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Dheimerson Henrique Ferreira e outros x Dheimerson Henrique Ferreira e outros

ID: 323365774

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0011807-97.2024.5.03.0056

Data de Disponibilização: 11/07/2025

Polo Ativo:

DHEIMERSON HENRIQUE FERREIRA SIMAK LOCACAO SERVICOS S.A.

Polo Passivo:

DHEIMERSON HENRIQUE FERREIRA LSI - LOGISTICA S.A. SIMAK LOCACAO SERVICOS S.A.

Notificação

Advogados:

LEONARDO JAMEL SALIBA DE SOUZA

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

VIVIANE FERREIRA RODRIGUES

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

LUCIANE ROBERTA ANTUNES DA FONSECA

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

FLAVIO CARVALHO MONTEIRO DE ANDRADE

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: MARCOS PENIDO DE OLIVEIRA ROT 0011807-97.2024.5.03.0056 RECORRENTE: DHEIMERSON HENRIQ… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: MARCOS PENIDO DE OLIVEIRA ROT 0011807-97.2024.5.03.0056 RECORRENTE: DHEIMERSON HENRIQUE FERREIRA E OUTROS (1) RECORRIDO: SIMAK LOCACAO SERVICOS S.A. E OUTROS (2) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 06baa0d proferida nos autos. RECURSO DE: DHEIMERSON HENRIQUE FERREIRA PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 18/06/2025 - Id ee91281; recurso apresentado em 01/07/2025 - Id 6126c70). Regular a representação processual (Id f472d72 ). Preparo dispensado (Id 66e180a ). PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / SUCUMBÊNCIA (8874) / HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Alegação(ões): - violação dos arts. 5º, XXXV e LXXIV e 100, par. 1º, e 7º, X, da Constituição da República. - violação dos arts. 790-B, caput e § 4º, e 791-A, § 4º da CLT, 833, IV, 85, §14 e 98, §2º do CPC, 83, I, da Lei 11.101/2005 e 186 do CTN. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Considerando-se os critérios fixados pelo artigo supramencionado, e haja vista a complexidade da demanda - matéria exclusivamente de direito, ausência de audiência instrutória e sem necessidade de produção de prova oral - dou provimento ao recurso da reclamada para minorar o percentual de honorários advocatícios devidos ao procurador do reclamante para o patamar de 10% sobre o valor da condenação. princípio do non reformatio in pejus Não elevaria o percentual dos honorários devidos à reclamada em face do . No entanto, a d. maioria desta Turma aplica, em casos idênticos, o princípio da isonomia, minorando os honorários sucumbenciais recíprocos. Portanto, vencido, reduzo também os honorários sucumbenciais devidos pela parte reclamante ao patamar de 10%." Com relação ao percentual fixado a título de honorários advocatícios sucumbenciais, a decisão recorrida considerou os critérios fixados no § 2º do art. 791-A da CLT. Assim, uma vez que a fixação do percentual dos honorários advocatícios insere-se no poder discricionário do julgador, que dispõe de livre convencimento para analisar o caso concreto, respeitados os limites legais, resta inviável o apelo, pois demandaria a reanálise do quadro fático delineado, o que não se viabiliza na esteira da Súmula 126 do TST. Nesse sentido, firmou-se a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST, a exemplo dos seguintes julgados, dentre vários: Ag-ED-AIRR-1000392-22.2022.5.02.0049, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 28/06/2024; Ag-AIRR-129-31.2021.5.21.0043, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 19/04/2024; Ag-AIRR-1001261-72.2017.5.02.0012, 3ª Turma, Relator Desembargador Convocado Marcelo Lamego Pertence, DEJT 17/05/2024; RRAg-1569-97.2017.5.10.0014, 4ª Turma, Relatora Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, DEJT 10/05/2024; AIRR-0100833-15.2021.5.01.0203, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 05/07/2024; AIRR-100550-83.2021.5.01.0011, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 21/06/2024; RRAg-903-74.2018.5.09.0019, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/04/2023 e Ag-AIRR-11380-64.2021.5.18.0161, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado Carlos Eduardo Gomes Pugliesi, DEJT 10/06/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas e constitucionais apontadas quanto ao tema (arts. 790-B, caput e § 4º, e 791-A, § 4º da CLT, 833, IV, 85, §14 e 98, §2º do CPC, 83, I, da Lei 11.101/2005 e 186 do CTN; arts. 5º, XXXV e LXXIV e 100, par. 1º, e 7º, X, da CF/88). 2.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / HORAS EXTRAS Alegação(ões): - contrariedade às Súmulas 85, IV e 338 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação dos arts. 59 da CLT e 400 do CPC. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Verifica-se dos registros de ponto (ID. eb2d971) a efetiva realização de horas extraordinárias, parte das quais foram compensadas ou quitadas. Tal circunstância é corroborada pelos contracheques, que revelam o pagamento de horas extras sob rubricas específicas, como "Hora Extra a 100%" e "DSR sobre Hora Extra", ao longo da contratualidade (ID. 2645a2d). Assim, não há como acolher o pedido autoral de reconhecimento da jornada inicialmente descrita, tampouco o pleito de pagamento de diferenças de horas extras. (...) No que se refere ao sistema de compensação de jornada, a cláusula vigésima quarta do Acordo Coletivo de Trabalho autoriza expressamente a adoção do banco de horas e da compensação de jornada (ID. 7c7a767 - Pág. 6), e o contrato de trabalho firmado entre as partes prevê, de forma clara, que o empregado estaria submetido a regime de compensação e prorrogação de jornada, inclusive em período noturno ou em turnos alternados, conforme necessidade da empresa (ID. cfb4f0b). Na impugnação à defesa, o reclamante pugnou pela nulidade do regime compensatório, alegando a prática reiterada de labor extraordinário e extrapolação do limite de dez horas diárias, em afronta ao § 2º do art. 59 da CLT. Contudo, a pretensão não prospera. Conforme dispõe o parágrafo único do art. 59-B da CLT, "a prestação de horas extras habituais não descaracteriza o , previsão introduzida pela Lei nº 13.467/2017, acordo de compensação de jornada e o banco de horas" já vigente à época da contratação do autor. É oportuno ressaltar que o referido dispositivo legal não estabelece qualquer limitação quanto ao número de horas prestadas em regime extraordinário, afastando, por conseguinte, a tese de que a superação das dez horas diárias tornaria inválido o acordo de compensação. Cabe ainda destacar o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Tema 1046 da Repercussão Geral, segundo o qual "são constitucionais os acordos e as convenções coletivos que, ao considerarem a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos de direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de . vantagens compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente indisponíveis" Em consonância, o art. 611-A, incisos I e II, da CLT, atribui prevalência às normas coletivas sobre a legislação, especialmente no que tange à pactuação de jornada de trabalho e instituição de banco de horas anual. Diante da análise conjugada dos registros de ponto e dos comprovantes de pagamento, constata-se que as horas extraordinárias foram regularmente compensadas ou adimplidas, nos termos ajustados em norma coletiva. Assim, não há fundamento jurídico para a invalidação do sistema de compensação adotado, sob pena de violação à autonomia coletiva da vontade e ao entendimento vinculante do STF. Ademais, quanto ao período sem controle de jornada, coaduno com o entendimento do juízo de origem, quanto a fixação da jornada de acordo com a prova dos autos. Ressalta se que a presunção da jornada declinada na exordial não é absoluta, podendo ser ilidida por prova em sentido contrário. Assim, peço vênia para reproduzir os judiciosos fundamentos externados pelo julgador de origem, ancorados na prova oral, adotando-os integralmente como ratio decidendi : "Dessa forma, para o período sem a apresentação do ponto, torna-se necessária a fixação de jornada. No depoimento pessoal, o autor afirmou, em suma, que "era o reclamante que registrava o próprio ponto; no início era manual e depois passou para o aplicativo; nunca recebia o valor correto; não vinha as horas totais; tinha acesos para bater o ponto na entrada e na saída; depois não via mais o registro; registrava na entrada e na saída; usava van; saia 1h36 do ponto da cidade, para voltar dependia do horário que pegava; a hora dependia do lugar que estava; tinha sistema de turno; os horários eram de 3h48 a 1h36 e de 7h as 4h48; o horário da van as vezes coincidia com o horário do turno às vezes; quando o projeto estava mais perto, chegava na hora; se o projeto estivesse longe demorava mais um pouquinho; no turno que encerrava às 1h36 não tinha turno seguinte só o próximo no outro dia cedo; não rendiam o turno do autor; não fazia intervalo; uma ou outra vez fazia o intervalo; nessas oportunidades fez intervalo de meia hora; a equipe do autor era ele e outra pessoa; não tinha como se revezar para fazer o intervalo; era só o autor (mecânico) e o motorista; exerceu a função de mecânico desde o início; era apto para essa função; fazia intervalo dentro do caminhão; teria lugar próprio para fazer o intervalo." Assim, considerando o depoimento colhido nestes autos e na prova emprestada, bem como a média do controle de ponto, fixa-se, para os períodos não apresentados, a jornada de trabalho em escala 6x3, das 8h às 16h48 e das 16h48 às 1h36, com alternância entre os turnos mensalmente, com uma hora de intervalo intrajornada. A jornada fixada não ultrapassa os módulos diários e semanais de duração de trabalho. Não havendo falar em condenação ao pagamento de horas extras."(ID. 66e180a - Pág. 10) Pela jornada arbitrada, fica mantida a conclusão sentencial a respeito do intervalo interjornadas, bem como ao pagamento das diferenças de adicional noturno. No que se refere ao período em que houve a apresentação dos controles de jornada, observa-se a existência de pré-assinalação do intervalo intrajornada, nos termos do § 2º do art. 74 da CLT. Nessa hipótese, incumbia à parte autora o ônus de demonstrar a supressão, ainda que parcial, do referido intervalo. Todavia, não foram produzidas provas aptas a corroborar tal alegação. Diante disso, julga-se improcedente o pedido. Diante do exposto, nego provimento aos recursos." Por não se prestarem a infirmar as exatas premissas fáticas expostas pelo Colegiado, a exemplo daquelas exaradas no transcrito excerto do acórdão, acrescento que são inespecíficos os arestos válidos colacionados pela recorrente sobre o tema em destaque. O seguimento do recurso nesse ponto encontra óbice na Súmula 296 do TST. O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas indicadas aos arts. 59 da CLT e 400 do CPC, bem como as contrariedades apontadas às Súmulas 85, IV e 338 do TST. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / CONTROLE DE JORNADA (13768) / CARTÃO DE PONTO Alegação(ões): - contrariedade à Súmula 338, I do Tribunal Superior do Trabalho. - violação dos arts. 74 e 818 da CLT e 400 do CPC. - divergência jurisprudencial. Em relação ao tema jornada reconhecida em sentença, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Ademais, quanto ao período sem controle de jornada, coaduno com o entendimento do juízo de origem, quanto a fixação da jornada de acordo com a prova dos autos. Ressalta se que a presunção da jornada declinada na exordial não é absoluta, podendo ser ilidida por prova em sentido contrário. Assim, peço vênia para reproduzir os judiciosos fundamentos externados pelo julgador de origem, ancorados na prova oral, adotando-os integralmente como ratio decidendi : "Dessa forma, para o período sem a apresentação do ponto, torna-se necessária a fixação de jornada. No depoimento pessoal, o autor afirmou, em suma, que "era o reclamante que registrava o próprio ponto; no início era manual e depois passou para o aplicativo; nunca recebia o valor correto; não vinha as horas totais; tinha acesos para bater o ponto na entrada e na saída; depois não via mais o registro; registrava na entrada e na saída; usava van; saia 1h36 do ponto da cidade, para voltar dependia do horário que pegava; a hora dependia do lugar que estava; tinha sistema de turno; os horários eram de 3h48 a 1h36 e de 7h as 4h48; o horário da van as vezes coincidia com o horário do turno às vezes; quando o projeto estava mais perto, chegava na hora; se o projeto estivesse longe demorava mais um pouquinho; no turno que encerrava às 1h36 não tinha turno seguinte só o próximo no outro dia cedo; não rendiam o turno do autor; não fazia intervalo; uma ou outra vez fazia o intervalo; nessas oportunidades fez intervalo de meia hora; a equipe do autor era ele e outra pessoa; não tinha como se revezar para fazer o intervalo; era só o autor (mecânico) e o motorista; exerceu a função de mecânico desde o início; era apto para essa função; fazia intervalo dentro do caminhão; teria lugar próprio para fazer o intervalo." Assim, considerando o depoimento colhido nestes autos e na prova emprestada, bem como a média do controle de ponto, fixa-se, para os períodos não apresentados, a jornada de trabalho em escala 6x3, das 8h às 16h48 e das 16h48 às 1h36, com alternância entre os turnos mensalmente, com uma hora de intervalo intrajornada. A jornada fixada não ultrapassa os módulos diários e semanais de duração de trabalho. Não havendo falar em condenação ao pagamento de horas extras."(ID. 66e180a - Pág. 10) Pela jornada arbitrada, fica mantida a conclusão sentencial a respeito do intervalo interjornadas, bem como ao pagamento das diferenças de adicional noturno." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, a ofensa indicada ao art. 74 da CLT, bem como a contrariedade apontada ao Item I da Súmula 338 do TST. O aresto trazido à colação, proveniente deste Tribunal, não se presta ao confronto de teses. 4.1 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO (1695) / ORGANIZAÇÃO SINDICAL (13016) / ENQUADRAMENTO SINDICAL Alegação(ões): - violação do art. 7º, XXVI da Constituição da República. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "A redação anteriormente vigente do artigo 620 da Consolidação das Leis do Trabalho previa a supremacia da norma coletiva mais benéfica ao trabalhador, ainda que se tratasse de convenção em detrimento de acordo. Todavia, com o advento da Reforma Trabalhista, implementada pela Lei nº 13.467/2017, passou a constar expressamente que "as condições estabelecidas em acordo , coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho" conforme atual redação do referido dispositivo legal (destaque nosso). No caso dos autos, verifica-se que a admissão do reclamante ocorreu em 08/08/2022, já sob a égide da nova redação do art. 620 da CLT. Constatado, ainda, que os ACTs foram firmados pelo Sindicato dos Trabalhadores de Locação em Geral no Estado de Minas Gerais - SINTRAL MG, entidade que detém representatividade sobre a base territorial abrangente do município de Três Marias/MG, local onde os serviços foram efetivamente prestados, conclui-se pela legitimidade de sua aplicação ao contrato de trabalho. Dessa forma, diante da coexistência de normas coletivas válidas e da clara diretriz legal quanto à prevalência dos acordos coletivos, impõe-se a rejeição da pretensão autoral." Por não se prestar a infirmar as exatas premissas fáticas expostas pelo Colegiado, a exemplo daquelas exaradas no transcrito excerto do acórdão, acrescento que é inespecífico o aresto válido colacionados pela recorrente sobre o tema em destaque. O seguimento do recurso nesse ponto encontra óbice na Súmula 296 do TST. O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, a ofensa indicada ao art. 7º, XXVI da CF/88. O aresto trazido à colação, proveniente deste Tribunal, não se presta ao confronto de teses. 5.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / ABONO Alegação(ões): - violação dos arts. 818 da CLT e 400 do CPC. Acerca do abono indenizatório/deslocamento, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "O contrato de trabalho firmado entre as partes (ID. cfb4f0b) não contém qualquer estipulação quanto ao referido abono, limitando-se a prever que o obreiro perceberia, a título de contraprestação pelos serviços prestados, o salário mensal de R$ 1.384,08. Por sua vez, o Acordo Coletivo de Trabalho aplicável à categoria profissional contempla, em sua cláusula quarta, a previsão do pagamento de abono indenizatório nos seguintes termos: Cláusula Trigésima Quarta - Abono de Deslocamento A empresa pagará aos empregados que deslocam para a área florestal um abono indenizatório de 30% do salário para compensar o tempo gasto com o deslocamento de ida e volta das frentes de trabalho. Parágrafo Único: O referido abono não possui natureza salarial e não constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário, nos termos do artigo 457 §2º da CLT, e não será incorporado ao salário. (ID. 7c7a767) Dessa forma, trata-se de parcela estabelecida por norma coletiva, com caráter nitidamente indenizatório, destinada a ressarcir o trabalhador pelo tempo gasto em deslocamento. A documentação acostada aos autos, especialmente os contracheques (ID. Deslocamento S/incid 7901b4d - Pág. 3), evidencia o pagamento habitual da parcela sob as rubricas "Abono Indenizatório " ou " Abono Indenizatório de Deslocamento conforme os critérios fixados na cláusula coletiva. ", durante todo o pacto laboral, Nesse contexto, incumbia ao autor demonstrar que os valores pagos não correspondiam ao percentual de 30% previsto no ACT ou que o montante deveria ser diverso daquele estipulado normativamente, nos termos do art. 818 da CLT. No entanto, não se desincumbiu de tal ônus." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas indicadas aos arts. 818 da CLT e 400 do CPC. 6.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / SALÁRIO/DIFERENÇA SALARIAL (13858) / SALÁRIO POR ACÚMULO DE CARGO/FUNÇÃO Alegação(ões): - violação dos arts. 8º e 460 da CLT. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Para configuração do desvio ou acúmulo de função, as tarefas acumuladas devem ser incompatíveis com aquela para a qual fora contratado o trabalhador, demonstrando desequilíbrio qualitativo ou quantitativo em relação às funções previamente ajustadas. Este desequilíbrio fica nitidamente configurado quando imposta ao trabalhador atividade absolutamente distinta do conjunto de atribuições relacionadas à função para a qual fora contratado, ou, muito superior à sua condição pessoal, com maiores responsabilidades e exigências técnicas, de forma a acarretar desgaste ao trabalhador e enriquecimento sem causa do empregador, o que não é verificado na dinâmica de trabalho do autor. Com efeito, a contratação do empregado para o exercício de determinada função traz implícita a anuência com o desempenho de um conjunto de tarefas e atribuições, sendo que inexistindo cláusula expressa a delimitar as atribuições do obreiro, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a sua condição pessoal (art. 456, §1º, da CLT). A prova produzida nos autos não comprovou que o autor realizava tarefas incompatíveis com sua função nem com a sua condição pessoal, como admitido pelo art. 456 da CLT. Acrescente-se que o reclamante confessou que exerceu as mesmas funções desde o início do contrato Assim, não restou provada a atribuição ao autor de novas funções em descompasso com o ajuste admissional de forma a provocar desequilíbrio econômico no contrato. Nesse sentido, mantida a sentença, por seus próprios e jurídicos fundamentos." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas indicadas aos arts. 8º e 460 da CLT. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. RECURSO DE: SIMAK LOCACAO SERVICOS S.A. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 18/06/2025 - Id 10ffc5b; recurso apresentado em 02/07/2025 - Id c278976). Regular a representação processual (Id ed02772, e56e611 ). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id 66e180a : R$ 18.000,00; Custas fixadas, id 66e180a : R$ 360,00; Depósito recursal recolhido no RO, id 36a77ca : R$ 13.133,46; Custas pagas no RO: id b1b7509 ; Condenação no acórdão, id 08fec9c : R$ 18.000,00; Custas no acórdão, id 08fec9c : R$ 360,00; Depósito recursal recolhido no RR, id d53abab : R$ 4.866,54. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADO Alegação(ões): - contrariedade à Súmula 461 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação do art. 7º, XXVI da Constituição da República. - violação do art. 611-A da CLT. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Pontua-se que a jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho, por meio da Súmula nº 146, estabelece, de forma inequívoca, o direito ao pagamento em dobro pelos serviços prestados em domingos e feriados, independentemente de a remuneração mensal já englobar os dias úteis e de repouso. Tal entendimento não encontra óbice na Súmula nº 461 do Supremo Tribunal Federal, que apenas dispõe que a remuneração devida nos dias destinados ao descanso deve ser paga em dobro, e não em triplo, quando houver labor nesses dias. Ressalte-se que referida súmula não exclui a obrigação de pagamento adicional pelo trabalho efetivamente prestado em dias destinados ao repouso semanal ou feriados civis e religiosos. Com efeito, a interpretação sistemática do art. 9º da Lei nº 605/49, combinado com o art. 7º, XV, da Constituição Federal, conduz à conclusão de que o labor em dias de repouso atrai a incidência de pagamento suplementar em dobro, sem prejuízo da remuneração normal devida pela assiduidade semanal, nos termos do art. 6º da mencionada Lei. Assim, mostra-se harmônica e juridicamente válida a interpretação segundo a qual o trabalho executado em domingos e feriados enseja o pagamento em dobro da jornada laborada, além da remuneração ordinária do repouso semanal, entendimento este já sedimentado na jurisprudência pacífica da Corte Superior Trabalhista." Não prospera a alegação de afronta à Súmula 461 do TST, eis que não subscreve juízo antagônico ao adotado no acórdão recorrido. O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas indicadas aos arts. 7º, XXVI da CF/88 e 611-A da CLT. 2.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Alegação(ões): - violação dos arts. 840, §1º da CLT e 492 do CPC. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Os valores atribuídos aos pedidos, indicados na petição inicial, são meramente estimativos e se prestam para apurar o valor aproximado da causa, a fim de se determinar o rito a ser seguido (Lei 5.584/70, art. 2º c/c art. 840, § 1º da CLT). Portanto, possuem somente caráter informativo e não têm o condão de vincular o juízo. Nem mesmo a partir da nova redação do art. 840 da CLT, dada pela Lei 13.467/17, cogita-se a limitação dos valores apurados em liquidação àqueles expressos na petição inicial. Neste sentido, o artigo 12, §2º, da Instrução Normativa n. 41/TST, segundo a qual: "Para fim do que dispõe o art. 840, §§1º e 2º, da CLT, o valor da causa será estimado, observando-se, no que couber, o disposto nos artigos 291 a 293 do Código de Processo Civil". Dessa forma, ao arbitrar o valor da condenação, o julgador não se encontra adstrito ao importe atribuído à causa pelo reclamante, tampouco ao montante total das verbas deferidas. Sendo a condenação ilíquida, o seu importe econômico é fixado por estimativa, inclusive para efeito de fixação das custas processuais (CLT, art. 789, VI, e §2º), ressalvando-se à fase de liquidação a apuração exata do crédito trabalhista objeto da condenação." No que toca ao pleito de limitação da condenação aos valores indicados na petição inicial, revendo entendimento anteriormente adotado, a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas quanto ao tema (arts. 840, §1º da CLT e 492 do CPC). 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / PRÊMIO Alegação(ões): - violação do art. 818 da CLT. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "A análise dos contracheques revela que a reclamada efetuou pagamentos sob as rubricas "Prêmio ACT/CCT", "Gratificação Indenizatória S/incidência" e "Gratificação Indenização". Entretanto, os valores creditados ao reclamante jamais atingiram o teto estipulado na norma coletiva. Diante disso, incumbia à ré o dever de comprovar os elementos utilizados para aferição do valor pago, nos termos do art. 818 da CLT e art. 373, II, do CPC, considerando-se, ainda, o princípio da aptidão para a prova. Todavia, a parte não se desincumbiu desse ônus. Os documentos acostados aos autos ( IDs 2d16b1c, e3d4ad7 e b8a9d98 ), por sua vez, não se mostram aptos a demonstrar de forma satisfatória a metodologia de cálculo aplicada, tampouco evidenciam os critérios estipulados no instrumento normativo ou sua correta aplicação em relação ao reclamante. valor do prêmio", Embora a cláusula coletiva seja categórica ao dispor que "para cada dimensão há critérios claros, específicos e mensuráveis que, em função dos resultados, determinarão o os elementos documentais apresentados se limitam ao critério de "disponibilidade física ", sem, contudo, trazerem justificativas ou explicações técnicas suficientes sobre os critérios utilizados. Quanto aos demais parâmetros, os dados constantes são genéricos, desprovidos de identificação do trabalhador avaliado ou detalhamento analítico. Frente à ausência de provas seguras acerca da correta aferição da parcela, mantém-se hígida a r. sentença que deferiu o pagamento das diferenças de premiação, com base no valor máximo previsto no acordo coletivo, observando-se, para tanto, o período de vigência da norma e os marcos de admissão e dispensa do obreiro." O Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, I e II, da CLT). O aresto trazido à colação, proveniente deste Tribunal, não se presta ao confronto de teses. 4.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / ADICIONAL NOTURNO Alegação(ões): - violação do art. 818, I da CLT. Em relação ao tema em destaque, o recurso de revista não pode ser admitido, uma vez que não atende ao disposto no inciso I do § 1º-A do art. 896 da CLT (incluído pela Lei n.º 13.015 de 2014), no sentido de ser ônus da parte, sob pena de não conhecimento do recurso, a indicação do trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do apelo. É inclusive iterativa, notória e atual a jurisprudência do TST no sentido de que a exigência consiste em apontar o prequestionamento, salvo vício nascido na própria decisão, e comprová-lo com a transcrição textual e destacada da tese adotada pela Turma, e de que a jurisprudência predominante no TST tem definido que o pressuposto legal não se atende com a mera indicação da folha do trecho do acórdão, da sinopse da decisão, da transcrição da ementa, da parte dispositiva ou do inteiro teor do acórdão recorrido, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Ag-E-ED-Ag-ED-RR-1004-31.2011.5.05.0161, SBDI-I, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 14/05/2021; Ag-E-Ag-ARR-80667-39.2014.5.22.0003, SBDI-I, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 11/09/2020; Ag-E-RR-81600-71.2009.5.04.0202, SBDI-I Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 08/03/2019; AIRR-0010242-74.2023.5.18.0005, 1ª Turma, Relator Ministro Luiz José Dezena da Silva, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-1650-02.2017.5.09.0652, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT 06/09/2024; AIRR-AIRR-260-38.2019.5.13.0030, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 06/09/2024; AIRR-0000976-62.2022.5.06.0351, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 23/08/2024; AIRR-10052-05.2020.5.15.0069, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 06/09/2024; Ag-AIRR-1180-92.2019.5.09.0007, 6ª Turma, Relatora Ministra Katia Magalhães Arruda, DEJT 30/08/2024; Ag-AIRR-104-34.2022.5.20.0003, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-0001465-35.2022.5.06.0146, 8ª Turma, Relator Ministro Sergio Pinto Martins, DEJT 11/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, §7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. Registro que, salvo melhor juízo, o trecho indicado em Id. c278976 - fls. 18 não encontra correspondência no acórdão recorrido. 5.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA (14034) / GRUPO ECONÔMICO Alegação(ões): - violação dos arts. 10 e 448-A da CLT. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "No caso dos autos, ficou demonstrada a proximidade e atuação conjunta entre as reclamadas, motivo pelo qual correta a decisão que reconheceu o grupo econômico, nos termos do parágrafo 2º, do artigo 2º da CLT. Como bem pontuado pelo juízo a quo , o estatuto social anexado à defesa da primeira reclamada demonstra que a empresa SIMAK LOCAÇÃO SERVIÇOS S.A. tem como acionistas LSI - LOGÍSTICA S.A., MANSERV MONTAGEM E MANUTENÇÃO S.A., MANSERV FACILITIES LTDA. e LSI ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS S.A. (ID. 32f4d6d). Outro ponto relevante é que as reclamadas operam em segmentos complementares. Além disso, a recorrente não apresentou qualquer prova substancial da alegada sucessão trabalhista, sem o encerramento de uma das rés." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas indicadas aos arts. 10 e 448-A da CLT. Os arestos trazidos à colação, provenientes deste Tribunal, não se prestam ao confronto de teses. Não são aptos ao confronto de teses os arestos colacionados carentes de indicação de fonte oficial ou repositório autorizado em que foram publicados (Súmula 337, I e IV, do TST e § 8º do art. 896 da CLT). CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 10 de julho de 2025. Sebastião Geraldo de Oliveira Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - DHEIMERSON HENRIQUE FERREIRA - SIMAK LOCACAO SERVICOS S.A.

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Epc Engenharia Projeto Consultoria Sa e outros x Fernanda Carolina Servio

ID: 322110377

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0010716-07.2024.5.03.0109

Data de Disponibilização: 10/07/2025

Polo Ativo:

EPC ENGENHARIA PROJETO CONSULTORIA SA TENAX GERENCIAMENTO S/A

Polo Passivo:

FERNANDA CAROLINA SERVIO

Notificação

Advogados:

RONANN FERREIRA GONTIJO

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PATRICIA DA CRUZ ZORZI

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RAFAEL SOUZA STARLING

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THIAGO SOBREIRA ALVARES CORREA

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MARCELO ALVES PINTO RUGGIO

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JOZIANE DE SOUZA PEIXOTO

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: MARCOS PENIDO DE OLIVEIRA ROT 0010716-07.2024.5.03.0109 RECORRENTE: TENAX GERENCIAMEN… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: MARCOS PENIDO DE OLIVEIRA ROT 0010716-07.2024.5.03.0109 RECORRENTE: TENAX GERENCIAMENTO S/A E OUTROS (1) RECORRIDO: FERNANDA CAROLINA SERVIO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 107c730 proferida nos autos. RECURSO DE: TENAX GERENCIAMENTO S/A (E OUTRO) PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 10/06/2025 - Id bde8ff7,ebf82d9; recurso apresentado em 24/06/2025 - Id 3f351c7). Regular a representação processual (Id 877da12, 918ec41 ). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id d7d6d55 : R$ 50.000,00; Custas fixadas, id d7d6d55 : R$ 1.000,00; Depósito recursal recolhido no RO, id fae05dc : R$ 13.133,46; Custas pagas no RO: id f6c164e; Condenação no acórdão, id c867186 : R$ 50.000,00; Custas no acórdão, id c867186 : R$ 1.000,00; Depósito recursal recolhido no RR, id 3054cf4, 5f2eafa : R$ 26.266,92. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO (13707) / CONTRATO INTERMITENTE Alegação(ões): - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) §3º do artigo 443 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 452-A da Consolidação das Leis do Trabalho. Consta do acórdão (Id. c867186): Ao exame. Assim dispõe o parágrafo 3º do art. 443 da CLT: § 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. O art. 452-A da CLT estabelece os seguintes requisitos formais para a referida modalidade contratual, verbis: Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. § 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I - remuneração; II - férias proporcionais com acréscimo de um terço; III - décimo terceiro salário proporcional; IV - repouso semanal remunerado; e V - adicionais legais. § 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo. § 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador". No caso dos autos, a reclamante foi admitida pela primeira reclamada (EPC ENGENHARIA PROJETO CONSULTORIA SA) em 01/07/202 e depois foi transferida para a segunda reclamada (TENAX GERENCIAMENTO S/A), para exercer a função de Engenheiro Agrimensor. O Tipo de contrato foi por prazo indeterminado. (vide CTPS de ID 5f14b53). O contrato de trabalho intermitente, nos moldes do art. 443, § 3º da CLT, sua característica marcante é a prestação de serviços com subordinação, de forma descontínua, ocorrendo alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade. Compulsando os autos, observa-se justamente o contrário, há habitualidade na prestação de serviços. Não havia lapsos temporais de inatividade. Os contracheques juntados nos ID's b47817e e d672251 apontam o pagamento de salários de forma contínua, de julho de 2020 a dezembro de 2022 (pág. 349 do PDF). As convocações juntadas no ID. a2c5fb5 também apontam o labor contínuo, com jornada de trabalho de 08h às 17h, não havendo período de inatividade. Como se vê, tais documentos evidenciam, por si só, o trabalho contínuo, na contramão do que é previsto no parágrafo 3º do art. 443 da CLT, evidenciando a contratação desnaturada. Além disso, também houve descumprimento de requisitos formais. A CTPS da reclamante não possui a informação de que o Contrato de Trabalho tenha sido intermitente, ao contrário, aponta trabalho por prazo indeterminado. Nesse mesmo sentido, a prova oral confirmou a ausência de inatividade e prestação de serviços de forma contínua, valendo destacar trecho do depoimento da testemunha obreira, Sr. Henrique, que declarou de forma firme e convincente que: "que não teve nenhum período de intermitência no contrato da reclamante," O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. É imprópria a alegada afronta ao princípio da legalidade (inciso II do art. 5º da CR) e não há como aferir as demais ofensas constitucionais apontadas, pois a análise da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição, exigindo que se interprete o conteúdo da legislação infraconstitucional (Súmula 636 do STF). Por isso, ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. 2.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / SALÁRIO/DIFERENÇA SALARIAL Alegação(ões): - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) artigo 884 do Código Civil; artigo 611 da Consolidação das Leis do Trabalho. Consta do acórdão (Id. c867186): As reclamadas requerem a reforma da sentença para que sejam excluídas da condenação as diferenças salariais. Alegam que a remuneração era variável e proporcional ao tempo efetivamente laborado, e que o valor convencionado entre as partes é superior ao salário proporcional previsto na Convenção Coletiva anexada aos autos pela própria Reclamante. Sobre o tema, assim restou decidido pelo juízo de origem: "DIFERENÇA SALARIAL. REFLEXOS A autora pleiteia o pagamento de diferenças salariais e respectivos reflexos decorrentes da inobservância do valor avençado entre as partes e registrado na CTPS, bem como em virtude da inobservância do piso salarial constante da norma coletiva da categoria, o que lhe for mais benéfico. As reclamadas defendem-se afirmando que a reclamante percebia o valor proporcional ao suposto período de ativação. Examino. A prova oral confirmou que a reclamante cumpria jornada administrativa/comercial, qual seja de 08 horas diárias de segunda a sexta-feira, o que remete a jornada de 40 horas semanais. A CTPS da obreira contém registro de maior remuneração inicial de R$ 9.434,13 e maior última remuneração no importe de R$ 12.181,48 (ID 5f14b53). A norma coletiva da categoria prevê piso salarial para engenheiro de R$ 8.892,50 em 2020 (ID ) e de R$ 9.360,00 c113d0e em 2021 (ID 10de2cc ). Os comprovantes de pagamento demonstram quitação de remuneração inferior ao maior valor pactuado na CTPS e o previsto na norma coletiva da categoria (ID b47817e). Defiro, portanto, o pagamento das diferenças salariais vindicadas observado, mês a mês, o parâmetro mais benéfico (piso salarial ou remuneração constante da CTPS) e os reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1 /3, 13º salário, FGTS e indenização de 40%." Examino. Foi declarada a nulidade do contrato de trabalho intermitente, sendo que a prova dos autos confirmou que a reclamante cumpria jornada de 8 horas por dia, de segunda à sexta-feira, totalizando 40 horas semanais. (V. convocações de ID. a2c5fb5). As convenções coletivas juntadas pela reclamante, apontam que o piso salarial do Engenheiro em 2020 era de R$ 8.892,50 (ID. c113d0e, pág.96). Em 2021 o valor passou a ser R$ 9.360,00 (ID. 10de2cc, pág. 120). Compulsando os contracheques juntados pela reclamada nos ID's b47817e e d672251 é possível confirmar o pagamento inferior ao piso, a exemplo do recibo que apresenta o pagamento do salário no valor de R$ 7.896,05 (pág. 307). Considerando o pagamento a menor realizado pela ré, a manutenção da sentença é medida que se impõe. Nada a prover. O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. É imprópria a alegada afronta ao princípio da legalidade (inciso II do art. 5º da CR) e não há como aferir as demais ofensas constitucionais apontadas, pois a análise da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição, exigindo que se interprete o conteúdo da legislação infraconstitucional (Súmula 636 do STF). Por isso, ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO (13949) / RESCISÃO INDIRETA Alegação(ões): - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho. Consta do acórdão (Id. c867186): A rescisão indireta é a resolução do contrato de trabalho devido a ato faltoso cometido pelo empregador, nas hipóteses previstas no artigo 483 da CLT. A falta patronal que dá ensejo à rescisão indireta deve revestir-se de tal gravidade que torne inviável a continuidade do vínculo empregatício, tal como ocorre na dispensa por justa causa do empregado. In casu, o conjunto probatório produzido nos autos demonstrou a presença de motivos caracterizadores da rescisão contratual pela via oblíqua, porquanto restou comprovado não apenas o desrespeito às disposições referentes ao contrato intermitente, como também o pagamento de salário inferior ao piso estipulado. Desse modo, com base na prova dos autos, entendo que há motivos hábeis a ensejar a rescisão indireta. Com efeito, não emerge dos autos nenhum elemento que induza à convicção de que se equivocara o Juízo de origem na valoração do conjunto probante, devendo prevalecer o convencimento por ele firmado, com base nas impressões colhidas por ocasião da instrução probatória, privilegiando-se o princípio da imediatidade ou da imediação. Nestes termos, mantenho a sentença que reconheceu a rescisão indireta do contrato de trabalho. Nego provimento. O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. É imprópria a alegada afronta ao princípio da legalidade (inciso II do art. 5º da CR) e não há como aferir as demais ofensas constitucionais apontadas, pois a análise da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição, exigindo que se interprete o conteúdo da legislação infraconstitucional (Súmula 636 do STF). Por isso, ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. 4.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Consta do acórdão (Id. c867186): Insurgem-se as reclamadas contra o deferimento da justiça gratuita à autora, afirmando que não restaram preenchidos os requisitos do art. 790, § 3º, da CLT. No entanto, a declaração de pobreza firmada pela parte ou seu procurador com poderes específicos atende o requisito do art. 790, § 4°, da CLT para a concessão do benefício da justiça gratuita, se não houver nos autos elementos em sentido contrário. Nesse sentido, o entendimento da Súmula 463 do Col. TST, in verbis: "ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-I, com alterações decorrentes do CPC de 2015) I - A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); II - No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo." Também o Tribunal Pleno do Colendo TST, recentemente decidiu, no julgamento do Tema 21 do IRR pelo Pleno do Colendo Tribunal Superior (IRR-277-83.2020.5.09.0084), em sessão no dia 14/10/2024, por maioria, que a declaração firmada por pessoa física de que não dispõe de recursos suficientes para o pagamento das custas do processo, salvo se ilidida por meio idôneo, goza de presunção juris tantum de veracidade e se revela suficiente para comprovar tal condição. No presente caso, a autora declarou expressamente sua hipossuficiência econômica, conforme documento de ID. 13181d1, não infirmado por prova em sentido contrário. Nego provimento. O entendimento adotado no acórdão recorrido está de acordo com a tese fixada na decisão do IncJulgRREmbRep 277-83.2020.5.09.0084 pelo Pleno do TST e publicada em 16/12/2024 (Tema 21), no sentido de que I) Independentemente de pedido da parte, o magistrado trabalhista tem o poder-dever de conceder o benefício da justiça gratuita aos litigantes que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, conforme evidenciado nos autos; II) O pedido de gratuidade de justiça, formulado por aquele que perceber salário superior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, pode ser instruído por documento particular firmado pelo interessado, nos termos da Lei n.º 7.115/1983, sob as penas do art. 299 do Código Penal; III) Havendo impugnação à pretensão pela parte contrária, acompanhada de prova, o juiz abrirá vista ao requerente do pedido de gratuidade de justiça, decidindo, após, o incidente (art. 99, § 2º, do CPC). Está também em sintonia com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que (...) a comprovação da insuficiência de recursos, para fins de concessão do benefício da justiça gratuita, pode ser feita mediante a simples declaração da parte, nos termos da Súmula 463, I/TST - mesmo nas ações ajuizadas após o início de vigência da Lei 13.467/2017 e para trabalhadores que perceberem salário além do limite previsto no art. 790, § 3º, da CLT . Para afastar a concessão do benefício, cabe, assim, à parte adversa comprovar que a parte reclamante não se encontra em situação de hipossuficiência econômica, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: E-RR-415-09.2020.5.06.0351, SBDI-I, Relator Ministro Lelio Bentes Correa, DEJT 07/10/2022; RR-1001058-72.2019.5.02.0002, 1ª Turma, Relator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT 09/02/2024; RRAg-283-53.2020.5.12.0037, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 02/09/2022; Ag-RRAg-10287-74.2019.5.18.0181, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 16/02/2024; Ag-RRAg-31-80.2020.5.21.0043, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 25/03/2022; RR-10823-67.2021.5.03.0073, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 18/08/2023; RR-11326-68.2018.5.18.0011, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 18/11/2022 e ED-RR-10444-80.2020.5.03.0132, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 28/11/2022. De acordo com os artigos 896-C, § 11, inciso I, da CLT, 927, III, do CPC e 3º, XXIII, da Instrução Normativa nº 39/2015 do TST, julgado o incidente, a tese firmada vincula todos os juízes e órgãos fracionários. Ademais, não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Assim, além de estarem superados os arestos válidos que adotam teses diversas, ficam afastadas as ofensas normativas e contrariedades a verbetes jurisprudenciais apontadas quanto ao tema (art(s). ; Súmula(s); OJ(s)). 5.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Consta do acórdão (Id. c867186): As quantias atribuídas aos pedidos formulados na petição inicial representam apenas uma estimativa essencial ao estabelecimento do valor de alçada do processo (art. 2º da Lei nº 5.584/70 c/c art. 840, §1º, da CLT), portanto, possuem somente caráter informativo e não tem o condão de vincular o juízo. Dessa forma, ao arbitrar o valor da condenação, o julgador não se encontra adstrito ao importe atribuído à causa pela reclamante, tampouco ao montante total das verbas deferidas. Sendo a condenação ilíquida, o seu importe econômico é fixado por estimativa, inclusive para efeito de fixação das custas processuais (CLT, art. 789, VI, e §2º), ressalvando-se à fase de liquidação a apuração exata do crédito trabalhista objeto da condenação. Nesse sentido, recente precedente da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, do c. TST: "EMBARGOS. RECURSO DE REVISTA. LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AOS VALORES ATRIBUÍDOS AOS PEDIDOS NA PETIÇÃO INICIAL. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA DO ART. 840, §1º, DA CLT.APLICAÇÃO DA REGRA ESPECIAL PREVISTA NA IN 41/2018 C/C ART. 840, §1º, DA CLT. VALORES INDICADOS NA PETIÇÃO COMO MERA ESTIMATIVA. 1. A controvérsia dos autos cinge-se em definir se os valores atribuídos pela parte aos pedidos na petição inicial limitam a condenação, notadamente na hipótese dos autos em que o reclamante inseriu expressamente ressalva quanto ao valor da causa. 2. A adequada interpretação jurídica das alterações promovidas pela Lei nº 13.467/2017 aos parágrafos 1º e 2º do artigo 840, da CLT proporciona impacto na prática trabalhista, eis que introduz novos requisitos aos pedidos trazidos nas petições iniciais protocolizadas nas Varas do Trabalho. 3. A exigência de se consignar, na petição inicial, pedidos certos e determinados já era observada nas reclamações trabalhistas, uma vez que a antiga redação do art. 840, §1º, da CLT não continha detalhes acerca do conteúdo e especificações do pedido. Assim, aplicavam-se subsidiariamente (arts. 769, da CLT e 15, do CPC) os artigos 322 e 324 do CPC, quanto à necessidade de que os pedidos fossem certos e determinados. Com a entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, o §1º do art. 840, da CLT torna-se norma específica que disciplina os requisitos da petição inicial no processo do trabalho. Portanto, além de estipular que os pedidos devem ser certos e determinados, inaugura-se a obrigatoriedade de que cada um contenha a indicação de seu valor. 4. Sob este viés, a exigência de indicação do valor dos pedidos determinada pelo artigo 840, §1º, da CLT objetiva que, desde a petição inicial, as partes delimitem, com razoável destreza, o alcance de sua pretensão. 5. A despeito disso, a redação do artigo 840, §1º, da CLT de determinação de indicação do valor na petição inicial não é inédita no sistema processual trabalhista. Desde os anos 2000, por meio do art. 852-B, I, da CLT (introduzida pela Lei nº 9.957/2000), passou-se a exigir que as petições iniciais submetidas ao rito sumaríssimo fossem líquidas, por se tratarem de causas que, dada a natureza, possuem condições de ser examinadas de forma mais célere pela Justiça do Trabalho. 6. Assim, o artigo 840, §1º, da CLT passou a prever uma equivalência entre os requisitos da petição inicial das ações submetidas ao rito sumaríssimo e àquelas sob o rito ordinário, cuja natureza das demandas, no entanto, tende a ser de ordem mais complexa. 7. Efetivamente, antes das alterações promovidas pela Lei nº 13.467/2017 nas ações submetidas ao rito ordinário, o quantum debeatur era estabelecido em fase própria de certificação, qual seja, a liquidação de sentença. Ou seja, apenas depois de ultrapassada toda a instrução processual, orientada pelo princípio da imediação, previsto no art. 820 da CLT, com a respectiva colheita de provas e análise de cada uma delas, iniciava-se o momento processual de liquidação dos pedidos. 8. Por força das determinações legais de serem apresentados pedidos certos e determinados, o sistema processual trabalhista então vigente, como houvera de ser, detinha preservados a ampla defesa e o contraditório do réu, que tinha ao seu dispor a possibilidade de contestar cada um dos pedidos, seja na fase de conhecimento, seja na de liquidação. 9. Isto é, o novo comando do art. 840, §1º, da CLT incorpora às demandas trabalhistas sob o rito ordinário critérios técnicos jamais antes exigidos e, uma vez não cumpridos, ter-se-á como consequência, a extinção do processo sem resolução de mérito, conforme determina o também novo §3º, do art. 840, da CLT. Com isso, passou-se a atribuir aos reclamantes o encargo processual de, para ingressar com uma demanda trabalhista, apresentar valores que venham a corresponder ao objeto dos pedidos, sem antes se ter iniciada a fase de instrução processual. 10. Inobstante, o rigor técnico exigido pelo art. 840, §1º, da CLT, interpretado de forma dissociada das demais normas e princípios que regem a processualística trabalhista, conduz a um estreitamento do jus postulandi (art. 791, da CLT), que historicamente é uma das características que mais singularizam, em essência, a jurisdição trabalhista. A contrario sensu , preservando-se essa orientação, mesmo com a nova redação do artigo 840, §1º, da CLT manteve-se a orientação de que, na petição inicial, basta "uma breve exposição dos fatos", uma vez que as partes, via de regra, não possuem conhecimentos técnicos para formular fundamentos jurídicos do pedido. 11. Nesse cenário, a interpretação gramatical do dispositivo pode conduzir à mitigação do jus postuland , em desatenção ao princípio do amplo acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF). 12. A determinação de indicação dos valores dos pedidos nas causas submetidas ao rito ordinário tem como reflexo a controvérsia trazida pela embargante, qual seja, a eventual vinculação ou limitação da condenação aos valores atribuídos a cada pedido apresentado já na exordial. 13. De fato, de acordo com a regra da congruência entre os pedidos formulados na ação e a condenação arbitrada (arts. 832, da CLT e arts. 141, §2º e 492, do CPC), nos termos do disciplinado nos arts. 141 e 492 do CPC, os valores indicados na petição inicial de forma líquida limitariam àqueles arbitrados na condenação, sob pena de se incorrer em decisão extra, ultra ou citra petita. 14. A partir desse cenário, a natureza do conflito trabalhista submetido à apreciação desta Corte perpassa, entre outros, a averiguação acerca da (im) possibilidade de se determinar que a condenação limite-se a exatamente os valores indicados para cada pedido na petição inicial, sob pena de violação aos artigos 141 e 492 do CPC. 15. No caso concreto, diferentemente do que entendeu o acórdão regional recorrido, no que diz respeito à indicação dos pedidos liquidados na petição inicial, a dicção dos dispositivos acima deve ser cotejada não só com uma interpretação teleológica do art. 840, §1º, da CLT, como também com os princípios da informalidade e da simplicidade, que orientam toda a lógica processual trabalhista. A partir desses princípios, no âmbito desta Justiça Especializada, não se pode exigir das partes reclamantes que, para que recebam a integralidade das verbas a que realmente fazem jus ao final de uma demanda trabalhista, correndo o risco de uma decisão citra, ultra ou extra petita, submetam-se, eventualmente, às regras de produção antecipada de prova e/ou contratação de serviço contábil especializado, a fim de liquidar com precisão cada um dos pedidos para adimplir a exigência do artigo 840, §1º, da CLT e, somente depois disso, ajuizar uma demanda trabalhista. Interpretação nesse sentido afrontaria, a um só tempo, o princípio da oralidade e o dispositivo, que, em conjunto, asseguram às partes reclamantes o direito de ir a juízo pleitear as verbas que entendem lhe serem devidas. 16. Ou seja, a análise sobre a necessidade de limitação do valor da condenação àqueles previamente apresentados na exordial deve ser orientada por uma perspectiva teleológica do direito processual do trabalho, cuja interpretação dos dispositivos que o integram deve, pois, ser sempre norteada pelos princípios do amplo acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF), dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF), proteção social do trabalho (art. 1º, IV, da CF). 17. Em atenção a isso e considerando o impacto do art. 840, §1º, da CLT na processualística trabalhista, assim como a necessidade de oferecer ao jurisdicionado a segurança jurídica indispensável a possibilitar estabilidade das relações processuais, este Tribunal Superior do Trabalho aprovou a Instrução Normativa nº 41/2018, que determina que "Para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa será estimado, observando-se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil". 18. A interpretação do art. 840, §1º, da CLT, aliada aos princípios mencionados permite chegar à conclusão de que, tendo o reclamante apresentado, em sua petição inicial, pedido certo e determinado com indicação de valor - estimado -, por um lado, atende-se à exigência do art. 840, §1º, da CLT. Por outro lado, possibilita ao polo passivo o integral exercício da ampla defesa e do contraditório, assegurados pelo artigo 5º, LV, da CF. Trata-se, assim, de interpretação que observa os princípios constitucionais do trabalho, conferindo, igualmente, efetivamente ao referido artigo celetista. 19. Assim, a Instrução Normativa nº 41/2018 ao se referir ao "valor estimado da causa" acaba por delimitar que o pedido apresentado na petição inicial "com indicação de seu valor" a que se refere o art. 840, §1º, da CLT deve ser considerado de forma estimada, eis que inexiste nos dispositivos do CPC a que faz remissão a instrução normativa qualquer delimitação em sentido contrário. O artigo 291, do CPC, pertinente à análise ora empreendida apenas se refere à necessidade de indicação de "valor certo" da causa, inexistindo, portanto, qualquer obrigação de liquidação do valor da causa, tampouco do pedido, com efeito vinculativo à condenação. Ainda, considerando-se a necessária aplicação supletiva do CPC à hipótese, a ausência de indicação de valores na petição inicial não deve ter como consequência a extinção do feito sem resolução do mérito, devendo-se oportunizar à parte a possibilidade de saneamento do defeito, no prazo de 15 dias, por aplicação analógica da Súmula 263 deste TST c/c arts. 4º, 6º e 317 do CPC. 20. Nesse mesmo sentido, interpretando a redação do parágrafo 2º do artigo 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos artigos 141 e 492 do CPC, este Tribunal Superior do Trabalho acumula precedentes no sentido de que os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante. 21. Por fim, não se ignora que a Eg. SBDI-1, do TST, em precedente publicado em 29/05/2020 (E-ARR-10472-61.2015.5.18.0211, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa) firmou entendimento de que a parte autora, ao formular pedidos com valores líquidos na petição inicial, sem registrar qualquer ressalva, limita a condenação a tais parâmetros, por expressa dicção do art. 492 do CPC. Ocorre que o precedente em questão configura situação singular, eis que o recurso de embargos analisado foi interposto em ação ajuizada antes da entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017 e, portanto, da alteração do art. 840, §1º, da CLT c/c Instrução Normativa 41/2018. Assim, não sem razão, a matéria não foi analisada sob a ótica destas normas. Portanto, trata-se o caso concreto de hipótese que revela singularidades quanto àquela analisada pela Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, razão pela qual esta Turma não fica a ela vinculada. 22. A partir do exposto, na hipótese vertente, em que a inicial foi ajuizada em 04/08/2021, incidem as normas processuais previstas na CLT após as alterações da Lei 13.467/2017. Portanto, os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na reclamação trabalhista devem ser considerados como mera estimativa, não limitando a condenação, por força da Instrução Normativa nº 41/2018 c/c art. 840, §1º, da CLT e dos princípios constitucionais que regem o processo do trabalho, em especial os princípios do amplo acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF), da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF), da proteção social do trabalho (art. 1º, IV, da CF). Embargos conhecidos e não providos" (Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023, destaquei)". Por tais razões, nego provimento. No que toca ao pleito de limitação da condenação aos valores indicados na petição inicial, revendo entendimento anteriormente adotado, a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas e contrariedades a verbetes jurisprudenciais apontadas quanto ao tema (arts. 141, 492, CPC; 840, §1º, CLT; 5º, II, CF). CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 09 de julho de 2025. Sebastião Geraldo de Oliveira Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - FERNANDA CAROLINA SERVIO

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Epc Engenharia Projeto Consultoria Sa e outros x Fernanda Carolina Servio

ID: 322110397

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0010716-07.2024.5.03.0109

Data de Disponibilização: 10/07/2025

Polo Ativo:

EPC ENGENHARIA PROJETO CONSULTORIA SA TENAX GERENCIAMENTO S/A

Polo Passivo:

FERNANDA CAROLINA SERVIO

Notificação

Advogados:

RONANN FERREIRA GONTIJO

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PATRICIA DA CRUZ ZORZI

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RAFAEL SOUZA STARLING

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THIAGO SOBREIRA ALVARES CORREA

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MARCELO ALVES PINTO RUGGIO

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JOZIANE DE SOUZA PEIXOTO

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: MARCOS PENIDO DE OLIVEIRA ROT 0010716-07.2024.5.03.0109 RECORRENTE: TENAX GERENCIAMEN… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: MARCOS PENIDO DE OLIVEIRA ROT 0010716-07.2024.5.03.0109 RECORRENTE: TENAX GERENCIAMENTO S/A E OUTROS (1) RECORRIDO: FERNANDA CAROLINA SERVIO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 107c730 proferida nos autos. RECURSO DE: TENAX GERENCIAMENTO S/A (E OUTRO) PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 10/06/2025 - Id bde8ff7,ebf82d9; recurso apresentado em 24/06/2025 - Id 3f351c7). Regular a representação processual (Id 877da12, 918ec41 ). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id d7d6d55 : R$ 50.000,00; Custas fixadas, id d7d6d55 : R$ 1.000,00; Depósito recursal recolhido no RO, id fae05dc : R$ 13.133,46; Custas pagas no RO: id f6c164e; Condenação no acórdão, id c867186 : R$ 50.000,00; Custas no acórdão, id c867186 : R$ 1.000,00; Depósito recursal recolhido no RR, id 3054cf4, 5f2eafa : R$ 26.266,92. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO (13707) / CONTRATO INTERMITENTE Alegação(ões): - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) §3º do artigo 443 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 452-A da Consolidação das Leis do Trabalho. Consta do acórdão (Id. c867186): Ao exame. Assim dispõe o parágrafo 3º do art. 443 da CLT: § 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria. O art. 452-A da CLT estabelece os seguintes requisitos formais para a referida modalidade contratual, verbis: Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. § 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I - remuneração; II - férias proporcionais com acréscimo de um terço; III - décimo terceiro salário proporcional; IV - repouso semanal remunerado; e V - adicionais legais. § 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo. § 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador". No caso dos autos, a reclamante foi admitida pela primeira reclamada (EPC ENGENHARIA PROJETO CONSULTORIA SA) em 01/07/202 e depois foi transferida para a segunda reclamada (TENAX GERENCIAMENTO S/A), para exercer a função de Engenheiro Agrimensor. O Tipo de contrato foi por prazo indeterminado. (vide CTPS de ID 5f14b53). O contrato de trabalho intermitente, nos moldes do art. 443, § 3º da CLT, sua característica marcante é a prestação de serviços com subordinação, de forma descontínua, ocorrendo alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade. Compulsando os autos, observa-se justamente o contrário, há habitualidade na prestação de serviços. Não havia lapsos temporais de inatividade. Os contracheques juntados nos ID's b47817e e d672251 apontam o pagamento de salários de forma contínua, de julho de 2020 a dezembro de 2022 (pág. 349 do PDF). As convocações juntadas no ID. a2c5fb5 também apontam o labor contínuo, com jornada de trabalho de 08h às 17h, não havendo período de inatividade. Como se vê, tais documentos evidenciam, por si só, o trabalho contínuo, na contramão do que é previsto no parágrafo 3º do art. 443 da CLT, evidenciando a contratação desnaturada. Além disso, também houve descumprimento de requisitos formais. A CTPS da reclamante não possui a informação de que o Contrato de Trabalho tenha sido intermitente, ao contrário, aponta trabalho por prazo indeterminado. Nesse mesmo sentido, a prova oral confirmou a ausência de inatividade e prestação de serviços de forma contínua, valendo destacar trecho do depoimento da testemunha obreira, Sr. Henrique, que declarou de forma firme e convincente que: "que não teve nenhum período de intermitência no contrato da reclamante," O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. É imprópria a alegada afronta ao princípio da legalidade (inciso II do art. 5º da CR) e não há como aferir as demais ofensas constitucionais apontadas, pois a análise da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição, exigindo que se interprete o conteúdo da legislação infraconstitucional (Súmula 636 do STF). Por isso, ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. 2.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / SALÁRIO/DIFERENÇA SALARIAL Alegação(ões): - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) artigo 884 do Código Civil; artigo 611 da Consolidação das Leis do Trabalho. Consta do acórdão (Id. c867186): As reclamadas requerem a reforma da sentença para que sejam excluídas da condenação as diferenças salariais. Alegam que a remuneração era variável e proporcional ao tempo efetivamente laborado, e que o valor convencionado entre as partes é superior ao salário proporcional previsto na Convenção Coletiva anexada aos autos pela própria Reclamante. Sobre o tema, assim restou decidido pelo juízo de origem: "DIFERENÇA SALARIAL. REFLEXOS A autora pleiteia o pagamento de diferenças salariais e respectivos reflexos decorrentes da inobservância do valor avençado entre as partes e registrado na CTPS, bem como em virtude da inobservância do piso salarial constante da norma coletiva da categoria, o que lhe for mais benéfico. As reclamadas defendem-se afirmando que a reclamante percebia o valor proporcional ao suposto período de ativação. Examino. A prova oral confirmou que a reclamante cumpria jornada administrativa/comercial, qual seja de 08 horas diárias de segunda a sexta-feira, o que remete a jornada de 40 horas semanais. A CTPS da obreira contém registro de maior remuneração inicial de R$ 9.434,13 e maior última remuneração no importe de R$ 12.181,48 (ID 5f14b53). A norma coletiva da categoria prevê piso salarial para engenheiro de R$ 8.892,50 em 2020 (ID ) e de R$ 9.360,00 c113d0e em 2021 (ID 10de2cc ). Os comprovantes de pagamento demonstram quitação de remuneração inferior ao maior valor pactuado na CTPS e o previsto na norma coletiva da categoria (ID b47817e). Defiro, portanto, o pagamento das diferenças salariais vindicadas observado, mês a mês, o parâmetro mais benéfico (piso salarial ou remuneração constante da CTPS) e os reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1 /3, 13º salário, FGTS e indenização de 40%." Examino. Foi declarada a nulidade do contrato de trabalho intermitente, sendo que a prova dos autos confirmou que a reclamante cumpria jornada de 8 horas por dia, de segunda à sexta-feira, totalizando 40 horas semanais. (V. convocações de ID. a2c5fb5). As convenções coletivas juntadas pela reclamante, apontam que o piso salarial do Engenheiro em 2020 era de R$ 8.892,50 (ID. c113d0e, pág.96). Em 2021 o valor passou a ser R$ 9.360,00 (ID. 10de2cc, pág. 120). Compulsando os contracheques juntados pela reclamada nos ID's b47817e e d672251 é possível confirmar o pagamento inferior ao piso, a exemplo do recibo que apresenta o pagamento do salário no valor de R$ 7.896,05 (pág. 307). Considerando o pagamento a menor realizado pela ré, a manutenção da sentença é medida que se impõe. Nada a prover. O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. É imprópria a alegada afronta ao princípio da legalidade (inciso II do art. 5º da CR) e não há como aferir as demais ofensas constitucionais apontadas, pois a análise da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição, exigindo que se interprete o conteúdo da legislação infraconstitucional (Súmula 636 do STF). Por isso, ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO (13949) / RESCISÃO INDIRETA Alegação(ões): - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho. Consta do acórdão (Id. c867186): A rescisão indireta é a resolução do contrato de trabalho devido a ato faltoso cometido pelo empregador, nas hipóteses previstas no artigo 483 da CLT. A falta patronal que dá ensejo à rescisão indireta deve revestir-se de tal gravidade que torne inviável a continuidade do vínculo empregatício, tal como ocorre na dispensa por justa causa do empregado. In casu, o conjunto probatório produzido nos autos demonstrou a presença de motivos caracterizadores da rescisão contratual pela via oblíqua, porquanto restou comprovado não apenas o desrespeito às disposições referentes ao contrato intermitente, como também o pagamento de salário inferior ao piso estipulado. Desse modo, com base na prova dos autos, entendo que há motivos hábeis a ensejar a rescisão indireta. Com efeito, não emerge dos autos nenhum elemento que induza à convicção de que se equivocara o Juízo de origem na valoração do conjunto probante, devendo prevalecer o convencimento por ele firmado, com base nas impressões colhidas por ocasião da instrução probatória, privilegiando-se o princípio da imediatidade ou da imediação. Nestes termos, mantenho a sentença que reconheceu a rescisão indireta do contrato de trabalho. Nego provimento. O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. É imprópria a alegada afronta ao princípio da legalidade (inciso II do art. 5º da CR) e não há como aferir as demais ofensas constitucionais apontadas, pois a análise da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição, exigindo que se interprete o conteúdo da legislação infraconstitucional (Súmula 636 do STF). Por isso, ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. 4.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Consta do acórdão (Id. c867186): Insurgem-se as reclamadas contra o deferimento da justiça gratuita à autora, afirmando que não restaram preenchidos os requisitos do art. 790, § 3º, da CLT. No entanto, a declaração de pobreza firmada pela parte ou seu procurador com poderes específicos atende o requisito do art. 790, § 4°, da CLT para a concessão do benefício da justiça gratuita, se não houver nos autos elementos em sentido contrário. Nesse sentido, o entendimento da Súmula 463 do Col. TST, in verbis: "ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-I, com alterações decorrentes do CPC de 2015) I - A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); II - No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo." Também o Tribunal Pleno do Colendo TST, recentemente decidiu, no julgamento do Tema 21 do IRR pelo Pleno do Colendo Tribunal Superior (IRR-277-83.2020.5.09.0084), em sessão no dia 14/10/2024, por maioria, que a declaração firmada por pessoa física de que não dispõe de recursos suficientes para o pagamento das custas do processo, salvo se ilidida por meio idôneo, goza de presunção juris tantum de veracidade e se revela suficiente para comprovar tal condição. No presente caso, a autora declarou expressamente sua hipossuficiência econômica, conforme documento de ID. 13181d1, não infirmado por prova em sentido contrário. Nego provimento. O entendimento adotado no acórdão recorrido está de acordo com a tese fixada na decisão do IncJulgRREmbRep 277-83.2020.5.09.0084 pelo Pleno do TST e publicada em 16/12/2024 (Tema 21), no sentido de que I) Independentemente de pedido da parte, o magistrado trabalhista tem o poder-dever de conceder o benefício da justiça gratuita aos litigantes que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, conforme evidenciado nos autos; II) O pedido de gratuidade de justiça, formulado por aquele que perceber salário superior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, pode ser instruído por documento particular firmado pelo interessado, nos termos da Lei n.º 7.115/1983, sob as penas do art. 299 do Código Penal; III) Havendo impugnação à pretensão pela parte contrária, acompanhada de prova, o juiz abrirá vista ao requerente do pedido de gratuidade de justiça, decidindo, após, o incidente (art. 99, § 2º, do CPC). Está também em sintonia com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que (...) a comprovação da insuficiência de recursos, para fins de concessão do benefício da justiça gratuita, pode ser feita mediante a simples declaração da parte, nos termos da Súmula 463, I/TST - mesmo nas ações ajuizadas após o início de vigência da Lei 13.467/2017 e para trabalhadores que perceberem salário além do limite previsto no art. 790, § 3º, da CLT . Para afastar a concessão do benefício, cabe, assim, à parte adversa comprovar que a parte reclamante não se encontra em situação de hipossuficiência econômica, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: E-RR-415-09.2020.5.06.0351, SBDI-I, Relator Ministro Lelio Bentes Correa, DEJT 07/10/2022; RR-1001058-72.2019.5.02.0002, 1ª Turma, Relator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT 09/02/2024; RRAg-283-53.2020.5.12.0037, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 02/09/2022; Ag-RRAg-10287-74.2019.5.18.0181, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 16/02/2024; Ag-RRAg-31-80.2020.5.21.0043, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 25/03/2022; RR-10823-67.2021.5.03.0073, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 18/08/2023; RR-11326-68.2018.5.18.0011, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 18/11/2022 e ED-RR-10444-80.2020.5.03.0132, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 28/11/2022. De acordo com os artigos 896-C, § 11, inciso I, da CLT, 927, III, do CPC e 3º, XXIII, da Instrução Normativa nº 39/2015 do TST, julgado o incidente, a tese firmada vincula todos os juízes e órgãos fracionários. Ademais, não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Assim, além de estarem superados os arestos válidos que adotam teses diversas, ficam afastadas as ofensas normativas e contrariedades a verbetes jurisprudenciais apontadas quanto ao tema (art(s). ; Súmula(s); OJ(s)). 5.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Consta do acórdão (Id. c867186): As quantias atribuídas aos pedidos formulados na petição inicial representam apenas uma estimativa essencial ao estabelecimento do valor de alçada do processo (art. 2º da Lei nº 5.584/70 c/c art. 840, §1º, da CLT), portanto, possuem somente caráter informativo e não tem o condão de vincular o juízo. Dessa forma, ao arbitrar o valor da condenação, o julgador não se encontra adstrito ao importe atribuído à causa pela reclamante, tampouco ao montante total das verbas deferidas. Sendo a condenação ilíquida, o seu importe econômico é fixado por estimativa, inclusive para efeito de fixação das custas processuais (CLT, art. 789, VI, e §2º), ressalvando-se à fase de liquidação a apuração exata do crédito trabalhista objeto da condenação. Nesse sentido, recente precedente da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, do c. TST: "EMBARGOS. RECURSO DE REVISTA. LIMITAÇÃO DA CONDENAÇÃO AOS VALORES ATRIBUÍDOS AOS PEDIDOS NA PETIÇÃO INICIAL. IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA DO ART. 840, §1º, DA CLT.APLICAÇÃO DA REGRA ESPECIAL PREVISTA NA IN 41/2018 C/C ART. 840, §1º, DA CLT. VALORES INDICADOS NA PETIÇÃO COMO MERA ESTIMATIVA. 1. A controvérsia dos autos cinge-se em definir se os valores atribuídos pela parte aos pedidos na petição inicial limitam a condenação, notadamente na hipótese dos autos em que o reclamante inseriu expressamente ressalva quanto ao valor da causa. 2. A adequada interpretação jurídica das alterações promovidas pela Lei nº 13.467/2017 aos parágrafos 1º e 2º do artigo 840, da CLT proporciona impacto na prática trabalhista, eis que introduz novos requisitos aos pedidos trazidos nas petições iniciais protocolizadas nas Varas do Trabalho. 3. A exigência de se consignar, na petição inicial, pedidos certos e determinados já era observada nas reclamações trabalhistas, uma vez que a antiga redação do art. 840, §1º, da CLT não continha detalhes acerca do conteúdo e especificações do pedido. Assim, aplicavam-se subsidiariamente (arts. 769, da CLT e 15, do CPC) os artigos 322 e 324 do CPC, quanto à necessidade de que os pedidos fossem certos e determinados. Com a entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, o §1º do art. 840, da CLT torna-se norma específica que disciplina os requisitos da petição inicial no processo do trabalho. Portanto, além de estipular que os pedidos devem ser certos e determinados, inaugura-se a obrigatoriedade de que cada um contenha a indicação de seu valor. 4. Sob este viés, a exigência de indicação do valor dos pedidos determinada pelo artigo 840, §1º, da CLT objetiva que, desde a petição inicial, as partes delimitem, com razoável destreza, o alcance de sua pretensão. 5. A despeito disso, a redação do artigo 840, §1º, da CLT de determinação de indicação do valor na petição inicial não é inédita no sistema processual trabalhista. Desde os anos 2000, por meio do art. 852-B, I, da CLT (introduzida pela Lei nº 9.957/2000), passou-se a exigir que as petições iniciais submetidas ao rito sumaríssimo fossem líquidas, por se tratarem de causas que, dada a natureza, possuem condições de ser examinadas de forma mais célere pela Justiça do Trabalho. 6. Assim, o artigo 840, §1º, da CLT passou a prever uma equivalência entre os requisitos da petição inicial das ações submetidas ao rito sumaríssimo e àquelas sob o rito ordinário, cuja natureza das demandas, no entanto, tende a ser de ordem mais complexa. 7. Efetivamente, antes das alterações promovidas pela Lei nº 13.467/2017 nas ações submetidas ao rito ordinário, o quantum debeatur era estabelecido em fase própria de certificação, qual seja, a liquidação de sentença. Ou seja, apenas depois de ultrapassada toda a instrução processual, orientada pelo princípio da imediação, previsto no art. 820 da CLT, com a respectiva colheita de provas e análise de cada uma delas, iniciava-se o momento processual de liquidação dos pedidos. 8. Por força das determinações legais de serem apresentados pedidos certos e determinados, o sistema processual trabalhista então vigente, como houvera de ser, detinha preservados a ampla defesa e o contraditório do réu, que tinha ao seu dispor a possibilidade de contestar cada um dos pedidos, seja na fase de conhecimento, seja na de liquidação. 9. Isto é, o novo comando do art. 840, §1º, da CLT incorpora às demandas trabalhistas sob o rito ordinário critérios técnicos jamais antes exigidos e, uma vez não cumpridos, ter-se-á como consequência, a extinção do processo sem resolução de mérito, conforme determina o também novo §3º, do art. 840, da CLT. Com isso, passou-se a atribuir aos reclamantes o encargo processual de, para ingressar com uma demanda trabalhista, apresentar valores que venham a corresponder ao objeto dos pedidos, sem antes se ter iniciada a fase de instrução processual. 10. Inobstante, o rigor técnico exigido pelo art. 840, §1º, da CLT, interpretado de forma dissociada das demais normas e princípios que regem a processualística trabalhista, conduz a um estreitamento do jus postulandi (art. 791, da CLT), que historicamente é uma das características que mais singularizam, em essência, a jurisdição trabalhista. A contrario sensu , preservando-se essa orientação, mesmo com a nova redação do artigo 840, §1º, da CLT manteve-se a orientação de que, na petição inicial, basta "uma breve exposição dos fatos", uma vez que as partes, via de regra, não possuem conhecimentos técnicos para formular fundamentos jurídicos do pedido. 11. Nesse cenário, a interpretação gramatical do dispositivo pode conduzir à mitigação do jus postuland , em desatenção ao princípio do amplo acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF). 12. A determinação de indicação dos valores dos pedidos nas causas submetidas ao rito ordinário tem como reflexo a controvérsia trazida pela embargante, qual seja, a eventual vinculação ou limitação da condenação aos valores atribuídos a cada pedido apresentado já na exordial. 13. De fato, de acordo com a regra da congruência entre os pedidos formulados na ação e a condenação arbitrada (arts. 832, da CLT e arts. 141, §2º e 492, do CPC), nos termos do disciplinado nos arts. 141 e 492 do CPC, os valores indicados na petição inicial de forma líquida limitariam àqueles arbitrados na condenação, sob pena de se incorrer em decisão extra, ultra ou citra petita. 14. A partir desse cenário, a natureza do conflito trabalhista submetido à apreciação desta Corte perpassa, entre outros, a averiguação acerca da (im) possibilidade de se determinar que a condenação limite-se a exatamente os valores indicados para cada pedido na petição inicial, sob pena de violação aos artigos 141 e 492 do CPC. 15. No caso concreto, diferentemente do que entendeu o acórdão regional recorrido, no que diz respeito à indicação dos pedidos liquidados na petição inicial, a dicção dos dispositivos acima deve ser cotejada não só com uma interpretação teleológica do art. 840, §1º, da CLT, como também com os princípios da informalidade e da simplicidade, que orientam toda a lógica processual trabalhista. A partir desses princípios, no âmbito desta Justiça Especializada, não se pode exigir das partes reclamantes que, para que recebam a integralidade das verbas a que realmente fazem jus ao final de uma demanda trabalhista, correndo o risco de uma decisão citra, ultra ou extra petita, submetam-se, eventualmente, às regras de produção antecipada de prova e/ou contratação de serviço contábil especializado, a fim de liquidar com precisão cada um dos pedidos para adimplir a exigência do artigo 840, §1º, da CLT e, somente depois disso, ajuizar uma demanda trabalhista. Interpretação nesse sentido afrontaria, a um só tempo, o princípio da oralidade e o dispositivo, que, em conjunto, asseguram às partes reclamantes o direito de ir a juízo pleitear as verbas que entendem lhe serem devidas. 16. Ou seja, a análise sobre a necessidade de limitação do valor da condenação àqueles previamente apresentados na exordial deve ser orientada por uma perspectiva teleológica do direito processual do trabalho, cuja interpretação dos dispositivos que o integram deve, pois, ser sempre norteada pelos princípios do amplo acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF), dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF), proteção social do trabalho (art. 1º, IV, da CF). 17. Em atenção a isso e considerando o impacto do art. 840, §1º, da CLT na processualística trabalhista, assim como a necessidade de oferecer ao jurisdicionado a segurança jurídica indispensável a possibilitar estabilidade das relações processuais, este Tribunal Superior do Trabalho aprovou a Instrução Normativa nº 41/2018, que determina que "Para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa será estimado, observando-se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil". 18. A interpretação do art. 840, §1º, da CLT, aliada aos princípios mencionados permite chegar à conclusão de que, tendo o reclamante apresentado, em sua petição inicial, pedido certo e determinado com indicação de valor - estimado -, por um lado, atende-se à exigência do art. 840, §1º, da CLT. Por outro lado, possibilita ao polo passivo o integral exercício da ampla defesa e do contraditório, assegurados pelo artigo 5º, LV, da CF. Trata-se, assim, de interpretação que observa os princípios constitucionais do trabalho, conferindo, igualmente, efetivamente ao referido artigo celetista. 19. Assim, a Instrução Normativa nº 41/2018 ao se referir ao "valor estimado da causa" acaba por delimitar que o pedido apresentado na petição inicial "com indicação de seu valor" a que se refere o art. 840, §1º, da CLT deve ser considerado de forma estimada, eis que inexiste nos dispositivos do CPC a que faz remissão a instrução normativa qualquer delimitação em sentido contrário. O artigo 291, do CPC, pertinente à análise ora empreendida apenas se refere à necessidade de indicação de "valor certo" da causa, inexistindo, portanto, qualquer obrigação de liquidação do valor da causa, tampouco do pedido, com efeito vinculativo à condenação. Ainda, considerando-se a necessária aplicação supletiva do CPC à hipótese, a ausência de indicação de valores na petição inicial não deve ter como consequência a extinção do feito sem resolução do mérito, devendo-se oportunizar à parte a possibilidade de saneamento do defeito, no prazo de 15 dias, por aplicação analógica da Súmula 263 deste TST c/c arts. 4º, 6º e 317 do CPC. 20. Nesse mesmo sentido, interpretando a redação do parágrafo 2º do artigo 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos artigos 141 e 492 do CPC, este Tribunal Superior do Trabalho acumula precedentes no sentido de que os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante. 21. Por fim, não se ignora que a Eg. SBDI-1, do TST, em precedente publicado em 29/05/2020 (E-ARR-10472-61.2015.5.18.0211, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa) firmou entendimento de que a parte autora, ao formular pedidos com valores líquidos na petição inicial, sem registrar qualquer ressalva, limita a condenação a tais parâmetros, por expressa dicção do art. 492 do CPC. Ocorre que o precedente em questão configura situação singular, eis que o recurso de embargos analisado foi interposto em ação ajuizada antes da entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017 e, portanto, da alteração do art. 840, §1º, da CLT c/c Instrução Normativa 41/2018. Assim, não sem razão, a matéria não foi analisada sob a ótica destas normas. Portanto, trata-se o caso concreto de hipótese que revela singularidades quanto àquela analisada pela Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, razão pela qual esta Turma não fica a ela vinculada. 22. A partir do exposto, na hipótese vertente, em que a inicial foi ajuizada em 04/08/2021, incidem as normas processuais previstas na CLT após as alterações da Lei 13.467/2017. Portanto, os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na reclamação trabalhista devem ser considerados como mera estimativa, não limitando a condenação, por força da Instrução Normativa nº 41/2018 c/c art. 840, §1º, da CLT e dos princípios constitucionais que regem o processo do trabalho, em especial os princípios do amplo acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF), da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF), da proteção social do trabalho (art. 1º, IV, da CF). Embargos conhecidos e não providos" (Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023, destaquei)". Por tais razões, nego provimento. No que toca ao pleito de limitação da condenação aos valores indicados na petição inicial, revendo entendimento anteriormente adotado, a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas e contrariedades a verbetes jurisprudenciais apontadas quanto ao tema (arts. 141, 492, CPC; 840, §1º, CLT; 5º, II, CF). CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 09 de julho de 2025. Sebastião Geraldo de Oliveira Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - TENAX GERENCIAMENTO S/A - EPC ENGENHARIA PROJETO CONSULTORIA SA

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Itau Unibanco S.A. e outros x Itau Unibanco S.A. e outros

ID: 275468504

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0010894-87.2022.5.03.0185

Data de Disponibilização: 21/05/2025

Polo Ativo:

ITAU UNIBANCO S.A. NUBIA DE SOUZA

Polo Passivo:

ITAU UNIBANCO S.A. NUBIA DE SOUZA

Notificação

Advogados:

WAGNER SANTOS CAPANEMA

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CLERISTON MARCONI PINHEIRO LIMA

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LUIZ RENNÓ NETTO

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VALÉRIA RAMOS ESTEVES DE OLIVEIRA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Lucas Vanucci Lins 0010894-87.2022.5.03.0185 : NUBIA DE SOUZA E OUTROS (1) : ITAU U… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Lucas Vanucci Lins 0010894-87.2022.5.03.0185 : NUBIA DE SOUZA E OUTROS (1) : ITAU UNIBANCO S.A. E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 5cd86ef proferida nos autos. RECURSO DE: NUBIA DE SOUZA PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 17/03/2025 - Id 6974f76; recurso apresentado em 12/02/2025 - Id 522d9f4). Regular a representação processual (Id fccec42). Preparo dispensado (Id e4b501c). PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / SALÁRIO/DIFERENÇA SALARIAL (13858) / PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS Alegação(ões): - violação da(o) artigo 400 do Código de Processo Civil de 2015; inciso II do artigo 373 da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação às diferenças salariais/plano de cargos e salários: O RP-52 não instituiu plano de cargos e salários e apenas estabelece diretrizes a serem observadas nas admissões e promoções, não havendo obrigatoriedade de observância de um determinado salário na contratação, sem, inclusive, obrigar o empregador a conceder aumentos salariais ou efetuar promoções. A Circular Permanente RP-52 somente define "princípios e critérios de remuneração fixa aplicados na admissão, no mérito e na promoção", sem qualquer obrigatoriedade de seu cumprimento ou estabelecimento de faixas salariais, percentuais de reajuste, interstício de tempo ou outros critérios objetivos para promoções por antiguidade ou merecimento, ou avaliações periódicas, consistindo apenas em diretrizes para aumentos salariais, mas sempre dependentes da decisão do gestor e de seu alinhamento com o mercado. Por isso, a recorrente não tem direito subjetivo ao enquadramento, faixas salariais, progressões e promoções na forma pretendida. Importante mencionar que a não apresentação da faixa salarial da admissão não tem o condão de se fazer presumir verdadeira a alegação inicial no sentido de que a obtenção de boa nota na avaliação pelo gestor acarretaria, necessariamente, aumento salarial. A decisão do gestor acerca da conveniência ou não da concessão de aumento, por mérito ou promoção, é o primeiro critério a ser observado, e, somente após tal decisão, poderiam ser aplicados os requisitos objetivos da RP-52. Revendo entendimento anteriormente já adotado e considerando a existência de dissenso de interpretação no TST a respeito do fato de a Circular Normativa Permanente RP-52 do Itaú Unibanco constituir apenas uma diretriz interna para a política salarial do banco, sem observância obrigatória, ou se tratar de um normativo de caráter vinculativo que contempla regras de progressão na carreira quanto à remuneração fixa, nos moldes de um Plano de Cargos e Salários, ainda que não homologado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, RECEBO o recurso de revista por possível ofensa ao art. 400 do CPC. 2.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / CONTROLE DE JORNADA (13768) / CARTÃO DE PONTO 2.2 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / HORAS EXTRAS Alegação(ões): - contrariedade à(ao): item III da Súmula nº 338 do Tribunal Superior do Trabalho. - contrariedade à (ao): Orientação Jurisprudencial nº 233 da SBDI-I/TST. - violação da(o) artigos 9, 74 e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação às horas extras - cartão de ponto: No caso em análise, os controles de ponto juntados (fl. 1240 e ss) trazem marcações variáveis, com registros de horas extras e compensações de jornada. No entanto, a prova oral demonstrou que os horários lançados não correspondiam à jornada efetivamente cumprida pela reclamante, visto que havia limitação de horas extras na agência bancária, não se podendo concluir que as horas suplementares registradas de fato refletiam àquelas efetivamente laboradas. Baseando-se nos depoimentos das testemunhas ouvidas, o juízo de origem fixou sua jornada como sendo "das 08h30min às 18h30min, com 15 minutos de intervalo intrajornada, de segunda a sexta-feira" bem como a participação "de cursos fora do horário de trabalho, com carga horária de 10 horas mensais", condenando o reclamado ao pagamento das horas extras prestadas após a 6ª diária e a 30ª semanal, na forma do art. 224, § 2º, da CLT, o que for mais benéfico, e seus reflexos (fl. 3629). Tendo em vista as declarações das testemunhas, não se pode conferir validade aos horários registrados nos cartões de ponto, devendo ser mantida a condenação ao pagamento das horas extras, desconsiderando-se eventual compensação de jornada, pois inverídicos os horários registrados. Por outro lado, não há que se falar em desconsideração total dos registros, vez que o julgador de origem detalhou o período em que a reclamante trabalhou com cada testemunha, decidindo pela invalidade das marcações de acordo com os depoimentos que o convenceram. Assim, fica mantida a r. sentença que determinou que "Os controles de ponto coligidos aos autos não se prestam ao fim colimado no período compreendido entre 01/04/2014 a 31/12/2014 e 01/01/2016 até 28 /02/2022, porquanto contrariados pelo firme depoimento prestado pelas testemunhas ouvidas a rogo da parte autora, que com ela trabalharam diretamente" (fl. 3628). Para os demais períodos, não houve coincidência de labor da reclamante com as testemunhas obreiras, conforme bem apontado pelo juízo a quo (fl. 3628), ressaltando ainda que "Quanto ao período remanescente, qual seja, 09/11/2012 a 31/03 /2014, 01/01/2015 a 31/12/2015 e a partir de 01/03/2022, a prova oral produzida não afastou os registros de ponto, mormente considerando as declarações de ambas testemunhas ouvidas a rogo da parte ré, que afirmaram que toda a jornada laborada é devidamente registrada" (fl. 3632). Verifico que o entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas. Diante do quadro fático retratado no julgado, não suscetível de ser reexaminado nesta fase processual, infere-se que o entendimento não contraria o item III da Súmula 338 do TST e a OJ 233 da SBDI-I do TST. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS - PLR 3.2 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / HORAS EXTRAS (13769) / REFLEXOS Alegação(ões): - violação da(o) inciso XXVI do artigo 7º da Constituição da República. - divergência jurisprudencial. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação aos reflexos das horas extras sobre a PLR: Por derradeiro, quanto ao pleito obreiro, não há se falar em reflexos na PLR, porque a parcela é calculada sobre o salário-base da reclamante e verbas salariais fixas, nelas não incluídas as horas extras e demais parcelas de valor variável. A questão relacionada à previsão em norma coletiva não foi abordada na decisão recorrida, o que torna preclusa a oportunidade de insurgência sobre o tema sob tal enfoque por violação do art. 7º, XXVI da CR e divergência com arestos que realçam a premissa, porque não foi atendida a exigência do prequestionamento. Aplica-se ao caso o entendimento sedimentado por meio da Súmula 297 do TST. 4.1 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO (1695) / NEGOCIAÇÃO COLETIVA TRABALHISTA (13013) / ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVOS DE TRABALHO (13048) / MULTA CONVENCIONAL Fica obstado o exame do recurso por este primeiro juízo de admissibilidade quanto pedido de multa convencional, já que, naturalmente, o deferimento ou não de tal verba está condicionado ao eventual provimento final do apelo em tela pelo TST. 5.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / COMISSÕES E PERCENTUAIS Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 172 do Tribunal Superior do Trabalho. - contrariedade à (ao): Orientação Jurisprudencial nº 181 da SBDI-I/TST. - violação da(o) artigo 457 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigos 341, 396 e 400 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação às diferenças de verbas variáveis: Tratando-se de matéria recorrente, assim como em diversos outros casos, não há nem sequer indícios de que o pagamento das verbas variáveis não estava correto, não cabendo a inversão do ônus, pelo princípio da aptidão da prova, porque a reclamante não comprovou a existência e necessidade dos documentos que sustenta serem necessários para a realização da prova técnica. Por isso, inaplicável a confissão presumida com base no art. 400 do CPC, pois não se pode falar em inércia do empregador quanto à apresentação da documentação necessária para o deslinde da controvérsia. Os documentos relativos aos prêmios mensais decorrentes do desempenho dos Programas "PRÊMIO MENSAL TRILHAS", "AGIR TRILHAS", "TRILHAS MENSAL" e "GERA MENSAL" foram juntados e são suficientes para que a reclamante apontasse erros na apuração apresentada pelo reclamado, ou, ao menos, apontasse eventual equívoco, ainda que por amostragem ou indício. O pedido de aplicação da pena do art. 400, do CPC, não pode ser apreciado de forma isolada, mas em conformidade com os demais dispositivos que dispõem sobre a exibição de documento e a finalidade da prova, assim como as circunstâncias em que se funda a afirmação de sua existência e se encontrar em poder da parte contrária (art. 397 do CPC). A aplicação da pena deve ocorrer apenas quando inequívoca a recusa injustificável no fornecimento dos documentos, sem que haja dúvida quanto à sua existência e paradeiro. Como a reclamante não demonstrou, mesmo por indício, que a apuração feita pelo reclamado estivesse equivocada ou propositalmente alterada, não cabe a condenação do reclamado ao pagamento de diferenças salariais de remuneração variável e seus reflexos. Verifico que o entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as violações apontadas e a contrariedade à Súmula 172 do TST e à OJ 181 da SBDI-I do TST. Por não se prestar a infirmar as exatas premissas fáticas expostas pelo Colegiado daquelas exaradas no transcrito excerto do acórdão, é inespecífico o aresto válido colacionado (Súmula 296 do TST). A questão ad cautelam não foi abordada na decisão recorrida, o que torna preclusa a oportunidade de insurgência sobre o tema sob tal enfoque. Aplica-se ao caso o entendimento sedimentado por meio da Súmula 297 do TST. CONCLUSÃO RECEBO PARCIALMENTE o recurso de revista. Vista às partes, no prazo legal. Cumpridas as formalidades legais, remetam-se os autos ao TST. Publique-se e intimem-se. RECURSO DE: ITAU UNIBANCO S.A. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 17/03/2025 - Id 3120ec2; recurso apresentado em 27/03/2025 - Id 956105c). Regular a representação processual (Id aa7a0db). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id b8edfe3: R$ 150.000,00; Custas fixadas, id b8edfe3: R$ 3.000,00; Depósito recursal recolhido no RO, id 2641f7f: R$ 13.133,46; Custas pagas no RO: id 2641f7f; Condenação no acórdão, id e4b501c : R$ 75.000,00; Custas no acórdão, id e4b501c : R$ 1.500,00; Depósito recursal recolhido no RR, id e6e18cf, 7525bc6: R$ 26.266,92. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / NULIDADE (8919) / NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL Alegação(ões): - violação da(o) incisos II e XXXV do artigo 5º; inciso IX do artigo 93 da Constituição da República. - violação da(o) artigos 794 e 832 da Consolidação das Leis do Trabalho; inciso II do artigo 489 do Código de Processo Civil de 2015. Ao contrário do alegado pela parte recorrente, não há nulidade por negativa de prestação jurisdicional (Súmula 459 do TST), em relação às controvérsias travadas, em resumo, sobre o protesto interruptivo da prescrição e o intervalo intrajornada/norma coletiva. Com efeito, no acórdão recorrido, a Turma analisou satisfatoriamente as questões objeto de debate, a exemplo dos seguintes trechos: (...) Com a promulgação da Constituição da República de 1988, os sindicatos passaram a ter legitimidade extraordinária para atuar em juízo em nome de todos os integrantes da categoria que representam, de forma mais abrangente possível, o que tornou superada, inclusive, a limitação imposta no item I da Súmula n. 310, do c. TST, sendo irrelevante a discussão acerca da natureza dos direitos, como pacificado no TST: "B) RECURSO DE REVISTA. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. Consoante se depreende do acórdão regional, trata-se de ação de cumprimento ajuizada pelo sindicato autor, na condição de substituto processual, postulando o pagamento da taxa de serviço com reflexos nas demais verbas salariais. Assim, é irrelevante a discussão em torno da natureza jurídica da pretensão veiculada pelo ente sindical na qualidade de substituto processual, se individual homogênea ou heterogênea, na medida em que a sua legitimidade ad causam para o ajuizamento de ação de cumprimento está expressamente assegurada em lei, por força da previsão contida no art. 872 da CLT e da diretriz da Súmula nº 286 do TST. Por outro lado, vale acentuar que a pretensão de pagamento da taxa de serviço ou gorjetas com reflexos nas demais verbas salariais tem nítido caráter individual homogêneo, cuja eventual necessidade de individualização do valor devido a cada empregado não desvirtua a sua natureza jurídica, decorrente de origem comum, restando assegurada a legitimidade ativa ad causam do ente sindical, por força do art. 8º, III, da CF. Recurso de revista conhecido e provido" (grifos acrescidos - 2747-72.2012.5.02.0081-RR; Relatora: Ministra Dora Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 20/11/15). (...) - acórdão (Id e4b501c) (...) Em relação à norma coletiva citada, destaca-se que referida cláusula normativa aplica-se aos empregados que tenham jornada maior a 4 horas diárias e não superior a 6 horas diárias, conforme apontado na própria peça de embargos (fl. 3839), o que não se aplica à hipótese, vez que a condenação do intervalo intrajornada fora decorrente da ausência da pausa intervalar de 01 hora mínima, conforme jornada fixada na origem (fl. 3629) e confirmada por este juízo ad quem. (...) - decisão declaratória (Id add1f49) Ao assim proceder, a Turma valorou livremente a prova, atenta aos fatos e circunstâncias da lide, apreciando satisfatoriamente as questões fáticas que lhe foram submetidas, fundamentando-as conforme exige a lei (artigos 371 do CPC c/c 832 da CLT c/c 93, IX, da CR c/c 489 do CPC), sem acarretar cerceamento de defesa. Inexistem, pois, as violações alegadas no recurso neste tópico. Observo, de toda sorte, que o órgão julgador não está obrigado a responder todos os questionários, tampouco a abarcar, de modo expresso, todas as premissas, artigos de lei e entendimentos jurisprudenciais indicados como pertinentes pela parte, simplesmente porque esta pretende a manifestação direta sobre cada qual, especialmente quando as próprias teses adotadas são prejudiciais às demais questões fáticas ou jurídicas arguidas por ela, por não obstarem a análise de mérito destas. Inteligência do art. 489, § 1º, IV, do CPC c/c OJ 118 da SBDI-I do TST c/c Súmula 297, I, do TST. 2.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / PROTESTO DE CRÉDITO TRABALHISTA Alegação(ões): - violação da(o) incisos XXXVI e LIV do artigo 5º; inciso XXIX do artigo 7º da Constituição da República. - violação da(o) §3º do artigo 11 da Consolidação das Leis do Trabalho; parágrafo único do artigo 202 do Código Civil. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação ao protesto interruptivo da prescrição: Ao contrário do que afirma o recorrente, o protesto não é genérico, tratando de diferenças salariais por desvio de função, decorrentes da integração ao salário de parcelas indenizatórias pagas de forma dissimulada e resultantes de alterações contratuais lesivas e da integração ao salário de valores de auxílio-alimentação e auxílio-refeição, adicionais (noturno, de transferência, periculosidade e insalubridade) e horas extras, além de pedido de reparação por danos materiais e extrapatrimoniais (fl. 49/55). Com a promulgação da Constituição da República de 1988, os sindicatos passaram a ter legitimidade extraordinária para atuar em juízo em nome de todos os integrantes da categoria que representam, de forma mais abrangente possível, o que tornou superada, inclusive, a limitação imposta no item I da Súmula n. 310, do c. TST, sendo irrelevante a discussão acerca da natureza dos direitos, como pacificado no TST: "B) RECURSO DE REVISTA. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. Consoante se depreende do acórdão regional, trata-se de ação de cumprimento ajuizada pelo sindicato autor, na condição de substituto processual, postulando o pagamento da taxa de serviço com reflexos nas demais verbas salariais. Assim, é irrelevante a discussão em torno da natureza jurídica da pretensão veiculada pelo ente sindical na qualidade de substituto processual, se individual homogênea ou heterogênea, na medida em que a sua legitimidade ad causam para o ajuizamento de ação de cumprimento está expressamente assegurada em lei, por força da previsão contida no art. 872 da CLT e da diretriz da Súmula nº 286 do TST. Por outro lado, vale acentuar que a pretensão de pagamento da taxa de serviço ou gorjetas com reflexos nas demais verbas salariais tem nítido caráter individual homogêneo, cuja eventual necessidade de individualização do valor devido a cada empregado não desvirtua a sua natureza jurídica, decorrente de origem comum, restando assegurada a legitimidade ativa ad causam do ente sindical, por força do art. 8º, III, da CF. Recurso de revista conhecido e provido" (grifos acrescidos - 2747-72.2012.5.02.0081-RR; Relatora: Ministra Dora Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 20/11/15). Saliente-se que o disposto no art. 11, § 3º, da CLT não prejudica o protesto interruptivo em questão, pois, além de o protesto representar uma forma de reclamação trabalhista (ou seja, enquadra-se no disposto do art. 11, § 3º, da CLT), prevalece o entendimento de que esse dispositivo não afastou a aplicação subsidiária do art. 202, II, do Código Civil, que incluiu o protesto entre as causas de interrupção da prescrição. Assim, segue válida a OJ 392 da SBDI-I do TST. Sendo o protesto um procedimento de jurisdição voluntária com o objetivo de prevenir responsabilidade, promover a conservação e a ressalva de direitos ou manifestar qualquer intenção de modo formal, a partir da intimação da parte requerida, a prescrição estará interrompida em relação ao seu objeto. Da mesma forma que a ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos (art. 11, § 3º, da CLT e Súmula 268 do c. TST), a interrupção pretendida pelo protesto ocorre quando há identidade de matéria. O protesto judicial tem o único objetivo de promover a notificação da outra parte da intenção do requerente de buscar a interrupção do prazo prescricional e qualquer discussão acerca dos seus efeitos e limites deve ocorrer na eventual ação condenatória. Não sendo um processo judicial, não há dilação probatória e nem proferimento de decisão terminativa ou definitiva, não cabendo a interposição de recurso e não se podendo falar em trânsito em julgado. Deferida e realizada a notificação ou interpelação, os autos serão entregues ao requerente (art. 729 do CPC), tratando-se de um mero documento capaz de conferir segurança jurídica ao interpelante para o fim objetivado de interromper a prescrição, na forma do art. 202, II, do Código Civil. Ou seja, o protesto judicial tem o único objetivo de promover a notificação da outra parte da intenção do requerente de buscar a interrupção do prazo prescricional. Sua eficácia se limita à preservação do direito e qualquer discussão acerca dos seus efeitos e limites deve ocorrer na eventual ação condenatória. Desse modo, deve ser mantida a sentença que reconheceu a interrupção da prescrição em relação às parcelas constantes daquele instrumento: "Com efeito, pronuncio prescritas as pretensões pecuniárias atinentes às diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial, diferenças e integração da remuneração variável ao salário e horas extras que se tornaram inexigíveis em 09/11/2012, com fulcro no artigo 7º, XXIX, da CR/88, art. 11 da CLT e Súmulas 206, 308, 362, I, do c. TST, extinguindo tais pretensões com resolução de mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC/15. Quanto às demais matérias, acolho a prejudicial de prescrição quinquenal e pronuncio prescritas as pretensões pecuniárias de que se tornaram inexigíveis em 08/11/2017, com fundamento no artigo 7º, inciso XXIX, da CRFB, art. 11 da CLT e Súmulas 206, 308, I, e 362, todas do c. TST, extinguindo o feito com resolução de mérito no que tange a tais pretensões, nos termos do art. 487, II, do CPC/2015" (fl. 3617). O entendimento adotado pela Turma no sentido do reconhecimento da ampla legitimidade do sindicato para representar os substituídos, tal como prevista no inciso III do art. 8º da CR, encontra-se em sintonia com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST, a exemplo do seguinte precedente da sua SBDI-I: "EMBARGOS INTERPOSTOS NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496/2007. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. NÃO PROVIMENTO. 1. Depreende-se do v. acórdão proferido no julgamento do RE 210.029-3/RS que, para o Supremo Tribunal Federal, a legitimidade sindical posta no artigo 8º, III, da Constituição Federal é ampla e alcança não apenas os direitos coletivos amplo sensu (direitos difusos, direitos coletivos strictu sensu e individuais homogêneos), mas, ainda, os direitos individuais subjetivos dos trabalhadores integrantes da categoria. Precedentes do STF e desta Corte. 2. Assim, é forçoso reconhecer que a substituição processual não se restringe às hipóteses em que se discutam direitos e interesses coletivos, podendo a entidade sindical defender, inclusive, direitos individuais subjetivos da categoria que representa. 3. Recurso de embargos de que se conhece e a que se nega provimento. (E-RR - 1386-15.2010.5.03.0064 , Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 30/11/2017, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 07/12/2017)". Nesse mesmo sentido, podem ser mencionados outros julgados, entre vários, também da SBDI-I do TST: Ag-E-Ag-RR-188800-56.2009.5.15.0130, Relator: Ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, DEJT: 11/10/2019; Ag-E-RR-394-71.2015.5.17.0005, Relator: Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT: 17/05/2019; E-ED-RR-113800-54.2007.5.17.0004, Relator: Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT: 14/12/2018; AgR-E-ED-RR-223-45.2013.5.04.0103, Relator: Ministro Breno Medeiros, DEJT: 28/09/2018, de forma a atrair a incidência do §7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST. Revendo entendimento anteriormente já adotado, observo que a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que a expressão "reclamação trabalhista", constante do § 3º do art. 11 da CLT, abrange qualquer ação proposta com o intuito de tutelar as relações trabalhistas, não tendo, assim, o condão de extirpar as demais formas de interrupção da prescrição, à luz das enumeradas pelo art. 202 do CC, comando legal de aplicação subsidiária ao processo do trabalho, consoante os termos do art. 769 da CLT. Dessa forma, o ajuizamento de protesto judicial deve ser considerado como causa interruptiva dos prazos prescricionais, bienal e quinquenal, quando idênticos os pedidos, mesmo após a vigência da Lei nº 13.467/2017, restando aplicável a jurisprudência consolidada na Orientação Jurisprudencial nº 392 da SBDI-I do TST, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Ag-RR-24063-17.2021.5.24.0081, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 12/04/2024; Ag-AIRR-342-48.2022.5.14.0091, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 01/12/2023; AIRR-10767-17.2019.5.03.0069, 3ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Adriana Goulart de Sena Orsini, DEJT 26/03/2024; Ag-RRAg-11181-34.2018.5.15.0063, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 24/05/2024; Ag-AIRR-101584-52.2017.5.01.0264, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 17/06/2024; RR-1147-76.2019.5.09.0242, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 15/12/2023; RRAg-466-49.2022.5.09.0130, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 01/03/2024 e Ag-AIRR-1100-24.2022.5.14.0092, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 16/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / INTERVALO INTRAJORNADA Alegação(ões): - violação da(o) incisos II e XXXVI do artigo 5º; inciso XXVI do artigo 7º; incisos III e VI do artigo 8º da Constituição da República. - violação da(o) §3º do artigo 104 do Código Civil; §3º do artigo 8º da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 611 da Consolidação das Leis do Trabalho; incisos I e III do artigo 611-A da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 611-B da Consolidação das Leis do Trabalho. - contrariedade ao Tema 1046 de Repercussão Geral do STF. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação ao intervalo intrajornada: Embora o reclamado tenha alegado que a autora sempre usufruiu o intervalo para alimentação e repouso, ficou constatado que havia o labor acima das seis horas diárias, conforme jornada fixada em primeiro grau (e confirmada por este juízo ad quem), sem que houvesse a respectiva concessão do intervalo de uma hora intrajornada O juízo de origem determinou, então, a condenação do réu ao pagamento de "01 hora extra, por dia de trabalho, no interregno compreendido entre 01/04/2014 a 31/12/2014 e 01 /01/2016 até 28/02/2022, em função da concessão parcial do intervalo, nos termos do art. 71, § 4º, da CLT e Súmula 437 do c. TST" (fl. 3630). (...) O contrato de trabalho mantido entre as partes teve duração entre 01/10/2007 e 03/01/2024 (TRCT - fl. 3768), aplicando-se as normas legais vigentes à época dos fatos, de modo que, sobre os fatos ocorridos a partir de 11/11/17, data da vigência da Lei 13.467/17, incidem as novas normas, não se tratando de alteração contratual. A partir da vigência da Lei 13.467/17 a condenação deve limitar ao tempo suprimido do intervalo para refeição e descanso, sem reflexos em outras verbas, por se tratar de verba de natureza indenizatória. As normas de direito material estabelecidas pela Lei 13.467/17 incidem sobre os contratos de trabalho em execução a partir de sua vigência, ainda que iniciados anteriormente. Por ser um contrato de trato sucessivo, renovando-se os direitos e deveres legais de forma contínua, aplica-se a nova lei que não alcança apenas prestações consolidadas antes da sua entrada em vigor. Consta da decisão declaratória (Id add1f49): Em relação à norma coletiva citada, destaca-se que referida cláusula normativa aplica-se aos empregados que tenham jornada maior a 4 horas diárias e não superior a 6 horas diárias, conforme apontado na própria peça de embargos (fl. 3839), o que não se aplica à hipótese, vez que a condenação do intervalo intrajornada fora decorrente da ausência da pausa intervalar de 01 hora mínima, conforme jornada fixada na origem (fl. 3629) e confirmada por este juízo ad quem. Verifico que o entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST. Não verifico a suposta ofensa ao dispositivos legais e constitucionais apontadas, bem como contrariedade ao Tema 1046 de Repercussão Geral do STF, na medida em que não se negou validade às normas coletivas, ao revés, restou constatado pela Turma que descabe a aplicação ao caso dos autos. 4.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Alegação(ões): - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) §1º do artigo 840 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigos 141 e 492 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação à limitação do valor da condenação: Os valores atribuídos aos pedidos na exordial são mera estimativa econômica das pretensões do reclamante, sendo relevantes para se aferir o rito processual a ser adotado, a recorribilidade ou não das decisões proferidas nos autos (causa de alçada) e a base de cálculo dos honorários de sucumbência devidos pelo empregado, sem qualquer limite de valor. Trata-se apenas de cumprimento do disposto no art. 840, § 1º, da CLT, o qual determina que a inicial deve conter a indicação do pedido, que deve ser certo, determinado e com indicação do seu valor, sem exigir a liquidação das pretensões, a qual ocorrerá em momento próprio. Revendo entendimento anteriormente adotado, a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 20 de maio de 2025. Sebastião Geraldo de Oliveira Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - ITAU UNIBANCO S.A. - NUBIA DE SOUZA

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Itau Unibanco S.A. e outros x Itau Unibanco S.A. e outros

ID: 275468540

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0010894-87.2022.5.03.0185

Data de Disponibilização: 21/05/2025

Polo Ativo:

ITAU UNIBANCO S.A. NUBIA DE SOUZA

Polo Passivo:

ITAU UNIBANCO S.A. NUBIA DE SOUZA

Notificação

Advogados:

WAGNER SANTOS CAPANEMA

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CLERISTON MARCONI PINHEIRO LIMA

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LUIZ RENNÓ NETTO

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VALÉRIA RAMOS ESTEVES DE OLIVEIRA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Lucas Vanucci Lins 0010894-87.2022.5.03.0185 : NUBIA DE SOUZA E OUTROS (1) : ITAU U… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Lucas Vanucci Lins 0010894-87.2022.5.03.0185 : NUBIA DE SOUZA E OUTROS (1) : ITAU UNIBANCO S.A. E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 5cd86ef proferida nos autos. RECURSO DE: NUBIA DE SOUZA PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 17/03/2025 - Id 6974f76; recurso apresentado em 12/02/2025 - Id 522d9f4). Regular a representação processual (Id fccec42). Preparo dispensado (Id e4b501c). PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / SALÁRIO/DIFERENÇA SALARIAL (13858) / PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS Alegação(ões): - violação da(o) artigo 400 do Código de Processo Civil de 2015; inciso II do artigo 373 da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação às diferenças salariais/plano de cargos e salários: O RP-52 não instituiu plano de cargos e salários e apenas estabelece diretrizes a serem observadas nas admissões e promoções, não havendo obrigatoriedade de observância de um determinado salário na contratação, sem, inclusive, obrigar o empregador a conceder aumentos salariais ou efetuar promoções. A Circular Permanente RP-52 somente define "princípios e critérios de remuneração fixa aplicados na admissão, no mérito e na promoção", sem qualquer obrigatoriedade de seu cumprimento ou estabelecimento de faixas salariais, percentuais de reajuste, interstício de tempo ou outros critérios objetivos para promoções por antiguidade ou merecimento, ou avaliações periódicas, consistindo apenas em diretrizes para aumentos salariais, mas sempre dependentes da decisão do gestor e de seu alinhamento com o mercado. Por isso, a recorrente não tem direito subjetivo ao enquadramento, faixas salariais, progressões e promoções na forma pretendida. Importante mencionar que a não apresentação da faixa salarial da admissão não tem o condão de se fazer presumir verdadeira a alegação inicial no sentido de que a obtenção de boa nota na avaliação pelo gestor acarretaria, necessariamente, aumento salarial. A decisão do gestor acerca da conveniência ou não da concessão de aumento, por mérito ou promoção, é o primeiro critério a ser observado, e, somente após tal decisão, poderiam ser aplicados os requisitos objetivos da RP-52. Revendo entendimento anteriormente já adotado e considerando a existência de dissenso de interpretação no TST a respeito do fato de a Circular Normativa Permanente RP-52 do Itaú Unibanco constituir apenas uma diretriz interna para a política salarial do banco, sem observância obrigatória, ou se tratar de um normativo de caráter vinculativo que contempla regras de progressão na carreira quanto à remuneração fixa, nos moldes de um Plano de Cargos e Salários, ainda que não homologado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, RECEBO o recurso de revista por possível ofensa ao art. 400 do CPC. 2.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / CONTROLE DE JORNADA (13768) / CARTÃO DE PONTO 2.2 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / HORAS EXTRAS Alegação(ões): - contrariedade à(ao): item III da Súmula nº 338 do Tribunal Superior do Trabalho. - contrariedade à (ao): Orientação Jurisprudencial nº 233 da SBDI-I/TST. - violação da(o) artigos 9, 74 e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação às horas extras - cartão de ponto: No caso em análise, os controles de ponto juntados (fl. 1240 e ss) trazem marcações variáveis, com registros de horas extras e compensações de jornada. No entanto, a prova oral demonstrou que os horários lançados não correspondiam à jornada efetivamente cumprida pela reclamante, visto que havia limitação de horas extras na agência bancária, não se podendo concluir que as horas suplementares registradas de fato refletiam àquelas efetivamente laboradas. Baseando-se nos depoimentos das testemunhas ouvidas, o juízo de origem fixou sua jornada como sendo "das 08h30min às 18h30min, com 15 minutos de intervalo intrajornada, de segunda a sexta-feira" bem como a participação "de cursos fora do horário de trabalho, com carga horária de 10 horas mensais", condenando o reclamado ao pagamento das horas extras prestadas após a 6ª diária e a 30ª semanal, na forma do art. 224, § 2º, da CLT, o que for mais benéfico, e seus reflexos (fl. 3629). Tendo em vista as declarações das testemunhas, não se pode conferir validade aos horários registrados nos cartões de ponto, devendo ser mantida a condenação ao pagamento das horas extras, desconsiderando-se eventual compensação de jornada, pois inverídicos os horários registrados. Por outro lado, não há que se falar em desconsideração total dos registros, vez que o julgador de origem detalhou o período em que a reclamante trabalhou com cada testemunha, decidindo pela invalidade das marcações de acordo com os depoimentos que o convenceram. Assim, fica mantida a r. sentença que determinou que "Os controles de ponto coligidos aos autos não se prestam ao fim colimado no período compreendido entre 01/04/2014 a 31/12/2014 e 01/01/2016 até 28 /02/2022, porquanto contrariados pelo firme depoimento prestado pelas testemunhas ouvidas a rogo da parte autora, que com ela trabalharam diretamente" (fl. 3628). Para os demais períodos, não houve coincidência de labor da reclamante com as testemunhas obreiras, conforme bem apontado pelo juízo a quo (fl. 3628), ressaltando ainda que "Quanto ao período remanescente, qual seja, 09/11/2012 a 31/03 /2014, 01/01/2015 a 31/12/2015 e a partir de 01/03/2022, a prova oral produzida não afastou os registros de ponto, mormente considerando as declarações de ambas testemunhas ouvidas a rogo da parte ré, que afirmaram que toda a jornada laborada é devidamente registrada" (fl. 3632). Verifico que o entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas. Diante do quadro fático retratado no julgado, não suscetível de ser reexaminado nesta fase processual, infere-se que o entendimento não contraria o item III da Súmula 338 do TST e a OJ 233 da SBDI-I do TST. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS - PLR 3.2 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / HORAS EXTRAS (13769) / REFLEXOS Alegação(ões): - violação da(o) inciso XXVI do artigo 7º da Constituição da República. - divergência jurisprudencial. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação aos reflexos das horas extras sobre a PLR: Por derradeiro, quanto ao pleito obreiro, não há se falar em reflexos na PLR, porque a parcela é calculada sobre o salário-base da reclamante e verbas salariais fixas, nelas não incluídas as horas extras e demais parcelas de valor variável. A questão relacionada à previsão em norma coletiva não foi abordada na decisão recorrida, o que torna preclusa a oportunidade de insurgência sobre o tema sob tal enfoque por violação do art. 7º, XXVI da CR e divergência com arestos que realçam a premissa, porque não foi atendida a exigência do prequestionamento. Aplica-se ao caso o entendimento sedimentado por meio da Súmula 297 do TST. 4.1 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO (1695) / NEGOCIAÇÃO COLETIVA TRABALHISTA (13013) / ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVOS DE TRABALHO (13048) / MULTA CONVENCIONAL Fica obstado o exame do recurso por este primeiro juízo de admissibilidade quanto pedido de multa convencional, já que, naturalmente, o deferimento ou não de tal verba está condicionado ao eventual provimento final do apelo em tela pelo TST. 5.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / COMISSÕES E PERCENTUAIS Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 172 do Tribunal Superior do Trabalho. - contrariedade à (ao): Orientação Jurisprudencial nº 181 da SBDI-I/TST. - violação da(o) artigo 457 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigos 341, 396 e 400 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação às diferenças de verbas variáveis: Tratando-se de matéria recorrente, assim como em diversos outros casos, não há nem sequer indícios de que o pagamento das verbas variáveis não estava correto, não cabendo a inversão do ônus, pelo princípio da aptidão da prova, porque a reclamante não comprovou a existência e necessidade dos documentos que sustenta serem necessários para a realização da prova técnica. Por isso, inaplicável a confissão presumida com base no art. 400 do CPC, pois não se pode falar em inércia do empregador quanto à apresentação da documentação necessária para o deslinde da controvérsia. Os documentos relativos aos prêmios mensais decorrentes do desempenho dos Programas "PRÊMIO MENSAL TRILHAS", "AGIR TRILHAS", "TRILHAS MENSAL" e "GERA MENSAL" foram juntados e são suficientes para que a reclamante apontasse erros na apuração apresentada pelo reclamado, ou, ao menos, apontasse eventual equívoco, ainda que por amostragem ou indício. O pedido de aplicação da pena do art. 400, do CPC, não pode ser apreciado de forma isolada, mas em conformidade com os demais dispositivos que dispõem sobre a exibição de documento e a finalidade da prova, assim como as circunstâncias em que se funda a afirmação de sua existência e se encontrar em poder da parte contrária (art. 397 do CPC). A aplicação da pena deve ocorrer apenas quando inequívoca a recusa injustificável no fornecimento dos documentos, sem que haja dúvida quanto à sua existência e paradeiro. Como a reclamante não demonstrou, mesmo por indício, que a apuração feita pelo reclamado estivesse equivocada ou propositalmente alterada, não cabe a condenação do reclamado ao pagamento de diferenças salariais de remuneração variável e seus reflexos. Verifico que o entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as violações apontadas e a contrariedade à Súmula 172 do TST e à OJ 181 da SBDI-I do TST. Por não se prestar a infirmar as exatas premissas fáticas expostas pelo Colegiado daquelas exaradas no transcrito excerto do acórdão, é inespecífico o aresto válido colacionado (Súmula 296 do TST). A questão ad cautelam não foi abordada na decisão recorrida, o que torna preclusa a oportunidade de insurgência sobre o tema sob tal enfoque. Aplica-se ao caso o entendimento sedimentado por meio da Súmula 297 do TST. CONCLUSÃO RECEBO PARCIALMENTE o recurso de revista. Vista às partes, no prazo legal. Cumpridas as formalidades legais, remetam-se os autos ao TST. Publique-se e intimem-se. RECURSO DE: ITAU UNIBANCO S.A. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 17/03/2025 - Id 3120ec2; recurso apresentado em 27/03/2025 - Id 956105c). Regular a representação processual (Id aa7a0db). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id b8edfe3: R$ 150.000,00; Custas fixadas, id b8edfe3: R$ 3.000,00; Depósito recursal recolhido no RO, id 2641f7f: R$ 13.133,46; Custas pagas no RO: id 2641f7f; Condenação no acórdão, id e4b501c : R$ 75.000,00; Custas no acórdão, id e4b501c : R$ 1.500,00; Depósito recursal recolhido no RR, id e6e18cf, 7525bc6: R$ 26.266,92. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / NULIDADE (8919) / NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL Alegação(ões): - violação da(o) incisos II e XXXV do artigo 5º; inciso IX do artigo 93 da Constituição da República. - violação da(o) artigos 794 e 832 da Consolidação das Leis do Trabalho; inciso II do artigo 489 do Código de Processo Civil de 2015. Ao contrário do alegado pela parte recorrente, não há nulidade por negativa de prestação jurisdicional (Súmula 459 do TST), em relação às controvérsias travadas, em resumo, sobre o protesto interruptivo da prescrição e o intervalo intrajornada/norma coletiva. Com efeito, no acórdão recorrido, a Turma analisou satisfatoriamente as questões objeto de debate, a exemplo dos seguintes trechos: (...) Com a promulgação da Constituição da República de 1988, os sindicatos passaram a ter legitimidade extraordinária para atuar em juízo em nome de todos os integrantes da categoria que representam, de forma mais abrangente possível, o que tornou superada, inclusive, a limitação imposta no item I da Súmula n. 310, do c. TST, sendo irrelevante a discussão acerca da natureza dos direitos, como pacificado no TST: "B) RECURSO DE REVISTA. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. Consoante se depreende do acórdão regional, trata-se de ação de cumprimento ajuizada pelo sindicato autor, na condição de substituto processual, postulando o pagamento da taxa de serviço com reflexos nas demais verbas salariais. Assim, é irrelevante a discussão em torno da natureza jurídica da pretensão veiculada pelo ente sindical na qualidade de substituto processual, se individual homogênea ou heterogênea, na medida em que a sua legitimidade ad causam para o ajuizamento de ação de cumprimento está expressamente assegurada em lei, por força da previsão contida no art. 872 da CLT e da diretriz da Súmula nº 286 do TST. Por outro lado, vale acentuar que a pretensão de pagamento da taxa de serviço ou gorjetas com reflexos nas demais verbas salariais tem nítido caráter individual homogêneo, cuja eventual necessidade de individualização do valor devido a cada empregado não desvirtua a sua natureza jurídica, decorrente de origem comum, restando assegurada a legitimidade ativa ad causam do ente sindical, por força do art. 8º, III, da CF. Recurso de revista conhecido e provido" (grifos acrescidos - 2747-72.2012.5.02.0081-RR; Relatora: Ministra Dora Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 20/11/15). (...) - acórdão (Id e4b501c) (...) Em relação à norma coletiva citada, destaca-se que referida cláusula normativa aplica-se aos empregados que tenham jornada maior a 4 horas diárias e não superior a 6 horas diárias, conforme apontado na própria peça de embargos (fl. 3839), o que não se aplica à hipótese, vez que a condenação do intervalo intrajornada fora decorrente da ausência da pausa intervalar de 01 hora mínima, conforme jornada fixada na origem (fl. 3629) e confirmada por este juízo ad quem. (...) - decisão declaratória (Id add1f49) Ao assim proceder, a Turma valorou livremente a prova, atenta aos fatos e circunstâncias da lide, apreciando satisfatoriamente as questões fáticas que lhe foram submetidas, fundamentando-as conforme exige a lei (artigos 371 do CPC c/c 832 da CLT c/c 93, IX, da CR c/c 489 do CPC), sem acarretar cerceamento de defesa. Inexistem, pois, as violações alegadas no recurso neste tópico. Observo, de toda sorte, que o órgão julgador não está obrigado a responder todos os questionários, tampouco a abarcar, de modo expresso, todas as premissas, artigos de lei e entendimentos jurisprudenciais indicados como pertinentes pela parte, simplesmente porque esta pretende a manifestação direta sobre cada qual, especialmente quando as próprias teses adotadas são prejudiciais às demais questões fáticas ou jurídicas arguidas por ela, por não obstarem a análise de mérito destas. Inteligência do art. 489, § 1º, IV, do CPC c/c OJ 118 da SBDI-I do TST c/c Súmula 297, I, do TST. 2.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / PROTESTO DE CRÉDITO TRABALHISTA Alegação(ões): - violação da(o) incisos XXXVI e LIV do artigo 5º; inciso XXIX do artigo 7º da Constituição da República. - violação da(o) §3º do artigo 11 da Consolidação das Leis do Trabalho; parágrafo único do artigo 202 do Código Civil. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação ao protesto interruptivo da prescrição: Ao contrário do que afirma o recorrente, o protesto não é genérico, tratando de diferenças salariais por desvio de função, decorrentes da integração ao salário de parcelas indenizatórias pagas de forma dissimulada e resultantes de alterações contratuais lesivas e da integração ao salário de valores de auxílio-alimentação e auxílio-refeição, adicionais (noturno, de transferência, periculosidade e insalubridade) e horas extras, além de pedido de reparação por danos materiais e extrapatrimoniais (fl. 49/55). Com a promulgação da Constituição da República de 1988, os sindicatos passaram a ter legitimidade extraordinária para atuar em juízo em nome de todos os integrantes da categoria que representam, de forma mais abrangente possível, o que tornou superada, inclusive, a limitação imposta no item I da Súmula n. 310, do c. TST, sendo irrelevante a discussão acerca da natureza dos direitos, como pacificado no TST: "B) RECURSO DE REVISTA. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. Consoante se depreende do acórdão regional, trata-se de ação de cumprimento ajuizada pelo sindicato autor, na condição de substituto processual, postulando o pagamento da taxa de serviço com reflexos nas demais verbas salariais. Assim, é irrelevante a discussão em torno da natureza jurídica da pretensão veiculada pelo ente sindical na qualidade de substituto processual, se individual homogênea ou heterogênea, na medida em que a sua legitimidade ad causam para o ajuizamento de ação de cumprimento está expressamente assegurada em lei, por força da previsão contida no art. 872 da CLT e da diretriz da Súmula nº 286 do TST. Por outro lado, vale acentuar que a pretensão de pagamento da taxa de serviço ou gorjetas com reflexos nas demais verbas salariais tem nítido caráter individual homogêneo, cuja eventual necessidade de individualização do valor devido a cada empregado não desvirtua a sua natureza jurídica, decorrente de origem comum, restando assegurada a legitimidade ativa ad causam do ente sindical, por força do art. 8º, III, da CF. Recurso de revista conhecido e provido" (grifos acrescidos - 2747-72.2012.5.02.0081-RR; Relatora: Ministra Dora Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 20/11/15). Saliente-se que o disposto no art. 11, § 3º, da CLT não prejudica o protesto interruptivo em questão, pois, além de o protesto representar uma forma de reclamação trabalhista (ou seja, enquadra-se no disposto do art. 11, § 3º, da CLT), prevalece o entendimento de que esse dispositivo não afastou a aplicação subsidiária do art. 202, II, do Código Civil, que incluiu o protesto entre as causas de interrupção da prescrição. Assim, segue válida a OJ 392 da SBDI-I do TST. Sendo o protesto um procedimento de jurisdição voluntária com o objetivo de prevenir responsabilidade, promover a conservação e a ressalva de direitos ou manifestar qualquer intenção de modo formal, a partir da intimação da parte requerida, a prescrição estará interrompida em relação ao seu objeto. Da mesma forma que a ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos (art. 11, § 3º, da CLT e Súmula 268 do c. TST), a interrupção pretendida pelo protesto ocorre quando há identidade de matéria. O protesto judicial tem o único objetivo de promover a notificação da outra parte da intenção do requerente de buscar a interrupção do prazo prescricional e qualquer discussão acerca dos seus efeitos e limites deve ocorrer na eventual ação condenatória. Não sendo um processo judicial, não há dilação probatória e nem proferimento de decisão terminativa ou definitiva, não cabendo a interposição de recurso e não se podendo falar em trânsito em julgado. Deferida e realizada a notificação ou interpelação, os autos serão entregues ao requerente (art. 729 do CPC), tratando-se de um mero documento capaz de conferir segurança jurídica ao interpelante para o fim objetivado de interromper a prescrição, na forma do art. 202, II, do Código Civil. Ou seja, o protesto judicial tem o único objetivo de promover a notificação da outra parte da intenção do requerente de buscar a interrupção do prazo prescricional. Sua eficácia se limita à preservação do direito e qualquer discussão acerca dos seus efeitos e limites deve ocorrer na eventual ação condenatória. Desse modo, deve ser mantida a sentença que reconheceu a interrupção da prescrição em relação às parcelas constantes daquele instrumento: "Com efeito, pronuncio prescritas as pretensões pecuniárias atinentes às diferenças salariais decorrentes da equiparação salarial, diferenças e integração da remuneração variável ao salário e horas extras que se tornaram inexigíveis em 09/11/2012, com fulcro no artigo 7º, XXIX, da CR/88, art. 11 da CLT e Súmulas 206, 308, 362, I, do c. TST, extinguindo tais pretensões com resolução de mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC/15. Quanto às demais matérias, acolho a prejudicial de prescrição quinquenal e pronuncio prescritas as pretensões pecuniárias de que se tornaram inexigíveis em 08/11/2017, com fundamento no artigo 7º, inciso XXIX, da CRFB, art. 11 da CLT e Súmulas 206, 308, I, e 362, todas do c. TST, extinguindo o feito com resolução de mérito no que tange a tais pretensões, nos termos do art. 487, II, do CPC/2015" (fl. 3617). O entendimento adotado pela Turma no sentido do reconhecimento da ampla legitimidade do sindicato para representar os substituídos, tal como prevista no inciso III do art. 8º da CR, encontra-se em sintonia com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST, a exemplo do seguinte precedente da sua SBDI-I: "EMBARGOS INTERPOSTOS NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496/2007. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. NÃO PROVIMENTO. 1. Depreende-se do v. acórdão proferido no julgamento do RE 210.029-3/RS que, para o Supremo Tribunal Federal, a legitimidade sindical posta no artigo 8º, III, da Constituição Federal é ampla e alcança não apenas os direitos coletivos amplo sensu (direitos difusos, direitos coletivos strictu sensu e individuais homogêneos), mas, ainda, os direitos individuais subjetivos dos trabalhadores integrantes da categoria. Precedentes do STF e desta Corte. 2. Assim, é forçoso reconhecer que a substituição processual não se restringe às hipóteses em que se discutam direitos e interesses coletivos, podendo a entidade sindical defender, inclusive, direitos individuais subjetivos da categoria que representa. 3. Recurso de embargos de que se conhece e a que se nega provimento. (E-RR - 1386-15.2010.5.03.0064 , Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 30/11/2017, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 07/12/2017)". Nesse mesmo sentido, podem ser mencionados outros julgados, entre vários, também da SBDI-I do TST: Ag-E-Ag-RR-188800-56.2009.5.15.0130, Relator: Ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, DEJT: 11/10/2019; Ag-E-RR-394-71.2015.5.17.0005, Relator: Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT: 17/05/2019; E-ED-RR-113800-54.2007.5.17.0004, Relator: Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT: 14/12/2018; AgR-E-ED-RR-223-45.2013.5.04.0103, Relator: Ministro Breno Medeiros, DEJT: 28/09/2018, de forma a atrair a incidência do §7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST. Revendo entendimento anteriormente já adotado, observo que a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que a expressão "reclamação trabalhista", constante do § 3º do art. 11 da CLT, abrange qualquer ação proposta com o intuito de tutelar as relações trabalhistas, não tendo, assim, o condão de extirpar as demais formas de interrupção da prescrição, à luz das enumeradas pelo art. 202 do CC, comando legal de aplicação subsidiária ao processo do trabalho, consoante os termos do art. 769 da CLT. Dessa forma, o ajuizamento de protesto judicial deve ser considerado como causa interruptiva dos prazos prescricionais, bienal e quinquenal, quando idênticos os pedidos, mesmo após a vigência da Lei nº 13.467/2017, restando aplicável a jurisprudência consolidada na Orientação Jurisprudencial nº 392 da SBDI-I do TST, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Ag-RR-24063-17.2021.5.24.0081, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 12/04/2024; Ag-AIRR-342-48.2022.5.14.0091, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 01/12/2023; AIRR-10767-17.2019.5.03.0069, 3ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Adriana Goulart de Sena Orsini, DEJT 26/03/2024; Ag-RRAg-11181-34.2018.5.15.0063, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 24/05/2024; Ag-AIRR-101584-52.2017.5.01.0264, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 17/06/2024; RR-1147-76.2019.5.09.0242, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 15/12/2023; RRAg-466-49.2022.5.09.0130, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 01/03/2024 e Ag-AIRR-1100-24.2022.5.14.0092, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 16/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / INTERVALO INTRAJORNADA Alegação(ões): - violação da(o) incisos II e XXXVI do artigo 5º; inciso XXVI do artigo 7º; incisos III e VI do artigo 8º da Constituição da República. - violação da(o) §3º do artigo 104 do Código Civil; §3º do artigo 8º da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 611 da Consolidação das Leis do Trabalho; incisos I e III do artigo 611-A da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 611-B da Consolidação das Leis do Trabalho. - contrariedade ao Tema 1046 de Repercussão Geral do STF. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação ao intervalo intrajornada: Embora o reclamado tenha alegado que a autora sempre usufruiu o intervalo para alimentação e repouso, ficou constatado que havia o labor acima das seis horas diárias, conforme jornada fixada em primeiro grau (e confirmada por este juízo ad quem), sem que houvesse a respectiva concessão do intervalo de uma hora intrajornada O juízo de origem determinou, então, a condenação do réu ao pagamento de "01 hora extra, por dia de trabalho, no interregno compreendido entre 01/04/2014 a 31/12/2014 e 01 /01/2016 até 28/02/2022, em função da concessão parcial do intervalo, nos termos do art. 71, § 4º, da CLT e Súmula 437 do c. TST" (fl. 3630). (...) O contrato de trabalho mantido entre as partes teve duração entre 01/10/2007 e 03/01/2024 (TRCT - fl. 3768), aplicando-se as normas legais vigentes à época dos fatos, de modo que, sobre os fatos ocorridos a partir de 11/11/17, data da vigência da Lei 13.467/17, incidem as novas normas, não se tratando de alteração contratual. A partir da vigência da Lei 13.467/17 a condenação deve limitar ao tempo suprimido do intervalo para refeição e descanso, sem reflexos em outras verbas, por se tratar de verba de natureza indenizatória. As normas de direito material estabelecidas pela Lei 13.467/17 incidem sobre os contratos de trabalho em execução a partir de sua vigência, ainda que iniciados anteriormente. Por ser um contrato de trato sucessivo, renovando-se os direitos e deveres legais de forma contínua, aplica-se a nova lei que não alcança apenas prestações consolidadas antes da sua entrada em vigor. Consta da decisão declaratória (Id add1f49): Em relação à norma coletiva citada, destaca-se que referida cláusula normativa aplica-se aos empregados que tenham jornada maior a 4 horas diárias e não superior a 6 horas diárias, conforme apontado na própria peça de embargos (fl. 3839), o que não se aplica à hipótese, vez que a condenação do intervalo intrajornada fora decorrente da ausência da pausa intervalar de 01 hora mínima, conforme jornada fixada na origem (fl. 3629) e confirmada por este juízo ad quem. Verifico que o entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST. Não verifico a suposta ofensa ao dispositivos legais e constitucionais apontadas, bem como contrariedade ao Tema 1046 de Repercussão Geral do STF, na medida em que não se negou validade às normas coletivas, ao revés, restou constatado pela Turma que descabe a aplicação ao caso dos autos. 4.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Alegação(ões): - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) §1º do artigo 840 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigos 141 e 492 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Consta do acórdão (Id. e4b501c) em relação à limitação do valor da condenação: Os valores atribuídos aos pedidos na exordial são mera estimativa econômica das pretensões do reclamante, sendo relevantes para se aferir o rito processual a ser adotado, a recorribilidade ou não das decisões proferidas nos autos (causa de alçada) e a base de cálculo dos honorários de sucumbência devidos pelo empregado, sem qualquer limite de valor. Trata-se apenas de cumprimento do disposto no art. 840, § 1º, da CLT, o qual determina que a inicial deve conter a indicação do pedido, que deve ser certo, determinado e com indicação do seu valor, sem exigir a liquidação das pretensões, a qual ocorrerá em momento próprio. Revendo entendimento anteriormente adotado, a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 20 de maio de 2025. Sebastião Geraldo de Oliveira Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - ITAU UNIBANCO S.A. - NUBIA DE SOUZA

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Banco Santander (Brasil) S.A. e outros x Banco Santander (Brasil) S.A. e outros

ID: 323594568

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0010712-97.2024.5.03.0002

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. LEANDRO BERNARDO NASCIMENTO

Polo Passivo:

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. LEANDRO BERNARDO NASCIMENTO

Notificação

Advogados:

ISAAC BERTOLINI AULER

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ANTONIO MILLER MADEIRA

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

RAPHAEL BERNARDES DA SILVA

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

FELIPE MEINEM GARBIN

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

CARLOS AUGUSTO TORTORO JUNIOR

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Ricardo Marcelo Silva ROT 0010712-97.2024.5.03.0002 RECORRENTE: BANCO SANTANDER (BRAS… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Ricardo Marcelo Silva ROT 0010712-97.2024.5.03.0002 RECORRENTE: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. E OUTROS (1) RECORRIDO: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 7e3bd10 proferida nos autos. RECURSO DE: LEANDRO BERNARDO NASCIMENTO PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 27/05/2025 - Id 9fe0ad3; recurso apresentado em 05/06/2025 - Id 6bc9cd4). Regular a representação processual (Id 1081ebf ). Preparo dispensado (Id 7b179d6 ). PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CATEGORIA PROFISSIONAL ESPECIAL (13641) / BANCÁRIOS (13648) / CARGO DE CONFIANÇA Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 102; Súmula nº 109 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) §2º do artigo 224 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho; inciso II do artigo 373 do Código de Processo Civil de 2015. Em relação ao enquadramento do autor no art. 224, § 2º, da CLT, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: E, para efeito do disposto no referido art. 62, II, da CLT, exercem cargos de confiança os empregados que detêm poder de mando, poder diretivo sobre os negócios da empresa, praticando atos de gestão e não de mera execução, com padrão mais elevado de vencimentos, que o diferencie dos demais empregados. Sobre o tema, o preposto admitiu que: "que as atividades do reclamante era organizar o ambiente de trabalho, dar feedback à equipe, fazer reunião de produtos, acompanhar carteiras e basicamente gerir a equipe de consignados; que o reclamante possuía cerca de 7 subordinados; que o reclamante não tinha poder para contratar e dispensar empregados, mas poderia indicar ao seu superior alguma pessoa que não estivesse rendendo; que o reclamante poderia decidir sozinho sobre um desconto em um contrato específico, mas não podia decidir sozinho sobre aumentar ou diminuir taxas; que o reclamante tinha procuração pelo reclamado" - ID. 61e82fb - Pág. 2. Ainda, a testemunha Victor Griffo Sezino afirmou que: "o reclamante fazia avaliação de performance de convênios para fins de crédito, fazia avaliação de rentabilidade de carteira de crédito, fazia estudos econômicos e dava suporte ao superintendente; que o reclamante não tinha subordinados diretos; que o reclamante não tinha poderes para contratar e dispensar empregados; que atualmente o depoente é consultor; que o reclamante fazia a sugestão de opção de ação, sendo que a decisão era da superintendência ou diretoria; que o depoente na época registrava ponto e o reclamante não" - ID. 61e82fb - Pág. 5. No caso, ao contrário das alegações recursais, entendo que o reclamado não se desvencilhou do seu ônus de provar que o reclamante exercia cargo de confiança, com poderes diferenciados na estrutura hierárquica da empresa. A partir da descrição de atividades demonstrada pela prova oral, percebe-se que o cargo ocupado pelo reclamante não cumpre o requisito de cargo de gestão ou equiparado. Entendo, assim, não ter sido demonstrado que o reclamante tinha poderes especiais ou que exercia cargo de gestão que permita seu enquadramento na exceção do art. 62, II, da CLT. Por outro lado, o enquadramento do bancário na hipótese prevista no art. 224, § 2º, da CLT pressupõe o exercício de funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes ou o desempenho de outros cargos com fidúcia diferente dos demais empregados do banco e o recebimento de gratificação não inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo, como emerge do presente caso. Pela análise dos contracheques (ID. d414508), observo que o reclamante recebia gratificação superior a 1/3 do salário do cargo efetivo. Não se perca de vista que a jurisprudência tem se firmado no sentido de que não é necessário que ao bancário sejam conferidos amplos poderes de mando ou gestão, para que se enquadre à exceção legal que o faz submeter-se à jornada de 8 horas. No caso, sequer há indício nos autos de que o enquadramento da reclamante no cargo de confiança tenha se dado com a finalidade de burlar a lei e colocá-la na situação excepcional do § 2º do art. 224 da CLT. O que se demonstrou foi que ele exercia funções de fidúcia, com atribuições que demandavam maior grau de responsabilidade, próprias de cargo de confiança e diversas daquelas que se exige do empregado bancário comum. Ademais, para a configuração da exceção prevista no art. 224, § 2º, da CLT, não se exige que o desempenho do cargo se dê com o auxílio de subordinados ou implique atos de mando e gestão. Assim, entendo que o reclamante se enquadra no disposto no art. 224, §2º, da CLT, tendo em vista que suas atribuições não podem ser consideradas como aquelas típicas de um bancário comum, nem tampouco podem ser classificadas como atividades técnicas. (ID. 7b179d6). O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, a ofensa normativa apontada no recurso (art. 224, § 2º, da CLT). O Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, da CLT e 373, II, do CPC). Não constato no acórdão juízo antagônico ao teor das Súmulas 102, I e 109, ambas do TST. São inespecíficos os arestos válidos colacionados, porque não abordam as mesmas premissas salientadas pela Turma julgadora (Súmula 296 do TST). 2.1 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO (1695) / NEGOCIAÇÃO COLETIVA TRABALHISTA (13013) / NORMA COLETIVA (13235) / APLICABILIDADE/CUMPRIMENTO A análise da admissibilidade, em relação ao tema em destaque, fica prejudicada, ante a decisão da Turma no sentido de que: Mantido enquadramento do reclamante no art. 224, §2º, da CLT, fica prejudicada a análise do pedido do autor de indeferimento da compensação das horas extras com a gratificação de função recebida, conforme previsão da norma coletiva. (ID. 7b179d6). 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / PRÊMIO Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 93 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) §1º do artigo 457 da Consolidação das Leis do Trabalho; §1º do artigo 2º da Lei nº 10101/2000. - divergência jurisprudencial. Em relação à natureza salarial da remuneração variável, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: O art. 457 da CLT dispõe que: "Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) (Vide Lei nº 13.419, de 2017) (...) § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) § 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)". Dessa feita, só podem ser considerados prêmios os valores pagos em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado do empregado no exercício de suas atividades. Observa-se que, da própria descrição do reclamante sobre a verba pleiteada, conclui-se tratar da hipótese de prêmio, nos termos da redação do § 4º acima destacado. Ademais, coaduno com o entendimento da origem, o qual mantenho e destaco: "As políticas de remuneração variável e as negociações coletivas apresentadas aos autos, não destituídas de validade, revelam que a parcela PPG complementa o Programa de Participação nos Lucros e Resultados, de modo que não possui natureza salarial, à luz da Lei 10.101/00 (fls. 904/952). Sendo assim, não há falar em sua integração, sendo improcedente o pedido, neste particular." - ID. 486cfa9 - Pág. 4. (ID. 7b179d6). O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso (art. 457,§ 1º, da CLT e art. 2º, § 1º, da Lei 10.101/2000). Não constato no acórdão juízo antagônico ao teor da Súmula 93 do TST. Os arestos trazidos à colação, provenientes de Turmas do TST, deste Tribunal ou de órgãos não mencionados na alínea "a" do art. 896 da CLT, não se prestam ao confronto de teses. Não são aptos ao confronto de teses os arestos colacionados carentes de indicação de fonte oficial ou repositório autorizado em que foram publicados (Súmula 337, I e IV, do TST e § 8º do art. 896 da CLT). São inespecíficos os arestos válidos colacionados, porque não abordam as mesmas premissas salientadas pela Turma julgadora (Súmula 296 do TST). 4.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / SUCUMBÊNCIA (8874) / HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (10655) / SUCUMBENCIAIS Alegação(ões): - violação da(o) inciso LXXIV do artigo 5º; inciso X do artigo 7º da Constituição da República. - violação da(o) §4º do artigo 791-A da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Em relação aos honorários de sucumbência, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: Conforme decidido em tópico antecedente, o reclamante passou a ser beneficiário da justiça gratuita. Com isso, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, conforme § 4º do art. 791-A da CLT. Mantida a sucumbência recíproca, são devidos honorários advocatícios por ambas as partes. Assinalo que o percentual arbitrado na origem se mostra adequado e condizente com os trabalhos desenvolvidos, estando em consonância com os valores usualmente adotados por esta Turma em processos de semelhante complexidade e corretamente fixados nos termos do artigo 791-A da CLT. (ID. 7b179d6). Em relação aos honorários advocatícios sucumbenciais, a decisão turmária foi proferida de acordo com a decisão da ADI 5766, na qual o STF declarou apenas parcialmente inconstitucional o art. 791-A, §4º, da CLT, especificamente quanto ao trecho assim expresso: desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa. Ao decidir dessa forma, o STF não isentou os beneficiários de justiça gratuita. Pelo contrário, manteve a possibilidade de cobrança de honorários advocatícios deles, se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade. Nesse contexto, não há falar em ofensas normativas, tampouco em contrariedade a entendimentos jurisprudenciais, mas apenas na aplicação de tese jurídica firmada pelo Supremo Tribunal Federal com eficácia erga omnes e efeito vinculante (art. 102, § 2º, da CR/1988). CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. RECURSO DE: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 27/05/2025 - Id 7389ab9; recurso apresentado em 06/06/2025 - Id 3faa59f). Regular a representação processual (Id 8f9a715 , 9c7e030 ). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id 486cfa9 : R$ 800.000,00; Custas fixadas, id 486cfa9 : R$ 16.000,00; Depósito recursal recolhido no RO, id 42bbfae : R$ 17.073,50; Custas pagas no RO: id 6c31b29 ; Condenação no acórdão, id 7b179d6 : R$ 800.000,00; Custas no acórdão, id 7b179d6 : R$ 16.000,00; Depósito recursal recolhido no RR, id 30d538c : R$ 34.147,00. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / NULIDADE (8919) / NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 459 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) inciso IX do artigo 93 da Constituição da República. - violação da(o) inciso IV do §1º do artigo 489 do Código de Processo Civil de 2015; artigo 832 da Consolidação das Leis do Trabalho. Ao contrário do alegado pela parte recorrente, não há nulidade por negativa de prestação jurisdicional (Súmula 459 do TST), em relação às controvérsias travadas, em resumo, sobre juros e correção monetária e validade dos cartões de ponto. Com efeito, a Turma valorou livremente a prova, atenta aos fatos e circunstâncias da lide, apreciando satisfatoriamente as questões fáticas que lhe foram submetidas, fundamentando-as conforme exige a lei (artigos 371 do CPC c/c 832 da CLT c/c 93, IX, da CR c/c 489 do CPC), sem acarretar cerceamento de defesa. Inexistem, pois, as violações alegadas no recurso neste tópico. Observo, de toda sorte, que o órgão julgador não está obrigado a responder todos os questionários, tampouco a abarcar, de modo expresso, todas as premissas, artigos de lei e entendimentos jurisprudenciais indicados como pertinentes pela parte, simplesmente porque esta pretende a manifestação direta sobre cada qual, especialmente quando as próprias teses adotadas são prejudiciais às demais questões fáticas ou jurídicas arguidas por ela, por não obstarem a análise de mérito destas . Inteligência do art. 489, §1º, IV, do CPC c/c OJ 118 da SBDI-I do TST c/c Súmula 297, I, do TST. 2.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Alegação(ões): - violação da(o) §1º do artigo 840 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigos 2, 141, 322 e 492 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Em relação à limitação da condenação ao valor atribuído aos pedidos iniciais, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: O art. 840 da CLT, com a redação dada pela Lei n. 13.467/17, exigiu a atribuição de valor aos pedidos da inicial. Contudo, isso não equivale à sua liquidação, sendo de se notar que o §1º da norma utiliza a expressão "com indicação de seu valor". Assim, ressalvada minha convicção pessoal, no entender desta D. Turma os valores indicados na inicial são apenas estimativas que têm a finalidade de definição do rito, não se prestando a limitar as condenações. O entendimento consubstanciado na Tese Jurídica Prevalecente n. 16 deste Regional tem aplicação analógica ao caso, in verbis: "Rito Sumaríssimo. Valor correspondente aos pedidos, indicado na petição inicial (art. 852-B, da CLT). Inexistência de limitação, na liquidação, a este valor. No procedimento sumaríssimo, os valores indicados na petição inicial, conforme exigência do art. 852-B, I, da CLT, configuram estimativa para fins de definição do rito processual a ser seguido e não um limite para apuração das importâncias das parcelas objeto de condenação, em liquidação de sentença. (Oriunda do julgamento do IUJ 0010465-69.2017.5.03.0000. RA 207/2017, disponibilização: DEJT/TRT-MG/Cad. Jud. 21, 22 e 25/09/2017)." É certo que tal entendimento não acarreta julgamento ultra e/ou extra petita e tampouco violação aos arts. 840, §1º, da CLT, 141 e 492 do CPC ou art. 5º, LIV, da CR/88 (ID. 7b179d6). No que toca ao pleito de limitação da condenação aos valores indicados na petição inicial, revendo entendimento anteriormente adotado, a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas quanto ao tema (arts. 840, § 1º, da CLT, 2º, 141, 322, 492, do CPC) 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / HORAS EXTRAS 3.2 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / INTERVALO INTRAJORNADA Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 287; Súmula nº 338 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) inciso II do artigo 62 da Consolidação das Leis do Trabalho; §4º do artigo 71 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 373 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Em relação às horas extras, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: Nos termos do artigo 62, II, da CLT, não são abrangidos pelo regime do capítulo atinente à duração do trabalho os gerentes, assim considerados os ocupantes de cargo de gestão, aos quais se equiparam, para os fins ali previstos, os diretores e chefes de departamento ou filial. O parágrafo único desse dispositivo legal estabelece que o regime previsto no capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II sempre que o salário do cargo de confiança (compreendendo a gratificação de função, se houver) for inferior ao valor do respectivo salário, acrescido de 40%. Conclui-se, assim, serem dois os requisitos para que o exercente do cargo de gerência não tenha direito a horas extras: o exercício de cargo de gestão e a percepção de salário do cargo de confiança (incluindo a gratificação do cargo, se houver) superior a 40% do padrão. E, para efeito do disposto no referido art. 62, II, da CLT, exercem cargos de confiança os empregados que detêm poder de mando, poder diretivo sobre os negócios da empresa, praticando atos de gestão e não de mera execução, com padrão mais elevado de vencimentos, que o diferencie dos demais empregados. Sobre o tema, o preposto admitiu que: "que as atividades do reclamante era organizar o ambiente de trabalho, dar feedback à equipe, fazer reunião de produtos, acompanhar carteiras e basicamente gerir a equipe de consignados; que o reclamante possuía cerca de 7 subordinados; que o reclamante não tinha poder para contratar e dispensar empregados, mas poderia indicar ao seu superior alguma pessoa que não estivesse rendendo; que o reclamante poderia decidir sozinho sobre um desconto em um contrato específico, mas não podia decidir sozinho sobre aumentar ou diminuir taxas; que o reclamante tinha procuração pelo reclamado" - ID. 61e82fb - Pág. 2. Ainda, a testemunha Victor Griffo Sezino afirmou que: "o reclamante fazia avaliação de performance de convênios para fins de crédito, fazia avaliação de rentabilidade de carteira de crédito, fazia estudos econômicos e dava suporte ao superintendente; que o reclamante não tinha subordinados diretos; que o reclamante não tinha poderes para contratar e dispensar empregados; que atualmente o depoente é consultor; que o reclamante fazia a sugestão de opção de ação, sendo que a decisão era da superintendência ou diretoria; que o depoente na época registrava ponto e o reclamante não" - ID. 61e82fb - Pág. 5. No caso, ao contrário das alegações recursais, entendo que o reclamado não se desvencilhou do seu ônus de provar que o reclamante exercia cargo de confiança, com poderes diferenciados na estrutura hierárquica da empresa. A partir da descrição de atividades demonstrada pela prova oral, percebe-se que o cargo ocupado pelo reclamante não cumpre o requisito de cargo de gestão ou equiparado. Entendo, assim, não ter sido demonstrado que o reclamante tinha poderes especiais ou que exercia cargo de gestão que permita seu enquadramento na exceção do art. 62, II, da CLT. (...) Delimitado isso, passo a análise da validade dos cartões de ponto, já que persiste a obrigação do controle de jornada. Foram juntados os espelhos de ponto do período entre julho/2019 e novembro/2020 (ID. 591d0cd) e em apenas dois meses - setembro e novembro de 2020 - há registros com horários variados (ID. 591d0cd - Págs. 14 e 16). Além disso, conforme confessado pelo preposto, "que o reclamante foi contratado para exercer a função de supervisor e operador de serviço, tendo a função alterada para consultor em 2023, havendo alteração da nomenclatura de consultor para especialista; que o reclamante basicamente desempenhou as mesmas atividades durante todo o contrato; (...) que o reclamante inicialmente registrava ponto e aproximadamente em 2021/2022 deixou de registrar o registro, não havendo diferença da sua realidade comparado ao período anterior e posterior" - ID. 61e82fb - Págs. 1 e 2. Não havendo alteração na rotina e atividades efetivamente desempenhadas ao longo do período não prescrito, o reclamante estava sujeito ao controle de jornada por todo o contrato. E, não tendo sido apresentado cartões de ponto válidos, entendo que o reclamado não se desincumbiu do ônus que lhe pertencia, nos termos do art. 74, §2º, da CLT, sendo, pois, cabível a aplicação da súmula 338, I, do TST. Nesse aspecto, a jornada fixada na sentença mostra-se razoável e condizente com a prova produzida nos autos (ID. 7b179d6). O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso (arts. 62, II e 71, § 4º, da CLT). O Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, da CLT e 373, I, do CPC). Estando a decisão recorrida em consonância com o ordenamento jurídico, não há falar em ofensa ao art. 5º, II, da Constituição da República. Não constato no acórdão juízo antagônico ao teor das Súmulas 287 e 338, ambas do TST. Não são aptos ao confronto de teses os arestos colacionados carentes de indicação de fonte oficial ou repositório autorizado em que foram publicados (Súmula 337, I e IV, do TST e § 8º do art. 896 da CLT). São inespecíficos os arestos válidos colacionados, porque não abordam as mesmas premissas salientadas pela Turma julgadora (Súmula 296 do TST). 4.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / HORAS EXTRAS (13769) / REFLEXOS Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 113 do Tribunal Superior do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Em relação aos reflexos das horas extras nos sábados, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: Embora os sábados não sejam considerados dia de repouso remunerado (cláusula 8ª, parágrafo primeiro, da CCT 2022/2024 - ID. 4b07140 - Pág. 10), é assegurada a repercussão de horas extras habituais na remuneração do sábado do bancário. (ID. 7b179d6). São inespecíficos os arestos válidos colacionados, porque não abordam as mesmas premissas salientadas pela Turma julgadora (Súmula 296 do TST). Não constato no acórdão juízo antagônico ao teor da Súmula 113/TST. 5.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Alegação(ões): - violação da(o) artigo 14 da Lei nº 5584/1970; artigo 769 da Consolidação das Leis do Trabalho; parágrafos 3º e 4º do artigo 790 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 98 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Em relação à justiça gratuita, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: De acordo com a citada decisão, que possui caráter vinculante, inexistindo impugnação acompanhada de prova em sentido contrário, o documento particular firmado pelo requerente, fará prova da hipossuficiência para fins de concessão dos benefícios da justiça gratuita. Na hipótese, a parte autora juntou, na peça de ingresso, declaração de hipossuficiência financeira (ID. 1e21d45). O TRCT (ID. ad0e732) indica que a última remuneração do reclamante foi de R$12.289,14 e, conforme CTPS juntada no ID. baf1a7f - Pág. 1, foi admitido em outro emprego em 15/01/2024, logo após encerrar o contrato com o reclamado, tendo remuneração inicial de R$13.200,00. Entretanto, em seu depoimento pessoal na audiência de instrução ocorrida em 04/02/2025, afirmou "que atualmente não possui fonte de renda, estando tentando abrir uma empresa; que declarou IR nos últimos anos; que possui uma moto, um carro e um apartamento financiado." - ID. 61e82fb - Pág. 2. Com efeito, ressalvada minha convicção pessoal e considerando que o reclamado não infirmou a referida declaração de pobreza, ônus que lhe competia, concedo os benefícios da justiça gratuita ao reclamante. (ID. 7b179d6). O entendimento adotado no acórdão recorrido está de acordo com a tese fixada na decisão do IncJulgRREmbRep 277-83.2020.5.09.0084 pelo Pleno do TST e publicada em 16/12/2024 (Tema 21), no sentido de que I) Independentemente de pedido da parte, o magistrado trabalhista tem o poder-dever de conceder o benefício da justiça gratuita aos litigantes que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, conforme evidenciado nos autos; II) O pedido de gratuidade de justiça, formulado por aquele que perceber salário superior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, pode ser instruído por documento particular firmado pelo interessado, nos termos da Lei n.º 7.115/1983, sob as penas do art. 299 do Código Penal; III) Havendo impugnação à pretensão pela parte contrária, acompanhada de prova, o juiz abrirá vista ao requerente do pedido de gratuidade de justiça, decidindo, após, o incidente (art. 99, § 2º, do CPC). Está também em sintonia com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que (...) a comprovação da insuficiência de recursos, para fins de concessão do benefício da justiça gratuita, pode ser feita mediante a simples declaração da parte, nos termos da Súmula 463, I/TST - mesmo nas ações ajuizadas após o início de vigência da Lei 13.467/2017 e para trabalhadores que perceberem salário além do limite previsto no art. 790, § 3º, da CLT . Para afastar a concessão do benefício, cabe, assim, à parte adversa comprovar que a parte reclamante não se encontra em situação de hipossuficiência econômica, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: E-RR-415-09.2020.5.06.0351, SBDI-I, Relator Ministro Lelio Bentes Correa, DEJT 07/10/2022; RR-1001058-72.2019.5.02.0002, 1ª Turma, Relator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT 09/02/2024; RRAg-283-53.2020.5.12.0037, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 02/09/2022; Ag-RRAg-10287-74.2019.5.18.0181, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 16/02/2024; Ag-RRAg-31-80.2020.5.21.0043, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 25/03/2022; RR-10823-67.2021.5.03.0073, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 18/08/2023; RR-11326-68.2018.5.18.0011, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 18/11/2022 e ED-RR-10444-80.2020.5.03.0132, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 28/11/2022. De acordo com os artigos 896-C, § 11, inciso I, da CLT, 927, III, do CPC e 3º, XXIII, da Instrução Normativa nº 39/2015 do TST, julgado o incidente, a tese firmada vincula todos os juízes e órgãos fracionários. Ademais, não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Assim, além de estarem superados os arestos válidos que adotam teses diversas, ficam afastadas as ofensas normativas apontadas quanto ao tema (arts. 769, 790,§§ 3º e 4º, da CLT, 98, do CPC, 14 da Lei 5584/1970). 6.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / VALOR DA EXECUÇÃO / CÁLCULO / ATUALIZAÇÃO (9149) / JUROS 6.2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / VALOR DA EXECUÇÃO / CÁLCULO / ATUALIZAÇÃO (9149) / CORREÇÃO MONETÁRIA Alegação(ões): - violação da(o) inciso LXXVIII do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) artigo 944 do Código Civil; artigo 406 do Código de Processo Civil de 2015. Em relação aos juros e correção monetária, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: Tendo em vista o entendimento firmado pelo STF, a recente alteração legislativa promovida pela Lei 14.905/2024 e o entendimento firmado pela SDI-1 do TST manifestado no julgamento do RR 713-03.2010.5.04.0029, sendo o direcionamento lá estabelecido ora adotado no âmbito do TST e desta Turma, a atualização do crédito trabalhista reconhecido em juízo deverá observar o seguinte: a) fase pré-judicial: aplicação do IPCA-e para correção monetária e a TRD acumulada no período compreendido entre a data de vencimento da obrigação e o seu efetivo pagamento, a título de juros legais, conforme previsão do art. 39, caput, da Lei n. 8.177/91; b) fase judicial (a partir do ajuizamento da ação): b.1) até 29/8/2024, a incidência unicamente da taxa Selic, já englobados os juros e a correção monetária; b.2) a partir de 30/8/2024, incidência do IPCA-e divulgado pelo IBGE como índice de correção monetária e, após a apuração do montante corrigido monetariamente, incidirá a taxa de juros Selic (deduzindo-se o índice de atualização monetária: Selic menos IPCA-e), observada a taxa zero na hipótese de o resultado dessa dedução ser negativo. (ID. 7b179d6). A tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, conforme a decisão do Supremo Tribunal Federal, na Ação Direta de Constitucionalidade nº 58, firmada em sede de controle concentrado de constitucionalidade, na fase pré-judicial, o índice a ser considerado para a atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial na Justiça do Trabalho deverá ser o IPCA-E acrescido dos juros legais(art. 39, caput, da Lei 8.177, de 1991) (conforme a redação do item"6" da ementa do julgado) e, na fase judicial, ou seja, a partir do ajuizamento da ação até 29/08/2024, deve-se aplicar a taxa SELIC, ressalvados os valores eventualmente pagos, nos termos da primeira parte do item "i" da modulação do STF, vedada a dedução ou compensação de eventuais diferenças pelo critério de cálculo anterior. Já a partir de 30/08/2024, data de vigência da Lei 14.905/2024 , no cálculo da atualização monetária, será utilizado o IPCA (art. 389, parágrafo único, do Código Civil), ao passo que os juros de mora corresponderão ao resultado da subtração SELIC - IPCA (art. 406, parágrafo único, do Código Civil), inclusive com a possibilidade de não incidência (taxa "0"), nos termos do §3º do artigo 406, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: RR-671-90.2011.5.04.0231, SBDI-I, Relator Ministro Evandro Pereira Valadão Lopes, DEJT 22/11/2024; E-ED-RR-713-03.2010.5.04.0029, SBDI-I, Relator: Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte; DEJT 25/10/2024; E-ED-RR-785-87.2013.5.04.0383, SBDI-I, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 25/10/2024; E-ED-ED-RR-183000-37.2006.5.15.0135, SBDI-I, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 25/10/2024; RRAg-11592-12.2017.5.03.0010, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 06/12/2024; RRAg-1000445-46.2018.5.02.0468, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 29/11/2024; RR-AIRR-153000-92.2008.5.15.0132, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 06/12/2024; RR-253400-70.2009.5.04.0202, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 06/12/2024; RRAg-300-34.2022.5.19.0002, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 06/12/2024; RRAg-10210-96.2018.5.03.0026, 6ª Turma, Relator Ministro Antonio Fabricio de Matos Gonçalves, DEJT 06/12/2024; RRAg-135600-33.2010.5.17.0005, 7ª Turma, Relator Ministro Evandro Pereira Valadão Lopes, DEJT 22/11/2024; RRAg-10219-69.2016.5.15.0034, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 04/12/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas quanto ao tema. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 11 de julho de 2025. Sebastião Geraldo de Oliveira Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - LEANDRO BERNARDO NASCIMENTO - BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.

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Banco Santander (Brasil) S.A. e outros x Banco Santander (Brasil) S.A. e outros

ID: 323594598

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0010712-97.2024.5.03.0002

Data de Disponibilização: 14/07/2025

Polo Ativo:

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. LEANDRO BERNARDO NASCIMENTO

Polo Passivo:

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. LEANDRO BERNARDO NASCIMENTO

Notificação

Advogados:

ISAAC BERTOLINI AULER

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

ANTONIO MILLER MADEIRA

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

RAPHAEL BERNARDES DA SILVA

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

FELIPE MEINEM GARBIN

OAB/RS XXXXXX Desbloquear

CARLOS AUGUSTO TORTORO JUNIOR

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Ricardo Marcelo Silva ROT 0010712-97.2024.5.03.0002 RECORRENTE: BANCO SANTANDER (BRAS… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relator: Ricardo Marcelo Silva ROT 0010712-97.2024.5.03.0002 RECORRENTE: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. E OUTROS (1) RECORRIDO: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 7e3bd10 proferida nos autos. RECURSO DE: LEANDRO BERNARDO NASCIMENTO PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 27/05/2025 - Id 9fe0ad3; recurso apresentado em 05/06/2025 - Id 6bc9cd4). Regular a representação processual (Id 1081ebf ). Preparo dispensado (Id 7b179d6 ). PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CATEGORIA PROFISSIONAL ESPECIAL (13641) / BANCÁRIOS (13648) / CARGO DE CONFIANÇA Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 102; Súmula nº 109 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) §2º do artigo 224 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho; inciso II do artigo 373 do Código de Processo Civil de 2015. Em relação ao enquadramento do autor no art. 224, § 2º, da CLT, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: E, para efeito do disposto no referido art. 62, II, da CLT, exercem cargos de confiança os empregados que detêm poder de mando, poder diretivo sobre os negócios da empresa, praticando atos de gestão e não de mera execução, com padrão mais elevado de vencimentos, que o diferencie dos demais empregados. Sobre o tema, o preposto admitiu que: "que as atividades do reclamante era organizar o ambiente de trabalho, dar feedback à equipe, fazer reunião de produtos, acompanhar carteiras e basicamente gerir a equipe de consignados; que o reclamante possuía cerca de 7 subordinados; que o reclamante não tinha poder para contratar e dispensar empregados, mas poderia indicar ao seu superior alguma pessoa que não estivesse rendendo; que o reclamante poderia decidir sozinho sobre um desconto em um contrato específico, mas não podia decidir sozinho sobre aumentar ou diminuir taxas; que o reclamante tinha procuração pelo reclamado" - ID. 61e82fb - Pág. 2. Ainda, a testemunha Victor Griffo Sezino afirmou que: "o reclamante fazia avaliação de performance de convênios para fins de crédito, fazia avaliação de rentabilidade de carteira de crédito, fazia estudos econômicos e dava suporte ao superintendente; que o reclamante não tinha subordinados diretos; que o reclamante não tinha poderes para contratar e dispensar empregados; que atualmente o depoente é consultor; que o reclamante fazia a sugestão de opção de ação, sendo que a decisão era da superintendência ou diretoria; que o depoente na época registrava ponto e o reclamante não" - ID. 61e82fb - Pág. 5. No caso, ao contrário das alegações recursais, entendo que o reclamado não se desvencilhou do seu ônus de provar que o reclamante exercia cargo de confiança, com poderes diferenciados na estrutura hierárquica da empresa. A partir da descrição de atividades demonstrada pela prova oral, percebe-se que o cargo ocupado pelo reclamante não cumpre o requisito de cargo de gestão ou equiparado. Entendo, assim, não ter sido demonstrado que o reclamante tinha poderes especiais ou que exercia cargo de gestão que permita seu enquadramento na exceção do art. 62, II, da CLT. Por outro lado, o enquadramento do bancário na hipótese prevista no art. 224, § 2º, da CLT pressupõe o exercício de funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes ou o desempenho de outros cargos com fidúcia diferente dos demais empregados do banco e o recebimento de gratificação não inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo, como emerge do presente caso. Pela análise dos contracheques (ID. d414508), observo que o reclamante recebia gratificação superior a 1/3 do salário do cargo efetivo. Não se perca de vista que a jurisprudência tem se firmado no sentido de que não é necessário que ao bancário sejam conferidos amplos poderes de mando ou gestão, para que se enquadre à exceção legal que o faz submeter-se à jornada de 8 horas. No caso, sequer há indício nos autos de que o enquadramento da reclamante no cargo de confiança tenha se dado com a finalidade de burlar a lei e colocá-la na situação excepcional do § 2º do art. 224 da CLT. O que se demonstrou foi que ele exercia funções de fidúcia, com atribuições que demandavam maior grau de responsabilidade, próprias de cargo de confiança e diversas daquelas que se exige do empregado bancário comum. Ademais, para a configuração da exceção prevista no art. 224, § 2º, da CLT, não se exige que o desempenho do cargo se dê com o auxílio de subordinados ou implique atos de mando e gestão. Assim, entendo que o reclamante se enquadra no disposto no art. 224, §2º, da CLT, tendo em vista que suas atribuições não podem ser consideradas como aquelas típicas de um bancário comum, nem tampouco podem ser classificadas como atividades técnicas. (ID. 7b179d6). O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, a ofensa normativa apontada no recurso (art. 224, § 2º, da CLT). O Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, da CLT e 373, II, do CPC). Não constato no acórdão juízo antagônico ao teor das Súmulas 102, I e 109, ambas do TST. São inespecíficos os arestos válidos colacionados, porque não abordam as mesmas premissas salientadas pela Turma julgadora (Súmula 296 do TST). 2.1 DIREITO COLETIVO DO TRABALHO (1695) / NEGOCIAÇÃO COLETIVA TRABALHISTA (13013) / NORMA COLETIVA (13235) / APLICABILIDADE/CUMPRIMENTO A análise da admissibilidade, em relação ao tema em destaque, fica prejudicada, ante a decisão da Turma no sentido de que: Mantido enquadramento do reclamante no art. 224, §2º, da CLT, fica prejudicada a análise do pedido do autor de indeferimento da compensação das horas extras com a gratificação de função recebida, conforme previsão da norma coletiva. (ID. 7b179d6). 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / PRÊMIO Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 93 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) §1º do artigo 457 da Consolidação das Leis do Trabalho; §1º do artigo 2º da Lei nº 10101/2000. - divergência jurisprudencial. Em relação à natureza salarial da remuneração variável, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: O art. 457 da CLT dispõe que: "Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) (Vide Lei nº 13.419, de 2017) (...) § 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (...) § 4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)". Dessa feita, só podem ser considerados prêmios os valores pagos em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado do empregado no exercício de suas atividades. Observa-se que, da própria descrição do reclamante sobre a verba pleiteada, conclui-se tratar da hipótese de prêmio, nos termos da redação do § 4º acima destacado. Ademais, coaduno com o entendimento da origem, o qual mantenho e destaco: "As políticas de remuneração variável e as negociações coletivas apresentadas aos autos, não destituídas de validade, revelam que a parcela PPG complementa o Programa de Participação nos Lucros e Resultados, de modo que não possui natureza salarial, à luz da Lei 10.101/00 (fls. 904/952). Sendo assim, não há falar em sua integração, sendo improcedente o pedido, neste particular." - ID. 486cfa9 - Pág. 4. (ID. 7b179d6). O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso (art. 457,§ 1º, da CLT e art. 2º, § 1º, da Lei 10.101/2000). Não constato no acórdão juízo antagônico ao teor da Súmula 93 do TST. Os arestos trazidos à colação, provenientes de Turmas do TST, deste Tribunal ou de órgãos não mencionados na alínea "a" do art. 896 da CLT, não se prestam ao confronto de teses. Não são aptos ao confronto de teses os arestos colacionados carentes de indicação de fonte oficial ou repositório autorizado em que foram publicados (Súmula 337, I e IV, do TST e § 8º do art. 896 da CLT). São inespecíficos os arestos válidos colacionados, porque não abordam as mesmas premissas salientadas pela Turma julgadora (Súmula 296 do TST). 4.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / SUCUMBÊNCIA (8874) / HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (10655) / SUCUMBENCIAIS Alegação(ões): - violação da(o) inciso LXXIV do artigo 5º; inciso X do artigo 7º da Constituição da República. - violação da(o) §4º do artigo 791-A da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Em relação aos honorários de sucumbência, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: Conforme decidido em tópico antecedente, o reclamante passou a ser beneficiário da justiça gratuita. Com isso, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, conforme § 4º do art. 791-A da CLT. Mantida a sucumbência recíproca, são devidos honorários advocatícios por ambas as partes. Assinalo que o percentual arbitrado na origem se mostra adequado e condizente com os trabalhos desenvolvidos, estando em consonância com os valores usualmente adotados por esta Turma em processos de semelhante complexidade e corretamente fixados nos termos do artigo 791-A da CLT. (ID. 7b179d6). Em relação aos honorários advocatícios sucumbenciais, a decisão turmária foi proferida de acordo com a decisão da ADI 5766, na qual o STF declarou apenas parcialmente inconstitucional o art. 791-A, §4º, da CLT, especificamente quanto ao trecho assim expresso: desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa. Ao decidir dessa forma, o STF não isentou os beneficiários de justiça gratuita. Pelo contrário, manteve a possibilidade de cobrança de honorários advocatícios deles, se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade. Nesse contexto, não há falar em ofensas normativas, tampouco em contrariedade a entendimentos jurisprudenciais, mas apenas na aplicação de tese jurídica firmada pelo Supremo Tribunal Federal com eficácia erga omnes e efeito vinculante (art. 102, § 2º, da CR/1988). CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. RECURSO DE: BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 27/05/2025 - Id 7389ab9; recurso apresentado em 06/06/2025 - Id 3faa59f). Regular a representação processual (Id 8f9a715 , 9c7e030 ). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id 486cfa9 : R$ 800.000,00; Custas fixadas, id 486cfa9 : R$ 16.000,00; Depósito recursal recolhido no RO, id 42bbfae : R$ 17.073,50; Custas pagas no RO: id 6c31b29 ; Condenação no acórdão, id 7b179d6 : R$ 800.000,00; Custas no acórdão, id 7b179d6 : R$ 16.000,00; Depósito recursal recolhido no RR, id 30d538c : R$ 34.147,00. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / NULIDADE (8919) / NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 459 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) inciso IX do artigo 93 da Constituição da República. - violação da(o) inciso IV do §1º do artigo 489 do Código de Processo Civil de 2015; artigo 832 da Consolidação das Leis do Trabalho. Ao contrário do alegado pela parte recorrente, não há nulidade por negativa de prestação jurisdicional (Súmula 459 do TST), em relação às controvérsias travadas, em resumo, sobre juros e correção monetária e validade dos cartões de ponto. Com efeito, a Turma valorou livremente a prova, atenta aos fatos e circunstâncias da lide, apreciando satisfatoriamente as questões fáticas que lhe foram submetidas, fundamentando-as conforme exige a lei (artigos 371 do CPC c/c 832 da CLT c/c 93, IX, da CR c/c 489 do CPC), sem acarretar cerceamento de defesa. Inexistem, pois, as violações alegadas no recurso neste tópico. Observo, de toda sorte, que o órgão julgador não está obrigado a responder todos os questionários, tampouco a abarcar, de modo expresso, todas as premissas, artigos de lei e entendimentos jurisprudenciais indicados como pertinentes pela parte, simplesmente porque esta pretende a manifestação direta sobre cada qual, especialmente quando as próprias teses adotadas são prejudiciais às demais questões fáticas ou jurídicas arguidas por ela, por não obstarem a análise de mérito destas . Inteligência do art. 489, §1º, IV, do CPC c/c OJ 118 da SBDI-I do TST c/c Súmula 297, I, do TST. 2.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Alegação(ões): - violação da(o) §1º do artigo 840 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigos 2, 141, 322 e 492 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Em relação à limitação da condenação ao valor atribuído aos pedidos iniciais, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: O art. 840 da CLT, com a redação dada pela Lei n. 13.467/17, exigiu a atribuição de valor aos pedidos da inicial. Contudo, isso não equivale à sua liquidação, sendo de se notar que o §1º da norma utiliza a expressão "com indicação de seu valor". Assim, ressalvada minha convicção pessoal, no entender desta D. Turma os valores indicados na inicial são apenas estimativas que têm a finalidade de definição do rito, não se prestando a limitar as condenações. O entendimento consubstanciado na Tese Jurídica Prevalecente n. 16 deste Regional tem aplicação analógica ao caso, in verbis: "Rito Sumaríssimo. Valor correspondente aos pedidos, indicado na petição inicial (art. 852-B, da CLT). Inexistência de limitação, na liquidação, a este valor. No procedimento sumaríssimo, os valores indicados na petição inicial, conforme exigência do art. 852-B, I, da CLT, configuram estimativa para fins de definição do rito processual a ser seguido e não um limite para apuração das importâncias das parcelas objeto de condenação, em liquidação de sentença. (Oriunda do julgamento do IUJ 0010465-69.2017.5.03.0000. RA 207/2017, disponibilização: DEJT/TRT-MG/Cad. Jud. 21, 22 e 25/09/2017)." É certo que tal entendimento não acarreta julgamento ultra e/ou extra petita e tampouco violação aos arts. 840, §1º, da CLT, 141 e 492 do CPC ou art. 5º, LIV, da CR/88 (ID. 7b179d6). No que toca ao pleito de limitação da condenação aos valores indicados na petição inicial, revendo entendimento anteriormente adotado, a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas quanto ao tema (arts. 840, § 1º, da CLT, 2º, 141, 322, 492, do CPC) 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / HORAS EXTRAS 3.2 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / INTERVALO INTRAJORNADA Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 287; Súmula nº 338 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) inciso II do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) inciso II do artigo 62 da Consolidação das Leis do Trabalho; §4º do artigo 71 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 373 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Em relação às horas extras, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: Nos termos do artigo 62, II, da CLT, não são abrangidos pelo regime do capítulo atinente à duração do trabalho os gerentes, assim considerados os ocupantes de cargo de gestão, aos quais se equiparam, para os fins ali previstos, os diretores e chefes de departamento ou filial. O parágrafo único desse dispositivo legal estabelece que o regime previsto no capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II sempre que o salário do cargo de confiança (compreendendo a gratificação de função, se houver) for inferior ao valor do respectivo salário, acrescido de 40%. Conclui-se, assim, serem dois os requisitos para que o exercente do cargo de gerência não tenha direito a horas extras: o exercício de cargo de gestão e a percepção de salário do cargo de confiança (incluindo a gratificação do cargo, se houver) superior a 40% do padrão. E, para efeito do disposto no referido art. 62, II, da CLT, exercem cargos de confiança os empregados que detêm poder de mando, poder diretivo sobre os negócios da empresa, praticando atos de gestão e não de mera execução, com padrão mais elevado de vencimentos, que o diferencie dos demais empregados. Sobre o tema, o preposto admitiu que: "que as atividades do reclamante era organizar o ambiente de trabalho, dar feedback à equipe, fazer reunião de produtos, acompanhar carteiras e basicamente gerir a equipe de consignados; que o reclamante possuía cerca de 7 subordinados; que o reclamante não tinha poder para contratar e dispensar empregados, mas poderia indicar ao seu superior alguma pessoa que não estivesse rendendo; que o reclamante poderia decidir sozinho sobre um desconto em um contrato específico, mas não podia decidir sozinho sobre aumentar ou diminuir taxas; que o reclamante tinha procuração pelo reclamado" - ID. 61e82fb - Pág. 2. Ainda, a testemunha Victor Griffo Sezino afirmou que: "o reclamante fazia avaliação de performance de convênios para fins de crédito, fazia avaliação de rentabilidade de carteira de crédito, fazia estudos econômicos e dava suporte ao superintendente; que o reclamante não tinha subordinados diretos; que o reclamante não tinha poderes para contratar e dispensar empregados; que atualmente o depoente é consultor; que o reclamante fazia a sugestão de opção de ação, sendo que a decisão era da superintendência ou diretoria; que o depoente na época registrava ponto e o reclamante não" - ID. 61e82fb - Pág. 5. No caso, ao contrário das alegações recursais, entendo que o reclamado não se desvencilhou do seu ônus de provar que o reclamante exercia cargo de confiança, com poderes diferenciados na estrutura hierárquica da empresa. A partir da descrição de atividades demonstrada pela prova oral, percebe-se que o cargo ocupado pelo reclamante não cumpre o requisito de cargo de gestão ou equiparado. Entendo, assim, não ter sido demonstrado que o reclamante tinha poderes especiais ou que exercia cargo de gestão que permita seu enquadramento na exceção do art. 62, II, da CLT. (...) Delimitado isso, passo a análise da validade dos cartões de ponto, já que persiste a obrigação do controle de jornada. Foram juntados os espelhos de ponto do período entre julho/2019 e novembro/2020 (ID. 591d0cd) e em apenas dois meses - setembro e novembro de 2020 - há registros com horários variados (ID. 591d0cd - Págs. 14 e 16). Além disso, conforme confessado pelo preposto, "que o reclamante foi contratado para exercer a função de supervisor e operador de serviço, tendo a função alterada para consultor em 2023, havendo alteração da nomenclatura de consultor para especialista; que o reclamante basicamente desempenhou as mesmas atividades durante todo o contrato; (...) que o reclamante inicialmente registrava ponto e aproximadamente em 2021/2022 deixou de registrar o registro, não havendo diferença da sua realidade comparado ao período anterior e posterior" - ID. 61e82fb - Págs. 1 e 2. Não havendo alteração na rotina e atividades efetivamente desempenhadas ao longo do período não prescrito, o reclamante estava sujeito ao controle de jornada por todo o contrato. E, não tendo sido apresentado cartões de ponto válidos, entendo que o reclamado não se desincumbiu do ônus que lhe pertencia, nos termos do art. 74, §2º, da CLT, sendo, pois, cabível a aplicação da súmula 338, I, do TST. Nesse aspecto, a jornada fixada na sentença mostra-se razoável e condizente com a prova produzida nos autos (ID. 7b179d6). O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso (arts. 62, II e 71, § 4º, da CLT). O Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, da CLT e 373, I, do CPC). Estando a decisão recorrida em consonância com o ordenamento jurídico, não há falar em ofensa ao art. 5º, II, da Constituição da República. Não constato no acórdão juízo antagônico ao teor das Súmulas 287 e 338, ambas do TST. Não são aptos ao confronto de teses os arestos colacionados carentes de indicação de fonte oficial ou repositório autorizado em que foram publicados (Súmula 337, I e IV, do TST e § 8º do art. 896 da CLT). São inespecíficos os arestos válidos colacionados, porque não abordam as mesmas premissas salientadas pela Turma julgadora (Súmula 296 do TST). 4.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DURAÇÃO DO TRABALHO (13764) / HORAS EXTRAS (13769) / REFLEXOS Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 113 do Tribunal Superior do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Em relação aos reflexos das horas extras nos sábados, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: Embora os sábados não sejam considerados dia de repouso remunerado (cláusula 8ª, parágrafo primeiro, da CCT 2022/2024 - ID. 4b07140 - Pág. 10), é assegurada a repercussão de horas extras habituais na remuneração do sábado do bancário. (ID. 7b179d6). São inespecíficos os arestos válidos colacionados, porque não abordam as mesmas premissas salientadas pela Turma julgadora (Súmula 296 do TST). Não constato no acórdão juízo antagônico ao teor da Súmula 113/TST. 5.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Alegação(ões): - violação da(o) artigo 14 da Lei nº 5584/1970; artigo 769 da Consolidação das Leis do Trabalho; parágrafos 3º e 4º do artigo 790 da Consolidação das Leis do Trabalho; artigo 98 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Em relação à justiça gratuita, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: De acordo com a citada decisão, que possui caráter vinculante, inexistindo impugnação acompanhada de prova em sentido contrário, o documento particular firmado pelo requerente, fará prova da hipossuficiência para fins de concessão dos benefícios da justiça gratuita. Na hipótese, a parte autora juntou, na peça de ingresso, declaração de hipossuficiência financeira (ID. 1e21d45). O TRCT (ID. ad0e732) indica que a última remuneração do reclamante foi de R$12.289,14 e, conforme CTPS juntada no ID. baf1a7f - Pág. 1, foi admitido em outro emprego em 15/01/2024, logo após encerrar o contrato com o reclamado, tendo remuneração inicial de R$13.200,00. Entretanto, em seu depoimento pessoal na audiência de instrução ocorrida em 04/02/2025, afirmou "que atualmente não possui fonte de renda, estando tentando abrir uma empresa; que declarou IR nos últimos anos; que possui uma moto, um carro e um apartamento financiado." - ID. 61e82fb - Pág. 2. Com efeito, ressalvada minha convicção pessoal e considerando que o reclamado não infirmou a referida declaração de pobreza, ônus que lhe competia, concedo os benefícios da justiça gratuita ao reclamante. (ID. 7b179d6). O entendimento adotado no acórdão recorrido está de acordo com a tese fixada na decisão do IncJulgRREmbRep 277-83.2020.5.09.0084 pelo Pleno do TST e publicada em 16/12/2024 (Tema 21), no sentido de que I) Independentemente de pedido da parte, o magistrado trabalhista tem o poder-dever de conceder o benefício da justiça gratuita aos litigantes que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, conforme evidenciado nos autos; II) O pedido de gratuidade de justiça, formulado por aquele que perceber salário superior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, pode ser instruído por documento particular firmado pelo interessado, nos termos da Lei n.º 7.115/1983, sob as penas do art. 299 do Código Penal; III) Havendo impugnação à pretensão pela parte contrária, acompanhada de prova, o juiz abrirá vista ao requerente do pedido de gratuidade de justiça, decidindo, após, o incidente (art. 99, § 2º, do CPC). Está também em sintonia com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que (...) a comprovação da insuficiência de recursos, para fins de concessão do benefício da justiça gratuita, pode ser feita mediante a simples declaração da parte, nos termos da Súmula 463, I/TST - mesmo nas ações ajuizadas após o início de vigência da Lei 13.467/2017 e para trabalhadores que perceberem salário além do limite previsto no art. 790, § 3º, da CLT . Para afastar a concessão do benefício, cabe, assim, à parte adversa comprovar que a parte reclamante não se encontra em situação de hipossuficiência econômica, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: E-RR-415-09.2020.5.06.0351, SBDI-I, Relator Ministro Lelio Bentes Correa, DEJT 07/10/2022; RR-1001058-72.2019.5.02.0002, 1ª Turma, Relator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT 09/02/2024; RRAg-283-53.2020.5.12.0037, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 02/09/2022; Ag-RRAg-10287-74.2019.5.18.0181, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 16/02/2024; Ag-RRAg-31-80.2020.5.21.0043, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 25/03/2022; RR-10823-67.2021.5.03.0073, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 18/08/2023; RR-11326-68.2018.5.18.0011, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 18/11/2022 e ED-RR-10444-80.2020.5.03.0132, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 28/11/2022. De acordo com os artigos 896-C, § 11, inciso I, da CLT, 927, III, do CPC e 3º, XXIII, da Instrução Normativa nº 39/2015 do TST, julgado o incidente, a tese firmada vincula todos os juízes e órgãos fracionários. Ademais, não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Assim, além de estarem superados os arestos válidos que adotam teses diversas, ficam afastadas as ofensas normativas apontadas quanto ao tema (arts. 769, 790,§§ 3º e 4º, da CLT, 98, do CPC, 14 da Lei 5584/1970). 6.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / VALOR DA EXECUÇÃO / CÁLCULO / ATUALIZAÇÃO (9149) / JUROS 6.2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / VALOR DA EXECUÇÃO / CÁLCULO / ATUALIZAÇÃO (9149) / CORREÇÃO MONETÁRIA Alegação(ões): - violação da(o) inciso LXXVIII do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) artigo 944 do Código Civil; artigo 406 do Código de Processo Civil de 2015. Em relação aos juros e correção monetária, inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: Tendo em vista o entendimento firmado pelo STF, a recente alteração legislativa promovida pela Lei 14.905/2024 e o entendimento firmado pela SDI-1 do TST manifestado no julgamento do RR 713-03.2010.5.04.0029, sendo o direcionamento lá estabelecido ora adotado no âmbito do TST e desta Turma, a atualização do crédito trabalhista reconhecido em juízo deverá observar o seguinte: a) fase pré-judicial: aplicação do IPCA-e para correção monetária e a TRD acumulada no período compreendido entre a data de vencimento da obrigação e o seu efetivo pagamento, a título de juros legais, conforme previsão do art. 39, caput, da Lei n. 8.177/91; b) fase judicial (a partir do ajuizamento da ação): b.1) até 29/8/2024, a incidência unicamente da taxa Selic, já englobados os juros e a correção monetária; b.2) a partir de 30/8/2024, incidência do IPCA-e divulgado pelo IBGE como índice de correção monetária e, após a apuração do montante corrigido monetariamente, incidirá a taxa de juros Selic (deduzindo-se o índice de atualização monetária: Selic menos IPCA-e), observada a taxa zero na hipótese de o resultado dessa dedução ser negativo. (ID. 7b179d6). A tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, conforme a decisão do Supremo Tribunal Federal, na Ação Direta de Constitucionalidade nº 58, firmada em sede de controle concentrado de constitucionalidade, na fase pré-judicial, o índice a ser considerado para a atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial na Justiça do Trabalho deverá ser o IPCA-E acrescido dos juros legais(art. 39, caput, da Lei 8.177, de 1991) (conforme a redação do item"6" da ementa do julgado) e, na fase judicial, ou seja, a partir do ajuizamento da ação até 29/08/2024, deve-se aplicar a taxa SELIC, ressalvados os valores eventualmente pagos, nos termos da primeira parte do item "i" da modulação do STF, vedada a dedução ou compensação de eventuais diferenças pelo critério de cálculo anterior. Já a partir de 30/08/2024, data de vigência da Lei 14.905/2024 , no cálculo da atualização monetária, será utilizado o IPCA (art. 389, parágrafo único, do Código Civil), ao passo que os juros de mora corresponderão ao resultado da subtração SELIC - IPCA (art. 406, parágrafo único, do Código Civil), inclusive com a possibilidade de não incidência (taxa "0"), nos termos do §3º do artigo 406, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: RR-671-90.2011.5.04.0231, SBDI-I, Relator Ministro Evandro Pereira Valadão Lopes, DEJT 22/11/2024; E-ED-RR-713-03.2010.5.04.0029, SBDI-I, Relator: Ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte; DEJT 25/10/2024; E-ED-RR-785-87.2013.5.04.0383, SBDI-I, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 25/10/2024; E-ED-ED-RR-183000-37.2006.5.15.0135, SBDI-I, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 25/10/2024; RRAg-11592-12.2017.5.03.0010, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 06/12/2024; RRAg-1000445-46.2018.5.02.0468, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 29/11/2024; RR-AIRR-153000-92.2008.5.15.0132, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 06/12/2024; RR-253400-70.2009.5.04.0202, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 06/12/2024; RRAg-300-34.2022.5.19.0002, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 06/12/2024; RRAg-10210-96.2018.5.03.0026, 6ª Turma, Relator Ministro Antonio Fabricio de Matos Gonçalves, DEJT 06/12/2024; RRAg-135600-33.2010.5.17.0005, 7ª Turma, Relator Ministro Evandro Pereira Valadão Lopes, DEJT 22/11/2024; RRAg-10219-69.2016.5.15.0034, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 04/12/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas quanto ao tema. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 11 de julho de 2025. Sebastião Geraldo de Oliveira Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - LEANDRO BERNARDO NASCIMENTO - BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.

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Abner Radames Sena De Deus e outros x Abner Radames Sena De Deus e outros

ID: 327124563

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0010663-02.2021.5.03.0054

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

ABNER RADAMES SENA DE DEUS GERDAU ACOMINAS S/A

Polo Passivo:

ABNER RADAMES SENA DE DEUS GERDAU ACOMINAS S/A

Notificação

Advogados:

LEILA AZEVEDO SETTE

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GIOVANA ANTONIETA MOREIRA VIOLA

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PAOLA KARINA LADEIRA BERNARDES

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LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRA ROCHOLI

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GILBERTO GONCALVES DE OLIVEIRA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relatora: JULIANA VIGNOLI CORDEIRO ROT 0010663-02.2021.5.03.0054 RECORRENTE: ABNER RADAMES SEN… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relatora: JULIANA VIGNOLI CORDEIRO ROT 0010663-02.2021.5.03.0054 RECORRENTE: ABNER RADAMES SENA DE DEUS E OUTROS (1) RECORRIDO: ABNER RADAMES SENA DE DEUS E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 36878cd proferida nos autos. RECURSO DE: GERDAU ACOMINAS S/A PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 14/04/2025 - Id c4f6497; recurso apresentado em 30/04/2025 - Id 65a6a4f). Regular a representação processual (Id 7e6895d ). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id 0601041 : R$ 20.000,00; Custas fixadas, id 0601041 : R$ 400,00; Depósito recursal recolhido no RO, id 79c1a87 : R$ 17.073,50; Custas pagas no RO: id d82877a, b2d80e0 ; Condenação no acórdão, id d2e3c34 : R$ 30.000,00; Custas no acórdão, id d2e3c34 : R$ 600,00; Depósito recursal recolhido no RR, id 316cbba : R$ 26.000,00; Custas processuais pagas no RR: id01ff1c2, a5a7b06 . PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO No que tange ao direito intertemporal - Lei 13.467/2017, o recurso de revista não pode ser admitido, porquanto a transcrição do inteiro teor do acórdão e sem destaque dos trechos controversos (ou mesmo com destaque de todo o texto, o que equivale à ausência de destaques), como procedeu a Recorrente (Id. 65a6a4f - fls. 1402/1403), não se presta a atender à exigência legal de trazer a tese central objeto da controvérsia que consubstancia o necessário prequestionamento, na forma do inciso I do §1º-A do art. 896 da CLT, eis que não permite a vinculação individual das teses impugnadas com as argumentações expostas posteriormente e a demonstração analítica das violações apontadas. É iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que a transcrição pela parte, em recurso de revista, do inteiro teor do acórdão regional, ou mesmo de seus capítulos, sem qualquer destaque, não atende ao disposto no art. 896, § 1º-A, I, da CLT, uma vez que não há, nesse caso, determinação precisa da tese regional combatida no apelo, nem o cotejo analítico de teses. Precedentes da SBDI-1 do TST. Óbice do art. 894, § 2°, da CLT, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Ag-E-ED-ED-ARR-876-97.2013.5.09.0009, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 17/08/2018; AIRR-0000653-51.2020.5.05.0611, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 09/09/2024; AIRR-0000781-34.2021.5.06.0312, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 08/08/2024; AIRR-0011200-28.2017.5.03.0057, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 11/09/2024; AIRR-0000634-60.2020.5.05.0024, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 23/08/2024; AIRR-0011682-72.2022.5.15.0022, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-10049-67.2016.5.15.0044, 6ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 26/05/2023; Ag-AIRR-103-03.2022.5.17.0013, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-1001085-95.2019.5.02.0312, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 11/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. 2.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Alegação(ões): - violação do art. 5º, II, LIV e LV da CR/88. - violação dos arts. 141, 291, 322, 324, 330, 485 e 492 do CPC e 840 da CLT. - divergência jurisprudencial. No que pertine à limitação dos valores indicados na petição inicial, consta do acórdão (Id. d2e3c34): É suficiente que os pedidos sejam individualizados na inicial com a indicação estimada do valor monetário, não se exigindo a apresentação de cálculos pormenorizados ou a apresentação de valores exatos. Afigura-se inclusive desarrazoada a exigência de que seja indicado o valor liquidado de cada pleito exordial. A indicação de valor ao pedido estabelecida no artigo 840, § 1º, da CLT (redação dada pela Lei 13.467/2017), não equivale à liquidação do título executivo, inexistindo expressa determinação no referido dispositivo de que o valor estimado dos pedidos esteja acompanhado de espelho de cálculo ou, ainda, que, na liquidação, ele se constitua um limitador para apuração das importâncias das parcelas pleiteadas. Nesse sentido, considero que as disposições da nova Lei não tiveram o condão de limitar o valor da condenação ao valor dos pedidos indicados na inicial. Na verdade, mantém-se a interpretação de que as quantias atribuídas aos pedidos da petição inicial representam apenas uma estimativa ao estabelecimento do valor de alçada do processo (art. 2º da Lei 5.584/1970 c/c art. 840, §1º, da CLT), de modo que tais valores possuem caráter informativo, não tendo o condão de vincular o juízo. Sendo a condenação ilíquida, o seu importe econômico é fixado por estimativa, inclusive para efeito de fixação das custas processuais (artigo 789, VI, e §2º, da CLT), ressalvando-se à fase de liquidação a apuração exata do crédito. Aplica-se a Tese Jurídica Prevalecente nº 16 deste Tribunal Regional. Ressalte-se que, de acordo com a Instrução Normativa n.º 41/2018 do c. TST, "Para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT , o valor da causa será estimado, observando-se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil." (Destaques acrescidos) Além disso, a SDI-1 do c. TST, em recente decisão de embargos opostos contra decisões divergentes das 2ª e 3ª Turmas daquele Tribunal Superior, de Relatoria do Exmo. Ministro Alberto Bastos Balazeiro, nos autos do processo de número Emb-RR - 555-36.2021.5.09.0024 (DEJT 07/12/2023), adotou a tese de que os valores indicados pela parte na petição inicial, que devem ser apresentados de forma líquida, constituem mera estimativa e não impõem limite ao montante da condenação. Essa decisão da SDI-I do TST foi fundamentada na já citada Instrução Normativa nº 41/2018, bem como no art. 840, §1º, da CLT e dos princípios do amplo acesso à jurisdição, da dignidade da pessoa humana e da proteção social do trabalho, previstos respectivamente nos artigos 5º, XXXV, e 1º, III e IV, da Constituição Federal. Confirme-se: (omissis) Diante do exposto, não há se falar em limitação da liquidação aos valores dos pedidos apontados na inicial. A tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas quanto ao tema. Acrescendo que inexistindo prejuízo processual à recorrente, observado o direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, não se há cogitar de violação à literalidade dos incisos LIV e LV do artigo 5º da Carta Magna. Demais, a alegada ofensa ao artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, que consagra o princípio da legalidade, não se caracteriza diretamente, como exige o artigo 896 da CLT. Eventual afronta ao dispositivo constitucional seria apenas reflexa, o que não enseja a admissibilidade do recurso de revista. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / ADICIONAL (13833) / ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 3.2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / OBRIGAÇÃO DE FAZER / NÃO FAZER 3.3 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / HONORÁRIOS PERICIAIS 3.4 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS Alegação(ões): - contrariedade às Súmulas 80 e 364 do TST. - contrariedade à Súmula 460 do STF. - violação dos arts. 1º, II e IV e 3º, II e III, art. 5º, II, LIV, LV, 7º, XXIII, 170, II, III e VI, da Constituição da República. - violação dos arts. 191, 192 e 193 da CLT. No tocante ao adicional de insalubridade - PPP - honorários periciais, consta do acórdão (Id. d2e3c34): Por outro lado, correta a determinação para a ré retificar o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) do autor, visto que preenchido em desacordo com as medições por ela realizadas. É obrigação do empregador a elaboração do PPP com dados atualizados do ambiente de trabalho, ainda que o agente insalubre seja neutralizado com o uso de EPI. Arrematando, compete ao Órgão Previdenciário averiguar a existência ou não do direito à aposentadoria especial, conforme legislação específica. Sucumbente na pretensão objeto da perícia, responde a ré pelo pagamento da verba honorária, no importe de R$1.500,00, montante que não comporta redução. O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas na revista. Não foi emitida, pelos julgadores, tese à luz da Súmula 364 do TST, ficando preclusa a oportunidade de a parte se insurgir sob o pretendido enfoque (Súmula 297 do TST). Já o deslinde da controvérsia sobre a retificação do PPP e honorários periciais/valor arbitrado transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que tais matérias são eminentemente interpretativas, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. Imprópria, portanto, a alegada afronta ao princípio da legalidade (inciso II do art. 5º da CR) e não há como aferir as demais ofensas constitucionais apontadas, pois ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação do texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. Registre-se que eventual contrariedade a Súmula do Supremo Tribunal Federal, salvo Súmula Vinculante, não se encontra entre as hipóteses de cabimento do recurso de revista previstas no artigo 896, alínea "a", da CLT. Demais, pelo trecho do acórdão recorrido transcrito pela parte em suas razões recursais (Id. 65a6a4f - fl. 1408), não há como aferir o dissenso jurisprudencial específico com Súmula do 80 do TST, por falta de observância do disposto no inciso I do §1º-A do art. 896 da CLT. É iterativa, notória e atual a jurisprudência do TST no sentido de que a transcrição de trecho insuficiente à demonstração do prequestionamento da matéria controvertida impossibilita a compreensão precisa das premissas em que o Regional se embasou para decidir o caso e, consequentemente, inviabiliza o confronto analítico de teses, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários:Ag-E-ED-Ag-ED-RR-1004-31.2011.5.05.0161, SBDI-I, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 14/05/2021; Ag-E-Ag-ARR-80667-39.2014.5.22.0003, SBDI-I, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 11/09/2020; Ag-E-RR-81600-71.2009.5.04.0202, SBDI-I, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 08/03/2019; AIRR-1001473-68.2021.5.02.0072, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-59000-05.2009.5.04.0025, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT 06/09/2024; AIRR-0010802-43.2016.5.03.0178, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Jose Godinho Delgado, DEJT 11/09/2024; RRAg-953-85.2017.5.05.0039, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 08/03/2024; RRAg-0100480-71.2021.5.01.0074, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 11/09/2024; Ag-AIRR-1129-45.2021.5.14.0404, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 06/09/2024; Ag-AIRR-20104-38.2022.5.04.0282, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-0010990-03.2022.5.15.0110, 8ª Turma, Relator Ministro Sergio Pinto Martins, DEJT 12/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. Lado outro, no que diz respeito à expedição de ofícios, o recurso de revista não pode ser admitido, uma vez que não atende ao disposto no inciso I do § 1º-A do art. 896 da CLT (incluído pela Lei n.º 13.015 de 2014), no sentido de ser ônus da parte, sob pena de não conhecimento do recurso, a indicação do trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do apelo. É inclusive iterativa, notória e atual a jurisprudência do TST no sentido de que a exigência consiste em apontar o prequestionamento, salvo vício nascido na própria decisão, e comprová-lo com a transcrição textual e destacada da tese adotada pela Turma, e de que a jurisprudência predominante no TST tem definido que o pressuposto legal não se atende com a mera indicação da folha do trecho do acórdão, da sinopse da decisão, da transcrição da ementa, da parte dispositiva ou do inteiro teor do acórdão recorrido, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Ag-E-ED-Ag-ED-RR-1004-31.2011.5.05.0161, SBDI-I, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 14/05/2021; Ag-E-Ag-ARR-80667-39.2014.5.22.0003, SBDI-I, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 11/09/2020; Ag-E-RR-81600-71.2009.5.04.0202, SBDI-I Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 08/03/2019; AIRR-0010242-74.2023.5.18.0005, 1ª Turma, Relator Ministro Luiz José Dezena da Silva, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-1650-02.2017.5.09.0652, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT 06/09/2024; AIRR-AIRR-260-38.2019.5.13.0030, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 06/09/2024; AIRR-0000976-62.2022.5.06.0351, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 23/08/2024; AIRR-10052-05.2020.5.15.0069, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 06/09/2024; Ag-AIRR-1180-92.2019.5.09.0007, 6ª Turma, Relatora Ministra Katia Magalhães Arruda, DEJT 30/08/2024; Ag-AIRR-104-34.2022.5.20.0003, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-0001465-35.2022.5.06.0146, 8ª Turma, Relator Ministro Sergio Pinto Martins, DEJT 11/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, §7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. 4.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR (14007) / INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL (14010) / CONDIÇÕES DEGRADANTES Acerca do danos extrapatrimoniais, o recurso de revista não pode ser admitido, porquanto a transcrição do inteiro teor do acórdão e sem destaque dos trechos controversos (ou mesmo com destaque de todo o texto, o que equivale à ausência de destaques), como procedeu a Recorrente (Id. - 65a6a4f - fls. 1410/1413), não se presta a atender à exigência legal de trazer a tese central objeto da controvérsia que consubstancia o necessário prequestionamento, na forma do inciso I do §1º-A do art. 896 da CLT, eis que não permite a vinculação individual das teses impugnadas com as argumentações expostas posteriormente e a demonstração analítica das violações apontadas. É iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que a transcrição pela parte, em recurso de revista, do inteiro teor do acórdão regional, ou mesmo de seus capítulos, sem qualquer destaque, não atende ao disposto no art. 896, § 1º-A, I, da CLT, uma vez que não há, nesse caso, determinação precisa da tese regional combatida no apelo, nem o cotejo analítico de teses. Precedentes da SBDI-1 do TST. Óbice do art. 894, § 2°, da CLT, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Ag-E-ED-ED-ARR-876-97.2013.5.09.0009, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 17/08/2018; AIRR-0000653-51.2020.5.05.0611, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 09/09/2024; AIRR-0000781-34.2021.5.06.0312, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 08/08/2024; AIRR-0011200-28.2017.5.03.0057, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 11/09/2024; AIRR-0000634-60.2020.5.05.0024, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 23/08/2024; AIRR-0011682-72.2022.5.15.0022, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-10049-67.2016.5.15.0044, 6ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 26/05/2023; Ag-AIRR-103-03.2022.5.17.0013, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-1001085-95.2019.5.02.0312, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 11/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. 5.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / SALÁRIO/DIFERENÇA SALARIAL (13858) / SALÁRIO POR EQUIPARAÇÃO/ISONOMIA Alegação(ões): - contrariedade à(ao): itens III e VIII da Súmula nº 6 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) incisos II e LIV do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho; inciso I do artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Sobre à equiparação salarial, consta do acórdão (Id. d2e3c34): Não se desincumbiu a ré do seu ônus probatório. Autor e paradigmas ocupavam o mesmo cargo (operador de logística), denotando que exerciam as mesmas funções. Ora, se as funções fossem diferentes, os nomes atribuídos aos cargos também deveriam ser. Irretocável a sentença: "Sobre o tema, passo à análise da prova documental. O documento de ID 3134e0f revela que o autor foi admitido em 04/07/2016 para exercer a função de operador de logística I, percebendo salário de R$1.722,00. Em 01/04/2019, passou para a função de operador de logística II, percebendo salário de R$ 2.050,00. O documento de ID e996c04 revela que o paradigma DANIEL JOSÉ DE SOUZA foi admitido em 10/08/2015 para exercer a função de operador de logísitica I, percebendo salário de R$ 1.722,00. Em 01/09/2017, passou a exercer a função de operador de logística II, percebendo salário de R$ 2.050,00. O documento de ID 8765394 revela que o paradigma FERNANDO RODRIGUES GONÇALVES foi admitido em 04/07/2016 para exercer a função de operador de logística I, percebendo salário de R$ 1.7220,00. Em 01/12/2017, passou para a função de operador de logística II, percebendo salário de R$ 2.101,00. Não foi produzida prova oral acerca do tema. Assim, a prova documental trazida aos autos revelou a identidade entre as funções do autor e dos paradigmas. Destaco que não há prova acerca da existência de quadro de carreira homologado pelo MTE na reclamada, o que torna irrelevante a nomenclatura ou gradação das funções (inicial/júnior, pleno ou sênior, ou I, II ou III). Assim, sendo idênticas as funções e não demonstradas pela reclamada diferenças qualitativas ou de produtividade entre os empregados, o que lhe competia (Súmula 6, VIII, do TST), acolho a equiparação salarial postulada. Dessa forma, condeno a reclamada a pagar ao demandante as diferenças salariais mensais resultantes do cotejo entre o valor do seu salário-base e dos paradigmas DANIEL JOSÉ DE SOUZA e FERNANDO RODRIGUES GONÇALVES, conforme se apurar em liquidação, observando-se o maior salário e a evolução salarial dos comparados, com exclusão de verbas de caráter personalíssimo, considerando-se, ainda, a irredutibilidade salarial. Registro que no salário-base do paradigma a ser considerado para cálculo das diferenças deferidas já se encontram embutidos os reajustes normativos, nada havendo a ser deferido especificamente a tal título. As diferenças aqui obtidas geram reflexos em horas extras, repouso semanal remunerado, férias + 1/3, adicional noturno, adicional de turno, aviso prévio, 13º salários e, de todos, em FGTS + 40%, observando-se o limite do pedido. Improcedem reflexos em adicional de periculosidade, uma vez que não há nos autos provas de recebimento desta parcela pelo reclamante. Improcedem reflexos em adicional de insalubridade, tendo em vista que não caracterizadas como insalubres as atividades do reclamante (conforme tópico acima). A Turma julgadora decidiu em sintonia com a Súmula 6, VIII, do TST, de forma a sobrepujar os arestos válidos que adotam tese diversa e afastar as violações apontadas. Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Demais, o entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST. Lado outro, o Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta ao dispositivo legal que rege a matéria (arts. 818, I, da CLT). Estando a decisão recorrida em consonância com o ordenamento jurídico, não há falar em ofensa ao art. 5º, II, da Constituição da República. Não há ofensa direta e literal ao inciso LIV do art. 5º da CR/1988, porquanto o princípio do devido processo legal foi devidamente assegurado à recorrente, que vem se utilizando dos meios e recursos cabíveis para discutir as questões que entende devidas - todas devidamente apreciadas por esta Especializada -, tão somente não logrando êxito em sua pretensão. 6.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS 6.2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / VALOR DA EXECUÇÃO / CÁLCULO / ATUALIZAÇÃO (9149) / JUROS Alegação(ões): - violação dos arts. 7º, XIII, XIV, XXVI, XVII e 8º, III e VI, CR/88. - violação do art. 611-A da CLT. - divergência jurisprudencial. Relativamente aos descontos previdenciários, consta do acórdão (Id. d2e3c34): As razões recursais apresentadas pela ré encontram-se bastante desatualizadas em relação à evolução da jurisprudência, visto que a ré ainda pleiteia a utilização da TR como índice de correção monetária. Correta a determinação do recolhimento fiscal e previdenciário nos moldes da Súmula 368 II e III do TST. Nada a acrescentar, diante da fragilidade das razões recursais. Nego provimento ao recurso da ré. A Turma julgadora decidiu em sintonia com a Súmula 368 do TST, de forma a sobrepujar os arestos válidos que adotam tese diversa e afastar as violações apontadas. Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Noutro giro quanto à correção monetária/juros de mora - fase pré-judicial, pelo trecho do acórdão recorrido transcrito pela parte em suas razões recursais (Id. - 65a6a4f - fl. 1420), não há como aferir as alegadas ofensas legais e/ou constitucionais, bem como o dissenso jurisprudencial específico com Súmula do TST e/ou arestos indicados, por falta de observância do disposto no inciso I do §1º-A do art. 896 da CLT. É iterativa, notória e atual a jurisprudência do TST no sentido de que a transcrição de trecho insuficiente à demonstração do prequestionamento da matéria controvertida impossibilita a compreensão precisa das premissas em que o Regional se embasou para decidir o caso e, consequentemente, inviabiliza o confronto analítico de teses, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários:Ag-E-ED-Ag-ED-RR-1004-31.2011.5.05.0161, SBDI-I, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 14/05/2021; Ag-E-Ag-ARR-80667-39.2014.5.22.0003, SBDI-I, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 11/09/2020; Ag-E-RR-81600-71.2009.5.04.0202, SBDI-I, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 08/03/2019; AIRR-1001473-68.2021.5.02.0072, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-59000-05.2009.5.04.0025, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT 06/09/2024; AIRR-0010802-43.2016.5.03.0178, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Jose Godinho Delgado, DEJT 11/09/2024; RRAg-953-85.2017.5.05.0039, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 08/03/2024; RRAg-0100480-71.2021.5.01.0074, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 11/09/2024; Ag-AIRR-1129-45.2021.5.14.0404, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 06/09/2024; Ag-AIRR-20104-38.2022.5.04.0282, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-0010990-03.2022.5.15.0110, 8ª Turma, Relator Ministro Sergio Pinto Martins, DEJT 12/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. 7.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Alegação(ões): - violação do art. 5º, II, LIV, LV e LXXIV, da CR/88. - violação do art. 818 da CLT e 373 do CPC. - divergência jurisprudencial. No que toca aos benefícios da justiça gratuita, consta do acórdão (Id. d2e3c34): A declaração de hipossuficiência coligida, não infirmada por contraprova idônea, é o suficiente para a concessão do benefício (Súmula 463 do TST e artigo 99, § 3º, do CPC). Destaco que o Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST), no julgamento do Tema 21 de Incidente Recurso de Revista Repetitivo (TST-IRR-277-83.2020.5.09.0084), assentou que a simples declaração de pobreza é o quanto basta para comprovação de insuficiência de recursos para ter acesso à Justiça gratuita, mesmo após a edição da Reforma Trabalhista. O entendimento adotado no acórdão recorrido está de acordo com a tese fixada na decisão do IncJulgRREmbRep 277-83.2020.5.09.0084 pelo Pleno do TST e publicada em 16/12/2024 (Tema 21), no sentido de que I) Independentemente de pedido da parte, o magistrado trabalhista tem o poder-dever de conceder o benefício da justiça gratuita aos litigantes que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, conforme evidenciado nos autos; II) O pedido de gratuidade de justiça, formulado por aquele que perceber salário superior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, pode ser instruído por documento particular firmado pelo interessado, nos termos da Lei n.º 7.115/1983, sob as penas do art. 299 do Código Penal; III) Havendo impugnação à pretensão pela parte contrária, acompanhada de prova, o juiz abrirá vista ao requerente do pedido de gratuidade de justiça, decidindo, após, o incidente (art. 99, § 2º, do CPC). Está também em sintonia com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que (...) a comprovação da insuficiência de recursos, para fins de concessão do benefício da justiça gratuita, pode ser feita mediante a simples declaração da parte, nos termos da Súmula 463, I/TST - mesmo nas ações ajuizadas após o início de vigência da Lei 13.467/2017 e para trabalhadores que perceberem salário além do limite previsto no art. 790, § 3º, da CLT . Para afastar a concessão do benefício, cabe, assim, à parte adversa comprovar que a parte reclamante não se encontra em situação de hipossuficiência econômica, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: E-RR-415-09.2020.5.06.0351, SBDI-I, Relator Ministro Lelio Bentes Correa, DEJT 07/10/2022; RR-1001058-72.2019.5.02.0002, 1ª Turma, Relator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT 09/02/2024; RRAg-283-53.2020.5.12.0037, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 02/09/2022; Ag-RRAg-10287-74.2019.5.18.0181, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 16/02/2024; Ag-RRAg-31-80.2020.5.21.0043, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 25/03/2022; RR-10823-67.2021.5.03.0073, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 18/08/2023; RR-11326-68.2018.5.18.0011, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 18/11/2022 e ED-RR-10444-80.2020.5.03.0132, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 28/11/2022. De acordo com os artigos 896-C, § 11, inciso I, da CLT, 927, III, do CPC e 3º, XXIII, da Instrução Normativa nº 39/2015 do TST, julgado o incidente, a tese firmada vincula todos os juízes e órgãos fracionários. Demais, não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Assim, além de estarem superados os arestos válidos que adotam teses diversas, ficam afastadas as ofensas normativas apontadas quanto ao tema. Lado outro, o Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, I e II, da CLT e 373, I e II, do CPC). Registro, ainda, que análise da admissibilidade, em relação ao tema em destaque, tratado nas razões recursais - item "V.4. DA JUSTIÇA GRATUITA" - Id. 65a6a4f - fls. 1417/1419, fica prejudicada, na medida em que transcreve trecho que não pertence ao acórdão recorrido. 8.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / SUCUMBÊNCIA (8874) / HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Alegação(ões): - violação do art. 791-A da CLT. Quanto ao percentual fixado a título de honorários advocatícios sucumbenciais, consta do acórdão (Id. d2e3c34): Por fim, mantenho o valor de 10% arbitrado na primeira instância, compatível com o trabalho realizado. A decisão recorrida considerou os critérios fixados no § 2º do art. 791-A da CLT. Assim, uma vez que a fixação do percentual dos honorários advocatícios insere-se no poder discricionário do julgador, que dispõe de livre convencimento para analisar o caso concreto, respeitados os limites legais, resta inviável o apelo, pois demandaria a reanálise do quadro fático delineado, o que não se viabiliza na esteira da Súmula 126 do TST. Nesse sentido, firmou-se a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST, a exemplo dos seguintes julgados, dentre vários: Ag-ED-AIRR-1000392-22.2022.5.02.0049, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 28/06/2024; Ag-AIRR-129-31.2021.5.21.0043, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 19/04/2024; Ag-AIRR-1001261-72.2017.5.02.0012, 3ª Turma, Relator Desembargador Convocado Marcelo Lamego Pertence, DEJT 17/05/2024; RRAg-1569-97.2017.5.10.0014, 4ª Turma, Relatora Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, DEJT 10/05/2024; AIRR-0100833-15.2021.5.01.0203, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 05/07/2024; AIRR-100550-83.2021.5.01.0011, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 21/06/2024; RRAg-903-74.2018.5.09.0019, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/04/2023 e Ag-AIRR-11380-64.2021.5.18.0161, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado Carlos Eduardo Gomes Pugliesi, DEJT 10/06/2024, de forma a atrair a incidência obstativa do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que afasta a ofensa apontada no particular. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 15 de julho de 2025. Emerson José Alves Lage Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - ABNER RADAMES SENA DE DEUS - GERDAU ACOMINAS S/A

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Abner Radames Sena De Deus e outros x Abner Radames Sena De Deus e outros

ID: 327124602

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0010663-02.2021.5.03.0054

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

ABNER RADAMES SENA DE DEUS GERDAU ACOMINAS S/A

Polo Passivo:

ABNER RADAMES SENA DE DEUS GERDAU ACOMINAS S/A

Notificação

Advogados:

LEILA AZEVEDO SETTE

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GIOVANA ANTONIETA MOREIRA VIOLA

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

PAOLA KARINA LADEIRA BERNARDES

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LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRA ROCHOLI

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GILBERTO GONCALVES DE OLIVEIRA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relatora: JULIANA VIGNOLI CORDEIRO ROT 0010663-02.2021.5.03.0054 RECORRENTE: ABNER RADAMES SEN… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relatora: JULIANA VIGNOLI CORDEIRO ROT 0010663-02.2021.5.03.0054 RECORRENTE: ABNER RADAMES SENA DE DEUS E OUTROS (1) RECORRIDO: ABNER RADAMES SENA DE DEUS E OUTROS (1) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 36878cd proferida nos autos. RECURSO DE: GERDAU ACOMINAS S/A PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 14/04/2025 - Id c4f6497; recurso apresentado em 30/04/2025 - Id 65a6a4f). Regular a representação processual (Id 7e6895d ). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id 0601041 : R$ 20.000,00; Custas fixadas, id 0601041 : R$ 400,00; Depósito recursal recolhido no RO, id 79c1a87 : R$ 17.073,50; Custas pagas no RO: id d82877a, b2d80e0 ; Condenação no acórdão, id d2e3c34 : R$ 30.000,00; Custas no acórdão, id d2e3c34 : R$ 600,00; Depósito recursal recolhido no RR, id 316cbba : R$ 26.000,00; Custas processuais pagas no RR: id01ff1c2, a5a7b06 . PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO No que tange ao direito intertemporal - Lei 13.467/2017, o recurso de revista não pode ser admitido, porquanto a transcrição do inteiro teor do acórdão e sem destaque dos trechos controversos (ou mesmo com destaque de todo o texto, o que equivale à ausência de destaques), como procedeu a Recorrente (Id. 65a6a4f - fls. 1402/1403), não se presta a atender à exigência legal de trazer a tese central objeto da controvérsia que consubstancia o necessário prequestionamento, na forma do inciso I do §1º-A do art. 896 da CLT, eis que não permite a vinculação individual das teses impugnadas com as argumentações expostas posteriormente e a demonstração analítica das violações apontadas. É iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que a transcrição pela parte, em recurso de revista, do inteiro teor do acórdão regional, ou mesmo de seus capítulos, sem qualquer destaque, não atende ao disposto no art. 896, § 1º-A, I, da CLT, uma vez que não há, nesse caso, determinação precisa da tese regional combatida no apelo, nem o cotejo analítico de teses. Precedentes da SBDI-1 do TST. Óbice do art. 894, § 2°, da CLT, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Ag-E-ED-ED-ARR-876-97.2013.5.09.0009, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 17/08/2018; AIRR-0000653-51.2020.5.05.0611, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 09/09/2024; AIRR-0000781-34.2021.5.06.0312, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 08/08/2024; AIRR-0011200-28.2017.5.03.0057, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 11/09/2024; AIRR-0000634-60.2020.5.05.0024, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 23/08/2024; AIRR-0011682-72.2022.5.15.0022, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-10049-67.2016.5.15.0044, 6ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 26/05/2023; Ag-AIRR-103-03.2022.5.17.0013, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-1001085-95.2019.5.02.0312, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 11/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. 2.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Alegação(ões): - violação do art. 5º, II, LIV e LV da CR/88. - violação dos arts. 141, 291, 322, 324, 330, 485 e 492 do CPC e 840 da CLT. - divergência jurisprudencial. No que pertine à limitação dos valores indicados na petição inicial, consta do acórdão (Id. d2e3c34): É suficiente que os pedidos sejam individualizados na inicial com a indicação estimada do valor monetário, não se exigindo a apresentação de cálculos pormenorizados ou a apresentação de valores exatos. Afigura-se inclusive desarrazoada a exigência de que seja indicado o valor liquidado de cada pleito exordial. A indicação de valor ao pedido estabelecida no artigo 840, § 1º, da CLT (redação dada pela Lei 13.467/2017), não equivale à liquidação do título executivo, inexistindo expressa determinação no referido dispositivo de que o valor estimado dos pedidos esteja acompanhado de espelho de cálculo ou, ainda, que, na liquidação, ele se constitua um limitador para apuração das importâncias das parcelas pleiteadas. Nesse sentido, considero que as disposições da nova Lei não tiveram o condão de limitar o valor da condenação ao valor dos pedidos indicados na inicial. Na verdade, mantém-se a interpretação de que as quantias atribuídas aos pedidos da petição inicial representam apenas uma estimativa ao estabelecimento do valor de alçada do processo (art. 2º da Lei 5.584/1970 c/c art. 840, §1º, da CLT), de modo que tais valores possuem caráter informativo, não tendo o condão de vincular o juízo. Sendo a condenação ilíquida, o seu importe econômico é fixado por estimativa, inclusive para efeito de fixação das custas processuais (artigo 789, VI, e §2º, da CLT), ressalvando-se à fase de liquidação a apuração exata do crédito. Aplica-se a Tese Jurídica Prevalecente nº 16 deste Tribunal Regional. Ressalte-se que, de acordo com a Instrução Normativa n.º 41/2018 do c. TST, "Para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT , o valor da causa será estimado, observando-se, no que couber, o disposto nos arts. 291 a 293 do Código de Processo Civil." (Destaques acrescidos) Além disso, a SDI-1 do c. TST, em recente decisão de embargos opostos contra decisões divergentes das 2ª e 3ª Turmas daquele Tribunal Superior, de Relatoria do Exmo. Ministro Alberto Bastos Balazeiro, nos autos do processo de número Emb-RR - 555-36.2021.5.09.0024 (DEJT 07/12/2023), adotou a tese de que os valores indicados pela parte na petição inicial, que devem ser apresentados de forma líquida, constituem mera estimativa e não impõem limite ao montante da condenação. Essa decisão da SDI-I do TST foi fundamentada na já citada Instrução Normativa nº 41/2018, bem como no art. 840, §1º, da CLT e dos princípios do amplo acesso à jurisdição, da dignidade da pessoa humana e da proteção social do trabalho, previstos respectivamente nos artigos 5º, XXXV, e 1º, III e IV, da Constituição Federal. Confirme-se: (omissis) Diante do exposto, não há se falar em limitação da liquidação aos valores dos pedidos apontados na inicial. A tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas apontadas quanto ao tema. Acrescendo que inexistindo prejuízo processual à recorrente, observado o direito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, não se há cogitar de violação à literalidade dos incisos LIV e LV do artigo 5º da Carta Magna. Demais, a alegada ofensa ao artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal, que consagra o princípio da legalidade, não se caracteriza diretamente, como exige o artigo 896 da CLT. Eventual afronta ao dispositivo constitucional seria apenas reflexa, o que não enseja a admissibilidade do recurso de revista. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / ADICIONAL (13833) / ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 3.2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / OBRIGAÇÃO DE FAZER / NÃO FAZER 3.3 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / HONORÁRIOS PERICIAIS 3.4 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS Alegação(ões): - contrariedade às Súmulas 80 e 364 do TST. - contrariedade à Súmula 460 do STF. - violação dos arts. 1º, II e IV e 3º, II e III, art. 5º, II, LIV, LV, 7º, XXIII, 170, II, III e VI, da Constituição da República. - violação dos arts. 191, 192 e 193 da CLT. No tocante ao adicional de insalubridade - PPP - honorários periciais, consta do acórdão (Id. d2e3c34): Por outro lado, correta a determinação para a ré retificar o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) do autor, visto que preenchido em desacordo com as medições por ela realizadas. É obrigação do empregador a elaboração do PPP com dados atualizados do ambiente de trabalho, ainda que o agente insalubre seja neutralizado com o uso de EPI. Arrematando, compete ao Órgão Previdenciário averiguar a existência ou não do direito à aposentadoria especial, conforme legislação específica. Sucumbente na pretensão objeto da perícia, responde a ré pelo pagamento da verba honorária, no importe de R$1.500,00, montante que não comporta redução. O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas na revista. Não foi emitida, pelos julgadores, tese à luz da Súmula 364 do TST, ficando preclusa a oportunidade de a parte se insurgir sob o pretendido enfoque (Súmula 297 do TST). Já o deslinde da controvérsia sobre a retificação do PPP e honorários periciais/valor arbitrado transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que tais matérias são eminentemente interpretativas, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. Imprópria, portanto, a alegada afronta ao princípio da legalidade (inciso II do art. 5º da CR) e não há como aferir as demais ofensas constitucionais apontadas, pois ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação do texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. Registre-se que eventual contrariedade a Súmula do Supremo Tribunal Federal, salvo Súmula Vinculante, não se encontra entre as hipóteses de cabimento do recurso de revista previstas no artigo 896, alínea "a", da CLT. Demais, pelo trecho do acórdão recorrido transcrito pela parte em suas razões recursais (Id. 65a6a4f - fl. 1408), não há como aferir o dissenso jurisprudencial específico com Súmula do 80 do TST, por falta de observância do disposto no inciso I do §1º-A do art. 896 da CLT. É iterativa, notória e atual a jurisprudência do TST no sentido de que a transcrição de trecho insuficiente à demonstração do prequestionamento da matéria controvertida impossibilita a compreensão precisa das premissas em que o Regional se embasou para decidir o caso e, consequentemente, inviabiliza o confronto analítico de teses, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários:Ag-E-ED-Ag-ED-RR-1004-31.2011.5.05.0161, SBDI-I, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 14/05/2021; Ag-E-Ag-ARR-80667-39.2014.5.22.0003, SBDI-I, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 11/09/2020; Ag-E-RR-81600-71.2009.5.04.0202, SBDI-I, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 08/03/2019; AIRR-1001473-68.2021.5.02.0072, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-59000-05.2009.5.04.0025, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT 06/09/2024; AIRR-0010802-43.2016.5.03.0178, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Jose Godinho Delgado, DEJT 11/09/2024; RRAg-953-85.2017.5.05.0039, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 08/03/2024; RRAg-0100480-71.2021.5.01.0074, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 11/09/2024; Ag-AIRR-1129-45.2021.5.14.0404, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 06/09/2024; Ag-AIRR-20104-38.2022.5.04.0282, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-0010990-03.2022.5.15.0110, 8ª Turma, Relator Ministro Sergio Pinto Martins, DEJT 12/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. Lado outro, no que diz respeito à expedição de ofícios, o recurso de revista não pode ser admitido, uma vez que não atende ao disposto no inciso I do § 1º-A do art. 896 da CLT (incluído pela Lei n.º 13.015 de 2014), no sentido de ser ônus da parte, sob pena de não conhecimento do recurso, a indicação do trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do apelo. É inclusive iterativa, notória e atual a jurisprudência do TST no sentido de que a exigência consiste em apontar o prequestionamento, salvo vício nascido na própria decisão, e comprová-lo com a transcrição textual e destacada da tese adotada pela Turma, e de que a jurisprudência predominante no TST tem definido que o pressuposto legal não se atende com a mera indicação da folha do trecho do acórdão, da sinopse da decisão, da transcrição da ementa, da parte dispositiva ou do inteiro teor do acórdão recorrido, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Ag-E-ED-Ag-ED-RR-1004-31.2011.5.05.0161, SBDI-I, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 14/05/2021; Ag-E-Ag-ARR-80667-39.2014.5.22.0003, SBDI-I, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 11/09/2020; Ag-E-RR-81600-71.2009.5.04.0202, SBDI-I Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 08/03/2019; AIRR-0010242-74.2023.5.18.0005, 1ª Turma, Relator Ministro Luiz José Dezena da Silva, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-1650-02.2017.5.09.0652, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT 06/09/2024; AIRR-AIRR-260-38.2019.5.13.0030, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 06/09/2024; AIRR-0000976-62.2022.5.06.0351, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 23/08/2024; AIRR-10052-05.2020.5.15.0069, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 06/09/2024; Ag-AIRR-1180-92.2019.5.09.0007, 6ª Turma, Relatora Ministra Katia Magalhães Arruda, DEJT 30/08/2024; Ag-AIRR-104-34.2022.5.20.0003, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-0001465-35.2022.5.06.0146, 8ª Turma, Relator Ministro Sergio Pinto Martins, DEJT 11/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, §7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. 4.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR (14007) / INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL (14010) / CONDIÇÕES DEGRADANTES Acerca do danos extrapatrimoniais, o recurso de revista não pode ser admitido, porquanto a transcrição do inteiro teor do acórdão e sem destaque dos trechos controversos (ou mesmo com destaque de todo o texto, o que equivale à ausência de destaques), como procedeu a Recorrente (Id. - 65a6a4f - fls. 1410/1413), não se presta a atender à exigência legal de trazer a tese central objeto da controvérsia que consubstancia o necessário prequestionamento, na forma do inciso I do §1º-A do art. 896 da CLT, eis que não permite a vinculação individual das teses impugnadas com as argumentações expostas posteriormente e a demonstração analítica das violações apontadas. É iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que a transcrição pela parte, em recurso de revista, do inteiro teor do acórdão regional, ou mesmo de seus capítulos, sem qualquer destaque, não atende ao disposto no art. 896, § 1º-A, I, da CLT, uma vez que não há, nesse caso, determinação precisa da tese regional combatida no apelo, nem o cotejo analítico de teses. Precedentes da SBDI-1 do TST. Óbice do art. 894, § 2°, da CLT, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Ag-E-ED-ED-ARR-876-97.2013.5.09.0009, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 17/08/2018; AIRR-0000653-51.2020.5.05.0611, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 09/09/2024; AIRR-0000781-34.2021.5.06.0312, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 08/08/2024; AIRR-0011200-28.2017.5.03.0057, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 11/09/2024; AIRR-0000634-60.2020.5.05.0024, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 23/08/2024; AIRR-0011682-72.2022.5.15.0022, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-10049-67.2016.5.15.0044, 6ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 26/05/2023; Ag-AIRR-103-03.2022.5.17.0013, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-1001085-95.2019.5.02.0312, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 11/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. 5.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / SALÁRIO/DIFERENÇA SALARIAL (13858) / SALÁRIO POR EQUIPARAÇÃO/ISONOMIA Alegação(ões): - contrariedade à(ao): itens III e VIII da Súmula nº 6 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) incisos II e LIV do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho; inciso I do artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Sobre à equiparação salarial, consta do acórdão (Id. d2e3c34): Não se desincumbiu a ré do seu ônus probatório. Autor e paradigmas ocupavam o mesmo cargo (operador de logística), denotando que exerciam as mesmas funções. Ora, se as funções fossem diferentes, os nomes atribuídos aos cargos também deveriam ser. Irretocável a sentença: "Sobre o tema, passo à análise da prova documental. O documento de ID 3134e0f revela que o autor foi admitido em 04/07/2016 para exercer a função de operador de logística I, percebendo salário de R$1.722,00. Em 01/04/2019, passou para a função de operador de logística II, percebendo salário de R$ 2.050,00. O documento de ID e996c04 revela que o paradigma DANIEL JOSÉ DE SOUZA foi admitido em 10/08/2015 para exercer a função de operador de logísitica I, percebendo salário de R$ 1.722,00. Em 01/09/2017, passou a exercer a função de operador de logística II, percebendo salário de R$ 2.050,00. O documento de ID 8765394 revela que o paradigma FERNANDO RODRIGUES GONÇALVES foi admitido em 04/07/2016 para exercer a função de operador de logística I, percebendo salário de R$ 1.7220,00. Em 01/12/2017, passou para a função de operador de logística II, percebendo salário de R$ 2.101,00. Não foi produzida prova oral acerca do tema. Assim, a prova documental trazida aos autos revelou a identidade entre as funções do autor e dos paradigmas. Destaco que não há prova acerca da existência de quadro de carreira homologado pelo MTE na reclamada, o que torna irrelevante a nomenclatura ou gradação das funções (inicial/júnior, pleno ou sênior, ou I, II ou III). Assim, sendo idênticas as funções e não demonstradas pela reclamada diferenças qualitativas ou de produtividade entre os empregados, o que lhe competia (Súmula 6, VIII, do TST), acolho a equiparação salarial postulada. Dessa forma, condeno a reclamada a pagar ao demandante as diferenças salariais mensais resultantes do cotejo entre o valor do seu salário-base e dos paradigmas DANIEL JOSÉ DE SOUZA e FERNANDO RODRIGUES GONÇALVES, conforme se apurar em liquidação, observando-se o maior salário e a evolução salarial dos comparados, com exclusão de verbas de caráter personalíssimo, considerando-se, ainda, a irredutibilidade salarial. Registro que no salário-base do paradigma a ser considerado para cálculo das diferenças deferidas já se encontram embutidos os reajustes normativos, nada havendo a ser deferido especificamente a tal título. As diferenças aqui obtidas geram reflexos em horas extras, repouso semanal remunerado, férias + 1/3, adicional noturno, adicional de turno, aviso prévio, 13º salários e, de todos, em FGTS + 40%, observando-se o limite do pedido. Improcedem reflexos em adicional de periculosidade, uma vez que não há nos autos provas de recebimento desta parcela pelo reclamante. Improcedem reflexos em adicional de insalubridade, tendo em vista que não caracterizadas como insalubres as atividades do reclamante (conforme tópico acima). A Turma julgadora decidiu em sintonia com a Súmula 6, VIII, do TST, de forma a sobrepujar os arestos válidos que adotam tese diversa e afastar as violações apontadas. Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Demais, o entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST. Lado outro, o Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta ao dispositivo legal que rege a matéria (arts. 818, I, da CLT). Estando a decisão recorrida em consonância com o ordenamento jurídico, não há falar em ofensa ao art. 5º, II, da Constituição da República. Não há ofensa direta e literal ao inciso LIV do art. 5º da CR/1988, porquanto o princípio do devido processo legal foi devidamente assegurado à recorrente, que vem se utilizando dos meios e recursos cabíveis para discutir as questões que entende devidas - todas devidamente apreciadas por esta Especializada -, tão somente não logrando êxito em sua pretensão. 6.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS 6.2 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / LIQUIDAÇÃO / CUMPRIMENTO / EXECUÇÃO (9148) / VALOR DA EXECUÇÃO / CÁLCULO / ATUALIZAÇÃO (9149) / JUROS Alegação(ões): - violação dos arts. 7º, XIII, XIV, XXVI, XVII e 8º, III e VI, CR/88. - violação do art. 611-A da CLT. - divergência jurisprudencial. Relativamente aos descontos previdenciários, consta do acórdão (Id. d2e3c34): As razões recursais apresentadas pela ré encontram-se bastante desatualizadas em relação à evolução da jurisprudência, visto que a ré ainda pleiteia a utilização da TR como índice de correção monetária. Correta a determinação do recolhimento fiscal e previdenciário nos moldes da Súmula 368 II e III do TST. Nada a acrescentar, diante da fragilidade das razões recursais. Nego provimento ao recurso da ré. A Turma julgadora decidiu em sintonia com a Súmula 368 do TST, de forma a sobrepujar os arestos válidos que adotam tese diversa e afastar as violações apontadas. Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Noutro giro quanto à correção monetária/juros de mora - fase pré-judicial, pelo trecho do acórdão recorrido transcrito pela parte em suas razões recursais (Id. - 65a6a4f - fl. 1420), não há como aferir as alegadas ofensas legais e/ou constitucionais, bem como o dissenso jurisprudencial específico com Súmula do TST e/ou arestos indicados, por falta de observância do disposto no inciso I do §1º-A do art. 896 da CLT. É iterativa, notória e atual a jurisprudência do TST no sentido de que a transcrição de trecho insuficiente à demonstração do prequestionamento da matéria controvertida impossibilita a compreensão precisa das premissas em que o Regional se embasou para decidir o caso e, consequentemente, inviabiliza o confronto analítico de teses, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários:Ag-E-ED-Ag-ED-RR-1004-31.2011.5.05.0161, SBDI-I, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 14/05/2021; Ag-E-Ag-ARR-80667-39.2014.5.22.0003, SBDI-I, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 11/09/2020; Ag-E-RR-81600-71.2009.5.04.0202, SBDI-I, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT 08/03/2019; AIRR-1001473-68.2021.5.02.0072, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 10/09/2024; Ag-AIRR-59000-05.2009.5.04.0025, 2ª Turma, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT 06/09/2024; AIRR-0010802-43.2016.5.03.0178, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Jose Godinho Delgado, DEJT 11/09/2024; RRAg-953-85.2017.5.05.0039, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 08/03/2024; RRAg-0100480-71.2021.5.01.0074, 5ª Turma, Relatora Ministra Morgana de Almeida Richa, DEJT 11/09/2024; Ag-AIRR-1129-45.2021.5.14.0404, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 06/09/2024; Ag-AIRR-20104-38.2022.5.04.0282, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 06/09/2024 e AIRR-0010990-03.2022.5.15.0110, 8ª Turma, Relator Ministro Sergio Pinto Martins, DEJT 12/09/2024, de forma a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da CLT c/c Súmula 333 do TST. 7.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA Alegação(ões): - violação do art. 5º, II, LIV, LV e LXXIV, da CR/88. - violação do art. 818 da CLT e 373 do CPC. - divergência jurisprudencial. No que toca aos benefícios da justiça gratuita, consta do acórdão (Id. d2e3c34): A declaração de hipossuficiência coligida, não infirmada por contraprova idônea, é o suficiente para a concessão do benefício (Súmula 463 do TST e artigo 99, § 3º, do CPC). Destaco que o Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST), no julgamento do Tema 21 de Incidente Recurso de Revista Repetitivo (TST-IRR-277-83.2020.5.09.0084), assentou que a simples declaração de pobreza é o quanto basta para comprovação de insuficiência de recursos para ter acesso à Justiça gratuita, mesmo após a edição da Reforma Trabalhista. O entendimento adotado no acórdão recorrido está de acordo com a tese fixada na decisão do IncJulgRREmbRep 277-83.2020.5.09.0084 pelo Pleno do TST e publicada em 16/12/2024 (Tema 21), no sentido de que I) Independentemente de pedido da parte, o magistrado trabalhista tem o poder-dever de conceder o benefício da justiça gratuita aos litigantes que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, conforme evidenciado nos autos; II) O pedido de gratuidade de justiça, formulado por aquele que perceber salário superior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, pode ser instruído por documento particular firmado pelo interessado, nos termos da Lei n.º 7.115/1983, sob as penas do art. 299 do Código Penal; III) Havendo impugnação à pretensão pela parte contrária, acompanhada de prova, o juiz abrirá vista ao requerente do pedido de gratuidade de justiça, decidindo, após, o incidente (art. 99, § 2º, do CPC). Está também em sintonia com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que (...) a comprovação da insuficiência de recursos, para fins de concessão do benefício da justiça gratuita, pode ser feita mediante a simples declaração da parte, nos termos da Súmula 463, I/TST - mesmo nas ações ajuizadas após o início de vigência da Lei 13.467/2017 e para trabalhadores que perceberem salário além do limite previsto no art. 790, § 3º, da CLT . Para afastar a concessão do benefício, cabe, assim, à parte adversa comprovar que a parte reclamante não se encontra em situação de hipossuficiência econômica, a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: E-RR-415-09.2020.5.06.0351, SBDI-I, Relator Ministro Lelio Bentes Correa, DEJT 07/10/2022; RR-1001058-72.2019.5.02.0002, 1ª Turma, Relator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, DEJT 09/02/2024; RRAg-283-53.2020.5.12.0037, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 02/09/2022; Ag-RRAg-10287-74.2019.5.18.0181, 3ª Turma, Relator Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 16/02/2024; Ag-RRAg-31-80.2020.5.21.0043, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 25/03/2022; RR-10823-67.2021.5.03.0073, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 18/08/2023; RR-11326-68.2018.5.18.0011, 7ª Turma, Relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, DEJT 18/11/2022 e ED-RR-10444-80.2020.5.03.0132, 8ª Turma, Relatora Ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, DEJT 28/11/2022. De acordo com os artigos 896-C, § 11, inciso I, da CLT, 927, III, do CPC e 3º, XXIII, da Instrução Normativa nº 39/2015 do TST, julgado o incidente, a tese firmada vincula todos os juízes e órgãos fracionários. Demais, não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Assim, além de estarem superados os arestos válidos que adotam teses diversas, ficam afastadas as ofensas normativas apontadas quanto ao tema. Lado outro, o Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, I e II, da CLT e 373, I e II, do CPC). Registro, ainda, que análise da admissibilidade, em relação ao tema em destaque, tratado nas razões recursais - item "V.4. DA JUSTIÇA GRATUITA" - Id. 65a6a4f - fls. 1417/1419, fica prejudicada, na medida em que transcreve trecho que não pertence ao acórdão recorrido. 8.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / SUCUMBÊNCIA (8874) / HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Alegação(ões): - violação do art. 791-A da CLT. Quanto ao percentual fixado a título de honorários advocatícios sucumbenciais, consta do acórdão (Id. d2e3c34): Por fim, mantenho o valor de 10% arbitrado na primeira instância, compatível com o trabalho realizado. A decisão recorrida considerou os critérios fixados no § 2º do art. 791-A da CLT. Assim, uma vez que a fixação do percentual dos honorários advocatícios insere-se no poder discricionário do julgador, que dispõe de livre convencimento para analisar o caso concreto, respeitados os limites legais, resta inviável o apelo, pois demandaria a reanálise do quadro fático delineado, o que não se viabiliza na esteira da Súmula 126 do TST. Nesse sentido, firmou-se a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST, a exemplo dos seguintes julgados, dentre vários: Ag-ED-AIRR-1000392-22.2022.5.02.0049, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 28/06/2024; Ag-AIRR-129-31.2021.5.21.0043, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 19/04/2024; Ag-AIRR-1001261-72.2017.5.02.0012, 3ª Turma, Relator Desembargador Convocado Marcelo Lamego Pertence, DEJT 17/05/2024; RRAg-1569-97.2017.5.10.0014, 4ª Turma, Relatora Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, DEJT 10/05/2024; AIRR-0100833-15.2021.5.01.0203, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 05/07/2024; AIRR-100550-83.2021.5.01.0011, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 21/06/2024; RRAg-903-74.2018.5.09.0019, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/04/2023 e Ag-AIRR-11380-64.2021.5.18.0161, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado Carlos Eduardo Gomes Pugliesi, DEJT 10/06/2024, de forma a atrair a incidência obstativa do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que afasta a ofensa apontada no particular. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 15 de julho de 2025. Emerson José Alves Lage Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - ABNER RADAMES SENA DE DEUS - GERDAU ACOMINAS S/A

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Cogna Educacao S.A e outros x Cogna Educacao S.A e outros

ID: 327127829

Tribunal: TRT3 Órgão: Recurso de Revista Classe: RECURSO ORDINáRIO TRABALHISTA Nº Processo: 0010057-95.2023.5.03.0185

Data de Disponibilização: 16/07/2025

Polo Ativo:

COGNA EDUCACAO S.A JOAO DA ROCHA MEDRADO NETO ORME SERVICOS EDUCACIONAIS LTDA PITAGORAS - SISTEMA DE EDUCACAO SUPERIOR SOCIEDADE LTDA

Polo Passivo:

COGNA EDUCACAO S.A JOAO DA ROCHA MEDRADO NETO ORME SERVICOS EDUCACIONAIS LTDA PITAGORAS - SISTEMA DE EDUCACAO SUPERIOR SOCIEDADE LTDA

Notificação

Advogados:

CONRADO GONZAGA CARSALADE

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

TATIANE DE CICCO NASCIMBEM CHADID

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

ALEX DYLAN FREITAS SILVA

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

JOAO BATISTA PEREIRA NETO

OAB/SP XXXXXX Desbloquear

RAFAEL ANDRADE PENA

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

CARLOS HENRIQUE SOARES

OAB/MG XXXXXX Desbloquear

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relatora: Maria Cristina Diniz Caixeta ROT 0010057-95.2023.5.03.0185 RECORRENTE: JOAO DA ROCHA… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO ANÁLISE DE RECURSO Relatora: Maria Cristina Diniz Caixeta ROT 0010057-95.2023.5.03.0185 RECORRENTE: JOAO DA ROCHA MEDRADO NETO E OUTROS (3) RECORRIDO: JOAO DA ROCHA MEDRADO NETO E OUTROS (3) INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID f796916 proferida nos autos. RECURSO DE: JOAO DA ROCHA MEDRADO NETO RECURSO DE REVISTA O recurso será analisado nos termos das alíneas "a" e "c" do art. 896 da CLT, isto é, se a parte demonstra divergência jurisprudencial válida e específica e/ou comprova a existência de contrariedade à Súmula de jurisprudência uniforme do TST e/ou Súmula Vinculante do STF e/ou violação literal e direta de qualquer dispositivo de lei federal e/ou da Constituição da República. PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 25/04/2025 - Id ce43d12; recurso apresentado em 07/05/2025 - Id 7fecbdb). Regular a representação processual (Id b6fe208 ). Preparo dispensado (Id 534e44c, c0e339b ). PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PROCESSO E PROCEDIMENTO (8960) / PROVAS (8990) / DOCUMENTAL Alegação(ões): - violação da(o) artigos 396 e 400 do Código de Processo Civil de 2015. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Em primeiro lugar, não houve intimação específica para a reclamada juntar documentos ao feito, sob as penas do art. 400/CPC. Por outro lado, na ata de fls. 1649/1658, o autor consentiu com o encerramento da instrução processual, sem protestar pela aplicação da penalidade vindicada. Assim, já se operou a preclusão." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. Por não se prestarem a infirmar as exatas premissas fáticas expostas pelo Colegiado, a exemplo daquelas exaradas no transcrito excerto do acórdão, acrescento que são inespecíficos os arestos válidos colacionados pela recorrente. O seguimento do recurso nesse ponto encontra óbice na Súmula 296 do TST. 2.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO (13707) / UNICIDADE CONTRATUAL Alegação(ões): - violação da(o) artigos 2, 9, 452 e 453 da Consolidação das Leis do Trabalho; §2º do artigo 11 da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Não altera tal conclusão o fato de o autor ter prestado serviços a mais de uma empresa do grupo econômico, sendo relevante, na hipótese, apenas a continuidade da prestação dos serviços, o que não restou comprovado. Outrossim, em relação aos dois primeiros contratos de trabalho, o reclamante recebeu todas as verbas rescisórias pertinentes (fls. 1153 e 1230), não havendo prova contundente de que as rescisões tenham sido fraudulentas." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. Considerando que, conforme a Resolução 225/2025, de 30/06/2025, o Tribunal Pleno do TST cancelou as Súmulas 294 e 452, por perda de eficácia a partir de 11/11/2017, pela Lei n. 13.467/2017, não há como aferir a contrariedade alegada a ela. Por não se prestarem a infirmar as exatas premissas fáticas expostas pelo Colegiado, a exemplo daquelas exaradas no transcrito excerto do acórdão, acrescento que são inespecíficos os arestos válidos colacionados pela recorrente. (Súmula 296 do TST). Os arestos trazidos à colação, provenientes de Turmas do TST, deste Tribunal ou de órgãos não mencionados na alínea "a" do art. 896 da CLT, não se prestam ao confronto de teses. A análise da admissibilidade, em relação às verbas rescisórias, fica prejudicada, porque vinculada ao tema sub judice. 3.1 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NO DIREITO DO TRABALHO (12942) / PRESCRIÇÃO Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 156 do Tribunal Superior do Trabalho. - contrariedade à (ao): Orientação Jurisprudencial nº 83 da SBDI-I/TST. - violação da(o) inciso VI do artigo 7º da Constituição da República. - violação da(o) caput do artigo 3º da Lei nº 14010/2020. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, por contrariedade à Súmula 156 do TST ou à OJ 83 da SDI-1 do TST, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Uma vez rechaçada a tese de contrato único, mantém-se a sentença de origem que indeferiu os pedidos fulcrados no primeiro e segundo contratos de trabalho." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. Não há como aferir as ofensas constitucionais apontadas, pois a análise da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição, exigindo que se interprete o conteúdo da legislação infraconstitucional. Por isso, ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. São inespecíficos os arestos válidos colacionados, porque não abordam as mesmas premissas salientadas pela Turma julgadora. 4.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / SALÁRIO/DIFERENÇA SALARIAL (13858) / PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS Alegação(ões): - violação da(o) inciso II do artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho; inciso II do artigo 373 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "(...) Consoante regramento acima transcrito, a promoção para a classe B depende, além da titulação, da existência de vaga divulgada pela área de recursos humanos e da aprovação no processo seletivo. No caso dos autos, o Reclamante foi contratado para o nível A da carreira (p. 1233). Em que pese o autor apresentar a titulação de mestre (p. 24), não comprovou os demais requisitos para obtenção da promoção, quais sejam: existência da vaga na classe B da carreira e participação em processo seletivo (cláusula 7.1, I do plano, p. 686). Pelo exposto, considerando que o autor não se desincumbiu do ônus de provar os fatos constitutivos de seu direito (art. 818, I, da CLT), são improcedentes as pretensões correlatas. (...) Frise-se que a pretensão de que o autor fosse admitido como Docente B é fundamentada no Plano de Cargos e Salários firmado pela PITÁGORAS SISTEMA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR SOCIEDADE LTDA (fl. 613 e seguintes), o qual, todavia, trata-se de estabelecimentos de ensino no qual o reclamante não prestou serviço, vez que a contratação relativa ao terceiro pacto laboral foi firmada com a ORME SERVICOS EDUCACIONAIS LTDA. (TRCT, fl. 1308)." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, I e II, da CLT e 373, I e II, do CPC). Por não se prestarem a infirmar as exatas premissas fáticas expostas pelo Colegiado, a exemplo daquelas exaradas no transcrito excerto do acórdão, acrescento que são inespecíficos os arestos válidos colacionados pela recorrente. O seguimento do recurso nesse ponto encontra óbice na Súmula 296 do TST. 5.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CATEGORIA PROFISSIONAL ESPECIAL (13641) / PROFESSORES 5.2 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / VERBAS REMUNERATÓRIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS (13831) / ADICIONAL Alegação(ões): - violação da(o) inciso XXVI do artigo 7º da Constituição da República. - violação da(o) artigos 396 e 400 do Código de Processo Civil de 2015; inciso II do artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Importante registrar que, em se tratando de prova oral, a proximidade do Juiz de primeiro grau com a prova deve ser prestigiada pelo princípio da imediatidade. Isso porque ele teve contato direto com as partes e testemunhas, pode ponderar sobre as reações, a entonação da voz, os gestos e demais particularidades dos depoimentos, que somente a percepção humana, por todos os seus sentidos, pode aferir. Ademais, a não exibição dos diários de turma pela reclamada não implica os efeitos pretendidos pelo recorrente, porquanto a ré não foi intimada para apresentar a documentação, sob as penas do art. 400 do CPC." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, I e II, da CLT e 373, I e II, do CPC). O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. Não há como aferir as ofensas constitucionais apontadas, pois a análise da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição, exigindo que se interprete o conteúdo da legislação infraconstitucional. Por isso, ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. O recurso de revista não se viabiliza por divergência jurisprudencial, porque não há identidade entre a premissa fática delineada no acórdão e aquelas retratadas nos arestos paradigmas. Aplica-se o item I da Súmula nº 296 do TST. 6.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CATEGORIA PROFISSIONAL ESPECIAL (13641) / PROFESSORES (13667) / ATIVIDADE EXTRACLASSE Alegação(ões): - contrariedade à(ao): item I da Súmula nº 338 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) inciso XXVI do artigo 7º da Constituição da República. - violação da(o) inciso II do artigo 373 do Código de Processo Civil de 2015; artigo 400 do Código de Processo Civil de 2015; §3º do artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, por contrariedade ao item I da Súmula 338 do TST, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "(...) Deve-se observar, ainda, que, nos contracheques anexados aos feito, o autor recebeu, durante o contrato, valores sob as rubricas “salário mensal professor” e “atividade extraclasse” (p. 1272 e seguintes). Extrai-se das normas coletivas que o adicional extraclasse é pago ao professor pela efetiva execução das atividades extraclasse (v.g. cláusula 11ª da CCT 2020/2021 - p. 808). A definição de atividades extraclasse encontra-se no inciso XI da cláusula 47ª da CCT 2020/2021, por exemplo (p. 828): “XI – Atividade Extraclasse: a inerente ao trabalho docente, relativo a classes regulares sob a responsabilidade do professor e realizados fora de seu horário de aulas”. (...) Nesse contexto, uma vez que não há nos autos cartões de ponto e diante das várias atividades elencadas na inicial, mas também em observância aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, deve ser arbitrada a quantidade de 06 (seis) horas extras semanais ao autor, suficientes para desempenhar as atividades descritas, além da carga horária regular. (...) De início, registre-se que a reclamada não trouxe aos autos os controles de jornada, invertendo-se o ônus da prova, de acordo com a súmula 338, III, do colendo TST, presumindo-se verdadeira as alegações iniciais, as quais, contudo, devem ser analisadas em cotejo com as provas produzidas nos autos, sem se olvidar do princípio da razoabilidade. No particular, observo que os contracheques indicam que o autor era remunerado pelo desempenho de atividades extra classe (fl. 1272 e seguintes), conforme previsto nas normas coletivas, parcela que já remunera parte das atividades descritas pelo autor, como, por exemplo, reunião de curso, elaboração de material didático, aplicação e correção de provas de disciplina interativa. Não bastasse, entendo que as inúmeras atividades descritas pelo reclamante mostram-se exorbitantes, distanciam-se da razoabilidade e não foram objeto de prova robusta. Com efeito, conforme ponderado pelo julgador de origem, “a prova testemunhal não se mostrou segura para demonstração da efetiva jornada de trabalho do autor. As várias contradições apresentadas permitem que haja o afastamento de tal meio de prova para fins de jornada de trabalho” (fl. 1685). E, nos termos fundamentados no tópico anterior, as impressões do juiz sentenciante acerca da prova oral devem ser consideradas, privilegiando-se o princípio da imediatidade ou da imediação. Por esta mesma razão, não há amparo à tese recursal das reclamadas de que as testemunhas indicadas por elas teriam afastado o labor extraordinário do reclamante." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, I e II, da CLT e 373, I e II, do CPC). O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. Não há como aferir as ofensas constitucionais apontadas, pois a análise da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição, exigindo que se interprete o conteúdo da legislação infraconstitucional. Por isso, ainda que se considerasse a possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de revista, conforme reiterada jurisprudência do TST. Por não se prestarem a infirmar as exatas premissas fáticas expostas pelo Colegiado, a exemplo daquelas exaradas no transcrito excerto do acórdão, acrescento que são inespecíficos os arestos válidos colacionados pela recorrente. O seguimento do recurso nesse ponto encontra óbice na Súmula 296 do TST. 7.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / SUCUMBÊNCIA (8874) / HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Alegação(ões): - violação da(o) §11 do artigo 85 do Código de Processo Civil de 2015; artigo 791-A da Consolidação das Leis do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Por fim, o percentual fixado na origem (10%) não merece reforma, pois é condizente com os critérios estabelecidos no § 2º do art. 791-A da CLT e mostra-se até mesmo superior aos parâmetros usualmente adotados por esta turma julgadora, pelo o que não comporta majoração." Com relação ao percentual fixado a título de honorários advocatícios sucumbenciais, a decisão recorrida considerou os critérios fixados no § 2º do art. 791-A da CLT. Assim, uma vez que a fixação do percentual dos honorários advocatícios insere-se no poder discricionário do julgador, que dispõe de livre convencimento para analisar o caso concreto, respeitados os limites legais, resta inviável o apelo, pois demandaria a reanálise do quadro fático delineado, o que não se viabiliza na esteira da Súmula 126 do TST. Nesse sentido, firmou-se a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST, a exemplo dos seguintes julgados, dentre vários: Ag-ED-AIRR-1000392-22.2022.5.02.0049, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 28/06/2024; Ag-AIRR-129-31.2021.5.21.0043, 2ª Turma, Relatora Desembargadora Convocada Margareth Rodrigues Costa, DEJT 19/04/2024; Ag-AIRR-1001261-72.2017.5.02.0012, 3ª Turma, Relator Desembargador Convocado Marcelo Lamego Pertence, DEJT 17/05/2024; RRAg-1569-97.2017.5.10.0014, 4ª Turma, Relatora Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, DEJT 10/05/2024; AIRR-0100833-15.2021.5.01.0203, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 05/07/2024; AIRR-100550-83.2021.5.01.0011, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 21/06/2024; RRAg-903-74.2018.5.09.0019, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/04/2023 e Ag-AIRR-11380-64.2021.5.18.0161, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado Carlos Eduardo Gomes Pugliesi, DEJT 10/06/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas e contrariedades a verbetes jurisprudenciais apontadas quanto ao tema. No mais, é iterativa, notória e atual a jurisprudência do TST no sentido de que, a despeito do disposto no art. 85, §11, do CPC, eventual aumento do percentual fixado a título de honorários advocatícios sucumbenciais não é direito absoluto da parte, mas uma faculdade do Tribunal de origem, que examinará, caso a caso, a pertinência devida, de acordo com os §§ 2º a 6º do art. 85 do CPC, a exemplo dos seguintes julgados, dentre vários: AIRR-11872-40.2019.5.15.0022, 1ª Turma, Relator Ministro Luiz José Dezena da Silva, DEJT 12/12/2023; Ag-AIRR-108-30.2021.5.11.0012, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 24/11/2023; Ag-AIRR-20415-81.2020.5.04.0352, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 24/11/2023; Ag-RRAg-10232-65.2021.5.18.0016, 4ª Turma, Relator Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 11/09/2023; RR-10748-84.2019.5.15.0066, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 17/02/2023; Ag-AIRR-1001176-31.2021.5.02.0082, 6ª Turma, Relator Desembargador Convocado Jose Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 10/11/2023; ED-Ag-AIRR-372-08.2020.5.10.0013, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 05/05/2023 e Ag-AIRR-871-25.2019.5.06.0017, 8ª Turma, Relator Ministro Sergio Pinto Martins, DEJT 11/10/2023, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas e contrariedades a verbetes jurisprudenciais apontadas quanto ao tema. 8.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / PARTES E PROCURADORES (8842) / SUCUMBÊNCIA (8874) / HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (10655) / SUCUMBENCIAIS Alegação(ões): - violação da(o) inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição da República. - violação da(o) §4º do artigo 791-A da Consolidação das Leis do Trabalho; §14 do artigo 85 do Código de Processo Civil de 2015; §2º do artigo 98 do Código de Processo Civil de 2015. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Quanto aos honorários devidos pelo reclamante, beneficiário da justiça gratuita, o e. STF, em decisão declaratória publicada em 29/6/2022, esclareceu que foi preservada a parte final do referido § 4º do art. 791-A da CLT, remanescendo a possibilidade de condenação do beneficiário de justiça gratuita ao pagamento de honorários de sucumbência, com suspensão da exigibilidade do crédito, o qual poderá ser executado se, no período de 2 (dois) anos, provar-se o afastamento da hipossuficiência econômica: (...) Entende-se possível, portanto, a condenação do beneficiário da justiça gratuita ao pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais, sendo que a sua execução atrai a condição suspensiva de exigibilidade prevista na segunda parte do texto contido no § 4º do artigo 791-A da CLT, cuja constitucionalidade permanece." Em relação aos honorários advocatícios sucumbenciais, a decisão turmária foi proferida de acordo com a decisão da ADI 5766, na qual o STF declarou apenas parcialmente inconstitucional o art. 791-A, §4º, da CLT, especificamente quanto ao trecho assim expresso: desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa. Ao decidir dessa forma, o STF não isentou os beneficiários de justiça gratuita. Pelo contrário, manteve a possibilidade de cobrança de honorários advocatícios deles, se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade. Nesse contexto, não há falar em ofensas normativas, tampouco em contrariedade a entendimentos jurisprudenciais, mas apenas na aplicação de tese jurídica firmada pelo Supremo Tribunal Federal com eficácia erga omnes e efeito vinculante (art. 102, § 2º, da CR/1988). CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. RECURSO DE: PITAGORAS - SISTEMA DE EDUCACAO SUPERIOR SOCIEDADE LTDA (E OUTROS) PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Recurso tempestivo (decisão publicada em 25/04/2025 - Id 3a60e62,f1c4216,741332b; recurso apresentado em 08/05/2025 - Id 454b1e2). Regular a representação processual (Id 784f84b, 5f1a6b3 ). Preparo satisfeito. Condenação fixada na sentença, id 534e44c : R$ 50.000,00; Custas fixadas, id 534e44c : R$ 1.000,00; Depósito recursal recolhido no RO, id 9d2529f: R$ 13.133,46; Custas pagas no RO: id 9d2529f; Condenação no acórdão, id c0e339b : R$ 50.000,00; Custas no acórdão, id c0e339b : R$ 1.000,00; Depósito recursal recolhido no RR, id 2b0d54e: R$ 26.266,92. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Recurso / Transcendência Nos termos do artigo 896-A, § 6º, da Consolidação das Leis do Trabalho, cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 1.1 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NO DIREITO DO TRABALHO (12942) / PRESCRIÇÃO Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 294 do Tribunal Superior do Trabalho. - divergência jurisprudencial. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "O pleito de pagamento de diferenças salariais envolve direito legal e constitucionalmente assegurado, consubstanciado na garantia constitucional de irredutibilidade salarial e no princípio da inalterabilidade lesiva, nos termos dos artigos 7º, VI, da CR/1988 e art. 468 da CLT, respectivamente considerados. Assim, conclui-se que o caso se amolda à exceção prevista na parte final da Súmula 294 do TST, incidindo a prescrição parcial." Como se vê, a Turma julgadora decidiu em sintonia com a parte final da Súmula 294 do TST, de forma a sobrepujar os arestos válidos que adotam tese diversa e afastar as violações apontadas. Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). Os arestos trazidos à colação, provenientes de Turmas do TST, deste Tribunal ou de órgãos não mencionados na alínea "a" do art. 896 da CLT, não se prestam ao confronto de teses. Não são aptos ao confronto de teses os arestos colacionados carentes de indicação de fonte oficial ou repositório autorizado em que foram publicados (Súmula 337, I e IV, do TST e § 8º do art. 896 da CLT). 2.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CATEGORIA PROFISSIONAL ESPECIAL (13641) / PROFESSORES (13667) / REDUÇÃO CARGA HORÁRIA Alegação(ões): - violação da(o) artigo 884 do Código Civil; artigo 114 do Código de Processo Civil de 2015; artigo 320 da Consolidação das Leis do Trabalho. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que... "Em princípio, o art. 320 da CLT não garante ao professor determinada carga horária ou número de aulas, mas a irredutibilidade salarial quanto à remuneração da hora-aula. Não se pode ignorar que os professores submetem-se à necessidade flutuante do corpo discente. Tanto não podem receber por aulas não ministradas, como também ministrar aulas sem perceber a devida contraprestação. O que não se admite é a redução do valor da hora-aula, o que não se cogita na hipótese destes autos. A respeito, destaca-se o entendimento consolidado pelo TST e consignado na OJ 244 da sua SDI-1, nestes termos: OJ-SDI1-244 PROFESSOR. REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA. POSSIBILIDADE (inserida em 20.06.2001). A redução da carga horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos, não constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula. Entretanto, no caso em exame, as normas coletivas aplicáveis às partes trazem previsão específica a respeito de irredutibilidade salarial e fixam requisitos para a validade da redução de carga horária, cuja observância revela-se obrigatória, por força do disposto no artigo 7º, XXVI, da CF, e à consideração do preconizado na decisão proferida pelo STF, no julgamento do Tema de Repercussão Geral nº 1.046. (...) Entretanto, tais pressupostos não foram observados pela instituição de ensino." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O deslinde da controvérsia transpõe os limites da literalidade dos preceitos legais invocados, uma vez que a matéria em discussão é eminentemente interpretativa, não se podendo afirmar que a própria letra dos dispositivos tenha sofrido ofensa pelo acórdão. 3.1 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO (12936) / CATEGORIA PROFISSIONAL ESPECIAL (13641) / PROFESSORES (13667) / HORA EXTRA/ADICIONAL Alegação(ões): - contrariedade à(ao): Súmula nº 338 do Tribunal Superior do Trabalho. - violação da(o) inciso I do artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho; inciso I do artigo 373 do Código de Processo Civil de 2015. Inviável o seguimento do recurso, por contrariedade à Súmula 338 do TST, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "De início, registre-se que a reclamada não trouxe aos autos os controles de jornada, invertendo-se o ônus da prova, de acordo com a súmula 338, III, do colendo TST, presumindo-se verdadeira as alegações iniciais, as quais, contudo, devem ser analisadas em cotejo com as provas produzidas nos autos, sem se olvidar do princípio da razoabilidade. No particular, observo que os contracheques indicam que o autor era remunerado pelo desempenho de atividades extra classe (fl. 1272 e seguintes), conforme previsto nas normas coletivas, parcela que já remunera parte das atividades descritas pelo autor, como, por exemplo, reunião de curso, elaboração de material didático, aplicação e correção de provas de disciplina interativa. Não bastasse, entendo que as inúmeras atividades descritas pelo reclamante mostram-se exorbitantes, distanciam-se da razoabilidade e não foram objeto de prova robusta. Com efeito, conforme ponderado pelo julgador de origem, “a prova testemunhal não se mostrou segura para demonstração da efetiva jornada de trabalho do autor. As várias contradições apresentadas permitem que haja o afastamento de tal meio de prova para fins de jornada de trabalho” (fl. 1685). E, nos termos fundamentados no tópico anterior, as impressões do juiz sentenciante acerca da prova oral devem ser consideradas, privilegiando-se o princípio da imediatidade ou da imediação. Por esta mesma razão, não há amparo à tese recursal das reclamadas de que as testemunhas indicadas por elas teriam afastado o labor extraordinário do reclamante. Neste contexto, à míngua de prova robusta quanto ao desempenho das atividades descritas na inicial e tomando-se em conta as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece (art. 375/CPC), entendo que o quantum arbitrado na origem, qual seja, 06 (seis) horas extras semanais é suficiente e atende aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Saliente-se que grande parte das horas extras postuladas referia-se a eventos realizados com frequência semestral, de forma que o deferimento das horas extras em módulo semanal é o bastante para remunerar de forma proporcional todas as atividades extras desempenhadas pelo autor, ainda que o montante arbitrado seja inferior àquele pretendido pelo obreiro. Dessarte, entendo correta a sentença de origem, razão pela qual nego provimento aos recursos ordinários interpostos pelo reclamante e pelas reclamadas." O entendimento adotado pela Turma está assentado no substrato fático-probatório existente nos autos. Para que se pudesse concluir de forma diversa, seria necessário revolver fatos e provas - propósito insuscetível de ser alcançado nesta fase processual, à luz da Súmula 126 do TST, o que afasta, por consectário lógico, as ofensas normativas apontadas no recurso. O Colegiado apreciou todo o conteúdo probatório dos autos, considerando devidamente o ônus da prova, de modo a superar a tese a este alusiva. Não há afronta aos dispositivos legais que regem a matéria (arts. 818, I e II, da CLT e 373, I e II, do CPC). 4.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / ATOS PROCESSUAIS (8893) / VALOR DA CAUSA Alegação(ões): - violação da(o) artigos 141 e 492 do Código de Processo Civil de 2015. Inviável o seguimento do recurso, diante da conclusão da Turma no sentido de que: "Os valores apontados na petição inicial são uma estimativa do conteúdo econômico do pedido, que possui, como principal função, a fixação do rito processual a ser seguido - ordinário ou sumaríssimo -, não servindo como limitação de valores, mesmo porque, diante da complexidade que envolve o cálculo das verbas trabalhistas, com várias integrações e reflexos, não é razoável exigir do empregado a apuração correta de cada parcela do pedido, ainda na peça de ingresso, sobretudo se existe uma fase processual especialmente prevista para essa finalidade, que é a liquidação de sentença." No que toca ao pleito de limitação da condenação aos valores indicados na petição inicial, revendo entendimento anteriormente adotado, a tese adotada no acórdão recorrido está de acordo com a iterativa, notória e atual jurisprudência do TST no sentido de que, (...) interpretando a redação do parágrafo 2º do art. 12 da IN 41/2018 em confronto com as exigências do art. 840, §1º, da CLT e, igualmente dos arts. 141 e 492 do CPC (...), os valores constantes nos pedidos apresentados de forma líquida na exordial devem ser considerados apenas como fim estimado, não havendo limitação da condenação àquele montante , a exemplo dos seguintes julgados, entre vários: Emb-RR-555-36.2021.5.09.0024, SBDI-I, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 07/12/2023; RRAg-10619-63.2019.5.15.0039, 1ª Turma, Relator Ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, DEJT 07/01/2025; RRAg-8-81.2021.5.12.0001, 2ª Turma, Relatora Ministra Liana Chaib, DEJT 06/10/2023; RRAg-431-52.2020.5.12.0041, 3ª Turma, Relator Ministro Alberto Bastos Balazeiro, DEJT 20/09/2024; RRAg-1000007-62.2021.5.02.0614, 4ª Turma, Relator Ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, DEJT 09/06/2023; RRAg-0000509-19.2022.5.10.0013, 5ª Turma, Relator Ministro Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 10/01/2025; RR-1000853-89.2020.5.02.0040, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 13/12/2024; Ag-RRAg-1000757-31.2020.5.02.0701, 7ª Turma, Relator Ministro Claudio Mascarenhas Brandão, DEJT 14/11/2024 e RR-1000616-51.2021.5.02.0030, 8ª Turma, Relator Desembargador Convocado José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, DEJT 30/09/2024, de forma a atrair a incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST, o que, além de tornar superados os arestos válidos que adotam teses diversas, afasta as ofensas normativas e contrariedades a verbetes jurisprudenciais apontadas quanto ao tema (arts. 141 e 492 do CPC). CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista. Publique-se e intimem-se. BELO HORIZONTE/MG, 15 de julho de 2025. Emerson José Alves Lage Desembargador do Trabalho Intimado(s) / Citado(s) - JOAO DA ROCHA MEDRADO NETO - ORME SERVICOS EDUCACIONAIS LTDA - PITAGORAS - SISTEMA DE EDUCACAO SUPERIOR SOCIEDADE LTDA - COGNA EDUCACAO S.A

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