse ponto, com o consequente reconhecimento da inexigibilidade das astreintes lançadas na presente fase de cumprimento. Argumenta ainda o impugnante que o prazo fixado para o cumprimento da obrigação seria exíguo e inexequível, o que teria resultado em enriquecimento ilícito da parte exequente, pleiteando, com isso, a redução do valor da multa fixada. Tal pretensão, contudo, não merece prosperar. Ocorre que a discussão acerca do prazo e da razoabilidade da sanção já foi objeto de análise em sede de agravo de instrumento, ocasião em que a instância superior determinou a finalização da obra de instalação de energia elétrica no prazo máximo e improrrogável de trinta dias, já contados com os dez dias deferidos na instância inferior, bem como ratificou a fixação da multa cominatória em caso de descumprimento. Referida decisão transitou em julgado, encontrando-se, portanto, preclusa a possibilidade de reanálise da questão neste momento processual. No que toca à alegação de nulidade da majoração das astreintes, novamente assiste razão ao impugnante. A jurisprudência recente do Superior Tribunal de Justiça, reitera a exigência de intimação pessoal da parte para o cumprimento da nova determinação judicial, especialmente quando há majoração da multa coercitiva anteriormente fixada. A ausência de tal providência, como verificado nos autos, constitui vício que macula a validade da majoração, tornando-a igualmente inexigível. Assim sendo, deve ser reconhecida também a nulidade da intimação que deu ensejo à majoração das astreintes, o que reforça a conclusão pela inexigibilidade da multa como um todo nesta fase de execução. Por fim, deixo de analisar a alegação de excesso de execução pelo suposto acréscimo de juros de mora sobre o valor das astreintes, em razão da inexigibilidade da multar. Mas, frisa-se que da análise do demonstrativo de cálculo apresentado constata-se que não houve a inclusão de juros, o que afastaria qualquer alegação de excesso nesse ponto. Diante do exposto, acolho parcialmente a impugnação ao cumprimento de sentença, para reconhecer a inexigibilidade da multa cominatória (astreintes), inclusive quanto à sua majoração, diante da ausência de intimação pessoal da parte devedora para cumprimento da obrigação de fazer, nos termos da Súmula 410 do STJ e da jurisprudência correlata. Rejeito, entretanto, os demais fundamentos invocados. Custas processuais e honorários advocatícios, pela parte autora, os últimos arbitrados em 10% do valor dado à causa, nos termos do artigo 85, § 1º do CPC. Diligências necessárias. Cláudia, datado eletronicamente. THATIANA DOS SANTOS Juíza de Direito

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Thavio Gomes Da Silva x Triinveste Investimentos S.A e outros

ID: 293032228

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE BRASNORTE Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1000159-60.2025.8.11.0100

Data de Disponibilização: 09/06/2025

Polo Ativo:

THAVIO GOMES DA SILVA

Polo Passivo:

TRIINVESTE INVESTIMENTOS S.A WILTON RIBEIRO DA SILVA

Decisão

Advogados:

ANDRE DE OLIVEIRA BARBOSA

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE BRASNORTE DECISÃO Processo: 1000159-60.2025.8.11.0100 AUTOR(A): THAVIO GOMES DA SILVA REQUERIDO: TRIINVESTE INVESTIMENTOS S.A e outros 1. Trata-se… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE BRASNORTE DECISÃO Processo: 1000159-60.2025.8.11.0100 AUTOR(A): THAVIO GOMES DA SILVA REQUERIDO: TRIINVESTE INVESTIMENTOS S.A e outros 1. Trata-se de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização por danos materiais e danos morais ajuizada por THAVIO GOMES DA SILVA em face de TRIINVESTE INVESTIMENTOS S.A. e WILTON RIBEIRO DA SILVA, devidamente qualificados. Em sua peça inaugural, narra a parte autora que foi induzida a investir valores em fundo de investimento promovido pelos réus, sob promessa de retorno financeiro mensal de 20%, realizando transferências bancárias a partir de junho de 2023, com base em garantias e documentos eletrônicos fornecidos pela primeira requerida. Diz que os valores aplicados somaram R$ 100.100,00, e que inicialmente foram pagos rendimentos mensais, mas, a partir de janeiro de 2024, os réus deixaram de cumprir as promessas, sem apresentar justificativa, bloqueando os canais de comunicação. Alega que as tentativas de resolução amigável foram infrutíferas, inclusive por meio de plataformas extrajudiciais, demonstrando total descaso dos réus e consolidando a existência de conduta dolosa e fraudulenta. Sustenta que a situação causou significativo prejuízo financeiro e transtornos pessoais, caracterizando desvio produtivo e perda de tempo útil, além de abalo emocional. Aduz que a relação entre as partes deve ser regida pelo Código de Defesa do Consumidor, sendo evidente a falha na prestação dos serviços, o que enseja a responsabilização solidária dos réus e o dever de indenizar. Assevera que a conduta dos réus configura enriquecimento ilícito, violação aos princípios da boa-fé e da transparência contratual, e prática abusiva, conforme artigos do Código Civil e do CDC. Defende a aplicação da inversão do ônus da prova, diante da hipossuficiência técnica do autor e da verossimilhança das alegações, comprovadas por documentos anexos. Afirma que a jurisprudência nacional reconhece a responsabilidade solidária dos administradores de fundos de investimento em casos de fraude e falha de informação, sendo devida indenização por danos morais e materiais. Requer, então, a procedência dos pedidos formulados na inicial, para que sejam condenados os réus ao pagamento de R$ 100.100,00 a título de danos materiais e R$ 20.000,00 a título de danos morais. Distribuídos os autos, indeferiu-se o pedido de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, mas oportunizou-se o parcelamento das custas iniciais (id. 183723939). Sobreveio informação de que houve o pagamento da primeira parcela (id. 196490640). É o relatório. Passo a fundamentar e decidir. 2. Preenchidos os requisitos do art. 319 do CPC, RECEBO a inicial. 3. Com supedâneo no inciso V, do artigo 139 do CPC, e ainda, da norma ínsita na Resolução 125 do CNJ, DESIGNE-SE audiência de conciliação a se realizar pelo CEJUSC VIRTUAL, expedindo-se o necessário. Após, CITE-SE a parte requerida para que compareça à solenidade supracitada, devidamente acompanhada por seu advogado. A parte ré deverá ser citada com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência, na oportunidade. Caso não possua interesse na autocomposição, deverá a parte demandada, informar por meio de petição, com antecedência de até 10 (dez) dias antes da audiência. 4. Designada a audiência, INTIME-SE o autor na pessoa do seu advogado, nos termos do §3º, do art. 334 do CPC. As partes poderão constituir representante, por meio de procuração específica com poderes para negociar e transigir (§10, art. 334, do CPC). Advirto as partes que o seu não comparecimento injustificado à oralidade é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, a qual será revertida em favor do Estado. 5. Obtida a autocomposição, a minuta do acordo deverá ser imediatamente encaminhada para este Magistrado para homologação. Não obtida a autocomposição, sairá a parte requerida devidamente intimada para a apresentação de contestação, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data da audiência de conciliação/mediação, sob de pena de serem havidos como verdadeiras as alegações de fatos formuladas pela parte autora (art. 344 do CPC). 6. Em seguida, CERTIFIQUE-SE o decurso do prazo e, caso sejam formuladas defesas peremptórias ou dilatórias[1], INTIME-SE a parte autora para apresentação de impugnação à contestação, no prazo de 15 (quinze) dias, e, transcorrido o prazo, com ou sem apresentação de impugnação, venham-me conclusos os autos para saneamento ou julgamento antecipado. 7. Caso não sejam suscitadas questões preliminares ou prejudiciais, INTIMEM-SE as partes para que, no prazo de 15 (quinze) dias, especifiquem as provas que pretendem produzir e, em seguida, venham-me conclusos para deliberações, sem prejuízo de eventual julgamento antecipado da lide. Decisão publicada em gabinete. CUMPRA-SE, expedindo o necessário. Brasnorte/MT, documento assinado e datado eletronicamente. ROMEU DA CUNHA GOMES Juiz Substituto [1] “Por isso é bastante comum a referência a elas como ‘defesas peremptórias’ (art. 354), porque elas impedem, quando acolhidas, que o Estado-juiz se manifeste sobre se o autor tem ou não tem o direito que, na sua petição inicial, afirma ter, ou, ‘defesas dilatórias’ (arts. 350 e 351) porque elas, quando acolhidas, impõem ao juízo a prática de determinados atos com vistas à sanação de vícios e irregularidades que podem comprometer a higidez do procedimento e do processo como um todo, de sua própria atuação em última análise. A distinção entre umas e outras assume relevo, como evidenciam os dispositivos destacados, e dela se ocupa o Capítulo IX a propósito do exame das ‘providências preliminares’.” (BUENO, Cassio Scarpinella. Curso Sistematizado de Direito Processual Civil: Procedimento Comum, Processos nos Tribunais e Recursos – vol. 2. 13. ed. – São Paulo: SaraivaJur, 2024, p. 67).

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Processo nº 1000159-91.2025.8.26.0472

ID: 325040922

Tribunal: TJSP Órgão: Foro de Porto Ferreira - Juizado Especial Cível e Criminal Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 1000159-91.2025.8.26.0472

Data de Disponibilização: 15/07/2025

Polo Ativo:

ROGERIO LUCIO DE FARIA

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

BRUNO LUIZ DA CRUZ FERNANDES

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Processo 1000159-91.2025.8.26.0472 - Procedimento do Juizado Especial Cível - Perdas e Danos - Rogerio Lucio de Faria - Relação: 0427/2025 Teor do ato: Vistos. Recebo a petição de fls. 161/168 e docu… Processo 1000159-91.2025.8.26.0472 - Procedimento do Juizado Especial Cível - Perdas e Danos - Rogerio Lucio de Faria - Relação: 0427/2025 Teor do ato: Vistos. Recebo a petição de fls. 161/168 e documento subsequente como emenda à inicial. Anote-se. O pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita será apreciado em caso de interposição de recurso, eis que não há condenação ao pagamento de custas e honorários em primeiro grau, ficando a parte autora ciente de que a hipossuficiência deverá ser demonstrada para o deferimento do benefício. Designo AUDIÊNCIA DE TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO para o dia 16 de julho de 2025, às 14 horas e 45 minutos, a realizar-se pelo CEJUSC-Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Comarca. Intimem-se as partes, para que no prazo de 15 (quinze) dias úteis, manifestem-se (apenas caso não o tenham feito) sobre o interesse na realização da audiência de conciliação (art. 334, § 4º, I, CPC) (ressaltando-se que o ato só não acontecerá se ambos declararem expressamente o desinteresse). Cite-se o(a) requerido(a), pessoalmente, por mandado, para os atos e termos da presente ação, com as advertências legais, com os benefícios do artigo 212, § 2º, Código de Processo Civil. Intime-se o(a) Requerido(a) de que deverá comparecer em audiência (de forma presencial ou virtual) e apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data da realização da audiência, caso não haja conciliação, sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos alegados pelo(a) autor(a) na inicial, advertindo-o(a) de que sua ausência na referida audiência, assim como a falta de apresentação de contestação no prazo legal, implicarão na aplicação da pena de REVELIA e prolação de sentença, nos termos do artigo 20 da Lei nº 9.099/95. (Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz.). Em caso de pessoa física, intime-o(a), ainda, de que poderá participar da audiência por videoconferência acompanhado(a) de advogado(a). Em caso de pessoa jurídica, deverá comparecer à audiência por videoconferência, preposto(a) com poderes para transigir acompanhado(a) de advogado(a). Deverá o sr. Oficial de Justiça colher informação da parte Requerida, se ele(a) possui aparelho eletrônico e conexão à internet que permita a sua participação na audiência de tentativa de conciliação por videoconferência, colher o endereço eletrônico (e-mail pessoal do(a) intimado(a) ou outro e-mail que o intimado(a) possa utilizar para acessar o link da audiência virtual) ou informar eventual incapacidade técnica. Em hipótese negativa, isto é, verificando-se eventual incapacidade técnica do(a) Requerido(a) para ingressar ao ato pela modalidade virtual, o que deverá ser certificado, deverá o Sr. Oficial de Justiça, no mesmo ato, intimá-lo para comparecimento presencial no Fórum, na mesma data e horário ora designados, SOB PENA DE REVELIA. Intime-se o(a) autor(a), por mandado, de que deverá participar pessoalmente da audiência ora designada (de forma presencial ou virtual, por link próprio ou juntamente com seu advogado) e de que sua ausência (ainda que presente seu patrono) ocasionará a EXTINÇÃO do processo, nos moldes do artigo 51, inciso I da Lei nº 9.099/95 e a condenação ao pagamento das custas. (Art. 51. Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: I - quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audiências do processo; § 2º No caso do inciso I deste artigo, quando comprovar que a ausência decorre de força maior, a parte poderá ser isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas). Outrossim, intime-se o(a) patrono(a) constituído(a) na procuração ad judicia pela imprensa oficial acerca do teor desta decisão e para comparecimento na audiência e para informar os e-mails necessários. A audiência poderá ser realizada por videoconferência, se o caso, utilizando a ferramenta digital Microsoft Teams, via computador ou notebook que possua acesso à internet ou a dados móveis, sendo que tal ferramenta não precisa estar instalada em aplicativo no computador das partes e Advogados. Para a realização do ato, os Advogados não precisarão se reunir fisicamente com qualquer das partes, bastando que cada qual acesse, de onde estiver, o link com o convite para a audiência virtual e, para tanto, exige-se apenas que o participante possua um computador com câmera, microfone e acesso à internet à sua disposição, podendo ser dispositivo próprio ou de outrem, observando-se que deverão estar de posse de documento de identificação (CNH, RG, CPF etc.) para exibir junto à câmera no início da audiência, para fins de confirmação da identidade da pessoa que participará de forma virtual. Assim, apresentem os advogados(as), no prazo de 15 (quinze) dias úteis, o endereço eletrônico (E-MAIL) de todos os participantes (advogados e partes), para que o CEJUSC encaminhe as instruções para acesso à plataforma virtual. Quando as partes informarem nos autos os e-mails para participação em audiência virtual, remetam-se os autos ao CEJUSC e aguarde-se a realização do ato. Na hipótese de restar negativa a tentativa de citação/intimação da parte requerida, proceda-se a z. Serventia a baixa na pauta da audiência de conciliação ora designada, comunicando-se ao CEJUSC e intime-se a parte autora, na pessoa de seu patrono para que informe, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, novo endereço para citação da parte adversa, sob pena de extinção do processo. Servirá a presente decisão, por cópia assinada digitalmente, como MANDADO. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei, anotando-se urgência no cumprimento, se o caso. Int. e Dil. Advogados(s): Bruno Luiz da Cruz Fernandes (OAB 348560/SP) - ADV: BRUNO LUIZ DA CRUZ FERNANDES (OAB 348560/SP)

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Processo nº 1000159-64.2025.8.11.0034

ID: 331619026

Tribunal: TJMT Órgão: VARA ÚNICA DE DOM AQUINO Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 1000159-64.2025.8.11.0034

Data de Disponibilização: 22/07/2025

Polo Ativo:

ROSENICE PEREIRA MUNDIM

Polo Passivo:

Intimação

Advogados:

FLÁVIA PENHA OLIVEIRA DIAS CARDOSO

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE DOM AQUINO SENTENÇA Processo: 1000159-64.2025.8.11.0034. AUTOR(A): ROSENICE PEREIRA MUNDIM REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Vistos,… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO VARA ÚNICA DE DOM AQUINO SENTENÇA Processo: 1000159-64.2025.8.11.0034. AUTOR(A): ROSENICE PEREIRA MUNDIM REU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Vistos, Trata-se de Ação de Concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) proposta por ROSENICE PEREIRA MUNDIM em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, partes qualificadas nos autos. Em síntese, alegou a parte autora que é pessoa com deficiência, diasgnosticada com Transtorno Mental (CID F99), impossibilitada de exercer qualquer atividade laborativa e por apresentar os requisitos legais solicitou o benefício assistencial junto ao INSS, contudo foi indeferido. Por tal motivo, ajuizou a presente ação. A inicial foi recebida, os benefícios da justiça gratuita foram deferidos bem como foi determinado a realização de perícia médica e estudo socioeconômico (ID 186094933). A parte requerida apresentou contestação. (ID 193080993) seguida de impugnação pelo autor (ID 195485027). Juntada de laudo da perícia médica. (ID 194144121). As partes impugnaram o laudo pericial aos Ids. 195480556 e 200856056. Vieram-me os autos conclusos. FUNDAMENTO E DECIDO. No mérito o pedido é improcedente. De acordo com o Art. 203, V, da Constituição Federal de 1988, a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, tendo por objetivos a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. Sua regulamentação deu-se pela Lei 8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social – BPC - LOAS), que, no Art. 20, caput e § 3º, estabeleceu que o benefício é devido à pessoa com deficiência e ao idoso maior de sessenta e cinco anos cuja renda familiar per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo. In verbis: "Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. § 1º Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. § 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. § 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo." O benefício assistencial requer, portanto, o preenchimento de dois pressupostos cumulativamente para a sua concessão, de um lado sob o aspecto subjetivo, a deficiência e de outro lado, sob o aspecto objetivo, a hipossuficiência. Assim, na hipótese, para concessão do benefício, necessário se faz analisar a presença do requisito da incapacidade para o trabalho ou idade superior a 65 anos e a impossibilidade econômica própria ou de sua família para prover o seu sustento. De análise dos autos, em que pese a deficiência alegada na exordial, não restou comprovado que a parte autora está incapacitada para uma vida independente e para o trabalho, tendo em vista, que conforme laudo pericial de ID.: 194144121, verifica-se que “[...] Não há incapacidade laborativa decorrente da doença narrada na petição inicial. Pelo exame físico e do estado mental, não foram observadas alterações no comportamento, déficits cognitivos ou alterações no curso, forma e conteúdo do pensamento.[...]”. Desta forma, conforme laudo pericial não há impedimentos para que o periciado possa exercer eventual atividade laborativa. Em razão da especialidade da área médica, a prova pericial é essencial, pois, conforme leciona Cândido Rangel Dinamarco, “onde termina o campo acessível ao homem de cultura comum ou propício às presunções judiciais, ali começa o das perícias” [Instituições de Direito Processual Civil, Vol. III, 6ª edição, Malheiros, p. 613]. Assim, acolho a conclusão pericial (ID.: 194144121) que foi realizado por profissional idôneo, o qual não possui qualquer vínculo com a autarquia requerida e nenhum interesse no deslinde do presente feito. No caso, o fato da parte autora não preencher o requisito de incapacidade e/ou deficiência, por si só, já afasta a hipótese de concessão do benefício de assistência continuada previsto pelo §2º do art. 20 da Lei nº 8.742/93 (BPC/LOAS), sendo desnecessária a análise de sua hipossuficiência econômica já que não preencheu um dos requisitos exigidos para a concessão do benefício. Portanto, ausente o requisito legal da deficiência física (incapacidade), deve a pretensão da parte autora ser julgada improcedente. Deste modo, não restou preenchido um dos requisitos autorizadores para a concessão do benefício de amparo assistência ao deficiente. DO DISPOSITIVO Diante do exposto, com fundamento no artigo 487, I, do Código de Processo Civil, Julgo extinto o processo com resolução do mérito, para JULGAR IMPROCEDENTE o pedido formulado. Em razão da sucumbência, arcará a autora com honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atribuído à causa, atualizado e corrigido, o que faço com fulcro no artigo 85 c.c. 98, § 2º, do CPC. Entretanto, tendo em vista que é beneficiária da assistência judiciária gratuita, fica suspensa sua exigibilidade, nos termos do artigo 98 §3º, do CPC. P.R.I.C. Após o trânsito em julgado arquivem-se os autos com as cautelas de praxe. Pedro Flory Diniz Nogueira Juiz de Direito em substituição legal

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Processo nº 1036596-25.2021.8.11.0041

ID: 338771979

Tribunal: TJMT Órgão: Terceira Câmara de Direito Público e Coletivo Classe: APELAçãO CíVEL Nº Processo: 1036596-25.2021.8.11.0041

Data de Disponibilização: 30/07/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

ADAIR JOSE TOMAZI FELIZ NATAL ARMAZENS GERAIS LTDA - EPP ILDO BOTTON

Acórdão

Advogados:

EVANDRO SANTOS DA SILVA

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JANONE DA SILVA PEREIRA

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NEWTON ACUNHA ROCHA

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IONARA SANTOS DA SILVA

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GUILHERME CALVO CAVALCANTE

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO E COLETIVO Número Único: 1036596-25.2021.8.11.0041 Classe: APELAÇÃO CÍVEL (198) Assunto: [ICMS/ Imposto sobre Circulação de M… ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO E COLETIVO Número Único: 1036596-25.2021.8.11.0041 Classe: APELAÇÃO CÍVEL (198) Assunto: [ICMS/ Imposto sobre Circulação de Mercadorias] Relator: Des(a). MARCIO VIDAL Turma Julgadora: [DES(A). MARCIO VIDAL, DES(A). JONES GATTASS DIAS, DES(A). VANDYMARA GALVAO RAMOS PAIVA ZANOLO] Parte(s): [ESTADO DE MATO GROSSO - CNPJ: 03.507.415/0001-44 (APELANTE), FELIZ NATAL ARMAZENS GERAIS LTDA - EPP - CNPJ: 18.158.179/0001-75 (APELADO), GUILHERME CALVO CAVALCANTE - CPF: 052.851.959-00 (ADVOGADO), ILDO BOTTON - CPF: 385.005.820-49 (APELADO), ADAIR JOSE TOMAZI - CPF: 984.545.959-53 (APELADO), ESTADO DE MATO GROSSO - CNPJ: 03.507.415/0020-07 (APELANTE), IONARA SANTOS DA SILVA - CPF: 705.639.000-59 (ADVOGADO), IONARA SANTOS DA SILVA - CPF: 705.639.000-59 (ADVOGADO), NEWTON ACUNHA ROCHA - CPF: 359.504.710-91 (ADVOGADO), JANONE DA SILVA PEREIRA - CPF: 662.209.980-49 (ADVOGADO), EVANDRO SANTOS DA SILVA - CPF: 666.525.960-91 (ADVOGADO), EVANDRO SANTOS DA SILVA - CPF: 666.525.960-91 (ADVOGADO), JANONE DA SILVA PEREIRA - CPF: 662.209.980-49 (ADVOGADO), NEWTON ACUNHA ROCHA - CPF: 359.504.710-91 (ADVOGADO), EVANDRO SANTOS DA SILVA - CPF: 666.525.960-91 (ADVOGADO), IONARA SANTOS DA SILVA - CPF: 705.639.000-59 (ADVOGADO), JANONE DA SILVA PEREIRA - CPF: 662.209.980-49 (ADVOGADO), NEWTON ACUNHA ROCHA - CPF: 359.504.710-91 (ADVOGADO)] A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos os autos em epígrafe, a TERCEIRA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO E COLETIVO do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, sob a Presidência Des(a). MARCIO VIDAL, por meio da Turma Julgadora, proferiu a seguinte decisão: POR UNANIMIDADE, DEU PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR, DES. MÁRCIO VIDAL. Ementa: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. NULIDADE DA CDA RECONHECIDA JUDICIALMENTE EM AÇÃO ANULATÓRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUTONOMIA PROCESSUAL. BIS IN IDEM INEXISTENTE. POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO POR EQUIDADE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. I. Caso em Exame 1. Apelação Cível interposta contra sentença que extinguiu execução fiscal, com fundamento no artigo 26 da Lei n. 6.830/80, em razão do cancelamento da Certidão de Dívida Ativa n. 2021442963, e condenou o ente público ao pagamento de honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor atualizado do crédito exequendo, após a apresentação de exceção de pré-executividade pelos Executados. II. Questão em Discussão 2. Há duas questões em discussão: (i) definir se é cabível a fixação de honorários advocatícios em execução fiscal extinta após a apresentação de defesa, em decorrência de nulidade reconhecida em ação anulatória conexa; (ii) estabelecer se, sendo cabível a condenação, os honorários devem ser fixados com base em percentual sobre o valor do crédito exequendo ou por equidade. III. Razões de Decidir 3. A jurisprudência do STJ admite a fixação cumulativa de honorários nas ações de execução fiscal e nas ações anulatórias conexas, em razão da autonomia procedimental e da sucumbência própria de cada demanda. 4. A extinção da execução fiscal não decorreu de retratação espontânea da Fazenda Pública, mas de decisão anterior e definitiva na ação anulatória, o que legitima a fixação da verba honorária nesta execução. 5. O artigo 26 da Lei n. 6.830/80 não isenta a Fazenda Pública da sucumbência quando já houve citação e manifestação da parte executada. 6. O Superior Tribunal de Justiça admite a fixação de honorários por equidade (art. 85, § 8º, CPC), especialmente quando a execução é extinta sem resolução do mérito em razão de provimento obtido em ação conexa e quando o valor do crédito se revela elevado. 7. No caso concreto, a singeleza da atuação processual na execução fiscal e a já adequada remuneração dos advogados na ação anulatória justificam o arbitramento por equidade, para evitar enriquecimento sem causa e assegurar razoabilidade. IV. Dispositivo e Tese 8. Recurso parcialmente provido. Tese de julgamento: 1. É admissível a condenação da Fazenda Pública ao pagamento de honorários advocatícios em execução fiscal extinta após apresentação de defesa, ainda que também fixados em ação anulatória conexa. 2. A fixação da verba honorária pode ser realizada por equidade quando a extinção da execução fiscal decorrer de decisão anterior em ação conexa e houver risco de desproporcionalidade na aplicação de percentual sobre o valor da causa. 3. A fixação equitativa dos honorários deve observar a razoabilidade, a proporcionalidade e evitar o enriquecimento sem causa, nos termos do art. 85, §8º, do CPC. ________________________ Dispositivos relevantes citados: CPC, arts. 85, §§ 2º, 3º e 8º; Lei n. 6.830/1980, arts. 26 e 39. Jurisprudência relevante citada: STJ, AgInt no AREsp 2.206.502/SP, rel. Min. Teodoro Silva Santos, j. 12.3.2025; STJ, AgInt no REsp 2.152.579/RJ, rel. Min. Regina Helena Costa, j. 16.9.2024; STJ, AgInt no REsp 2.013.832/SC, rel. Min. Paulo Sérgio Domingues, j. 24.6.2024; STJ, AgInt no REsp 1.771.053/MG, rel. Min. Gurgel de Faria, j. 28.9.2020. R E L A T Ó R I O EXMO. SR. DES. MÁRCIO VIDAL Egrégia Câmara, Trata-se de Recurso de Apelação Cível, interposto pelo Estado de Mato Grosso, contra a sentença prolatada pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Feliz Natal, que, nos autos da Ação de Execução Fiscal, extinguiu o feito, com fundamento no artigo 26 da Lei n. 6.830/1980, condenando o ente fazendário ao pagamento de honorários advocatícios, arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado do crédito exequendo. Em suas razões recursais, o Apelante aduz que, nos autos da ação anulatória n. 1000159-91.2019.8.11.0093, a Fazenda Pública Estadual já havia sido condenada ao pagamento de honorários advocatícios, em razão da procedência do pedido de declaração de nulidade da Certidão de Dívida Ativa que embasava a execução fiscal ora extinta. Afirma que a extinção da presente execução fiscal decorreu do reconhecimento administrativo da nulidade da CDA, resultado direto da decisão prolatada na ação anulatória, de modo que eventual condenação ao pagamento de honorários na ação equivaleria a nova penalidade pelo mesmo fato, incorrendo em bis in idem. Argumenta que a sentença recorrida padece de omissão quanto à distinção da orientação firmada pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Tema n. 1.076 dos recursos repetitivos, especialmente no tocante à possibilidade de fixação dos honorários advocatícios por equidade, nas hipóteses em que o valor da CDA se revele expressivamente elevado, de modo a evitar a imposição de verba sucumbencial desproporcional à complexidade e à extensão da atuação profissional desenvolvida nos autos. Ressalta que, na hipótese de ser mantida a condenação, esta deverá observar o disposto no artigo 85, § 8º, do Código de Processo Civil, com a fixação dos honorários advocatícios por apreciação equitativa, diante da inexistência de proveito econômico concreto, já que a extinção da execução fiscal apenas formalizou o cancelamento da Certidão de Dívida Ativa, cuja nulidade já havia sido reconhecida na ação anulatória. Defende que a aplicação automática de percentual sobre o valor da causa, sem observância dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, resultaria em fixação desproporcional da verba honorária, em flagrante violação ao artigo 26 da Lei n. 6.830/80, e em prejuízo indevido ao erário. Com essas razões, pugna pelo provimento do recurso para reformar a sentença recorrida, afastando-se a condenação ao pagamento de honorários advocatícios ou, subsidiariamente, para que estes sejam fixados por equidade. As contrarrazões foram apresentadas (id. 295095413). É o relatório. V O T O EXMO. SR. DES. MÁRCIO VIDAL (RELATOR) Eminentes Pares, Como explicitado no relatório, o Estado de Mato Grosso insurge-se contra a sentença prolatada pelo Juízo da Vara Única da Comarca de Feliz Natal, que, nos autos da Ação de Execução Fiscal, extinguiu o feito, com fundamento no artigo 26 da Lei n. 6.830/1980, condenando o mencionado ente fazendário ao pagamento de honorários advocatícios, arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado do crédito exequendo. Denota-se dos autos que o Estado de Mato Grosso ajuizou ação de execução fiscal em face de Feliz Natal Armazéns Gerais Ltda. – EPP, Adair José Tomazi e Ildo Botton, visando à cobrança do montante de R$ 2.261.653,33 (dois milhões, duzentos e sessenta e um mil, seiscentos e cinquenta e três reais e trinta e três centavos), referente ao crédito tributário inscrito na Certidão de Dívida Ativa n. 2021442963. Após a citação, a parte Executada apresentou exceção de pré-executividade (id. 295094896), alegando, em síntese, a inexigibilidade do crédito tributário consubstanciado na Certidão de Dívida Ativa n. 2021442963, sob o argumento de que as operações realizadas pela primeira excipiente, Feliz Natal Armazéns Gerais Ltda., tiveram como destinatárias empresas comerciais exportadoras (tradings), com posterior destinação das mercadorias ao exterior, circunstância que afastaria a incidência do ICMS. Argumentou que, mesmo na hipótese de desconsideração da natureza de exportação, não seria legítima a exigência do imposto da empresa remetente, porquanto aplicável o regime de diferimento do tributo, nos moldes do RICMS/MT e da Lei Complementar n. 87/1996, o que implicaria a responsabilidade pelo recolhimento do imposto ao adquirente das mercadorias. Pontuou que o Auto de Infração lavrado originariamente mencionava apenas a empresa executada, sem imputar responsabilidade aos sócios, sendo que estes somente foram incluídos na CDA no momento de sua inscrição, sem qualquer procedimento administrativo prévio, o que violaria os princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal. Afirmou que o ato de inclusão dos sócios como corresponsáveis foi praticado por autoridade incompetente (Procurador do Estado), ausente de fundamentação, o que ensejaria sua nulidade, por vício de forma e de competência, conforme art. 2º, § 3º, da Lei n. 6.830/80 e art. 142 do CTN. Sustentou a inexistência dos requisitos legais previstos no artigo 135 do CTN para responsabilização pessoal dos sócios, defendendo que não houve qualquer ato praticado com excesso de poderes ou infração à lei, contrato social ou estatuto que pudesse justificar o redirecionamento da cobrança tributária. Requereu a suspensão da Ação de Execução Fiscal até o trânsito em julgado da Ação Anulatória n. 1000159-91.2019.8.11.0093, que versa sobre a mesma relação jurídica e discute a validade do crédito tributário executado na ação de execução fiscal, sustentando que há prejudicialidade externa, nos termos do artigo 313, inciso V, alínea “a”, do CPC, a justificar a paralisação do feito, a fim de evitar decisões conflitantes. No curso da execução fiscal, sobreveio aos autos a informação de que o pedido da Ação Anulatória n. 1000159-91.2019.8.11.0093 havia sido julgado procedente, por acórdão proferido pela 1ª Câmara de Direito Público e Coletivo do TJMT, com a consequente desconstituição do Auto de Infração que deu origem à Certidão de Dívida Ativa n. 2021442963, que fundamenta a demanda executiva deste Recurso de Apelação. Intimado a se manifestar, o ente público exequente requereu a extinção do feito, sem resolução do mérito e sem ônus para as partes, com fundamento no artigo 26 da Lei n. 6.830/1980, em razão do reconhecimento, na Ação Anulatória, da nulidade do Auto de Infração que deu origem à Certidão de Dívida Ativa que embasava a execução. Na sequência, o Juízo de Primeiro Grau julgou extinto o feito executivo, com fundamento no artigo 26 da Lei n. 6.830/1980, e condenou a Fazenda Pública ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado do crédito exequendo. Veja-se: “Vistos etc. Trata-se de Execução Fiscal no curso da qual foi comunicado o cancelamento da Certidão de Dívida Ativa (Id. 191820673). Pois bem. O cancelamento da inscrição em Dívida Ativa implica irrefutavelmente na extinção da execução. Assim, JULGO extinta a presente demanda, com esteio no art. 26 da Lei nº 6.830/80. Isento a Exequente do pagamento das custas e despesas processuais e emolumentos, com fulcro no art. 39, da Lei n. 6.830/1.980. Contudo, ao contrário do que sustenta a exequente, a Fazenda Pública somente é isenta do pagamento do ônus sucumbencial previsto no art. 26, da Lei nº 6.830/80, quando o pedido de extinção por cancelamento da CDA se der antes da citação da parte executada ou quando ela não apresenta defesa. Se a Fazenda Pública peticionou informando o cancelamento da CDA somente após a apresentação de exceção de pré-executividade, caso dos autos, é devido ao causídico dos executados os honorários. Nesse sentido: [(TJ-MT - APELAÇÃO CÍVEL: 0000028-21.2016.8.11.0035, Relator: LUIZ OCTAVIO OLIVEIRA SABOIA RIBEIRO, data de Julgamento: 08/05/2024, Terceira Câmara de Direito Público e Coletivo, Data de Publicação: 09/05/2024) e (STJ - AgInt no REsp: 1942661 RJ 2021/0174328-1, Relator.: Ministro MANOEL ERHARDT (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF5), Data de Julgamento: 21/03/2022, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 24/03/2022)]. Condeno, portanto, a Fazenda Pública pela sucumbência ao pagamento de honorários advocatícios ao(a/s) patrono(a/s) da parte executada, os quais fixo em 10% sobre o proveito econômico obtido, nos termos do art. 85, § 3º, I, do CPC, que corresponde ao valor atualizado da dívida executada. Face ao valor atualizado da dívida exequenda, a sentença não se sujeita ao duplo grau de jurisdição, inteligência do artigo 496, § 3º, II do CPC. Com a preclusão, arquivem-se com as cautelas de praxe. Cumpra-se.”. (id. 295095405). O ponto central a ser enfrentado no julgamento do presente recurso consiste em aferir a possibilidade de condenação da Fazenda Pública ao pagamento de honorários advocatícios em execução fiscal extinta após a citação e a apresentação de defesa, mas em decorrência do cancelamento do crédito tributário, em razão da procedência de ação anulatória na qual já fora fixada verba honorária. O Recorrente alega que a condenação ao pagamento de honorários advocatícios no âmbito da execução fiscal configura indevida duplicidade de condenações, uma vez que já fora anteriormente compelido ao pagamento da mesma verba sucumbencial na Ação Anulatória n. 1000159-91.2019.8.11.0093, ajuizada com o propósito de desconstituir o crédito tributário executado. No entanto, em que pese as razões recursais deduzidas, a pretensão do Estado de Mato Grosso de afastar a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, sob o argumento de que já teria suportado tal encargo na ação anulatória conexa, não merece prosperar. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que é possível o arbitramento cumulativo da verba honorária nas ações de execução fiscal e naquelas que visam à desconstituição do crédito tributário executado, como ocorre na ação anulatória, ante a natureza autônoma das demandas. Dessa forma, tem-se que a fixação de honorários em ambas as causas não configura bis in idem, mas reflete tão somente a autonomia procedimental e da sucumbência verificada em cada uma delas. A propósito, eis julgados representativos da jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. AÇÕES CONEXAS. CUMULAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. POSSIBILIDADE. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. I. Agravo interno interposto contra decisão monocrática que deu provimento a recurso especial para, observados os limites legais, reconhecer a possibilidade de arbitramento de honorários advocatícios em execução fiscal, apesar da anterior condenação ao pagamento da verba em ações conexas. II. É assente na jurisprudência do STJ o entendimento de que, desde que respeitados os limites percentuais e parâmetros previstos na legislação, é possível a cumulação dos honorários advocatícios fixados em execução fiscal com aqueles arbitrados em ações conexas (embargos à execução/ação anulatória). Precedentes. III. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp n. 2.206.502/SP, relator Ministro Teodoro Silva Santos, Segunda Turma, julgado em 12/3/2025, DJEN de 18/3/2025). PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. TEMA N. 587/STJ. EMBARGOS À EXECUÇÃO E AÇÕES CONEXAS. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DE MULTA. ART. 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. DESCABIMENTO. I A Corte Especial deste Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o REsp. 1.520.710/SC, mediante o rito do art. 543-C do CPC/1973 (Tema 587), fixou o entendimento de ser possível a cumulação da verba honorária fixada nos Embargos à Execução com a arbitrada na própria execução, vedada a compensação entre ambas (REsp. 1.520.710/SC, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 27.2.2019). II É firme a orientação deste Superior Tribunal segundo a qual a verba de sucumbência devida nas execuções fiscais é independente daquela a ser arbitrada em ações conexas, como embargos do devedor ou ações anulatórias. III Em regra, descabe a imposição da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do Código de Processo Civil de 2015 em razão do mero desprovimento do Agravo Interno em votação unânime, sendo necessária a configuração da manifesta inadmissibilidade ou improcedência do recurso a autorizar sua aplicação, o que não ocorreu no caso. IV Agravo Interno improvido. (AgInt no REsp n. 2.152.579/RJ, relatora Ministra Regina Helena Costa, Primeira Turma, julgado em 16/9/2024, DJe de 19/9/2024). ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL E AÇÃO ANULATÓRIA DO CRÉDITO EXEQUENDO. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. CUMULAÇÃO. POSSIBILIDADE. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem se orientado "pela possibilidade de arbitramento de honorários advocatícios de sucumbência, cumulativamente, na execução fiscal e na ação que visa desconstituir o crédito executado" (AgInt no REsp 1845746/RS, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 12/4/2021, DJe 15/4/2021). 2. No caso dos autos, não há qualquer impedimento a que sejam fixados honorários advocatícios na execução fiscal julgada extinta em decorrência de ação anulatória na qual fora igualmente arbitrada a verba sucumbencial. Isso porque, em se tratando de ações autônomas, não há falar na ocorrência de pagamento em duplicidade. 3. Agravo interno não provido. (STJ, AgInt no REsp n. 1.900.435/SC, relator Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em 7/6/2021, DJe de 10/6/2021). Ressalte-se, ademais, que, no presente caso, a extinção da execução fiscal não decorreu de manifestação espontânea do Exequente ou de retratação administrativa, mas sim do cancelamento do crédito em razão da procedência do pedido da ação anulatória proposta pelos Executados, com trânsito em julgado anterior. Além disso, a execução já havia sido regularmente instaurada, com citação válida e apresentação de defesa pelos Executados, ora Recorridos, o que afasta a aplicação da regra de isenção da verba honorária prevista no artigo 26 da Lei de Execução Fiscal. Daí decorrente, o arbitramento de honorários advocatícios no presente feito mostra-se legítimo e devido, sendo plenamente admissível sua fixação, ainda que já tenha havido condenação semelhante no bojo da ação anulatória. Ultrapassada a questão acerca da possibilidade da condenação em honorários advocatícios na execução fiscal, importa agora examinar os critérios que devem orientar o seu arbitramento, especialmente diante das peculiaridades do caso concreto. Cumpre salientar, desde logo, que não se desconhece que o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Tema Repetitivo n. 1.076, firmou orientação no sentido de que, via de regra, não é cabível a fixação de honorários por equidade quando o valor da causa ou o proveito econômico da demanda se revelar elevado, devendo prevalecer a aplicação dos percentuais previstos nos §§ 2º e 3º do artigo 85 do Código de Processo Civil. Contudo, tal diretriz não se aplica de forma irrestrita, sobretudo em hipóteses excepcionais em que a extinção da execução fiscal, sem resolução de mérito, decorre do acolhimento de pretensão deduzida em ação autônoma e conexa, destinada à impugnação da validade do crédito tributário exequendo. Nessas situações, o próprio Superior Tribunal de Justiça tem reconhecido a viabilidade de se arbitrar os honorários por equidade, consoante o disposto no § 8º do art. 85 do CPC, interpretado à luz dos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da vedação ao enriquecimento sem causa, os quais norteiam o processo civil, conforme preceitua o artigo 1º do referido diploma processual. Confira-se o entendimento do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. EXTINÇÃO DECORRENTE DE PROVIMENTO ALCANÇADO EM AÇÃO CONEXA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FIXAÇÃO. CRITÉRIO DA EQUIDADE. VALOR. REVISÃO. REEXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. 1. Inexiste ofensa aos arts. 489, § 1º, e 1.022 do CPC/2015 quando o Tribunal de origem se manifesta de modo fundamentado acerca das questões que lhe foram submetidas, apreciando integralmente a controvérsia posta nos autos, porquanto julgamento desfavorável ao interesse da parte não se confunde com negativa ou ausência de prestação jurisdicional. 2."Esta Corte Superior possui orientação firme no sentido da possibilidade de fixação da verba honorária, em atenção ao critério da equidade, quando a extinção da execução fiscal, sem resolução do mérito, decorrer de acolhimento de pedido deduzido em ação conexa em que se discutiu a validade do crédito exequendo" (AgInt no REsp 2.013.832/SC, relator Ministro Paulo Sérgio Domingues, Primeira Turma, julgado em 24/6/2024, DJe de 26/6/2024.). 3. Não se admite o recurso especial para reapreciar o valor dos honorários advocatícios fixados por equidade, ante o óbice da Súmula 7 do STJ, exceto quando quantificados de forma irrisória ou exorbitante, o que não é o caso dos autos. 4. Agravo interno desprovido. (AgInt no AREsp n. 2.656.432/SP, relator Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, julgado em 24/3/2025, DJEN de 31/3/2025). [destaquei]. PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. EXTINÇÃO DECORRENTE DE PROCEDÊNCIA DE AÇÃO ANULATÓRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CRITÉRIO DE EQUIDADE. POSSIBILIDADE. IRRISORIEDADE. RAZÕES DISSOCIADAS. SÚMULA 284/STF. PROVIMENTO NEGADO. 1. Esta Corte Superior possui orientação firme no sentido da possibilidade de fixação da verba honorária, em atenção ao critério da equidade, quando a extinção da execução fiscal, sem resolução do mérito, decorrer de acolhimento de pedido deduzido em ação conexa em que se discutiu a validade do crédito exequendo. 2. A discussão acerca da irrisoriedade da verba sucumbencial, fixada abaixo de 1% do valor da causa, mostra-se dissociada do quadro fático apresentado no acórdão recorrido, de modo a atrair a incidência da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal (STF). 3. Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp n. 2.013.832/SC, relator Ministro Paulo Sérgio Domingues, Primeira Turma, julgado em 24/6/2024, DJe de 26/6/2024). [destaquei] PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXTINÇÃO. RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA. AÇÃO CONEXA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EQUIDADE. POSSIBILIDADE. 1. É válido o arbitramento dos honorários advocatícios mediante juízo de equidade para os casos de extinção, sem resolução de mérito, de execução fiscal de crédito cuja higidez foi objeto de impugnação pelo devedor em sede de ação conexa. 2. Hipótese em que a validade do crédito exequendo foi objeto de embargos cuja sentença já considerou o proveito econômico para arbitrar honorários sucumbenciais com base em percentual sobre o valor da causa (art. 85, § 3º, do CPC), de modo que deve ser considerada como inestimável economicamente a vantagem obtida com a extinção da correlata execução fiscal, a ensejar a aplicação do juízo de equidade previsto no art. 85, § 8º, do CPC. 3. Agravo interno desprovido. (AgInt no REsp n. 1.771.053/MG, relator Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, julgado em 28/9/2020, DJe de 30/9/2020). [destaquei]. Com efeito, admitir-se a aplicação automática de percentuais sobre o valor atualizado do crédito exequendo, especialmente em se tratando de causa de elevado valor, resultaria, no presente caso, em imposição de verba sucumbencial manifestamente desproporcional ao grau de complexidade da controvérsia, ao tempo despendido na tramitação da execução e à singeleza da atuação processual desenvolvida no bojo da presente demanda executiva, limitada, essencialmente, à apresentação de exceção de pré-executividade. Cumpre destacar, ainda, que a validade do crédito exequendo foi objeto de discussão aprofundada em ação anulatória autônoma, cuja verba honorária foi fixada considerando o efetivo proveito econômico obtido pela parte. Por conseguinte, é razoável reconhecer que a extinção da presente execução fiscal não implica nova aferição econômica do mesmo benefício, o que conduz ao reconhecimento de que o proveito econômico obtido nesta demanda é inestimável, ensejando, portanto, a aplicação do critério da equidade para a fixação da verba honorária, nos moldes do § 8º do artigo 85 do Código de Processo Civil. Dessa forma, a adoção do juízo de equidade, na hipótese vertente, não configura violação ao entendimento firmado no já mencionado Tema n. 1.076, tampouco representa afronta à legalidade ou negativa de vigência ao § 3º do art. 85 do CPC, mas sim interpretação sistemática dos parâmetros estabelecidos no § 2º do art. 85 do CPC, em especial “a natureza e a importância da causa” (inc. III) e o “trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço” (inc. IV). Portanto, à luz das peculiaridades do caso concreto e em consonância com os fundamentos anteriormente delineados, a verba honorária devida pela Fazenda Pública deve ser arbitrada, com base no juízo de equidade, no montante de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), montante que remunera de forma justa e proporcional os patronos da parte Executada, considerando a singeleza da atuação processual desenvolvida no presente feito executivo, bem como o fato de que os mesmos já foram adequadamente remunerados pela procedência da ação anulatória conexa, e atende aos critérios estabelecidos no artigo 85, § 2º, I a IV, do Código de Processo Civil. Forte nessas razões, DOU PROVIMENTO, EM PARTE, ao Recurso de Apelação, interposto pelo Estado de Mato Grosso, para reformar a sentença recorrida exclusivamente quanto ao valor da verba honorária, a fim de fixá-la em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), nos termos do artigo 85, § 8º, do Código de Processo Civil. É como voto. Data da sessão: Cuiabá-MT, 29/07/2025

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