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Processo nº 5004384-02.2023.4.03.6302

ID: 331616724

Tribunal: TRF3 Órgão: 1ª Vara Gabinete JEF de Ribeirão Preto Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5004384-02.2023.4.03.6302

Data de Disponibilização: 22/07/2025

Polo Ativo:

MANOEL GERALDO SOUZA GOMES

Polo Passivo:

SENTENÇA EXTINTIVA

Advogados:

ADRIANO DE CAMARGO PEIXOTO

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PODER JUDICIÁRIO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5004384-02.2023.4.03.6302 / 1ª Vara Gabinete JEF de Ribeirão Preto AUTOR: MANOEL GERALDO SOUZA G… PODER JUDICIÁRIO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5004384-02.2023.4.03.6302 / 1ª Vara Gabinete JEF de Ribeirão Preto AUTOR: MANOEL GERALDO SOUZA GOMES Advogado do(a) AUTOR: ADRIANO DE CAMARGO PEIXOTO - SP229731 REU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF S E N T E N Ç A Vistos etc. Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95. O STF, quando do julgamento da ADI 5.090/DF, conferiu contornos definitivos à controvérsia, em pronunciamento de eficácia "erga omnes" e efeito vinculante. Transcrevo a ementa do julgado: DIREITO CONSTITUCIONAL. CRITÉRIO DE ATUALIZAÇÃO DO SALDO DE REMUNERAÇÃO DAS CONTAS DO FGTS. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO. IPCA É O PISO PARA REMUNERAÇÃO DO SALDO DAS CONTAS. EFEITOS PROSPECTIVOS DA DECISÃO. IMPOSSIBILIDADE DE RECOMPOSIÇÃO DE SUPOSTAS PERDAS PASSADAS. AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. O FGTS tem natureza dual porque cumpre a função de poupança individual dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que serve como fonte de financiamento para investimentos em áreas sociais. Nenhuma dessas funções deve sobrepor-se à outra, de modo que a remuneração dos depósitos deve ser compatível com a taxa cobrada nos empréstimos em que são alocados, para não comprometer a finalidade social do Fundo. 2.O art. 13, caput, da Lei nº 8.036/1990 e o art. 17, caput, da Lei nº 8.177/1991 devem ser interpretados conforme a Constituição para que a remuneração do saldo das contas do FGTS (TR + 3% ao ano + distribuição dos lucros auferidos) tenha como piso o índice oficial de inflação (IPCA). 3.Nos anos em que a remuneração dos saldos das contas vinculadas ao FGTS não alcançar o IPCA, caberá ao Conselho Curador do Fundo (art. 3º da Lei nº 8.036/1990) determinar a forma de compensação, em prestígio à autonomia privada coletiva (art. 7º, inciso XXVI, CF). 4. Modulação dos efeitos da presente decisão para que produza apenas efeitos prospectivos, a partir da publicação da ata de julgamento, com incidência sobre os saldos existentes e depósitos futuros. Não é admissível, em nenhuma hipótese, a recomposição financeira de supostas perdas passadas, sob pena de violação a esta decisão. 5.Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para dar interpretação conforme ao art. 13, caput, da Lei nº 8.036/1990 e ao art. 17, caput, da Lei nº 8.177/1991. (STF, Pleno, ADI 5.090/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, Rel. p/ acórdão Min. Flávio Dino, j. 12.06.2024, DJe 09.10.2024) Posteriormente, no julgamento de embargos de declaração, o STF deixou ainda mais clara a impossibilidade de recomposição do saldo de contas fundiárias em caráter retroativo, por atuação do Poder Judiciário. Transcrevo, mais uma vez, a ementa do julgado: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. FGTS. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. IMPOSSIBILIDADE DE RECOMPOSIÇÃO RETROATIVA. ATUAÇÃO DO CONSELHO CURADOR. AUSÊNCIA DE OBSCURIDADE OU OMISSÃO. TENTATIVA DE REDISCUSSÃO DO MÉRITO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. EMBARGOS REJEITADOS. 1. Não há omissão quanto à modulação dos efeitos, pois a questão foi expressamente apreciada na decisão embargada, que estabeleceu que a nova sistemática de remuneração do FGTS produzirá efeitos apenas a partir da publicação da ata do julgamento. A tese de que trabalhadores que ajuizaram ações antes da decisão teriam direito à recomposição de perdas passadas contraria a determinação expressa do Supremo Tribunal Federal, que vedou a recomposição retroativa em qualquer hipótese. 2. A determinação de eventuais medidas compensatórias nos anos em que a remuneração das contas vinculadas não atingir o IPCA é matéria de gestão do Fundo e deve ser conduzida por seu órgão gestor. É o Conselho Curador do FGTS que tem a expertise necessária para avaliar a sustentabilidade do Fundo e definir eventuais ajustes, dentro dos limites estabelecidos pela legislação. Assim, qualquer tentativa de detalhar sua atuação extrapolaria a função jurisdicional do STF, invadindo o espaço de decisão administrativa e técnica do órgão. Dessa forma, não há obscuridade a ser sanada em relação à atuação do Conselho Curador. 3. O embargante busca, em verdade, rediscutir o mérito da decisão, em evidente tentativa de obter a reconsideração da modulação dos efeitos e da interpretação conferida à legislação que rege a correção dos saldos do FGTS. Tal pretensão, no entanto, não é compatível com a finalidade dos embargos de declaração. 4. Embargos de declaração rejeitados. (STF, Pleno, ADI 5.090/DF-ED, Rel. Min. Flávio Dino, j. 28.03.2025, DJe 04.04.2025) Assim, aplicando-se ao caso concreto a determinação do Supremo Tribunal Federal, cumpre rejeitar o pedido deduzido, sendo indevida a recomposição do saldo de contas fundiárias por eventuais perdas passadas. Anoto, em complemento, que em relação a exercícios futuros não há interesse de agir por parte dos fundistas, pois que houve determinação expressa do STF de que, com relação a tais exercícios, seja aplicada a correção com base, no mínimo, no IPCA, providência essa que será realizada administrativamente conforme atos administrativos a serem editados pelo Conselho Curador do FGTS. Ante o exposto, nos termos do art. 487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido. Defiro à parte autora a gratuidade de justiça. Sem custas ou honorários nesta instância. Sobrevindo o trânsito em julgado, arquive-se. Publicada e registrada eletronicamente. A Caixa Econômica Federal se dá por intimada desta sentença, bem como renuncia ao prazo recursal, nos termos do quanto registrado no expediente SEI 0012156-80.2025.4.03.8000. Intime-se. RIBEIRãO PRETO, na data da assinatura eletrônica.

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Processo nº 5004384-51.2023.4.03.6318

ID: 336408196

Tribunal: TRF3 Órgão: 1ª Vara Gabinete JEF de Franca Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5004384-51.2023.4.03.6318

Data de Disponibilização: 28/07/2025

Polo Ativo:

ANTONIO DE LIMA FILHO

Polo Passivo:

SENTENÇA EXTINTIVA

Advogados:

PRISCILA ANTUNES DE SOUZA

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PODER JUDICIÁRIO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5004384-51.2023.4.03.6318 / 1ª Vara Gabinete JEF de Franca AUTOR: ANTONIO DE LIMA FILHO Advogado… PODER JUDICIÁRIO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5004384-51.2023.4.03.6318 / 1ª Vara Gabinete JEF de Franca AUTOR: ANTONIO DE LIMA FILHO Advogado do(a) AUTOR: PRISCILA ANTUNES DE SOUZA - SP225049 REU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF S E N T E N Ç A Vistos etc. Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95. O STF, quando do julgamento da ADI 5.090/DF, conferiu contornos definitivos à controvérsia, em pronunciamento de eficácia "erga omnes" e efeito vinculante. Transcrevo a ementa do julgado: DIREITO CONSTITUCIONAL. CRITÉRIO DE ATUALIZAÇÃO DO SALDO DE REMUNERAÇÃO DAS CONTAS DO FGTS. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO. IPCA É O PISO PARA REMUNERAÇÃO DO SALDO DAS CONTAS. EFEITOS PROSPECTIVOS DA DECISÃO. IMPOSSIBILIDADE DE RECOMPOSIÇÃO DE SUPOSTAS PERDAS PASSADAS. AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. O FGTS tem natureza dual porque cumpre a função de poupança individual dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que serve como fonte de financiamento para investimentos em áreas sociais. Nenhuma dessas funções deve sobrepor-se à outra, de modo que a remuneração dos depósitos deve ser compatível com a taxa cobrada nos empréstimos em que são alocados, para não comprometer a finalidade social do Fundo. 2.O art. 13, caput, da Lei nº 8.036/1990 e o art. 17, caput, da Lei nº 8.177/1991 devem ser interpretados conforme a Constituição para que a remuneração do saldo das contas do FGTS (TR + 3% ao ano + distribuição dos lucros auferidos) tenha como piso o índice oficial de inflação (IPCA). 3.Nos anos em que a remuneração dos saldos das contas vinculadas ao FGTS não alcançar o IPCA, caberá ao Conselho Curador do Fundo (art. 3º da Lei nº 8.036/1990) determinar a forma de compensação, em prestígio à autonomia privada coletiva (art. 7º, inciso XXVI, CF). 4. Modulação dos efeitos da presente decisão para que produza apenas efeitos prospectivos, a partir da publicação da ata de julgamento, com incidência sobre os saldos existentes e depósitos futuros. Não é admissível, em nenhuma hipótese, a recomposição financeira de supostas perdas passadas, sob pena de violação a esta decisão. 5.Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para dar interpretação conforme ao art. 13, caput, da Lei nº 8.036/1990 e ao art. 17, caput, da Lei nº 8.177/1991. (STF, Pleno, ADI 5.090/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, Rel. p/ acórdão Min. Flávio Dino, j. 12.06.2024, DJe 09.10.2024) Posteriormente, no julgamento de embargos de declaração, o STF deixou ainda mais clara a impossibilidade de recomposição do saldo de contas fundiárias em caráter retroativo, por atuação do Poder Judiciário. Transcrevo, mais uma vez, a ementa do julgado: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. FGTS. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. IMPOSSIBILIDADE DE RECOMPOSIÇÃO RETROATIVA. ATUAÇÃO DO CONSELHO CURADOR. AUSÊNCIA DE OBSCURIDADE OU OMISSÃO. TENTATIVA DE REDISCUSSÃO DO MÉRITO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. EMBARGOS REJEITADOS. 1. Não há omissão quanto à modulação dos efeitos, pois a questão foi expressamente apreciada na decisão embargada, que estabeleceu que a nova sistemática de remuneração do FGTS produzirá efeitos apenas a partir da publicação da ata do julgamento. A tese de que trabalhadores que ajuizaram ações antes da decisão teriam direito à recomposição de perdas passadas contraria a determinação expressa do Supremo Tribunal Federal, que vedou a recomposição retroativa em qualquer hipótese. 2. A determinação de eventuais medidas compensatórias nos anos em que a remuneração das contas vinculadas não atingir o IPCA é matéria de gestão do Fundo e deve ser conduzida por seu órgão gestor. É o Conselho Curador do FGTS que tem a expertise necessária para avaliar a sustentabilidade do Fundo e definir eventuais ajustes, dentro dos limites estabelecidos pela legislação. Assim, qualquer tentativa de detalhar sua atuação extrapolaria a função jurisdicional do STF, invadindo o espaço de decisão administrativa e técnica do órgão. Dessa forma, não há obscuridade a ser sanada em relação à atuação do Conselho Curador. 3. O embargante busca, em verdade, rediscutir o mérito da decisão, em evidente tentativa de obter a reconsideração da modulação dos efeitos e da interpretação conferida à legislação que rege a correção dos saldos do FGTS. Tal pretensão, no entanto, não é compatível com a finalidade dos embargos de declaração. 4. Embargos de declaração rejeitados. (STF, Pleno, ADI 5.090/DF-ED, Rel. Min. Flávio Dino, j. 28.03.2025, DJe 04.04.2025) Assim, aplicando-se ao caso concreto a determinação do Supremo Tribunal Federal, cumpre rejeitar o pedido deduzido, sendo indevida a recomposição do saldo de contas fundiárias por eventuais perdas passadas. Anoto, em complemento, que em relação a exercícios futuros não há interesse de agir por parte dos fundistas, pois que houve determinação expressa do STF de que, com relação a tais exercícios, seja aplicada a correção com base, no mínimo, no IPCA, providência essa que será realizada administrativamente conforme atos administrativos a serem editados pelo Conselho Curador do FGTS. Ante o exposto, nos termos do art. 487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido. Defiro à parte autora a gratuidade de justiça. Sem custas ou honorários nesta instância. Sobrevindo o trânsito em julgado, arquive-se. Publicada e registrada eletronicamente. A Caixa Econômica Federal se dá por intimada desta sentença, bem como renuncia ao prazo recursal, nos termos do quanto registrado no expediente SEI 0012156-80.2025.4.03.8000. Intime-se. FRANCA, na data da assinatura eletrônica.

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Processo nº 5004384-85.2022.4.03.6318

ID: 336400926

Tribunal: TRF3 Órgão: 1ª Vara Gabinete JEF de Franca Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CíVEL Nº Processo: 5004384-85.2022.4.03.6318

Data de Disponibilização: 28/07/2025

Polo Ativo:

MARA APARECIDA GOMES DA SILVA

Polo Passivo:

SENTENÇA EXTINTIVA

Advogados:

VICTOR HUGO POLIM MILAN

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ERIC VINICIUS GALHARDO LOPES

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LUIZ ANTONIO CONVERSO JUNIOR

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PODER JUDICIÁRIO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5004384-85.2022.4.03.6318 / 1ª Vara Gabinete JEF de Franca AUTOR: MARA APARECIDA GOMES DA SILVA … PODER JUDICIÁRIO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436) Nº 5004384-85.2022.4.03.6318 / 1ª Vara Gabinete JEF de Franca AUTOR: MARA APARECIDA GOMES DA SILVA Advogados do(a) AUTOR: ERIC VINICIUS GALHARDO LOPES - SP301077, LUIZ ANTONIO CONVERSO JUNIOR - SP300419, VICTOR HUGO POLIM MILAN - SP304772 REU: 0304- CAIXA ECONÔMICA FEDERAL S E N T E N Ç A Vistos etc. Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95. O STF, quando do julgamento da ADI 5.090/DF, conferiu contornos definitivos à controvérsia, em pronunciamento de eficácia "erga omnes" e efeito vinculante. Transcrevo a ementa do julgado: DIREITO CONSTITUCIONAL. CRITÉRIO DE ATUALIZAÇÃO DO SALDO DE REMUNERAÇÃO DAS CONTAS DO FGTS. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO. IPCA É O PISO PARA REMUNERAÇÃO DO SALDO DAS CONTAS. EFEITOS PROSPECTIVOS DA DECISÃO. IMPOSSIBILIDADE DE RECOMPOSIÇÃO DE SUPOSTAS PERDAS PASSADAS. AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. O FGTS tem natureza dual porque cumpre a função de poupança individual dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que serve como fonte de financiamento para investimentos em áreas sociais. Nenhuma dessas funções deve sobrepor-se à outra, de modo que a remuneração dos depósitos deve ser compatível com a taxa cobrada nos empréstimos em que são alocados, para não comprometer a finalidade social do Fundo. 2.O art. 13, caput, da Lei nº 8.036/1990 e o art. 17, caput, da Lei nº 8.177/1991 devem ser interpretados conforme a Constituição para que a remuneração do saldo das contas do FGTS (TR + 3% ao ano + distribuição dos lucros auferidos) tenha como piso o índice oficial de inflação (IPCA). 3.Nos anos em que a remuneração dos saldos das contas vinculadas ao FGTS não alcançar o IPCA, caberá ao Conselho Curador do Fundo (art. 3º da Lei nº 8.036/1990) determinar a forma de compensação, em prestígio à autonomia privada coletiva (art. 7º, inciso XXVI, CF). 4. Modulação dos efeitos da presente decisão para que produza apenas efeitos prospectivos, a partir da publicação da ata de julgamento, com incidência sobre os saldos existentes e depósitos futuros. Não é admissível, em nenhuma hipótese, a recomposição financeira de supostas perdas passadas, sob pena de violação a esta decisão. 5.Ação direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para dar interpretação conforme ao art. 13, caput, da Lei nº 8.036/1990 e ao art. 17, caput, da Lei nº 8.177/1991. (STF, Pleno, ADI 5.090/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, Rel. p/ acórdão Min. Flávio Dino, j. 12.06.2024, DJe 09.10.2024) Posteriormente, no julgamento de embargos de declaração, o STF deixou ainda mais clara a impossibilidade de recomposição do saldo de contas fundiárias em caráter retroativo, por atuação do Poder Judiciário. Transcrevo, mais uma vez, a ementa do julgado: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. FGTS. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. IMPOSSIBILIDADE DE RECOMPOSIÇÃO RETROATIVA. ATUAÇÃO DO CONSELHO CURADOR. AUSÊNCIA DE OBSCURIDADE OU OMISSÃO. TENTATIVA DE REDISCUSSÃO DO MÉRITO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. EMBARGOS REJEITADOS. 1. Não há omissão quanto à modulação dos efeitos, pois a questão foi expressamente apreciada na decisão embargada, que estabeleceu que a nova sistemática de remuneração do FGTS produzirá efeitos apenas a partir da publicação da ata do julgamento. A tese de que trabalhadores que ajuizaram ações antes da decisão teriam direito à recomposição de perdas passadas contraria a determinação expressa do Supremo Tribunal Federal, que vedou a recomposição retroativa em qualquer hipótese. 2. A determinação de eventuais medidas compensatórias nos anos em que a remuneração das contas vinculadas não atingir o IPCA é matéria de gestão do Fundo e deve ser conduzida por seu órgão gestor. É o Conselho Curador do FGTS que tem a expertise necessária para avaliar a sustentabilidade do Fundo e definir eventuais ajustes, dentro dos limites estabelecidos pela legislação. Assim, qualquer tentativa de detalhar sua atuação extrapolaria a função jurisdicional do STF, invadindo o espaço de decisão administrativa e técnica do órgão. Dessa forma, não há obscuridade a ser sanada em relação à atuação do Conselho Curador. 3. O embargante busca, em verdade, rediscutir o mérito da decisão, em evidente tentativa de obter a reconsideração da modulação dos efeitos e da interpretação conferida à legislação que rege a correção dos saldos do FGTS. Tal pretensão, no entanto, não é compatível com a finalidade dos embargos de declaração. 4. Embargos de declaração rejeitados. (STF, Pleno, ADI 5.090/DF-ED, Rel. Min. Flávio Dino, j. 28.03.2025, DJe 04.04.2025) Assim, aplicando-se ao caso concreto a determinação do Supremo Tribunal Federal, cumpre rejeitar o pedido deduzido, sendo indevida a recomposição do saldo de contas fundiárias por eventuais perdas passadas. Anoto, em complemento, que em relação a exercícios futuros não há interesse de agir por parte dos fundistas, pois que houve determinação expressa do STF de que, com relação a tais exercícios, seja aplicada a correção com base, no mínimo, no IPCA, providência essa que será realizada administrativamente conforme atos administrativos a serem editados pelo Conselho Curador do FGTS. Ante o exposto, nos termos do art. 487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE o pedido. Defiro à parte autora a gratuidade de justiça. Sem custas ou honorários nesta instância. Sobrevindo o trânsito em julgado, arquive-se. Publicada e registrada eletronicamente. A Caixa Econômica Federal se dá por intimada desta sentença, bem como renuncia ao prazo recursal, nos termos do quanto registrado no expediente SEI 0012156-80.2025.4.03.8000. Intime-se. FRANCA, na data da assinatura eletrônica.

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Processo nº 5004384-61.2024.4.02.5116

ID: 327952640

Tribunal: TRF2 Órgão: 1ª Vara Federal de Macaé Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 5004384-61.2024.4.02.5116

Data de Disponibilização: 17/07/2025

Polo Ativo:

ANDREIA FELICIANO DOS SANTOS PEQUENO

Polo Passivo:

Sentença

Advogados:

MATHEUS DOS SANTOS PEREIRA

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PROCEDIMENTO COMUM Nº 5004384-61.2024.4.02.5116/RJ AUTOR : ANDREIA FELICIANO DOS SANTOS PEQUENO ADVOGADO(A) : MATHEUS DOS SANTOS PEREIRA (OAB RJ244033) SENTENÇA Do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCED… PROCEDIMENTO COMUM Nº 5004384-61.2024.4.02.5116/RJ AUTOR : ANDREIA FELICIANO DOS SANTOS PEQUENO ADVOGADO(A) : MATHEUS DOS SANTOS PEREIRA (OAB RJ244033) SENTENÇA Do exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO (art. 487, I, CPC) para condenar o INSS a: i) conceder o benefício de auxílio-doença (NB 645.100.401-8), fixando como DIB a data da entrada do requerimento (DER = 26/07/2023) e com DIP na data do primeiro dia do mês da prolação desta sentença devendo ser mantido, no mínimo, até o dia 09/05/2026 (data fixada no laudo pericial) ressalvado à parte autora o direito de requerer administrativamente a prorrogação do benefício dentro dos últimos 15 dias de sua validade, caso ainda se considere incapaz para atividades laborativas ao término do prazo ora fixado, com garantia de pagamento até a realização da perícia médica, na forma do PEDILEF nº 0500774-49.2016.4.05.8305 (TNU, Dje 23/04/2018); ii) pagar os atrasados devidos entre a DER (26/07/2023) e a DIP, compensadas eventuais quantias pagas administrativamente sob o mesmo título ou em razão da percepção de benefício previdenciário inacumulável (art. 124, Lei n. 8.213/91); iii) pagar os honorários periciais no montante anteriormente fixado. Os atrasados até 08/12/2021 serão atualizados monetariamente segundo o IPCA-E, nos termos da Adin 5348 e do RE 870.947/Tema 810 (STF, Adin 5348, DJ 28/11/2019: ?[...] Este Supremo Tribunal declarou inconstitucional o índice de remuneração da caderneta de poupança como critério de correção monetária em condenações judiciais da Fazenda Pública ao decidir o Recurso Extraordinário n. 870.947, com repercussão geral?), enquanto não alterado o Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal e, acrescidos de juros de mora calculados conforme os índices aplicáveis à caderneta de poupança, a partir de 30/06/2009, data da entrada em vigor da Lei 11.960/2009, que deu nova redação ao artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, desde a citação, independentemente da data do ajuizamento da ação, também nos termos do RE 870.947/Tema 810 (STF, RE 870.947: ?[...] quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09?). Às dívidas do INSS constituídas apenas a partir de 09/12/2021 aplica-se, quanto aos juros de mora e correção monetária das parcelas atrasadas, a adequação que venha a ser feita no Manual de Cálculos da JF, em decorrência da entrada em vigor, sem efeitos retroativos, do art. 3º da EC113/2021: ?Art. 3º Nas discussões e nas condenações que envolvam a Fazenda Pública, independentemente de sua natureza e para fins de atualização monetária, de remuneração do capital e de compensação da mora, inclusive do precatório, haverá a incidência, uma única vez, até o efetivo pagamento, do índice da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulado mensalmente.? Determino, desde já, o desconto das parcelas do auxílio-emergencial da Lei 13.982/20 ou de antecipação de benefício por incapacidade, eventualmente recebidas pela parte autora, concomitantemente com o benefício em questão, tendo em vista que são inacumuláveis com qualquer benefício previdenciário ou assistencial. Consideradas a certeza jurídica e a urgência decorrente da natureza alimentar do benefício, antecipo a tutela para determinar a implantação do benefício no prazo de 20 (vinte) dias da intimação da AADJ/CEAB. Acerca dos honorários, verifica-se no caso em questão que houve sucumbência parcial (recíproca), o que ensejaria a condenação de ambas as partes nos honorários advocatícios, vedada a compensação no CPC/15. Entretanto, as circunstâncias do caso concreto orientam a condenação apenas da autora nas verbas de sucumbência. O INSS insurgiu-se contra o pedido de concessão do benefício pleiteado na inicial, e neste, sagrou-se vencedor. Em relação à parte do pleito da autora que foi acolhido, não houve pretensão resistida, devendo este juízo reconhecer que foi a autora quem deu causa a demanda. Conforme dito anteriormente, é direito da parte ir a juízo, seja buscando provimento declaratório ou condenatório, independente de prévio requerimento administrativo tributário, ante a inafastabilidade do controle jurisdicional. Entretanto, demandar tem suas despesas e a consequência, tendo em vista a aplicação do princípio da causalidade, é a condenação de quem deu causa à demanda nas custas e nos honorários. Saliente-se que o princípio da causalidade não se contrapõe ao princípio da sucumbência. Antes, é este um dos elementos norteadores daquele, pois, de ordinário, o sucumbente é considerado responsável pela instauração do processo e, assim, condenado nas despesas processuais. O princípio da sucumbência, contudo, cede lugar quando, embora vencedora, a parte deu causa à instauração da lide (REsp 303.597/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/04/2001, REPDJ 25/06/2001, p. 174, DJ 11/06/2001, p. 209). Assim, condeno a autora em custas e em honorários advocatícios os quais fixo em 10% sobre metade do valor da causa atualizado ficando suspensa a exigibilidade em vista da gratuidade de justiça deferida. Quanto à União, deixo de condenar em honorários advocatícios, conforme fundamentação acima. Apresentado recurso, dê-se vista ao recorrido para contrarrazões. Após, subam os autos ao TRF da 2ª Região, com as homenagens de estilo. Não havendo interposição de recurso, certifique a Secretaria o trânsito em julgado. Com o trânsito em julgado, intime-se a autora para requerer o que entender cabível. Oportunamente, dê-se baixa e arquivem-se. Publique-se. Intimem-se.

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Bosco & Bosco Ltda x Eduardo Cechin

ID: 309274856

Tribunal: TJRS Órgão: 2ª Vara Judicial da Comarca de Guaporé Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 5004384-91.2023.8.21.0053

Data de Disponibilização: 27/06/2025

Polo Ativo:

BOSCO & BOSCO LTDA

Polo Passivo:

EDUARDO CECHIN

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

DANIEL ZORZI

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LEANDRO BONATO RODRIGUES

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PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5004384-91.2023.8.21.0053/RS AUTOR : BOSCO & BOSCO LTDA ADVOGADO(A) : DANIEL ZORZI (OAB RS060518) RÉU : EDUARDO CECHIN ADVOGADO(A) : LEANDRO BONATO RODRIGUES (OAB RS08937… PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5004384-91.2023.8.21.0053/RS AUTOR : BOSCO & BOSCO LTDA ADVOGADO(A) : DANIEL ZORZI (OAB RS060518) RÉU : EDUARDO CECHIN ADVOGADO(A) : LEANDRO BONATO RODRIGUES (OAB RS089374) DESPACHO/DECISÃO Vistos 1 . Trata-se de ação de ressarcimento c/c indenização por danos materiais e morais proposta por BOSCO & BOSCO LTDA contra EDUARDO CECHIN e DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO - DETRAN/RS . Conforme se verifica dos autos, o DETRAN/RS manifestou-se no ( evento 24, DOC1 ), informando que não tem interesse na produção de outras provas, reiterando os termos da contestação apresentada no ( evento 9, DOC1 ), e requerendo o julgamento antecipado do feito, com a improcedência total do pedido em relação à autarquia. Por sua vez, o réu EDUARDO CECHIN - ME manifestou-se no ( evento 27, DOC1 ), requerendo a expedição de ofício à Delegacia de Polícia de Lajeado/RS para informar o número do processo penal distribuído via e-proc decorrente do Inquérito Policial nº 565/2023/152101, bem como a situação do expediente policial. Ademais, renovou o pedido de denunciação à lide, conforme requerido na inicial. É o relatório. Decido. Considerando a manifestação do réu EDUARDO CECHIN - ME, DEFIRO o pedido de expedição de ofício à Delegacia de Polícia de Lajeado/RS (152101), situada à Rua Onze de Junho, 66, bairro São Cristovão, Lajeado/RS, para que informe, no prazo de 15 (quinze) dias, o número do processo penal distribuído via e-proc decorrente do Inquérito Policial nº 565/2023/152101, bem como a situação atual do expediente policial. Quanto ao pedido de denunciação à lide renovado pelo réu EDUARDO CECHIN - ME, verifico que tal questão não foi apreciada na decisão de saneamento e organização do processo ( evento 27, DOC1 ). Assim, passo a analisá-la. O réu pretende a denunciação à lide de Fernanda da Silva Bortoluzzi de Oliveira (CPF 984.281.600-15) e Evandro Luís Dorneles (CPF 499.276.550-53), conforme mencionado na contestação ( evento 11, DOC1 ). Nos termos do art. 125 do Código de Processo Civil, é admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam; II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. No caso em tela, o réu EDUARDO CECHIN - ME pretende denunciar à lide terceiros que, segundo alega, estariam envolvidos na transação do veículo objeto da lide, visando assegurar eventual direito de regresso. Contudo, para o deferimento da denunciação à lide, é necessário que o denunciante apresente elementos mínimos que demonstrem a existência de relação jurídica entre ele e o denunciado que justifique o exercício do direito de regresso, o que não ocorreu no presente caso. Além disso, a denunciação à lide não é cabível quando puder comprometer a celeridade ou a economia processual, conforme entendimento jurisprudencial consolidado. Dessa forma, indefiro o pedido de denunciação à lide formulado pelo réu EDUARDO CECHIN - ME. No mais, considerando que o DETRAN/RS manifestou não ter interesse na produção de outras provas, e tendo em vista que o réu EDUARDO CECHIN - ME não se manifestou expressamente sobre a produção de provas, intimem-se as partes para que, no prazo de 15 (quinze) dias, especifiquem as provas que pretendem produzir, justificando sua necessidade e pertinência, sob pena de preclusão. Após, com ou sem manifestação, voltem conclusos para decisão. Intimação eletrônica agendada. Diligências legais. 1. Em tempo, o sistema EPROC dispõe de ferramentas eficientes para otimizar e automatizar tarefas da unidade jurisdicional, visando melhorar o fluxo de informações e aprimorar o andamento do feito. Para tanto, fundamental a cooperação de todos os procuradores e órgãos cadastrados, contribuindo com a precisa classificação e identificação das petições e dos documentos protocolados. Exemplo: ao contestar o feito, nomear CONTESTAÇÃO; ao apresentar réplica, nomear RÉPLICA; ao apresentar recursos, especificar o tipo manejado (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO/ APELAÇÃO - RAZÃO - CONTRARRAZÕES), assim sucessivamente. O tutorial de peticionamento pode ser localizado por meio do seguinte link: https://www.tjrs.jus.br/novo/eproc/tutoriais/

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Processo nº 5004384-98.2025.8.21.0028

ID: 298225902

Tribunal: TJRS Órgão: 1ª Vara Cível da Comarca de Santa Rosa Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 5004384-98.2025.8.21.0028

Data de Disponibilização: 13/06/2025

Polo Ativo:

LUIS SANTINON

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

ORLANDO BARASUOL JUNIOR

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PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5004384-98.2025.8.21.0028/RS AUTOR : LUIS SANTINON ADVOGADO(A) : ORLANDO BARASUOL JUNIOR (OAB RS120817) DESPACHO/DECISÃO Vistos. 1. Recebo a inicial. 2. Considerando os d… PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL Nº 5004384-98.2025.8.21.0028/RS AUTOR : LUIS SANTINON ADVOGADO(A) : ORLANDO BARASUOL JUNIOR (OAB RS120817) DESPACHO/DECISÃO Vistos. 1. Recebo a inicial. 2. Considerando os documentos apresentados, defiro o benefício da gratuidade da justiça à parte requerente. Anote-se nos autos. 3. Defiro a inversão do ônus da prova, forte no artigo 6º, inciso VIII, do CDC, porquanto o autor, consumidor, é hipossuficiente na relação. 4. Requer o autor a concessão de tutela de urgência a fim de determinar que os réus forneçam, de forma imediata e num prazo de 05 dias, um carro reserva, para ser utilizado até a efetiva entrega do seu veículo, considerando o suposto atraso na entrega do carro, sob pena de multa diária. Consabido que para obtenção da tutela de urgência, faz-se necessária a demonstração de elementos que evidenciem a probabilidade do direito alegado, bem como do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo (artigo 300 do Código de Processo Civil). No caso dos autos, em que pesem os esclarecimentos e documentos juntados pela parte autora, não vejo presentes os requisitos para a concessão da medida postulada, ao menos sem a prévia oitiva da parte contraria. Isso, porque, em sede de cognição sumária, embora o autor alegue a necessidade da utilização de carro reserva, não há nos autos qualquer demonstração inequívoca de recusa/negativa para disponibilização do veículo reserva. Vê-se que, na apólice juntada ao evento 1, OUT24 , há cobertura para carro extra, pelo período de 07 dias. No mesmo sentido, no e-mail juntado ao evento 1, OUT41 , a parte ré aventa a possibilidade da concessão do carro reserva após contato do autor, que, reafirmo, não foi, até o momento, comprovado. Desse modo, sendo necessária a devida instrução processual, a fim de evidenciar a probabilidade do direito vindicado, eis que incontroverso o fato, fazendo-se necessário o contraditório com ampla defesa para melhor elucidação dos fatos, sendo, por ora, inviável atribuir à ré a obrigação requerida em sede de liminar. Nesse sentido: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. INDEFERIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA . FORNECIMENTO DE CARRO RESERVA ATÉ O EFETIVO REPARO DO VEÍCULO DOS AUTORES. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ARTIGO 300 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento, Nº 50654894920248217000, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carla Patricia Boschetti Marcon, Julgado em: 17-06-2024) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA . REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. O DEFERIMENTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EXIGE A PRESENÇA DA PROBABILIDADE DO DIREITO E O PERIGO DE DANO OU O RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO (ART. 300 DO CPC).OS FATOS NARRADOS NA INICIAL E REPISADOS NAS RAZÕES RECURSAIS NÃO ESTÃO INSTRUÍDOS COM PROVA MÍNIMA APTA A SUBSIDIAR A PRETENSÃO, A QUAL ESTÁ CALCADA EM CONTRATO DE SEGURO FIRMADO PELAS PARTES CONTENDORAS. NECESSIDADE DE INSTRUÇÃO PROBATÓRIA PARA MELHOR ESCLARECIMENTO DOS FATOS. FORNECIMENTO DE CARRO RESERVA . NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO DO JUÍZO DE ORIGEM NO PONTO. RECURSO NÃO CONHECIDO NO ASPECTO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA NESTE MOMENTO PROCESSUAL. INTERLOCUTÓRIA CONFIRMADA. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.(Agravo de Instrumento, Nº 52136702620238217000, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mylene Maria Michel, Julgado em: 24-11-2023) Isso posto, indefiro a tutela de urgência postulada em sede de liminar. Designe-se audiência de conciliação. Citem-se. Após, à réplica. Em seguida, retornem os autos conclusos para saneamento.

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Processo nº 5004384-22.2025.4.03.0000

ID: 294667267

Tribunal: TRF3 Órgão: Gab. 02 - DES. FED. RENATO BECHO Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº Processo: 5004384-22.2025.4.03.0000

Data de Disponibilização: 10/06/2025

Polo Ativo:

ANNA CAROLINA FITTIPALDI DANTAS

Polo Passivo:

Decisão

Advogados:

RODRIGO LEITE NETO

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PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 3ª Região 1ª Turma AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) Nº 5004384-22.2025.4.03.0000 RELATOR: Gab. 02 - DES. FED. RENATO BECHO AGRAVANTE: ANNA CAROLINA FITTIPALDI… PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 3ª Região 1ª Turma AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) Nº 5004384-22.2025.4.03.0000 RELATOR: Gab. 02 - DES. FED. RENATO BECHO AGRAVANTE: ANNA CAROLINA FITTIPALDI DANTAS Advogado do(a) AGRAVANTE: RODRIGO LEITE NETO - SP201841-E AGRAVADO: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, CONSTRUTORA METROCASA LTDA - EPP Advogado do(a) AGRAVADO: FRANCISCO ANDRE CARDOSO DE ARAUJO - SP279455-A OUTROS PARTICIPANTES: D E C I S Ã O Trata-se de agravo de instrumento interposto por ANNA CAROLINA FITTIPALDI DANTAS em face de decisão proferida nos autos da ação de procedimento comum sob o nº 5018666-35.2024.4.03.6100 que indeferiu a tutela de urgência nos seguintes termos (ID 352174285, autos de origem): “Ao tempo da celebração do contrato de mútuo, firmado em data posterior ao pacto celebrado com a construtora, restou expressamente assentada nova data para a conclusão das obras, qual seja, 30/10/2023, com a qual concordou a parte autora. Assim, considerando o prazo legal de prorrogação de 180 (cento e oitenta) dias, a construtora deveria proceder à entrega da unidade até 30/04/2024. De acordo com o documento de fl. 17 do ID 332401358, as partes ajustaram a vistoria do imóvel para entrega das chaves para o dia 17/01/2024, às 9h, mas a autora não compareceu, pois novo agendamento foi tentado em 05/02/2024, conforme fl. 17 do ID 332401358. Além disso, a própria autora, em 27/03/2024, enviou solicitação de rescisão do contrato, conforme e-mail de ID 332401359, ao tempo em que ainda era possível a vistoria do imóvel pela demandante, visto que o prazo de entrega da unidade, conforme acima assinalado, somente findaria em 30/04/2024. Assim, em 27/03/2024, não havia motivo para a rescisão contratual em face de eventual atraso na entrega da obra.” Alega a agravante, em síntese, que as agravadas incorreram em inadimplência contratual em razão de atraso e má qualidade da obra. Argumenta que o prazo limite estabelecido para entrega da obra foi 31/12/2022. Aduz que o contrato de mútuo, firmado na data 05/04/2021 junto à Caixa Econômica Federal, não declarou de forma expressa a novação contratual de alteração do prazo de entrega para a data 30/10/2023. Salienta a hipossuficiência da agravante frente às agravadas sob a justificativa de que, na ocasião da assinatura dos contratos, não contava com assessoramento jurídico. Requer a concessão de efeito suspensivo. É o relatório. DECIDO. Nos termos do artigo 1.019, I, do CPC/2015, passo a decidir acerca da atribuição de efeito suspensivo ao recurso. Conforme se denota da redação do art. 995, § único, do Código de Processo Civil, a suspensão da eficácia da decisão recorrida depende da demonstração da probabilidade de provimento do recurso e da existência de risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, in verbis: “Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.” Ademais, o art. 1.019, I, do Código de Processo Civil, estabelece que incumbe ao relator a análise da existência dos requisitos para a concessão de efeito suspensivo ao recurso. Confira-se: “Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias: I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; (...)” No caso dos autos, o pedido formulado pela agravante demanda uma análise aprofundada dos autos e pressupõe juízo de cognição exauriente, o que se torna inviável neste momento processual, de cognição sumária. Em caso análogo já decidiu esta C. Corte: DIREITO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ATRASO NA ENTREGA DE OBRA. PEDIDO DE SUSPENSÃO DAS PARCELAS. INSTRUÇÃO PROBATÓRIA NECESSÁRIA. RECURSO DESPROVIDO. I. Caso em exame Trata-se de agravo de instrumento interposto por APARECIDA DE FATIMA BATISTA COLLEPICCOLO e SANDRO COLLEPICCOLO contra decisão que, nos autos de ação ordinária, indeferiu o pedido de tutela provisória para suspensão imediata dos pagamentos das parcelas do financiamento, sob o argumento de serem necessárias a prévia formação do contraditório e a apresentação de defesa pelas partes requeridas antes da suspensão do contrato pactuado. II. Questão em discussão A questão em discussão consiste em saber se é possível deferir a suspensão imediata do pagamento das parcelas do financiamento em razão de atraso na entrega da obra, sem a prévia instrução probatória e a oitiva das partes contrárias. III. Razões de decidir O contrato firmado prevê prazo de conclusão da obra para 29/04/2024, com possibilidade de prorrogação em casos de caso fortuito, força maior ou outra situação excepcional superveniente. A pretensão de rescisão do contrato e suspensão das parcelas exige análise probatória para verificar se a excepcionalidade contratual se faz presente, de modo que não se pode deferir a tutela provisória sem a formação do contraditório. Ausente a demonstração da probabilidade do direito alegado, desnecessária a análise do perigo de dano. IV. Dispositivo e tese Agravo de instrumento desprovido. Tese de julgamento: "1. A suspensão imediata do pagamento das parcelas do financiamento em razão de atraso na entrega da obra exige instrução probatória para verificação da excepcionalidade prevista no contrato. 2. Não demonstrada a probabilidade do direito, desnecessária a análise do perigo de dano." (AI - AGRAVO DE INSTRUMENTO nº 5031213-74.2024.4.03.0000, Rel. Des. ANTONIO MORIMOTO JUNIOR, j. em 09/04/2025, DJEN de 14/04/2025) (grifos nossos) Desta forma, em uma análise perfunctória pertinente a este momento processual, verifico que as alegações da agravante não se revelam suficientemente aptas a demonstrar a presença dos requisitos necessários para a concessão do efeito suspensivo. Ante o exposto, indefiro a concessão de efeito suspensivo, nos termos da fundamentação. Intime-se a parte agravada para resposta, no prazo legal, nos termos do artigo 1.019, inciso II, do Código de Processo Civil. Int.

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Processo nº 5004384-22.2025.4.03.0000

ID: 294667273

Tribunal: TRF3 Órgão: Gab. 02 - DES. FED. RENATO BECHO Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº Processo: 5004384-22.2025.4.03.0000

Data de Disponibilização: 10/06/2025

Polo Ativo:

Polo Passivo:

CONSTRUTORA METROCASA LTDA - EPP

Decisão

Advogados:

FRANCISCO ANDRE CARDOSO DE ARAUJO

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PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 3ª Região 1ª Turma AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) Nº 5004384-22.2025.4.03.0000 RELATOR: Gab. 02 - DES. FED. RENATO BECHO AGRAVANTE: ANNA CAROLINA FITTIPALDI… PODER JUDICIÁRIO Tribunal Regional Federal da 3ª Região 1ª Turma AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) Nº 5004384-22.2025.4.03.0000 RELATOR: Gab. 02 - DES. FED. RENATO BECHO AGRAVANTE: ANNA CAROLINA FITTIPALDI DANTAS Advogado do(a) AGRAVANTE: RODRIGO LEITE NETO - SP201841-E AGRAVADO: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, CONSTRUTORA METROCASA LTDA - EPP Advogado do(a) AGRAVADO: FRANCISCO ANDRE CARDOSO DE ARAUJO - SP279455-A OUTROS PARTICIPANTES: D E C I S Ã O Trata-se de agravo de instrumento interposto por ANNA CAROLINA FITTIPALDI DANTAS em face de decisão proferida nos autos da ação de procedimento comum sob o nº 5018666-35.2024.4.03.6100 que indeferiu a tutela de urgência nos seguintes termos (ID 352174285, autos de origem): “Ao tempo da celebração do contrato de mútuo, firmado em data posterior ao pacto celebrado com a construtora, restou expressamente assentada nova data para a conclusão das obras, qual seja, 30/10/2023, com a qual concordou a parte autora. Assim, considerando o prazo legal de prorrogação de 180 (cento e oitenta) dias, a construtora deveria proceder à entrega da unidade até 30/04/2024. De acordo com o documento de fl. 17 do ID 332401358, as partes ajustaram a vistoria do imóvel para entrega das chaves para o dia 17/01/2024, às 9h, mas a autora não compareceu, pois novo agendamento foi tentado em 05/02/2024, conforme fl. 17 do ID 332401358. Além disso, a própria autora, em 27/03/2024, enviou solicitação de rescisão do contrato, conforme e-mail de ID 332401359, ao tempo em que ainda era possível a vistoria do imóvel pela demandante, visto que o prazo de entrega da unidade, conforme acima assinalado, somente findaria em 30/04/2024. Assim, em 27/03/2024, não havia motivo para a rescisão contratual em face de eventual atraso na entrega da obra.” Alega a agravante, em síntese, que as agravadas incorreram em inadimplência contratual em razão de atraso e má qualidade da obra. Argumenta que o prazo limite estabelecido para entrega da obra foi 31/12/2022. Aduz que o contrato de mútuo, firmado na data 05/04/2021 junto à Caixa Econômica Federal, não declarou de forma expressa a novação contratual de alteração do prazo de entrega para a data 30/10/2023. Salienta a hipossuficiência da agravante frente às agravadas sob a justificativa de que, na ocasião da assinatura dos contratos, não contava com assessoramento jurídico. Requer a concessão de efeito suspensivo. É o relatório. DECIDO. Nos termos do artigo 1.019, I, do CPC/2015, passo a decidir acerca da atribuição de efeito suspensivo ao recurso. Conforme se denota da redação do art. 995, § único, do Código de Processo Civil, a suspensão da eficácia da decisão recorrida depende da demonstração da probabilidade de provimento do recurso e da existência de risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, in verbis: “Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.” Ademais, o art. 1.019, I, do Código de Processo Civil, estabelece que incumbe ao relator a análise da existência dos requisitos para a concessão de efeito suspensivo ao recurso. Confira-se: “Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias: I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; (...)” No caso dos autos, o pedido formulado pela agravante demanda uma análise aprofundada dos autos e pressupõe juízo de cognição exauriente, o que se torna inviável neste momento processual, de cognição sumária. Em caso análogo já decidiu esta C. Corte: DIREITO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ATRASO NA ENTREGA DE OBRA. PEDIDO DE SUSPENSÃO DAS PARCELAS. INSTRUÇÃO PROBATÓRIA NECESSÁRIA. RECURSO DESPROVIDO. I. Caso em exame Trata-se de agravo de instrumento interposto por APARECIDA DE FATIMA BATISTA COLLEPICCOLO e SANDRO COLLEPICCOLO contra decisão que, nos autos de ação ordinária, indeferiu o pedido de tutela provisória para suspensão imediata dos pagamentos das parcelas do financiamento, sob o argumento de serem necessárias a prévia formação do contraditório e a apresentação de defesa pelas partes requeridas antes da suspensão do contrato pactuado. II. Questão em discussão A questão em discussão consiste em saber se é possível deferir a suspensão imediata do pagamento das parcelas do financiamento em razão de atraso na entrega da obra, sem a prévia instrução probatória e a oitiva das partes contrárias. III. Razões de decidir O contrato firmado prevê prazo de conclusão da obra para 29/04/2024, com possibilidade de prorrogação em casos de caso fortuito, força maior ou outra situação excepcional superveniente. A pretensão de rescisão do contrato e suspensão das parcelas exige análise probatória para verificar se a excepcionalidade contratual se faz presente, de modo que não se pode deferir a tutela provisória sem a formação do contraditório. Ausente a demonstração da probabilidade do direito alegado, desnecessária a análise do perigo de dano. IV. Dispositivo e tese Agravo de instrumento desprovido. Tese de julgamento: "1. A suspensão imediata do pagamento das parcelas do financiamento em razão de atraso na entrega da obra exige instrução probatória para verificação da excepcionalidade prevista no contrato. 2. Não demonstrada a probabilidade do direito, desnecessária a análise do perigo de dano." (AI - AGRAVO DE INSTRUMENTO nº 5031213-74.2024.4.03.0000, Rel. Des. ANTONIO MORIMOTO JUNIOR, j. em 09/04/2025, DJEN de 14/04/2025) (grifos nossos) Desta forma, em uma análise perfunctória pertinente a este momento processual, verifico que as alegações da agravante não se revelam suficientemente aptas a demonstrar a presença dos requisitos necessários para a concessão do efeito suspensivo. Ante o exposto, indefiro a concessão de efeito suspensivo, nos termos da fundamentação. Intime-se a parte agravada para resposta, no prazo legal, nos termos do artigo 1.019, inciso II, do Código de Processo Civil. Int.

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Processo nº 5004384-46.2024.8.24.0062

ID: 283619934

Tribunal: TJSC Órgão: 1ª Vara Cível da Comarca de Tijucas Classe: MONITóRIA Nº Processo: 5004384-46.2024.8.24.0062

Data de Disponibilização: 29/05/2025

Polo Ativo:

PROBON INDUSTRIA DE COLCHOES LTDA

Polo Passivo:

DESPACHO/DECISÃO

Advogados:

ROSELI APARECIDA DOS SANTOS

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Monitória Nº 5004384-46.2024.8.24.0062/SC AUTOR : PROBON INDUSTRIA DE COLCHOES LTDA ADVOGADO(A) : ROSELI APARECIDA DOS SANTOS (OAB SC054205) DESPACHO/DECISÃO 1. Acolho a competência. 1.1. Cite-se a … Monitória Nº 5004384-46.2024.8.24.0062/SC AUTOR : PROBON INDUSTRIA DE COLCHOES LTDA ADVOGADO(A) : ROSELI APARECIDA DOS SANTOS (OAB SC054205) DESPACHO/DECISÃO 1. Acolho a competência. 1.1. Cite-se a parte passiva para, no prazo em 15 dias (ou em 30 dias em se tratando de advogado de pessoa jurídica de direito público, membro do Ministério Público e defensor público ou pro bono), efetuar o adimplemento do débito ou oferecer embargos, com as seguintes observações: a) o pagamento dentro do prazo assinalado implica isenção de custas (art. 701, § 1º, do CPC) e b) não sendo efetuado o adimplemento e nem opostos embargos, constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo judicial (art. 701, § 2º, CPC). 2. Apresentados embargos, intimem-se o(s) integrante(s) do polo ativo para manifestação, bem como para especificação detalhada das provas que pretende(m) produzir, dentro do prazo de 15 dias (ou de 30 dias em se tratando de advogado de pessoa jurídica de direito público, membro do Ministério Público e defensor público ou pro bono), conforme arts. 319, VI, 348, 350, 351 e 702, § 5º, do CPC. 2.1. Após, voltem-me conclusos para deliberação. 3. Não apresentados embargos, resta constituído de pleno direito o título executivo judicial, sem necessidade de nova conclusão , devendo ser retificado o processo no cadastro, para que o presente feito passe a tramitar como cumprimento de sentença. 4. Após a retificação no cadastro, intime-se a parte exequente para indicar o valor atualizado de seu crédito, sem a incidência da multa e dos honorários constantes do § 1º do art. 523 do Código de Processo Civil. 5. Com a atualização de valores, intime-se o devedor (por seu procurador, caso tenha constituído nos autos, ou por AR) para efetuar o pagamento voluntário do débito, na forma dos §§ 2º e 4º do art. 513 do CPC, dentro do prazo de 15 dias, sob pena de incidência de multa de 10% e de honorários advocatícios de 10%, conforme art. 523 do CPC. 6. Advirta-se a parte executada de que, transcorrido o prazo acima sem o pagamento voluntário, inicia-se automaticamente o prazo de 15 (quinze) dias (ou de 30 dias em se tratando de advogado de pessoa jurídica de direito público, membro do Ministério Público e defensor público ou pro bono) para que, querendo, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, impugnação. 7. Não sendo efetuado o pagamento nem apresentada impugnação, intime-se a parte exequente para indicar o valor atualizado de seu crédito, com acréscimo da multa de 10%, acrescidos, ainda, de 10% a título de honorários advocatícios (art. 523, § 1º, CPC). 8. Após, sem necessidade de nova conclusão , observado o valor atualizado do débito indicado pela Contadoria, e limitando-se a este valor, tornem-se indisponíveis os ativos financeiros em nome do executado, via Sisbajud. 8.1 Tornados indisponíveis os valores, proceda a Escrivania, desde já, à transferência do montante tornado indisponível para conta judicial vinculada aos autos. 8.2 Após, proceda à intimação do executado na pessoa de seu advogado ou, não o tendo, pessoalmente, para, no prazo de 05 (cinco) dias, comprovar (art. 854, §3º, do CPC): (i) que as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis; ou (ii) que a indisponibilidade levada a efeito mostra-se excessiva. 8.2.1 Havendo impugnação, na forma do art. 854, §3º, do CPC, tornem os autos conclusos para ulteriores deliberações. 8.2.2 Decorrido o prazo para impugnação sem manifestação do executado ou rejeitadas eventuais alegações de excesso ou impenhorabilidade, converter-se-á a indisponibilidade em penhora, sem necessidade de lavratura de termo. 9. Realizado o pagamento da dívida por qualquer outro meio, intime-se a parte exequente para se manifestar, em 05 (cinco) dias, findo o qual, não havendo oposição, proceda a Escrivania à devolução dos valores transferidos para conta judicial vinculada aos autos, expedindo-se, desde já, alvará para liberação dos valores. 10. Infrutífera a ordem, ou encontrados valores inferiores a R$ 30,00 (trinta reais), insuficientes sequer para satisfazer os custos operacionais do sistema, proceda a Escrivania, via Sisbajud, ao cancelamento da indisponibilidade (Orientação CGJ n. 25 de 14/07/2009). 11. Expeça-se carta precatória, caso necessário. 12. Intimem-se. Cumpra-se.

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Processo nº 5004384-48.2022.4.03.6201

ID: 338502860

Tribunal: TRF3 Órgão: 2ª Vara Federal de Campo Grande Classe: PROCEDIMENTO COMUM CíVEL Nº Processo: 5004384-48.2022.4.03.6201

Data de Disponibilização: 30/07/2025

Polo Ativo:

PEDRO HENRIQUE CAETANO MONTEIRO BASTO

Polo Passivo:

Despacho

Advogados:

JOAO BOSCO DE BARROS WANDERLEY NETO

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GABRIEL ANTONIOLLI SILVA SA ROSA

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRO GRAU PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5004384-48.2022.4.03.6201 / 2ª Vara Federal de Campo Grande AUTOR: PEDRO HENRIQUE CAETANO MONTEIRO BASTO Advogados do… PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRO GRAU PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5004384-48.2022.4.03.6201 / 2ª Vara Federal de Campo Grande AUTOR: PEDRO HENRIQUE CAETANO MONTEIRO BASTO Advogados do(a) AUTOR: GABRIEL ANTONIOLLI SILVA SA ROSA - MS26292, JOAO BOSCO DE BARROS WANDERLEY NETO - MS12535 REU: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF, NORTHERN CAPITAL LTDA Advogado do(a) REU: SERVIO TULIO DE BARCELOS - SP295139-A D E S P A C H O Trata-se de ação de rito comum pela qual a parte autora busca ver declarada a invalidade e ilegalidade das cobranças indevidas relacionadas à “taxa de evolução da obra” e imputadas após o término da obra e entrega das chaves, sua restituição em dobro e indenização por dano moral. Foi atribuído à causa o valor de R$ 8.036,51, na data da distribuição, em maio de 2022. O feito tramitou regularmente, até que em junho de 2024 o Juízo originário declarou sua incompetência, ao fundamento de que “a parte autora pretende revisar o valor da dívida, o que conduz à ampla revisão da avença contratual firmada entre as partes, razão pela qual o valor da causa deve corresponder ao valor do contrato”. Diante disso, os autos vieram distribuídos a esta Vara Federal. Decido. De uma leitura da inicial dos autos, vê-se que a parte autora não pretende revisar o contrato de mútuo em sua integralidade. Não há, na inicial, qualquer questionamento acerca de irregularidade de juros, correção monetária e outras possíveis questões que poderiam implicar em revisão integral da dívida. Há apenas o questionamento quanto à taxa de evolução de obra, paga após o término da obra e entrega das chaves. O pedido inicial é integralmente delimitado, qualitativa e quantitativamente (taxa de evolução de obra e período), não se referindo, em nenhum momento, à ‘revisão contratual integral’, como entendeu o Juízo do Juizado Especial Federal. O valor atribuído à causa corresponde, no caso concreto, ao proveito econômico que a parte pretende obter com a presente ação e ele efetivamente não corresponde ao valor total do contrato, mas ao valor da taxa de evolução de obra após a entrega das chaves à parte autora, acrescido do dano moral requerido na inicial. A par de tais fundamento, por ora, mantenho-me convicta de que a competência para processar e julgar o presente feito é do Juizado Especial Federal, onde a ação foi regularmente proposta. Sobre o tema, o E. Tribunal Regional Federal 3ª Região já decidiu em vários conflitos de competência: PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO FEDERAL E JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. CRITÉRIO DE COMPETÊNCIA. VALOR DA CAUSA. PREÇO DO IMÓVEL. INADEQUAÇÃO. INCLUSÃO DE UMA DAS PARTES. PROVEITO ECONÔMICO INESTIMÁVEL. DANOS MATERIAIS E MORAIS. COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL. - Nos moldes do art. 3º da Lei nº 10.259/2001, compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários-mínimos. - O art. 292 do CPC/2015, por sua vez, dispõe, acerca do valor da causa, em seus incisos V e VI, que este deve equivaler, na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, ao valor pretendido, e na ação em que há cumulação de pedidos, à quantia correspondente à soma dos valores de todos eles. - No caso dos autos, deve-se considerar que o pedido veiculado na ação subjacente não diz respeito ao imóvel objeto do contrato, o que afasta a possibilidade de que se adote seu valor como correspondente à pretensão econômica da demanda. A pretensão da parte autora não é de ampla revisão do contrato, mas tão somente de inclusão de uma das compradoras, responsável pelo custeio de parte do imóvel. - Não há que se cogitar de proveito econômico aferível no que diz respeito à inclusão de parte devedora em contrato, devendo ser considerado, para fins de fixação do valor da causa, apenas o valor pleiteado a título de indenizações por danos materiais e morais, adequadamente especificados pela parte autora. - Considerando que o valor da causa é inferior a 60 salários mínimos e ausente qualquer hipótese de exceção da competência absoluta dos Juizados Especiais Federais, deve ser reconhecida a competência do Juizado Especial Federal, juízo suscitado, para apreciar e julgar o feito. - Conflito procedente. (TRF 3ª Região, 1ª Seção, CCCiv - CONFLITO DE COMPETÊNCIA CÍVEL - 5029726-69.2024.4.03.0000, Rel. Desembargador Federal JOSE CARLOS FRANCISCO, julgado em 09/06/2025, Intimação via sistema DATA: 09/06/2025) grifei PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO FEDERAL. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. VALOR DA CAUSA. FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. CUMPRIMENTO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. VERIFICAÇÃO DO BENEFICIO ECONÔMICO PRETENDIDO. I. – Conflito negativo de competência entre Juízo Federal e Juizado Especial Federal suscitado nos autos de ação proposta para retirada dos nomes dos autores dos órgãos de proteção ao crédito, cumprimento das cláusulas contratuais, com a regularização das parcelas debitadas nos meses de março e abril e indenização por danos morais. II. Nas ações em que se busca o cumprimento de cláusulas contratuais de financiamento imobiliário, faz-se necessário verificar o alcance da pretensão econômica. III. A pretensão diz apenas com determinadas questões contratuais e a condenação ao pagamento de danos morais, de forma que o valor da causa deve corresponder ao benefício econômico pretendido, que, neste caso, não supera o limite de alçada, sendo competente para processamento e julgamento da demanda o Juizado Especial Federal. IV. Conflito de competência procedente. (TRF 3ª Região, 1ª Seção, CCCiv - CONFLITO DE COMPETÊNCIA CÍVEL - 5023771-91.2023.4.03.0000, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL AUDREY GASPARINI, julgado em 10/02/2025, Intimação via sistema DATA: 11/02/2025) A presente ação se subsome aos julgados acima transcritos, razão pela qual entendo que a competência para processá-la e julgá-la é efetivamente do Juizado Especial Federal. Diante disso, na forma do inciso II do artigo 66 do Código de Processo Civil, suscito conflito negativo de competência, perante o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, a fim de que seja fixada a competência para processamento e julgamento deste feito perante o Juizado Especial Federal desta Subseção Judiciária. Cópia desta decisão servirá de razões ao conflito e respectivo Ofício de encaminhamento. Providencie-se o necessário. Intimem-se as partes e cumpra-se a presente decisão. Campo Grande, MS, datado e assinado eletronicamente.

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